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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO HUAMBO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E MECÂNICA

TRABALHO DE PLANIFICAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

PRINCIPAIS RECURSOS HÍDRICOS DA PROVÍNCIA DO HUAMBO

Grupo nº 04
Integrantes:
 Ernesto Sunda
 Mário Sapato
 Narciso Manzambi
 Silvano Luyoko
 Tiago Ernesto

Docente

____________________________
Engº. Ricardo Polón Pérez

HUAMBO, JANEIRO DE 2021


ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

Objectivo Geral ............................................................................................................. 2

Objectivos Específicos .................................................................................................. 2

Objecto de investigação ................................................................................................ 2

Campo de acção ............................................................................................................ 2

PRINCIPAIS RECURSOS HÍDRICOS DA PROVÍNCIA DO HUAMBO .................... 3

O Rio Cubango ............................................................................................................. 3

Nascente do Rio Cubango ......................................................................................... 4

Necessidades Hídricas ............................................................................................... 5

O rio Cunene ................................................................................................................. 5

Precipitação ............................................................................................................... 6

O rio Queve ................................................................................................................... 6

Aproveitamento de Gove .............................................................................................. 7

CONCLUSÃO .................................................................................................................. 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 9


INTRODUÇÃO

Os recursos hidricos é o nome dado ao recurso natural da água, dentre os recursos


naturais disponiveis ao homem, a água é o mais importante, uma vez que é insubstituivel
à vida na terra. Por muito tempo acreditou-se que este era um recurso inesgotável, pelo
facto de aproximadamente 75% da superficie terrestre ser água. Entretanto, não era levado
em conta que , desse total, a parcela própria para consumo humano é bem menor

Angola possui um potencial hídrico importante, constituído por uma densa rede
hidrográfica directamente relacionada com o relevo do território, pois a sua maioria desce
das zonas planálticas e montanhosas para as regiões mais baixas.

A disponibilidade hídrica superficial média a nível nacional é de 4.598 m3/s e


representa um escoamento superficial médio anual de 116.300 m3/km2 do território
angolano e 11.809 m3/habitante.

Angola tem 47 bacias hidrográficas consideradas importantes pelo seu papel no


abastecimento de água e conservação do equilíbrio ecológico, as quais têm sido agrupadas
em 11 regiões hidrográficas. Algumas bacias hidrográficas escoam para rios
internacionais, sendo elas: Zaire, Zambeze, Cuando, Cubango, Cuvelai e Cunene.

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Objectivo Geral

 Citar os principais Recursos hídricos da provincia do Huambo

Objectivos Específicos

 Dar ênfase na importância da preservação dos recursos hídricos;


 Identificar os Recursos hídricos de maior potencial na provincia do Huambo;
 Enumerar os principais rios que nascem na província do Huambo.

Objecto de investigação

 Recursos hídricos

Campo de acção

 Recursos hídricos da provincia do Huambo

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PRINCIPAIS RECURSOS HÍDRICOS DA PROVÍNCIA DO HUAMBO

Huambo é uma província angolana, cuja capital também é Huambo. Sua área é de
35 771,15 Km² e corresponde a 2,6 % do território nacional. Na agropecuária, se destaca
pela produção de batata doce, milho.

Os rios: Queve (Huambo), Cunene (Boas Águas (Huambo)), Kubango (Vila nova
(Huambo)) e Cuando (Alto Cuito), são os principais rios com maior caudal que podem
ser utilizados para a rega e instalação de centrais hídricas para o fornecimento de energia
elétrica.

Huambo pode reivindicar o fornecimento de uma grande parte da água em angola,


particularmente para as áreas situadas a jusante dos seis rios que drenam a província: o
Cutato, é um importante afluente do rio Cuanza, o Cubango, o Cunene, o Catumbela, o
Balombo e o Keve. O Cubango e seus outros afluentes depois tornam-se no rio Okovango
que corre pela Namibia até ao mundialmente famoso Delta do Okavango, no Botswana.
O rio Cutato é muitas vezes confundido com o Nganguela que é importante afluente do
rio Cubango.

O Rio Cubango

É rio grande. Nasce lá em cima com vista para o Morro do Moco, céu de Angola
e arca de água de tantos rios que molham os pés a esta terra. Vem então desde lá de cima,
pouco a pouco, em direcção ao sudeste do país. Passa na Huíla onde dá nome a um
município, e cruza, cada vez mais caudaloso, as enormes vastidões do Cuando Cubango.

É ziguezague, é água a dar vida, com a força de muitos afluentes que o agigantam
antes de abandonar o país natal e avançar, como linha de fronteira, para a faixa de Caprivi,
na Namíbia. Último passo antes de se passar a chamar Okavango e desaguar no meio do
deserto, no norte do Botswana, em forma de um gigante delta que chega a cobrir 22 mil
quilómetros quadrados na época em que as chuvas em Angola provocam cheias no
Botswana.

