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Agira José Calisto

Tema: Hidrografia em Moçambique.

(classe10a)

Escola Secundaria 22 de Agosto


Nampula de Junho de 2023
Agira José Calisto

Tema: Hidrografia em Moçambique.

Trabalho de carácter avaliativo de Geografia, 10 a classe,


turma 07, no 03, para entregar o professor: Francelino
Vicente Nacubeze.

Escola Secundaria 22 de Agosto


Nampula de Junho de 2023

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Índice
1.Introdução..................................................................................................................4
1.1.Objectivos…………………………………………………………………….4
1.2.Objectivos Gerais……………………………………………………………...4
1.3.Objectivos Específicos………………………………………………………...4
2.Definição da Hidrografia...........................................................................................4
3.Importância da Água..................................................................................................4
4.Características da hidrografia moçambicana.............................................................5
4.1. Tabela: Principais barragens e sua utilidade………………………………….6
5.Principais bacias hidrográficas..................................................................................7
6.Os principais Lagos...................................................................................................9
7.A origem dos lagos..................................................................................................10
8.Águas subterrâneas………………………………………………………………..10
9.Conservação e defesa da água.................................................................................11
10.Conclusão..............................................................................................................12
11.Bibliografia............................................................................................................13

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1. Introdução
Hidrografia é o ramo da Geografia responsável por estudar as águas do planeta
Terra. O conjunto das águas de uma região ou país também pode ser chamado de
Hidrografia. Entre os objectos de estudo dessa área estão: oceanos, rios, lagos,
mare, geleiras, águas da atmosfera e do subsolo.
A água é um recurso indispensável para a sobrevivência dos seres vivos,
considerando-se que cada individuo precisa, diariamente, de 2,5 litros de água para
satisfazer as necessidades do seu metabolismo.
I.1. Objectivos
I.2. Objectivos Gerais
 Abordar sobre hidrografia
I.3. Objectivos Específicos
 Definir a hidrografia;
 Explicar a origem dos lagos moçambicanos;
 Identificar os principais lagos de Moçambique;
 Identificar as principais Bacias hidrográficas de Moçambique;
 Explicar as características gerais dos ris de Moçambique;

2. Definição da Hidrografia
É a ciência que estuda a hidrosfera ou seja as águas continentais (rios, lagos, lagoas
e pântanos), águas subterrâneas e águas marítimas.
A maior parte da água total do planeta está concentrada em oceanos e mares,
correspondendo a 97% da reserva hídrica. As águas continentais representam
aproximadamente 2,7% da água do planeta Terra. Entre os objectos de estudo da
Hidrografia estão: Rios, Oceanos, Lagos, Mares, Geleiras, Água do subsolo e Água
da atmosfera;

3. Importância da Água
O estudo da água reveste-se de uma importância capital, já que toda a Vida na Terra
depende dela. Porém, apesar da sua importância, durante a actividade económica dos
Homens, grandes quantidades de água são incorporadas no processo de produção e
várias são as substâncias que são nelas introduzidas desde resíduos sólidos a resíduos

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químicos. Destes, os tóxicos são aqueles que trazem consequências negativas mais
graves ao equilíbrio ecológico da hidrosfera.
A água é um recurso indispensável para a sobrevivência dos seres vivos,
considerando-se que cada individuo precisa, diariamente, de 2,5 litros de água para
satisfazer as necessidades do seu metabolismo.
A água representa 60% da constituição do Homem e 95% da dos vegetais. Por outro
lado, a água é utilizada como fonte de energia, tanto para mover as turbinas das
grandes centrais hidroeléctricas como dos pequenos moinhos. Para além disso, as
águas superficiais são autênticos meios de comunicação onde circulam desde
pequenos barcos até enormes navios de grande tonelagem.

Em Moçambique, o maior consumidor de água é a irrigação, seguida do


abastecimento urbano.
A água superficial constitui a maior fonte de água em Moçambique. A bacia do rio
Zambeze representa cerca de 50% dos recursos hídricos superficiais.
Como vemos, o estudo geográfico da camada líquida da Terra é muito importante,
não só para a Vida, mas também para garantir a normal troca natural de substâncias e
matéria.

