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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

ANALISE DA IMPORTÂNCIA DA PEDOLOGIA PARA O


DESENVOLVIMENTO RURAL

MARTA JOÃO TOMÁS

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Chimoio, Agosto de 2022


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

ANALISE DA IMPORTÂNCIA DA PEDOLOGIA PARA O


DESENVOLVIMENTO RURAL

DOCENTE:

dr. ALBERRTO RENDIÇÃO


JORNÃO

REALIZADO POR:

MARTA JOÃO TOMÁS

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Chimoio, Agosto de 2022


Índice
RESUMO.............................................................................................................................3

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...........................................................................................4

1.1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos..............................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral...................................................................................................5

1.2. Metodologias..........................................................................................................5

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................6

2.1. O solo – definições e características......................................................................6

2.2. A importância da Pedologia...................................................................................7

2.2.1. Ordenamento......................................................................................................8

2.2.2. Planeamento.......................................................................................................9

2.2.3. Cartografia de solos..........................................................................................10

CAPÍTULO II: CONCLUSÃO E REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................12

3.1. Conclusão.............................................................................................................12

3.2. Referências Bibliográficas...................................................................................13

RESUMO

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Desde os primórdios da existência humana, o homem vem estabelecendo uma estreita
relação com o recurso solo. Muitos conhecimentos foram gerados durante todo esse tempo.
Porém, nas sociedades ocidentais, o homem ainda busca uma forma adequada de utilizar esse
recurso natural, mantendo um equilíbrio que permita uma convivência harmônica, fundamental
para garantir a sobrevivência das gerações atuais e futuras. Entretanto, apesar de todo o
desenvolvimento científico e tecnológico gerado, essa harmonia ainda não foi alcançada.
Exemplo disso é a dificuldade da comunidade científica em produzir um conhecimento que seja
útil e eficaz para populações que vivem em estreita relação com o ambiente, e à margem do
processo produtivo, como os agricultores de base familiar, os povos indígenas, os remanescentes
de quilombos, entre outros. Na pedologia, a dificuldade em identificar e registrar o conhecimento
das populações locais, torna muitas vezes ineficaz o trabalho de mapeamento de solos em suas
áreas. O objetivo do presente trabalho é analisar a importância da pedologia para o
desenvolvimento rural, frente à presença do saber sobre solos de populações que vivem em
estreita relação com a natureza, e discutir a importância de considerar esse saber na elaboração
de mapeamentos em nível de detalhe e na sua aplicação para projetos destinados a essas
populações.

Palavras-chave: conhecimento local, agricultura familiar, levantamento de solos,


etnopedologia

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

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1.1. Introdução

A agricultura e o conhecimento do solo foram e sempre serão fatores fundamentais para o


desenvolvimento da humanidade. Há mais de 9 mil anos surgiram os primeiros registros da
agricultura, na Palestina. 2 mil anos depois, na China, foi realizada uma classificação de solos
tendo como atributos cor, textura, características geográficas e de produtividade.

Ao se falar em meio ambiente, logo se pensa em paisagens, fauna e flora, todavia o termo
“meio ambiente” representa qualquer espaço onde se possa viver (BRASIL, 1997). Esse espaço é
ocupado pelo homem de forma irracional e desordenada, o que vem ocasionando consequências
a esse meio e ao próprio homem (WAHL; MELO, 2011).

O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios: se, por um lado,
nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental
e a poluição aumentam diaa-dia (MENDES, 2007). O reflexo dessa apropriação da natureza
talvez seja, conforme Martins & Nishijima (2010) destacam, o grande freio natural que vai
estabelecer o limite às ações humanas.

O manejo adequado desse recurso natural torna-se mais crítico em sociedades ocidentais
no contexto contemporâneo, uma vez que graves problemas resultantes de seu uso predatório
vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Em Moçambique, o cenário não é diferente.
Possuidor de grandes extensões de áreas agricultáveis, o País se vê ainda diante de sérios
problemas de degradação do solo, resultantes muitas vezes da falta de informação sobre as
potencialidades e limitações de uso desse recurso natural.

A pedogênese, segundo Muggler et al (2005), pode ser definida como o processo no qual
o solo se forma, levando em consideração o resultado dos fatores de formação do solo que nele
atuam: material de origem, ação climática, relevo, organismos e o tempo. É necessário lembrar
também que, durante o século XIX, ainda prevalecia uma visão dita geológica na qual
considerava-se o solo um reflexo de um manto de fragmentos de rocha em processo de alteração,
no entanto, em função da diversidade de solos classificados atualmente assume-se uma
conotação genética, sendo o solo resultado de um material evoluído ao longo do tempo.

