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LICHINGA, 2019
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIA DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
LICHINGA, 2019
Índice
1. Introdução ............................................................................................................... 3
1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 3
1.1.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 3
2. Principais processos geomorfológicos .................................................................... 4
3. O caráter historicista: morfogênese ....................................................................... 4
4. A previsão de fenômenos: morfodinâmica .............................................................. 5
5. Diferença e classificação dos processos geomorfológicos ..................................... 6
5.1. Geografia – morfogênese e morfodinâmica ......................................................... 6
6. Conclusão ............................................................................................................... 9
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 10
1. Introdução
É importante levantar essa discussão porque, é através dela que podemos apontar a
importância da Geomorfologia para a Geografia e também distinguir as duas
abordagens: Morfogênese e Morfodinâmica. Apresentar essa discussão dentro da
Geomorfologia e problematizá-la pode trazer avanços nos estudos da Geografia e em
suas aplicações na relação sociedade/natureza.
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2. Principais processos geomorfológicos
A geomorfologia aborda o estudo das formas de relevo e dos seus processos. O relevo
e as águas superficiais são elementos que se integram ao clima, vegetação e solos
na organização dos sistemas ambientais físicos. As características desses sistemas
são expressas a partir da dinâmica interativa dos processos físicos e biológicos, que
incorporam os produtos das atividades humanas.
De acordo com Birot (1955), existem outros aspectos que dificultavam o estudo dos
processos exógenos no entendimento das formas de relevo, à luz da história e da
análise estrutural. O estudo dos processos na paisagem demanda observação precisa
e até mesmo experiências difíceis e estudos aplicados. Ainda segundo Birot (1955),
esse estudo é auxiliado por resultados produzidos por engenheiros hidráulicos e
arquitetos, como contribuição multidisciplinar. Isto implicaria, materialmente, em um
estudo incapacitado de um programa autônomo, ou seja, estaria sempre dependente
de dados de outros profissionais.
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É importante observar que, sob a abordagem integrada da
paisagem, retoma-se a ideia de processos exógenos como
importante fenômeno de esculturação das formas, porém, agora,
de elaboração de conjuntos paisagísticos, em função das
condições climáticas, que vão influenciar o tipo de agente,
processo, formas esculpidas ou de acumulação, de acordo com a
intensidade, frequência e magnitude dos processos.
A abordagem climática, com foco nos processos geomórficos que ocorrem ao longo
do tempo geológico e nos diferentes domínios morfoclimáticos, possibilitou ampliar o
número de trabalhos voltados para o entendimento dos processos superficiais e a
complexidade existente entre eles.
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A autora Suertegaray (2002) também afirma que é através da morfodinâmica que se
pode pensar em uma Geomorfologia atual, que possa lidar com as imposições postas
a ela, e ainda conduzir pesquisas que tratem da degradação da natureza e da busca
de meios de viabilizar uma sociedade sustentável. É possível que a Morfodinâmica
seja um instrumento não somente atrelado a Geologia (como citado pela autora), mas
sim um dos principais ramos da Geografia, no que tange os estudos e análises
ambientais interdisciplinares:
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Geografia é mais que justificável. Como responsável pelo
entendimento das relações do geo-relevo, constitui-se em
importante referencial para a manutenção e estruturação dos
sistemas físico-naturais diante das transformações sociais, o que
justifica sua função ambiental (CASSETI, 1991, p.36).
Suertegaray (2002) pensa que a Geomorfologia enquanto disciplina está em um
grande paradigma em suas abordagens e consequentemente, seus usos. A
abordagem de Geomorfologia no prisma da gênese do relevo passa a ser insuficiente
para entender a complexidade da crise ecológica ecoada na pós-modernidade. Esta
crise precisa ser gerida, e a geomorfologia, assume o papel de principal articuladora.
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trouxeram a discussão ambiental à tona nos estudos de Geografia e, também, à
ciência em geral. Verifica-se ainda que
Diante disso, a Geomorfologia disciplinar, no ensino superior, deve contribuir para que
o profissional em Geografia seja capaz de atuar satisfatoriamente frente às demandas
da sociedade desse novo século. Sabe-se que é impossível negligenciar a interação
entre o conhecimento científico e as correspondentes condições técnicas, políticas,
econômicas, filosóficas e até religiosa, nas quais a sociedade vive em cada tempo
(SOUZA, 2009).
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6. Conclusão & Recomendações
Acredita-se que as reflexões realizadas neste texto não devam ocorrer somente na
esfera acadêmica, mas se estender até o ensino de base. Neste nível de ensino se
pode iniciar o processo de ruptura da visão dicotômica da Geografia entre o físico e o
humano, a partir dos aspectos vividos e percebidos pelos sujeitos diante a realidade.
Esta é marcada por paisagens e territórios cujas configurações compreendem a
interação dos diversos componentes do espaço geográfico sejam eles culturais,
econômicos, políticos e naturais.
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Referências Bibliográficas
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