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Celso Mechaque Matsinhe

Dinizia Margarida Xai-xai

Micaias Caessa

Valdicea Abdul

Sharmila Andinane Mussagy

Avaliação de Terras: Tipologia, instrumentos de PUT

Licenciatura em Ambiente e Sustentabildade Comunitária

Universidade Save
Maxixe
2023
Celso Mechaque Matsinhe

Dinizia Margarida Xai-xai

Micaias Caessa

Valdicea Abdul

Sharmila Andinane Mussagy

Avaliação de Terras: Tipologia, instrumentos de PUT

Trabalho de pesquisa da Disciplina de: ;


para efeitos de avaliação, sob
orientação do Docente.

Docente: MSc. Freitas Cossa

Universidade Save
Maxixe
2023
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Índice

Introdução...................................................................................................................................2

1.1. Objectivo Geral................................................................................................................3

1.2. Objectivo Específico........................................................................................................3

1.3. Metodologia.....................................................................................................................3

2. Riscos Relacionados com o Uso dos Recursos Naturais.....................................................4

2.1. Esgotamento dos Recursos..............................................................................................4

2.2. Degradação Ambiental.....................................................................................................4

2.3. Mudanças Climáticas.......................................................................................................5

2.4. Conflitos Sociais..............................................................................................................5

2.5. Segurança Alimentar e Hídrica........................................................................................5

2.6. Economia e Desenvolvimento Sustentável......................................................................6

2.7. Alternativas Sustentáveis.................................................................................................7

2.8. Políticas e Regulamentações............................................................................................7

2.9. Participação Comunitária.................................................................................................8

Conclusão..................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas........................................................................................................11
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Introdução

Nos tempos actuais, a utilização dos recursos naturais é inegavelmente uma questão de
máxima relevância e urgência. O progresso humano, impulsionado por avanços tecnológicos e
demandas crescentes, tem exercido uma pressão sem precedentes sobre os elementos vitais da
Terra. O presente trabalho de investigação científica visa aprofundar nossa compreensão dos
"Riscos Relacionados Com o Uso dos Recursos Naturais", explorando uma série de áreas
interconectadas que têm implicações profundas para o nosso planeta e para a sociedade como
um todo. O esgotamento dos recursos naturais emerge como um desafio fundamental que
enfrentamos. À medida que as demandas por energia, minerais, água e terras aumentam
exponencialmente, a capacidade da Terra para regenerar esses recursos está sendo
amplamente excedida. Essa exploração excessiva tem consequências directas, como a
degradação ambiental que compromete a biodiversidade, a qualidade do solo e da água, bem
como a saúde dos ecossistemas. A dimensão desses riscos é amplificada pelas mudanças
climáticas, um fenômeno global com efeitos em cascata. As actividades humanas têm
exacerbado o aquecimento global, desencadeando eventos climáticos extremos e a elevação
do nível do mar. Conflitos sociais emergem em um cenário de competição por recursos
escassos e à medida que comunidades são afectadas de maneiras desproporcionais.
O equilíbrio da segurança alimentar e hídrica está intrinsecamente ligado ao uso sustentável
dos recursos naturais. O acesso a alimentos e água adequados é comprometido quando os
ecossistemas de que dependemos estão em declínio. Isso, por sua vez, impacta a economia e o
desenvolvimento sustentável, perpetuando um ciclo de vulnerabilidade. No entanto,
alternativas sustentáveis estão emergindo como uma resposta promissora para esses riscos. A
transição para fontes de energia renovável, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a
promoção da economia circular são exemplos de soluções inovadoras que podem contribuir
para a preservação dos recursos naturais. A implementação eficaz dessas alternativas requer
políticas e regulamentações robustas, além do envolvimento activo das comunidades
afectadas.
Neste trabalho, exploraremos detalhadamente cada um desses aspectos mencionados,
examinando os riscos e desafios associados ao uso insustentável dos recursos naturais, bem
como as estratégias e abordagens que podem ser adotadas para enfrentar esses desafios. A
participação comunitária e a conscientização pública desempenham papéis fundamentais
nesse processo, à medida que as decisões tomadas hoje moldarão o legado que deixamos para
as gerações futuras.
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1.1. Objectivo Geral


