Resenha Sobre Os Textos "ANÁLISE EMPÍRICA DA FRAGILIDADE DOS AMBIENTES NATURAIS ANTROPIZADOS" e "ANÁLISE COMPARATIVA DA FRAGILIDADE AMBIENTAL COMAPLICAÇÃO DE TRÊS MODELOS" de Jurandyr Ross
O documento resume e compara três modelos para analisar a fragilidade ambiental: 1) Unidades Ecodinâmicas baseadas no conceito de sistemas; 2) Modelo com apoio em índices de dissecação do relevo; 3) Modelo com apoio em classes de declividade. O terceiro modelo, baseado em Unidades Territoriais Básicas, integra variáveis como rocha, solo, relevo, vegetação e clima para quantificar a vulnerabilidade.
Descrição original:
Resenha feita por mim sobre 2 textos do Jurandyr Ross
Título original
Resenha sobre os textos “ANÁLISE EMPÍRICA DA FRAGILIDADE DOS AMBIENTES NATURAIS ANTROPIZADOS” e “ANÁLISE COMPARATIVA DA FRAGILIDADE AMBIENTAL COMAPLICAÇÃO DE TRÊS MODELOS” de Jurandyr Ross
O documento resume e compara três modelos para analisar a fragilidade ambiental: 1) Unidades Ecodinâmicas baseadas no conceito de sistemas; 2) Modelo com apoio em índices de dissecação do relevo; 3) Modelo com apoio em classes de declividade. O terceiro modelo, baseado em Unidades Territoriais Básicas, integra variáveis como rocha, solo, relevo, vegetação e clima para quantificar a vulnerabilidade.
Resenha Sobre Os Textos "ANÁLISE EMPÍRICA DA FRAGILIDADE DOS AMBIENTES NATURAIS ANTROPIZADOS" e "ANÁLISE COMPARATIVA DA FRAGILIDADE AMBIENTAL COMAPLICAÇÃO DE TRÊS MODELOS" de Jurandyr Ross
O documento resume e compara três modelos para analisar a fragilidade ambiental: 1) Unidades Ecodinâmicas baseadas no conceito de sistemas; 2) Modelo com apoio em índices de dissecação do relevo; 3) Modelo com apoio em classes de declividade. O terceiro modelo, baseado em Unidades Territoriais Básicas, integra variáveis como rocha, solo, relevo, vegetação e clima para quantificar a vulnerabilidade.
Resenha sobre os textos “ANÁLISE EMPÍRICA DA FRAGILIDADE DOS
AMBIENTES NATURAIS ANTROPIZADOS” e “ANÁLISE COMPARATIVA DA FRAGILIDADE AMBIENTAL COMAPLICAÇÃO DE TRÊS MODELOS” de Jurandyr Ross
Ross inicia seu trabalho traçando um paralelo entre a evolução de nossa
civilização e as severas modificações na natureza que isso acarretou, utilizando como argumentos o aumento do número de pessoas que habitam o planeta, a sofisticação do padrão sociocultural e a crescente tecnificação, que provocam um aumento nos recursos naturais consumidos, alterando e degenerando de forma irreversível diversos cenários terrestres. Logo no início também é abordado a diferença entre os países que criaram as tecnologias, evoluindo de forma natural e progressiva as coisas, dos países importadores de tecnologias, visto que nesse caso, há um avanço repentino dos modos de produção, ocasionando um certo avanço econômico, mas que não caminha junto com avanços sociais e culturais, acarretando disparidades socioeconômicas gigantes, e diversos outros problemas, tanto sociais quanto ambientais. No Brasil, país voltado para a exportação de produtos agrícolas, sua natureza foi amplamente castigada pelas plantações, que destruiu florestas e faunas, utilizou de forma abusiva defensivos agrícolas, empobreceu solos, além da facilitação de sua erosão e entre outros. O planejamento físico territorial serviria para atenuar esses diversos problemas, diminuindo o desperdício dos recursos naturais e aumentando a qualidade ambiental, visto que de forma ordenada, integrando a importância ambiental com a social e a econômica, respeitando os limites da natureza, seria a forma correta de intervirmos no meio. A elaboração de um zoneamento ambiental, conforme as conceituações do autor, muito se assemelha a uma abordagem geossistêmica, já que aponta à necessidade de abordar o meio de forma integrada, totalizadora, holística, considerando os diversos processos que ali atuam, indo na contramão de uma análise estática da paisagem, contemplando todos os componentes, e as suas interrelações, sejam naturais ou sociais. A informação é importantíssima para um zoneamento ambiental, é necessário conhecer as potencialidades dos recursos naturais da área, conhecer o seu solo, seu relevo, clima, recursos hídricos, clima, flora, fauna, e qualquer outro componente relevante ao estudo, e para conhecermos as fragilidades, é necessário olhar para esses componentes de forma integrada. O meio pode ser estável ou instável, além das diversas subdivisões dessas categorias feitas por Ross, sendo classificados a depender da influência exercida pela sociedade para aquela natureza, que a princípio se encontrava em estabilidade, quanto mais modificada pelo homem, mais