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Rio de Janeiro, RJ
2020.2
Sumário
RESUMO ............................................................................................................................ 3
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2. JUSTIFICATIVAS ................................................................................................ 5
3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5
4. METODOLOGIA .................................................................................................. 6
6. CRONOGRAMA ................................................................................................... 9
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 10
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1. PROBLEMA
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Entre as possíveis ações que podemos tentar viabilizar: Consulta de enfermagem,
exame físico, prevenção e promoção em saúde, abranger a temática sobre higiene básica,
educar sobre doenças crônicas e infectocontagiosas, distribuição de kits de higiene, kits de
lanche, distribuição de preservativos e esclarecimento de como funcionam os atendimentos
em saúde e os CAPS;
Para a coleta das informações necessárias, vamos desenvolver um questionário que
nos permitirá saber: nome; idade; quanto tempo está na rua; possuí algum contato familiar;
possui documentos; se sofre de alguma doença previamente diagnosticada; esta doente ou
esteve recentemente; possuí algum tipo de acesso á saúde; já recebeu algum tipo de
tratamento á saúde; qual a fonte de renda; consegue manter uma alimentação regular; Nossa
ideia é que possamos pesquisar os moradores que ficam em torno da Freguesia e Taquara.
2. JUSTIFICATIVAS
3. OBJETIVOS
Mapear quem são essas pessoas hoje aos redores da Freguesia e Taquara – perfil
psico-sociodemográfico, com o intuito de entender quais são suas maiores demandas e, com
estas informações em mãos, propor uma intervenção onde houver mais necessidade e de
forma viável. Nosso objetivo é trabalhar a base de dados coletadas fazendo as possíveis
intermediações com os órgãos responsáveis no caso de governo, e grupos de ajuda como
uma ONG. Pensamos em uma intervenção de “mão-dupla”, onde possamos tanto coletar
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informações quanto levar informações e escuta. Não temos a pretensão de sanar o problema
da população de rua das áreas, mas sim ter dados palpáveis para que possamos pelo menos
neste pequeno universo Freguesia-Taquara, trazer compreensão a cerca de quais as maiores
carências desta população. Passando por:
4. METODOLOGIA
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5. REVISÃO DE LITERATURA
Com base uma Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua realizada
em 2008, o Ministério Público do Distrito Federal constatou no ano de 2018 que o
preconceito e a discriminação são os principais fatores de agravamento:
“É preciso compreender que, assim como qualquer cidadão, a mulher em situação de rua é
sujeito de direitos e deveres, mas que, por viver em condições extremas de miséria, abaixo
da linha da pobreza, tem seus direitos sistematicamente ignorados pela sociedade e pelo
poder público.”
Em contrapartida a este cenário, os artigos 1º, 3º e 5º da Constituição Federal/88
prescreveram como fundamento do Estado brasileiro o zelo à dignidade da pessoa humana,
objetivando a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades
sociais para promoção do bem-estar aos cidadãos, sem nenhum tipo de preconceito.
Em 23 de dezembro de 2009, o Decreto Federal n.º 7.053 veio instituir a Política
Nacional para a População em Situação de Rua no Brasil com o intuito de efetivar o acesso
pleno aos direitos garantidos aos cidadãos brasileiros, incluindo a reintegração à família e à
comunidade. Entre os princípios-base desta “cartilha” estão o atendimento humanizado e
universalizado e o respeito a estes sujeitos, porém, a tentativa de resgatar a cidadania dos
moradores de rua, nos dias atuais: “[...] ainda aguarda a proatividade do poder Executivo
para a execução de políticas viáveis para a garantia de seus direitos”.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Constituição Federal de 1988
como política social, portanto só ele deve: “[...] garantir acesso universal e igualitário às
ações e serviços de saúde para sua promoção, proteção e recuperação” destes cidadãos. Isto
se justifica devido ao fato do SUS ter sido embasado em valores da justiça social e da
solidariedade o que, automaticamente, elege todos os brasileiros como “sujeitos de
direitos”.
