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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recrutamento de Nampula

Conservação e uso sustentável dos recursos naturais

Discente: Felismina Aurélio Tamele

Código - 708225419

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Metodologia Investigação Cientifica,

Ano de frequência: 2º.

Nampula, Maio de 2023

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Ensino à Distancia
Centro de Recrutamento de Nampula

Conservação e uso sustentável dos recursos naturais


Discente: Felismina Aurélio Tamele
Código - 708225419

Trabalho de ambito avaliativo da


cadeira de Metodologia
Investigação Cientifica, orientado
pelo docente:

Nampula, Maio de 2023

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Folha de Feedback

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução..............................................................................................................................................5
1. Conservação e uso sustentável dos recursos naturais....................................................................6
1.1. Conceitos básicos: Conservação.................................................................................................6
1.2. Recursos naturais.......................................................................................................................6
1.3. Os efeitos a longo prazo sobre a conservação e uso dos recursos naturais...............................7
1.4. Os principais factores na conservação e uso dos recursos naturais...........................................8
Conclusão.............................................................................................................................................10
Referencia bibliografica........................................................................................................................11

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Introdução

A preocupação com as questões ambientais vem crescendo nas últimas décadas, objetivando a
melhoria da qualidade de vida no planeta. Como ponto central da discussão está a
conservação da biodiversidade e seu uso sustentável como * desafio para implementar meios
de gestão ou manejo que garantam a continuidade de espécies e dos ecossistemas.

Para que o processo de gestão dos recursos naturais ocorra, há a necessidade da participação
de todos os segmentos da sociedade, como também do conhecimento sobre os fatores naturais
disponíveis e o estado ou 'a situação de cada um desses. Além disso, é preciso considerar as
relações intrínsecas entre os recursos naturais, bem como as relações de interdependência
existentes com as dinâmicas econômica, social e política.

Desta feita, a presente pesquisa tem por abordar sobre “Conservação e uso sustentável dos
recursos naturais”.

Nesta senda tem por objectivo de “Descrever os efeitos a longo prazo sobre a conservação e
uso dos recursos naturais e apontar os principais factores na conservação e uso dos recursos
naturais”.

Para a concretização do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica, auxiliada por
uma abordagem qualitativa que consistiu na leitura e análise de informações contidas nos
livros e artigos que abordam informações relacionadas com o tema em estudo.

E quanto a organização o trabalho está estruturado da seguinte maneira: Introdução;


Desenvolvimento; Conclusão, e Referência bibliográfica.

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1. Conservação e uso sustentável dos recursos naturais

1.1. Conceitos básicos: Conservação


Conservação é um conjunto de intervenções viradas à protecção, manutenção, reabilitação,
restauração, valorização, maneio e utilização sustentável dos recursos naturais de modo a
garantir a sua qualidade e valor, protegendo a sua essência material e assegurando a sua
integridade (da Cruz & Sola 2017).

Por sua vez Silva, (2005), define conservação como sendo o conjunto de práticas destinadas à
protecção da diversidade biológica. Visa a manutenção da diversidade genética, dos processos
ecológicos e dos sistemas vitais essenciais, bem como o aproveitamento perene das espécies e
dos ecossistemas.

As definições acima expostas apresentam algumas semelhanças e diferenças face a concepção


do que seja a conservação.
Em relação às semelhanças, os autores da Cruz e Sola (2017) assim como (Sílvia, 2005) são
unânimes em afirmar que a conservação é o conjunto de práticas destinadas à protecção da
diversidade biológica, visando a manutenção da diversidade genética, dos processos
ecológicos

E, quanto as diferenças, (Cruz & Sola, 2017), apresenta os objectivos pelos quais se volta a
prática da conservação, como protecção, manutenção, reabilitação, restauração, valorização,
maneio e utilização sustentável dos recursos naturais; ao passo que (Silva, 2005) não
apresenta estes detalhes cingindo-se em definir como é o conjunto de práticas destinadas à
protecção da diversidade biológica, ou seja, esta definição é resumo daquilo que foi proposto
por (Cruz & Sola, 2017).