Nesse sentido, podemos afirmar que a gênese do solo – ou pedogênese – pode ser
considerada aquela que integra e quantifica a formação, a qualidade, a classificação, a extensão,

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distribuição e variabilidade espacial dos solos (Sposito & Reginato, 1992 apud Kampf & Kuri,
2012). Desse modo, ao conseguirmos interpretar a pedogênese, compreendendo como ocorre a
alteração mineral em função dos fatores de formação, configura-se em um passo a mais para
garantirmos uma ferramenta valiosa para novas proposições no que se refere estudos ambientais
e socioambientais.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Analisar a importância da pedologia para o desenvolvimento rural.

1.2. Metodologias

Foram empregados dois métodos de pesquisa: o de pesquisa bibliográfica, para a


fundamentação teórica e conceitual dos conteúdos a serem observados, que, segundo (Fachin,
2006, p.119) é uma fonte inesgotável de informações, que por excelência auxilia na atividade
intelectual contribuindo para o conhecimento cultural em todas as formas do saber; e o segundo é
o método descritivo, que segundo (Fachin, 2006, p.47) possui como objetivo descrever as
características de uma população, de uma experiência ou de uma situação, detalhando cada
aspecto do fenômeno ou do processo a ser observado.

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. O solo – definições e características

De acordo com Serrat et. al. (2002) o solo é o resultado do desgaste das rochas, cujos
fatores responsáveis por este processo são o clima (chuva, calor), organismos vivos (plantas,
animais), relevo (declividade do terreno), tipos de rochas (mais resistentes ou menos resistentes)
e que leva muitos anos para acontecer, por isso a importância de se conservá-lo.

Serrat et. al. (2002) destacam ainda que o solo compõe-se por quatro partes misturadas de
ar, água, matéria orgânica e porção mineral (areia, silte, argila), onde as areias por serem
partículas maiores (tamanho entre 0,2 e 0,005 cm) apresentam maiores espaços entre elas, por
isso retêm pouca água, sendo, portanto drenos naturais do solo. As argilas são partículas com
tamanho menor que 0,0002 cm, portanto bem menores que as partículas de areia. Os solos com
muita argila apresentam maior capacidade de reter água e nutrientes, pois apresentam mais
espaços pequenos onde estes podem ficar armazenados. O silte é constituído por partículas de
tamanho intermediário entre as partículas de areia e argila (SERRAT et. al., 2002).

O solo é formado a partir da rocha, através da participação dos elementos do clima


(chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos,
líquens e outros) vão transformando-a, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um
material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral (JARBAS et.al, 2014).
Os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como
o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo, pois atuam misturando a matéria
orgânica com esse material solto e macio em que se transformou a rocha, cuja mistura faz com
que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem
no nosso planeta.

Em resumo, o solo configura-se elemento fundamental para as plantas, pois é onde elas se
fixam, absorvem água e nutrientes, e onde as raízes respiram. Assim, como Santos e Zaroni
(2014) afirmam, os solos são definidos como corpos naturais independentes, constituídos de
materiais minerais e orgânicos, organizados em camadas e/ou horizontes, cuja unidade básica é
chamada de pedon, do grego que significa solo, terra e que vai da superfície ao material de

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origem e se constitui na menor porção tridimensional, perfazendo um volume mínimo que
possibilite estudar o solo.

Nesse contexto, algumas definições são importantes para classificar o perfil dos solos
como os atributos e horizontes diagnósticos, definidos por Santos e Zaroni (2014), como
diagnósticos e relacionados a características e propriedades identificadas no perfil do solo solos
(SANTOS; ZARONI, 2014).

2.2. A importância da Pedologia

O termo Pedologia, tem origem no grego pedon (solo, terra), sendo portanto, o nome que
se dá à ciência que estuda o solo, corpo dinâmico resultante dos processos de alteração e
modificação (física, química, biológica ou antrópica) da rocha ou sedimento à superfície
terrestre.

Os solos são óptimos indicadores de estabilidade ambiental e, a maioria das actividades


humana desenvolve-se numa relação directa com ele (para habitação, agricultura, produção, etc.).
Por esta razão, muitas outras áreas do conhecimento estão relacionados com a pedologia.

A agricultura e o conhecimento do solo foram e sempre serão fatores fundamentais para o


desenvolvimento da humanidade. Há mais de 9 mil anos surgiram os primeiros registros da
agricultura, na Palestina. 2 mil anos depois, na China, foi realizada uma classificação de solos
tendo como atributos cor, textura, características geográficas e de produtividade.

