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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 3
a) Geral ....................................................................................................................................... 3
b) Específicos ............................................................................................................................. 3
1.3. Metodologias da Pesquisa ................................................................................................... 3
2. Factores de Formação do Solos .............................................................................................. 4
a) Material de Origem................................................................................................................. 4
b) Relevo .................................................................................................................................... 4
c) Clima ...................................................................................................................................... 5
d) Organismos ............................................................................................................................ 5
c) Tempo ..................................................................................................................................... 5
d) Vegetação ............................................................................................................................... 5
2.1. Formação dos solos ............................................................................................................. 6
2.1.1. Processos de Formação Do Solo ...................................................................................... 6
a) Adições ................................................................................................................................... 6
b) Perdas ..................................................................................................................................... 6
c) Transformações ...................................................................................................................... 7
d) Transportes ............................................................................................................................. 7
2.2. Composição dos solos ......................................................................................................... 7
a) Minerais .................................................................................................................................. 8
c) Matéria Orgânica .................................................................................................................... 8
d) Água ....................................................................................................................................... 8
e) Ar ............................................................................................................................................ 8
f) Organismos do Solo ................................................................................................................ 8
2.3. As características climáticas na região de Nampula ............................................................ 8
2.4. Topográficas e geológicas da região ................................................................................... 9
3. Conclusão ............................................................................................................................. 11
4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 12
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1. Introdução
A formação dos solos é um processo complexo influenciado por diversos factores ambientais.
Conhecidos como factores de formação do solo, esses elementos incluem o clima, a
vegetação, o relevo, o material de origem e o tempo. Cada um desses factores desempenha um
papel crucial na determinação das características físicas, químicas e biológicas dos solos em
uma determinada área. Compreender como esses factores interagem é fundamental para o
estudo da pedogenese e para o manejo sustentável da terra. Nesta introdução, exploraremos
brevemente a influência desses fautores na formação e na diversidade dos solos ao redor do
mundo. Nesta ordem de ideias, o presente trabalho versa sobre factores de formação dos
solos.
1.2. Objectivos
a) Geral
Conhecer os factores influentes na formação dos solos
b) Específicos
Apresentar a formação dos solos e sua composição.
Identificar os factores de formação dos solos.
Compreender os factores de formação dos solos.
a) Material de Origem
Durante o processo de formação do solo, o elemento primordial de origem exerce influência
sobre uma variedade de características e pode ser categorizado em duas amplas categorias:
rochas e sedimentos. As propriedades mais significativas das rochas, que têm impacto nos
atributos do solo, incluem a sua composição química e mineralógica, bem como a sua cor e
textura. (Brady e Weil, 2013 apud Pereira, Dos Anjos, Júnior, Pinto, Neto, & Fontana, 2020,
p. 3).
As rochas classificadas como ácidas são aquelas que contêm mais de 65% de SiO 2 em
sua composição, além de serem ricas em alumínio. Minerais com alto teor de SiO2 são
denominados minerais félsicos, como quartzo e feldspatos, que por sua vez, resultam em solos
de textura arenosa, coloração amarelada e baixa fertilidade natural. Por outro lado, as rochas
básicas possuem menos de 52% de SiO2 e contêm uma quantidade maior de ferro e magnésio,
conhecidos como minerais ferromagnesianos ou máficos, como olivina, piroxênios e biotita,
resultando em solos de textura mais argilosa, coloração avermelhada e maior fertilidade
natural. (Pereira, Dos Anjos, Junior, Pinto, Neto, & Fontana, 2020, p. 20) .
Os sedimentos representam outro amplo conjunto de materiais de origem do solo. Resultam
da decomposição das rochas devido à intemperização e da acção de processos erosivos,
frequentemente sendo transportados e depositados em diferentes partes da paisagem.
b) Relevo
Responsável pelo controle dos processos hídricos na paisagem, incluindo a lixiviação, erosão
e drenagem, é influenciado pela distância até o lençol freático e pela inclinação do terreno.
Nas áreas elevadas, onde o lençol freático está distante, a drenagem é eficiente, especialmente
com baixas inclinações, favorecendo a infiltração. Por outro lado, em áreas com boa
drenagem, mas inclinações acentuadas, há mais escoamento superficial, aumentando a erosão.
Nas áreas mais baixas, apesar da menor inclinação, a proximidade com o lençol freático
resulta em drenagem inadequada, levando à saturação do solo e condições anaeróbicas (Brady
& Weil, 2013, p. 22).
