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A LUDICIDADE NA MATEMÁTICA/FÍSICA

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 4

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM ........................................... 5

2.1 O LUDICIDADE NO ENSINO DA MATEMÁTICA ................................................ 8


2.2 NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO ....................................................... 12

2.3 GRANDEZAS E MEDIDAS ................................................................................ 13

2.4 ESPAÇO E FORMA ........................................................................................... 13

2.5 A LUDICIDADE NO ENSINO DE FÍSICA ........................................................... 15


2.6 ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE UM MINICONGRESSO COM
TEMAS DE FÍSICA MODERNA NO ENSINO MÉDIO. ............................................ 18

2.7 O USO DA LUDICIDADE NO ENSINO DE FÍSICA............................................ 19

2.8 A FÍSICA NOS BRINQUEDOS: O BRINQUEDO COMO RECURSO


INSTRUCIONAL NO ENSINO DA TERCEIRA LEI DE NEWTON ........................... 19

2.9 BRINQUEDOS E JOGOS NO ENSINO DE FÍSICA ........................................... 20

2.10 HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E O ENSINO DE FÍSICA: UMA PROPOSTA


PARA O ENSINO SOBRE INÉRCIA ........................................................................ 21

2.11 A EVOLUÇÃO DOS JOGOS DE FÍSICA, A AVALIAÇÃO FORMATIVA E A


PRÁTICA REFLEXIVA DO PROFESSOR ............................................................... 21

2.12 BRINCAR E APRENDER: O JOGO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO


ENSINO DE FÍSICA ................................................................................................. 22

2.13 O LÚDICO NO ENSINO DE FÍSICA: O USO DE GINCANA ENVOLVENDO


EXPERIMENTOS FÍSICOS COMO MÉTODO DE ENSINO .................................... 22

2.14 INICIAÇÃO TECNOLÓGICA: UMA FORMA LÚDICA DE APRENDER


FÍSICA....................... ............................................................................................... 23

2.15 DO LÚDICO AO CIENTÍFICO: BRINCADEIRAS DA FÍSICA QUE


TRANSFORMAM O MUNDO ................................................................................... 23

2.16 ATRAVÉS DO COSMOS: UMA PROPOSTA LÚDICA PARA O ENSINO DE


ASTRONOMIA E FÍSICA ......................................................................................... 24

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2.17 ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE FÍSICA ............................................ 24

2.18 O ENSINO DE INÉRCIA COM DESENHOS ANIMADOS, UTILIZANDO


FUTURAMA COMO FERRAMENTA LÚDICA ......................................................... 24

2.19 AS ABORDAGENS LÚDICAS NO ENSINO DE FÍSICA ENFOCANDO A


EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO
FUNDAMENTAL. .......................................................................................................25

3. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DE MATEMÁTICA NAS SÉRIES


INICIAIS.............. ..................................................................................................... 25

4. O LÚDICO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ........................................................ 27

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 29

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1. INTRODUÇÃO

Sabemos da possibilidade do ser humano em adquirir e construir saber através do


jogo. Com os jogos aprendemos a conviver, a ganhar ou a perder, a esperar nossa
vez e lidarmos melhor com possíveis frustrações. Os jogos têm sua função
educativa, quando trabalhado de modo orientado e com objetivos a serem
alcançados. Para jogar as crianças precisam respeitar as regras, decidir, sentir a
necessidade de pensar e encontrar estratégias para resolver os desafios que são
propostos pelo jogo. Com os acertos e os erros, a criança exercita sua inteligência,
participa ativamente, construindo uma interação com seus pares durante a
realização do jogo.

2. A importância do lúdico na aprendizagem

O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer jogo. Se achasse
confinado à sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao
brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço
essencial da psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição
deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica
extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e


sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos.
Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização,
a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar
desafios e participar na construção de um mundo melhor.

A ludicidade é muito importante para a saúde mental do ser humano, é um espaço


que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais

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genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação


afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. Neste sentido, o lúdico
possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos
específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade.

Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias,


estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o
crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se
socializando. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem
proporcionará à criança estabelecer relações cognitivas com as experiências
vivenciadas, bem como relacioná-la às demais produções culturais e simbólicas
conforme procedimentos metodológicos compatíveis com essa prática.

O lúdico é considerado prazeroso, devido à sua capacidade de absorver o indivíduo


de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de
envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional,
capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de
prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse
intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução
de seu objetivo.

O lúdico não está apenas no ato de brincar, está também no ato de ler, no apropriar-
se da literatura como forma natural de descobrimento e compreensão do mundo.
Atividades de expressões lúdico-criativas atraem a atenção das crianças e podem
se constituir em um mecanismo de aprendizagem. Atividades lúdicas favorecem o
desenvolvimento motor e psicomotor das crianças em suas atividades.

O professor, ao desenvolver uma atividade lúdica em sala de aula, deverá primeiro


planejar e analisar cuidadosamente o jogo didático (quanto a sua finalidade e quais
os objetivos a serem alcançados), o número de alunos que farão parte do jogo, o
tamanho da sala ou (local), o material utilizado, o relacionamento em grupo e o
tempo disponível. Para todos os jogos existem regras, então o professor deverá
explicar em termos bem claros, as regras que devem ser respeitadas. Tratando do

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jogo com competição é indispensável que o professor esclareça a turma sobre o


número de partidas e sobre a contagem de pontos.

