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PRÁTICA EDUCATIVA DO
ENSINO DA FÍSICA I
ISBN 978-85-387-3988-3
Este guia de estudo apresenta uma discussão sobre algumas práticas edu-
cativas do ensino da Física. Iniciamos com a apresentação de uma sugestão
sobre a utilização do software Tracker no estudo dos movimentos. Também
realizamos uma discussão conceitual sobre as leis de Newton e a utilização de
simulação (PhET) no ensino de colisões. Apresentamos um resumo dos princi-
pais tópicos de gravitação universal e sua correlação com o estudo de elipses.
Por fim, apresentamos alguns dos principais tópicos de hidrostática
e hidrodinâmica, assim como de oscilações.
O principal objetivo deste material é sugerir formas de abordagem e retomar
os principais pontos conceituais desses assuntos.
Sobre o autor
Aula 06 OSCILAÇÕES 77
PARTE 01 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS NO ENSINO DE ONDULATÓRIA 79
PARTE 02 | ONDAS NO VIOLÃO – UTILIZAÇÃO DE VÍDEO PARA O ENSINO DE ONDAS EM CORDAS 83
PARTE 03 | APRESENTAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE DE ANÁLISE DE FREQUÊNCIA 86
Aula 01
MOVIMENTOS
UNIFORMES E
Objetivos:
VARIADOS
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
Conceitos fundamentais
no ensino dos movimentos
O estudo dos movimentos, segundo as orientações dos PCNs, está
baseado no tema estruturador: movimentos – variações e conserva-
ções. Assim, faz-se necessário conhecer seus conceitos fundamentais
e suas relações, de modo a compreender as relações de causa e efei-
to. Não serão feitas demonstrações formais, nem será utilizado rigor
excessivo nas explicações, uma vez que o objetivo é discutir os pontos
principais relacionados ao ensino dos movimentos, e não ao estudo dos
movimentos em si.
Inicialmente é preciso definir claramente os conceitos de posição
(final e inicial) e de deslocamento. Nesse texto trataremos sempre de
maneira vetorial, visto que essas grandezas são vetores. Podemos en-
tender o deslocamento como a diferença (vetorial) entre as posições
final e inicial do corpo em estudo. Mais do que essa definição formal, é
importante deixar claro a diferença conceitual entre essas grandezas.
De maneira mais simples, a posição é onde o corpo está e o desloca-
mento está associado com o caminho percorrido.
O conceito de velocidade está relacionado à variação temporal
do vetor posição. Em outras palavras, a velocidade “mede” o quanto
a posição do corpo variou com o passar do tempo. Por sua vez, a ace-
leração está relacionada à variação temporal do vetor velocidade. Ou
seja, a aceleração “mede” o quanto a velocidade do corpo variou com
o passar do tempo. Por sua vez, a aceleração demonstra a existência
de uma força resultante.
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
O objetivo deste texto não é trazer uma solução definitiva, até
porque ela sequer existe, mas levantar alguns pontos que merecem
atenção no planejamento do estudo dos movimentos. Ao planejar as
atividades docentes, é necessário sempre ter em mente qual constru-
ção de conceito se quer fazer.
Abordar os movimentos de maneira separada e em uma sequência
do mais simples ao mais complexo (MRU-MRUV-MCU) ou entender os
movimentos como um único assunto, com variações e conservações
que os diferenciam, são as opções mais comuns.
Cada opção demanda um tipo de abordagem e não cabe dizer que
uma é melhor que a outra, mas cabe ressaltar que em ambas o cami-
nho didático a ser percorrido tem que estar bem definido, senão, ao
final do processo, o professor perceberá que o aluno ficou com dúvidas
em algum ponto do caminho.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Maria José P. M. de Almeida, O
Movimento, a Mecânica e a Física no Ensino Médio. Disponível em:
<www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v21_195.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
Elabore um mapa conceitual sobre as relações entre as grandezas
posição, velocidade, aceleração e força resultante.
Referências
ANGOTTI, José André Peres. Metodologia e Prática de Ensino de Física (Livro
Digital). Florianópolis: Editora UFSC, 2015. Disponível em: <http://ppgect.ufsc.br/
files/2012/11/AngottiLDgMPEF_Ed_Prel130715F.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
BEZERRA JÚNIOR, Arandi Ginane et al. Videoanálise com o Software Livre Tracker
no Laboratório Didático de Física: movimento parabólico e segunda lei de Newton.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 29, 2013. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2012
v29nesp1p469>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Resolução da atividade
Constante Constante
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
Relação entre os objetos do conhecimento
no ensino dos movimentos
O estudo dos movimentos normalmente é a porta de entrada para
o ensino de Física. A maioria dos livros didáticos apresenta esse as-
sunto (após a parte inicial de análise dimensional) logo no início do
volume destinado ao primeiro ano.
Se analisarmos as diretrizes presentes nos PCNs verificaremos
que uma das discussões é por que ensinar determinado conteúdo.
Certamente que o estudos dos movimentos é muito importante para a
compreensão de várias situações cotidianas, mas essa questão deve vir
acompanhada de uma análise reflexiva.
Talvez a grande questão seja: quais habilidades esperamos que os
alunos tenham após serem apresentados a esse assunto? É suficiente
que eles consigam resolver as tradicionais questões de veículos em
uma estrada reta (ultrapassagens, encontros etc.)? É suficiente que
eles consigam retirar informações de um gráfico, mesmo às vezes con-
fundindo se deveria ser calculada a área ou a inclinação?
A principal questão do ensino de movimentos é saber aplicar esses
conhecimentos em situações práricas e, com esse tipo de aplicação,
compreender o mundo em que se vive (neste texto estamos conside-
rando como movimento qualquer um dos estudados no Ensino Médio –
MRU, MRUV, MCU etc.)
Perguntas como:
• Qual a influência entre a velocidade do carro e a distância
de frenagem necessária para parar?