4. Características da hidrografia moçambicana

É sabido por todos que, da água que cai da atmosfera, uma certa porção evapora-se,
uma outra escorre pela superfície terrestre e finalmente uma outra parte infiltra-se no
solo.
As águas que se infiltram podem ressurgir e fundir-se nas águas superficiais ou
incorporar-se nos cursos de água subterrâneas ou lençóis freáticos.
As características dos rios moçambicanos dependem muito do clima, da disposição
do relevo e da situação geográfica.
As maiorias dos rios são periódicos devido ao clima tropical (duas estações),
registando o máximo do caudal na estação chuvosa (Dezembro a Fevereiro) e o
mínimo na estação seca (Maio a Setembro), mas também existem os rios de regime
temporário, cujos cursos sé aparecem quando chove.
O regime de um rio pode ser representado graficamente através do hidrograma,
onde se colocam, no eixo das ordenadas, os caudais mensais ou os coeficientes
mensais do caudal (obtém-se dividindo os caudais mensais pelo caudal médio anual
ou módulo do rio) e, no eixo das abcissas, os meses. O regime depende de numerosos

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factores em interconexão - o solo, a vegetação e o clima, o regime da precipitação e a
sua distribuição ao longo do ano fazem variar o caudal.

Devido ao relevo disposto em escadaria, os rios moçambicanos têm


características várias:

 Correm de este para oeste;


 A maioria dos rios mais importantes nasce nos países vizinhos (Rovuma,
Zambeze, Púnguè, Save, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi e Maputo).
 Como a região sul se apresenta sob a forma de planície não se registam
cataratas, quedas ou vales profundos. Pelo contrário, os rios atravessam vales
largos e pouco profundos, o que facilita as inundações.
 São pouco navegáveis devido à sua pequena profundidade. Eles formam
também meandros nas planícies.
 A sul, devido ao terreno arenoso, regista-se uma grande infiltração.

4.1. Tabela: Principais barragens e sua utilidade

Nome Rio Cidade Objectivo


próxima
Pequenos Umbelúzi Maputo Abastecimento urbano, irrigação
Libombos
Corumana Sabié Moamba Irrigação e produção de energia
Macarretane Limpopo Chókwè Irrigação
Massingir Elefantes Chókwè Irrigação e produção de energia
Mavuzi Revué Chimoio Produção de energia
Chicamba Revué Chimoio Abastecimento urbano, produção de
energia
Chimoio Mezingaze Chimoio Abastecimento urbano
Cahora Bassa Zambeze Tete Produção de energia

Nampula Monapo Nampula Abastecimento urbano


Nacala Muecula Nacala Abastecimento urbano
Chipembe Montepuez Montepuez Irrigação
Locumue Lucheringo Lichinga Abastecimento urbano

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5. Principais bacias hidrográficas

Bacia hidrográfica – é o conjunto formado pela rede hidrográfica e os terrenos


drenados, pelo rio principal. Moçambique dispõe de muitos rios, que se localizam ao
longo do território nacional, apresentando diferenças no seu comportamento
influenciado pelas condições climáticas e morfológicas, fundamentalmente.
 Bacia do Rovuma (101.160 km²)
É irrigada pelo rio Rovuma que nasce no planalto de Ungone na República Unida
da Tanzânia, os 650 km são percorridos no território nacional no sentido, Oeste,
este, desaguando em Estuário no Oceano Índico junto ao distrito de Palma,
Província de Cabo Delgado. O seu regime é constante, alimenta-se da água da
chuva, bem como, dos seus afluentes: rios Lugenda, Messinge e Lucheringo.
 Bacia de Lúrio (60.800 km²)
O Rio Lúrio nasce no monte Malema em Nampula até a sua foz no Índico
onde termina em estuário depois de percorrer 1.000 km contemplando
também as províncias do Niassa e Cabo Delgado. O seu regime é periódico e
conta com os afluentes, rios: Lalaua e Moataze.
 Bacia do Zambeze (820 km² em Moçambique)
O rio Zambeze nasce na Zâmbia a 30 km da fronteira com Angola. A sua área
total é de 1.390.000 km² é também partilhada entre: Angola, Namíbia,
Malawi e Botswana.
Nas zonas montanhosas e planálticas apresenta cataratas (quedas de água)
como são os casos de Quedas Victória (Victory Fall’s) com cerca de 1708 m
de extensão e uma queda de 99 m, Chavuma Fall’s e Ngonye Fall’s.
O rio Zambeze possui um elevado potencial hidroeléctrico, e, é sobre ele que
se construíram as barragens de Cahora-Bassa, na província de Tete e de
Kariba entre Zimbabwe e Zâmbia. O rio Zambeze tem um comprimento de
830 km na parte moçambicana, do seu total de 2.700 km e desagua em forma
de um delta no oceano Índico em Chinde, província da Zambézia. O seu
regime é constante e os afluentes são Chire, Aruângua e Luenha (Bila, 2013).

