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08/05/2021 Roteiro de Estudos

Planejamento do Trabalho Docente

Roteiro de
Estudos
Estudos

Autora: Esp. Lilian Maia Borges Testa


Revisora: Taís Cruz

Quando falamos em educação, não podemos nos esquecer dos pro ssionais inseridos nesse
processo de ensino e aprendizagem. Por isso, temos como principais agentes de construção do
conhecimento o professor e o aluno. Dessa forma, o planejamento elaborado pelo professor é
fundamental para que as aulas se tornem atrativas e dinâmicas para os alunos. Nesse
contexto, este roteiro apresentará algumas considerações acerca da elaboração e do
desenvolvimento do planejamento do trabalho docente.

Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:

analisar os aspectos de formação de um espaço destinado ao ensino de língua


estrangeira;
re etir sobre a relação entre professor e aluno dentro do ambiente educacional;
conhecer o conceito que envolve os diferentes tipos de planejamento inseridos no
processo educacional;
reconhecer os diferentes tipos de planos que podem ser desenvolvidos no planejamento
de língua inglesa;
compreender como ocorre a interdisciplinaridade envolvendo o ensino de língua inglesa
na educação básica.

Introdução

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Atualmente, o professor, diante de uma clientela que o obriga a desenvolver aulas


interessantes, se vê obrigado a re etir sobre sua prática. Assim, a atuação do professor em sala
de aula é primordial para que a aprendizagem dos alunos realmente aconteça. Nesse sentido,
aulas atrativas e dinâmicas devem fazer parte dos planejamentos elaborados pelos professores
e, no que se refere ao ensino de língua inglesa, deve ser considerado que os alunos estão em
contato direto com o idioma em diversas situações: em jogos de videogame, em propagandas,
no uso de estrangeirismos da língua portuguesa.

Nesse contexto, faremos alguns apontamentos relacionados à organização do espaço e do


tempo acerca do ensino da língua inglesa e teceremos considerações acerca do conceito de
planejamento, da relação professor-aluno, do tipo de plano, bem como sobre o trabalho
interdisciplinar e a sequência didática que podem auxiliar o professor no desenvolvimento de
suas aulas.

A Organização do Espaço e do
Tempo no Ensino do Idioma
Quando nos referimos ao ambiente educativo, é preciso ter em mente que ele nos remete ao
processo de ensino e aprendizagem como um todo. Portanto, falaremos sobre a forma como
esse ambiente deve ser para que o ensino do idioma aconteça de forma satisfatória.

O local em que o aluno passa a maior parte do tempo é dentro da escola. Entretanto, esse não
pode ser considerado o único lugar em que o aluno terá contato com a língua inglesa ou com o
conhecimento de forma geral. De acordo com Soares (2010, p. 23), observamos que:

É um equívoco acreditar que é a escola a única responsável por propiciar à


criança os dois “passaportes” de entrada no mundo da escrita. Muito antes de
chegar à instituição educativa – de Ensino Fundamental e mesmo de Educação
Infantil – a criança já convive tanto com a tecnologia da escrita quanto com o
seu uso, porque, em seu contexto, a escrita está sempre presente: ora muito
presente, como nas camadas economicamente privilegiadas e nas regiões
urbanas, ora menos presente, ora em gêneros e suportes mais próximos, ora
menos próximos daqueles que a escola valoriza, mas sempre presente.

Todos os ambientes em que o aluno está inserido devem ser considerados educativos, para
que sempre seja promovido seu desenvolvimento. A escola é um deles, e esse espaço deve
voltar-se para o desenvolvimento amplo do estudante.

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Considerando a escola como um ambiente educativo, temos de levar em conta que o aluno
está sendo alfabetizado em uma segunda língua, no caso do nosso currículo, a língua inglesa. É
indispensável, portanto, o trabalho em um ambiente alfabetizador, ou seja, no qual se promova
o encontro do aluno com a leitura e a escrita desse idioma, de forma a fazê-lo participar
signi cativamente desses dois processos.