Analisar de forma abrangente os riscos associados ao uso dos recursos naturais, com ênfase
no esgotamento dos recursos, degradação ambiental, mudanças climáticas, conflitos sociais,
segurança alimentar e hídrica, impactos econômicos e desenvolvimento sustentável,
considerando a busca por alternativas sustentáveis, o papel das políticas e regulamentações,
bem como a importância da participação comunitária.
1.2. Objectivo Específico.
i. Investigar o impacto do esgotamento dos recursos naturais na estabilidade dos
ecossistemas e na disponibilidade de matérias-primas essenciais para a sociedade e
degradação ambiental decorrentes da exploração dos recursos naturais e sua inter-relação
com a qualidade de vida das populações afectadas.
ii. Analisar as causas e consequências das mudanças climáticas relacionadas ao uso dos
recursos naturais, considerando o papel das actividades humanas e as medidas de mitigação
necessárias e conflitos sociais gerados pelo acesso desigual aos recursos naturais,
considerando factores como propriedade da terra, direitos sociais e questões
socioeconômicas.
iii.Avaliar o impacto do uso dos recursos naturais na segurança alimentar e hídrica das
populações, identificando os desafios actuais e as possíveis soluções e implicações
econômicas da exploração dos recursos naturais, considerando os benefícios econômicos
de curto prazo versus os impactos negativos de longo prazo.
iv.Investigar as prácticas e políticas de desenvolvimento sustentável relacionadas ao uso dos
recursos naturais, identificando abordagens eficazes para equilibrar o crescimento
econômico com a conservação ambiental e explorar alternativas sustentáveis para a gestão
e uso dos recursos naturais, incluindo tecnologias inovadoras, prácticas de conservação e
aproveitamento de energias renováveis.
v. Analisar as políticas e regulamentações existentes que visam controlar e minimizar os
riscos associados ao uso dos recursos naturais, avaliando sua eficácia e possíveis lacunas e
destacar a importância da participação activa da comunidade na tomada de decisões
relacionadas ao uso dos recursos naturais, promovendo a conscientização e o engajamento
cívico para alcançar um desenvolvimento mais sustentável.
1.3. Metodologia
Portanto, para a elaboração do trabalho o grupo apoiou-se da metodologia de analise e
interpretação documental das referências citadas com intuito de trazer uma pesquisa autêntica
e que esteja dentro das Normas de Publicação de Trabalhos de pesquisa da UNISAVE.
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2. Riscos Relacionados com o Uso dos Recursos Naturais


Quando se aborda o tema "Riscos Relacionados com o Uso dos Recursos Naturais", é
importante explorar uma série de aspectos cruciais para entender os impactos ambientais,
sociais e econômicos associados à exploração dos recursos naturais. Alguns dos aspectos mais
importantes a serem abordados incluem:
2.1. Esgotamento dos Recursos
Analisa-se como a exploração excessiva e não sustentável dos recursos naturais pode levar ao
esgotamento de fontes finitas, como minerais, combustíveis fósseis e água doce. O risco que
se corre com o esgotamento dos recursos naturais são: perda da biodiversidade; degradação
ambiental; mudanças climáticas; escassez de recursos; impactos sociais; segurança alimentar
e hídrica; impactos económicos; e perda de serviços ecossistémicos. Dai que as Nações
Unidas apresentam a sua preocupação em relação ã demanda desenfreada do uso dos recursos
naturais e expressa essa preocupação através da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável. Nesta agenda compromete-se através dos Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), a Organização das Nações Unidas busca abordar várias dimensões do
esgotamento de recursos naturais, como a gestão sustentável da água (ODS 6), a promoção da
produção e consumo sustentáveis (ODS 12) e a proteção dos ecossistemas terrestres e
aquáticos (ODS 15). (Nações Unidas, 2015)

