Você está na página 1de 12

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL:

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DA PRÁTICA DOCENTE

JOÃO BATISTA NUNES MAIA


Faculdade Escola Sobral de Oliveira –
FAESDO

Resumo

O presente texto trata-se de um relato de experiência vivenciado durante o estágio


supervisionado em Educação Infantil, realizado na E.M.E.I.E.F Francisco Correia Lima,
na comunidade de Areré no município de Barreira-CE, desenvolvido durante o último
período do curso de pedagogia da Faculdade Escola Sobral de Oliveira. A instituição do
estágio foi observada a partir da sua identidade própria, bem como a realidade presente
concernente a localização, espaço, estrutura e funcionamento, perfil da turma e
professor bem como a prática pedagógica, rotina das crianças, conteúdos abordados,
relações interpessoais. Durante o estágio as experiências e modo operante do educador
trabalhar nortearam vivências entre a teoria e prática, possibilitando compreensão,
intervenção e aprendizado além de fornecer subsídios para reflexão, aperfeiçoamento e
formação profissional para aplicação futura em âmbito escolar.

Palavras-Chaves: Experiência. Educação infantil. Prática.

1
Introdução

O referido está baseado em reflexos sobre o estágio supervisionado em Educação


Infantil, bem como suas contribuições para a formação e prática docente em vivências na
sala de aula. Através do estágio acontece a articulação entre teoria e prática, o que é visto
durante o curso precisa se concretizar na sala de aula uma vez que a complexidade do
processo ensino-aprendizagem envolve inúmeros elementos como: atores envolvidos,
conteúdos trabalhados, habilidades, tempo e espaço. A aproximação do que se estuda e
sua aplicabilidade se concretiza durante o estágio, daí sua importância para o futuro
pedagogo saber lidar com a complexidade que é a sala de aula.

“à sala de aula é determinada pelo que a circunda para além de suas


paredes- e, em certa medida, interfere para além de suas paredes. Como
é durante a aula que se dá a essência da Educação Escolar, é para ela
que devem convergir e as várias competências dos profissionais da
escola. o que não significa que todos atuarão na sala de aula! o que não
significa, também, que nela só atuam os professores! o que não significa,
também, que os professores só atuam ali! nem que as equipes
pedagógicas e de apoio só atuam fora dali! nem que aí só elas atuam.”
(PIMENTA, p.80)
Somente através da sua vivência prática que o futuro profissional estará apto
a se resolver num ambiente de trabalho e fazer articulação entre o que estudou e
sua aplicabilidade real e esse processo é fundamental para observar, refletir e
intervir de forma segura e consciente no âmbito escolar.

2
Referencial Teórico

Na educação básica, a educação infantil conforme as Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI, BRASIL, 2010), constituem como etapa básica
e obrigatória com a finalidade de desenvolver o integral das crianças por faixa etária de 0 a
6 anos de idade. Respeitando os direitos de: brincar, conviver, explorar, participar,
expressar e conhecer-se.

A educação infantil, segundo a LDB 9394/96 em seu artigo 29 nos diz que “A
educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade”. Pude
observar durante o estágio supervisionado que as famílias da comunidade escolar em sua
maioria vêm deixar suas crianças, depositando confiança no corpo docente que ao recebê-
los conversam sobre o cotidiano escolar.

A professora segue uma rotina programada conforme a faixa etária e campos de


experiência estabelecidos no planejamento diário do conteúdo e seu objetivo de
aprendizagem, temática escolhida e desenvolvimento metodológico planejado, atendendo
assim uma educação multicultural presente em nossas escolas.

“A abordagem as famílias da comunidade escolar em sua maioria vêm parte da


afirmação de que vivemos numa sociedade multicultural, no sentido descritivo, uma
política as famílias da comunidade escolar em sua maioria vêm- perspectiva
prescritiva- vai favorecer que todos se integrem na sociedade e sejam incorporadas
à cultura hegemônica. No caso da educação, promove-se uma política de
universalização da escolarização. Todos e todas são chamados a participar do
sistema escolar, mas sem que se coloque em questão o caráter monocultural
presente em sua dinâmica, tanto no que se refere ao conteúdo do currículo, quanto
as relações entre os diferentes atores, às estratégias utilizadas nas salas de aula,
aos valores privilegiados, etc.” (CANDAU, p, 7)

Percebe-se que o processo educativo além de complexo requer um trabalho de


mãos dadas, em que vários atores estejam em sintonia, a escolha do espaço, conteúdo,
temática a ser abordada são escolhidos pela educadora, observando outros aspectos como
a idade, a comunidade e o grupo no qual a criança está inserida é uma tarefa árdua que se
concretiza no chão da sala de aula.