No mais, podemos a rmar que esse ambiente alfabetizador para o desenvolvimento do aluno
pode ser a sala de aula, os diferentes espaços dentro da escola, a sua casa, o seu quarto, isto é,
um local em que a criança tenha contato com a escrita e com a leitura em língua inglesa. Por
exemplo, se em sua casa tiver um espaço com diversos livros infantis, gibis, revistas e textos em
inglês, a criança estará em contato com o ambiente alfabetizador fora do espaço escolar. É
válido ressaltar, também, que, em sala de aula, o professor deve colocar o nome dos objetos
que estão na sala. Por exemplo, colocar o nome da cadeira, do armário, do quadro em inglês.
Dessa forma, o aluno desenvolverá o vocabulário.

O ambiente educativo deve voltar-se inteiramente para a formação do aluno, de modo a fazer
que ele encontre o real signi cado do que está aprendendo e perceba que esses conteúdos
fazem parte do seu cotidiano, como em propagandas, músicas internacionais ou jogos de
videogame.

Lima (1999, p. 30) defende que cabe ao professor aumentar a vivência de seu aluno com os
objetos e as informações do mundo ao seu redor, mostrar que existe uma relação entre o que
ele aprende e o mundo em que vive:

A experiência de ver, manipular, experimentar, verbalizar sobre as coisas do


mundo a sua volta, amplia a vivência da criança, sua linguagem e suas
possibilidades mentais. Coloca-a num mundo extremamente complexo de
relações que a obriga organizá-las.

Nesse sentido, o professor de língua estrangeira deve proporcionar ao seu aluno um ambiente
em que o desenvolvimento dos eixos de aprendizagem da segunda língua seja bem trabalhado,
levando-o à aquisição completa desse idioma.

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LEITURA

O ensino da língua inglesa no Brasil


Autora: Eliana Santos de Souza e Santos
Ano: 2011
Comentário: o artigo trata do período em que a disciplina de língua inglesa começou a fazer
parte do currículo das escolas brasileiras, apontando quais foram os interesses ao incorporar o
ensino de inglês e francês à nossa educação básica, bem como fazer breves apontamentos
históricos sobre esse ensino.

ACESSAR

Aspectos Cognitivos e
Socioemocionais nas Relações
Professor-aluno e o Idioma
Sabemos que a relação entre professor e aluno está diretamente ligada ao processo de ensino
e aprendizagem, pois é por meio dela que se dinamiza e se dá sentido ao processo educativo. É
no convívio entre ambos que podemos observar os aspectos da interação professor-aluno na
transmissão de conhecimento e na própria relação pessoal em que se estabelecem as normas
disciplinares a serem seguidas. Para isso, é preciso que essa relação seja baseada na con ança,
na afetividade e no respeito, de forma que o professor seja o orientador do aluno em seu
desenvolvimento cognitivo e social (LIB NEO, 1994).

Para Libâneo (1994, p. 251), o professor não é um mero transmissor de informações, ele
precisa saber ouvir os alunos em seus questionamentos:

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O aspecto da afetividade entre professor e aluno exerce in uência no processo


de ensino e aprendizagem e pode até facilitar a aprendizagem, sendo que, em
momentos informais, os alunos se sentem acolhidos e se aproximam dos
colegas bem como dos professores, levando à troca de informações e
experiências, cando destemido em expressar suas opiniões, e assim auxiliando
em suas dúvidas. O relacionamento em sala de aula que está pautado na
afetividade entre professor e aluno é, portanto, indicado para que se tenha
uma e caz construção do conhecimento.

Notamos que a questão da afetividade também está diretamente ligada aos métodos
empregados pelo professor para mediar o conhecimento em sala de aula. É por meio dessa
interação que ele consegue explorar a capacidade de aprender de seu aluno.

A atual escola, entre suas práticas, vem avançando muito em relação ao trabalho
administrativo e pedagógico. Entretanto, ainda tem di culdades de administrar os con itos do
homem contemporâneo, por estarem em evidência as estruturas democráticas, inclusivas,
econômicas e, acima de tudo, a multiplicidade das culturas de massa, misturadas às elitizadas.
Além disso, é levada a acreditar que estas, muitas vezes, implicam o fazer pedagógico do
ambiente escolar no seu cotidiano.