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É para a parte final do percurso do Cubango em Angola (municípios do Cuito
Cuanavale, Nancova, Mavinga, Dirico e Rivungo) que as atenções estão agora viradas.
Com direito a primeiras páginas de jornais internacionais e pompas e circunstâncias.
Gabam-lhe as paisagens a perder de vista, verdes a acompanhar o rio. Gabam as águas
cristalinas de um Cubango que ainda não sente a pressão de grandes cidades, e cujo leito
atravessa, do princípio ao fim, vastidões solitárias e praticamente desabitadas. Gabam-
lhe a vida selvagem dos Parques Nacionais de Luengeu-Luiana e de Mavinga.

Uma imensidão de 90 mil quilómetros quadrados que se integram num projecto


maior – a Área de Conservação Transfonteiriça Okavango/Zambeze (KAZA, sigla em
inglês). Santuário natural de 260 mil quilómetros quadrados que interliga 36 áreas de
conservação de Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwé e que é a maior zona
ecoturística do mundo!

O Cubango é um rio de regime permanente que abastece cerca de 55% da água de


toda a Bacia do Cubango, mas com grandes variações de caudal ao longo do ano, sendo
seus principais afluentes os rios Cutato, Cuchi, Cuelei, Cuebe, Cueio, Longa, Cuatir e
Cuito. O Rio Cuito comparticipa com 45% sendo o principal tributário do Rio Cubango,
com uma vasta rede hidrográfica e um desenvolvimento praticamente paralelo ao
Cubango, desde a sua origem na região do Huambo até à sua confluência junto a Dirico.

O rio principal que dá o nome a bacia, (primeiro como Cubango em Angola e


depois como Okavango e finalmente através do Delta até Maun) cobre uma distância em
linha recta de 1.900 Km. A contribuição do caudal gerado em Angola é fundamental para
o equilíbrio ecológico da sensível área do Delta do Okavango, o qual representa o centro
de intensa actividade turística no Botswana, de maneira que as alterações ao regime de
caudais deverão ser sempre convenientemente ponderadas.

Nascente do Rio Cubango

O rio Cubango nasce perto de Chicala-Tchiloango (Vila Nova) no planalto do


Huambo e tem um curso de 975 km. O Cubango corre em direcção Sul até atingir
Kuvango (Ganguelas, Vila Artur de Paiva) a nordeste da Huíla onde recebe o rio Cutato
como afluente, e onde começa a inflectir para Leste até atingir a fronteira Sul com a

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Namíbia, de onde passa a servir de fronteira até ao Mucusso, nas Terras do Fim do
Mundo. Parte das àguas do rio Cubango perdem-se em pântanos no Botswana. A bacia
do Cubango em Angola é de cerca de 154.420 km². O rio Cubango é importante para a
história dos povos Khoisan e Ambó.

Necessidades Hídricas

Na área da bacia a disponibilidade em recursos hídricos não é ainda o factor


limitante para o desenvolvimento de uma agricultura irrigada. Todavia existe um
potencial de recursos em água que poderá servir para o fomento de uma agricultura
irrigada sem pôr em causa os caudais ecológicos que devem ser respeitados nem os
interesses dos outros países integrados na bacia hidrográfica do Okavango.

O rio Cunene

O rio Cunene nasce nas terras altas de Angola em altitudes entre 1 700 e 2 000
metros acima do nível do mar (m.a.n.m.), 32 km a este da cidade do Huambo. Este
planalto consiste em uma superfície ondulada erodida sobre um fundamento rochoso. A
área é caracterizada por precipitações regulares e solos férteis e tornou-se zona agrícola
densamente povoada. Nesta área situam-se as cabeceiras de outros rios importantes como
o Cuanza, Queve e Cubango.

Geograficamente, a bacia pode ser dividida em três secções principais: Alto,


Médio e Baixo Cunene. O Alto Cunene, localizado no Planalto Central de Angola em
altitudes entre 1 800 e 1 200 metros, abrangendo as cidades do Huambo e Matala, é
caracterizado por suaves colinas separadas por grandes vales rasos. O Médio Cunene
consiste em colinas suaves nas áreas a norte com terrenos que se vão tornando mais planos
em direcção a Ruacaná e à fronteira namibiana, enquanto o Baixo Cunene exibe uma
topografia montanhosa e condições semi-áridas a áridas. Perto da foz, o rio atravessa o
deserto do Namibe.