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
Nesse sentido, a orientação é que o ensino dos movimentos seja
focado no entendimento das grandezas fundamentais e nas relações
entre elas. Compreender, por exemplo, que a aceleração está rela-
cionada com a variação da velocidade, ou, então, que a existência de
aceleração é resultado da existência de uma força resultante torna es-
ses conceitos mais compreensíveis, em uma relação de causa e efeito,
mais facilmente entendida pelos estudantes.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Jaqueline Jurema da Silva
e Weimar Silva Castilho, A Utilização de Experimento de Movi-
mento Uniforme para a Melhoria do Ensino de Física nas Escolas
Públicas do Estado do Tocantins. Disponível em: <www.ifto.edu.
br/jornadacientifica/wp-content/uploads/2010/12/15-A-UTILIZA%-
C3%87%C3%83ODE.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
Elabore uma lista com três questionamentos baseados na metodo-
logia de resolução de problemas associada ao estudo dos movimentos.
Referências
ANGOTTI, José André Peres. Metodologia e Prática de Ensino de Física (Livro
Digital). Florianópolis: Editora UFSC, 2015. Disponível em: <http://ppgect.ufsc.br/
files/2012/11/AngottiLDgMPEF_Ed_Prel130715F.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
BEZERRA JÚNIOR, Arandi Ginane et al. Videoanálise com o Software Livre Tracker
no Laboratório Didático de Física: movimento parabólico e segunda lei de Newton.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 29, 2013. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.
2012v29nesp1p469>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Resolução da atividade
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
Apresentação do uso do
software Tracker no ensino
dos movimentos
O uso de ferramentas computacionais pode facilitar o processo de
aprendizagem. Atualmente existem disponíveis vários softwares desti-
nados ao ensino de Física e outros que podem ser utilizados para esse
fim.
Neste texto trataremos sobre o uso do software livre Tracker,
ferramenta que foi criada dentro do projeto Open Source Physics, que
desenvolve projetos ligados ao ensino de Física. Esse programa realiza
a análise de vídeos quadro a quadro, permitindo estudar os movimen-
tos presentes nos vídeos.
A utilização desse software é simples e pode ser feita sem restri-
ções, uma vez que é um software livre e roda em computadores casei-
ros, assim como aceita vídeos gravados com câmeras comuns.
O software pode ser obtido no endereço: <www.opensourcephysi-
cs.org/items/detail.cfm?ID=7365>.
A figura 1 a seguir mostra a tela inicial do programa, aplicado
sobre um vídeo de lançamento parabólico. Na análise pode ser feita a
visualização dos vetores, assim como a coleta dos dados de interesse.
A figura 2 apresenta a tabela com as posições e o tempo de cada
ponto. Em vídeos de um segundo é possível captar aproximadamente
vinte pontos.
Parte
MOVIMENTOS UNIFORMES E VARIADOS
Para utilizar com os alunos, o professor deve se familiarizar com
a ferramenta. Como mencionamos, ela é de fácil manipulação e sim-
ples instalação. Pesquisas realizadas com a sua utilização apresentam
resultados bastante satisfatórios, inclusive despertando o interesse
dos alunos para alguns assuntos.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Arandi G. Bezerra Jr., Videoanálise
com o Software Livre Tracker no Laboratório Didático de Física:
Movimento Parabólico e Segunda Lei de Newton. Disponível em: <ht-
tps://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/download/.../22931>.
Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
Acesse o site <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/ca-
tegory/physics e conheça as simulações relacionadas ao estudo dos
movimentos.
Referências
ANGOTTI, José André Peres. Metodologia e Prática de Ensino de Física (Livro
Digital). Florianópolis: Editora UFSC, 2015. Disponível em: <http://ppgect.ufsc.br/
files/2012/11/AngottiLDgMPEF_Ed_Prel130715F.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
BEZERRA JÚNIOR, Arandi Ginane et al. Videoanálise com o Software Livre Tracker
no Laboratório Didático de Física: movimento parabólico e segunda lei de Newton.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 29, 2013. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.
2012v29nesp1p469>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Resolução da atividade
LEIS DE NEWTON
Objetivos:
Parte
LEIS DE NEWTON
Conceitos fundamentais no
ensino da 1.ª lei de Newton
O estudo das leis de Newton é um dos temas mais importantes
dentro da Física, pois define uma série de pontos fundamentais para o
entendimento de outros conceitos necessários ao estudo da mecânica.
As leis de Newton, como são chamadas hoje em dia, foram publi-
cadas no livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural). Essa obra é composta por três li-
vros e apresenta oito definições e três axiomas que fundamentam o
restante da teoria. Entre as grandezas que Newton define, estão:
I. quantidade de matéria;
II. quantidade de movimento;
III. força ínsita;
IV. força impressa;
V. força centrípeta.
A parte final da definição de força centrípeta apresenta as três úl-
timas definições. Segundo Newton, a força centrípeta pode ser medida
em três quantidades: absoluta, aceleratriz e motriz.
Vamos dar mais atenção à força ínsita, pois é a que está relaciona-
da com a 1.ª lei de Newton (nomenclatura atual). A definição utilizada
por Newton é a seguinte:
“Força ínsita é o poder de resistir, pelo qual cada corpo, tanto
quanto dele depende, persevera no seu estado de repouso ou de mo-
vimento uniforme em linha reta.”
Ou seja, é a resistência que um corpo oferece à mudança do es-
tado em que se encontra. Newton afirma que essa força é sempre
Parte
LEIS DE NEWTON
este é inercial, caso contrário, não é inercial, e não podemos falar em
força newtoniana.
Esse entendimento faz desaparecer qualquer dúvida em relação
às forças em movimentos curvilíneos, mostrando por que não se pode
falar em força centrífuga. Esse é um ponto muito importante, pois se
não for esclarecido ao aluno a real importância da lei da inércia, o
entendimento sobre as demais leis será vago e certamente ocasionará
erros conceituais.