Quando se propõe um trabalho educativo com foco na democracia, é necessário que a


atividade técnico-didática junto com as multiplicidades que determinam a condicionalidade
(econômicas, socioculturais e históricas) estejam contextualizadas, para que a contribuição da
escola democrática cumpra com o dever da escolarização para todos.

Segundo Masetto (2003), a memorização da aprendizagem vem desde a alfabetização, em que


a interação aluno x professor necessita ser sólida e transparente, para que se mantenham a
soletração e a consciência sem possíveis traumas, direcionando, equilibrando e ajustando o
indivíduo na larga prática da função do texto para a sua oralidade. Tudo isso visa também
tornar o aluno mais desinibido, fazendo-o crescer enquanto pessoa para que ele produza
conhecimentos coletivos com os colegas e com o professor e para que se mantenha o interesse
nas aulas, retendo e assimilando os conhecimentos apresentados e discutidos, permitindo,
assim, uma aprendizagem genuína e signi cativa.

Na prática do professor e da equipe pedagógica, estes devem conduzir, da melhor maneira


possível, seu aluno para a aprendizagem, pois, para administrar essa situação, a atenção deve
estar centrada no aluno.

O professor traz em sua prática os conhecimentos pedagógicos cientí cos,


atitudes e valores, crenças, estratégias, o professor, hoje é um verdadeiro
condutor educacional ou um “neuroeducador”, causa composição e envoltura
educacional de forma a promover as capacidades de aprendizagem dos

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alunos, provocando, reforçando e otimizando os seus potenciais [...] (ALTOÉ et


al.; 2010, p. 126).  

A prática do professor consiste na importância do fazer bem-feito no campo educacional, de


modo que tudo conspire a favor da aprendizagem do aluno. A atividade educativa deve ser
elaborada na forma mais elementar, respeitando-se as características naturais de cada
estudante. É preciso buscar a melhor maneira de ensinar e a melhor metodologia, por meio de
materiais didáticos mais completos e com novas e notáveis organicidades. Apontando soluções
para os problemas mais gerais da pedagogia, como atenção à infância, promoção da educação
pública e formação dos educadores, em parceria com a modernidade.

Todo pro ssional docente deve ter habilidade psicológica, ferramenta que engloba o saber do
educando. Essa prática é desenvolvida com o aprendizado em sala de aula, prioriza a
integração professor-aluno e ajuda este último no seu desenvolvimento social e intelectual.

Todas as práticas mencionadas até aqui são relevantes, pois compreendem uma realidade de
ação, as quais, para serem observadas e vivenciadas, é necessário compreender os saberes
que determinam a sua organização e identi car os conhecimentos necessários para a atuação
no evento educacional.

Na concepção de Sampaio (2010), a prática também se eleva ao corrigir-se a todo instante para
que não se provoque uma desestruturação emocional em algum aluno. No papel do professor,
o ensino deve ser planejado levando-se em conta o que se sabe sobre o desenvolvimento
intelectual do aprendiz. Conforme salienta Sampaio (2010, p. 37):

É preciso que o professor competente e valorizado encontre o prazer de ensinar


para que possibilite o nascimento do prazer de aprender. A má qualidade do
ensino provoca um desestímulo na busca do conhecimento, visto que o papel
da criança é de receptor e, na visão destes professores, é necessária a utilização
de cartazes, recursos audiovisuais, materiais em grande quantidade e
variedade, além de algumas técnicas como condicionamento e reforço, tendo
como resultado a modelagem de um comportamento que se julga desejável.

A prática docente está vinculada ao planejamento escolar, no qual estão atribuídas as


informações que devem ser oferecidas de pouquinho em pouquinho, para que cada
pouquinho possa ser treinado. Como exemplo, temos os ensinos (ou treino, melhor dizendo)
das cores, das formas geométricas, das expressões, como maior, menor, em cima, em baixo,
médio, entre outros, por meio dos quais trabalhamos também o vocabulário, a leitura e a
oralidade em língua inglesa.