A relativamente pequena bacia hidrográfica e o declive íngreme do leito do rio


Cunene nas secções alta e baixa significam que o fluxo é relativamente rápido em
direcção à costa, deixando o rio quase seco no fim da estação seca. Os afluentes do curso

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superior no norte são tipicamente perenes enquanto os afluentes que alimentam o curso
médio são, na sua maioria, perenes e drenam grandes planícies de inundação. Os afluentes
nos trechos inferiores do Cunene são efémeros (temporários), caracterizados por curtas
enchentes. Devido àscondiçõesáridasencontradas nessa região, os afluentes da bacia
inferior somente contribuem com fluxos insignificantes para o Cunene. A área total da
bacia é de 106 500 km ², da qual 14 100 km ² (13 %) se encontram em território namibiano.

Precipitação

A precipitação na bacia do rio Cunene é incerta e variável. Ela varia de 1 300 mm


no curso superior a menos de 100 mm por ano no curso inferior. As taxas de evaporação
bruta da água na superfície variam de 1 700 mm na sub-bacia superior a 2 300 mm no
curso inferior junto do Oceano Atlântico. A variação sazonal de precipitação leva a secas
(assim como nos fins de 2007 e princípios de 2008) bem como de cheias. Em inícios de
2008, vastas áreas do norte da Namíbia e Angola sofreram cheias devido a precipitações
extremas.

O rio Queve

O rio Queve pertence às bacias costeiras do Centro-Oeste de Angola. A sua mais


longa nascente situa-se próximo de Boas Águas/Vila Nova- onde passa a ferrovia de
Benguela- a 45 km a Este da cidade de Huambo. O rio tem um estirão de 505 km a que
corresponde uma bacia hidrográfica de 23 870 km2 . Desagua ao sul de Porto Amboim.
Desenvolve-se segundo dois eixos o primeiro no sentido NW com 340 km e o segundo
no sentido W com 165 km. A bacia ocupa cerca de 1,5% do território de Angola (1 246
700 km2 ).

Bacia hidrográfica do rio Queve no total angolano. É uma bacia costeira, central.
Ocupa cerca de 1,5% da área de Angola. Na relatividade continental é um rio pequeno;
no contexto angolano é uma bacia média. Em termos de recursos naturais é uma bacia
rica, onde os chamados produtos tropicais encontram boas condições climáticas e
edáficas. Possui um formidável potencial hidroelectrico.

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O turismo poderá ser uma fonte de riqueza, a par com a agricultura,pecuária e
floresta exótica. A abundância de energia potencial (hidroeletricidade) poderá atrair
indústrias. O Amboim, no terço final, cujo centro de gravidade é a Gabela, é uma região
lindíssima.

Aproveitamento de Gove

O Aproveitamento Hidroeléctrico do Gove encontra-se situado a 119 Km do


município da Caála na província do Huambo. As obras de Construção do referido
Aproveitamentotiveram início em 1969. Porém, após paralisação em 1975, foram
retomadas em de 2008.

Foi inaugurada pelo chefe de estado angolano Eng.º José Eduardo dos Santos em
22 de Agosto de 2012. A sua principal bacia hidrográfica é constituída pelo rio Cunene,
tem uma potência instalada de 60 MW e produz em média ano 223 GWh, Fornecendo
energia para as províncias do Huambo e Bié.

Caudal máximo:2000m3/s
Queda:27,5m
Area inundada:178km2
Volume:257x10m3

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CONCLUSÃO

A provícia do Huambo se destaca como sendo umas das províncias com maior
potencial hídrico no pais, muitos dos principais rios a nível nacional nancem na província,
favorecida pelas suas altas quedas pluviométricas, Huambo recebe em média muito mais
chuva do que as outras províncias de Angola.

Nas serras altas do Huambo nasce um rio que decidiu não morrer no mar, o rebelde
Cubango inicia uma vida fantástica que percorre 1700 quilómetros até acabar no
Botswana. No meio do deserto do Kalahari, evapora-se em rio fantasma, num dos maiores
espectáculos naturais de todo o mundo.

A importância da Bacia do rio Cubango é muito influente, ela vai desde o


aproveitamento da água para o uso doméstico, fomento agro-pecuário e da pesca fluvial
até a navegação.

Recomendamos que se estabeleça um adequado planeamento do desenvolvimento


Sustentável a nível das principais Bacias Hidrográficas da provícia do Huambo e dar
particular ênfase a questão dos impactos ambientais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Azevedo, A.L. et all. (1972). Caracterização Sumária das Condições Ambientais


de Angola.

 Castanheira Diniz, A. e Barros Aguir, F.Q. (1973). Recursos em Terras com


Aptidão para o Regadio na Bacia do Cubango. IIAA, Nova Lisboa

 Dal-Re Tenreiro, R. e Hernandez, A.G. (1991). Hidrologia Superficial de


Pequenas Cuencas. CENTER. Madrid

 Serralheiro, R.P. (1981). Hidráulica Agrícola I. FCA, Huambo

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