Extra
Sugere-se a leitura do texto de Augusto J. Santos Fitas, Os Principia
de Newton, alguns comentários. Disponível em: <http://home.uevora.
pt/~afitas/Principia.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividade
Elabore um texto abordando a importância da lei da inércia para
o estudo da mecânica newtoniana.
Referências
BALOLA, Raquel. Princípios Matemáticos da Filosofia Natural: a lei de inércia.
Dissertação (Mestrado em Estudos Clássicos) – Departamento de Estudos Clássicos.
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/
bitstream/10451/5363/2/ulfl109993_tm.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
GOMES, Luciana Maria de Jesus Baptista. Ensinando as Leis de Newton por meio de
Recursos Midiáticos e de Recursos Experimentais. Revista Amazônica de Ensino de
Ciências, Manaus, v. 6, n. 10, p. 107-115, jan./jun. 2013. Disponível em: <www.
revistas.uea.edu.br/download/revistas/arete/vol.6/arete_v6_n10-2013-p.107-115.
pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
LIMA, Kátia Queiroz de; ANDRADE, Clarissa Souza de. Buscando Alternativas ao Ensino
Tradicional em Aulas de Física: uma experiência do PIBID em Caicó/RN. In: CONNEPI
– CONGRESSO NORTE E NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 7., Palmas, Tocantins,
2012. Anais... Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/
paper/view/2636/2303>. Acesso em: 21 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
LEIS DE NEWTON
Conceitos fundamentais no
ensino da 3.ª lei de Newton
Na obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, Newton enun-
cia as três leis que descrevem a base de sustentação para o entendimento
do movimento dos corpos celestes. A terceira lei é formulada basicamen-
te para forças mecânicas de contato:
“A toda ação há sempre oposta uma reação igual ou,
as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são
sempre iguais e dirigidas às partes opostas [...]”.
Independente da natureza do que puxa ou empurra al-
guma coisa, essa será também puxada ou empurrada
por esta outra (Principia Mathematica, Lei III, p. 54).
x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x B
+ F
Parte
LEIS DE NEWTON
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Kátia Queiroz de Lima e Clarissa
Souza de Andrade, Buscando Alternativas Ao Ensino Tradicional em
Aulas de Física: uma experiência do PIBID em Caicó/RN. Disponível em:
<http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/
2636/2303>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
Analise a figura a seguir que apresenta as forças magnéticas que
agem sobre duas cargas se deslocando. Esse par de forças obedece à
lei da ação e reação?
B (de q1)
q2 v2 y
q1
F21
v1 F12
x B (de q2)
Referências
BALOLA, Raquel. Princípios Matemáticos da Filosofia Natural: a lei de inércia.
Dissertação (Mestrado em Estudos Clássicos) – Departamento de Estudos Clássicos.
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/
bitstream/10451/5363/2/ulfl109993_tm.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
GOMES, Luciana Maria de Jesus Baptista. Ensinando as Leis de Newton por meio de
Recursos Midiáticos e de Recursos Experimentais. Revista Amazônica de Ensino de
Ciências, Manaus, v. 6, n. 10, p. 107-115, jan./jun. 2013. Disponível em: <www.
revistas.uea.edu.br/download/revistas/arete/vol.6/arete_v6_n10-2013-p.107-115.
pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
LIMA, Kátia Queiroz de; ANDRADE, Clarissa Souza de. Buscando Alternativas ao Ensino
Tradicional em Aulas de Física: uma experiência do PIBID em Caicó/RN. In: CONNEPI
– CONGRESSO NORTE E NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 7., Palmas, Tocantins,
2012. Anais... Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/
paper/view/2636/2303>. Acesso em: 21 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
LEIS DE NEWTON
Discussão sobre conceitos fundamentais
relacionados às leis de Newton e suas aplicações
O ensino das leis de Newton é um momento muito importante no
ensino dos conceitos de Física clássica. Embora seja complicado es-
tabelecer uma escala de importância, certamente está entre os mais
relevantes.
Embora a maioria dos professores reconheça essa importância,
reparamos muitas vezes que a parte conceitual das leis é pouco abor-
dada, resultando em um tratamento matemático para a aplicação das
leis. O tradicional tópico sobre plano inclinado ainda permanece nas
salas de aula, sem nenhuma correlação com o cotidiano do aluno.
Pensando nas orientações dos PCN para o ensino de Física vol-
tado à contextualização e à interdisciplinaridade, temos a seguinte
sugestão:
Apresentar uma Física que explique a queda dos corpos,
o movimento da lua ou das estrelas no céu, o arco-íris e
também os raios laser, as imagens da televisão e as for-
mas de comunicação. [...] Uma Física cujo significado
o aluno possa perceber no momento em que aprende,
e não em um momento posterior ao aprendizado [...].
(BRASIL, 2000)
Parte
LEIS DE NEWTON
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Luciana Maria de Jesus Baptista
Gomes, Ensinando as Leis de Newton por meio de Recursos Midiáticos
e de Recursos Experimentais. Disponível em: <www.revistas.uea.edu.
br/download/revistas/arete/vol.6/arete_v6_n10-2013-p.107-115.
pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
Referências
BALOLA, Raquel. Princípios Matemáticos da Filosofia Natural: a lei de inércia.
Dissertação (Mestrado em Estudos Clássicos) – Departamento de Estudos Clássicos.
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/
bitstream/10451/5363/2/ulfl109993_tm.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
GOMES, Luciana Maria de Jesus Baptista. Ensinando as Leis de Newton por meio de
Recursos Midiáticos e de Recursos Experimentais. Revista Amazônica de Ensino de
Ciências, Manaus, v. 6, n. 10, p. 107-115, jan./jun. 2013. Disponível em: <www.
revistas.uea.edu.br/download/revistas/arete/vol.6/arete_v6_n10-2013-p.107-115.
pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
LIMA, Kátia Queiroz de; ANDRADE, Clarissa Souza de. Buscando Alternativas ao Ensino
Tradicional em Aulas de Física: uma experiência do PIBID em Caicó/RN. In: CONNEPI
– CONGRESSO NORTE E NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 7., Palmas, Tocantins,
2012. Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/
view/2636/2303>. Acesso em: 21 set. 2015.