A arte de ensinar é o aspecto mais difícil da aprendizagem, é levar o aprendiz a iniciar esse ciclo
colocando-se no primeiro nível, que é motivar o indivíduo, para que possa desencadear-se o

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processo de aprendizagem. Não é fácil, nem para o professor nem para o aluno, mas, sem o
exercício da motivação, não ocorrerão o crescimento, o desenvolvimento e a aprendizagem,
pois o incentivo, o carinho, a dedicação são requisitos indispensáveis ao processo.

Nesse panorama, a in uência do professor – não somente de língua inglesa, mas de qualquer
componente curricular – é o resultado que se consegue sobre o comportamento do aluno
dentro do âmbito escolar. O professor deve trabalhar buscando um desenvolvimento global
por todos os campos da necessidade do aluno. Assim, sua in uência leva conhecimentos e
experiências mais ricas e organizadas para o resto da vida do aluno, pois seu auxílio com a
conversação faz com que ele chegue gradualmente à organização lógica dos conhecimentos,
dominando métodos para elaborar as ideias de maneira independente. Por isso, a in uência do
professor é de suma importância para o desenvolvimento global do aluno.

LEITURA

Afetividade e práticas pedagógicas


Autor: Sérgio Antônio da Silva Leite (org.)
Editora: Casa do Psicólogo
Ano: 2008
Comentário: o livro apresenta a importância da afetividade em
diferentes práticas pedagógicas desenvolvidas pelos
professores inseridos na sala de aula. Demonstra que a relação
entre professor e aluno é fundamental para que ocorra o
processo de ensino e aprendizagem. Assim, sugerimos a leitura
dos artigos propostos na parte 1 do livro.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.

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O Planejamento como
Instrumento de Organização do
Trabalho Docente
Uma parte essencial do processo educacional é o planejamento. Ele abarca vários aspectos e
níveis da educação e, por mais completa, participativa e democrática que seja a gestão, sem um
planejamento adequado, ela não entrará em vigor nem atingirá seus objetivos.

O planejamento é o que permite que o trabalho da escola se realize e não que apenas no
papel como objetivos e metas a serem alcançados. Mas, a nal, o que é planejar? O
planejamento implica otimizar o efeito de determinados objetivos, estudar meios e estratégias
para alcançá-los e de nir prazos para que sejam concretizados.

Assim como a educação, de modo geral, teve mudanças evolutivas com o passar dos anos, o
planejamento educacional seguiu o mesmo caminho. Conforme Luck (2009, p. 32), podemos ter
a noção desse fato:

O planejamento educacional surgiu como uma necessidade e um método da


administração para o enfrentamento organizado dos desa os que demandam
a intervenção humana. Cabe destacar também que, assim como o conceito de
administração evoluiu para gestão, também o planejamento como formalidade
evoluiu para instrumento dinâmico de trabalho.

Nesse sentido, planejar no campo educacional signi ca ter as metas de nidas e salientar os
objetivos de cada ação, de forma articulada. Assim sendo, “o planejamento envolve, antes de
tudo, uma visão global e abrangente sobre a natureza da Educação, da gestão escolar e suas
possibilidades de ação” (LUCK 2009, p. 32).

Todo planejamento possui seus princípios e nalidades. No caso da educação, esses devem
estar em sincronia com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) vigente.
Embora o planejamento se apresente sob diferentes aspectos e modalidades, ele deve estar
integrado e organizado de modo a compreender as nalidades da ação educativa em tempo
previsto e especi cado.

Quando se inicia um modelo de gestão, o planejamento é o segundo passo importante a ser


dado pela equipe administrativa e pedagógica. Ele é considerado o início de um processo de
gestão fundamental, pois, sem ele, não há possibilidade de ação.

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O planejamento, porém, é abrangente e integrador. Ele é que dará consistências às ações e à


superação das di culdades encontradas no ambiente escolar, pois possui responsabilidades
especí cas e competências determinadas para efetivação das metas construídas coletivamente,
como é o caso do Projeto Político-Pedagógico (PPP).