Independente da atividade que venha a ser resolvida é fundamental a organização e


planejamento para que ela seja vista pela criança como lúdica e que venha a
contribuir para elevar o conhecimento do aluno. Caberá ao professor esse
planejamento e organização das atividades (MOURA, 1994 apud BRITO).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais ''..., um aspecto relevante nos


jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer.
Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao
professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o
aspecto curricular que se deseja desenvolver'' (PCN, 1997,48-49; apud BRITO).

Na fase da Educação infantil, a criança ainda está desenvolvendo a capacidade de


atenção, pois eles dispersam com muita facilidade e as brincadeiras ajudam nesse
processo, pois as crianças sentem-se atraídas pela atividade voltada para seu
mundo.

Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à
sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer
que a criança esteja fazendo.

A utilização dos jogos na atividades, ajudam a desenvolver o interesse de cada um


tornando-os capazes de compreender com clareza as atividades e trabalhos
aplicados na escola, deixando de existir diferenças entre alunos em relação ao
aprendizado. Todos têm a capacidade de aprender, de uma maneira totalmente
interessante para sua idade.

Segundo Kishimoto (1998) o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou
brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico,
cognitivo, afetivo, social e moral.

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Além de um bom aprendizado, o lúdico proporciona um ótimo relacionamento entre


professor/aluno/aprendizagem, pois um depende do outro.

O brincar para as crianças não deve ter espírito de competição, mas sim o prazer de
descobrir e aprender.

2.1 O ludicidade no ensino da matemática

De acordo com o RCNEI (1998), há um grande equivoco em ensinar Matemática por


meio da memorização e repetição, onde a criança apenas decora e não entende
realmente a lógica.

A utilização do lúdico no ensino da Matemática, na educação infantil, aplicada de


forma correta, pode favorecer muito a aprendizagem do aluno.

Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve confundir que apenas com jogos a
criança irá aprender Matemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem ser
muito bem dirigidas e terem alguma finalidade.

Deste modo, as crianças serão incentivadas a acharem soluções, usarem a lógica, a


capacidade de estratégia e a tomada de atitudes.

A discussão sobre a importância dos jogos no ensino da Matemática vem se


concretizando, pois as crianças possuem uma grande capacidade de raciocinar e
colocar em prática sua capacidade de resolver situações-problemas. A proposta de
um jogo em sala de aula é muito importante para o desenvolvimento social, pois
existem alunos que se “fecham”, tem vergonha de perguntar sobre determinados
conteúdos, de expressar dúvidas, a Matemática se torna um problema para eles.

A aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socializar
os alunos, busca a cooperação mútua, participação da equipe na busca incessante
de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o

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educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o aluno a


buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.

De acordo com Moura (1992) muitas pesquisas indicam que o jogo atrai a atenção
da criança, auxilia no desenvolvimento infantil, na construção e releitura dos
conhecimentos, proporcionando uma aprendizagem mais significativa.

A participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa inerentes a


diferentes tipos de jogos têm servido de argumento para fortalecer a concepção de
que a criança aprende matemática brincando

O jogo é um brinquedo sério, pois está envolvido numa ação


das mais importantes do homem: a ação de educar. É por
isso que o jogo não pode ser um elemento visto apenas
como um intervalo entre um conteúdo e outro. Não, ele é um
ato de educar. E se educa é com conteúdo (MOURA, 1992,
p. 66).

No jogo, de forma lúdica, a criança busca satisfazer suas necessidades e


desencadeia as ações no sentido de atingir os objetivos propostos na atividade. Da
mesma forma acontece a interação com outras crianças e com os adultos,
utilizando-se desta linguagem como mediadora.

O jogo, muitas vezes, se constitui em atividade distinta da pedagógica, tornando-se


uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo
professor/a visando a uma afinidade na aprendizagem, isto é, proporcionar à criança
algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Tal objetivo não exclui a
sua dimensão lúdica à medida que sejam preservadas a disposição e
intencionalidade da criança para brincar.

O jogo cumprirá uma dupla função: a lúdica e a educativa, aliando-se à finalidade do


divertimento e do prazer, e outras como o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico,
social e moral, manifestadas em um grande número de competências, tais como:
tomada de decisões; representações mentais e simbólicas; interações; observação;
respeito às regras; entre outras. Todas as competências não são especificamente

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vinculadas à matemática, mas, seguramente, se manifestam e se realizam na


aprendizagem dos conteúdos dessa área.

Para a criança, o jogo é algo sério, pois é notória a dedicação e a concentração que
a mesma tem no ato de jogar. É pelo jogo que a criança emerge como sujeito lúdico,
sendo importantíssimo na formação do ser humano, na apreensão do mundo, em
compreender-se como sujeito social e na constituição dos processos psicológicos
superiores.

Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de


conhecimentos; é esta dupla natureza que nos levou a
considerar o brincar como parte integrante da atividade
educativa (...) o brincar (...) deve ser parte do planejamento,
e não todo o planejamento, visto que outras atividades
precisam estar presentes também (LIMA, 1991, p. 24).

O professor deve utilizar os jogos para despertar e desenvolver todas as linguagens


que a criança possui, recuperando a alegria e o prazer da diversão. Além disso, ele
também deve analisar e a avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e
o aspecto curricular que se deseja desenvolver.

O educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer dos jogos, mais


só é possível se consegue discernir momentos em que deve só observar, em que
deve interagir na coordenação os jogos e brincadeiras, ou que deve integrar-se
como participante das mesmas (OLIVEIRA, 1992, p.102)

É importante que o professor interaja nos jogos e brincadeiras com as crianças e


não somente as observe o tempo todo. É a participação do professor nas
brincadeiras que garante à discussão, o aprimoramento das ideias, a sugestão de
pesquisas, a busca de respostas decorridas em uma situação lúdica. Ou seja,
planejar o trabalho na educação infantil é tão importante quanto observar participar
e registrar o que ocorre.

Podemos perceber que o jogo é algo sério, cabe então ao professor trabalhar de
forma dinâmica, através dos diversos jogos todo o conhecimento matemático para
as crianças que estão sob sua responsabilidade.

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Diversas são as possibilidades de trabalho com as crianças para que se possa


refletir a prática. Em um jogo de pega-varas, por exemplo, existem regras que
podem ser modificadas. Por exemplo, as varetas tanto podem valer pontos iguais,
quanto podem ter valores diferentes, conforme a sua cor. Neste jogo, há várias
possibilidades de se trabalhar com questões referentes à matemática, como o
controle de quantidade, a contagem, a numeração, etc. O objetivo da matemática na
Educação Infantil e em todos os níveis de ensino é de questionar, perguntar,
descobrir, ver alternativas, compreender que existem opiniões diferentes e respeitar
o direito de cada indivíduo de escolher seu próprio ponto de vista e analisá-lo
posteriormente.

Assim, o conteúdo matemático deve permear o jogo infantil, colocando o


pensamento da criança em ação, construindo soluções, gerando motivações que a
façam ir à busca das ações que são necessárias, incorporando assim novos
conhecimentos. Além disso, a matemática também deve buscar no jogo a ludicidade
das soluções construídas para as situações-problema seriamente vividas pelo
homem

O jogo pode tonar-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e
orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é,
proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para
que isso ocorra, é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que implica
planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos
predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe serão decorrentes. (RCNEI,
1998, p.212)

De acordo com este documento, o ensino de matemática tem como objetivo:

 O desenvolvimento de situações envolvendo matemática no nosso dia-a-dia,


 O conhecimento dos números,
 O saber contar,
 Noções de espaço físico, medidas e formas,

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 A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar com problemas e


desafios.

Segundo o RCNEI (1998), os conteúdos de Matemática devem ser selecionados,


levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem ampliando-os cada
vez mais.

Na fase de 0 a 3 anos, a criança está naturalmente inserida no mundo da


Matemática, é nessa idade que a criança desenvolve a noção espacial, a
capacidade de estratégia e raciocínio lógico, ao engatinharem e andarem pelos
lugares.

Os jogos de encaixe, brincadeiras de faz-de-conta, painéis com datas de


aniversários e medidas (peso, tamanho, etc.) também são excelentes opções de
atividades para o professor estar trabalhando com as crianças. A música é essencial
nessa fase, pois desenvolve o ritmo, memorização e sequência através das letras,
além de trabalhar a expressão corporal.

Na fase dos 4 aos 6 anos, o RCNEI (1998) divide os conteúdos em três blocos:
“Números e Sistema de Numeração”, “Grandezas e Medidas” e “Espaço e Formas”.

Esses três blocos devem ser trabalhados de forma integrada. Vejamos cada um
deles.

2.2 Números e Sistema de Numeração

Este bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numérica e as


operações matemáticas (RCNEI, 1998).

Considera-se que a criança deve saber lidar com os números, contagem e terem
capacidade de resolverem problemas utilizando as operações matemáticas.

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De acordo com o RCNI (1998), isso pode ser trabalhado através de contagem oral
nas brincadeiras, jogos de esconder ou de pega-pega, brincadeiras e músicas que
explodem os números e diferentes formas de contar.

2.3 Grandezas e Medidas

A compreensão dos números, bem como de muitas das noções relativas ao espaço
e às formas, é possível graças às medidas.

É através das grandezas e medidas que a criança compreenderá muitos conceitos


matemáticos. Elas estão presentes o tempo todo no dia-a-dia das crianças, pois
aprendem qual brinquedo é mais leve e qual é o mais pesado, qual objeto está perto
e qual está longe, sabem quando um copo está cheio ou não, entre outras coisas.

O professor pode propor atividades criativas para trabalhar com esses dois
conceitos, explorando e ampliando o conhecimento dos alunos.

Podem ser trabalhados alimentos quentes e frios, desenvolvendo a noção de


temperatura; trabalhar medindo a sala e os amigos, proporcionando o
desenvolvimento da capacidade de observação, comparação sensorial e
comparação entre dois objetos ou pessoas; trabalhar com calendários e datas
comemorativas como: aniversários, Natal, dia das mães/pais, etc.

2.4 Espaço e Forma

De acordo com (RCNEI, 1998) trabalhar com espaço e forma possibilita que os
alunos explorem e identifiquem objetos e figuras, tipos de contornos, identificação
de ponto de referencia, etc.

O desenho é uma atividade rica nesses dois conceitos, pois as crianças podem
representar a realidade no papel utilizando diferentes materiais (massa de modelar,
areia, argila, etc).

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Outra atividade importante para esse desenvolvimento é a construção de maquetes.

As crianças exploram o espaço ao seu redor e, progressivamente, por meio da


percepção e da maior coordenação de movimentos, descobrem profundidades,
analisam objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente seus deslocamentos.

