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FACULDADE DE POSTGRADO

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

RELAÇÕES PEDAGÓGICAS ENTRE ESTUDANTES ADOLESCENTES


E PROFESSORES: O CASO DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL ANTONIO CORREIA DE CASTRO, EM
ACARAPE/CEARÁ

GLAUBIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SILVA

ASUNCION– PY
2022
GLAUBIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SILVA

RELAÇÕES PEDAGÓGICAS ENTRE ESTUDANTES ADOLESCENTES


E PROFESSORES: O CASO DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL ANTONIO CORREIA DE CASTRO, EM
ACARAPE/CEARÁ

Projeto de tese apresentado ao Curso


de Projeto de Tese apresentada a
Universidad San Carlos do Programa
MESTRADO EN CIENCIAS
DA
EDUCAÇAO como requisito parcial para
a obtenção do título de MESTRE EN
CIENCIAS DA EDUCAÇAO.

Orientador:

ASUNCION- PY
2022
FICHA CATALOGRÁFICA
GLAUBIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SILVA

RELAÇÕES PEDAGÓGICAS ENTRE ESTUDANTES ADOLESCENTES


E PROFESSORES: O CASO DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL ANTONIO CORREIA DE CASTRO, EM
ACARAPE/CEARÁ

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de


Mestre/Doutor em Ciências da Educação pela Universidad Postgrado Filial
Asunción, sob orientação da Profª. Drª. Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro.
Aprovada em..........de .............. de 20.........

COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Dr.

_________________________________________
Prof. Dr.

_________________________________________
Prof. Drª
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA

O professor medíocre conta. O bom professor explica. O


professor superior demonstra. O grande professor inspira.
William Arthur Ward
RESUMO
RESUMEN
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................7
1.1DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA..............................................................................9
1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA...................................................................................9
1.3 PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO...........................................................................10
1.3.1 Perguntas específicas...........................................................................................11
1.4 HIPÓTESES.............................................................................................................12
1.4 OBJETIVOS...........................................................................................................13
1.4.1 Objetivo Geral........................................................................................................13
1.4.2 Objetivos especificos.............................................................................................13
1.5 JUSTIFICATIVA......................................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................15
2.1O PROFESSOR E A SUA PRÁTICA: TECENDO HISTÓRIAS...............................16
2.2 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA UM NOVO PERFIL DE ENSINO...........18
2.3 PENSANDO EM ADOLESCÊNCIA.........................................................................20
2.4RELAÇÕES EDUCACIONAIS ENTRE PROFESSOR E ALUNO............................22
3. MARCO METODOLÓGICO......................................................................................25
3.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO......................................................................................25
3.2 DESENHO DA INVESTIGAÇÃO.............................................................................25
3.3 ENFOQUE...............................................................................................................26
3.4 POPULAÇÃO...........................................................................................................26
3.5 AMOSTRA...............................................................................................................26
3.6 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS.............................................................26
3.7 PROCEDIMENTOS.................................................................................................27
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS..................................................................28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................51
6. RECOMENDAÇÕES.................................................................................................52
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................53
APÊNDICES..................................................................................................................56
APÊNDICE I:..................................................................................................................57
APÊNDICE II:.................................................................................................................59
LISTA DE GRÁFICOS

4
LISTA DE TABELAS

5
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ECA- Estatuto da Criança e do adolescente


OMS- Organização Mundial de Saúde
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica
TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

6
1 INTRODUÇÃO

Atualmente toda a sociedade está passando por um momento muito


obscuro, na qual todos estão fragilizados psicologicamente falando. E a escola
desenvolve um dos papeis essenciais no desenvolvimento tanto social como
emocional dos adolescentes e crianças. Esses sujeitos passam mais de um quarto
de todo o seu tempo diário na escola, deste modo, todos os componentes que
fazem a escola estão sendo singulares para a formação social destes que serão o
futuro da humanidade.
A presente temática delimita-se a compreender como se promove as
relações pedagógicas entre professores e estudantes adolescentes de uma escola
municipal de Acarape – Ceará e de que forma essas relações interferem no ensino
aprendizagem.
Vale referir que neste estudo relação pedagógica se caracteriza como toda
relação que tem como intencionalidade a ação de ensinar e de aprender, num
movimento contínuo dos sujeitos que têm em comum a aprendizagem. Postic
(1990, p.12) compreende relação pedagógica como “o conjunto de relações
sociais que se estabelecem entre o educador e aqueles que educa para atingir
objetivos educativos [...], relações essas que possuem características cognitivas e
afetivas identificáveis, que têm um desenvolvimento e vivem uma história”.
O adoecimento de professores perante as situações de conflito que envolve
a temática da adolescência em conjunto com a educação. Nesse sentido, abordar
essa questão se faz estritamente relevante para possibilitar a compreensão do
porquê esses discursos de lamentação são gerados e assim estabelecer um
diálogo melhor entre educador e educando.
Tendo em vista que a relação professor e aluno apresenta-se como uma
das principais inquietações do contexto educacional. E que infelizmente nas
práticas educativas, ainda se observa a falta de atenção sobre a temática em
questão, percebe-se que muitas ações desenvolvidas no meio escolar podem
fracassar devido a isto.

Vale ressaltar que quando se trata de adolescentes os professores


precisam

7
entender que estes estão passando por um processo de transformação tanto físicas,
quanto emocionais nesse período, o que implica necessariamente mudanças
bruscas de comportamento as vezes sem uma razão aparente, ou advém de
conflitos na família, no circulo de amigos e até mesmo na relação no âmbito da
escola. Todos esses fatores agregados precisam ter um olhar diferenciado do
professor.
O adolescente quase sempre apresenta características de rebeldia, avesso a
regras, disciplina e imposições e no espaço da escola esses comportamentos são
bastante visíveis, tendo em vista que não se pode negar além da questão biologia, o
próprio meio em que o adolescente está inserido faz com que este reproduza o
comportamento da comunidade e até mesmo no seu ambiente familiar na escola.
Às vezes a sala de aula parece um campo de batalha ente nações diferentes:
professores e alunos parecem não falar a mesma língua e estar em lados opostos
sempre. O educador, como parte mais experiente, deve ter sabedoria diante dessa
situação, pois há muito o que ser observado.
Existem muitas possibilidades porque tal quadro acontece, porém, os motivos
mais sérios podem estar. Na fase da adolescência, os alunos não têm muito
interesse em aprender, pois não sabem reconhecer a importância de se estudar e
não valorizam o estudo, tampouco o professor. Por outro da sala apática e
desinteressada, o professor não demonstra empenho em despertar o interesse do
aluno por não dominar estratégias que chame a atenção da faixa etária. Pior ainda,
não quer saber se existe um método que pode dar certo, simplesmente ignora, é
indiferente.
A escola essencialmente tradicional não permite que os professores
desenvolvam novos métodos de ensino, novas atividades que despertem o
interesse dos alunos. Neste caso, cabe ao professor rever com seu coordenador as
metodologias adotadas e o desempenho dos alunos.
As famílias dos alunos podem estar passando por problemas financeiros ou
por brigas. Podem estar em processo de divórcio ou já estarem dissolvidas. Ainda
pode ser o caso de o jovem não ter tido desde a infância, a atenção devida e a
educação adequada.

8
Portanto, é necessário reavaliar a conduta de todas as partes envolvidas no
processo de aprendizagem e buscar alternativas para a melhoria do mesmo! E não
simplesmente apontar um ou outro responsável!
Deste modo, o desenvolvimento deste trabalho torna-se importante para
estabelecer uma reflexão aprofundada sobre esse assunto, considerando a
relevância de todos os aspectos que caracterizam a escola.

1.1DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA

A relaçao entre professores e alunos sempre é uma questão probleática


haja vista pela própria condição as relações humanas são sempre complexas e no
espaço escolar essa relação se torna mais intensa, haja vista as peculiaridades
próprias de cada ser humana e nesse aspecto a escola tem se tornado palco de
muitos embates. Nesse sentido buscar-se-á entender como essas relações se
processam quando da transmissão ou aquisição de conhecimento entre
estudantes adolescentes do Ensino Fundamental II e seus professores em uma
Escola pública do município de Acarape-Ceará.

1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Este estudo nasceu de uma necessidade genuína de buscar entender, quais


são as visões e percepções que alguns professores possuem acerca da
adolescência e diante disso como eles interveem em sala com suas práticas
pedagógicas. Porque alguns conseguem obter êxito em determinadas salas e outros
não. Será que seus campos de visão interferem nesse processo? Essa é uma
inquietação que me acompanha ao longo dos anos em que leciono.
E essa inquietude é de extrema relevância para a compreensão do contexto
educacional em que vivemos no momento, em que as relações, principalmente as
pedagógicas estão cada vez mais líquidas e distantes. Principalmente a relação
professor-aluno. É preciso compreender esses discursos pré-concebidos, promover
uma reflexão e assim construir novos caminhos com um olhar mais atento e
perspicaz ao redor do nosso campo pedagógico.
Considerando que o cenário educacional vem se modificando com o passar
dos anos, bem como os discentes, o professor precisa acompanhar essas

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mudanças e estabelecer novas formas de atrair o interesse de seus alunos, uma
vez que há mais recursos, tecnologias e instrumentos que atraiam a atenção
destes do estudo e de que práticas consideradas arcaicas, reclamações e
insatisfação só aumentam o estabelecimento de uma barreira entre professor e
aluno.
As diversas discussões em torno das relações pedagógicas no ambiente
educacional e os processos de aprendizagens denotam que um dos motivos que
ocasionam o fracasso escolar é o desinteresse dos estudantes e muitas vezes o
colocam como o principal responsável, sem considerar o papel do professor nessa
situação, a exemplo disto o autor Medina (1989) expõe que o desinteresse dos
educandos em determinadas disciplinas ocorre devido a um mau planejamento e
execução de suas aulas. Por outro lado, ele avalia que a fase da adolescência é
extremamente importante na formação da personalidade do aluno e que deste
modo isto também pode influenciar neste fator.

1.3 PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO

Como se estabelecem as relações pedagógicas entre professores e alunos


adolescentes no âmbito da Escola Municipal Antonio Correia de Castro no
municipio de Acarape- Ceará.

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1.3.1 Perguntas específicas

 Como são estabelecidas as relações educacionais entre professores e


alunos em fase de adolescência?
 Como essas relações estabelecidas entre docente e discente
interferem no processo educacional?
 É possível afirmar que os professores recebem uma adequada
formação para lidar com esse novo público?
 Sabemos que existem muitos conflitos entre professores e alunos
nessa etapa de ensino, o que deve ser levado em consideração?
 A rebeldia do aluno ou a incapacidade do professor para lidar com
várias demandas dessa nova geração?

1.4 HIPÓTESES

 Não existe uma preocupação especifica dos professores com o lado


humano do discente, acreditando estes que a aprendizagem diz respeito
apenas aos conteúdos que devem ser ministrados por eles.
 Os professores não se sentem estimulados na busca de novos caminhos
que promovam além de uma melhor relação com seus alunos, uma
formação continuada que ampliem novos conhecimentos.
 Os professores não se sentem preparados para lidar esses jovens
adolescentes.

 O novo comportamento dos adolescentes dessa nova geração assusta os


professores e estes se sentem retraídos para lidar com essa situação.

11
1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Compreender as relações pedagógicas entre professores e alunos e sua


interferência no processo ensino-aprendizagem dos educandos da Escola Antonio
Correia de Castro no município de Acarape – Ceará.

1.4.2 Objetivos especificos

 Verificar como ocorrem as relações pedagógicas entre professores e alunos;


 Avaliar se essas relações interferem no processo de aprendizagem;
 Refletir sobre a prática pedagógica dos professores do ensino fundamental II
 Identificar se o comportamento do jovem na atualidade tem dificultado o trabalho
do professor.

12
1.5 JUSTIFICATIVA

O presente tema se justifica tendo em vista que este se propõe a trazer


esclarecimentos pertinentes na relação professores e alunos e que essa relação se
mal conduzida pode trazer prejuízos irreparáveis na vida da sociedade.
Nos dias atuais, o mundo é regido por mudanças que ocorrem numa
velocidade acelerada, aumentando a competição entre as pessoas. O convívio social
tem se tornado cada vez mais complicado. Buscando melhorar as relações
interpessoais, é importante compreender que cada indivíduo tem sua complexidade e
personalidade própria, que é construída ao longo de sua vida. Os traços morais
distintos de uma pessoa são influenciados pelo ambiente familiar em que o indivíduo
vive, nos aspectos culturais da sociedade em que está inserido, pela idade ou
estágio de amadurecimento, herança genética, dentre outros fatores. Por sermos
indivíduos diferentes uns dos outros, pensamos e agimos de forma única.
Partindo desse entendimento é que se buscará através de autores que
discorreram sobre o assunto para uma melhor compreensão de como lidar com essa
realidade compreendendo que como seres humanos as pessoas tem suas
imperfeições e no âmbito da escola é fundamental que o professor assim também
como toda a instituição escolar esteja preparada para lidar com essas demandas.
As relações interpessoais e a aprendizagem possuem uma característica em
comum. Para que venham a acontecer é necessárias pelo menos duas pessoas.
Nesta relação ocorre a troca de experiências, em que o aluno aprende os conteúdos
programáticos e permite aos professores a tomada de ações que os conduzam a
reflexões sobre suas práticas pedagógicas, proporcionando, deste modo, um
aprimoramento e uma adequação destas ações.
Nesse sentido espera-se que esse projeto possa contribuir para profundas
reflexões de educadores para a construção de uma nova relação conhecendo a
realidade de cada um e dessa forma contribuir para melhorar as relações que se
processam no âmbito da escola.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

As transformações educacionais provenientes do processo de globalização


ocasionaram diversas modificações nas concepções de educação e perfil social da
escola como um todo. Esses fatores ocasionam diversos debates sobre o real
papel da escola e de seus docentes para a formação dos discentes. Os avanços
tecnológicos, a difusão das mídias e as novas configurações institucionais (estado,
família e escola) modificaram significativamente, o cenário em que se dá o
processo de transmissão e aquisição de conhecimento.
Diante disto, diversos impasses vão surgindo e se instituindo nas relações
educacionais, se fazendo necessário o estabelecimento de uma nova postura
educativa frente às mudanças sociais, tendo em vista que a educação, além de
instrumento socializador, também guarda o potencial de instrumentalizar os
indivíduos para atender as aspirações de seu tempo, proporcionando-os habilidades
e capacidades adequadas ao processo individual e, consequentemente, ao
desenvolvimento social.
Alguns estudos destacam a falta de associação entre teoria e prática por
parte dos professores da rede municipal de ensino, necessitando de renovações
de práticas pedagógicas. O professor em diversos momentos não percebe que os
alunos de hoje são diferentes, há mais recursos, mais tecnologias e instrumentos
para despertar a atenção e tirar o gosto pelo estudo dos estudantes, isto
juntamente com práticas de ensino arcaicas, reclamações e insatisfação dos
docentes que estabelecem uma barreira entre professor e aluno, necessitando de
um olhar mais atento para estas questões.
É notório que a temática formação de professores e o seu relacionamento
com os discentes tem sido amplamente debatida por diversos autores. Como por
exemplo, Pimenta, Líbano, Aquino, dentre outros. E que no atual cenário discorrer
sobre o uso de um artifício didático que possibilite a associação entre teoria e
prática, entre conteúdos científicos e vivencias cotidianas durante as aulas se
faz estritamente

14
relevante para propiciar aos educandos um conhecimento mais efetivo e melhorar a
relação educador/educando.
Deste modo, torna-se imprescindível que o professor compreenda a sala de
aula como um micromundo de pessoas e pensamentos e que o estabelecimento de
uma boa relação entre os indivíduos nessa sala de aula só irá agregar
positivamente este ensino e a aprendizagem.