Resolução da atividade
MOMENTO
LINEAR E COLISÕES
Objetivos:
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÕES
CONCEITOS FUNDAMENTAIS NO
ENSINO DE MOMENTO LINEAR
O estudo dos conceitos de momento linear (quantidade de movi-
mento) é muito importante dentro da Física clássica. Sua importância
histórica relacionada à definição de força apresentada por Newton na
obra Principia e a relevância conceitual para o entendimento de situa-
ções associadas às colisões tornam esse assunto imprescindível para os
alunos do Ensino Médio.
Analisando a definição de força apresentada por Newton:
dp
F= verifica-se que a força é definida como a derivada temporal do
dt
momento linear. Essa definição implica na relação F = m dv + v dm .
dt dt
A equação remete à conhecida relação F = ma , quando a massa do corpo
é constante.
É necessário ressaltar essas relações, pois muitas vezes conside-
ra-se de maneira automática que a massa do corpo é constante, e com
isso se trabalha de maneira incompleta a equação. A forma completa
dela pode ser utilizada para explicar o lançamento de um foguete, por
exemplo. Uma vez trabalhada a forma completa, pode-se partir para o
entendimento da forma reduzida (considerando a massa constante) e,
dessa forma, simplificar algumas situações.
Partindo para o entendimento de outro conceito im-
portante, define-se o impulso exercido por uma força como
t2
I=∆p = ∫ Fdt , ou seja, a variação do momento linear (impulso) está re-
t1
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÕES
Costuma-se utilizar como exemplo de colisões o jogo de bilhar,
entretanto, deve-se tomar cuidado para que o exemplo esteja real-
mente correto. Situações práticas com colisão elástica são muito raras
(sistemas macroscópicos) e ocorrem mais em sistemas envolvendo co-
lisões entre partículas.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Josué Antunes de Macêdo,
Simulações Computacionais como Ferramentas para o Ensino de
Conceitos Básicos de Eletricidade. Disponível em: <https://perio-
dicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/2175-7941.2012v-
29nesp1p562/22936>. Acesso em: 21 set. 2015.
Atividades
O dispositivo a seguir representa um objeto de decoração baseado
na colisão entre bolinhas de mesma massa.
Nerthuz/Shutterstock
MC_Noppadol/Shutterstock
1 5
1 4 5
v 2 3 4 5 1 2 3 4 v
2 3 4 5 1 2 3
v v/2
Referências
CARVALHO, Cristiane Marina de. Uma Revisão de Literatura Sobre o Uso de
Softwares/Simuladores/Applets e Principais Referenciais Teóricos no Ensino
de Física. Universidade Federal de São João del-Rei, 2012. Disponível em: <www.
ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pibidfisica/Trabalhos%20sobre%20Revisao/
Cristiane_-_140512_-__Revisao_de_literatura_sobre_softwares.pdf>. Acesso em: 21
set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÃO
Apresentação do Simulador PhET
o projeto PHET, sigla em inglês para Tecnologia Educacional em
Física (<https://phet.colorado.edu>), é uma iniciativa da Universidade
do Colorado que disponibiliza grande variedade de simulações nas di-
ferentes áreas da Ciência (Física, Química, Biologia, Matemática). As
simulações têm vários ajustes e foram elaboradas com objetivo edu-
cacional, visando a sua utilização em sala de aula pelos professores
de Ciências. As simulações foram desenvolvidas em Java com o código
aberto e podem ser utilizadas online ou baixadas para o computador.
A utilização dessas simulações é fácil, uma vez que não demanda
conhecimentos de programação e nem equipamentos (PC) muitos sofis-
ticados. As simulações rodam em praticamente qualquer computador1.
Daremos mais atenção à simulação sobre as colisões
(<https://phet.colorado.edu/sims/collision-lab/collision-lab_pt_
BR.html>), na qual é possível estudar tanto colisões unidimensionais
(modo introdução), como bidimensionais (modo avançado).
A imagem a seguir apresenta a tela inicial da simulação unidimen-
sional. É possível determinar vários parâmetros da colisão, entre eles
a massa, a velocidade inicial e a posição dos corpos antes da colisão,
assim como o coeficiente de restituição, que define o tipo de colisão.
1 É necessário ter o aplicativo Java instalado, mas o próprio site disponibiliza link para baixá-lo gratuitamente.
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÃO
A simulação pode apresentar os vetores velocidade ou vetor mo-
mento linear e também a energia cinética do sistema.
Na função avançada, é possível simular colisões em 2D. Os parâ-
metros são praticamente os mesmos.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Alessandra Riposati Arantes,
Márcio Santos Miranda e Nelson Studart, Objetos de Aprendizagem no
Ensino de Física: usando simulações do PhET. Disponível em: <www.
sbfisica.org.br/fne/Vol11/Num1/a08.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÃO
Atividades
Utilize aplicativo para simular o exercício a seguir:
Um carrinho de massa m1 = 2,0 kg, deslocando-se com velocidade
V1 = 6,0 m/s sobre um trilho horizontal sem atrito, colide com outro
carrinho de massa m2 = 4,0 kg, inicialmente em repouso sobre o trilho.
Após a colisão, os dois carrinhos se deslocam ligados um ao outro sobre
esse mesmo trilho. Qual é a perda de energia mecânica na colisão?
Referências
CARVALHO, Cristiane Marina de. Uma Revisão de Literatura Sobre o Uso de
Softwares/Simuladores/Applets e Principais Referenciais Teóricos no Ensino
de Física. Universidade Federal de São João del-Rei, 2012. Disponível em: <www.
ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pibidfisica/Trabalhos%20sobre%20Revisao/
Cristiane_-_140512_-__Revisao_de_literatura_sobre_softwares.pdf>. Acesso em: 21
set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÕES
Discussão sobre o uso do Simulador
PhET no ensino de colisões
O uso de simuladores para o ensino de Física é uma ferramenta
bastante interessante e pode ser muito útil no estudo de determina-
dos conceitos físicos. Sua utilização pode ser feita de várias maneiras,
dependendo das condições existentes na escola e dos recursos disponí-
veis para os alunos. O artigo de Alessandra R. Arantes sugere algumas
formas de utilização de simulações, em especial para simulações do
PhET.
Estratégia 4: laboratório
O simulador pode ser utilizado em substituição ao laboratório, au-
sente em muitas escolas. O procedimento segue a intervenção educa-
tiva utilizada nas práticas experimentais, adaptadas para o simulador.
Dessa forma, percebe-se que o simulador pode ser utilizado de
várias maneiras, dependendo do objetivo definido para a aula. É im-
portante ressaltar que o uso de simuladores é mais uma ferramenta
de auxílio ao ensino que, se usada de maneira planejada, pode trazer
bons resultados.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Cristiane Marina de Carvalho, Uma
Revisão de Literatura sobre o Uso de Softwares/Simuladores/Applets
e Principais Referenciais Teóricos no Ensino de Física. Disponível em:
<www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pibidfisica/Trabalhos%20
sobre%20Revisao/Cristiane_-_140512_-__Revisao_de_literatura_sobre_
softwares.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015.
Parte
MOMENTO LINEAR E COLISÕES
Atividades
Acesse o aplicativo PhET e simule situações de colisões. O obje-
tivo da atividade é se familiarizar com o aplicativo e descobrir seus
recursos possíveis.
Referências
CARVALHO, Cristiane Marina de. Uma Revisão de Literatura Sobre o Uso de
Softwares/Simuladores/Applets e Principais Referenciais Teóricos no Ensino de
Física. Universidade Federal de São João del-Rei, 2012. Disponível em: <www.
ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pibidfisica/Trabalhos%20sobre%20Revisao/
Cristiane_-_140512_-__Revisao_de_literatura_sobre_softwares.pdf>. Acesso em: 21
set. 2015.
Resolução da atividade
GRAVITAÇÃO
UNIVERSAL
Objetivos:
Parte
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Conceitos fundamentais
no ensino de gravitação universal
A gravitação universal é um dos temas de Física que mais desperta
curiosidade dos estudantes. Dependendo do currículo da escola, ele é
tratado no final da 1.ª série, ou na 2.ª série, em geral, em um período
após o estudo das leis de Newton.
Para compreender a importância desse tema, tanto historicamen-
te quanto cientificamente, é interessante conhecer um pouco do de-
senvolvimento do conhecimento científico a esse respeito. Estudando
a evolução dessa área ao longo da história, percebeu-se a busca por
modelos que explicassem o movimento dos corpos celestes.
O primeiro modelo, conhecido por geocêntrico, foi enunciado por
Ptolomeu por volta de 140 d.C. Nele, a Terra era o centro do universo
e os demais corpos celestes a orbitavam em trajetórias circulares so-
brepostas a círculos maiores.
IESDE BRASIL S/A
Parte
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Penha Maria Cardoso Dias,
Wilma Machado Soares Santos e Mariana Thomé Marques de Souza,
A Gravitação Universal (um texto para o Ensino Médio). Dispo-
nível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/040503.pdf>. Acesso em:
29 set. 2015.
Atividades
Elabore uma linha do tempo com os principais modelos astrôno-
micos e avanços no entendimento das trajetórias dos objetos celestes.
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física – volumes 1, 2 e 3. Curitiba:
Positivo, 2013.
CAVALCANTI, Gilberto de Holanda. Uma Sequência Didática para o Ensino Médio da
Lei de Newton da Gravitação Universal. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA,
17., 2007, Pernambuco. Pernambuco: CEFET-PE, Colégio Aplicação da UFPE, 2007.
Disponível em: <www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvii/sys/resumos/T0268-1.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
DIAS, Penha Maria Cardoso; SANTOS, Wilma Machado Soares; SOUZA, Mariana
Thomé Marques de. A Gravitação Universal (um texto para o Ensino Médio). Revista
Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 257-271, 2004. Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/040503.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
A linha do tempo deve conter pelo menos os seguintes modelos
astronômicos:
• modelo geocêntrico (Ptolomeu), por volta de 140 d.C.;
• modelo de estrelas fixas (Nicolau Copérnico), 1543;
• leis de Kepler;
• lei da gravitação universal (Newton).
Apresentação interdisciplinar
de gravitação e estudo de
elipses – tópico da Matemática
O ensino de gravitação universal passa obrigatoriamente pelas leis
de Kepler e pela lei da gravitação universal (Newton). De acordo com
a primeira lei de Kepler, todos os planetas do sistema solar executam
trajetórias elípticas tendo o Sol em um dos focos.
É possível fazer um trabalho interdisciplinar junto com a
Matemática e realizar o estudo dessa lei junto com o das elipses.
Dependendo da organização curricular adotada na escola, o assunto
elipses se encontra na 1.ª ou 3.ª série.
Caso seja assunto da mesma série que gravitação, a atividade
pode ser feita em conjunto com o professor de Matemática, caso con-
trário, o próprio professor de Física pode fazer a abordagem de manei-
ra um pouco menos aprofundada.
Considerando que toda abordagem seja realizada pelo professor
de Física, é importante fazer um bom recorte no estudo das elipses
e tratar apenas do que é necessário para o entendimento da lei de
Kepler, sem sobrepor ao assunto que será tratado em outra série na
disciplina de Matemática.
Considerando a definição formal de elipse:
Parte
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
y
B2
P(x, y)
a b
A1 F1 F2 A2
x
c C
B1
2a
Elementos da elipse.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de João Batista Garcia Canalle, O
Problema do Ensino da Órbita da Terra. Disponível em: <www.sbfisica.
org.br/fne/Vol4/Num2/v4n2a06.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Atividades
Procure os valores da excentricidade da órbita da Terra e faça um
desenho (em escala aproximada) da órbita da Terra em torno do Sol.