2.2. Degradação Ambiental


Gomes et al. (20130) citado por Santos e Valverde (2020) os ambientes do planeta têm sido
alterados de forma intensa nos últimos tempos. Essas alterações têm provocado inúmeras
formas de degradação devido vários factores, principalmente a exploração insustentável dos
recursos naturais.
Ao explorar os efeitos negativos da extração de recursos naturais, como desmatamento,
poluição do ar e da água, perda de biodiversidade e impactos nos ecossistemas. Santos e
Valverde (2020) citam Rodrigues (1987) que propõe os parâmetros de degradação ambiental
considerando os itens a seguir:
• Eliminação da cobertura vegetal nativa;
• Substituição da vegetação suprimida por uma invasora;
• Perda total ou parcial do solo por meio de processos erosivos ou salinização;
• Diminuição da quantidade e qualidade dos recursos hídricos; e
• Declínio da fertilidade de áreas destinadas à agricultura
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2.3. Mudanças Climáticas


Considera-se aqui como a extração e o uso de recursos naturais, como combustíveis fósseis,
contribuem para as emissões de gases de efeito estufa e influenciam as mudanças climáticas.
De acordo com um artigo publicado pelas Nações Unidas (2023) a necessidade por geração de
eletricidade e calor pela queima de combustíveis fósseis é responsável por uma boa parcela
das emissões globais. A maior parte da eletricidade ainda é gerada pela queima de carvão,
petróleo ou gás, o que produz dióxido de carbono e óxido nitroso, poderosos gases de efeito
estufa que recobrem o planeta e retêm o calor do sol. No mundo todo, apenas cerca de um
quarto da eletricidade é gerada por vento, sol e outros recursos renováveis que, ao contrário
dos combustíveis fósseis, emitem pouco ou nenhum gás de efeito estufa ou poluentes do ar.

2.4. Conflitos Sociais


Os conflitos resultantes da exploração de recursos naturais, como disputas territoriais,
migração forçada de comunidades locais e tensões socioeconômicas.
Araújo (2023) em seu artigo sobre Direito de Energia, Gás e Petróleo sobe o tema Exploração
de Recursos como Causa de Conflitos, discute conflitos inerentes a exploração de vários
recursos naturais que Moçambique tem nas suas diversas esferas territoriais. Diz ainda Araújo
que os principais focos de conflitos, encontram se sedimentadas nas Províncias de Cabo-
Delgado, Nampula, Tete e Sofala, onde os recursos são associados a gerações de crescimento
económico, garantia de interesses de segurança nacional e até contribuição para paz positiva
entendida enquanto justiça social. Não obstante, na prática dos megas-projectos de exploração
de mineiros estão associados a emergência de cenários de conflitos com as populações
atingidas ou nativas e injustiça sócio ambiental. Mas ao contrário das promessas de
desenvolvimento económico e social nos arredores das operações é possível observar espaços
normalmente caracterizados por baixos níveis de desenvolvimento humano e conflitualidade
oculta.

2.5. Segurança Alimentar e Hídrica


Analisa como o uso excessivo de recursos naturais, como água e solos, pode afetcar a
segurança alimentar e hídrica, especialmente em regiões vulneráveis. A título de exemplo,
veja-se a destruição das florestas e redução da biodiversidade, o esgotamento dos recursos
hídricos, subterrâneos e de superfície, a degradação dos solos - erosão, empobrecimento,
excesso de sal, a poluição química dos solos e águas devido ao uso e abuso de fertilizantes e
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pesticidas químicos e o esgotamento das reservas hídricas por causa decorrente do uso não
regrado da água. (Serra, 2012)
Outro exemplo que podemos ter segundo Serra (2012) tem que ver com a mineração
(subterrânea e a céu aberto) onde é possível observar a nível:
Local - alteração dos fluxos de águas subterrâneas, barragem de resíduos e pilhas de resíduos
de rochas, a poluição do ar; e
Regional - esgotamento das águas subterrâneas e degradação, a contribuição para os impactos
cumulativos.