Aos poucos, também antecipam seus deslocamentos podendo representá-los por


meio de desenhos, estabelecendo relações de contorno e vizinhança. Uma rica
experiência nesse campo possibilita a construção de sistemas de referências
mentais mais amplos que permitem às crianças estreitarem a relação entre o
observado e representado. (RCNEI, 1998, p.230)

É através da curiosidade que as crianças vão explorando o mundo e descobrindo


cada vez mais sobre ele, criando conceitos através de jogos e atividades e
relacionando-os com a realidade.

O professor deve estar ciente que considerar o que o aluno já sabe, e aprofundar
seus conhecimentos é a maneira mais adequada de desenvolver e estimular o aluno
a sempre querer saber mais.

Brincar é essencial para acriança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à
sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer
que a criança esteja fazendo (Zatz; Zatz; Halaban 2006, p.13)

É fundamental que o professor tenha a sensibilidade de enxergar seu aluno como


realmente ele é: uma criança.

Portanto, é preciso se envolver no seu mundo, abusar da imaginação e fantasias e


desenvolver atividades lúdicas tornando o aprendizado natural como o brincar.

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2.5 A ludicidade no ensino de física

O jogo como atividade lúdica é uma importante ferramenta para o ensino, porém
deve ser planejado com cuidado. “O jogo deve ter regras que sistematizam as ações
dos envolvidos, mas a imaginação coloca a possibilidade de modificá-las de acordo
com suas necessidades e seus interesses” (T.M. Kishimoto, 2008)

As atividades realizadas tinham a intenção de tornar as aulas de física mais


interessantes, alavancando a participação dos estudantes na discussão sobre os
conceitos físicos trabalhados e potencializando sua aprendizagem de maneira
inovadora.

Nessa perspectiva de inovação no ensino de física, vários centros de pesquisa e


diversos pesquisadores vêm refletindo e buscando implementar mudanças, como é
o caso do ensino com enfoque em Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
(CTSA). De acordo com as premissas defendidas por essa abordagem, é preciso
organizar uma ação educadora que priorize o papel do estudante como um
investigador de sua aprendizagem, para que este possa desenvolver uma visão
pessoal de mundo, com mais autonomia em relação aos conteúdos a que tem
acesso (A. Chassot, 2016).

O professor, por sua vez, desloca-se do papel de detentor do conhecimento e


assume uma postura de tutor, mostrando possíveis caminhos a serem seguidos e
orientando seus alunos na tomada de decisões mais acertadas no âmbito da área
de conhecimento em que estão trabalhando. Assim, “não é só uma questão de
tomada de consciência e de discussões epistemológicas, é também necessário um
novo posicionamento do professor em suas classes para que os alunos sintam uma
sólida coerência entre o falar e o fazer” (A. Cachapuz, D. et al, 2011 ).

Nesse novo modelo de educação, o papel do físico-educador configura-se de forma


diferente da educação tradicional, pois, ao fazer a transposição didática do
conteúdo, ele leva em consideração não somente o conteúdo em si mesmo, mas
planeja visando diferentes estratégias de abordagem, de modo a tornar a aula

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interessante e convidativa. Esse novo docente não apenas apresenta fórmulas e


teorias para preparar para provas e concursos; ele convida a pensar, a refletir
criticamente sobre conceitos e sua formalização, visto que não adianta ensinar o
conceito de carga elétrica sem fazer uma relação com o consumo e o processo de
geração de energia elétrica para a sociedade e sua relação com o meio ambiente
(C.W. da Rosa, e A.B. da. Rosa , 2012).

Nessa nova abordagem do ensino de física, o uso de atividades lúdicas torna-se


um grande aliado, pois possibilita o manejo das inúmeras fórmulas e conceitos,
despertando a curiosidade científica e o prazer em aprender essa disciplina tão
importante. O lúdico é ferramenta educacional importante e necessária no trabalho
com um público que está em transição de seu período da infância para a
adolescência, pois busca aliar o sentimento de brincar e se divertir ao processo de
ensino-aprendizagem de conceitos físicos por meio de uma experiência didática
muito prazerosa e cognitivamente produtiva.

Evidentemente, as metodologias tradicionais de ensino não atraem nem satisfazem


os alunos, já que o ensino de física atual está pautado em cálculos matemáticos, e
possui um alto grau de abstração, onde o conhecimento foge da realidade do
estudante, acarretando o afastamento e desânimo em estudar a disciplina.

“A Física no ensino médio é uma disciplina que necessita,


muitas vezes, de habilidades como abstração, raciocínio,
pensamento, reflexão, criatividade, experimentação, dentre
outras, o que acaba tornando-a trabalhosa já que nem todos
esses aspectos são desenvolvidos durante a formação dos
alunos. Essas dificuldades então encontradas, devido à
complexidade dos assuntos, acabam muitas vezes fazendo
com que professores tendam a desenvolver as suas aulas
utilizando se de métodos antigos de ensino que são
baseados na transmissão de conteúdos e assimilação
desses através de exercícios e os resultados desse método
de ensino tendem ao fracasso” (NASCIMENTO, 2010, p.38 )

Mesmo com as diversas pesquisas realizadas apontando algumas possíveis


soluções para a problemática, ainda é um desafio colocar em prática as ideias de
aprendizagem significativa e ensino construtivista.