Porém, foi só em 1887 que os russos criaram uma técnica de análise que estuda os solos
considerando as diversas camadas desde a superfície até atingir rocha, estabelecendo assim a
base da Pedologia – considera o solo em suas características naturais próximas a 1 metro de
profundidade.

Esta ciência é indispensável para o planeamento consciente do uso das terras na


agronomia, geologia, geografia, geomorfologia, biologia e na ecologia. Ela estuda a origem do
solo, suas características no campo morfológico (como cor e argila), e a classificação do mesmo.

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A Pedologia é um alicerce para qualquer tipo de cultivo. Os solos mudam muito
conforme o relevo, a rocha, a vegetação, o clima e o tempo de formação, e a Pedologia analisa
todos estes fatores para dar um diagnóstico fiel.

A preocupação com o conhecimento dos solos acha-se registrada desde os tempos


históricos e isso é fácil de se entender: a partir do momento em que os homens passaram a
cultivar plantas, logo procuraram reconhecer as melhores terras para seus cultivos. Mas próximos
a nós vamos encontrar verdadeiros tratados escritos na Roma dos Cesares sobre agricultura,
incluindo informações sobre a qualidade dos solos e como reconhecê-los.

Pedologia é a ciência que trata da origem, morfologia, distribuição, mapeamento e


classificação dos solos. A pedologia considera o solo como um objeto em si próprio, e dá pouca
ênfase à sua imediata utilização prática. Edafologia é o ramo da Ciência do Solo que trata da
influência dos solos nos seres vivos, particularmente nas plantas, incluindo o uso da terra pelo
homem, com a finalidade de proporcionar crescimento de plantas (OLIVEIRA, 2007). Salienta-
se que a Pedologia é uma área da ciência desafiadora, pois trata da formação e distribuição
espacial dos solos na paisagem, com suas implicações socioambientais. Acrescente-se que, as
informações geradas nos estudos pedológicos, além de sua utilização pelos demais ramos da
Ciência do Solo, encontram aplicação nas demais áreas da ciência, como Agronomia, Geografia,
Geologia, Engenharia, Arqueologia, Biologia, medicina e outras mais (KER et al., 2012).
Embora essas abordagens interdisciplinares possam ser consideradas ainda insuficientes, já são
vários os exemplos dessa visão nas pesquisas sobre os solos. Em física, química, biologia,
mineralogia, fertilidade, manejo e conservação do solo, por exemplo, a importância dessa
abordagem multidisciplinar é comumente reconhecida,

2.2.1. Ordenamento

O ordenamento do território é, fundamentalmente, a gestão da interacção homem/espaço


natural. Consiste no planeamento das ocupações, no potenciar do aproveitamento das
infraestruturas existentes e no assegurar da preservação de recursos limitados.

Procura-se assim, por um lado, arrumar com equilíbrio as áreas mais dinâmicas,
nomeadamente as que estavam mais sujeitas a impulsos de urbanização e/ou de industrialização,
por outro lado, orientar o boom turístico, e ainda, promover planos de desenvolvimento rural.

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O Ordenamento do Território deve desenvolver-se, no mínimo em dois níveis diferentes
de actuação:

A Escala Global – Onde se definem as grandes linhas da evolução do território, numa


perspectiva possibilista, sendo necessário fazer opções, nas seguintes áreas: as grandes
infraestruturas; o sistema de povoamento e as grandes manchas de utilização do solo (incluindo
as áreas de reserva).

É, então, necessário definir as vocações fundamentais de cada parcela do território, numa


perspectiva de longo prazo. As grandes manchas a preservar do ponto de vista agrícola, florestal,
paisagístico, cultural, etc, assumem nesta escala uma grande preponderância.

A Escala Regional/Sub-regional - É a esta escala que, no domínio do ordenamento do


território, existe mais massa crítica. Nesta escala é onde se observam os maiores sucessos e os
maiores desastres. É importante sistematizar, ser coerente, exigir.

Contudo, é também nesta escala que se tornasse necessário, mas possível, corrigir
distorções de base.

Nesta escala é igualmente importante, educar a população para o uso do espaço, pois ó
quando o cidadão souber viver o seu dia-a-dia, é que estará em condições de usufruir e exigir um
espaço melhor para si. Deste modo, ordenamento e planeamento são completamente
interdependentes.

2.2.2. Planeamento

O fundamento do planeamento é a gestão dos recursos, ordenando e estabelecendo regras


para as ocupações do solo, sempre com o objectivo último de qualificar a vida das populações.
Trata-se de revalorizar e/ou preservar o património natural, construído ou cultural, de prever e de
ordenar as transformações e as dinâmicas dos aglomerados, de estabelecer o equilíbrio
necessário a uma evolução sustentada para as ocupações humanas.

