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Índice
Resumo ....................................................................................................................................... 5
Introdução ................................................................................................................................... 6
1. Questão de partida .................................................................................................................. 7
2. Objectivos da pesquisa ........................................................................................................... 7
2.1. Objectivo geral .................................................................................................................... 7
2.2. Objectivos específicos ......................................................................................................... 7
3. Fundamentação teórica ........................................................................................................... 8
3.1. As Tecnologias da Informação e da Comunicação como constituintes da Prática Pedagógica
.................................................................................................................................................... 8
3.2. O uso tablet como ferramenta pedagógica .......................................................................... 9
4. Metodologia .......................................................................................................................... 10
4.1. Tipo de pesquisa ................................................................................................................ 10
4.1.1. Quanto à Abordagem ...................................................................................................... 10
4.1.2. Quanto à Natureza .......................................................................................................... 10
4.1.3. Quanto aos objectivos..................................................................................................... 10
4.1.4. Quanto aos procedimentos ............................................................................................. 10
4.2. Técnicas de colecta de dados ............................................................................................. 11
4.2.1. Questionário ................................................................................................................... 11
4.3. População e amostra .......................................................................................................... 11
5. Apresentação, análise e discussão dos resultados ................................................................ 13
Conclusão ................................................................................................................................. 15
Referência bibliográfica ........................................................................................................... 16
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Resumo
Este artigo é parte de uma pesquisa que buscou investigar o uso da ferramenta tablets como recurso
didático nas aprendizagens do Ensino a Distancia. O objetivo deste estudo foi compreender o papel dos
tablets na aprendizagem de estudantes do Ensino a Distancia. Teve como questão de partica a seguinte
“Qual o papel dos tablets na aprendizagem de estudantes do Ensino a Distancia?”. Realizou-se uma
pesquisa de natureza qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados, o questionário com
questões semi-estrututuradas. Os dados coletados foram analisados a luz da teoria da Análise de
Conteúdo, a pesquisa revelou a existência de avanços significativos nas aprendizagens dos estudantes
participantes da pesquisa, no tocante ao uso do tablet com relação a essa ação didática permeada pelas
TICs.
Palavras-chave: Tablets. TIC.
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
1. Introdução
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) estão cada vez mais próximas do ser
humano e em muitos casos estão incorporadas ao cotidiano das pessoas. No contexto
educacional, a crescente evolução e os inúmeros benefícios para a sociedade atual fazem com
que as instituições de ensino passem a se adaptar a esse novo momento da era tecnológica,
incluindo as tecnologias da informação e comunicação em ações pedagógicas e no processo de
ensino-aprendizagem como instrumento para a abordagem e busca pelo conhecimento.
Esta pesquisa buscou investigar as repercussões do uso da ferramenta tablet como recurso
didático nas aprendizagens no Ensino à Distancia.
O objetivo deste estudo foi investigar as repercussões nas aprendizagens dos estudantes ao
utilizarem o tablet como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem á distância por
intermédio do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC).
Para a concretização do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica, auxiliada por uma
abordagem qualitativa que consistiu na leitura e análise de informações contidas nos livros e
artigos que abordam informações relacionadas com o tema em estudo.
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1.1. Questão de partida
A inserção dos tablets no ensino é um fato novo e exige uma mudança de concepção sobre
formas de ensino-aprendizagem por parte dos docentes, equipe pedagógica das escolas e da
secretaria, além dos próprios alunos e suas famílias.
É importante destacar que usuários, estudantes e professores precisam saber lidar com os
mecanismos que essa tecnologia apresenta, precisam saber explorar informações, bem como
adaptar-se às novas formas de interação. Assim, entende-se que a relação tecnologias e práticas
escolares não se dá sem tensionamentos, sem suscitar problematizações, mas instiga constantes
indagações e reflexões.
Diante desse pressuposto, buscou-se, neste estudo, responder ao seguinte problema de pesquisa:
Qual o papel dos tablets na aprendizagem de estudantes do Ensino a Distancia?
Segundo IVALA et al. (2007:19), os objectivos indicam o que se pretende conhecer ou medir,
ou provar no decorrer da pesquisa ou seja, as metas que se deseja alcançar. Eles têm em vista
definir a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser seleccionado, o material a colectar.
Assim sendo, a presente pesquisa será norteada pelos seguintes objectivos:
O uso dos tablets está incluído no conjunto de uso das TICs. Este está relacionado à emergência
de novos paradigmas na ciência, que implementou a necessidade de refletir sobre a educação
escolar, sobre os processos de ensinar e aprender. Assim, torna-se imperioso atender ao desafio
de repensar não somente suas bases epistemológicas, mas também suas práticas educativas, a
fim de (re)afirmá-las, quando possível, ou realizar as modificações necessárias, objetivando
encontrar as referências compatíveis com o contexto sociocultural vigente.