Evidentemente, durante a elaboração e execução do planejamento podem ocorrer imprevistos,


por isso, uma de suas características é a exibilidade, que apresenta como papel fundamental
“dar conta” das situações da dinâmica educacional e dos imprevistos. Planejar é um
compromisso de ação que propõe mudança, com caminhos e nalidades. De nada vale um
planejamento sem as ações que o concretizem. Além disso, no campo da educação, isso não
ocorre sem a participação de todos os envolvidos no processo.

Planejar, portanto, exige uma compreensão maior sobre as nalidades educacionais e uma
clareza do conjunto de ações da escola, bem como do papel de cada instância das equipes que
a compõem. O planejamento é também um aproveitamento do tempo e dos recursos
disponíveis na escola, um meio integrador das ações e da superação de possíveis obstáculos da
unidade escolar. Por esse motivo, o ato de planejar é re exivo.

LEITURA

Planejamento educacional participativo


Autores: João Pedro da Fonseca, Francisco João Nascimento e Jair Militão da Silva
Ano: 1995
Comentário: o artigo mostra como o planejamento participativo deve ocorrer dentro de uma
instituição de ensino, considerando os principais agentes desse processo de ensino e
aprendizagem. Apresenta, ainda, quem deve tomar as decisões dentro das instituições de
ensino.

ACESSAR

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Tipos de Planos: Projeto Político-


Pedagógico da Escola e Planos de
Curso, de Unidade, de Aula
Ao falarmos sobre o ensino de língua inglesa na educação básica, temos que ter em mente que,
como os demais componentes curriculares, essa disciplina deve ser desenvolvida de acordo
com as normativas que regem a educação. Assim, precisamos conhecer os planos que fazem
parte dessa organização. Dessa forma, apresentaremos algumas considerações acerca de
alguns desses planos a seguir.

Projeto Político-Pedagógico
A construção do Projeto Político-Pedagógico (PPP) é um compromisso coletivo que tem como
base a gestão democrática e participativa. O PPP é um referencial teórico da escola e constitui-
se de três marcos: situacional, que é a análise da realidade; conceitual, que se refere à opção
teórica; e operacional, que de ne as linhas de ação do trabalho pedagógico. Para Veiga (2011, p
13):

O PPP é considerado um dos pilares da gestão democrática, pois, quando é


elaborado de forma conjunta, abre as portas da escola para que gestores, pais,
alunos e todos os funcionários tenham voz e participem da construção de uma
sociedade mais crítica e participativa. A partir do momento em que todos os
envolvidos passam a conhecer a realidade e objetivos da escola, começam a se
sentir parte integrante ajudando a melhorar a realidade.

O projeto possui seu alicerce na gestão democrática, com a participação coletiva em decisões
que dizem respeito ao processo educacional como um todo, com oportunidades de re exão
contínua e avaliação permanente.

O PPP da escola é um documento que permite alcançar algumas respostas, como: que
educação queremos e para que tipo de sociedade estamos formando o aluno? Que tipo de
aluno? Diante dessas questões, não podemos dissociar a tarefa pedagógica do âmbito político.

Plano da unidade escolar


É o plano que dispõe sobre a dinâmica das ações da escola, ordenando a vida escolar do aluno.
Segundo Padilha (2001 p. 33), o plano da unidade escolar é o “processo de decisão sobre a
atuação concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as

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ações e situações em constantes interações entre professor e alunos e entre os próprios


alunos”.

O plano da unidade escolar é o documento que organiza coletivamente o trabalho escolar e


de ne ações imediatas necessárias à organização desse trabalho, explicitando quais são as
condições necessárias à prática docente e articulando as ações para a efetivação do PPP.

Conforme salienta Libâneo (1994, p. 230):

O plano de escola é um plano pedagógico e administrativo que serve como guia


de orientação para o planejamento e trabalho docente. O autor descreve os
passos para a realização de um plano da escola, as principais premissas e
perguntas que devemos formular para sua elaboração são: posicionamento da
educação escolar na sociedade; bases teórico-metodológicas da organização
didática e administrativa; características econômicas, social, política e cultural
do contexto em que a escola está inserida; características socioculturais dos
alunos; diretrizes gerais sobre sistema de matérias, critério de seleção de
objetivos e conteúdos; diretrizes metodológicas, sistemáticas de avaliação;
diretrizes de organização e administração.