De acordo com A Política Nacional de Atenção Básica (2011) e as Portarias 122 e
123 de 25 de Janeiro de 2012 institui as equipes de Consultório na Rua, que define as
diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua (eCR),
visando atender às pessoas em situação de rua na perspectiva da integralidade da atenção
em saúde de forma contínua. É necessário mais empenho, investimentos não somente das
políticas já instituídas, mas de novas políticas eficazes para reintegração social a fim de que
possam suprir as necessidades básicas essenciais fundamentais e oferecer uma nova
percepção de vida, acolhimento e cuidado a essas pessoas que se encontram em situação
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vulnerável de rua. Compreendemos o trabalho árduo que é feito pelas equipes de
consultório de rua, em especial do enfermeiro como autor principal do cuidado ativo, na
abordagem, acolhimento e consolidação de vinculo. Também sendo o enfermeiro
responsável por conhecer o seu território e traçar o perfil daquela população, e mesmo
diante de todas as dificuldades e barreiras encontradas para garantir esse acesso,
resguardado por lei a estas mulheres, seu papel é imprescindível para realização do
cuidado.
O profissional enfermeiro como agente de escuta ativa, consegue identificar as
necessidades individuais de cada pessoa e possibilitando maior alcance em determinar os
níveis de saúde destinados para aquele indivíduo, e é o responsável por estimular, orientar
essas pessoas não somente a prevenir, evitando determinados acontecimentos que levem as
enfermidades, mas devolve a este indivíduo a posse que o papel ativo na promoção e
controle das condições que afetam sua saúde também é dele.
Silva, Cruz e Vargas (2012) realizaram um estudo para compreender a
funcionalidade da prática do Cuidado de Enfermagem à população de rua, com base nas
perspectivas dos profissionais que atuaram no Consultório de Rua (CR) montado pela
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz, no período 2011-2013, no bairro
de Manguinhos, Rio de Janeiro-RJ, cuja equipe foi constituída por mestrandos da referida
instituição. Utilizou-se como critérios para escolha as características de vulnerabilidade do
grupo populacional local: em situação de rua; localizados em vielas e na Avenida Brasil,
nas redondezas da linha do trem; trabalhando com vendas e coleta de lixo; utilizando
drogas; fazendo higiene pessoal, se alimentando e dormindo na rua. O grupo era composto
por jovens com idade entre 19 e 24 anos, sendo cerca de 60% de homens, 53% pessoas
pardas e as demais negras, 96% de usuários de drogas e 44% sem nenhum tipo de
documentação. O trabalho coordenado da equipe do CR de Manguinhos demonstrou
avanços na garantia do acesso à saúde a essa população específica, devido à
responsabilidade dos mestrandos na ministração do cuidado, o que resultou em
atendimentos que: “[...] permaneceram presentes no cotidiano desta população”, apesar de
ser reconhecida a falta de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad) no
território, especializado neste tipo de atendimento, onde foi identificou-se precariedade na
articulação da Rede de Atenção à Saúde.
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6. CRONOGRAMA
7. RECURSOS NECESSÁRIOS
Nossa área de atuação será nos bairros da Freguesia e Taquara e serão necessários:
3. Canetas;
4. Pranchetas;
8. RESULTADOS ESPERADOS
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que apesar de toda exclusão, esquecimento e marginalização sofrida, é possível ainda ter
uma nova forma de ser e estar.
Esperamos com nosso projeto trazer foco a este grupo populacional cada vez mais
crescente, e esquecido, para que aplicações de políticas públicas já existentes sejam
eficientes. Objetivando que os nossos governantes invistam em estratégias viáveis de
intervenção e melhorias na redução de danos e impactos na vida destas pessoas. É dever do
estado prover direitos de acesso à trabalho, educação, segurança, moradia, dignidade, e
saúde efetiva.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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10. ANEXO
NOME: IDADE:
OBSERVAÇÕES:
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