No presente trabalho a definição de conservação que mais se adequa é a que foi proposta por
Cruz e Sola (2017), que é um conjunto de intervenções viradas à protecção, manutenção,
reabilitação, restauração, valorização, maneio e utilização sustentável dos recursos naturais de
modo a garantir a sua qualidade e valor, protegendo a sua essência material e assegurando a
sua integridade.

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1.2. Recursos naturais
O conceito de recursos naturais adotado neste trabalho será o de Brito (2006), pois define que:
“recursos são elementos de que o homem se vale para satisfazer suas necessidades, (p. 72).

Os recursos naturais são aqueles que se originam sem qualquer intervenção humana”. É
possível ainda fazer distinções quanto à definição de recursos naturais próprios de um Estado,
os compartilháveis entre Estados e os que são patrimônio comum da humanidade. A diferença
entre recursos naturais compartilhados e recursos do patrimônio comum internacionais está
baseada no número de Estados que compartilham o recurso, pois o recursos como patrimônio
comum pertencem a comunidade internacional e não podem ser individualizados para os
Estados, já os recursos compartilháveis estão pela jurisdição de dois ou mais estados que os
compartilham de forma exclusiva (Brito, 2006, p. 73).

1.3. Os efeitos a longo prazo sobre a conservação e uso dos recursos naturais
O modelo econômico capitalista vigente na atualidade, baseado no uso desregulado dos
recursos naturais e configurado desde a revolução industrial dos séculos XVIII e XIX, tem
causado uma variedade de danos ao meio ambiente, agravamento dos conflitos ambientais,
aumentando a possibilidade de escassez de recursos naturais e prejudicando a qualidade de
vida dos indivíduos. Com isso, nos anos de 1970, surge a perspectiva da sustentabilidade
como forma de modificação de modelos de desenvolvimento, com o intuito de salvaguardar o
meio ambiente e os recursos naturais para as futuras gerações (Lacerda; Cândido, 2013, p.
13).

A necessidade de tomar medidas com vista à protecção e melhoria do ambiente e conservação


da Natureza é hoje do conhecimento da generalidade dos países, isto porque existem opiniões
antagónicas sobre a disponibilidade dos recursos naturais do planeta Terra, a curto, médio e
longo prazo. Apesar disso, constata-se que estes recursos estão a esgotar-se, pois a
industrialização crescente e o elevado crescimento demográfico têm impelido a uma sobre-
exploração destes valiosos recursos, comprometendo assim o usufruto destes pelas futuras
gerações.

Manso e Victor (2010),

Conscientes dos adversos impactos ambientais decorrente da actividade industrial,


inferem que é imperioso que se adotem acções eficientes tendentes a proporcionar um
ambiente sadio, sem, no entanto, renunciar ao desenvolvimento das actividades
industriais.

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Isto porque as consequências decorrentes desta actividade não se limitam apenas aos locais
circundantes ao local industrial, alcançando regiões muito distantes, o que poderá contribuir
para a degradação da biosfera. Deste modo, é imprescindível que se criem sinergias a nível
local, regional e global com vista a permitir o bem-estar das populações e do ambiente, antes
que seja tarde de mais para reverter o cenário.

Nesta perspectiva, segundo os autores, (2010), deve-se:

 Materializar a implementação de protocolos ratificados que protejam o meio ambiente.

 Transferir tecnologias de ponta para os países em vias de desenvolvimento como, por


exemplo, a substituirão dos obsoletos sistemas de desempoeiramento, por outros
adequados (electrofiltros, chaminés industriais, etc.), ou seja, equipar as indústrias
com tecnologias que reduzam o consumo de energia e torná-las menos poluidoras.