2.1O PROFESSOR E A SUA PRÁTICA: TECENDO HISTÓRIAS

Diversas pesquisas vêm se direcionado nos últimos anos para à análise da


prática docente, segundo Pimenta (1997) esses estudos buscam compreender as
práticas pedagógicas e as organizações escolares, discutindo se os professores
utilizam em sua prática somente teoria ou teoria e prática. Considerando que os
docentes possuem um papel expressivo na vida de seus educandos. Nesta
perspectiva, faz-se necessário pensar em uma educação compatível com às
necessidades dos estudantes, compreendendo que a tarefa docente possui papel
social e político imprescindível, e que embora muitas situações não colaborem para
esse entendimento, o docente precisa assumir uma atitude crítica em sua atuação.

A prática pedagógica, que é o fazer diário do professor, depende não


apenas dos conhecimentos formais, adquiridos principalmente nos cursos
de formação, mas essencialmente depende das observações diárias que o
professor faz do seu próprio trabalho, dos seus alunos, da escola, da
sociedade e da reflexão diária que impõe todo trabalho pedagógico.
(LOPES 2010, p.5)

Autores como Arroio (2000, p.29) ressalvam que enquanto educadores “[...]
somos a imagem social que foi construída sobre o ofício de mestre, sobre as formas
diversas de exercer este ofício. Sabemos pouco sobre a nossa história’’. Assim, é
de suma importância que o docente compreenda o real significado do
desenvolvimento de seu trabalho e que conheça mais sobre seu contexto identitário
e sobre a história de sua profissão.

O professor estrutura, ao longo do processo de construção de seu percurso


profissional, o espaço pedagógico que expressa o saber do seu ofício,
criado no contexto de sua trajetória e que resulta de uma pluralidade de
saberes: os saberes relativos às ciências da educação e das ideias
pedagógicas, os saberes curriculares, relativos à seleção dos
conhecimentos acadêmicos ligados ao ensino e os saberes da experiência,
oriundos da sua prática profissional, construídos individualmente ou na
socialização do seu trabalho. (VEIGA, 2007, p. 36)

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Embasados nisto, compreende-se que o professor não pode deixar de lado os
fenômenos histórico-sociais que constituem e constituíram sua formação e sua
prática pedagógica. Assim, compreende-se que o ato de educar não é fácil e que o
docente não está com a sua formação finalizada, necessitando estar em um
constante processo de aprendizagem. (PIMENTA, 2002).

Nas práticas docentes estão contidos elementos extremamente


importantes, tais como a problematização, a intencionalidade para
encontrar soluções, a experimentação metodológica, o enfrentamento de
situações de ensino complexas, as tentativas mais radicais, mais ricas e
mais sugestivas de uma didática inovadora, que ainda não está configurada
teoricamente. (PIMENTA 1997, p.11)

Deste modo, pode-se afirmar que educar é um ato que vai além de
simplesmente transferir conhecimentos ou informações, engloba contribuir com um
indivíduo a tomar consciência sobre si e sobre a sociedade que o cerca. Nesse
sentido, a atuação do professor desempenha um papel crucial na aprendizagem do
discente. Assim, a função do professor é certamente primordial no processo
educacional, pois dele dependerá os avanços e as conquistas em relação à
aprendizagem na escola e através do diálogo ele poderá melhorar sua prática.
Freire (2005) destaca que o estabelecimento do diálogo entre professor e
aluno é um instrumento importante na constituição dos sujeitos. O autor defende
ainda o pensamento de que só se pode realizar uma prática educativa que seja
dialógica se os professores acreditarem que através do diálogo podem instigar seus
alunos a refletir e agir em sociedade.

[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se


solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser
transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar
ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de
ideias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91)

Destarte, compreende-se que quanto mais o professor assimilar a


importância dimensional do diálogo para aprimorar suas aulas este conquistará a
atenção dos alunos e melhorando a relação professor alunos, pois desse modo, a
curiosidade será despertada e estes estarão mobilizados para transformarem a
realidade.
Assim, refletindo sobre a importância do estabelecimento de relações entre
professores e alunos e que está constitui a essência do procedimento pedagógico.

Para pôr em prática o diálogo, o educador não podem colocar-se na


posição ingênua de quem se pretende detentor de todo o saber; deve,
antes, colocar- se na posição humilde de quem sabe que não sabe tudo,
reconhecendo que o analfabeto não é um homem “perdido”, fora da
16
realidade, mas alguém que

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tem toda a experiência de vida e por isso também é portador de um saber.
(GADOTTI, 1999, p.2)

Desta maneira, ao atuar nessa perspectiva o professor não será visto como
um mero transmissor de conhecimentos e sim como um mediador na aprendizagem,
apto a articular as experiências dos discentes com o mundo, levando-os a refletir
sobre o meio que o cerca e assim assumindo um papel mais humanizador em sua
prática docente.
Sistematizar uma prática escolar, considerando esses pressupostos, é sem
dúvida, conceber o aluno como um sujeito em continua transformação advindas de
suas interações sociais. Nesse sentido, quando se idealiza uma escola baseada em
seus processos de interação, se pensa nesta instituição como um espaço de
construção, de respeito e de valorização onde todos se sintam mobilizados a
pensarem em conjunto. (LOPES, 2010).

2.2 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA UM NOVO PERFIL DE ENSINO

Para se adequar às demandas da sociedade atual, a educação brasileira vem


passando por contínuas transformações que impactam diretamente a formação do
professor, construindo um novo perfil de docente: multifacetário e aberto para o
aprendizado contínuo.
Entretanto, essas são apenas algumas das características do professor do
século XXI. A inserção da tecnologia no ensino, assim como as significativas
melhorias na base curricular, ajuda a desenvolver a ideia de um profissional que,
para se destacar, precisa atender a uma realidade que requer conhecimentos muito
além do saber teórico.
O Brasil tem mais de 2,5 milhões de educadores — cerca de 340 mil em
atuação. e isso significa dizer que temos o novo perfil de profissionais que já
deveriam estar familiarizados com uma nova geração de adolescentes, que por sua
própria condição biológica nessa fase já apresenta comportamentos diferenciados
de quando começaram seu processo de escolarização. São aqueles adolescentes
da geração tecnológica que já traz muitas informações e uma nova forma de se
comunicarem.
A sociedade contemporânea, vivendo a cibercultura, exige a redefinição das
finalidades da educação para atender às novas demandas. Exige uma educação
intercultural que esteja voltada para o desenvolvimento social e para a construção
da

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cidadania. Isto faz com que a escola necessite ser mais flexível, variável,
conveniente, voltada para diferentes tipos de alunos, que seja desenvolvida com as
novas mídias de informação e comunicação e com práticas pedagógicas que sejam
adaptáveis aos diversos estudantes. A atual sociedade demanda que a educação
habilite os discentes a lidar com as crescentes mudanças, integrados com o meio
tecnológico e sempre prontos a se atualizar.
Nesse sentido, Jacques Delors (2000) estabelece quatro pilares para a
educação do século XXI, os quais são: aprender a viver junto, aprender a conhecer,
aprender a fazer e aprender a ser. O pilar aprender a viver junto destaca a
interdependência do mundo moderno e a importância das relações, ressaltando que
tudo está interligado. O pilar aprender a conhecer destaca que, hoje, o processo
educacional tem a tarefa de ensinar como gerir a informação, visto que a sociedade
atual é movida pelo conhecimento e as informações chegam em grande quantidade
aos educandos.
Já o pilar aprender a fazer, ressalta que a educação no século XXI tem a
função de associar a técnica com a aplicação de conhecimentos teóricos. Por sua
vez, o pilar aprender a ser, salienta a importância de cada indivíduo a se conhecer e
compreender melhor, visto que suas ações podem interferir no destino coletivo.
Dessa forma, destaca que a sociedade contemporânea exige de cada pessoa uma
enorme capacidade de autonomia e uma postura ética.
Assim, a educação é vista como tendo um importante papel no
desenvolvimento de uma prática dinâmica e reflexiva, que possibilite aos indivíduos
a consciência da realidade humana e social mediante uma perspectiva
globalizadora, segundo Schafranski (2005), em que a educação se apresenta com
um triplo papel: econômico, científico e cultural, suprindo, dessa forma, as
exigências da sociedade atual. A educação no século XXI, de acordo com Silva e
Cunha (2002, p. 79), “deverá ser uma educação ao longo da vida, deverá se
preocupar com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo”. Assim,
(...) a educação no século XXI estará atrelada ao desenvolvimento da capacidade
intelectual dos estudantes e a princípios éticos, de compreensão e de solidariedade
humana.

19
A educação visará a prepará-los para lidar com mudanças e diversidades
tecnológicas, econômicas e culturais, equipando-os com qualidades como iniciativa,
atitude e adaptabilidade (SILVA e CUNHA, 2002, p. 80).

Dessa maneira, para atender às demandas da sociedade e realizar a


educação que tal sociedade necessita, a escola precisa modificar sua
forma, seus métodos de ensino, ser flexível, interativa e dar atenção à
diversidade, de modo a proporcionar aos educandos “uma formação crítica
que possibilite a seleção e a ressignificação de informações e
conhecimentos” (MENDONÇA e MARTINS, 2013, p. 5).

Para isso, temos dentro do ambiente escolar o professor atuando diretamente


no processo de ensino-aprendizagem. Este profissional deve estar atento às
mudanças que a cibercultura traz para a educação, pois uma vez que se consolida
como ambiência comunicacional favorável à autoria, compartilhamento,
conectividade, colaboração e interatividade, a cibercultura em sua fase atual
potencializa as práticas pedagógicas baseadas em fundamentos valorizados como
autonomia, diversidade, dialógica e democracia.

De nada adiantam as potencialidades comunicacionais favoráveis à


educação em nosso tempo se o professor se encontra alheio ao que se
passa no atual cenário sociotécnico. Para tanto, faz-se necessária imersão
das práticas culturais do nosso tempo integrando vida cultura, docência e
pesquisa. (SANTOS, 2014, p. 28-29)

Corroborando com o pensamento de Santos (2014) é fundamental que o


professor esteja em constante busca pelo conhecimento tanto teórico com relação
ao informações que devem ser levadas ao aluno, assim também como entender o
processo humano das relações que deve existir entre as pessoas.

2.3 PENSANDO EM ADOLESCÊNCIA

Classificado como um período de relevante transformação a adolescência se


caracteriza como uma fase em que ocorrem mudanças no corpo, no modo de
pensar, agir e no desempenho dos papéis sociais. (FERREIRA; VEIGA; GONDIM,
2013).
A palavra adolescência é empregada por alguns autores para denominar o
processo de construção de identidade da criança para uma fase mais madura de
sua vida, embora na literatura especializada, as delimitações entre juventude e
adolescência sejam em muitos momentos vagas. Os dois termos são, às vezes,
utilizados como sinônimos, e, em outros casos, indicam períodos distintos da vida.
(FERREIRA, 2013).

20
A "adolescência" é originaria do latim, ad significa ―para e olescere
―crescer. Nesse sentido, adolescência constitui-se literalmente ―crescer para‖
(OUTEIRAL, 2008). Para Martins (2002, p.19-20) a adolescência seria de acordo
com parâmetros da OIT:

[...] o período que vai dos 15 aos 19 anos. Adotam-se os 15 anos como
ponto inicial da adolescência porque se supõe que com essa idade o jovem
terá alcançado um nível de escolaridade que lhe permite acesso ao
mercado de trabalho. E o fato de adotarem os 19 anos como marco final
dessa fase é influência dos ‘teen’ americanos (até nineteen, dezenove).
Passa-se então para os 20 anos (twenty em inglês) e se inicia uma nova
fase que se estende até os 24 anos.

Com base no estatuto da criança e do adolescente (ECA), para efeito da Lei


8069 de 13 de julho de 1990, “Considera A criança, pessoa até 12 anos incompletos
e adolescente, aquele entre 12 e 18 anos de idade” (p.108). diante disto, a
percepção de idade representa o período histórico da humanidade, caracterizando-
se assim como um conceito de construção histórica.
Na contemporaneidade a adolescência se caracteriza como um período que
tem ganhado inúmeras classificações. A Organização Mundial da Saúde OMS
(2012) classifica adolescência como o período de 10 a 19 anos, mesma concepção
do Ministério da Saúde (BRASIL, 2007a) e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE (BRASIL, 2007).

“A ‘adolescência’ enquanto ‘objeto’ do discurso científico, nasceu dentro de


um contexto teórico e de uma época histórica específica, e somente
poderia ter nascido então. Ela foi um resultado tardio, tanto da consolidação
da biologia e da medicina como de ‘saberes verdadeiros’ sobre todas as
naturezas, principalmente sobre a ‘natureza humana’, quanto da
implantação das políticas de higiene que lhe são precedentes, sendo ainda
um resultado simultâneo da ampliação da educação secundária.” (CÉSAR,
1998, p.10)

Assim a adolescência assume diferentes concepções dentro de uma mesma


realidade social e educacional. Em que diversas mudanças ocorrem sejam elas
pelos impulsos do crescimento corporal, pelo desenvolvimento emocional e social.
(SANTOS, PRATTA, 2012). Deste modo, compreende-se que a adolescência
precisa de um olhar mais atento do educador, considerando a importância dessa
fase na vida do educando.

21
2.4RELAÇÕES EDUCACIONAIS ENTRE PROFESSOR E ALUNO

Pressupondo que o professor necessita utilizar saberes além daqueles


adquiridos em suas leituras para nortear suas práticas pedagógicas, denota-se como
imprescindível que este utilize em suas atividades educacionais uma ação reflexiva
sobre o cotidiano e o ensino.
Nesse sentindo, faz-se extremamente relevante que os docentes busquem
reformular suas práticas e seus currículos, que venham ao encontro de um processo
reflexivo sobre as questões da natureza, da cultura e do homem, a fim de que se
verifique a essência de cada um, em prol de uma aprendizagem comum, que possa
reconstruir a condição humana de uma forma totalitária.
Assim, considerando as palavras de FREIRE (2003, p.23) “não há docência
sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os
conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender’’. Compreende-se que o processo
educacional se configura em constantes aprendizagens tanto para o estudante
como para o professor e que o estabelecimento de uma boa relação entre os
envolvidos pode permear diversas aprendizagens.
Diante disto, refletindo sobre a compreensão de alguns docentes de forma
errônea no que se refere a ‘adolescência’ e os impactos negativos ocasionados por
essa denominação, torna-se importante refletir sobre as práticas educacionais e a
adolescência e que prejuízos são gerando na relação educador e educando.
Assim, em seus estudos sobre a temática adolescência e educação Aguiar
(2007) não encontrou definições para o sentido estrito da palavra que a nomeia e
sim sobre os efeitos que esta causa na prática pedagógica destes, com insinuações
na fala de alguns educadores, ou seja, com a circulação da significante
adolescência, sem realmente descrever ou saber conceituá-la.
Ariès (1973) desenvolveu pesquisas com base na “História Social da Criança
e da Família”, destacando o novo lugar conferido à criança e jovens que se
relaciona com a substituição do papel da escola no aprendizado destes indivíduos

“Isso quer dizer que a criança deixou de viver misturada aos adultos e de
aprender a vida diretamente, através do contato com eles. A despeito das
muitas reticências e retardamentos, a criança foi separada dos adultos e
mantida à distância numa espécie de quarentena, antes de ser solta no
mundo. Essa quarentena foi a escola, o colégio. Começou então um longo
processo de enclausuramento das crianças que se estenderia até nossos
dias, e ao qual se dá o nome de escolarização.” (ÁRIES, 1986, p.11).

22
O autor defende que foi através da finalidade da educação que se distinguiu
essa idade da vida, que hoje se conceitua como adolescência. Segundo Lesourd
(2004) o ser adolescente é uma das maiores preocupações, em tempos de
transformações, nas relações de poder e transmissão cultural, existindo assim
diferença no ritmo do “tempo histórico” e no “tempo das transformações”, o que faz,
muitas vezes, longo tempo transcorrer, até que novas referências morais influenciem
o comportamento social geral. É nesse processo que se insere a transposição da
teoria para a prática.
Na visão de Masseto (1996) o êxito (ou não) da aprendizagem se viabiliza
fundamentalmente na forte relação estabelecida entre alunos e professores, alunos
e alunos e professores e professores. Alicerçados nesta fala pode-se dizer que a
atitude do professor é muito importante para motivar seus alunos e auxiliar na
construção de seu conhecimento e caráter.