instável essa natureza será, se tornando cada vez mais frágil. Há distintas metodologias que avaliam a fragilidade da natureza, nos textos são abordadas as Unidades Ecodinâmicas, o Modelo de Fragilidade Potencial Natural com Apoio nos índices de Dissecação do Relevo, o Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio nas Classes de Declividade e o Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio em UTBs - Unidades Territoriais Básicas. As Unidades Ecodinâmicas são baseadas no conceito de Tricart, que se baseia na teoria geral dos sistemas, seguindo uma linha geomorfológica aplicada ao planejamento ambiental, partindo do pressuposto da utilização racional dos recursos pelos homens, seguindo critérios técnico científicos dentro de uma política conservacionista, traçando um paralelo entre as potencialidades dos recursos naturais e as fragilidades potenciais deles. O Modelo de Fragilidade Potencial Natural com Apoio nos índices de Dissecação do Relevo propõe que cada variável seja hierarquizada de acordo com sua vulnerabilidade. As variáveis são geomorfologia, solos, cobertura vegetal/uso da terra e clima, e a sua vulnerabilidade é dividida em 5 classes, onde as próximas de 1 indicam estabilidade, as próximas de 3 apresentam valores intermediários e as próximas de 5 correspondem aos locais mais vulneráveis. É estabelecido a classificação de fragilidade por meio da composição de 4 planos relacionados às variáveis já citadas, sendo elas os índices de Dissecação do Relevo, Solos, Cobertura Vegetal e Pluviosidade. O Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio nas Classes de Declividade é muito semelhante ao anterior, se diferindo por utilizar classes de declividade ao invés dos índices de dissecação do relevo, ou seja, as variáveis solo, cobertura vegetal/uso da terra e pluviosidade mantêm os mesmos parâmetros aplicados para o modelo anterior, entretanto para se estabelecer os intervalos das classes de declividade foram utilizados os intervalos já consagrados nos estudos de Capacidade de Uso/ Aptidão Agrícola associados aos valores já conhecidos de limites críticos de geotecnia, resultando em 5 classes de declividade organizadas hierarquicamente, sendo a primeira compreendida como “Muito Fraco”, correspondendo a um valor inferior a 6%, a segunda seria “Fraco”, representando valores entre 6 a 12%, a terceira seria “Médio”, sendo equivalente aos dados entre 12 e 20%, a quarta é considerada como “Forte”, correspondendo de 20 a 30%, e a quinta seria “Muito Forte”, sendo equivalente a valores acima de 30% de declividade. O Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio em UTBs - Unidades Territoriais Básicas consiste na integração do conjunto de variáveis rocha, solo, relevo, vegetação e clima, para assim estabelecer a vulnerabilidade do meio cada, quantificada por meio de uma pontuação de fragilidade que varia de 1 a 3, “desta forma, as unidades mais estáveis apresentarão valores mais próximos de 1,0, as intermediárias ao redor de 2,0 e as unidades de paisagem mais vulneráveis estarão próximas de 3,0”. Cada unidade territorial básica, representada pelos componentes já mencionados, recebe um valor final resultante da média aritmética dos valores individuais segundo uma equação empírica, que almeja representar a posição desta unidade dentro da escala de vulnerabilidade natural à perda de solo, onde o grau de fragilidade “muito baixa” estaria correspondido entre os valores 1 e 1,4, “baixa” seria representado pelos intervalos 1,4 e 1,8, “médio” seria equivalente aos valores entre 1,8 e 2,2, “forte” corresponde aos intervalos de 2,2 a 2,6, enquanto “muito forte” foi representado pelos valores que variam de 2,6 a 3. Por mais que assumissem metodologias distintas, as variáveis contempladas pelos modelos foram bem parecidas, uma boa diferenciação entre os modelos pode ser apontada ao distinguir os modelos propostos por Ross (Modelo de Fragilidade Potencial Natural com Apoio nos índices de Dissecação do Relevo e o Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio nas Classes de Declividade) que assumem um peso maior a uma determinada variável, nesse caso a geomorfologia, enquanto o modelo de Crepani (Modelo de Fragilidade Potencial Natural com apoio em UTBs - Unidades Territoriais Básicas) atribui a mesma importância a todas as variáveis, sendo as distintas ponderações das variáveis e a forma de cálculo para obtenção dos graus de fragilidade as grandes responsáveis pelas divergências de resultados apresentados entre os produtos gerados.
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