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c) Clima
Segundo Kampf e Curi, (2012, p.207), a actuação do clima na pedogênese está associada
principalmente aos atributos precipitação pluviométrica, as taxas de evaporação e a
temperatura, tendo em vista a influência dos mesmos no intemperismo e evolução dos solos.
d) Organismos
Esses factores estão estreitamente ligados ao clima, que influencia a capacidade de adaptação
da vida animal e vegetal às condições de humidade e temperatura de um determinado
ambiente. São elementos determinantes para a formação do solo, a acção dos organismos no
substrato é crucial na distinção entre os processos de formação do solo e intemperismo. A
contribuição de matéria orgânica ao solo por meio de detritos de plantas, como folhas ou
raízes, e sua decomposição pela actividade da fauna, incluindo formigas, minhocas e
microrganismos, desempenham diversos papéis no solo, influenciando a agregação de
partículas, escurecimento do horizonte superficial, infiltração de água para reduzir a erosão e
retenção de nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. (Kampf & Curi, 2012, p. 45).
c) Tempo
O fator tempo não apenas indica a sequência cronológica dos eventos, mas também está
relacionado com o nível de maturidade e evolução. Em regiões de clima árido e semiárido,
caracterizadas por baixa precipitação pluviométrica, a exposição prolongada do material de
origem pode resultar na formação de solos jovens e pouco desenvolvidos devido à baixa taxa
de intemperismo. Por outro lado, ambientes sujeitos a intensos processos de intemperismo e
alteração do material de origem tendem a desenvolver solos mais maduros e evoluídos,
mesmo que tenham sido expostos recentemente, do ponto de vista da formação do solo.
d) Vegetação
A vegetação influencia a formação do solo através de vários mecanismos, como a adição de
matéria orgânica ao solo, a interceptação de água da chuva, a protecção contra a erosão e a
liberação de substâncias químicas através das raízes (Brady & Weil, 2013, p. 210).
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Figura 1. Representação de um transacto com variações na cobertura pedológica relacionadas à atuação dos
fatores de formação do solo. Fonte: (Pereira, Dos Anjos, Junior, Pinto, Neto, & Fontana, 2020, p. 5).
b) Perdas
Durante seu desenvolvimento, os solos sofrem perdas de materiais tanto na forma sólida,
através da erosão, quanto em solução, por meio da lixiviação. Em terrenos fortemente
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inclinados, os solos tendem a ser mais superficiais devido à erosão que ocorre, resultando na
perda de materiais. A água da chuva dissolve os minerais do solo, liberando elementos
químicos, como cálcio, magnésio, potássio e sódio, que são carregados para as águas
subterrâneas. Esse processo de perda é conhecido como lixiviação. Em áreas com baixa
precipitação, as perdas desses elementos são menos acentuadas em comparação com regiões
de maior pluviosidade. Essas perdas por lixiviação explicam a ocorrência de solos com baixa
fertilidade, mesmo quando originados de rochas que possuem uma grande quantidade de
nutrientes essenciais para as plantas (Lima & De Lima, 2018, p. 8).
c) Transformações
Durante o processo de formação do solo, ocorrem transformações que englobam mudanças
químicas, físicas e biológicas. Isso inclui a conversão de minerais primários em minerais
secundários, como argilas, a partir das rochas originais. As areias presentes nos solos também
têm origem nos minerais da rocha. As cores dos solos, como vermelho, amarelo ou vermelho-
amarelo, são resultado da formação de compostos, como óxidos, a partir do ferro liberado
durante a alteração das rochas. Materiais vegetais em decomposição, como folhas e raízes,
sofrem transformações por acção de organismos do solo, resultando em húmus, que confere a
cor escura aos solos, juntamente com a liberação de ácidos orgânicos que afectam os
componentes minerais. (Lima & De Lima, 2018, p. 8).
d) Transportes
Devido à influência da gravidade e da evapotranspiração, que é a perda de água pelas plantas
e solo devido ao calor, pode ocorrer o deslocamento de materiais orgânicos e minerais dentro
do solo. Esse movimento pode ocorrer tanto de cima para baixo quanto de baixo para cima.
Em regiões com clima seco, a falta de chuvas pode levar à migração de elementos químicos,
como o sódio, para a superfície do solo, onde podem se acumular na forma de sal. Por outro
lado, em áreas com clima húmido, ácidos orgânicos e partículas minerais finas, como argila,
podem ser transportados pela água para camadas mais profundas do solo (Brady & Weil,
2013, p. 55).