A relação professor-aluno é muito importante, a ponto de estabelecer


posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à avaliação e ao
conteúdo. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um
maior aprendizado aumenta. A força da relação professor-aluno é
significativa e acaba produzindo resultados variados nos indivíduos.
(AQUINO,1996, p. 34):

Nessa conjectura, mudanças na interpretação e assimilação da teoria e


prática no ambiente escolar por parte de professores e alunos requer interpretações
especiais realizadas com instrumentos próprios, instrumentos de mediação, esses
instrumentos devem se constituir através de um ponto de interseção entre o
discurso científico e o imaginário social, pois a educação quando pensada só
através da instrumentalização e não de uma aposta de mudança em suas práticas
por parte dos docentes não produz os efeitos esperados e tende a se perder-se em
seu objetivo inicial.
Souza (2002, p.3) destaca que no processo educativo o estudante deve ter
centralidade para que assim haja o processo de desenvolvimento do indivíduo. O
autor ressalta ainda que: “a dificuldade para conhecer o adolescente - por trás do
aluno- também denota a dificuldade de apreender, numa categorização geral, esse
sujeito fugidio, que muda de geração em geração’’. Pode-se considerar além dessa
questão que o professor deve conhecer mais a adolescência e aprofundar esse
conhecimento em pesquisas ou teorias que tirem o “adolescente” dessa categoria
na

23
qual foi, desde sempre, colocado, poderia e assim sua prática não será
recheada de discursos apreensivos e naturalizados sobre a adolescência e a
forma de ensinar. E assim se ouviria a palavra adolescência no discurso
pedagógico menos naturalizada e com novas percepções.
É notório que assumir-se como docente requer a clareza de muitos
aspectos constituintes da missão a ser realizada, uma vez que diversas
situações podem ocorrer na instituição educacional e que uma boa relação
professor-aluno se caracteriza como um fator muito importante, pois dela
depende afinidade do aluno com o conhecimento.
Assim, compreender as relações pedagógicas entre professores e
alunos e sua interferência no processo ensino-aprendizagem se faz
importante para que se oportunize um ensino em que professor e aluno
possa aprender juntos, conforme o pensamento de Paulo freire e que
também se compreenda que adolescência não é um bicho de sete cabeças,
o professor precisa apenas saber lidar com essa fase.
No desenvolvimento deste estudo, autores como Pimenta, Paulo Freire,
Arroio, Gadotti e Ferreira foram fundamentais para compreender o importante
papel do professor. Considerando as adversidades enfrentadas durante a
realização deste estudo, alguns ainda precisam de uma leitura aprofundada
como é o caso dos autores, Grillo, Lopes e Veiga, diante disto no decorrer do
desenvolvimento da dissertação esses autores serão melhor estudados. Assim,
espera-se que este trabalho possa contribuir na compreensão do quão
importante é o estabelecimento de uma boa relação entre professor e aluno.

24
3. MARCO METODOLÓGICO

Nessa seção serão apresentadas o tipo de investigação que se dará ao longo


da pesquisa corroborando assim para um maior entendimento acerca das etapas do
processo desta.

3.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO

A natureza da pesquisa quanto sua finalidade, disporá sobre à contribuição


que ela trará à ciência, nesse sentido a pesquisa fará um estudo de campo na Escola
de Ensino Fundamental Antonio Correia de Castro. Os sujeitos que foram envolvidos
na pesquisa estudantes e professores; foram elaborados questionário para obtenção
de dados e, por fim, dar tratamento aos dados obtidos.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois teve-se como propósito analisar
pontos abstratos como comportamentos, atitudes, motivações e ideias, uma vez que
o que fundamente esse tipo de pesquisa estão centrados no enfoque a análise e a
interpretação dos aspectos mais profundos da complexidade do comportamento dos
sujeitos envolvidos.
Quanto aos objetivos, é descritiva e explicativa, pois além de descrever as
características do fenômeno, identifica os fatores que o determinam ou que
contribuem para a ocorrência dele, isto é, busca a razão, o porquê das coisas. De
acordo com Gil (2002, p. 42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis”.
Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa de campo foi a opção
escolhida por se tratar de um trabalho cuja proposta era confrontar as informações
coletadas em campo com a teoria relacionada ao tema proposto a fim de respaldá-
lo.

3.2 DESENHO DA INVESTIGAÇÃO

A pesquisa será executada na Escola Antonio Correia de castro localizada em


Carro Atolado no município de Acarape – Ceará, inicialmente com um visita a escola
onde no encontro com os gestores organizaremos as pautas necessárias para a
25
construção do cronograma.
Posterior encaminharemos ao Conselho de ética o questionário que será
utilizado para ser aplicado a professores e estudantes.
Após a aprovação encaminharemos os questionários aos respectivos atores
que terão um tempo determinado para responder e encaminhar ao pesquisador.
De posse dos resultados será feita a tabulação e consolidação dos
resultados.

3.3 ENFOQUE

A pesquisa será realizada com 18 docentes, que atuam na escola pública


municipal de ensino fundamental II Escola Antonio Correia de Castro em Carro
Atolado, Acarape – Ceará, em 04 turmas do ensino fundamental II, utilizando uma
amostra de alunos por sala, sendo 26 estudantes envolvidos na pesquisa.

3.4 POPULAÇÃO

A Pesquisa será aplicada na Escola de Ensino Fundamental Antonio Correia


de Castro pertencente a Rede Pública Municipal, localizada em Carro Atolado no
município de Acarape - Ceará. Trata-se de uma unidade escolar que possui 15
professores, e 239 alunos regularmente matriculado.

3.5 AMOSTRA

Trata-se de uma unidade escolar que possui 18 professores, que lecionam


nas diversas disciplinas e 26 alunos das turmas do Ensino Fundamental II. A
Variável em referência são os professores lotados nas turmas do Ensino
Fundamental em todas as áreas.

3.6 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados nesta pesquisa com abordagem qualitativa e visando


atingir os objetivos propostos, foi utilizado o seguinte instrumento:
 Questionário contendo 20 (vinte) perguntas, direcionado aos(às) professores
do Ensino Fundamental II e um questionário com 15(quinze) perguntas aos
estudantes das 4 turmas do Escola Municipal Antonio Correia de Castro. Segundo
26
Gil (2002, p. 114), “por questionário entende-se um conjunto de questões que são
respondidas por escrito pelo pesquisado”. O autor ainda complementa, “ [ … ] o
questionário constitui o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além
de não exigir treinamento de pessoal e garantir o anonimato” (Ibidem, p. 115).
O instrumento foi validado após ajustes, principalmente em relação à
linguagem utilizada, realizados com base na apreciação da orientadora e uma
sondagem das questões com um quantitativo de uma média de 18 professores que
se dispuseram participar como está descrito nos procedimentos metodológicos.

3.7 PROCEDIMENTOS

A escolha dos instrumentos de coleta de dados foi feita com base na


população e no propósito a que se destina cada um deles. a escolha foi feita pelo
questionário que deverá ser aplicado tanto a estudantes como professores. Segundo
Parasuraman (1991), um questionário é tão somente um conjunto de questões, feito
para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto.
Uma vez elaborado, o projeto de pesquisa será submetido ao Comitê de
Ética; e, enquanto aguardávamos o parecer. Após o favorável do Comitê de Ética, o
TCLE dos professores e estudantes será realizado a pesquisa. As respostas dos
questionários será analisada e interpretada com base na fundamentação teórica já
explicitada; assim como a interpretração das mesmas.

27
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

No primeiro momento o interesse da pesquisa era identificar se os


profissionais entrevistados tinham uma relação de compromisso e respeito com a
formação que escolheram abraçar, tendo em vista que sabe-se que educar não é
fácil, e principalmente no mundo atual, é preciso entender que a função do
professor não é apenas transmissor de conhecimento, mas aquele que está pronto
para dialogar com as diferenças e desafios existentes dentro da sala de aula, com
alunos oriundos das mais diferenes realidades. Para isso perguntamos aos
respondentes sobre o que os levou a escolher pelo magistério.
Em meio a tanta truculência o professor do século XXI que herdou os
problemas dos professores do século passado e tem que enfrentar novos desafios,
munido de uma formação precária e de boa vontade. O professor do século XXI é
um professor proletário. Ele é, acima de tudo, um idealista e um guerreiro.
A primeira pergunta feita aos respondentes foi: A escolha pelo magistério
foi uma decisão assertiva, ou paira algumas dúvidas sobre sua escolha?
Obtivemos as seguintes respostas. De acordo com os respondentes 100%
afirmaram que fizeram a escolha consciente.
A escolha profissional se apresenta como um desafio ao sujeito antes de
ingressar na universidade, influenciado por fatores familiares e sociais. A escolha do
curso de graduação é impactada pela conjuntura econômica e política do período,
pelas expectativas em relação à carreira e pela aproximação com a prática
profissional. Para Popkewitz (1997), a profissão faz parte de um processo de
construção social diretamente ligado ao cenário institucional e às condições sociais
a que a pessoa está submetida, caracterizando os aspectos individuais.
Especificamente nesse caso 100% dos respondentes afirmaram que fizeram
uma escolha assertiva e embora haja desafios constantes valeu a pena optar pelo
magistérios. Segue abaixo o gráfico.

28
Gráfico 1: a escolha do magistério foi uma decisão assertiva, ou paira algumas dúvidas
sobre sua escolha?

Fonte: a autora (2022)

Sobre os desafios enfrentados na sala de aula. Ser professor é sinônimo de


desafios, porque sabemos que cada aluno apresenta um comportamento diferente e
enquanto professor você precisa está preparado para enfrentar todos os obstáculos.
Dessa forma perguntamos quais os principais desafios enfrentados em sala de
aula?

Acredito que meu maior desafio é controlar os alunos (PROFESSOR 01)


Questões relacionadas a estrutura e uso dos materiais digitais e impressos.
(PROFESSOR 02)
Falta de material para aulas lúdicas/Diferenciadas. (PROFESSOR 03)
Falta de interesse dos alunos / Tempo corrido / Bagunça excessiva da turma
(PROFESSOR 04)
Os maiores desafios é a falta de conscientização por parte dos alunos em
compreenderem a importância do conhecimento para vida. Infelizmente,
nossos alunos não gostam de estudar, eles ainda não entenderam a
diferença que a educação pode causar em suas vidas. (PROFESSOR 05)
A falta de acompanhamento familiar; a dificuldade na leitura e escrita
(PROFESSOR 06)
A falta de recursos apropriados para inovar as práticas educativas em sala
de aula e o desinteresse dos alunos pelo aprendizado. (PROFESSOR 07)
Falta de apoio dos pais para incentivar os alunos; ausência de espaço para
aulas mais interativas. (PROFESSOR 08)
Indisciplina/ Falta de interesse/ Falta de acompanhamento dos pais.
(PROFESSOR 09)
Os desafios encontro são a indisciplina dos alunos em relação ao
comportamento, a falta de interesse nas aulas que muitas das vezes desafia
o professor e que nos deixa desmotivados. (PROFESSOR 10)
Falta de parceria Família Escola (PROFESSOR 11)
Existência de indisciplina... (PROFESSOR 12)
Atender as diferentes vulnerabilidades que vão além das dificuldades de
aprendizagem, como traumas familiares alimentação precária e outros
problemas socias. PROFESSOR 13)
Indisciplina, e aprendizagem desfasada. Tento (PROFESSOR 14)
Os desafios em sala são diversos desde indisciplina, problemas
psicológicos a falta de apoio em partes. Ex: Materiais didático para aulas
lúdicas etc... (PROFESSOR 15)
Indisciplina (PROFESSOR 16)
A falta de interesse, compromisso dos alunos, (PROFESSOR 17)
29
Os maiores desafios são: a falta de interesse dos alunos. Isso atrapalha o
rendimento até de quem quer realmente aprender. (PROFESSOR 18)

Embora se propague o contrário, o fato é que o contexto atual é de desafio.


Atualmente, o professor atua mais como “ensinante” do que como educador. O
professor vem perdendo espaço e respeito. Já não possui mais autonomia sobre sua
sala de aula e convive diariamente com a sensação de “mãos atadas”, vendo muito
pouco espaço de manobra. O desejo de inspirar já não é mais correspondido. A
identidade profissional do professor está em crise. As pessoas não desejam mais
serem professores. Ao contrário, se compadecem dos que desenvolvem essa árdua
missão. (ARROYO, 2004)
Ser professor nos dias atuais virou uma profissão de amor e coragem, isso
devido às inúmeras dificuldades que um docente passa ao longo de sua carreira
profissional. Dentre as reclamações estão à superlotação nas salas, ausência dos
pais nas escolas, falta de autonomia, violência, baixo salário entre outros.
Ao nos debruçarmos sobre os relatos abaixo dos respondentes foi possivel
perceber o desânimo que os abate quando se relaciona o interesse do aluno, parece
que estes estão alheios a dedicação e ao compromisso do professor em ser
mediador do seu aprender. Na realidade é uma profissão muito complexa no mundo
tão tecnológico onde qualquer informação está a um toque de uma tecla e deixando
o professor caso não encontre caminhos mais atrativos como um barco a deriva. É
importante resgatar essa identidade do professor e o interesse dos alunos com a
escola, sendo que é através da mesma que o aluno receberá o saber formal
necessário para sua formação. Segue abaixo as falas dos respondentes que
apontam a falta de interesse do aluno como o maior e grande desafio.
Perguntamos aos professores como procuram solucionar esses desafios?
Os respondentes foram muito enfáticos ao falar principalmente sobre o diálogo
importante e necessário para sanar tais problemas enfrentados no dia a dia de
sua sala de aula.
Mostrar para os alunos a liderança que o professor tem em sala de aula
(PROFESSOR 01)
Fazendo uso de material pessoal no ambiente de trabalho. (PROFESSOR
02)
Uso os materiais que tenho disponível, algumas vezes uso recursos
próprios. Modifico a aula de maneira sutil e dentro das possibilidades.
PROFESSOR 03)
Procuro elaborar aulas diferentes e dinâmicas que possam causar
interesse / Procuro dividir os conteúdos / Procuro conversar/chamar a
atenção, organizar a sala em fileiras e/ou separar grupos. PROFESSOR 04)
30
Mostrando para eles as dificuldades da vida para aquelas pessoas que não
frequentaram ou que desistiram da sua escolaridade. PROFESSOR 05)
Através de salas de reforço, que na maioria das vezes não supre as
necessidades, buscando o contato com as famílias. (PROFESSOR 06)
Utilizando os recursos possíveis de forma mais contextualizada com a
realidade dos alunos e buscando despertar o interesse deles para algo que
os chamem a atenção no contexto escolar. (PROFESSOR 07)
Reuniões periódicas com pais e direção da escola. (PROFESSOR 08)
Através do diálogo. (PROFESSOR 09)
Tentando aproximação dos alunos e procurando manter um elo de
afetividade pra compreendê-los melhor. (PROFESSOR 10)
Procuro conversar, ter uma aproximação, tentar conhecer um pouco da
realidade dos alunos para que assim, possamos ter um harmonia em sala.
(PROFESSOR 11)
Conversa entre Professor, Núcleo Gestor e Aluno (PROFESSOR 12)
Ministrar o conteúdo da melhor forma possível, mas levando em conta os
fatores que interferem em sua assimilação aceitável, então a prática de
conversas com os alunos, pais, responsáveis, colegas professores, gestão e
toda comuniade escolar são inciativas válidas para pensar possivéis
intervenções. (PROFESSOR 13)
Tentando novas metodologias, porém nem sempre temos recursos e
tentamos melhorar o quadro da indisciplina. (PROFESSOR 14)
Acredito que um psicólogo na escola seria de suma importância.
(PROFESSOR 15)
Reunião com pais de alunos. (PROFESSOR 16)
Cativando os alunos buscando sempre algo que seja do gosto deles,
atrativo que faça sentido na sua aprendizagem. (PROFESSOR 17)
Com o diálogo, tentando concientizar esses alunos sobre a importância que
os estudos tem. (PROFESSOR 18)