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Silva e Pinto (2012) afirmam que o modelo educacional de qualidade está distante
de ser uma realidade em sala de aula, considerando que as práticas atuais de
ensino permanecem como as de muitos anos atrás, onde o foco está no conteúdo,
não no aprendizado. Nesse sentido, o uso de jogos didáticos é uma possível
alternativa, tendo em vista seu caráter lúdico e dinâmico, que contagia diferentes
públicos. Assim a utilização dos jogos de forma adequada pelo professor poderá
surtir bons efeitos e gerar interesse dos alunos pela disciplina.

Pereira; Fusinato e Neves (2009) ressaltam que o jogo é uma atividade rica de
grande impacto que responde às necessidades intelectuais e afetivas dos
estudantes, incitando a vida social e representando, assim, importantes
contribuições na aprendizagem. O jogo possibilita um novo ambiente de
aprendizado, desmistificando que apenas se aprende em ambientes tradicionais de
ensino, uma vez que uni lazer e aprendizado.

Segundo Gil, Gil e Kalhil (2013, P.85) os jogos possibilitam, “desenvolver a


criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas; Dar oportunidade para que
aprenda a jogar e a participar ativamente; Enriquecer o relacionamento entre os
alunos e reforçar os conteúdos já aprendidos”. Portanto, os jogos são bons recursos
pedagógicos, devido sua ludicidade e acessibilidade, podendo tornar-se
complementos didáticos para as aulas de física das séries iniciais, porém essa deve
ser uma atividade planejada e reflexiva por parte dos docentes, utilizando todo o
potencial didático do recurso e estando com todos os objetivos bem definidos para a
realização da atividade. Ferreira e Carvalho (2004) afirmam a importância da
reflexão do professor sobre sua ação docente, tendo como finalidade a construção
de categorias reflexivas que o professor faz quando está lidando com um referencial
teórico, e tentando aplicá-lo à sua prática pedagógica.

“O jogo é uma ferramenta pedagógica que motiva e estimula


o raciocínio lógico, podendo ser utilizado para levantar
questionamentos e trabalhar ideias relacionadas a situações
cotidianas”(LIMA; SOARES, 2010, p. 25).

Assim o professor deve discutir e mostrar as mais diversas reflexões da vida


cotidiana por meio da ferramenta jogo, proporcionando uma vivência única e

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motivadora para suas aulas, assim fazendo a metodologia de subsídio para


aproximar o conhecimento científico do estudante. Segundo Neves, et. al. (2010) o
professor é a peça chave desse processo, e deve ser encarado como um elemento
essencial e fundamental.

Sabendo das dificuldades do ensino de física atual, este trabalho visa divulgar o
jogo como recurso pedagógico complementar para as aulas da disciplina, assim
como mostrar as possibilidades que ela oferece, atraindo os estudantes para as
aulas usando sua ludicidade, possibilitando um ambiente interativo e dinâmico de
aprendizagem e promovendo a integração e trabalho coletivo entre os alunos.

2.6 Elaboração e desenvolvimento de um minicongresso com temas de


física moderna no ensino médio.

É muito raro encontrarmos trabalhos que visem tratar temas de Física Moderna no
Ensino Médio. Dessa forma, é um grande achado termos um trabalho voltado para
estes temas em uma perspectiva lúdica. Este é um trabalho que envolve uma
pesquisa no ensino atrelada a alguns relatos.

Inicialmente, o autor discute aspectos da ludicidade, enfocando as questões


relacionadas ao jogo e educação. Os temas devem ser desenvolvidos e
apresentados para um minicongresso com o auxílio do professor, sendo portanto
uma atividade lúdica mediada.

Sete temas podem ser trabalhados por diferentes grupos, são eles: efeito
fotoelétrico, dualidade onda-partícula, fissão e fusão nuclear, origem do universo,
raios x, raios lasers e teoria da relatividade. Os dados podem ser coletados por meio
de filmagens, diário de campo e documentos escritos pelos alunos.

As categorias de análise incluem: interesse, discussão/aprendizagem dos conceitos,


interação entre os grupos, relação professor/aluno, postura professor/pesquisador,
resumos do minicongresso e o minicongresso. (FILGUEIRA, 2009)

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2.7 O uso da ludicidade no Ensino de Física

Este trabalho propõe atividades lúdicas voltadas à experimentação em Física, os


temas abordados são óptica e física moderna. Trata-se de um trabalho de pesquisa,
em que o professor/pesquisador inicialmente aplicou uma avaliação diagnóstica a
fim de levantar conhecimentos prévios.

Após este primeiro momento, os alunos participaram da realização de dois


experimentos lúdicos, o experimento da luz e o experimento do globo de plasma,
em seguida há um momento de diálogo com a exibição de um vídeo e, por fim, a
aplicação de um segundo questionário.

Dessa forma, os dados foram coletados por meio destes dois questionários e,
também, dos discursos dos alunos nos momentos de diálogo utilizando-se, para
coleta de dados, filmagens e gravação de voz.

A autora discute aspectos relacionados à ludicidade no Ensino de Ciências trazendo


a teoria de Vygotsky para sustentar suas ideias; além disto, aspectos relacionados à
experimentação foram abordados, assim como a natureza lúdica encontrada em
práticas experimentais de ensino. (CRISTINO, 2016)

2.8 A Física nos brinquedos: o brinquedo como recurso instrucional no


Ensino da Terceira Lei de Newton

Este é um trabalho muito rico no que tange à metodologia utilizada para trabalhar o
conteúdo de Física “Leis de Newton”, em especial a terceira lei. Trata-se de um
trabalho de pesquisa dividido em três momentos: aplicação de um pré-teste,
desenvolvimento da metodologia e aplicação de um pós-teste.