No entanto, na visão de Silva (2017, p. 15), de maneira geral, os solos são compostos por uma
mistura de diferentes fracções:
a) Minerais
Os minerais constituem a parte sólida dos solos e são formados pela alteração das rochas da
crosta terrestre ao longo do tempo. Os minerais mais comuns nos solos incluem quartzo,
feldspato, mica e argilominerais. A composição mineral do solo influencia suas propriedades
físicas e químicas, como textura, capacidade de troca cationica e retenção de água.
c) Matéria Orgânica
A matéria orgânica é composta principalmente por resíduos de plantas e animais em
diferentes estágios de decomposição. Ela desempenha um papel crucial na fertilidade do solo,
fornecendo nutrientes essenciais para o crescimento das plantas, melhorando a estrutura do
solo e promovendo actividades biológicas benéficas.
d) Água
A água é uma parte essencial dos solos, preenchendo os espaços vazios entre as partículas de
solo e fornecendo um meio para o transporte de nutrientes e gases. A quantidade de água
retida no solo depende da sua textura, estrutura e condições de drenagem.
e) Ar
O ar no solo é encontrado nos espaços vazios entre as partículas de solo e é essencial para a
respiração das raízes das plantas e para a actividade microbiana no solo. A quantidade de ar
no solo varia com a sua compactação e densidade.
f) Organismos do Solo
Os solos abrigam uma variedade de organismos, desde microrganismos como bactérias,
fungos e actinomicetos até organismos maiores como minhocas, insectos e pequenos
vertebrados. Esses organismos desempenham papéis importantes na decomposição da matéria
orgânica, na ciclagem de nutrientes e na formação da estrutura do solo.
Em Nampula o clima é tropical. Chove muito menos no inverno que no verão. O clima é
classificado como Aw segundo a Köppen e Geiger. A temperatura média prevalecente na
cidade de Nampula é registada como 23.9 °C, de acordo com dados estatísticos. A média
anual de pluviosidade é de 959 mm.
A Nampula está localizada perto do equador, tornando os Verões difíceis de definir. A época
mais popular para visitar é a Março, Abril, Maio, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro,
Dezembro.
Em Setembro, o nível de precipitação desce para uns meros 6 mm. Este mês detém o título de
ser excepcionalmente árido. O mês de maior precipitação é Janeiro, com uma média de 271
mm. O mês de temperatura mais elevada é Novembro, durante o qual a temperatura média
atinge 26.7 °C. A temperatura média em Julho, é de 20.4 °C. É a temperatura média mais
baixa de todo o ano.
A variação da precipitação entre os meses com os níveis mais baixos e mais altos de
precipitação é 265 mm. 6.2 °C é a variação das temperaturas médias durante o ano. A
humidade relativa mais baixa durante o ano é em Outubro (56.89 %). O mês com maior
humidade é Março (81.90 %). Os dias mais chuvosos são esperados em Setembro (1.33 dias),
enquanto os dias mais chuvosos são medidos em Janeiro (24.70 dias).
Em Nampula, o mês que é agraciado com o maior número de horas diárias de sol é
Novembro. Este mês regista uma média de 9.24 horas de sol. No total, há 286.34 horas de sol
ao longo de Novembro.
Em Nampula, o mês que regista o menor número de horas de sol diárias é Janeiro. A duração
média da luz solar durante este período é de aproximadamente 8.38 horas por dia, resultando
numa soma total de 259.72 horas de sol durante todo o mês.
Em Nampula, o sol brilha durante uma média de 2765.15 horas por ano. Isto corresponde a
90.88 horas de sol por mês.
também tem impacto na fertilidade do solo e nos padrões de drenagem. Um estudo minucioso
dessas características é essencial para promover o desenvolvimento sustentável da região,
garantindo o uso adequado dos recursos naturais e a redução dos riscos geológicos (Pereira,
Dos Anjos, Junior, Pinto, Neto, & Fontana, 2020, p. 67).
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3. Conclusão
No presente trabalho conclui-se que, os factores de formação do solo desempenham papéis
interconectados e complexos na criação e na diversidade dos solos em todo o mundo. Ao
compreender a influência do clima, da vegetação, do relevo, do material de origem e do
tempo, somos capazes de melhor compreender a dinâmica dos solos e sua importância para a
vida na Terra. Uma abordagem holística desses factores é essencial para o manejo sustentável
da terra, a conservação da biodiversidade e a produção agrícola. A contínua pesquisa e
compreensão desses factores nos levarão a estratégias mais eficazes para proteger e promover
a saúde dos solos em todo o planeta.
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4. Referências bibliográficas
Brady, N. C., & Weil, R. R. (2013). Elementos da Natureza e Propriedades dos Solos. São
Paulo: Porto Alegre.
Kampf, N., & Curi, N. (2012). Formação e evolução do solo: Pedologia: fundamentos,
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Lima, V. C., & De Lima, M. R. (2018). O Solo No Meio Ambiente.
Pereira, M. G., Dos Anjos, L. H., Junior, C. R., Pinto, L. A., Neto, E. C., & Fontana, A.
(2020). Formação, Classificação e Cartografia dos Solos. Rio de Janeiro: Seropédica.
Silva, E. A. (2017). Composição E Contaminação Do Solo. Rio de Janeiro: Universidade
Federal do Paraná.