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física – volumes 1, 2 e 3. Curitiba:
Positivo, 2013.
DIAS, Penha Maria Cardoso; SANTOS, Wilma Machado Soares; SOUZA, Mariana
Thomé Marques de. A Gravitação Universal (um texto para o Ensino Médio). Revista
Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 257-271, 2004. Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/040503.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Apresentação de materiais da
NASA para incentivo ao estudo da astronomia
Existem vários materiais de apoio relacionados à Astronomia.
Esses materiais podem ser muito úteis no ensino de gravitação, uma
vez que aproximam os alunos e fornecem uma noção real das escalas
envolvidas.
Um dos materiais disponíveis de maneira gratuita e online é o pro-
jeto desenvolvido pela Khan Academy e pela NASA <https://pt.khana-
cademy.org/>. Nesse site existem materiais didáticos de várias disci-
plinas, incluindo grande número de materiais associado à Astronomia.
A grande atração é a visualização das trajetórias e das relações de
escala.
Outra possibilidade é acessar o site da NASA <www.nasa.gov/> na
parte Education. A agência disponibiliza vários materiais voltados a
professores e estudantes, que mostram a rotina dos astronautas, assim
como várias imagens obtidas pelos telescópios. O material disponível
não está formatado para ser usado diretamente em sala de aula, mas
serve de base para a montagem de materiais de estudo.
O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
(IAG) da Universidade de São Paulo (USP) disponibiliza gratuita-
mente, por meio do site <www.iag.usp.br/astronomia/livros-e-
apostilas>, vários livros a respeito de Astronomia. Esses livros podem
ser baixados em formato pdf e utilizados como material de consulta
para a preparação de aulas. Em geral, não são livros didáticos, mas
apresentam conteúdos muito bem escritos e de grande interesse.
Extra
Atividades
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física – volumes 1, 2 e 3. Curitiba:
Positivo, 2013.
CAVALCANTI, Gilberto de Holanda. Uma Sequência Didática para o Ensino Médio da Lei
de Newton da Gravitação Universal. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 17.,
2007, Pernambuco. Pernambuco: CEFET-PE, Colégio Aplicação da UFPE, 2007. Disponível
em: <www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvii/sys/resumos/T0268-1.pdf>. Acesso
em: 29 set. 2015.
DIAS, Penha Maria Cardoso; SANTOS, Wilma Machado Soares; SOUZA, Mariana Thomé
Marques de. A Gravitação Universal (um texto para o Ensino Médio). Revista Brasileira de
Ensino de Física, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 257-271, 2004. Disponível em: <www.sbfisica.
org.br/rbef/pdf/040503.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
HIDROSTÁTICA E
HIDRODINÂMICA
Objetivos:
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
Conceitos fundamentais no
ensino de hidrostática –
empuxo e leis de Newton
O estudo dos fluidos pode ser dividido em duas partes: hidrostáti-
ca e hidrodinâmica. Essa divisão leva em consideração se o fluido está
em repouso ou em movimento. Considerando inicialmente o estudo dos
fluidos em repouso, é necessário definir corretamente alguns aspectos
iniciais relacionados ao conceito de densidade e massa específica.
A densidade é a relação entre a massa do corpo e seu volume
total, enquanto a massa específica é a relação entre a massa do cor-
po e o volume ocupado pelo material que o constitui. Caso o corpo
não seja maciço, essas duas grandezas apresentam valores diferentes,
pois, nesse caso, os volumes considerados são diferentes. Além disso,
o termo densidade é adequado para corpos, enquanto o termo massa
específica é mais adequado para substâncias.
No caso de líquidos e gases, é comum utilizar os termos como si-
nônimos, e isso não é problema, desde que estes sejam homogêneos e
isotrópicos (massa distribuída uniformemente).
Uma vez discutido o conceito de massa específica, é importan-
te reconhecer a principal grandeza no estudo de fluidos: a pressão.
Podemos entender pressão como a grandeza física que, se aplicada
sobre uma superfície, pode provocar um corte ou furo no material.
Essa não é a definição convencional de pressão, mas nesse momento é
importante deixar claro a diferença entre esses três conceitos, muito
semelhantes aos olhos dos alunos: força, torque e pressão. A confusão
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
aceleração resultante. É interessante estimar o empuxo exercido pela
atmosfera sobre uma pessoa, e com isso discutir a necessidade de
considerá-lo ou não na determinação de grandezas envolvendo o peso
do indivíduo.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Marta Maximo Pereira, Do
Empírico ao Teórico: um plano de aula para o ensino do princípio de
Arquimedes no Ensino Médio. Disponível em: <www.if.ufrj.br/~pef/
producao_academica/anais/2009snef/MartaMT0140-2.pdf>. Acesso
em: 29 set. 2015.
Atividades
Considere a seguinte situação:
Imaginemos um recipiente com água, no qual estão submersas e
em repouso, sem encostar no fundo, duas esferas maciças de mesmo
volume, uma de alumínio e outra de ferro. Determine o peso de cada
uma das esferas.
Discuta qual o erro presente.
Referências
ALVES, José Darlon Nascimento. Atividades Experimentais para o Ensino de Hidrostática
em duas Escolas Públicas no Município de Capitão Poço, Pará. Enciclopédia Biosfera,
Goiânia, v. 10, n. 18, p. 3.536-3.546, 2014. Disponível em: <www.conhecer.org.br/
enciclop/2014a/CIENCIAS%20HUMANAS/Atividades.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
JESUS, Vitor Luiz Bastos de; MACEDO JUNIOR, Marcelo Alberto Vieira de. Uma
Discussão sobre Hidrodinâmica Utilizando Garrafas PET. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 33, n. 1, 2011. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/331507.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
Conceitos fundamentais no
ensino de hidrodinâmica
O estudo dos fluidos em movimento (hidrodinâmica) é uma parte
da Física pouco explorada no Ensino Médio, entretanto, possibilita o
entendimento de várias situações práticas, como o voo das aerona-
ves, o comportamento dos líquidos que saem das torneiras de casa,
entre outras interessantes. Nesse contexto, estuda-se o escoamento
estacionário, também conhecido como laminar, que ocorre quando a
velocidade de escoamento for a mesma em todos os pontos.