2.6. Economia e Desenvolvimento Sustentável


Gerenciar este tipo de risco requer políticas e práticas de gestão ambiental, social e econômica
cuidadosamente planeadas. A diversificação da economia, a implementação de
regulamentações eficazes, o engajamento com as comunidades locais e a busca de alternativas
sustentáveis são passos importantes para alcançar um desenvolvimento econômico sustentável
na exploração de recursos naturais.
Para Castel-Branco (2009) países de economias subdesenvolvidas, como a sustentabilidade
ambiental (do ponto de vista do uso de recursos e da poluição), tornam-se questões críticas
quando a sustentabilidade do desenvolvimento é analisada do ponto de vista temporal e
intergeracional; e há custos concretos e altos para garantir o continuum de desenvolvimento
(ou desenvolvimento sustentável intergeracional), uma parte dos quais tem que ser suportada
pelas gerações actuais, outra partilhada com as gerações vindouras. No entanto, os custos de
não considerar dinâmicas intergeracionais no tempo são mais altos. Avaliar os impactos
econômicos do uso dos recursos naturais, incluindo benefícios econômicos de curto prazo
versus o potencial para desenvolvimento sustentável a longo prazo tem haver com: a gestão
dos Recursos, Economia Dependente, melhor controlo de Emissões de Gases de Efeito Estufa,
Esgotamento Hídrico, Concentração de Renda, Economia de Renda Variável, Conflitos e
Corrupção e Dependência Tecnológica.
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2.7. Alternativas Sustentáveis


“Defender e melhorar o meio ambiente para as actuais e futuras gerações se tornou uma meta
fundamental para a humanidade.” Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio
Ambiente (Estocolmo, 1972). (Nações Unidas, 2020)
“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades actuais
sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland, como ficou conhecida, publicou um relatório
inovador, “Nosso Futuro Comum” – que traz o conceito de desenvolvimento sustentável para
o discurso público, e esta foi uma das declarações mais importantes do discurso. (Nações
Unidas, 2020)
Explorar abordagens e práticas sustentáveis para o uso de recursos naturais, como energias
renováveis, agricultura regenerativa e gestão eficiente de recursos hídricos, uso de tecnologias
limpas, políticas e regulamentos para gestão dos impactos causados pela exploração de
recursos naturais e mineração responsável.

2.8. Políticas e Regulamentações


Considera como políticas públicas, regulamentações e acordos internacionais estão moldando
o uso e a gestão dos recursos naturais. Exemplo:
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: Adotada pelas Nações Unidas em 2015,
a Agenda 2030 estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem
metas relacionadas à gestão sustentável de recursos naturais, conservação da biodiversidade e
mitigação das mudanças climáticas.
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC): A
UNFCCC, estabelecida em 1992, promove a cooperação internacional para enfrentar as
mudanças climáticas e inclui acordos como o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris.
Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT): A OIT estabelece normas
internacionais relacionadas aos direitos dos trabalhadores em indústrias extrativas, buscando
garantir condições de trabalho seguras e justas.
Certificação e Rastreabilidade: Vários esforços de certificação e rastreabilidade, como o
padrão FSC (Forest Stewardship Council) para produtos de madeira e o padrão MSC (Marine
Stewardship Council) para pesca sustentável, visam promover a exploração responsável de
recursos naturais.
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Acordos Internacionais de Mineração: Alguns acordos, como o Código de Mineração


Internacional da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, estabelecem diretrizes para a
exploração mineral em áreas marinhas fora das jurisdições nacionais.
Convenção de Basileia: Esta convenção trata do controle dos movimentos transfronteiriços
de resíduos perigosos e seu depósito, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais
adversos.
Acordos de Comércio Internacional: Alguns acordos comerciais incorporam cláusulas
relacionadas à proteção ambiental e ao uso sustentável de recursos naturais.
Em Moçambique o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) é
um dos principais ministérios em Moçambique que lida com questões relacionadas à
exploração de recursos naturais, incluindo terra, água e biodiversidade. O MITADER tem a
responsabilidade de formular políticas e regulamentos para a gestão sustentável desses
recursos. Em termos de instrumentos legais observa os seguintes documentos legais e
regulamentos:
Lei de Terras; Lei de Minas; Lei da Conservação da Biodiversidade; Lei da Água; Lei do
Ambiente; Estratégia Nacional de Desenvolvimento; Política de Energia; e Política de
Agricultura.
Estas políticas e regulamentos legais visam a ajudar legalmente a fazer a gestão de recursos
naturais e por sua vez diminuir os riscos do uso dos recursos naturais.