O pré-teste é aplicado afim de levantar concepções prévias dos alunos, no


desenvolvimento da metodologia os alunos estiveram em contato com diferentes
brinquedos, tais como carrinhos, um pintinho saltador, um boneco nadador, bolinhas

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de gude, dois skates, CDs flutuantes e brinquedos construídos pelos próprios


alunos.

O estudo é comparativo, uma vez que opta-se pelo estudo de dois grupos, um grupo
experimental – o qual seria alvo da metodologia lúdica – e um grupo controle, que
não foi alvo da metodologia mas que possui semelhanças com os participantes do
outro grupo no que tange a aspectos sociais, de gênero, culturais e biológicos.

A atividade propõe a discussão acerca do funcionamento dos brinquedos e de como


este funcionamento está intimamente ligada à Terceira Lei de Newton; também, há
atividades realizadas com skates que trazem para o contexto prático a aplicabilidade
desta lei. Por este motivo, a dissertação contém discussões acerca da Terceira Lei
de Newton, assim como do uso de brinquedos no Ensino de Física e da
diferenciação entre concepções prévias e científicas. (PIMENTEL, 2007)

2.9 Brinquedos e jogos no Ensino de Física

Nesse sentido, o autor (RAMOS, 1990) apresenta três exemplos de como o desafio
lúdico pode ser trabalhado nas aulas de Física, um exemplo se refere a um
brinquedo, denominado looping, que pode ser construído usando-se dois copos
descartáveis, fita adesiva e elástico; este brinquedo ao ser lançado por uma espécie
de estilingue executa uma trajetória de “looping”.

Outro exemplo é o experimento “chico rala coco” que trabalha conceitos de simetria.
Um último exemplo trazido pelo autor é a montagem de uma balança para trabalhar
aspectos relacionados ao equilíbrio dos corpos.

Portanto, este é um trabalho em que não há pesquisa nem relato de experiência,


mas sim uma análise crítica acerca da utilização do lúdico como ferramenta capaz
de aumentar o estímulo dos alunos às aulas de Física.

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2.10 Histórias em quadrinhos e o ensino de física: uma proposta para o


ensino sobre inércia

Este trabalho foi desenvolvido com alunos da 8ª série (atual 9º ano), ou seja, alunos
que estão tendo os primeiros contatos com a disciplina de Física. Trata-se de uma
pesquisa cujo objetivo é investigar o uso de histórias em quadrinhos no ensino do
conceito de inércia. (TESTONI; ABID, 2004)

A coleta de dados foi feita por meio de filmagens, entrevistas com gravação de voz
e dois questionários, um prévio e outro posterior aplicado um ano após a realização
da atividade.

A proposta consiste em estudar uma história em quadrinho de um personagem em


um trampolim que deseja pular de uma piscina localizada em um navio em
movimento; através da situação, os alunos são questionados se o personagem cairá
dentro ou fora da piscina, conduzindo assim para um debate sobre aspectos da
primeira Lei de Newton, a inércia.

Em um outro momento, os alunos recebem a tarefa de produzirem seu próprio HQ


abordando o tema estudado. O autor discute, no corpo do artigo, sobre o lúdico,
sobre a linguagem dos quadrinhos e sobre os processos cognitivos favorecidos pela
leitura de histórias em quadrinho. Por fim, o caráter lúdico e eficaz da atividade com
quadrinhos é reconhecido pelo autor e pôde ser demonstrado pelos dados da
pesquisa. (TESTONI; ABID, 2004)

2.11 A evolução dos jogos de física, a avaliação formativa e a prática


reflexiva do professor

Neste trabalho, a autora, que é a professora-pesquisadora, que faz uma análise


crítica sobre a sua própria ação docente em direção de um ensino prazeroso e
lúdico. Ela discorre sobre os jogos e seus contextos e faz uma interpretação da
evolução dos jogos criados por ela mesma e aplicado em suas turmas ao longo de
alguns anos. Além disto, a autora investiga de que modo o professor é influenciado

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em sua prática docente pelos referenciais teóricos que ele busca aplicar em sala de
aula. (FERREIRA; CARVALHO, 2004)

2.12 Brincar e aprender: o jogo como ferramenta pedagógica no ensino de


física

Esta dissertação de mestrado traz uma proposta de ensino para o ensino de


Cinemática (Movimento Retilíneo Uniforme e Movimento Retilíneo Uniformemente
Variado) por meio de jogos de tabuleiro. A autora e sua orientadora desenvolveram
dois jogos diferentes, denominados Ludo – há o Ludo para o MRU e o Ludo para o
MRUV – cada um possui tabuleiros diferentes, e aplicaram em suas turmas do 9°
ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio. A pesquisa foi realizada
por meio da análise de questionários aplicados após as aulas com os jogos
didáticos. Dessa forma, no corpo do texto há ricas discursões acerca de motivação,
o jogo, a cultura e a linguagem científica e o jogo e o Ensino de Ciências. Além
disto, todo o suporte teórico a respeito da Cinemática é trazido pela autora. Há uma
profunda análise dos questionários de verificação de aprendizagem em que os
alunos realizaram construções de gráficos e resolução de problemas típicos da
Cinemática; houve também a aplicação de um questionário a fim de levantar
feedbacks dos alunos acerca da metodologia utilizada. (LIMA, 2011)