Depois de compreender através das falas dos respondentes sobre os


desafios decorrentes do trabalho em sala de aula. Perguntamos a estes como
solucionar a os mesmos. De acordo com a fala dos respondentes o diálogo é
imprescindivel em todos os segmentos para que haja uma sintonia maior entre todos
que estão inseridos no espaço escolar.
Frente a tais desafios, procurou-se saber quais as estratégias utilizadas pelos
professores para enfrentá-los e buscar superá-los. As estratégias mais recorrentes
foram o diálogo e a criatividade. Diálogo com a turma e com os pais, de modo a
otimizar o rendimento dos alunos e fazê-los entender que o posicionamento deles na
escola pode ser um fator determinante para o seu futuro. E criatividade para inovar,
elaborando aulas que, mesmo com o déficit de recursos, se tornem atrativas para os
alunos.
“É preciso aprender a enfrentar a incerteza, já que vivemos em uma época de
mudanças em que valores são ambivalentes, em que tudo é ligado.” (MORIN, 2007,
p. 84). Caminhemos então em direção a essa incerteza, mas o engajamento de
todos se faz muito importante e necessário, pois todo o processo de mudança

31
requer dedicação e tempo. A escola não é responsável em resolver todos os
conflitos e problemas que irão chegar até ela, mas acolher, dialogar e ouvir é um
exercício de humanidade.
Perguntamos aos respondentes sobre algumas inquietações na profissão
que exercem. O que mais inquieta o professor em sua prática docente? Segue
abaixo as fala dos respondentes.
Conversas paralelas (PROFESSOR 01)
Insuficiência de materiais para a metodologia das aulas. (PROFESSOR 02)
As cobranças exageradas e a falta de investimento nas escolas, o que
reflete na falta de material didático. (PROFESSOR 03)
Quando sinto que, embora busque maneiras distintas de dá certos
conteúdos, mesmo assim a turma não consegue compreender.
(PROFESSOR 04)
A falta de motivação dos alunos, de ambição pelo conhecimento.
(PROFESSOR 05)
O nível de aprendizado das crianças e o sistema que nos obriga a empurrar
essas crianças, sem que eles tenham adquirido o mínimo de conhecimento
necessário. (PROFESSOR 06)
O desinteresse dos alunos e a falta de materiais acessíveis para melhorar a
dinâmica da aula. (PROFESSOR 07)
Falta de compromisso por parte de alguns alunos. (PROFESSOR 08)
Desmotivação dos alunos / Falta de compromisso dos pais no ambiente
escolar. (PROFESSOR 09)
Muita das vezes a faltar de interesse por parte dos estudantes que por
muitas vezes vão para escola pra brincar, tirar a atenção daquele que
querem alguma coisa nos estudos. (PROFESSOR 10)
Falta de interesse de alguns alunos pela aprendizagem. (PROFESSOR 11)
Falta de interesse dos estudantes... (PROFESSOR 12)
Quando a sua prática não dá frutos de alguma forma, com algum
ensinamento que aluno guardou e anos depois ele ainda mantém consigo. A
falta de respeito, insegurança e desvalorização também são fatores
inquietantes. ... (PROFESSOR 13)
Defasagem da aprendizagem pós pandemia. ... (PROFESSOR 14)
A suma desvalorização, principalmente do professor temporário.
(PROFESSOR 15)
Como trabalho em um município pequeno do interior, muitas vezes não
temos como incentivar ainda mais os alunos que muitas vezes são carentes
e enfrentam problemas familiares e sociais. (PROFESSOR 16)
A falta de compromisso dos pais com seus filhos e a escola. (PROFESSOR
17)
Os alunos que têm mais dificuldades e que na maioria das vezes não
conseguimos dar tanta assistência. Como os alunos que não sabem ler mas
estão em séries avançadas... (PROFESSOR 18)

O interessante nas falas dos respondentes é como se a educação fosse uma


via de mão única, onde apenas o aluno é o agente ativo. Gostaria de entender um
pouco mais essa postura dos professores.
Vale ressaltar que a motivação do aluno para os estudos é considerada um
fator de suma importância para o êxito escolar. Podemos definir motivação como a
força propulsora interior a cada pessoa que estimula, dirige e mobiliza, ou seja,

32
conduz o sujeito à ação com empenho e entusiasmo, mas qual o papel do professor
nesse contexto.
A relação professor-aluno é um fator importante no contexto escolar e quando
há uma boa relação entre ambos tanto o professor quanto o aluno demonstram mais
interesse para ensinar e aprender. A figura do professor é essencial na
aprendizagem, seu contato com o aluno, é durante esse processo que a criança
desenvolve seus significados, como discorrem Leontiev e Luria sobre a educação:
Durante o processo de educação escolar a criança parte de suas próprias
generalizações e significados; na verdade ela não sai dos seus conceitos,
mas, entra num novo caminho acompanhada deles, entra no caminho da
análise intelectual, da comparação, da unificação e do estabelecimento de
relações lógicas, novas para ela, de transição de uma generalização para
outras generalizações. (LEONTIEV & LURIA, apud VYGOTSKY 1984 p. 147
MOYSÉS, 2001)

E ao ter a compreensão desse processo o professor precisa entender todas


as transformações que passam seus alunos, prinicpalmente na adolescência.
Embora é comum afirmar que ninguém motiva ninguém, que a motivação é inerente
ao ser humano, o professor precisa entender que também é parte desse processo e
que estratégias eficazes podem contribuir para que o aluno se sinta motivado para
vencer os obstáculos que se impõe no âmbito da sala de aula.
Vale salientar que na formação do professor é preciso que este esteja atento
para construir por todo o aprendizado na sua teoria aplicá-la na sala de aula. Mas,
para isso, é preciso que o próprio professor analise em sua profissão o que
influência suas expectativas, o que é mais recompensador, fazer de si um
profissional capaz de atuar e de ter um diferencial por capacidade própria e não
esperar que as políticas educacionais façam do professor e da educação fatores de
qualidade. Não se faz educação sozinho, é importante que pais, escola e
professores possam dialogar sobre o que desejam para oferecer um projeto de
educaçao que reverbere a politica idealizada pela escola para a formação do aluno.
Ainda sobre a postura do professor em sala, perguntamos como acontece a
comunicação entre professor e aluno. Nesse sentido perguntamos sobre o
diálogo.  Acham importante dialogar com os alunos? justifique?

Com certeza, é através do diálogo que podemos conhecer os alunos e suas


necessidades. (PROFESSOR 01)
Sim, pois através do diálogo podemos ajudá-los com sua auto confiança,
valorizar seu potencial e transmitir a importância do aprendizado para um
futuro promissor. (PROFESSOR 02)
O diálogo é muito importante pois essa relação entre professor/aluno é um
dos pilares para romper com o padrão da sala de aula, em que o professor é
33
o detentor de todo conhecimento. Ao dialogar com os alunos permito que
eles construam o conhecimento junto, e não apenas adquira através da
memorização. (PROFESSOR 03)

Com certeza, o professor tem que lembrar que a turma não é uma tabua
rasa, ela tem toda uma história, então o dialogo pode ajudar a perceber, por
exemplo, porque o aluno se comporta de determinada maneira ou o porquê
ele tem certas dificuldades. (PROFESSOR 04)
O diálogo é peça fundamental, ele é a ponte entre o conhecimento e o
aluno. (PROFESSOR 05)
Sim, à medida que conversamos, dialogamos, conseguimos atingi-los de
uma forma melhor. (PROFESSOR 06)
É fundamental, pois o conhecimento trazido pelos alunos valoriza ainda
mais o aprendizado que pode ser direcionado a partir desses diálogos.
(PROFESSOR 07)
Sim. Para sanar eventuais dúvidas; utilizar metodologias mais atrativas afim
de entender as reais necessidade dos educandos. (PROFESSOR 08)
Com certeza. Para compreendermos melhor o que se passa e assim
podermos lidar com tais situações. (PROFESSOR 09)
O diálogo é muito importante para a sala flua normal, pois sem isso não
conseguimos ter uma boa aula. (PROFESSOR 10)
Sempre, pois é através do diálogo que conseguimos entender o aluno.
(PROFESSOR 11)
Sim, pois fortalece vínculos, proporciona reflexão e autonomia de
pensamento... (PROFESSOR 12)
Dialogar é sempre fundamental, propor acolhidas com momentos de
reflexão, leitura interativa etc. É a partir das conversas que conhecemos
melhor nossos alunos, as vezes eles nos relatam assuntos que dificilmente
compartilhariam para seus pais. É uma forma de entender melhor os
estudantes e assim adequar alguma metodologia mais eficaz. PROFESSOR
13)
Sim. A relação professor e aluno deve sempre acontecer dessa forma
dialogada, assim terá melhor desempenho na aprendizagem e o professor
conhece mais a realidade do seu aluno. (PROFESSOR 14)
Sim! O diálogo é uma ferramenta poderosa para que haja troca de
experiências, aprendizado e compreensão do processo de aprendizagem.
(PROFESSOR 15)
É muito importante dialogar com os alunos pois ajuda a conhecê-los, criar
um vínculo e envolvê-los na aula. (PROFESSOR 16)
Sim, pois através do diálogo podemos conhecer os alunos e trabalhar o seu
senso crítico, tornando_ as pessoas autônomas e compromissadas com o
que pensam e acreditam. (PROFESSOR 17)
Com certeza. É super importante o diálogo, por que é através dele que
conhecemos o ponto de vista dos alunos e compartilhamos conhecimentos
que os farão refletir. (PROFESSOR 18)

Os respondentes reafirmam a importância do diálogo entre todos os atores do


processo de aprendizagem do aluno. Entende-se que não se controi uma educação
sem o diálogo com todos, saber o que os inquieta, o pensa, como é possivel
melhorar.
Segundo Paulo Freire (2014) a dialogicidade é um dos fatores que contribui
para que haja uma comunicação democrática, na qual ambos os lados – professores
e alunos - sejam participantes e aprendentes, para isso faz-se necessário que o
professor reconheça que não é o detentor de todo o conhecimento. O aluno como
34
parte integrante deste processo trás consigo conhecimentos e experiências que
muitas vezes não são valorizados pelos professores, de acordo com Freire isso
resulta em uma “educação bancária”, onde o conhecimento é apenas transmitido
para o aluno e o mesmo deve apenas receber as informações sem questioná-las.
Professores e alunos podem caminhar juntos na estrada do conhecimento,
porém para que esta caminhada dê resultados é necessário que ambos sejam
sujeitos de um mesmo processo, o docente direciona os saberes do aluno, não
impõe o seu ponto de vista do saber, mas juntamente com o aluno o ajuda na
construção e reconstrução deste, ao trabalhar em conjunto ambos aprendem e
ensinam e o conhecimento se descobre e se transforma, diante disto Haydt afirma
que (2003, p.59): Esse encontro do professor com o aluno poderá representar uma
situação de intercâmbio bastante proveitosa para ambos, em que o conhecimento
será construído em conjunto ou, ao contrario, poderá se transformar num verdadeiro
duelo, num defrontar de posições pouco ou nada proveitoso para ambos.
Nesse sentido perguntamos aos professores o que mais os incomoda na
postura dos alunos?

O desrespeito. (PROFESSOR 01)


Indisciplina e bullying. (PROFESSOR 02)
Embora o barulho seja normal em ambientes em que se tem um
aglomerado de crianças e adolescentes, acredito que o barulho
desconcentra tanto aos colegas que estão focados, quanto ao professor.
Outro fator que incomoda é a certeza que eles têm de que não podem
repetir de série. (PROFESSOR 03)
Gracinhas / Mau comportamento / Aluno "respondão"(PROFESSOR 04)
A indisciplina em detrimento dos estudos. (PROFESSOR 05)
A indisciplina e falta de respeito. (PROFESSOR 06)
A falta de respeito dentro do ambiente escolar e desvalorização do
conhecimento que pode ser adquirido em sala de aula. (PROFESSOR 07)
Conversas paralelas e em alguns casos a falta de compromisso, respeito.
(PROFESSOR 08)
O desinteresse na aprendizagem. (PROFESSOR 09)
O mal comportamento, a falta de interesse, a falta de educação que alguns
deles tem. (PROFESSOR 10)
O comportamento inadequado diante das atividades propostas.
(PROFESSOR 11)
A desmotivação do aluno. (PROFESSOR 12)
Desrespeito com o próximo e consigo mesmo, como achar que não é capaz
de aprender algo que mude sua vida, ous seja, não dá valor a educação e a
possibilidaded de mudar sua vida. (PROFESSOR 13)
Postura de quem está em casa. (PROFESSOR 14)
Acredito que a falta de respeito. (PROFESSOR 15)
Indisciplina. (PROFESSOR 16)
A falta de responsabilidade. (PROFESSOR 17)
A falta de interesse e as brincadeiras desagradáveis. (PROFESSOR 18)

A indisciplina foi apontada como um dos grandes vilões dos professores, ou


35
seja ainda persiste nos discursos dos professores. Mas o que é a indisciplina?
Porque os alunos não se interessam pelas aulas.
Fala-se muito em indisciplina, mas as causas são as mais variadas possíveis.
A instituição família tem um papel primordial na vida educacional dos discentes. É
dela que, primeiramente, parte a Educação. E é pelo fracasso dela que há uma
sobrecarga para a escola, especialmente para os professores. No momento em que
isso acontece, uma transferência de responsabilidades é emitida à escola, que
muitas das vezes não consegue resultados satisfatórios e reencaminha o problema
para a família. Um verdadeiro jogo de empurra-empurra sem vencedores.
“... Muitas das vezes, a família não educa, não dá referências básicas e
transfere para a escola esta tarefa...”. (VASCONCELLOS, 2013)
Tudo começa no núcleo familiar. Os valores que precisamos carregar para
exercer a cidadania são adquiridos no seio da família. À família é resguardado o
dever de transmitir valores tais como: respeito (em seu amplo sentido), ética,
humildade, dignidade, deveres etc. A ausência desses valores faz emergir o conflito
na escola, criando alunos rebeldes, professores impotentes, educação fracassada.
Por isso, a falta de compromisso da família para com a educação dos seus
membros, causa o crescimento da indisciplina, dentro e fora da escola.
Arriscamos dizer que quase todas as escolas apresentam esses conflitos
entre professores e alunos e se faz necessário um repensar das práticas tanto da
escola, dos professores e da família também para que a indisciplina não chegue aos
extremos e estes possam impactar no processo de aprendizagem dos alunos, além
de criar um clima sem harmonia na sala de aula.
Perguntamos aos respondentes como resolver esses conflitos que existem na
sala de aula e que muitas vezes impede um relacionamento saudável entre
professores e alunos. De que forma procura resolver os conflitos na classe?
Para Nóvoa (1997, p. 27): “as situações conflitantes que os professores são
obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo,
portanto, características únicas: o profissional competente possui capacidades de
autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre
ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva”. Segundo esse autor, para ser um bom
profissional devem-se planejar estratégias, com criatividade, para resolver os
problemas que vão surgindo na escola, no dia-a-dia. Para ele, esses professores
devem combinar a ciência, a técnica e a arte. Nesse caso, devem-se criar
36
mecanismos na escola, condições de trabalho em equipe, dirigidas ao
desenvolvimento do interesse do aluno para o aprendizado.