Em face a esse contexto, o trabalho com as TIC é posto em destaque, pois favorece novas
formas de acesso à informação, novos estilos de raciocínio e de conhecimento, novas formas
de interação (Lévy, 2010). Tratando da relação entre TIC e as novas demandas educacionais,
Castells (2003) problematiza a questão ao afirmar que:
Essa perspectiva põe mais uma vez em destaque o trabalho com TIC na escola. Trata-se de uma
necessidade reforçada pela incidência do uso dessas tecnologias para acesso à Internet, por
exemplo.
Nesse sentido, coloca em relevo a capital necessidade de uso das TIC ser visto como mediação
para uma determinada prática educativa, cujo sucesso não se restringe ao mero uso.
Além disso, no contexto dos caminhos apontados, é necessário, conforme Barreto (2004),
atentar para os riscos de uma “virtualização do ensino” em detrimento do processo pedagógico
protagonizado pelos sujeitos que dela participam.
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2.2. O uso tablet como ferramenta pedagógica
O tablet, especialmente, foi introduzido no contexto escolar sob o discurso de que oferece
vantagens para a aprendiz acrescenta a essa temática agem, tais como mobilidade, facilidade de
manuseio, facilidade de realizar registros, peso menor que o de notebooks, entre outros
(Mainardes, 2012, p. 17).
Conforme descrito por Bottentuit Júnior (2012, p. 139), o tablet é um dispositivo móvel, com
dimensões semelhantes à de um caderno, caracterizado pela leveza e por permitir ao usuário a
utilização na vertical ou na horizontal.
Do ponto de vista da usabilidade, permite uso de teclado virtual, possui navegador Web,
reproduzir vídeos com qualidade e com velocidade, possibilita o acesso a arquivos em vários
formatos, tais como Word, Excel, pdf, entre outros.
Para cumprir essa finalidade, no entanto, é necessário considerar a perspectiva adotada por
Guimarães e Dias (apud Coscarelli, 2006, p. 24), ao afirmarem que “um novo fazer educativo
só será realidade se a tecnologia for incorporada de forma adequada ao contexto de nossas ações
educativas, a serem desenvolvidas e implementadas em ambientes de aprendizagem”. Na
mesma direção, Lévy (2010) afirma que:
“…a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre,
na escrita manuscrita do aluno e, há quatro séculos, em um uso moderado de
impressão. Uma verdadeira integração da informática (como do audiovisual) supõe,
portanto, o abandono de um hábito antropológico mais que milenar, o que não pode
ser feito em alguns anos.” (Lévy, 2010, p. 8).
A essa afirmação pode ser somada a ponderação de Coscarelli (2006), ao indicar que usuários,
estudantes e professores precisam saber lidar com as TIC, precisam saber explorar informações,
bem como adaptar-se às novas formas de interação, para que elas possam cumprir o papel de
contribuir como meio de comunicação, informação e aprendizagem.
Por sua vez, Lévy (2010) e Demo (2011) apresentam mais um problema sobre o tema.
Consoante indicam, a inserção da tecnologia na escola pode ser conduzida como mero pretexto,
cujo fim principal pode ser atender ao marketing da atualização tecnológica, comprometendo,
desta feita, a legitimidade do processo.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIAS DA INVESTIGAÇÃO
3.1. Metodologia
De acordo Lakatos & Marconi (2007, p. 60) a metodologia é a explicação minuciosa, detalhada,
rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método do trabalho de pesquisa. No entanto é
a explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utilizados, do tempo previsto.
No entanto, esta pesquisa quanto a sua abordagem preocupou-se com aspectos da realidade que
não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das
relações sociais.
A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja
pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenómenos de determinada
realidade (Triviños, 1987, p.155).
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A pesquisa bibliográfica consistirá na procura de referências teóricas publicadas com o
objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do
qual se procura a resposta1.
As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou processos utilizados por uma
ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (Lakatos & Marconi, 2001,
p.29).
3.3.1. Questionário
O questionário foi dirigido aos estudantes do Ensino a Distancia que usam o tablet como
ferrementa no PEA.
Como refere Yin (2005, p.15), o questionário é um instrumento com vantagens de
padronização, autonomia e rapidez na recolha de informação.
Os mesmos autores supracitados referem ainda que a amostra é uma parcela convenientemente
seleccionada do universo (população), é um subconjunto do universo, neste caso o universo
será toda a comunidade escolar.
Desta feita o universo foi constituído por estudantes do Ensino a Distancia da Universidade
Católica de Moçambique-Nampula.
A amostra neste estudo não poderá atingir a totalidade do universo, segundo os seus pretextos
de definição, pois a autora trata uma parte da população que servira de certa forma a
1
Segundo Fonseca (2002, p.32), “a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites”.