2.13 O lúdico no ensino de física: o uso de gincana envolvendo


experimentos físicos como método de ensino

Como o próprio título propõe, este trabalho investiga a utilização de uma atividade
lúdica no ensino de conceitos de eletricidade, campo elétrico, campo magnético e
circuito elétrico. A turma estudada foi dividida em equipes que competiram umas
com as outras em uma gincana com experimentos de Física. A coleta de dados
aconteceu por meio de um questionário qualitativo aplicado após a gincana, neste
questionários os alunos puderam avaliar a atividade e produzir um texto
apresentado suas conclusões sobre o assunto estudado. Para fundamentar a
proposta, os autores fazem uma breve discussão sobre o uso do lúdico em
atividades com experimentos. (BRANCO; MOUTINHO, 2015)

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2.14 Iniciação tecnológica: uma forma lúdica de aprender física

Este é um trabalho que traz uma proposta lúdica de ensino realizada por meio de
Iniciação Tecnológica, esta atividade foi repetida pelo professor-pesquisador
durante dez anos, de 1999 a 2009. Dessa maneira, o autor faz uma análise
comparativa entre os resultados obtidos neste intervalo de tempo. O trabalho faz
uma abordagem sobre o uso de atividades de Iniciação Tecnológica (IT) no Ensino
de Física, deixando claro que as IT’s possuem objetivos gerais e específicos no que
tange ao ensino de conceitos científicos. A proposta de IT trazida neste artigo se
refere a um guindaste feito com eletroímã, os alunos participam da competição
realizando livremente (apenas com algumas regras estipuladas anteriormente pelo
professor) a montagem de um guindaste com materiais de baixo custo, este
guindaste deve ser capaz de levantar o maior número possível de clipes metálicos
por meio da atração magnética. À título de pesquisa, o autor faz um comparativo
entre o número de clipes que os alunos conseguiram levantar ao longo destes dez
anos. (LEMES; PINOS JUNIOR, 2010)

2.15 Do lúdico ao científico: brincadeiras da física que transformam o mundo

Inicialmente, há uma breve discussão sobre as dificuldades existentes no processo


de ensinoa-prendizagem de Física, em seguida o autor fundamenta a proposta
utilizando a teoria de Vygostky. O trabalho propõe uma atividade lúdica de criação
tecnológica em que os alunos, do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do
Ensino Médio, devem trabalhar um projeto com seis objetos tecnológicos, são eles:
uma máquina hidráulica, um motor termodinâmico de dois tempos modelo Stirling,
um pião de levitação magnética (levitron), um motor elétrico, um mini gerador de
energia elétrica movido com a força muscular e uma mini usina eólica. Estes objetos
foram apresentados em uma mostra científica da escola e mostraram ser excelentes
ferramentas de ensino para alguns conceitos de Física relacionados à eletricidade.
(SANTOS, 2015)

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2.16 Através do cosmos: uma proposta lúdica para o ensino de astronomia e


física

Nesta dissertação, o ensino de Astronomia é facilitado por uma ferramenta lúdica de


ensino denominada “Através do cosmos”, trata-se de um jogo de tabuleiro
desenvolvido para abordar conceitos inerentes à Astronomia. O autor faz uma
descrição a respeito do processo de construção do jogo, em seguida apresenta as
regras e, por fim, discorre sobre a análise da aplicação. A título de pesquisa, foram
aplicados dois questionários. Inicialmente, um prévio foi aplicado na intenção de
levantar os conhecimentos que os alunos já possuíam sobre Astronomia, em
seguida houve uma sequência de aulas teóricas e outro questionário foi aplicado;
por fim, o jogo foi utilizado como metodologia de aula e os alunos puderam dar um
feedback sobre o jogo em si e sobre os conceitos aprendidos através dele. (MEIRA,
2014)

2.17 Atividades lúdicas no ensino de física

Este artigo faz uma análise de uma atividade lúdica desenvolvida em uma mostra no
ano de 1993 em que os alunos eram desafiados a resolverem problemas
experimentais comuns estudados em sala-de-aula e nos livros didáticos. Os autores
fazem uma breve fundamentação teórica da proposta abordando aspectos
relacionados à ludicidade no ensino e aos jogos, brincadeiras e desafios de uma
maneira geral. A atividade proposta permite a abordagem de temas relacionados à
Dinâmica, mais precisamente as Leis de Newton. Ao final, os autores fazem uma
análise das respostas dadas pelos alunos ao serem questionados no momento da
atividade. (NASCIMENTO; VENTURA, 1995)

2.18 O ensino de inércia com desenhos animados, utilizando futurama como


ferramenta lúdica

Nesta dissertação de mestrado, o autor faz uso de alguns episódios de um desenho


animado, chamado futurama, muito conhecido dos jovens em geral, para trabalhar
aspectos relacionados à primeira Lei de Newton, ou seja, a inércia. Inicialmente, o

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autor discute sobre a utilização de material audiovisual atrelado à utilização do


lúdico no ensino; em seguida, ele fundamenta a sua proposta na teoria
sociointeracionista de Vygotsky e na teoria da aprendizagem significativa de
Ausubel, mostrando o elo existente entre os dois referenciais teóricos. Quanto à
pesquisa, o professor-pesquisador aplicou um questionário prévio a fim de conhecer
a visão que os alunos tem da disciplina de Física, em seguida eles assistiram aos
episódios do futurama, seguindo, então, para uma aula teórica sobre a lei da inércia
e uma outra aula em que dois experimentos sobre o assunto foram realizados em
sala de aula; após estes dois experimentos outro questionário foi aplicado a fim de
verificar se houve a aprendizagem significativa dos conceitos estudados. Ao final, o
autor faz uma análise qualitativa e quantitativa dos questionários aplicados.
(PEREIRA, 2015)

2.19 As abordagens lúdicas no ensino de Física enfocando a educação


ambiental: relato de uma experiência no ensino fundamental.