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a


intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio
e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam
porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem
suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”. (FREIRE,1996, p.96)

Concordamos com a fala dos autores, o professor precisa criar estratégias e


conseguir atrair seu aluno, fazendo com que ele comece a demonstrar interesse por
sua disciplina e ajuda-lo em momentos cruciais que acontece nessa fase da
adolescência onde mudanças comportamentais, hormonais desafiam a todos os
estudiosos. Embora possamos pensar e muitas vezes afirmar que é competência
dos pais a tarefa de disciplinar seus filhos, no espaço escolar esses conflitos são
inevitáveis, pela diversidade de interesses, de histórias de vida, e de desafios que
cada aluno enfrenta e cabe ao professor ajuda-lo naquele momento que ele está sob
sua responsabilidade cultivando bons, sentimentos para que este possa se sentir
respeitado e compreendido.
De acordo com o gráfico abaixo, 88,9% apontaram que o diálogo é
indispensável na solução para esses conflitos, enquanto 11,1% afirmaram que
resolvem na própria sala de aula para solucionar os problemas. Segue o gráfico
abaixo.
Gráfico 2: de que forma resolve os conflitos na classe?

Fonte: a autora (2022)

37
Perguntamos aos respondentes o que se sabem o que seus   alunos
esperam de suas aulas? e isso faz diferença? Justifique.
Os alunos geralmente esperam que suas aulas na escola sejam
interessantes, relevantes e envolventes. Eles querem aprender coisas novas e
desafiadoras, mas também esperam que os professores apresentem as informações
de uma forma clara e compreensível. Também esperam que seus professores
estejam disponíveis para ajudá-los quando necessário e que criem um ambiente
seguro e respeitoso em sala de aula. Eles querem se sentir valorizados e
respeitados como indivíduos e ter suas vozes ouvidas durante as discussões em
sala de aula.
Além disso, os alunos também esperam que suas aulas na escola ajudem a
prepará-los para o futuro, seja por meio do desenvolvimento de habilidades práticas
ou da aquisição de conhecimentos relevantes para suas carreiras e vidas pessoais.
Sim, é muito importante que os professores conheçam o que seus alunos
pensam e sentem em relação às aulas e ao ambiente escolar. Isso porque, ao
entender as expectativas e necessidades dos alunos, os professores podem adaptar
sua abordagem de ensino e tornar as aulas mais eficazes e envolventes.
Ao conhecer os pensamentos e sentimentos dos alunos, os professores
também podem identificar problemas ou dificuldades que possam estar afetando seu
desempenho acadêmico e encontrar maneiras de ajudá-los a superá-los. Além
disso, quando os alunos se sentem ouvidos e compreendidos, isso pode aumentar
sua motivação e engajamento nas aulas.
Por fim, é importante lembrar que cada aluno é único e pode ter expectativas
e necessidades diferentes. Portanto, é essencial que os professores criem um
ambiente de sala de aula aberto e inclusivo, onde os alunos se sintam à vontade
para expressar suas opiniões e fazer perguntas.
A partir dessa compreensão os resultados apontaram que 94,4% conhecem
seus alunos e o que estes esperam, enquanto 5,6% ainda não conseguem entender
o real interesse dos alunos tendo em vista a dificuldade em manter um diálogo com
os mesmos, mas alguns acreditam que essa variação também esta relacionada a
disciplina de seu interesse. Segue gráfico abaixo.

38
Gráfico 3: sabem o que os alunos esperam de suas aulas? E isso fez diferença?

39
Fonte: a autora (2022)

A postura do professor ao ministrar suas aulas pode fazer uma grande


diferença no interesse do aluno em sala de aula. Os alunos são influenciados pela
maneira como o professor apresenta as informações, como ele se comunica, e como
ele se comporta em relação aos alunos. Se o professor é claro e organizado em
suas explicações, isso pode ajudar a manter a atenção dos alunos e aumentar seu
interesse no assunto. Além disso, se o professor demonstra entusiasmo e paixão
pelo assunto, isso pode inspirar os alunos a se envolverem mais na aula.
Por outro lado, se o professor é desorganizado, pouco claro ou pouco
interessado no assunto, isso pode afetar negativamente a postura dos alunos em
sala de aula. Eles podem perder o interesse no assunto, se distrair facilmente ou até
mesmo se comportar de maneira desrespeitosa ou disruptiva.
Além disso, a maneira como o professor interage com os alunos também
pode afetar a postura dos alunos em sala de aula. Se o professor é respeitoso,
empático e apoia a participação dos alunos, isso pode incentivar os alunos a se
envolverem mais na aula e se comportarem de maneira positiva. Por outro lado, se o
professor é crítico, desrespeitoso ou desencoraja a participação dos alunos, isso
pode desmotivá-los e afetar negativamente sua postura em sala de aula.
Em resumo, a maneira como o professor ensina é um fator importante que
pode afetar a postura dos alunos em sala de aula. Um professor que é claro,
organizado, entusiasmado e respeitoso pode ajudar a manter os alunos engajados e
interessados no assunto, enquanto um professor que é desorganizado, pouco claro,
desinteressado ou desrespeitoso pode afetar negativamente a postura dos alunos e
prejudicar seu aprendizado.
Pensando sobre isso perguntamos com relação a participação dos
professores na motivaçao dos alunos perguntamos. A forma como o professor
ensina incentiva seus alunos a participarem da aula?
De acordo com os respondentes 100% destes acreditam ser primordial a
postura do professor em sala de aula, se ele se mostrar apático, sem interesse,
sem conhecimento fatalmente o aluno perceberá e com isso perderá o interesse.
Nesse ponto os professores foram unanimes em apontar que eles são em parte
responsáveis pelo interesse do aluno. Segue gráfico abaixo.
gráfico 4: a forma como o professor ensina incentiva seus alunos a particuparem da aula?

40
Fonte: a
Ainda com relação ao comportamento do professor em sala de aula.
Perguntamos aos respondentes como você considera a relação entre professores e
alunos na sala de aula?
Amigável. (PROFESSORA 01)
Profissional e amigável. (PROFESSORA 02)
Tudo tem limite, a relação professor e aluno deve ser pautada no diálogo e
no respeito, e bom estabelecer um limite entre o que pode e o que não
pode, para não perder autonomia na sala de aula. (PROFESSORA 03)
Baseado em minha experiência, certo dia ouvi o seguinte relato "Se fulano
fosse professor, acho que ele seria estilo Késsio, que brinca e é divertido,
mas briga quando é preciso", e é essa relação que procuro estabelecer com
eles. (PROFESSORA 04)
A relação entre ambos, tem que ser de confiança, amizade, sinceridade e
muitas verdades, para que assim, o professor conquiste a confiança do seu
aluno, e as coisas comecem a fluir. E claro, sem que confundam a amizade
com o respeito e o papel de cada um. (PROFESSORA 05)
Difícil. Mas, prazerosa. (PROFESSORA 06)
A relação de respeito, amizade e acessibilidade entre professor e aluno é
primordial dentro do espaço escolar, pois ela conduzirá todo o resultado do
processo de aprendizado. (PROFESSORA 07)
É extremamente importante os professores manterem um bom
relacionamento com os alunos, acredite, isso facilita a troca de
conhecimento. (PROFESSORA 08)
De suma importância entre ambos. É fundamental que haja esta conexão,
construindo assim, um vínculo de afetividade, respeito, para que sejam
sanadas as dificuldades dando abertura para o conhecimento.
(PROFESSORA 09)
Tem que ter uma ótima relação, uma parceria entre o professor e o aluno
para que tenha ótimo resultado. (PROFESSORA 10)
Boa. (PROFESSORA 11)
É essencial. Pois é partir desse contato que se constrói um vínculo
importante para superar as dificuldades, sanar as dúvidas e desbravar o
conhecimento. (PROFESSORA 12)
A relação deve ser a melhor possível mediada pelo respeito e diálogo.
Existe uma linha ténue entre manter uma barreira e cada um no seu lugar e
uma relação de carinho, mas sem ser muito íntimo para não gerar más
interpretações. (PROFESSORA 13)
O aluno é essencial para que a relação professor e aluno aconteça de forma
prazerosa e continua. (PROFESSORA 14)
De suma importância para que o professor de fato seja ponte entre o
conteúdo e o aluno. (PROFESSORA 15)
Deve ser mantido um clima de respeito e também amizade para cativar os
41
alunos que muitas vezes não tem perspectivas futuras. (PROFESSORA 16)
Considero uma relação muito boa. (PROFESSORA 17)
Que o professor deve ser um mediador dos conhecimentos e que deve
haver respeito entre ambos. (PROFESSORA 18)

De acordo com os respondentes entendemos que a relação entre professor e


aluno é de extrema importância, pois ela é um dos fatores mais influentes no
sucesso acadêmico do aluno. Uma boa relação pode ajudar a criar um ambiente de
aprendizado positivo, motivador e acolhedor, enquanto uma relação negativa pode
ter o efeito oposto, criando uma atmosfera desencorajadora e inibidora do
aprendizado.
A relação professor-aluno é crucial para o sucesso do ensino, pois ela afeta
diretamente o nível de envolvimento e comprometimento dos alunos com o processo
de aprendizado. Quando os alunos sentem que seus professores se importam com
seu sucesso e estão dispostos a ajudá-los a superar desafios, eles tendem a se
sentir mais motivados a aprender e a se esforçar para alcançar seus objetivos
acadêmicos.
Além disso, uma boa relação professor-aluno pode ajudar a promover o
desenvolvimento social e emocional dos alunos. Professores que demonstram
interesse pelos alunos e se envolvem em suas vidas pessoais podem ajudar a
fortalecer a autoestima e a confiança dos alunos, além de fornecer suporte
emocional quando necessário.
Por fim, uma boa relação professor-aluno pode ter efeitos duradouros no
sucesso dos alunos. Muitos alunos relatam que um professor que os inspirou ou que
os apoiou em momentos difíceis teve um impacto significativo em suas vidas,
motivando-os a continuar seus estudos e perseguir seus sonhos acadêmicos e
profissionais.

Ainda é importante ressaltar que uma relação respeitosa entre professores e


alunos está relacionado com uma relação positiva e saudável sendo esta essencial
para o sucesso acadêmico dos alunos e para um ambiente de aprendizado
produtivo. É importante que os professores sejam capazes de se comunicar de
forma clara e eficaz com os alunos, estabelecendo expectativas claras e oferecendo
feedback construtivo.
Também é fundamental que os professores mostrem empatia e compreensão
em relação aos alunos, reconhecendo as diferenças individuais e as necessidades
42
de aprendizado de cada um. Um ambiente de sala de aula seguro e inclusivo é
importante para garantir que todos os alunos se sintam valorizados e respeitados.
Por sua vez, os alunos devem respeitar seus professores e mostrar interesse
ativo no processo de aprendizado. Eles devem fazer perguntas, participar das
discussões em sala de aula e estar dispostos a buscar ajuda quando necessário.
Ou seja, uma relação positiva entre professores e alunos na sala de aula é
fundamental para garantir que os alunos sejam capazes de aprender e crescer de
forma eficaz e para estabelecer um ambiente de aprendizado saudável e produtivo.
Perguntamos aos professores. Que tipo de profissional você é? Aquele que
entende seus alunos procurando ajudá-los da melhor maneira em suas
dificuldades ou você mantém a distância cumprindo apenas seu papel? Justifique?

Procuro sempre ajudá-los da melhor maneira nas dificuldades


Entendo meus alunos e procuro ajudá-los da melhor maneira em suas
dificuldades. (PROFESSORA 01)
Por mais que pareça muito rígido, diálogo bastante com meus alunos.
Compreendo as complexidades que carregam, sei que cada um deles tem
um mundo em si, e o quanto tudo na adolescência é complexo.
(PROFESSORA 02)
O que procura ajudá-los, não acredito que o professor distante é a melhor
forma de se ensinar, o aluno tem que ver e entender que o professor é
HUMANO assim como ele, creio que isso faz o aluno ser mais apto a
procurar e/ou aceitar ajuda em suas dificuldades. (PROFESSORA 03)
Quando você convive, é impossível não ter uma relação de amizade
recíproca. E assim, você começa a se envolver com os problemas e
conflitos de cada discente. E claro, sempre procurando resolver, na medida
do possível, as dificuldades encontradas. (PROFESSORA 04)
Tento compreender, conversar, mas na maioria das vezes não apresenta
resultados, varia muito de turma pra turma. (PROFESSORA 05)
Sou uma profissional que se preocupa acima de tudo com o emocional dos
meus alunos, com suas dificuldades e vivências que podem alterar suas
personalidades, ampliar seus anseios e dificultar a compreensão. Pois toda
essa bagagem trazida por eles pode ocasionar mudanças negativas ou
positivas durante o processo de aprendizado. (PROFESSORA 06)
Procuro sempre manter uma boa relação ajudando conforme se esforçam.
(PROFESSORA 07)
Procuro ajudá-los da melhor forma possível. (PROFESSORA 08)
Gosto de ajudar, sempre tenho a preocupação de saber se eles estão ente
os conteúdos estudados, procuro sem ajudá-los mesmo aquele que não
querem nada em sala. Procuro sempre conversar. (PROFESSORA 09)
Procuro sempre entender o aluno, é a maneira mais eficaz de promover o
interesse pelas aulas por parte do aluno. (PROFESSORA 10)
Aquele que constantemente busca através de pesquisas incorporar novas
práticas pedagógicas para melhor atuar no contexto ensino-aprendizagem.
(PROFESSORA 11)
Gosto de ajudar da melhor forma possível meus alunos, por isso o diálogo é
tão fundamental nesses momentos. Pois existe casos e casos dentro do
cotidiano escolar. (PROFESSORA 12)
Sim, procuro sempre entender e ajudá-lo da melhor maneira possível.
(PROFESSORA 13)
Sem dúvidas, aquele que entende seus alunos e sempre procuro ajudá-los.
(PROFESSORA 14)
43
Procuro ajudá-los a esquecer os problemas diários explicando os conteúdos
de forma dinâmica, com o que é possível dentro de nossas condições.
(PROFESSORA 15)
Procuro ajuda-los sempre que está ao meu alcance. (PROFESSORA 16)
Eu procuro sempre entender os alunos e agir para ajudá-los. Buscando
sempre a melhor maneira de auxiliá-los nas dificuldades, mas não fazendo
por eles o que sei que podem fazer. Os dando autonomia. (PROFESSORA
17)
Gosto sempre de tratar meus alunos de forma amigável para ter a confiança
deles, assim, acredito que consigo lecionar melhor
Profissional e amigável. (PROFESSORA 18)

