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IBMR CENTRO UNIVERSITÁRIO

Ana Caroline Gomes


Caroline D P Lima
Isabelle Martins
Júlia Mota Leon
Júlia Santos de Souza
Vera Lucia de Souza
(Grupo 11)

O CRESCENTE NÚMERO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E AS


POSSÍVEIS INTERVENÇÕES

Rio de Janeiro, RJ
2020.2
Sumário

RESUMO ............................................................................................................................ 3

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4

2. JUSTIFICATIVAS ................................................................................................ 5

3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5

4. METODOLOGIA .................................................................................................. 6

5. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 7

6. CRONOGRAMA ................................................................................................... 9

7. RECURSOS NECESSÁRIOS ............................................................................... 9

8. RESULTADOS ESPERADOS .............................................................................. 9

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 10

10. ANEXOS .............................................................................................................. 12


RESUMO

O presente projeto visa realizar intervenções em saúde pelas graduandas do curso de


enfermagem, destinado às pessoas que vivem em situação de rua no estado do Rio de
Janeiro. Entendemos que seja uma temática importante a ser discutida, pois estas pessoas
permanecem por tempo prolongado as exposições precárias de saúde, alimentação, higiene
pessoal, frio, fome e moradia, que findam na “negligência” à saúde ainda mais exacerbada
pelo uso concomitantemente do álcool e outros tipos de drogas psicoativas. Todo esse
contexto acaba propiciando o processo de acometimento e surgimento de diversas doenças
tais crônicas como diabetes e hipertensão, mentais e infectocontagiosas como tuberculose,
hanseníase, hepatite, AIDS, sífilis e etc. Apesar do projeto não ser a solução para a
problemática, ele pode vir a contribuir com ações que vão além de um paliativo. O
mapeamento destas pessoas se dará em torno da Freguesia e Taquara, e será feito a partir do
intermédio de organizações que possuem foco de atenção na área. Nossa equipe será
dividida por bairro e a partir desses encontros, ofereceremos uma escuta ativa, além da
utilização de um questionário que irá contribuir na coleta de dados. Ao serem
identificados, serão analisadas suas necessidades para que então sejam levantadas as
possíveis intervenções, que perpassam por: Consulta de enfermagem, exame físico,
prevenção e promoção em saúde, abranger a temática sobre higiene básica, educar sobre
doenças crônicas e infectocontagiosas, distribuição de kits de higiene básica (escova de
dente, creme dental e sabonete), kits de lanche (suco de caixinha, sanduíche) fornecer
distribuição de preservativos, esclarecimento de como funcionam os atendimentos em
saúde e os CAPS. Serão utilizadas metodologias ativas e participativas, para que haja essa
troca de interação com os temas e o espaço para que estes falem ativamente suas opiniões e
expressarem suas dúvidas.
Esperamos que o projeto ofereça uma nova forma de olhar a essas pessoas que sobrevivem
nas ruas, às margens da miséria e vulnerabilidade extremas, e que são alvos de violências,
preconceitos, espancamento, chacina, extermínio, e discriminação constantes.

PALAVRAS CHAVE: PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA, SAÚDE, INTERVENÇÃO