Neste trabalho, os autores fazem a análise de uma proposta de ensino aplicada em


um turma de alunos da 5ª série do Ensino Fundamental. Há, inicialmente, um forte
debate sobre a relação arteciência e sobre o teatro didático. A atividade consiste em
trabalhar o tema “ciclo da água” por meio do teatro educativo. A pesquisa foi
realizada analisando representações ilustrativas que os alunos fizeram em cartazes,
em uma oficina pedagógica realizada após a atividade teatral, e por meio de
depoimentos de alunos e das professoras acerca do tema estudado. (SILVEIRA;
SANTOS, 2007)

3. A importância do lúdico no ensino de matemática nas séries


iniciais

De acordo com o PCN, 2001, p.26, “A matemática surgiu na antiguidade por


necessidades da vida cotidiana, converteu-se em um imenso sistema de variadas e
extensas disciplinas, como as demais ciências, reflete as leis sociais e serve de
poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e domínio da natureza”.
(PCN, 2001, p.26). E pela necessidade o homem da época, sem possuir ainda uma

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formalização de conceitos matemáticos e numéricos, precisou contar, medir,


calcular. E com o passar do tempo foi aprimorada através dos estudos e se
tornando uma disciplina/uma ciência com características próprias.

É uma disciplina considerada por muitos estudantes como difícil, complexa,


simplesmente por estarem relacionando somente as fórmulas e cálculos e acabam
sentindo dificuldades para assimilarem os conteúdos quando não demonstram
interesses, por não compreenderem, por não fazerem relação com seu cotidiano, e
não percebem que bem antes de sua entrada nas instituições a matemática já faz
de alguma forma, parte de sua vida.

Logo na infância a criança inicia sua vida estudantil, e a parti daí começa o processo
de alfabetização, e todas as disciplinas que fazem parte desse processo, inclusive a
matemática que deve ser transmitida de forma bem elaborada para que futuramente
os estudantes não venham a ter maiores dificuldades. Com isso surge a ideia de
inserir o lúdico no ensino de matemática, trabalhar dando ênfase nas atividades
através do brincar, principalmente no ensino fundamental nos anos iniciais.

Em Vygotsky, percebemos que o ato de brincar é importante, pois possibilita ao


indivíduo atuar em um nível cognitivo superior ao seu e isso impulsiona o
desenvolvimento, além disso, o observador precisa estar preparado para distinguir
nas atitudes das crianças, ações ou procedimentos que demonstrem os sinais dos
critérios necessários para uma boa formação cognitiva, e até afetivo-social do aluno.
A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos
adultos e não apenas ao universo dos objetos a que ela tem acesso (REGO, 2000,
p. 82).

As crianças demonstram prazer em aprender, agir, e enfrentar os desafios seguros


e confiantes, quando aprendem através de atividades lúdicas, elas produzem
conhecimentos, nas experiências que são capazes de proporcionar o envolvimento
do indivíduo que brinca. Por isso, é de fundamental importância que o professor
utilize os jogos na sala de aula, estimulando os alunos para o desenvolvimento dos
conteúdos propostos. Uma vez que o “objetivo dos professores de matemática

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deverá ser o de ajudar as pessoas a entender a matemática e encorajá-las a


acreditar que é natural e agradável continuar a usar e aprender matemática como
uma parte sensível, natural e agradável”, diz (BRITO 2001, P. 43).

Segundo BORIN (1996),


“Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de
matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios
apresentados por muitos de nossos alunos que temem a
matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la.
Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude
passiva, e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo
tempo em que esses alunos falam matemática, apresentam
também um melhor desempenho e atitudes mais positivas
frente a seus processos de aprendizagem”. (BORIN,1996,9)

Os jogos são um recurso pedagógico eficaz se forem bem articulados e planejados


pelo professor, contribuindo assim para a construção do conhecimento matemático
da criança.

As frustrações e os pensamentos negativos com relação ao ensino de matemática


deixarão de existir quando for colocado em prática o pensamento de que é de
grande importância unir aos conceitos matemáticos, o lúdico, o brincar através dos
jogos, deixando claro aos estudantes que estudar matemática também pode ser
divertido, pode ser prazeroso.

4. O Lúdico na legislação brasileira

A legislação brasileira reforça a importância da ludicidade. O brincar, jogar e divertir


são entendidos como coisas sérias. No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
– no capítulo II, concebe-se ao ato de brincar a mesma importância dada à
Educação e a Saúde, como já foi mencionado anteriormente. No artigo 16 (Direito à
liberdade) assegura-se “o direito a brincar, a praticar esportes e divertir-se”. No
artigo 59, refere-se ao esforço que os Municípios, Estados e União, em conjunto,
deverão fazer, visando proporcionar programações culturais, esportivas e de lazer
para a infância e a juventude.

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Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem


que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na
elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. A simulação de
situações-problema, através de jogos educativos, desenvolve soluções imediatas e
estimula o planejamento das ações. Da mesma forma que defini o lúdico.

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