O plano de unidade escolar trata dos assuntos da disciplina que irão corresponder ao
planejamento mais geral das aulas. Entretanto, é importante lembrar que a elaboração de
planos de unidade não signi ca que o professor não fará o planejamento de cada aula. Para
de nir as unidades da disciplina, o professor deve estar atento para que elas estejam ligadas e
apresentadas de forma lógica, no sentido de serem constituídas de assuntos a ns e de
apresentarem relações entre si. O plano escolar é um guia para a elaboração do plano de
ensino.

Plano de ensino
O plano de ensino está voltado ao cotidiano do professor e, na LDBEN, Lei nº 9.394/1996, art.
13, II e IV, aparece como “Plano de Trabalho”, que deve ser feito pelo professor. Segundo
Sant'Anna et al. (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do “processo de tomada de
decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno,
na situação de ensino-aprendizagem”.

No momento da elaboração desse plano, o professor deve se questionar sobre o conteúdo e


como o aluno irá aprender. Isso signi ca que, para a elaboração desse plano, os professores
devem conhecer seus alunos.

É importante lembrar que o professor precisa ter um bom domínio de conteúdo para a
elaboração do plano de ensino. Assim, ele não negligenciará aspectos importantes do conteúdo
e irá articular a melhor maneira de trabalhar com seus alunos.

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De acordo com Luck (2009, p. 39):

O plano de ensino se assenta sobre o PPP e a organização curricular adotada


pela escola, em acordo com as Diretrizes Curriculares nacionais e estaduais
de nidas para o nível de ensino em questão. Ele organiza o conjunto das
experiências de sala de aula e extraclasse a serem promovidas sob a
orientação do professor, em um ano letivo. Embora sua implementação seja
feita pelo professor de turma, sua elaboração deve ser participativa,
envolvendo o diretor da escola, a coordenação/supervisão pedagógica e os
demais professores.

O plano de ensino deve ser orientado, ainda, pelo diretor escolar, pois ele conhece os desa os
da unidade escolar.

Plano de aula
Considerado uma das obras mais importantes na educação, o livro Didática (1994), de José
Carlos Libâneo, traz também os elementos do plano de aula, de forma que os educadores
re itam sobre cada momento em sua elaboração. Para o autor, o plano de aula é um
detalhamento do plano de ensino:

as unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são


agora especi cadas e sistematizadas para uma situação didática real. A
preparação de aulas é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de
ensino, deve resultar em um documento escrito que servirá não só para
orientar ações do professor como também para possibilitar constantes revisões
e aprimoramentos de ano para ano (LIB NEO 1994, p. 241).

Algumas considerações devem ser feitas no momento da elaboração do plano de aula, por
exemplo, o fato de que a aula corresponde a um período de tempo variável. Essa consciência
sobre o tempo auxilia o professor a se orientar nos aspectos dos conteúdos que apresentarem
maior necessidade e mais atividades de xação.

O plano de aula é o instrumento de trabalho em que as atividades estão organizadas de modo


que os conhecimentos e habilidades estejam propostos. É o plano de aula que contempla
diferentes situações e processos signi cativos para os alunos e que, em curto prazo, marca as
aprendizagens dos alunos.

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LEITURA

Didática: organização do trabalho pedagógico


Autoras: Luciana Peixoto Cordeiro e Christiane Martinatti Maia
Editora: Intersaberes
Ano: 2017
Comentário: a obra apresenta uma abordagem sobre o papel
do planejamento na organização do processo de ensino e
aprendizagem, otimizando as trocas de conhecimento entre
professores e alunos. Apresenta questões sobre a educação
mais humanizada, o currículo e o processo de avaliação. Assim,
sugerimos a leitura dos capítulos 5, 6, 7 e 8.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.