DE ENFERMAGEM, PROMOÇÃO EM SAÚDE

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1. PROBLEMA

É visível um número crescente de Pessoas em Situações Vulneráveis de Rua no


estado do Rio de Janeiro, especialmente frente a fatores sociopolíticos que envolvem: a
educação, o desemprego, a moradia, conflitos familiares, o uso de álcool e de outras drogas
psicoativas. Independente dos motivos pessoais destes indivíduos, o fato é que este
aumento foi acentuado nas últimas duas décadas. Estas pessoas que permanecem, por
tempo prolongado, na miséria e vulnerabilidade extremas, às margens da sociedade,
precisam de acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, proteção e
recuperação, além de valores da justiça social e da solidariedade para que possam ser
considerados como “sujeitos de direitos”.
Esta população em situação de rua (PSR) possuí vínculos familiares interrompidos
ou fragilizados, inexistência de moradia convencional ou regular e como forma de recorrer
à alguma ajuda, utilizam de alguns logradouros e áreas agregadas como espaço para dormir.
É preciso trazer visibilidade a estas pessoas, que vivem em constantes condições
sub-humanas, exposição à violência, ingestão de água e alimentos contaminados, variações
climáticas extremas, essa população é alvo de doenças mentais, parasitárias,
infectocontagiosas com agravo exponencial a tuberculose, hepatite, AIDS, hanseníase,
sífilis, como também das doenças crônicas como a diabetes e hipertensão. Grande parte não
tem conhecimento sobre as assistências de saúde, o que gera grande desistência da procura
por atendimento à saúde, além de não possuírem a mínima orientação de como receber
qualquer tipo de atendimento e tratamento integral e contínuo das redes de saúde sendo
direcionados de acordo com as necessidades identificadas. Grande parte parcela desta
população possui seu direito a saúde negligenciada pela falta da execução de política
governamental. Considerando a necessidade de integração intersetorial entre as Políticas de
Saúde e as demais políticas públicas, visando a melhorar a capacidade de resposta às
demandas e necessidades de saúde inerentes à população em situação de rua.
É necessário compreender as necessidades de assistência em saúde efetiva, que
favoreça a promoção, prevenção e educação em saúde de forma humanizada, sobretudo
buscando garantir os princípios que regem o SUS de: Universalidade, integralidade e
equidade a este grupo populacional. Dessa forma, entende-se que nós acadêmicas de
enfermagem autoras do cuidado à pessoa humana, podemos proporcionar ações de
promoção, educação e prevenção aos agravos de saúde.

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Entre as possíveis ações que podemos tentar viabilizar: Consulta de enfermagem,
exame físico, prevenção e promoção em saúde, abranger a temática sobre higiene básica,
educar sobre doenças crônicas e infectocontagiosas, distribuição de kits de higiene, kits de
lanche, distribuição de preservativos e esclarecimento de como funcionam os atendimentos
em saúde e os CAPS;
Para a coleta das informações necessárias, vamos desenvolver um questionário que
nos permitirá saber: nome; idade; quanto tempo está na rua; possuí algum contato familiar;
possui documentos; se sofre de alguma doença previamente diagnosticada; esta doente ou
esteve recentemente; possuí algum tipo de acesso á saúde; já recebeu algum tipo de
tratamento á saúde; qual a fonte de renda; consegue manter uma alimentação regular; Nossa
ideia é que possamos pesquisar os moradores que ficam em torno da Freguesia e Taquara.

2. JUSTIFICATIVAS

Entendemos que temos um papel ativo na sociedade e uma responsabilidade social,


uma vez que optamos por uma profissão que tem como seu maior objetivo o “cuidar de
pessoas”. Sabemos que nossa intervenção não será a solução para o problema das pessoas
que vivem em situação de rua do Rio de Janeiro, e nem mesmo da Freguesia e Taquara.
Contudo entendemos que é necessário trazer maior visibilidade a estas pessoas, que
precisam ter seus direitos assistidos e assegurados pelas políticas públicas de saúde, para
que a assistência a esta população que vive nas ruas tenha a devida relevância reconhecida
e assistida. O que vemos hoje são ações isoladas de alguns grupos comunitários e ONG's
que se dispõe a atuar de forma paliativa. Nossa intervenção, uma vez bem formatada e
executada, poderá servir como ações futuras de maior resultado.

3. OBJETIVOS

Mapear quem são essas pessoas hoje aos redores da Freguesia e Taquara – perfil
psico-sociodemográfico, com o intuito de entender quais são suas maiores demandas e, com
estas informações em mãos, propor uma intervenção onde houver mais necessidade e de
forma viável. Nosso objetivo é trabalhar a base de dados coletadas fazendo as possíveis
intermediações com os órgãos responsáveis no caso de governo, e grupos de ajuda como
uma ONG. Pensamos em uma intervenção de “mão-dupla”, onde possamos tanto coletar

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informações quanto levar informações e escuta. Não temos a pretensão de sanar o problema
da população de rua das áreas, mas sim ter dados palpáveis para que possamos pelo menos
neste pequeno universo Freguesia-Taquara, trazer compreensão a cerca de quais as maiores
carências desta população. Passando por:

● Documentos – será que os mesmos possuem documentos?