2.9. Participação Comunitária


É importante que a participação comunitária seja cuidadosamente planeada e implementada de
forma inclusiva e transparente, com o objectivo de garantir que os benefícios sejam
equitativamente distribuídos e que os riscos sejam minimizados. O diálogo contínuo, a
educação e o fortalecimento das comunidades são essenciais para garantir que a participação
comunitária na exploração de recursos naturais seja mutuamente benéfica e sustentável.
De acordo com Macucule (2006) o Estado desempenha um papel importante na gestão dos
recursos naturais, exercendo as suas funções de regulador e fiscalizador, cria condições
institucionais e materiais com vista a garantir a implementação daqueles princípios e normas.
Segundo a Constituição da República de Moçambique (CRM), aprovada pela Assembleia da
República, no dia 16 de Novembro de 2004, estabelece, por um lado, no seu art.98, como
instrumentos da execução da política económica do Estado, a participação dos cidadãos, bem
como a utilização eficiente dos recursos naturais.
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A participação comunitária na exploração de recursos naturais pode apresentar tanto


benefícios quanto riscos, dependendo da abordagem adotada e das circunstâncias específicas
de cada situação. Aqui estão alguns riscos associados à participação comunitária activa ou
passiva na exploração de recursos naturais:
 Participação Comunitária Activa:
Dependência Econômica: Comunidades que se envolvem ativamente na exploração de
recursos naturais podem se tornar excessivamente dependentes dessas atividades, o que as
torna vulneráveis a flutuações nos preços das commodities e a riscos econômicos associados.
Conflitos Internos: A participação ativa pode criar divisões e conflitos dentro das próprias
comunidades devido a diferenças de opiniões sobre como os benefícios devem ser distribuídos
e gerenciados.
Exaustão dos Recursos: A exploração intensiva dos recursos naturais em busca de lucros
imediatos pode levar à exaustão desses recursos, deixando as comunidades sem meios de
subsistência a longo prazo.
Impactos Ambientais: A participação comunitária ativa pode levar a práticas de exploração
menos sustentáveis, resultando em degradação ambiental e perda de biodiversidade.
Pressões Sociais: A pressão para atender às demandas de exploração pode levar a tensões
sociais, uma vez que as comunidades podem enfrentar expectativas crescentes de produção e
lucros.
 Participação Comunitária Passiva
Desinformação: Comunidades que não estão ativamente envolvidas podem não ter acesso a
informações completas sobre os impactos e riscos da exploração, o que pode levar a decisões
inadequadas.
Expropriação de Terras: Em algumas situações, a participação passiva pode resultar na
expropriação de terras e recursos sem a devida consulta e consentimento das comunidades
afetadas.
Ausência de Benefícios: Comunidades passivas podem não receber uma parcela justa dos
benefícios gerados pela exploração, o que pode agravar as desigualdades econômicas.
Degradação Cultural: A exploração de recursos naturais sem envolvimento comunitário
ativo pode resultar na perda de valores culturais e práticas tradicionais que estão ligados ao
uso sustentável dos recursos.
Falta de Empoderamento: A participação passiva pode deixar as comunidades com menos
controle sobre as decisões que afetam seus meios de subsistência e ambiente.
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Conclusão

