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Resumo
Abstract
This article aims to point out some concepts about the geosystemic method,
as well as to reveal certain important points to carry out a dynamic spatial modeling,
aimed at the generation of future scenarios. Its importance is directly linked to the
management of the territory, since by knowing the possible changes that will happen
in the land cover, public managers can prepare for such an event. The Geosystem is
a method based on the totality of the environment, understanding reality through the
understanding of all factors. The realization of land use and coverage mapping is
fundamental for this analysis, in order to carry out good future surveys, it is
necessary to know the past uses beforehand, where several methodologies assist for
such elaborations, as it will be noted throughout the article.
Keywords: Geosystems; Dynamic spatial modeling; future scenarios; territory
management; land use and coverage.
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1 INTRODUÇÃO
3 MÉTODO GEOSSISTÊMICO
arcabouço teórico que serviu como base para sua elaboração. Um dos primeiros
passos dados ocorreu após estudos de Alexander von Humboldt, ao buscar
compreender a paisagem não de forma separada, mas sim analisando as
interrelações entre seus componentes, nunca subtraindo da equação o âmbito
social, como podemos visualizar em sua conceituação sobre paisagem, ao
descrevê-la como “Der Totalcharakter einer Erdgegend”, ele aponta a paisagem
como sendo uma área geográfica disposta de forma total. Para reforçar essa ideia, a
obra “Holism and evolution”, criada por Smuts (1926), ao utilizar-se do termo
holismo, como sendo algo totalizador, torna necessário a compreensão dos
fenômenos do universo sem que ocorra uma redução dos seus processos para à
simples soma de seus constituintes, essas ideias encaixam muito bem na
abordagem sistêmica, já que o correto nesse método é a compreensão dos
componentes como um todo, organizados e constituindo um sistema de relações.
(NAVEH & LIBERMAN, 2013 e MELO, 2009)
A teoria geral dos sistemas, trabalho de Von Bertalanfy (1975), foi o primeiro a
formular um arcabouço teórico sobre sistemas, e com certeza foi fundamental para a
concepção dos geossistemas, entretanto anteriormente, a conceituação de
Ecossistema por Tansley em 1935, e de “biogeocenose” por Sukachev em 1942,
contribuiriam para um avanço científico da ecologia, e consequentemente auxiliariam
na construção teórica dos geossistemas. (MELO, 2009)
A abordagem sistêmica se difundiu em diversas áreas da ciência, mas foi com
Sotchava (1977) que ela penetrou de fato na geografia, por meio da criação do
método geossistêmico no ano de 1960. Esse método consistia na análise das
diversas interações e transformações por meio de um enfoque físico geográfico,
visto que ocorrem interrelações entre matéria e energia, onde Sotchava (1963, p. 53)
o conceituou como “unidade natural de todas as categorias possíveis, do
geossistema planetário (envelope geográfico ou ambiente geográfico em geral) ao
geossistema elementar (fácies físicogeográfica)”, ou seja, englobando desde as
feições mais genéricas e universais, até as mais detalhadas e locais. Entretanto a
sua conceituação ficou muito vaga, não havia uma definição espacial precisa,
abrindo brechas para distintas utilizações do termo, onde trabalhos empregaram o
geossistema com conteúdo, metodologia, escala e enfoque distintos, a exemplo de
Bertrand e Tricart (1968), Gerasinov (1969), Chorley & Kennedy (1971),
Beroutchachvili e Bertrand (1978), Christofoletti (1979, 1999), Preobratzensky
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4 METODOLOGIA
Para uma análise espacial mais clara e profunda, será utilizado uma
ferramenta de SIG (Sistemas de Informação Geográfica), que é o programa gratuito
do Quantum GIS (QGIS), em sua versão 3.10, que é licenciada pela General Public
License (GNU). Foram coletados arquivos e informações secundárias obtidas
através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), Instituo Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Plano Diretor do Município de Araraquara, Fundação
Brasileira de Desenvolvimento Sustentável (FBDS) ou dados primários produzidos
pelo autor (correções de arquivos vetoriais e o mapeamento do uso da terra)
utilizando como base imagens do Google Earth, que apresenta mosaicos de
imagens de satélites que cobrem todas as regiões da Terra, tornando possível
delimitar as áreas de interesse do trabalho com uma grande exatidão. Também
serão utilizadas imagens do satélite CBERS-4, utilizando diferentes composições de
imagens, analisando os resultados das junções de suas diferentes bandas, para
uma melhor visualização do objeto de interesse.
Com base em diferentes autores, será utilizado na dissertação o
complemento MOLUSCE do software QGIS, para assim realizar as prospecções de
cenários futuros, tomando como parâmetro metodológico os trabalhos de El-Tantawi
(2019), Guidigan (2019) e Rahman (2017). Serão realizados mapeamentos de uso e
cobertura da terra para os anos de 2020, 2010 e 2000, treinando o software por
meio de prospecções simuladas desses anos, para assim realizar as projeções de
cenários futuros, para os anos de 2030 e 2040. Será ainda acrescentado no
MOLUSCE mapeamentos hipsométricos (por meio do Modelo digital de elevação,
elaborado a partir de curvas de nível cotadas), de declividade (gerado por meio do
resultado o MDE, calculando a declividade por meio da função “slope”), distância
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(1)
4.2.1 MOLUSCE
5 CONSIDERAÇÕS FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, C.; Hess, L.; Melack, J.; Novo, E. Mapping amazon wetlands through
region growing segmentation and segmented-based classification JERS-1
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EL-TANTAWI, Attia M. et al. Monitoring and predicting land use/cover changes in the
Aksu-Tarim River Basin, Xinjiang-China (1990–2030). Environmental monitoring
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RAHMAN, M. Tauhid Ur et al. Temporal dynamics of land use/land cover change and
its prediction using CA-ANN model for southwestern coastal Bangladesh.
Environmental monitoring and assessment, v. 189, n. 11, p. 1-18, 2017.
TANSLEY, A. G. The use and abuse of vegetational concepts and terms. Ecology,
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VON BERTALANFFY, Ludwig. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1975.
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WAINGER, L.; RAYBURN, J.; PRICE, E. Review of land use change models:
applicability to projections of future energy demand in the Southeast United States,
UMCES (CBL) Ref, n 07-187, 2007.