 Aplicar catalisadores nos automóveis, de modo a diminuir a emissão de fumos e gases


que provocam o efeito de estufa.

 Manter a inspecção, tanto nos veículos como nas indústrias, com o intuito de abrandar
os níveis de emissão de gases nocivos para a atmosfera.

 Deve-se igualmente apostar no uso de energias limpas ou alternativas, dado que essa
tem um menor poder de emissão de gases que degradam a atmosfera.

 Adoptar o princípio dos 3R (reciclagem, redução e reutilização) tanto nos resíduos


sólidos bem como nos diversos recursos naturais.

 Fomentar a educação ambiental de modo a permitir urna consciencialização ecológica


rumo à sustentabilidade ambiental.

 Transferir as indústrias mais poluentes para regiões muito distantes dos aglomerados
populacionais.

 Levar a cabo a Avaliação do Impacto Ambiental nos projectos de desenvolvimento.

 Implementar o reflorestamento, visto que as árvores absorvem grandes quantidades de


CO2, contribuindo assim para a redução do teor deste gás na atmosfera.

 Explorar de forma sustentável os recursos naturais, sejam eles hídricos, energéticos,


minerais, florestais e faunísticos com vista a proporcionar o usufruto destes pelas
gerações vindouras.

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 Adoptar o princípio do poluidor-pagador (3P), visando responsabilizar os responsáveis
pelos danos e a correcção pelos infractores, (p. 78).

1.4. Os principais factores na conservação e uso dos recursos naturais


A natureza é repleta de recursos utilizados pelos seres humanos. A humanidade, em geral,
desde os tempos mais remotos, sempre fez uso dos bens disponíveis na natureza para o seu
sustento. No entanto, com o passar do tempo, os seres humanos aprenderam também a
cultivar e a acumular os bens extraídos graças ao desenvolvimento da agricultura e da
pecuária.

os tempos atuais, com o avanço do sistema capitalista e sua consolidação pelo mundo, essa
lógica intensificou-se, fazendo com que uma grande quantidade de recursos naturais fosse
utilizada e comercializada pelo mundo. Além disso, boa parte dessas matérias-primas é
transformada em outros produtos, que são as mercadorias produzidas quase sempre pelas
indústrias.

Por esse motivo, podemos observar que os recursos naturais são de vital importância para o
funcionamento das sociedades, o que faz com que alguns deles tenham um elevado grau
estratégico. Um exemplo disso é o petróleo, que é usado na fabricação de combustíveis, óleos,
solventes, plásticos e outros materiais, sendo alvo de guerras e disputas entre países para a sua
obtenção.

Portanto, as sociedades devem sempre buscar a conservação dos recursos naturais, dando
preferência para a exploração daqueles que são renováveis e garantindo que eles estejam
sempre disponíveis para a utilização. A perspectiva que visa à garantia do uso dos recursos da
natureza para as próximas gerações é chamada de desenvolvimento sustentável.

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Conclusão
Na atualidade os problemas relacionados às questões ambientais, se tornaram uma das
principais inquietações da sociedade, em decorrência da crescente “necessidade” humana em
explorar os recursos naturais, particularmente o solo. O uso e a ocupação desordenada desse
importante recurso natural têm disseminado vários problemas das mais diversas ordens, quais
sejam, social, econômica e, principalmente ambiental, por isso, vários estudos têm sido
realizados no mundo inteiro visando sua recuperação e conservação do solo.

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Referencia bibliografica
Cruz, C. A., & Sola. F. (2017). As unidades de conservação na perspectiva da educação
ambiental: Revista de Educação Ambiental Programa de Pós-Graduação em Educação
Ambiental Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Brasil.

Manso, F. J e Victor, R. (2010). Geografia 12ª classe – pré-universitário. 1ª edição. Longman


Moçambique, Maputo.

Silva, G. G. H. (2005). A importância das unidades de conservação na preservação da


diversidade biológica. Revista Logos, Rio Claro. Brasil.

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