À medida que concluímos esta investigação científica sobre os "Riscos Relacionados Com o
Uso dos Recursos Naturais", torna-se evidente que a exploração desenfreada e inadequada dos
recursos naturais representa uma ameaça iminente para o equilíbrio ambiental, social e
econômico do nosso planeta. A análise aprofundada dos diversos pontos abordados revela a
complexidade intrínseca da interação entre a atividade humana e os recursos naturais,
destacando as implicações multifacetadas que essa relação carrega. O esgotamento dos
recursos naturais emerge como uma preocupação premente, com a demanda crescente
superando a capacidade de regeneração dos ecossistemas. Esse desafio é agravado pela
degradação ambiental, que resulta em perda de biodiversidade, degradação do solo e poluição
dos recursos hídricos, comprometendo a saúde dos ecossistemas e, consequentemente, a
qualidade de vida das comunidades dependentes.
As mudanças climáticas exacerbam esses problemas, agravando eventos climáticos extremos,
elevando o nível do mar e desencadeando impactos significativos nos padrões de chuva e
temperatura. Essas alterações não apenas ameaçam os ecossistemas naturais, mas também têm
implicações diretas nas comunidades vulneráveis, resultando em conflitos sociais e
deslocamentos populacionais. A segurança alimentar e hídrica emergem como questões
inextricavelmente ligadas aos recursos naturais. A exploração irresponsável afeta a produção
de alimentos e a disponibilidade de água potável, comprometendo a saúde e o bem-estar das
populações. Isso, por sua vez, influencia negativamente a economia e o desenvolvimento
sustentável das nações.
Para mitigar esses riscos complexos, alternativas sustentáveis surgem como imperativos. A
transição para energias renováveis, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a promoção
da economia circular são caminhos promissores. No entanto, a implementação eficaz dessas
alternativas requer políticas e regulamentações sólidas que incentivem a conservação e o uso
responsável dos recursos naturais. A participação comunitária surge como um fator crítico
para a gestão adequada dos recursos naturais. As comunidades devem ser envolvidas
ativamente na tomada de decisões e na formulação de políticas, garantindo que suas
perspectivas, conhecimentos e necessidades sejam considerados.
Em última análise, a proteção e preservação dos recursos naturais são imperativas para a
sustentabilidade do nosso planeta e o bem-estar das gerações presentes e futuras.
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Referências Bibliográficas

Araújo, J. L. (2023) EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS COMO CAUSAS DE


CONFLITOS EM MOÇAMBIQUE (CASO DE ESTUDO DA PROVÍNCIA DE TETE). Ano
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Castel-Branco, C. (2009). Recursos naturais, meio ambiente e crescimento económico
sustentável em Moçambique. DP nº 06, IESE
Castel-Branco, C. V RECURSOS NATURAIS E DESENVOLVIMENTO: IDeIAS Nº10 –
INDÚSTRIAS DE RECURSOS NATURAIS E DESENVOLVIMENTO: ALGUNS
COMENTÁRIOS
Fearnside, P. M. (2000). Impactos ambientais de barragens e aproveitamentos hidrelétricos.
MACUCULE, Alberto J. (2006) Introdução A Gestão Participativa Dos Recursos Naturais:
I. Política e Legislação Sobre a Gestão Sustentável de Recursos Naturais. Revisão: Isilda
Nhantumbo (IUCN), Amela Maússe (ICRAF), Vicente Manjate (MITUR), Carlos Ribeiro
(UEM) e Claúdio Cuaranhua (UEM) Direitos reservados: IUCN Office, Maputo –
Mozambique.
SANTOS, Allyson Francisco dos; VALVERDE, Luiz Henrique Ortelhado. Ecologia e
Educação Ambiental: Estudo da Degradação Ambiental para a Promoção de Práticas
Educativas. Id on Line Rev.Mult. Psic., Maio/2020, vol.14, n.50, p. 864-882. ISSN: 1981-
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Serra, C. M. et al. (2012). O Meio Ambiente em Moçambique: Notas para reflexão sobre a
situação actual e os desafios para o futuro. Grupo Ambiente –– Parceiros de Cooperação.
Maputo, Moçambique
VELETA, V. A. (2018). A LEI DE TERRAS EM MOÇAMBIQUE E A NECESSIDADE DE
OPORTUNIDADES IGUAIS ENTRE HOMENS E MULHERES NO ACESSO, USO E
APROVEITAMENTO DA TERRA E DE RECURSOS NATURAIS. Itajaí-SC

https://www.un.org/pt/climatechange/science/causes-effects-climate-change
https://brasil.un.org/pt-br/91223-onu-e-o-meio-ambiente

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