Ainda é importante ressaltar que uma relação respeitosa entre professores e


alunos está relacionado com uma relação positiva e saudável sendo esta essencial
para o sucesso acadêmico dos alunos e para um ambiente de aprendizado
produtivo. É importante que os professores sejam capazes de se comunicar de
forma clara e eficaz com os alunos, estabelecendo expectativas claras e oferecendo
feedback construtivo.
Também é fundamental que os professores mostrem empatia e compreensão
em relação aos alunos, reconhecendo as diferenças individuais e as necessidades
de aprendizado de cada um. Um ambiente de sala de aula seguro e inclusivo é
importante para garantir que todos os alunos se sintam valorizados e respeitados.
Por sua vez, os alunos devem respeitar seus professores e mostrar interesse
ativo no processo de aprendizado. Eles devem fazer perguntas, participar das
discussões em sala de aula e estar dispostos a buscar ajuda quando necessário.
Ou seja, uma relação positiva entre professores e alunos na sala de aula é
fundamental para garantir que os alunos sejam capazes de aprender e crescer de
forma eficaz e para estabelecer um ambiente de aprendizado saudável e produtivo.
É importante pontuar a fala do professor 02 onde este fala da necessidade de
autoridade, o que ele chamou de rigidez, fazendo com que compreendamos que é
necessário colocar limites, embora seja importante uma relação cordial, a autoridade
do professor na sala de aula precisa ser respeitada, em contrapartida o professor,
enquanto o professor 03 ressalta a humanidade de cada ser humano, ou seja que os
professores são passiveis também de falhas, mesmo buscando compreender seus
alunos, mas terá momentos que é preciso que os alunos entendam que o professor
não é um super herói, está sujeito a falhas e na reciprocidade da relação que se
desenvolve é que se tornará possível essa compreensão de ambas as partes,
mesmo o aluno que muitas vezes considera o professor por vezes muito rígido, mas
existe sempre o espaço para o diálogo.
44
Dessa forma é possível enumerar comportamentos que corroboram para que
o professor fique atento em sua relação com o aluno criando assim um ambiente de
aprendizagem positivo, ou seja, os professores devem agir como um modelo a
seguir para os alunos, demonstrando comportamentos e atitudes positivas e
responsáveis, comunica-se de forma clara e eficaz, os professores devem
comunicar de forma clara e eficaz, certificando-se de que todos os alunos
compreendam as instruções e o material de aprendizagem, Mostre empatia e
compreensão, ou seja os professores devem demonstrar empatia e compreensão
pelos alunos, reconhecendo que cada aluno tem necessidades e habilidades
diferentes, fomente a participação dos alunos: Os professores devem incentivar a
participação dos alunos, promovendo um ambiente colaborativo e encorajando a
troca de ideias e perspectivas, ofereça feedback construtivo, os professores devem
fornecer feedback construtivo e encorajador, destacando os pontos fortes e
fornecendo sugestões para melhorar as áreas que precisam de desenvolvimento,
seja consistente e justo, os professores devem ser consistentes e justos em relação
às regras e expectativas de sala de aula, aplicando-as de forma equitativa para
todos os alunos, esteja disponível e acessível, os professores devem estar
disponíveis e acessíveis para os alunos, oferecendo ajuda e apoio sempre que
necessário.
Lembrando que a relação entre professor e aluno deve ser pautada em
respeito e profissionalismo, em que o professor tem o papel de mediador do
conhecimento, estimulando o desenvolvimento intelectual, emocional e social dos
alunos.
Sobre a indisciplina, perguntamos. Como você percebe a indisciplina em
suas salas? Ou você não encontra desafios no que tange essa questão?
Percebo quando estou lecionando e alguns alunos me atrapalham.
(PROFESSORA 01)
Por do comportamento dentro e fora da sala de aula. (PROFESSORA 02)
Alguns alunos são indisciplinados em sala de aula por quererem atenção, as
vezes é carência. Enquanto professor não costumo confrontar os alunos,
somente em casos extremos. Outras vezes finjo não perceber a indisciplina
para analisar como o aluno reage ao não ser confrontado. (PROFESSORA
03)
A indisciplina muitas vezes é uma forma do aluno querer chamar a atenção,
então tem que haver o diálogo para buscar entender o que está ocorrendo.
(PROFESSORA 04)
Sinceramente, indisciplinas acontecem, ou não seria uma sala de aula.
Porém, sempre consegui resolver na própria sala, essas questões.
(PROFESSORA 05)
A indisciplina vem normalmente da forma como são criados, tendem a
45
repetir na escola comportamentos que costumam ter em casa, na rua.
(PROFESSORA 06)
A indisciplina é algo presente em qualquer ambiente educacional, o que a
torna diferente é a forma como ela é tratada diante da dificuldade imposta
naquele ambiente. Por isso, é necessária mais seriedade em relação a
essas atitudes. (PROFESSORA 07)
Acho que é impossível uma sala de aula com muitos alunos que vem de
realidades diferentes não haver indisciplina, e neste caso, é bem
perceptível, através das conversas, falta de compromisso nas entregas das
atividades, falta de atenção na hora da explicação. (PROFESSORA 08)
Falta de interesse, desmotivação, agressividade, desobediência às regras.
(PROFESSORA 09)
Quando o aluno está disperso, conversando, brincando, atrapalhando os
demais. A gente percebe logo quando aquele aluno vem só pra lá de corpo
presente e não faz não em sala, apenas bagunçar. (PROFESSORA 10)
A indisciplina sempre está presente, mesmo que pouca, mas procuro
sempre me aproximar do aluno para entender o que está por trás dela,
mesmo que algumas vezes não obtenha êxito. (PROFESSORA 11)
Através da resistência dos alunos em cumprir regras estabelecidas nos
primeiros dias de aula... (PROFESSORA 12)
A indisciplina muitas vezes está ligada a uma dificuldade de aprendizado, é
uma reação de incomodo por não acompanhar os demais estudantes. Tem
também a questão afetiva familiar que não é das melhores. (PROFESSORA
13)
Quando estão falando alto na hora da explicação. (PROFESSORA 14)
A indisciplina vai além de conversas e barulhos... A falta de respeito entre
os colegas e ao docente, palavrões... Porém, acredito que cada ano
vencemos esse desafio os disciplinando. (PROFESSORA 15)
Quando alguns alunos não querem participar da aula, quando tentam
chamar a atenção dos colegas com brincadeiras, quando não realizam
tarefas em sala ou de casa. (PROFESSORA 16)
Percebo nas atitudes dos alunos. (PROFESSORA 17)
A indisciplina é o fator que mais atrapalha o rendimento das aulas. Por isso
é sempre bom manter os alunos ocupados em suas atividades para que
eles não fiquem dispersos e acabem atrapalhando a aula. (PROFESSORA
18)

A queixa principal dos professores está relacionada ao comportamento em


sala de aula, onde muitas vezes os alunos ficam com conversas paralelas o que as
impede de dar suas aulas, como bem explicado na fala da professora 16 ressalta
que os alunos por não quererem ou não se sentirem à vontade começam a
bagunçar a aula, mas vale salientar que na opinião da professora 13 a indisciplina
pode estar ligada a não compreensão do aluno com o assunto que está sendo
abordado e que o mesmo por não conseguir essa compreensão começa a brincar
em sala de aula o que impede o desenvolvimento da aula, já para a professora 09 a
indisciplina pode estar ligada a incapacidade do aluno em obedecer regras, e nesse
caso corrobora com o pensamento da professora 06 onde afirma que a indisciplina
já vem da educação recebida em casa e que o aluno acaba reverberando essa
prática em sala de aula dificultando o trabalho dos professores.
Mas é importante se afirmar que a indisciplina na sala de aula é um desafio
46
comum enfrentado por muitos educadores e pode afetar negativamente o ambiente
de aprendizagem e o desempenho dos alunos. Existem várias estratégias que os
professores podem utilizar para lidar com a indisciplina na sala de aula:
Estabelecer regras e expectativas claras: É importante que os alunos saibam
o que se espera deles em relação ao comportamento na sala de aula. O professor
pode definir regras claras e explicar as consequências de violá-las.
Criar um ambiente positivo: Os alunos são mais propensos a se comportar
bem quando se sentem seguros e respeitados na sala de aula. O professor pode
criar um ambiente acolhedor e positivo, onde os alunos se sintam motivados a
aprender.
Usar reforços positivos: Reconhecer e recompensar o bom comportamento
pode ser uma estratégia eficaz para incentivar os alunos a se comportarem bem. O
professor pode usar elogios, prêmios ou privilégios para incentivar os alunos a se
comportarem de maneira apropriada.
Identificar as causas da indisciplina: Às vezes, a indisciplina na sala de aula
pode ser um sintoma de problemas mais profundos. O professor pode tentar
identificar as causas subjacentes do mau comportamento e abordá-las de maneira
apropriada.
Envolver os pais: Os pais podem desempenhar um papel importante na
promoção do bom comportamento dos alunos. O professor pode entrar em contato
com os pais para discutir a indisciplina e trabalhar juntos para resolver o problema.
Buscar ajuda: Em alguns casos, a indisciplina pode ser muito grave ou
complexa para ser tratada apenas pelo professor. Nesses casos, o professor pode
buscar a ajuda de outros profissionais, como psicólogos ou assistentes sociais.
É importante lembrar que a indisciplina na sala de aula é um desafio
complexo e que pode não ser possível resolvê-la completamente. No entanto, com
paciência, perseverança e uma abordagem estruturada, o professor pode minimizar
a indisciplina e criar um ambiente mais positivo e produtivo para todos os alunos.
Enfim é importante que logo no inicio do ano letivo professores e alunos
estabelecem regras de convivência para evitar conflitos que inadvertidamente
surgem nas relações entre seres humanos, e o espaço escolar não é diferente. Mas
apesar das queixas a indisciplina nesses casos específicos tratamos aqui pelos
professores, não estão relacionados a comportamentos violentos, mas apenas a
conversas paralelas e brincadeiras prejudicando a aula, mas que pode ser
47
contornado com diálogo entre as partes.
Perguntamos aos professores sobre a compreensão dos conteúdos pelos
alunos. Quando um aluno não compreende um determinado conteúdo, é importante
que o professor identifique a causa dessa falta de compreensão e tome medidas
para ajudar o aluno a superar essa dificuldade. Algumas possíveis causas da falta
de compreensão do aluno podem incluir:
Falta de conhecimento prévio: O aluno pode não ter conhecimento prévio
suficiente para compreender o conteúdo. Nesse caso, o professor pode revisar
conceitos prévios antes de abordar o novo conteúdo.
Dificuldade de aprendizado: O aluno pode ter dificuldade em aprender e
assimilar novas informações. Nesse caso, o professor pode utilizar estratégias de
ensino diferenciadas, como recursos visuais ou aulas práticas, para ajudar o aluno a
compreender o conteúdo.
Falta de interesse: O aluno pode não estar interessado no conteúdo e, por
isso, não se esforça para compreendê-lo. Nesse caso, o professor pode tentar tornar
o conteúdo mais interessante e relevante para o aluno.
Para ajudar o aluno a superar a falta de compreensão, o professor pode
utilizar algumas estratégias, como:
Explicar o conteúdo de forma clara e simples, utilizando exemplos e analogias
para tornar o conteúdo mais compreensível.
Fazer perguntas e incentivando o aluno a fazer perguntas também, para
identificar áreas onde o aluno possa estar com dificuldade.
Proporcionar atividades práticas e experiências que ajudem o aluno a aplicar
o conteúdo na prática e ver sua utilidade.
Oferecer feedback construtivo e encorajador para ajudar o aluno a melhorar
seu desempenho e motivação.
É importante que o professor esteja disposto a ajudar o aluno a superar suas
dificuldades, e que o aluno sinta que pode confiar no professor para pedir ajuda
sempre que precisar.
De acordo com os respondentes 88,9% dos professores compreendem as
dificuldades que normalmente surgem na sala de aula, enquanto 11, 1% procuram
refazer sua metodologia. Isso confirma o que já foi dito acima, o professor precisa
criar estratégias que corroborem no processo de aprendizagem do aluno tendo em
vista que ele é o mediador dess aprendizagem, portanto cabe a ele encontrar o
48
melhor caminho que contribua para sanar as dificuldades dos alunos.
É necessário afirmar que é responsabilidade do professor garantir que os
alunos compreendam o conteúdo ensinado, e penalizar um aluno por não entender é
injusto e contraproducente. Em vez disso, o professor deve adotar uma abordagem
mais individualizada para ajudar o aluno a compreender o conteúdo. Isso pode
incluir fornecer explicações adicionais, oferecer atividades de prática ou encorajar o
aluno a fazer perguntas. O professor também pode explorar outras maneiras de
ensinar o conteúdo para ajudar o aluno a entender melhor. Cada aluno aprende de
maneira diferente e em seu próprio ritmo. É importante que o professor seja paciente
e esteja disposto a ajudar o aluno a entender o conteúdo, em vez de penalizá-lo por
não entender. A penalização só pode aumentar a frustração e a desmotivação do
aluno. Segue gráfico abaixo:
Gráfico 5: você penaliza seu aluno de alguma forma quando o mesmo não consegue
compreender alguns conteúdos?
Fonte:
autora
(2022)

Perguntamos aos professores se existia uma relação de cumplicidade com


seus alunos?
A cumplicidade entre professor e aluno é extremamente importante para
garantir uma educação efetiva e significativa. Quando há cumplicidade, o professor e
o aluno criam um ambiente de confiança e respeito mútuo, o que permite uma
interação mais fluida e uma comunicação mais aberta e honesta.
De acordo com vários estudiosos, educar é permitir aos alunos atos
educativos, que possibilitam sanar as dúvidas e ao mesmo tempo saber enfrentar e
aceitar o erro. Nisto, o erro passa a ser parte fundamental do/no processo de ensino-
aprendizagem, pois ele possibilita uma retomada de decisões diante da proposta

49
pedagógica estabelecida. Assim, possibilita um revisar e alterar posições a partir de
argumentação sólida que serão trabalhadas, considerando passo a passo de uma
aprendizagem significativa no processo de ensino-aprendizagem (LUCKESI, 2013).
Freinet (2017) corrobora com a premissa de que nessa nova
contemporaneidade, há uma grande necessidade da educação escolar retomar seus
objetivos como a descentralização da posse dos saberes e sua difusão e a
interpenetração da escola com a comunidade, sendo essa a característica da
pedagogia, pois com tais procedimentos pode surgir ações positivas em relação às
formas de aprendizagens/ensinagens (Pimenta e Anastasiou, 2014), que precisam
ser consideradas nas instituições escolares, tendo por base a respeitabilidade
curricular (VASCONCELLOS, 2011 e ARROYO, 2013).
Ademais, entende-se a necessidade de desenvolver atitudes que permitam
maior conexão com a realidade do aluno, bem como novas técnicas para se lidar
com o desconhecido, com o inesperado, almejando ações possíveis.
Com isso, para Morin (2002) e Delors (2018) tais atitudes visam possibilitar
aprender a fazer, aprender a aprender, encarar problemas de vários pontos de vista,
desenvolver relacionamentos interpessoais (aprender a viver com os outros) e a
liberdade de escolha (currículo diversificado).
 É fundamental que se prepare o indivíduo para fazer escolhas apropriadas,
para projetar o futuro com tempo suficiente de análise antes da tomada de decisão.
A escola e principalmente o professor, faz a ponte para novas atitudes e
descobertas do que realmente o aluno quer saber, e isso é importante para que ele
não perca a motivação na vontade de aprender.
Ou seja, os estudiosos defendem a importância de uma educação que
valorize o processo de ensino-aprendizagem como uma construção conjunta entre
professores e alunos, em que o erro é visto como uma oportunidade de aprendizado
e revisão de decisões. Além disso, a educação deve buscar descentralizar o saber e
conectá-lo com a realidade do aluno, por meio de uma interpenetração da escola
com a comunidade.
É fundamental desenvolver atitudes que permitam aprender a fazer, aprender
a aprender, encarar problemas de vários pontos de vista, desenvolver
relacionamentos interpessoais e a liberdade de escolha. O professor tem um papel
crucial nesse processo, atuando como um facilitador e incentivando a motivação do
aluno na busca pelo conhecimento.
50
Sobre a cumplicidade com seus alunos, 72,2% dos respondentes afirmaram
que existe sim cumplicidade na relação de ambos, enquanto 27,8% afirmaram que
não. O que nos leva a perceber que uma parcela bastante significativa dos
professores mantém certo vínculo com seus alunos e dessa forma veja que
aproximação respeitosa e saudável é importante no espaço da sala de aula e esta
seja promotora de uma boa interação que será bastante representativa para uma
boa convivência. Segue gráfico abaixo:
Gráfico 6: existe uma relação de cumplicidade com seus alunos?