 Bacia de Búzi (28.800 km²sendo, 25.600 km² em Moçambique)

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O rio Búzi nasce no Zimbabwe, atravessa Manica e Sofala até Índico,
percorrendo a mesma distância de 320 km, na bacia de Búzi, localiza-se o rio
Revué onde se encontra a Barragem de Chicamba Real na província de Manica.

 Bacia de Púnguè (29.500 km²)

O Rio Púngue nasce no Zimbabwe, atravessa Manica e Sofala num percurso de


322 km até a sua foz no Oceano Índico; O seu regime é periódico.

 Bacia de Save (22.575 km²)

O rio Save nasce no Zimbabwe e tem a sua foz no Índico, percorrendo 330 km,
atravessando uma vasta planície, separando as províncias de Manica e Sofala
(Centro), Gaza e Inhambane (Sul) e desagua em forma de estuário no oceano
Índico em de Nova Mambone, possuindo regime periódico.

 Bacia de Limpopo (80.000 km²)

O rio Limpopo nasce na África do Sul, percorrendo 1.170 km, dos quais,
600km em Moçambique. Ela é partilhada ainda pelo Zimbabwe e termina no
Indico na zona de Xai-Xai. Possui como afluente principal, o rio dos
Elefantes onde se localizam as barragens: de Massingir e de Macarretane .

 Bacia de Incomáti (46.200 k km², sendo 14.925 km² em Moçambique)

O Rio Incomáti nasce na África do Sul e desagua no Oceano Indico, depois de


um percurso de 280km. O rio Sábie é o seu afluente, sobre o qual, ergueu-se a
barragem de Corumana, no Distrito de Moamba, província do Maputo.

 Bacia de Umbelúzi (2.240 km² em Moçambique, dos 5.460 km² do seu


total);

O rio Umbelúzi nasce na Suazilândia e entra em Moçambique através do


posto administrativo de Goba. É sobre ele que foi erguida a barragem dos
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Pequenos Libombos, de salientar que as suas águas abastecem as cidades de
Maputo e Matola.

 Bacia do Maputo (1.570 km²)


O rio Maputo nascendo no Kwazulu-Natal na África do Sul na confluência entre os
rios Phongolo Ngwavuma e Suthu percorre 150 km no território moçambicano até a
baia de Maputo onde desaguam em estuário.
6. Os principais Lagos
É a acumulação permanente de águas numa depressão fechada de terreno. E são
extensões de uma massa permanente de água, relativamente ampla e mais ou
menos profunda, depositada numa depressão de terreno e, em geral, sem
comunicação imediata com o mar.

A natureza ou seja a origem dos lagos é diversificada, como podemos reparar:

1. Lagos naturais: estes podem ser de origem interna ou externa

 Os lagos de origem internam: são aqueles que resultam dos


movimentos internos da terra (vulcões, movimentos tectónicos e sismos)
que têm provocado fracturas ou desabamentos de blocos. Ex: Lagos:
Niassa, Chiúta, Amaramba e Chirua.

 Os de origem externa: são aqueles que resultam da acção dos agentes


externos (vento e acção erosiva da água). Ex: Lagos: Massave, Quíssico,
Poolela, Nhambavale e Bilene.

2. Lagos artificiais: são aqueles que resultam da acção consciente do Homem,


e são chamados de barragens ou albufeiras.
Ex.: Cahora–Bassa, Chicamba Real, Massingir, Corumana e Pequenos
Libombos.
7. A origem dos lagos

Os lagos têm uma origem muito variada. Em relação á sua génese podem classificar-
se em:

o Lagos de origem interna: são tipos de lagos de abatimento e subdividem-se em:

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 Lagos tectónicos - os que têm a sua origem em fracturas de terreno, como é
o caso do lago Niassa, em inflexões da crusta terrestre, ou ainda no
desabamento de cavidades subterrâneas (é o caso dos lagos cársicos).
 Lagos vulcânicos - os que estão localizados em crateras vulcânicas ou nos
afundamentos provocados por explosões vulcânicas.

o Lagos de origem externa: resultam de forças externas da crusta. De entre estes


lagos destacam-se os de erosão, de barragem e residuais. Os lagos de erosão são
originados pelas chuvas, pelo vento ou pelos glaciares que actuam preparando a
depressão.