A integralização dos componentes curriculares é permeada de valores pautados na


visão estratégica da escola observada contextualizado a comunidade e o entorno

3
considerando o ofício de pais dos alunos e na etapa da educação infantil vivência, os
projetos realizados na escola e o trabalho escolar segue em seus tempos e espaços
pedagógicos, conforme as diretrizes do PPP:

“na escola Francisco Correia Lima as atividades educativas são pautadas nos
documentos que orientam as práticas na Educação infantil e fundamental como o
DCRC, OCPC e a BNCC. (PPP, p.57)

A cada momento das aulas o ambiente era preparado seguindo uma rotina, a cada
momento as atividades eram desenvolvidas seguindo a programação prévia baseada em
orientações, metodologias, materiais e circunstância à medida que a turma se distanciava
da programação um plano B estava pronto para entrar em execução e assim o objetivo
pedagógico proposto atinja sua meta.

4
Resultados e Discussões

Os planos de aula da professora segam as normas da SME e PPP da escola,


cumprindo uma rotina programada em tempos e atividades específicas. As aulas tem início
as 7:00h e a professora recebe cada aluno com saudação de bom dia e encaminhamento
ao assento escolar, quando a maioria se encontra presente faz um momento de acolhida
com música e contação de histórias. Em seguida uma roda de conversa busca regatar
vivências do cotidiano fazendo uma ligação com os conteúdos a serem ensinados.
Importante cada criança tem seu momento de fala, respeitando a fala e a escuta do colega
trabalhando valores essenciais para o convívio em sociedade.

Atividades de escrita e contação oral busca trabalhar consciência fonológica e


percepção da língua como elemento de interação e comunicação social, também são
realizadas produções coletivas do jeito deles e as vezes a professora faz papel de escriba
da turma que em seguida cada um faz seu próprio registro no caderno.

Após o lanche que é servido dentro da própria sala as crianças tem um momento de
recreação dirigida no qual é observado: interação social, habilidades motoras, dificuldades
de comunicação entre outros, o brincar não é apenas um momento lúdico na educação
infantil nas vivências significativas em que outros aspectos são observados pelos
educadores para avaliar as crianças.

Logo após a recreação realiza-se atividades de relaxamento para que as crianças


se preparam para o segundo tempo de aulas, que geralmente se trabalha atividades de
matemática ou disciplina da área de humanas. O ensino de matemática é utilizado material
concreto para auxiliar na compreensão abstrata da matemática e quando p conteúdo é
geografia ou história o foco é o dia a dia das crianças, estudo do meio tentando significar o
tempo e atividades desenvolvidas em casa e na comunidade.

Na hora de brincar é importante não disponibilizar o tempo, mas também oferecer


recursos para brincar na brinquedoteca estimula inúmeras atividades, manuseio e
oportunidade de se trabalhar diversidade, gestos, movimentos e o próprio corpo sugeridos
pelo campo de experiências da BNCC.

Infelizmente a escassez de material pedagógico e didático delimita a ação dos

5
educadores que precisam parte de recursos financeiros próprios, improvisar, deixando
atividades elencadas a desejar, é preciso um planejamento prévio da instituição não apenas
referente a conteúdos, mas também a recursos a serem utilizados a fim de tornar viável a
execução das atividades propostas pela instituição e educadores.

6
Considerações finais

Durante a construção do relatório ficou notório a importância de alinhar teoria e


prática no estágio supervisionado, a sala de aula é muito dinâmica por isso um bom
embasamento teórico nos leva a inúmeras possibilidades de ter sucesso na concretização.

Não existe prática sem um embasamento teórico solidificado, quando a teoria é


superficial a prática apresenta falhas que requer uma práxis pedagógica do educador. As
crianças como sujeitos históricos, tem suas vivências próprias carregam um mundo próprio
e isso requer sensibilidade por parte do educador para lidar com toda a complexidade que
é o ensino e a criança.

O estágio supervisionado não oferece apenas prática, mas também reflexão sobre
a postura, metodologia e compreensão do processo ensino aprendizagem atendendo a
princípios e direitos norteados na legislação vigente e documentos escolares.

7
Referências

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil/Secretaria de Educação Básica- Brasília: MEC,
SEB, 2010.

CANDAU, PDF. https://www.anais.ueg.br>artigo-14229-1-10-2015-1008. PDF. acesso em


05. abril.2023.

LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, Coordenação de Edições


Técnicas, 2017,58p.

PPP. Documento Norteador Oficial do Projeto Político Pedagógico- 14pp. EMEIEF


Francisco Correia Lima- Areré- Barreira- Ceará, 2022.

PIMENTA, Selma Garrido (1) questões sobre a organização do trabalho na escola.


http://crmaiocovas.sp.gov.br. Acesso em 24. abril.2023.

8
ANEXOS

9
10
11
12

Você também pode gostar