Fonte: autora (2022)

A comunicação entre os professores é extremamente importante. Quando os


professores se comunicam regularmente, eles podem compartilhar ideias,
informações e recursos que podem melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem.
A comunicação eficaz também pode ajudar a garantir que os alunos estejam
recebendo uma educação consistente e coerente.
Além disso, a comunicação entre os professores pode ajudar a identificar
alunos que podem estar enfrentando desafios acadêmicos, comportamentais ou
emocionais. Compartilhar essas informações entre os professores pode ajudar a
criar estratégias para ajudar esses alunos a terem sucesso na escola.
Por fim, a comunicação entre os professores pode ajudar a criar um ambiente
escolar mais colaborativo e solidário. Quando os professores trabalham juntos e se
apoiam mutuamente, isso pode levar a uma cultura escolar mais positiva e a um
ambiente de aprendizagem mais positivo para os alunos.
Perguntamos aos professores sobre esse feedback entre seus colegas na
avaliação dos alunos. Obtivemos os seguintes resultados, 88,9% dos professores
tem um contato próximo e discutem questões relacionadas ao desempenho dos
51
alunos, enquanto 11,1% afirmaram não existir essas trocas. Apesar de considerar a
porcentagem dos que não discutem sobre o desempenho dos alunos, é necessário
afirmar que podemos considerar estes com um perfil mais individualizado tendo em
vista que a escola é palco de interações entre seus atores, e os professores que
trabalham numa mesma turma é importante que exista essas discussões tendo em
vista que essa visão coletiva contribue para aprimorar práticas ou quando não,
contribuir com novas estratégias que venham a melhorar as atividades que são
desenvolvidas em sala de aula e/ou quando alguns alunos apresentam algum tipo
de dificuldade, seria importante esses professores reverem suas práticas. Segue
gráfico abaixo.
gráfico 7: você e seus colegas costumam se reunir para avaliarem o desempenho de seus
alunos?

52
Fonte: a autora (2022)

Perguntamos aos professores. Você fazem algum tipo de comparativo de


desempenho, comportamento e aprendizagem das turmas do ensino fundamental
II?
Não existe apenas o convívio para a troca de saberes, mas também se tem
uma linha delicada de convivência e interação que acaba gerando afeto, ou até
mesmo o desafeto.
Nesta questão é importante buscar pela relação baseada na afetividade que
traga respeito, confiança e admiração, pois colaboram significativamente para a
comunicação e a aprendizagem. Não focar apenas na transmissão do conteúdo,
mas também nessa relação pessoal, enriquece bastante o indivíduo.

O ato pedagógico pode ser, então definido como uma atividade sistemática
de interação entre seres sociais tanto no nível do intrapessoal como no nível
de influência do meio, interação esta que se configura numa ação exercida
sobre os sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar neles mudanças
tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida.
(LIBÂNEO, 1994, p.56).

A troca de conhecimento é o que tange essa relação, o que faz, inicialmente,


ela existir. Mas, a troca de conhecimento agregada a troca de vivências é
significativamente enriquecedora e trás elementos substanciais para o fim dessa
relação, que é a aprendizagem.
A troca de conhecimentos entre professores no âmbito da sala de aula pode
ser extremamente benéfica para o aprendizado dos alunos. Quando os professores
compartilham conhecimentos, ideias e práticas, podem enriquecer o ensino e
oferecer aos alunos uma experiência de aprendizagem mais abrangente e
diversificada.
Existem várias maneiras pelas quais os professores podem trocar
conhecimentos entre si. Por exemplo, podem realizar reuniões regulares para
discutir estratégias de ensino, compartilhar recursos e fornecer feedback uns aos
outros. Além disso, os professores também podem participar de workshops e
programas de formação continuada para aprimorar suas habilidades e adquirir novos
conhecimentos.
Ao trocar conhecimentos, os professores podem se inspirar mutuamente e se
desafiar a melhorar suas práticas de ensino. Isso pode levar a um ambiente de sala
de aula mais dinâmico e engajador, no qual os alunos são incentivados a participar e
53
explorar seus próprios interesses e habilidades.
Em resumo, a troca de conhecimentos entre professores pode ser altamente
benéfica para o ensino e aprendizado dos alunos. Ao compartilhar ideias e práticas,
os professores podem melhorar sua própria habilidade de ensinar, bem como
enriquecer a experiência educacional de seus alunos.
De acordo com os resultados obtidos, 77,8% afirmaram que fazem algum tipo
de análise comparativa verificando onde os alunos apresentam maiores e/ou
menores dificuldades em suas disciplinas, mas 11,1% afimaram que não fazem esse
tipo de comparação, enquanto outros 11,1% disseram que talvez.
Compreende-se que apesar de uma parcela considerável se dizer discutir
sobre essa questão, outros não comungam com a mesma prática. O interessante
dessa constatação é que são os mesmos professores que atuam no fundamental II
nas 04 salas de aula, isso nos leva a crer que apesar de afirmarem que mantém um
feedback uns com os outros alguns professores podem não terem compreendido o
questionamento, ou simplesmente não consideram como relevante, tendo em vista
que é possivel um aluno se apresentar bem em uma determinada disciplina e na
outra não tem o mesmo comportamento e consequentemente o mesmo
desempenho. Segue gráfico abaixo:
gráfico 8: vocês fazem algum tipo de comparativo de desempenho na aprendizagem das
turmas do ensino fundamental II?

Fonte: a autora (2022)

Para que pudéssemos entender a relação entre os atores da pesquisa, ou


seja professores e alunos era fundamental conhecer tanto o pensamento dos
professores, como também de alunos. Nesse sentido usamos do mesmo
54
procedimento para compreendermos o sentimentos dos alunos com relação aos
professores. Para tanto
foi enviado um questionário através do google meet para os alunos e dessa forma
compreender e fazer um paralelo com as informações repassadas pelos professores
no que tange o objeto dessa pesquisa que é a relação professor/aluno.
Os alunos entrevistados tem idade que varia entre 12 a 17 anos, cursam o
Ensino Fundamental II na Escola Antonio Correia de Castro. Em sua maioria são
jovens de formação humilde, que já estão desde a Educação Infantil na escola. Mas
também esses mesmos jovens pertencem a familias que não possuem uma
residência fixa, variando entre meses de uma cidade para outra, mas que seus filhos
acabam voltando para concluir os estudos na escola, alguns alunos vem de famílias
que estão passando uma temporada em busca de melhores condições de trabalho e
seus filhos acabam perdendo um pouco a motivação para está na escola. A despeito
das dificuldades são jovens que querem estar na escola.
A escola é um lugar fundamental para o desenvolvimento dos alunos, pois é
um ambiente onde eles têm a oportunidade de adquirir conhecimentos, habilidades,
valores e competências que serão úteis para suas vidas pessoais e profissionais. a
escola é um ambiente importante para o desenvolvimento dos alunos em vários
aspectos, desde o acadêmico até o pessoal e social. Através do ensino de
disciplinas, habilidades e valores, os alunos podem se preparar para um futuro
promissor e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Em detrimento dessas observações perguntamos qual o sentimento que os
define ao mencionar a escola. 58,1% dizem sentir-se muito bem na escola, 12,9%
apontam que se sentem mais ou menos, e 29% acham ótimo. Subentende-se que
uma parcela considerável desses jovens gostam da escola que frequentam e se
sentem bem no convivio com seus pares.
Diante das respostas ficou evidente que a escola tem uma importância
grande para o aluno. De acordo com as respostas dos alunos a escola é um espaço
agradável para está, tendo em vista que afirmaram que se sentem muito bem na
mesma, e outra parcela gosta muito, considerando-a um espaço ótimo para estar,
embora uma parcela razoável tenha dito que se sentem mais ou menos, pode ser
entendida como problemas comuns no dia a dia, como até mesmo a dificuldade na
aprendizagem, ou alguma questão de socialização por algum problema de
relacionamento os faça não se sentir tão a vontade, mas de maneira geral os alunos
55
gostam da escola e se sentem bem na mesma Segue gráfico abaixo.

Gráfico 9: Como você se sente na escola onde estuda? . Quais são as suas
expectativas?

Fonte:
a autora (2022)

Segundo Paulo Freire (2014) a dialogicidade é um dos fatores que contribui


para que haja uma comunicação democrática, na qual ambos os lados – professores
e alunos - sejam participantes e aprendentes, para isso faz-se necessário que o
professor reconheça que não é o detentor de todo o conhecimento. O aluno como
parte integrante deste processo trás consigo conhecimentos experiências que
muitas vezes não são valorizados pelos professores, de acordo com Freire isso
resulta em uma “educação bancária”, onde o conhecimento é apenas transmitido
para o aluno e o mesmo deve apenas receber as informações sem questioná-las.
O ato de ensinar não se resume apenas em transferir conhecimentos ou
56
informações, mas de acordo com Freire (2014) trata-se do meio com que o mestre
levará seu discípulo a compreender, aprender e reaprender e assim ter este
conhecimento como construção do ser social e crítico dentro da sociedade, fazendo
do professor um mediador e facilitador desse conhecimento não o “dono” do mesmo.
Segundo Paulo Freire (2014) professores inexistem sem os alunos, partindo
dessa perspectiva e a partir das observações realizadas percebeu-se que há um
bloqueio na relação entre docente e discente, o que se vê comumente nas salas de
aula ainda é a tão criticada por Paulo Freire “educação bancária”. Não é frequente
ver-se professores que valorizam as subjetividades e as diferentes visões de mundo
dos seus alunos, como se somente os professores fossem detentores de todo e
qualquer conhecimento e os alunos em nada pudessem contribuir para o processo.

Concorda-se com Freire a relação entre educador e educando deve ser, pois,
dialógica. E o diálogo, porque implica o respeito ao outro, sua compreensão e sua
busca, não pode ser imposto de fora para dentro das pessoas. Por isso, o diálogo
não pode ser um ato de depositar ideias do educador no educando, nem tão pouco
um ato de transferir ideias de um sujeito para outro. Diálogo é um ato de criação
conjunta, em que todos os sujeitos envolvidos têm a oportunidade de serem
protagonistas e transformadores de sua própria realidade."
O diálogo é a base de uma educação verdadeiramente transformadora, em
que tanto o professor quanto o aluno são responsáveis pelo processo de
aprendizagem e pela construção do conhecimento. É preciso abandonar a ideia de
que o professor é o detentor absoluto do conhecimento e reconhecer que cada aluno
traz consigo suas próprias experiências, saberes e perspectivas. Somente assim
será possível construir uma educação que seja crítica, reflexiva e comprometida com
a transformação da sociedade.
De acordo com os respondentes 80% dos professores mantém um diálogo
aberto com os alunos, enquanto 20% afirmaram que não. Dessa forma entende-se
sim que existe diálogo entre professores e alunos e essa afirmação traz uma certeza
de que não existe comunicação sem diálogo e especificamente no espaço escolar é
fundamental que professores e alunos possam ter um relacionamento saudável e
amistoso.
Sabemos que as relações interpessoais não são fáceis em qualquer
ambiente, e especialmente na escola pode existir uma troca de valores, onde por
57
vezes o aluno pode ultrapassar os limites e confundir uma relação dialógica com
seus professores. O diálogo entre professores e alunos é extremamente importante
no processo educacional, pois permite uma troca de informações, ideias e
conhecimentos entre as partes envolvidas. Quando os alunos têm a oportunidade de
dialogar com seus professores, eles podem esclarecer dúvidas, compartilhar suas
opiniões e perspectivas, e ter um melhor entendimento do conteúdo abordado em
sala de aula.
Além disso, o diálogo entre professores e alunos pode ajudar a criar um ambiente de
aprendizagem mais inclusivo e colaborativo. Os alunos podem se sentir mais
encorajados a participar ativamente das aulas e a contribuir para a discussão, e os
professores podem ouvir diferentes perspectivas e opiniões que podem enriquecer a
experiência de aprendizagem de todos. Segue gráfico abaixo:

Gráfico 10: O professor consegue manter um diálogo aberto com vocês? Vocês se
sentem acolhidos pelos mesmos.

O professor consegue manter um diálogo aberto com vocês? Vocês se sentem


acolhidos pelos mesmos.

90.00%
80%
80.00%
70.00%
O professor consegue manter
60.00% um diálogo aberto com vocês?
Vocês se sentem acolhidos pe-
50.00% los mesmos.
40.00%
30.00%
20%
20.00%
10.00%
0.00%
SIM NÃO

Fonte: a autora (2022)

A relação entre alunos em sala de aula pode ter uma grande influência no
ambiente de aprendizagem e no desempenho escolar. Uma relação positiva entre os
alunos pode promover um ambiente de colaboração, respeito e motivação mútua
para aprender. Por outro lado, uma relação negativa pode levar a um ambiente
hostil, desmotivador e prejudicar o desempenho escolar.
Algumas das coisas que podem afetar a relação entre os alunos incluem

58
diferenças culturais, diferenças socioeconômicas, diferenças de personalidade,
conflitos interpessoais e bullying. Os professores desempenham um papel
importante em fomentar uma relação positiva entre os alunos, criando atividades de
grupo, incentivando a cooperação e a comunicação aberta, e monitorando e
abordando comportamentos negativos.
Uma boa relação entre os alunos em sala de aula não apenas melhora o
ambiente de aprendizagem, mas também pode ter efeitos positivos a longo prazo,
como a promoção de habilidades sociais e emocionais importantes para a vida
adulta.
Em tempos difíceis, como este que estamos vivenciando, damos-nos conta
da importância das relações interpessoais. As relações interpessoais estão
presentes em nossa vida desde o período gestacional e, indubitavelmente, são de
extrema importância para a formação psíquica do sujeito e, consequentemente para
o âmbito escolar. Vivemos em uma sociedade com inúmeras discrepâncias. Em
decorrência disso, temos alunos com realidades diferentes dentro da mesma sala de
aula. Sendo assim, pensamentos, atos e sentimentos são diferentes nas vidas,
histórias e experiências desses sujeitos.
Nesse sentido perguntamos aos respondentes como você se relaciona com
seus colegas de sala? 51,6% dos alunos afirmaram que convivem bem com seus
colegas, 19,4% disseram que o relacionamento é ótimo, e 29% apontaram como
regular. Como já explicitamos nos parágrafos anteriores, existem inúmeros fatores
que corroboram para uma boa ou má relação entre os alunos, fatores estes que
interferem positivamente ou negativamente. De acordo com a resposta dos
respondentes, se somarmos os que convivem bem e os que consideram o
relacionamento ótimo temos margem para acreditar que os alunos convivem bem na
escola, a despeito dos que apontaram como regular, isso é compreensível tendo em
vista que estamos lidando com seres humanos e todos estão sujeitos a dias bons e
outros nem tanto. Mas o que realmente importa é que compreendeu-se nessa
pesquisa que os alunos mantém uma boa relação entre eles. Segue gráfico abaixo.
Gráfico 11: Como você se relaciona com seus colegas de sala?

59
Fonte: a autora (2022)

Assim como questionamos com os professores sobre a relação deles com os


alunos, perguntamos aos alunos como estes se sentem na forma como são tratados
pelos professores. Vale ressaltar que o papel do professor na vida do aluno é
extremamente importante e multifacetado. O professor é uma figura central no
processo educativo, sendo responsável por transmitir conhecimento, orientar e guiar
o aluno em sua jornada de aprendizado.
Além disso, o professor também desempenha o papel de modelo e exemplo a
ser seguido pelo aluno. Ele pode inspirar os alunos a se interessarem por um
determinado assunto, incentivá-los a desenvolver habilidades e competências, bem
como encorajá-los a buscar seus sonhos e objetivos.
O professor é também responsável por promover um ambiente de
aprendizagem seguro e inclusivo, onde todos os alunos se sintam respeitados e
valorizados. Ele deve ser capaz de reconhecer as necessidades individuais dos
alunos e adaptar sua abordagem de ensino para atender a essas necessidades.
Ainda podemos afirmar que o professor é um facilitador do desenvolvimento
pessoal e intelectual do aluno. Ele deve fornecer feedback construtivo e encorajador,
orientação e apoio para ajudar o aluno a atingir seu pleno potencial. Em suma, o
papel do professor é fundamental para o sucesso acadêmico e pessoal do aluno.
A forma como um professor trata um aluno pode variar dependendo do
contexto, da idade do aluno, do tipo de ensino e de outras variáveis. No geral, um
bom professor trata o aluno com respeito, paciência e dedicação, criando um
ambiente de aprendizagem positivo e encorajador.