Normalmente, no Ensino Médio, o enfoque dado a esse assunto se
resume à equação de Bernoulli, que relaciona a velocidade do fluido e
a pressão em determinado ponto de seu caminho. Essa equação, oriun-
da do princípio da conservação da energia, mostra que:
ρν2
=P+ρgh = constante
2
ν2 t = s2
p2 ν2
ν1 t = s1
P1 v1
A2
h1 h2
A1
h+ h
h ν2
ν1
A1 A2 2 ρ
1
p1 p2
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Vitor Luiz Bastos de Jesus e Marcelo
Alberto Vieira de Macedo Junior, Uma Discussão sobre Hidrodinâmica
Utilizando Garrafas PET. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/
pdf/331507.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
Atividades
É comum ocorrer destelhamento de casas em situaçoes de tem-
pestades com rajadas de vento muito intensas. Considerando que as
rajadas sejam tangenciais à superfície das telhas, explique, com base
nos conceitos físicos convenientes, por que ocorre o destelhamento
das casas.
Referências
ALVES, José Darlon Nascimento. Atividades Experimentais para o Ensino de Hidrostática
em duas Escolas Públicas no Município de Capitão Poço, Pará. Enciclopédia Biosfera,
Goiânia, v. 10, n. 18, p. 3.536-3.546, 2014. Disponível em: <www.conhecer.org.br/
enciclop/2014a/CIENCIAS%20HUMANAS/Atividades.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
JESUS, Vitor Luiz Bastos de; MACEDO JUNIOR, Marcelo Alberto Vieira de. Uma Discussão
sobre Hidrodinâmica Utilizando Garrafas PET. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.
33, n. 1, 2011. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/331507.pdf>. Acesso em:
29 set. 2015.
Resolução da atividade
Apresentação de situações
práticas envolvendo aplicações
A aplicação dos conceitos de hidrostática e hidrodinâmica faz par-
te do cotidiano da grande maioria das pessoas, uma vez que estamos o
tempo todo imersos em um fluido (atmosfera) e praticamente o tempo
todo em contato com líquidos. Muitos dos efeitos presenciados podem
ser explicados por meio de conceitos simples, como o princípio de
Pascal, o teorema de Arquimedes (empuxo), efeito Venturi ou equação
de Bernoulli.
Um exemplo interessante que pode ser utilizado em sala de aula é
a determinação da massa específica de um corpo por meio do empuxo.
Essa prática demonstra também uma aplicação à 3.ª lei de Newton,
que consiste em colocar um recipiente com líquido de massa específi-
ca conhecida sobre uma balança2.1
IESDE BRASIL S/A
V0
M0
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
fundo do recipiente. Com a inserção do corpo no líquido, a marcação
da balança sofrerá alteração, pois o corpo ficará sujeito à força de
empuxo. Nessa situação, o líquido empurra o corpo para cima e o cor-
po empurra a água para baixo. De acordo com a 3.ª lei de Newton, a
mudança na marcação da balança é proporcional ao empuxo.
Deslocamento de ar
com maior velocidade
Força de sustentação e menor pressão
Parte
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de José Darlon Nascimento Alves,
Atividades Experimentais para o Ensino de Hidrostática em duas
Escolas Públicas no Município de Capitão Poço, Pará. Disponível em:
<www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/CIENCIAS%20HUMANAS/Atividades.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Atividades
Acesse o aplicativo PhET e simule situações envolvendo flutua-
bilidade (<https://phet.colorado.edu/sims/density-and-buoyancy/
buoyancy_pt_BR.html>).
O objetivo da atividade é descobrir os recursos possíveis desse
aplicativo.
Referências
ALVES, José Darlon Nascimento. Atividades Experimentais para o Ensino de
Hidrostática em duas Escolas Públicas no Município de Capitão Poço, Pará.
Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 10, n. 18, p. 3.536-3.546, 2014. Disponível em:
<www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/CIENCIAS%20HUMANAS/Atividades.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
JESUS, Vitor Luiz Bastos de; MACEDO JUNIOR, Marcelo Alberto Vieira de. Uma
Discussão sobre Hidrodinâmica Utilizando Garrafas PET. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 33, n. 1, 2011. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/331507.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
OSCILAÇÕES
Objetivos:
Parte
OSCILAÇÕES
Conceitos fundamentais no
ensino de ondulatória
O estudo dos fenômenos ondulatórios normalmente é feito na 2.ª sé-
rie, podendo variar conforme o currículo adotado pela escola. Os pontos
principais nessa etapa do aprendizado se referem ao entendimento dos
conceitos fundamentais de ondulatória e suas aplicações nos fenômenos
diários, no sentido de buscar explicação para acontecimentos cotidianos
relacionados com algum tipo de onda, em particular, a luz e o som.
O conceito físico de onda é o de propagação de energia sem trans-
porte de matéria. As ondas podem ser classificadas quanto à natureza
e quanto ao tipo de propagação. Ondas mecânicas são aquelas que
necessitam de meio elástico para se propagarem, sendo exemplos o
som, ondas na superfície da água e em uma corda. Já as ondas ele-
tromagnéticas são aquelas que não necessitam de um meio para se
propagarem, assim essas ondas se propagam no vácuo. São exemplos
de ondas eletromagnéticas a luz e a radiação infravermelha.
Ainda em relação à classificação das ondas, podemos separá-las
conforme sua direção de propagação. As ondas longitudinais têm dire-
ção de propagação coincidente com a direção de vibração, enquanto
as ondas transversais têm direção de propagação transversal à direção
de vibração.