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representatividade do universo. Neste caso, importa salientar que a escolha da amostra fez-se
aleatoriamente, compreendendo 3 estudantes do Ensino a Distancia.
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CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O questionário foi disponibilizado para 3 estudantes do Ensino a Distancia que usam o tablet
como ferramenta de aprendizagem.
E1: Com o uso do tablet, me facilita com as pesquisas, visto que não tenho um computador.
E2 e E3: Estes tiverem respostas similares referindo que, com o tablet tenho tido modos
diferentes de aprender, neste caso, com auxilio dele tenho acessado vídeos aulas e muita
informação académica.
Revela-se, a partir dessas falas, o encantamento dos estudantes pelos atrativos que a tecnologia
pode trazer ao seu processo de aprendizagem. Blikstein e Zuffo, citados por Rodrigues (2009,
p. 4) “comparam as novas tecnologias da comunicação e da informação com os cantos das
sereias as quais seduzem e encantam”.
O encantamento provocado pela tecnologia, o estímulo à aprendizagem que provoca pode ser
constatado também nas falas que se seguem:
“É porque com o tablet dá para ver mais perto, dá para aumentar o texto, dá para ver o sistema
do coração, estudar o corpo humano...”; “Eu leio livros, textos, poesia”; “Trabalhar com o tablet
é uma oportunidade”; “É melhor trabalhar com diversão”.
Com relação a segunda questão que procurava saber “como o tablet é benéfico para o seu PEA”
obtivemos os seguintes resultados:
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O relato dos estudantes confirma resultados de pesquisas realizadas quanto aos benefícios o uso
das novas tecnologias no ensino.
Conforme Rojo (2013), são inúmeros os benefícios trazidos pelas TIC associadas à educação
nas escolas, servindo de propulsor no interesse dos alunos pelos conteúdos ensinados,
facilitador das atividades e do trabalho do professor. As contribuições para a independência do
aluno são as mais significativas, uma vez que ele aprende a pesquisar, seja individualmente ou
em grupo, pelo conhecimento que já está disponível através do dispositivo e da rede.
No entanto, O tablet é mais uma opção que ajudaria por ser compacto na veiculação para coleta
de dados em pesquisa de campo e também no auxílio de aulas extra fora do espaço de sala de
aula.
Na última questão, procurou-se saber “como tem sido o uso do tablet no PEA”, desta obtivemos
os seguintes resultados:
Tivemos as respostas dos estudantes de forma unanime referindo que tem usado o tablet para
fins académicos, como, leitura de artigos, participação das aulas onlines, entre outras
actividades académicas.
Conforme Santos (2015), o que define o sucesso do processo pedagógico não é a sala de aula,
as matérias ou a tecnologia por si, mas as atividades que são realizadas. Se a integração das
tecnologias digitais na educação não for feita de modo criativo e crítico, com o intuito de
desenvolver a autonomia e a reflexão dos envolvidos, estes poderão tornar-se apenas receptores
de informações, comprometendo o processo.
No entanto, a diferença quanto à forma de uso e quanto a finalidade das TICs é algo comum.
Essa diferença pode estar na simples escolha - muitos as utilizam apenas para atividades sociais
e de lazer e, em menor proporção, fazem uso com finalidade pedagógica - pode incidir na falta
de informação e de conhecimento sobre seu funcionamento, uma vez que os usuários precisam
adaptar-se a novas lógicas.
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Conclusão
Concluiu-se neste primeiro momento que o tablet, na visão da maioria dos estudantes
inqueridos, é um significativo recurso tecnológico para a educação. No entanto, um dos pontos
para elevar o seu uso é o investimento na formação continuada dos professores.
Porém, fica evidenciado que se faz necessário dar continuidade a esse movimento, no que
concerne o uso dos tablets por parte dessa ação educativa, de modo a solidificar as
aprendizagens dos estudantes nas questões de letramento ampliando-as e conectado-as com as
demandas sociais.
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Referência bibliográfica
Coscarelli, C. V. (Org.). (2006). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3.
ed. Belo Horizonte: Autêntica.
Mainardes, C. (2012). O tablet chega à sala de aula. Gestão Integral: tablet na sala de aula,
VIII, 86, 247-256.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007). Metodologia científica. (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
Moran, J. M., Masetto, M. T., & Beherens, M. A. (2012). Novas tecnologias e mediação
pedagógica. (19ª ed.). São Paulo: Papirus.
Rojo, R. (2013). Outras maneiras de ler o mundo. In: Educação no Século XXI. São Paulo:
Fundação Telefônica.
Santos, G. S. (2015). Espaços de aprendizagem. In: Bacich, L., Tanzi Neto, A., Trevisan, F. M.
(Org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso.
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