60
Um professor pode tratar o aluno de forma respeitosa, ouvindo-o
atentamente, reconhecendo suas opiniões e ideias, e oferecendo feedback
construtivo. É importante que o professor trate cada aluno de forma individual,
considerando suas necessidades e habilidades específicas.
O professor também pode tratar o aluno com paciência, entendendo que cada
aluno aprende em seu próprio ritmo. Ele deve ser capaz de explicar conceitos
complexos de forma clara e responder às dúvidas dos alunos de maneira atenciosa
e compreensiva.
Além disso, um bom professor se dedica a ajudar o aluno a atingir seu
máximo potencial, fornecendo recursos de aprendizagem adequados, incentivando o
desenvolvimento de habilidades e oferecendo orientação e apoio ao longo do
processo.
Em resumo, um professor que trata seus alunos com respeito, paciência e
dedicação pode ajudá-los a desenvolver uma paixão pelo aprendizado e a alcançar
seus objetivos acadêmicos e pessoais.
De acordo com os resultados obtidos 83.9% dos respondentes responderam
que estão satisfeitos com o tratamento que recebem dos professores, enquanto
16,1% afirmaram que poderia ser melhor, não existe insatisfação. O que se
percebeu foi que para alguns alunos o tratamento dispensado a eles poderia ser
melhor, embora os alunos não tem se aprofundado no assunto é possível inferir
algumas questões que podem vir até mesmo do comportamento do aluno. É
importante ressaltar que o professor tem inadvertidamente alguma preferência por
aquele aluno que não lhe traz problema, que é estudioso, inteligente, aqueles mais
rebeldes normalmente o professor se torna um pouco arredio, óbvio são conjecturas.
Segue gráfico abaixo.

Gráfico
12:
Como
você se
sente
em
relação
ao

61
tratamento dos professores com você?

Fonte: a autora (2022)


1
Toda a história da humanidade foi, e é, marcada por uma série de conflitos:
políticos, econômicos, sociais, religiosos... O conflito é uma realidade sempre
presente nas relações humanas e nas relações de trabalho. Os conflitos originam-se
na diversidade de pontos de vista entre pessoas, na pluralidade de interesses,
necessidades e expectativas, na diferença entre as formas de agir e de pensar de
cada um dos envolvidos.
Os espaços onde ocorrem maior número de conflitos entre pessoas, são os
ambientes de convivência diária, entre eles as salas de aula. O conflito se soluciona
pela negociação. Negociar é a arte de compreender a pluralidade de opiniões e
saber acordar entre as partes, de maneira que todos saiam ganhando. Em sala de
aula, os conflitos são inerentes à própria natureza das atividades e, principalmente
da convivência diária. A escola é uma organização social. Conflitos sempre geram
tensão que precisam ser administradas. Situações de conflito trazem sempre uma
mensagem que nem sempre é decodificada, é necessária os professores estarem
atento aos sinais.
Apesar do conflito fazer parte do humano, do crescimento e amadurecimentos
das crianças e suas relações, também é indiscutível a importância de um ambiente
escolar que favoreça a convivência harmoniosa entre seus sujeitos, seja para a
promoção da aprendizagem, o principal objetivo da escola, seja para a formação do
aluno de modo geral e o bem estar de todos‖ (LEITE, 2008, p. 2589).
Entendendo essa situação de conflito que faz parte do ser humano,
perguntamos aos respondentes se já existiu conflitos em sala de aula e quais as
proporções, se foi necessário a intervenção da gestão da escola ou da família?
De acordo com os respondentes 87,1% afirmaram que sim, existiram conflitos
e que foi necessário a intervençao de ambos, tanto familia como a gestão., enquanto
12,9% afirmaram que não.
Na verdade o que se depreende dessa situação é que os conflitos são
comuns tendo em vista a própria natureza humana, na maioria das vezes os
conflitos surgem por questões disciplinares, ou até mesmo bullying e a persistência
dos desentendimentos se faz necessário uma atitude mais drástica, tendo em vista
1
A gestão de conflitos em sala de aula. Disponivel em: https://edisciplinas.usp.br/ acesso:
11.mar.2023
62
que muitas vezes o diálogo não resolve. Aqueles que responderam não,
normalmente são alunos comportados que não se envolvem em problemas. Segue o
gráfico abaixo.

Gráfico 13: Já surgiu algum conflito mais sério que precisou de intervenção da gestão
escolar e/ou família? explique? 

Fonte: a autora (2022)

A forma como os professores tratam seus alunos em sala de aula pode variar
bastante, pois depende de muitos fatores, como a cultura escolar, o nível de ensino,
a personalidade do professor e dos alunos, entre outros.
Para Nóvoa (1997, p. 27): “as situações conflitantes que os professores são
obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo,
portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de
autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre
ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva”.
Na concepção de Nóvoa (1997) é fundamental a reflexão como parte
integrante da prática docente. Segundo ele, os desafios que os professores
enfrentam são complexos e únicos, exigindo uma capacidade de
autodesenvolvimento reflexivo por parte dos profissionais competentes, e esse
desafio está também relacionado a maneira como este se relaciona com seu aluno.
A autoridade do professor em sala de aula é fundamental para criar um
ambiente de aprendizagem seguro e produtivo para os alunos. A autoridade do
63
professor é baseada em sua capacidade de estabelecer expectativas claras para o
comportamento dos alunos e garantir que essas expectativas sejam seguidas. Isso
inclui não apenas o comportamento em sala de aula, mas também o respeito pelo
processo de aprendizagem.
Para que um professor tenha autoridade em sala de aula, é necessário que
ele ou ela seja respeitado pelos alunos. Isso pode ser alcançado de várias maneiras,
como demonstrando conhecimento sobre o assunto que está sendo ensinado, sendo
justo e consistente em suas regras e consequências, e estabelecendo uma relação
positiva com os alunos. Além disso, um professor deve ser capaz de manter a
disciplina na sala de aula, mas sem recorrer a métodos abusivos ou desrespeitosos.
É importante ressaltar que a autoridade do professor não deve ser confundida
com autoritarismo. Um professor autoritário usa seu poder para controlar e intimidar
os alunos, enquanto um professor com autoridade usa sua experiência e habilidades
para orientar e apoiar os alunos em seu processo de aprendizagem. Quando um
professor tem autoridade em sala de aula, os alunos se sentem seguros e confiantes
para participar ativamente das aulas e buscar novos conhecimentos.
De acordo com os respondentes 60% entendem que os professores os tratam
com autoridade, 26% com respeito, 10% com amizade, 2% são ríspidos enquanto
2% são indiferentes. O que nos revela os resultados é que a autoridade não estaria
relacionada ao autoritarismo, tendo em vista que logo em seguida vem o respeito e a
amizade, isso nos revela que o professor precisa ter autoridade, sem ser autoritário
tendo em vista que da sua postura vai depender o domínio de sua sala de aula e
consequentemente a atenção do aluno e sua aprendizagem. Segue gráfico abaixo.

Gráfico 14: Como os professores tratam os alunos em sala de aula?

64
Como os professores tratam os alunos em sala de aula?

60.00%

Como os professores tratam os


alunos em sala de aula?

26.00%

10.00%

2.00% 2.00%

autoridade respeito amizade rispido indiferente

Fonte: a autora (2022)

Perguntamos aos alunos se ele se considera importante para a escola? O


aluno tem um papel fundamental na escola, pois é ele quem deve estar
comprometido com sua própria aprendizagem e com a construção do conhecimento.
É importante que o aluno tenha uma postura proativa, buscando participar
ativamente das atividades propostas pelos professores e desenvolvendo habilidades
como o pensamento crítico, a resolução de problemas, a comunicação e a
colaboração.
Além disso, o aluno deve respeitar as regras da escola e conviver
harmoniosamente com seus colegas e professores, contribuindo para a construção
de um ambiente escolar saudável e acolhedor. É importante que o aluno se esforce
para ser pontual e assíduo, participando ativamente das aulas e buscando
esclarecer suas dúvidas com o professor.
Enfim, o aluno deve estar consciente da importância da educação em sua
vida e em sua formação como cidadão, buscando sempre se desenvolver pessoal e
academicamente e aproveitando ao máximo as oportunidades que a escola oferece.
Nesse sentido, é importante que o professor esteja atento às interações e
movimentos dos alunos em sala de aula, pois são indicadores de como está
ocorrendo o processo de aprendizagem. Além disso, é necessário que o professor
saiba identificar as necessidades dos alunos e criar estratégias pedagógicas que
possibilitem a construção conjunta do conhecimento.
Para criar um ambiente favorável em sala de aula, é preciso que o professor
65
estabeleça uma relação de confiança com os alunos, promovendo um diálogo aberto
e respeitoso. Também é importante que o professor crie atividades pedagógicas que
despertem o interesse dos alunos, levando em consideração suas vivências e
experiências.
Outro ponto fundamental para a construção de um ambiente favorável em
sala de aula é a valorização da diversidade cultural, étnica e social dos alunos. O
professor deve trabalhar com conteúdo que valorizem as diferenças e promovam o
respeito mútuo entre os alunos.
Por fim, é importante que o professor esteja em constante formação e
atualização, buscando novas estratégias pedagógicas e estando aberto ao diálogo
com os alunos, colegas e famílias. Dessa forma, será possível construir um
ambiente favorável em sala de aula, que proporcione um aprendizado significativo e
promova o desenvolvimento integral dos alunos.
De acordo com os respondentes 61,3% afirmaram que sim, se sentem
importantes, 16,1% responderam que não e 22,6% disseram que talvez. Diante das
respostas vale algumas considerações. A maior sim se sente importante, entende-se
que dessa forma a escola tem correspondido as expectativas desses alunos, mas
existe uma parcela que não concorda, quanto a essa parcela podem ser atribuídos
vários fatores que não pode ter uma relação direta com a escola, até mesmo por
questões sociais, familiares, comportamentais, esses fatores impactam em como os
alunos se percebem na escola, e a parcela que não tem certeza podem ser aqueles
que ainda não se identificam com a filosofia da escola, ou que não a entendem, não
possuem relações saudáveis, enfim são questões que nos levam a repensar sobre a
conduta desses grupos, embora vale ressaltar que não existe unanimidade em
nenhum aspecto na vida das pessoas, tendo em vista que cada ser é um ser único e
particular e tem convicções que nem sempre estão em consonância com os espaços
que este frequenta e a escola não está de fora desses espaços. Segue gráfico
abaixo.

Gráfico 15: Você se considera importante no âmbito da escola?

66
Fonte: a autora (2022)

Gráfico 16: Quais são seus maiores desafios na escola?

Quais são seus maiores desafios na escola?

10.00%
20.00%

interação
20.00% matemática
disciplina
atividades em grupo

50.00%

Fonte: a autora (2022)

67
Gráfico 17: Você considera que seus professores tem o domínio do conteúdo que
ministram? Porque?

Fonte: a autora (2022)

68
Gráfico 18: Que tipos de metodologias são usadas pelos professores que mais motivam
vocês a assistirem suas aulas? Quais?

13. Que tipos de metodologias são usadas pelos professores que


mais motivam vocês a assistirem suas aulas? Quais?

10.00%
dinâmicas
jogos
20.00% raciocinio lógico
50.00% atividades em grupo

20.00%

Fonte: a autora (2022)

Gráfico 19: Você sente dificuldade em alguma disciplina especifica? E o professor lhe

69
ajuda de que forma.

Fonte: a autora (2022)

Gráfico 20: Que nota você daria a escola e aos seus professores? Porque?

Fonte: a autora (2022)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

70
6. RECOMENDAÇÕES

71
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANELISE F. O.; A. F. COMARÚ. P. A. Docência e relações interpessoais: um olhar


sobre o cotidiano da formação de professores. . O professor e à docência: o
encontro com o aluno. In: ENRICONE, Délcia et al. (orgs.). Ser professor. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 2001, p.73-89.

AQUINO, J. G. A relação professor-aluno: do pedagógico ao institucional. São Paulo:


Summus, 1996.

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ARROYO. M. Educação das camadas populares. Educação de jovens e adultos


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ARROYO, Miguel. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres.


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CÉSAR, M. R. A. A invenção da adolescência no discurso psicopedagógico.


(Dissertação Mestrado). Campinas, SP, 1998. Faculdade de Educação. UNICAMP.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir: relatório para a Unesco da


Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 4. ed. São Paulo: Cortez,
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76
APÊNDICES

77
APÊNDICE I:
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO AOS PROFESSORES DA ESCOLA ANTONIO
CORREIA DE CASTRO COMO REQUESITO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA
DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA FACULDADE DE
POSTGRADO.

NOME:
DISCIPLINA(S) QUE LECIONA:
PERIODO/ANO:
DATA:
1. A escolha pelo magistério foi uma decisão assertiva, ou paira algumas dúvidas sobre
sua escolha?
2. Quais principais desafios enfrentados em sala de aula?
3. Como procuram solucionar esses desafios?
4. O que mais inquieta o professor em sua prática docente?
5. Que estratégias utilizam para manter os alunos interessados na aula?
6. Se acham importante dialogar com os alunos?
7. O que mais o incomoda na postura do aluno?
8. De que forma procura resolver os conflitos na classe?
9. Se sabia o que os alunos esperam de suas aulas?
10. O que o professor considera mais em sua aula: se o que ele ensina ou o que
seu aluno aprende?
11. A forma como o professor incentiva seus alunos a participarem da aula?
12. Como você considera a relação entre professores e alunos na sala de aula?
13. Que tipo de relacionamento você mantém com seu aluno no âmbito da escola?
14. Que tipo de profissional você é? Aquele que entende seus alunos procurando ajudá-los
da melhor maneira em suas dificuldades ou você mantém a distância cumprindo
apenas seu papel? Justifique?
15. Como você percebe a indisciplina em suas salas? Ou você não encontra desafios no
que tange essa questão?
16. Como a direçao orienta vocês para lidar com os adolescentes? Ou não existe
interferência dos mesmos?
17. você penaliza seu aluno de alguma forma quando o mesmo não consegue
compreender alguns conteúdos, ou você se mostra receptivo na dificuldade destes?
18. Existe uma relação de cumplicidade com seus alunos?
78
19. Você e seus colegas costumam se reunir para avaliarem o desempenho de seus
alunos, já que todos passam pelas mesmas sala de aula ?
20. Você fazem algum tipo de comparativo de desempenho, comportamento e
aprendizagem das turmas do ensino fundamental II?

79
APÊNDICE II:
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO APLICADO AOS ALUNOS DA ESCOLA
ANTONIO CORREIA DE CASTRO COMO REQUESITO PARA REALIZAÇÃO DA
PESQUISA DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA FACULDADE DE
POSTGRADO.

NOME:
PERIODO/ANO:
DATA:

1 Como você se sente na escola onde estuda? Quais são as suas expectativas?
2 você vai todo dia para a escola? Ou busca encontrar um motivo para não ir?
3 Como você se relaciona com seus colegas de sala?
( ) bom ( ) regular ( ótimo)
4 Como você se sente em relação ao tratamento dos professores com você?
5 Já surgiu algum conflito mais sério que precisou de intervenção da gestão
escolar e/ou família? ( ) sim ( ) não
6 Como os professores tratam os alunos em sala de aula?
7 Você se considera importante no âmbito da escola?
8 Quais são seus maiores desafios na escola?
9 Você se sente respeitado por seu professor na escola? Ou existe algum tipo de
preconceito?
10 O professor consegue manter um diálogo aberto com vocês? Vocês se sentem
acolhidos pelos mesmos.
11 Você considera que seus professores tem o dominio do conteúdo que ministram?
Porque?
( ) sim ( ) não
12 Que tipos de metodologias são usadas pelos professores que mais motivam vocês a
assistirem suas aulas? Quais?
13 Você sente dificuldade em alguma disciplina especifica? E o professor lhe ajuda de que
forma.
14 Como se dá o relacionamento com outros colegas da escola?
( ) bom ( ) regular ( ótimo)
15 Que nota você daria a escola e aos seus professores? Porque?

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