Vibração
Propagação
Onda longitudinal.
Vibração Propagação
Onda Transversal.
Comprimento de onda
Crista
Amplitude
Vale ou depressão
Direção da Direção de
vibração propagação
Comprimento de onda
Parte
OSCILAÇÕES
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Renata Lacerda Caldas Martins,
A Utilização de Diagramas Conceituais no Ensino de Física em Nível
Médio: um estudo em conteúdos de ondulatória, acústica e óptica.
Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/313401.pdf>. Acesso
em: 29 set. 2015.
Atividade
Complete a tabela com a frequência das notas musicais emitidas
por um violão.
Referências
DIAS, Marco Adriano. Medindo a Velocidade de uma Fórmula 1 com o efeito Doppler.
In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 18., 2009, Vitória. Anais... Vitória:
Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/anais/2009snef/MarcoAdrianoT0092-1.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
MARTINS, Renata Lacerda Caldas; VERDEAUX, Maria de Fátima da Silva; SOUSA, Célia
Maria Soares Gomes de. A Utilização de Diagramas Conceituais no Ensino de Física
em Nível Médio: um estudo em conteúdos de ondulatória, acústica e óptica. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 3, 2009. Disponível em: <www.sbfisica.org.
br/rbef/pdf/313401.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
OSCILAÇÕES
Ondas no violão – utilização de vídeo para o
ensino de ondas em cordas
O estudo dos fenômenos ondulatórios é mais um tema importante
a ser explorado em sala de aula. São vários fenômenos que podem ser
estudados no Ensino Médio, mas chama-se a atenção para a escolha de
quais serão abordados. A escolha depende dos objetivos que se quer
atingir e de quais situações cotidianas se pretende relacionar. Embora
a escolha dependa, entre outros fatores, da afinidade do professor
com o conteúdo e do ambiente em que a escola está inserida, faz-se
aqui uma observação em relação à necessidade de se projetar esses
assuntos para o ano seguinte. Se o professor optar por trabalhar a his-
tória da luz, será necessário conhecer os fenômenos de interferência
e polarização.
Existem várias formas de se abordar os tópicos de ondas em cor-
das. Uma sugestão de abordagem consiste na utilização de vídeos que
captam, com uma câmera superlenta, as oscilações de uma corda de
violão sendo tocada.
Nesses vídeos pode-se perceber os diferentes comprimentos de
onda originados pelo toque em cordas de diferentes espessuras. A di-
ferença nos comprimentos de onda se deve à diferença na densidade
linear das cordas. De acordo com a equação que descreve a velocidade
T
de uma onda em uma corda tracionada, ν = , a velocidade é inver-
µL
1
samente proporcional à densidade linear (elevada a ). Com isso, per-
2
cebe-se que as ondas nas cordas mais espessas têm velocidade menor.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Bruno Lazarotto Lago, AGuitarra como
um Instrumento para o Ensino de Física Ondulatória. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/rbef/v37n1/0102-4744-rbef-37-01-1504.pdf>.
Acesso em: 29 set. 2015.
Sugere-se também o vídeo Ondas do Violão. Disponível em: <www.
youtube.com/watch?v=vksuDJTAeCM>. Acesso em: 29 set. 2015.
Atividades
Acesse algum canal com vídeos na internet e procure vídeos em
que apareçam as oscilações nas cordas de instrumentos musicais. Dê
preferência para vídeos gravados com câmera superlenta.
Parte
OSCILAÇÕES
Referências
DIAS, Marco Adriano. Medindo a Velocidade de uma Fórmula 1 com o efeito Doppler.
In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 18., 2009, Vitória. Anais. Vitória:
Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/anais/2009snef/MarcoAdrianoT0092-1.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
MARTINS, Renata Lacerda Caldas; VERDEAUX, Maria de Fátima da Silva; SOUSA, Célia
Maria Soares Gomes de. A Utilização de Diagramas Conceituais no Ensino de Física
em Nível Médio: um estudo em conteúdos de ondulatória, acústica e óptica. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 3, 2009. Disponível em: <www.sbfisica.org.
br/rbef/pdf/313401.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade
Apresentação de utilização de
software de análise de frequência
Outra ferramenta que pode ser utilizada para auxiliar o estudo de
conceitos de ondulatória é o software livre Audacity. Esse software,
que pode ser obtido gratuitamente, é um gravador e analisador de áu-
dio. Nele, é possível realizar a análise de áudios e determinar inúme-
ras variáveis, entre elas, a frequência e o nível de intensidade sonora.
Parte
OSCILAÇÕES
ser percebido o efeito Doppler. Nesse caso, deve-se ter um arquivo
cuja variação de frequência possa ser percebida mesmo sem o uso do
software.
Outra situação interessante é analisar sons emitidos por diferen-
tes cordas de violão para encontrar o valor da frequência dominante e
relacioná-lo com a espessura da corda.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Marco Adriano Dias, Medindo
a Velocidade de uma Fórmula 1 com o Efeito Doppler. Disponível
em: <www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/anais/2009snef/
MarcoAdrianoT0092-1.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Atividades
Instale o aplicativo Audacity e pesquise suas funcionalidades.
Referências
DIAS, Marco Adriano. Medindo a Velocidade de uma Fórmula 1 com o efeito Doppler.
In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 18., 2009, Vitória. Anais. Vitória:
Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/anais/2009snef/MarcoAdrianoT0092-1.
pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
MARTINS, Renata Lacerda Caldas; VERDEAUX, Maria de Fátima da Silva; SOUSA, Célia
Maria Soares Gomes de. A Utilização de Diagramas Conceituais no Ensino de Física
em Nível Médio: um estudo em conteúdos de ondulatória, acústica e óptica. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 3, 2009. Disponível em: <www.sbfisica.org.
br/rbef/pdf/313401.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015.
Resolução da atividade