● Saúde – será que estas pessoas possuem algum conhecimento de onde e como ter
acesso às unidades de saúde da Prefeitura, será que já receberam algum tipo de
tratamento/acesso?
● Família – possuí algum vínculo/contato?
● Doenças – sabe se possuí alguma doença previamente diagnostica; Esta ou esteve
doente recentemente?
● Renda – se exerce algum tipo de trabalho para obter renda?
● Alimentação – como fazem para se alimentar, conseguem manter uma alimentação
regular?
Nosso foco é realizar uma intervenção de cunho pequeno, visando promover e
proporcionar de alguma forma à saúde a estas pessoas, porém essa abordagem
poderá ser abrangida por um período indeterminado, fornecendo atenção e
assistência para essas pessoas excluídas, marginalizadas, esquecidas, que
sobrevivem à invisibilidade e negligência de ações de Políticas Públicas de Saúde.

4. METODOLOGIA

Utilizaremos como metodologia “pesquisa-intervenção” in loco, para coleta dos


dados necessários a fim de traçar o perfil dessas pessoas, para isso realizaremos um
questionário, que serão utilizados durante as visitas em campo. Dividiremos nosso grupo
em 02 e cada grupo ficará responsável por um bairro (Freguesia e Taquara). Durante 03
semanas, em horários combinados. Ao fim das visitas faremos uma análise das informações
coletadas, que por sua vez serão compiladas a fim de identificar as maiores demandas dessa
população e planejar as intervenções requeridas.

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5. REVISÃO DE LITERATURA

Com base uma Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua realizada
em 2008, o Ministério Público do Distrito Federal constatou no ano de 2018 que o
preconceito e a discriminação são os principais fatores de agravamento:
“É preciso compreender que, assim como qualquer cidadão, a mulher em situação de rua é
sujeito de direitos e deveres, mas que, por viver em condições extremas de miséria, abaixo
da linha da pobreza, tem seus direitos sistematicamente ignorados pela sociedade e pelo
poder público.”
Em contrapartida a este cenário, os artigos 1º, 3º e 5º da Constituição Federal/88
prescreveram como fundamento do Estado brasileiro o zelo à dignidade da pessoa humana,
objetivando a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades
sociais para promoção do bem-estar aos cidadãos, sem nenhum tipo de preconceito.
Em 23 de dezembro de 2009, o Decreto Federal n.º 7.053 veio instituir a Política
Nacional para a População em Situação de Rua no Brasil com o intuito de efetivar o acesso
pleno aos direitos garantidos aos cidadãos brasileiros, incluindo a reintegração à família e à
comunidade. Entre os princípios-base desta “cartilha” estão o atendimento humanizado e
universalizado e o respeito a estes sujeitos, porém, a tentativa de resgatar a cidadania dos
moradores de rua, nos dias atuais: “[...] ainda aguarda a proatividade do poder Executivo
para a execução de políticas viáveis para a garantia de seus direitos”.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Constituição Federal de 1988
como política social, portanto só ele deve: “[...] garantir acesso universal e igualitário às
ações e serviços de saúde para sua promoção, proteção e recuperação” destes cidadãos. Isto
se justifica devido ao fato do SUS ter sido embasado em valores da justiça social e da
solidariedade o que, automaticamente, elege todos os brasileiros como “sujeitos de
direitos”.
De acordo com A Política Nacional de Atenção Básica (2011) e as Portarias 122 e
123 de 25 de Janeiro de 2012 institui as equipes de Consultório na Rua, que define as
diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua (eCR),
visando atender às pessoas em situação de rua na perspectiva da integralidade da atenção
em saúde de forma contínua. É necessário mais empenho, investimentos não somente das
políticas já instituídas, mas de novas políticas eficazes para reintegração social a fim de que
possam suprir as necessidades básicas essenciais fundamentais e oferecer uma nova
percepção de vida, acolhimento e cuidado a essas pessoas que se encontram em situação