8. Águas subterrâneas

Resultam da infiltração das águas das chuvas nos solos permeáveis até atingir as
rochas impermeáveis, formando deste modo, um rio subterrâneo ou toalha freática,
vulgarmente conhecida por lençol de água. Estas águas estão em constante circulação
interna e caso encontrem fissuras nas rochas podem aflorar à superfície e formar
nascentes. (Bila,2013: 63)
A nascente pode ser de água fria ou quente, e caso se trate deste último caso, têm-se
as chamadas águas termais, são águas de maior valor medicinal e localizam-se nas
províncias de Tete (Zumbo). Zambézia (Lugela, Namacurra e Pebane) e Niassa
(Metangula).
As nascentes de água mineral mais conhecidas e consumidas ocorrem nas províncias
de Nampula ( Ribaué), Manica (Vumba), Maputo (Namaacha e Goba), etc..
Além disso, as águas que se infiltram estão sujeitas ao princípio dos vasos
comunicantes, ou seja, podem construir uma circulação interna. Nos terrenos secos, a
água circula pelas diáclases das rochas e concentra-se em camadas de major
amplitude, podendo originar verdadeiros rios e lagos subterrâneos.

9. Conservação e defesa da água

A água representa 3/4 do globo terrestre, mas a maior parte dela, cerca de 97%, é
salgada. Embora seja um recurso renovável, a água potável representa apenas 3% de
toda a água disponível, o que significa que o seu uso e conservação devem ser uma

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grande preocupação para toda a Humanidade. Ela é utilizada praticamente em todas
as nossas actividades do dia-a-dia. Nos últimos tempos, ela tem sido vítima da
poluição. Muitas vezes, a poluição da água é originada pela actividade humana,
quando se lançam poluentes na água dos rios, mares, lagos e lagoas.
As actividades industriais são as grandes responsáveis pela poluição aquática, ao
largarem poluentes para os rios e mares. Outras formas de poluição da água
manifestam-se através de produtos expelidos pelos esgotos das grandes cidades para
o mar, rios ou lagos, que matam os recursos pesqueiros e prejudicam a actividade
turística (praias) e a própria agricultura. A água potável é muitas vezes contaminada
por produtos químicos que põe em perigo a saúde humana, causando cólera, febre
tifóide e outras doenças. Os oceanos são também palco de grandes derramem de
petróleo, de «cemitérios» de produtos tóxicos contemporizados (por vezes
radioactivos) e da lavagem de petroleiros no alto mar, que fazem perigar o ambiente
aquático.
A água é um precioso líquido que deve ser gerido através de acções conjuntas a nível
nacional regional e internacional.

10. Conclusão

No presente trabalho concluímos que a Hidrografia é o ramo da Geografia


responsável por estudar as águas do planeta Terra. O conjunto das águas de uma
região ou país também pode ser chamado de Hidrografia. Entre os objectos de estudo

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dessa área estão: oceanos, rios, lagos, mare, geleiras, águas da atmosfera e do
subsolo.
Vale realçar que cada um deles tem a sua finalidade muito importante na vida
terrestre. A água representa 3/4 do globo terrestre, mas a maior parte dela, cerca de
97%, é salgada. Embora seja um recurso renovável, a água potável representa apenas
3% de toda a água disponível, o que significa que o seu uso e conservação devem ser
uma grande preocupação para toda a Humanidade. Ela é utilizada praticamente em
todas as nossas actividades do dia-a-dia.

11. Bibliografia
1.BILA, Helena e FONDO, Jeremias Luís. Geografia. 10ª Classe. ed Person.,
Maputo. 2013
2. IEDA. Material de Estudo da Geografia 10ªClasse. Índia. 2013

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3. INDE. Atlas de Moçambique. Editora Nacional de Moçambique. S.A. Maputo.
2009
4. INE, Anuário Estatístico, 2011
5. MUCHANGOS, Aniceto dos, Moçambique Paisagens e Regiões Naturais, edição
do autor, s/l, 1999
6. NANJOLO, Luís Agostinho e ISMAEL, Abdul Ismael. Geografia 10ª Classe.
Texto Editores. Maputo. 2007
7. SILVA, José Julião. Geografia 10ª Classe. Plural Editores. Maputo. 2013
8. TEMBE, GRAZIELA, Geografia 9ª classe. Texto Editores, Lda. Maputo, 2008

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