Planejamento do Trabalho
Docente na Perspectiva
Disciplinar e Interdisciplinar e o
Uso das Tecnologias
Apesar de todas as discussões sobre as novas necessidades curriculares relacionadas ao
processo de ensino e aprendizagem de língua inglesa, as tecnologias ainda enfrentam desa os
no âmbito educacional de modo geral. A tecnologia tem avançado signi cativamente no âmbito
das práticas pedagógicas contemporâneas e sido incorporada aos processos curriculares. No
entanto, o domínio por parte dos professores ainda é pequeno em relação aos benefícios que a
tecnologia pode oferecer no processo educativo, inclusive, em relação à forma como esse
professor conduz suas aulas.

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Para Chevallard apud Perrenoud (1993, p. 25), precisamos construir um currículo que:

- concilie os conhecimentos cientí cos que presidem a produção moderna e o


exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as
competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia;

- considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas e a


abertura e a sensibilidade para identi car as relações entre escola e vida
pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do
conhecimento e entre a teoria e suas consequências e aplicações práticas como
pressupostos decisivos de sua organização.

A tecnologia possibilita o contato e o acesso à informação e vem produzindo mudanças nos


mais variados segmentos da sociedade e, no campo da educação, auxilia a construção do
conhecimento. Conforme explicita Apple (1994), o estudo do currículo não é simples nem
prático, pois envolve a realidade, as angústias e os temores que os professores vivem
diariamente nos contextos escolares. Para o autor, as teorias, diretrizes e práticas envolvidas
na educação devem re etir o que acontece no cotidiano escolar e não podem se restringir a
uma racionalidade técnica.

As tecnologias incorporadas ao currículo respondem aos anseios de um tempo em que o


mundo está em constante mudança e que nos expõe aos recursos tecnológicos (internet,
celular, tv a cabo, videogames, drones etc.). Esses conhecimentos presentes na vida do aluno
interferem no processo de ensino e aprendizagem, e as práticas pedagógicas passam a
apropriar-se deles.

O currículo está sempre incorporando mudanças, e a grade curricular se modi ca para integrar
novos elementos, como aqueles que vêm dos avanços tecnológicos e do trabalho envolvendo
diferentes disciplinas (trabalho interdisciplinar e com projetos).

Portanto, a introdução de recursos tecnológicos, o trabalho envolvendo diferentes disciplinas


do currículo, ou seja, o trabalho interdisciplinar e o desenvolvimento de projetos para se
construir o conhecimento, no contexto escolar, vão modi car as práticas e devem ser inseridos
no PPP da escola. O ensino com as novas tecnologias, a interdisciplinaridade e o
desenvolvimento de projetos é uma proposta integradora que permite ao aluno buscar novas
formas de conhecimento e de pesquisas, deixando de ser apenas um expectador em sala de
aula, interagindo com o instrumento de pesquisa.

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LEITURA

O professor global e o ensino de Língua Inglesa: uma


visão do pós- método
Autora: Priscila Fernanda Furlanetto
Editora: Intersaberes
Ano: 2019
Comentário: o livro apresenta diferentes formas de atuação do
professor em sala de aula, envolvendo métodos que podem ser
utilizados atualmente, ou seja, um ensino de língua inglesa
globalizado, tendo uma visão de segunda língua para uma
aprendizagem efetiva. Assim, sugerimos a leitura dos capítulos
1, 2, 4 e 5.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.

Conclusão
Com o presente roteiro de estudos, aprendemos que o ensino de língua inglesa ou de qualquer
outra língua estrangeira deve ser desenvolvido de forma consciente para que a aprendizagem
aconteça satisfatoriamente. Assim, o plano de trabalho docente é fundamental para que as
aulas sejam dinâmicas e o aluno consiga aprender.

Vimos, ainda, que a afetividade envolvendo o professor e o aluno é fundamental para que o
processo de ensino e aprendizagem seja efetivado dentro do processo educativo. Por m,
conhecemos os diferentes métodos que devem fazer parte do plano de trabalho docente, os
quais envolvem aulas interdisciplinares, trabalho com músicas, lmes, entre outros. Assim, as
aulas cam mais criativas e dinâmicas e, consequentemente, despertam a vontade do aluno de
aprender o idioma.

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08/05/2021 Roteiro de Estudos

Referências Bibliográ cas


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