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vulnerável de rua. Compreendemos o trabalho árduo que é feito pelas equipes de
consultório de rua, em especial do enfermeiro como autor principal do cuidado ativo, na
abordagem, acolhimento e consolidação de vinculo. Também sendo o enfermeiro
responsável por conhecer o seu território e traçar o perfil daquela população, e mesmo
diante de todas as dificuldades e barreiras encontradas para garantir esse acesso,
resguardado por lei a estas mulheres, seu papel é imprescindível para realização do
cuidado.
O profissional enfermeiro como agente de escuta ativa, consegue identificar as
necessidades individuais de cada pessoa e possibilitando maior alcance em determinar os
níveis de saúde destinados para aquele indivíduo, e é o responsável por estimular, orientar
essas pessoas não somente a prevenir, evitando determinados acontecimentos que levem as
enfermidades, mas devolve a este indivíduo a posse que o papel ativo na promoção e
controle das condições que afetam sua saúde também é dele.
Silva, Cruz e Vargas (2012) realizaram um estudo para compreender a
funcionalidade da prática do Cuidado de Enfermagem à população de rua, com base nas
perspectivas dos profissionais que atuaram no Consultório de Rua (CR) montado pela
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz, no período 2011-2013, no bairro
de Manguinhos, Rio de Janeiro-RJ, cuja equipe foi constituída por mestrandos da referida
instituição. Utilizou-se como critérios para escolha as características de vulnerabilidade do
grupo populacional local: em situação de rua; localizados em vielas e na Avenida Brasil,
nas redondezas da linha do trem; trabalhando com vendas e coleta de lixo; utilizando
drogas; fazendo higiene pessoal, se alimentando e dormindo na rua. O grupo era composto
por jovens com idade entre 19 e 24 anos, sendo cerca de 60% de homens, 53% pessoas
pardas e as demais negras, 96% de usuários de drogas e 44% sem nenhum tipo de
documentação. O trabalho coordenado da equipe do CR de Manguinhos demonstrou
avanços na garantia do acesso à saúde a essa população específica, devido à
responsabilidade dos mestrandos na ministração do cuidado, o que resultou em
atendimentos que: “[...] permaneceram presentes no cotidiano desta população”, apesar de
ser reconhecida a falta de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad) no
território, especializado neste tipo de atendimento, onde foi identificou-se precariedade na
articulação da Rede de Atenção à Saúde.

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6. CRONOGRAMA

Cronograma do Projeto de Intervenção


OUTUBRO NOVEMBRO
ATIVIDADES
1ª SEM 2ª SEM 3ª SEM 4ªSEM 1ª SEM 2ª SEM 3ªSEM 4ªSEM
DEFINIÇÃO DO TEMA ✓
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ✓ ✓
ELABORAÇÃO DO PROJETO ✓ ✓
EXECUÇÃO DO PROJETO ✓ ✓ ✓
COMPILAÇÃO DOS DADOS ✓ ✓
APRESENTAÇÃO DO PROJETO E RESULTADOS ✓ ✓

7. RECURSOS NECESSÁRIOS

Nossa área de atuação será nos bairros da Freguesia e Taquara e serão necessários:

1. Utilizar transportes até os locais demarcados;

2. Utilização de questionários para a coleta dos dados e identificação das maiores


necessidades;

3. Canetas;

4. Pranchetas;

Após a coleta de todas as informações necessárias, faríamos as possíveis intervenções:

5. Coleta financeira dos integrantes, cada integrante contribuiria com 80 reais,


somando-se 480 reais no total para compra dos kits de higiene e kits de lanche, que
seria feita via internet;

6. Deslocamento até a UBS da área para arrecadação dos preservativos;

7. Promoção e prevenção em saúde, consulta de enfermagem, exame físico, educar


sobre doenças crônicas e infectocontagiosas, higiene básica, orientações sobre onde
podem receber os atendimentos em saúde e como podem receber tratamentos e
acompanhamentos necessários para hanseníase, tuberculose, sífilis, diabetes,
hipertensão e sobre os CAPS;

8. RESULTADOS ESPERADOS

Nos guiaremos através da metodologia de pesquisa-intervenção, com a finalidade de


fazer um acolhimento em saúde na vida destas pessoas que estão em situação vulnerável de
rua, visando promover, educar e intervir em saúde garantindo assim o atendimento das
principais necessidades de cada pessoa e respeitando suas individualidades, demonstrando

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que apesar de toda exclusão, esquecimento e marginalização sofrida, é possível ainda ter
uma nova forma de ser e estar.

Esperamos com nosso projeto trazer foco a este grupo populacional cada vez mais
crescente, e esquecido, para que aplicações de políticas públicas já existentes sejam
eficientes. Objetivando que os nossos governantes invistam em estratégias viáveis de
intervenção e melhorias na redução de danos e impactos na vida destas pessoas. É dever do
estado prover direitos de acesso à trabalho, educação, segurança, moradia, dignidade, e
saúde efetiva.

No entanto, é preciso ressaltar que, em tempos de interconectividade mundial, a


implementação de políticas públicas com foco na ressocialização dessa população em
situação vulnerável de rua pode causar grande mobilização social e econômica do Estado e
sociedade, contribuindo para a realização de eventos simultâneos para promoção do
cuidado em toda esfera psicossocial e em todo o território nacional com resultados
positivos, visando resgatar não só o estado de bem-estar à saúde em toda forma integral
destas pessoas, mas também seus direitos e cidadania. Portanto é necessário implantação de
políticas efetivas relacionadas a assistência à PSR, com universalidade e de forma
igualitária, para que grupo receba os cuidados primários necessários para os tratamentos de
saúde e psicossocial.

A atenção primária é a principal porta de entrada do usuário ao Sistema SUS, e é


necessária política pública evidenciada, investimentos na capacitação permanente dos
profissionais que atuarão frente à PSR. É evidente que, para que se alcance o sucesso
desejado será preciso que o Sistema Público de Saúde implemente campanhas de
reeducação da comunidade, visando a flexibilização da reintegração destas população de
rua à sociedade. Percebe-se, claramente, a distância considerável entre o texto legislativo e
a prática do direito fundamental à saúde à população em situação de rua no Estado do Rio,
seja pelo desafio que a intersetorialidade nas ações de saúde oferece à gestão ou pelo
descaso dos governantes. A realidade é de que as doenças infectocontagiosas e crônicas
vêm crescendo e, a cada dia, elas atingem mais e mais pessoas desse grupo, que acabam por
espalhar-se nos grandes centros urbanos do estado. Vale lembrar que cabe a cada um de nós
a responsabilidade de discorrer sobre a qualidade, quantidade e oportunidade dessas ações
de saúde, bem como de sugerir recomendações para sua implementação ou aprimoramento.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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10. ANEXO

QUESTIONÁRIO POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA-PISC IBMR LOCAL: DATA:

NOME: IDADE:

POSSUI DOCUMENTOS (QUAIS):

FAMÍLIA POSSUÍ ALGUM VÍNCULO/CONTATO?

A QUANTO TEMPO ESTÁ NA RUA?

POSSUÍ ALGUMA DOENÇA DIAGNOSTICADA?

POSSUÍ ALGUM TIPO DE ACESSO À SAÚDE ?

JÁ RECEBEU ALGUM TIPO DE TRATAMENTO DE SAÚDE ?

QUAL A FONTE DE RENDA?

ESTÁ DOENTE OU ESTEVE RECENTEMENTE?

CONSEGUE MANTER ALIMENTAÇÃO REGULAR?

OBSERVAÇÕES:

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