O planeamento tem que ser pensado compreendendo a estrutura das ocupações humanas:
a sua diversidade, as suas inter-relações e interacções e a complexidade das razões que justificam
cada uma delas. São diversos os tipos de ocupação do homem no território; são diferentes os

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usos impostos ao solo. São variados os aglomerados humanos resultantes, diferentes em
dimensão e em características, justificando-se e sendo ao mesmo tempo razão das utilizações que
se estabelecem no território.

Sempre que se pretende organizar o ambiente natural, histórico, arquitectónico ou


cultural, baseado em premissas de gestão de território e de recursos, existe a necessidade de se
ser condicionado pelos conhecimentos de pedologia, sob pena de correr riscos na sua correcta
implementação.

2.2.3. Cartografia de solos

As cartas de solos são registos das características dos solos, sem nada dizer quanto à sua
utilização. Contudo para um uso adequado deste tipo de informação é necessário ter
conhecimentos profundos de classificação de solos.

Uma carta de solos (ou pedológico) é um documento básico que inclui dois componentes:
o “mapa” ou “carta” (seja em papel, seja virtual) e um relatório técnico a que se chama “memória
Descritiva”. O mapa é sempre constituído por uma peça desenhada que mostra a distribuição
espacial dos solos na paisagem, de acordo com a densidade de amostragem e o a memória
descritiva aborda os métodos que serviram de base à construção do mesmo, bem como, as
características morfológicas, químicas, físicas, hídricas e mineralógicas, dos solos aí
representados. A escala de publicação do mapa pedológico aumenta dos níveis mais genéricos
(1:750.000) para os mais detalhados (1:5.000).

Deste modo, é indiscutível o interesse que uma carta de solos tem por si só, uma vez que
contém um elevado número de dados pedológicos que servem de base a muitos e diversificados
tipos de trabalho, como por exemplo:

 Planeamento do uso da terra;


 Planeamento de explorações agrícolas;
 Traçado e localização de estradas;
 Demarcação de zonas de protecção da vida selvagem;
 Demarcação de corredores ecológicos;

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 Demarcação da Reserva Agrícola Nacional;
 Etc;

Contudo, tem-se verificado que as informações pedológicas são subutilizadas pelos


diversos utilizadores, mesmo técnicos. Ora, a actividade desenvolvida pelos especialistas que
trabalham sobre a Carta de Solos, tem como objectivo dar respostas a questões levantadas
tanto pela sociedade como, pelos políticos como seres actuantes sobre a sociedade. Tais
objectivos são por exemplo: a criação de riqueza; o uso de recursos não renováveis; a
qualidade do ambiente; a manutenção das populações rurais; etc.

Procurando mudar esta situação, foram escolhidas algumas informações básicas de como
utilizar estas informações para o ordenamento. Assim sendo, é de grande importância
salientar que os cientistas têm como obrigação o estabelecimento de contactos com os
políticos, no sentido de recolherem informações e meios para ultrapassar as distorções que
frequentemente acontecem, entre a definição das áreas com necessidades de estudos, as áreas
que são alvo dos estudos em concreto e, as áreas onde as decisões políticas consequentes dos
resultados dos estudos são aplicadas.

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CAPÍTULO II: CONCLUSÃO E REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

3.1. Conclusão

Grande parte dos engenheiros agrónomos, florestais, agrícolas e técnicos agrícolas fazem
o mesmo tipo de gestão para diferentes solos, utilizando o mesmo tipo de terraço, o mesmo tipo
de mobilização, as mesmas doses de calagens, idêntica fórmula de adubação, a mesma dotação
de rega, o que não é correcto porque são diferentes os ambientes de produção vegetal. Isto
acontece porque esses profissionais, desconsideram a variabilidade de solos na paisagem, os
quais dependem da diversidade dos seus factores de formação (material de originário, relevo,
vegetação, clima e tempo).

Assim sendo, a Optimização do Uso da Terra depende em grande escala da Interpretação


dos recursos da terra para determinados usos. Com esse objectivo os SOLOS agrupam-se
segundo características Importantes para determinados objectivos, ou seja, elaboram-se
CARTAS INTERPRETATIVAS, como por exemplo: cartas de aptidão; cartas de capacidade de
uso; cartas de ocupação; cartas de riscos de erosão; etc.

Atualmente, ao refletir sobre processos ambientais, pensar em fatores isolados está fora
de questão, assim como não é mais possível conceber ciência tendo em vista um saber
fragmentado. Esse trabalho significa mais uma tentativa de tentar calcificar a noção da
interdisciplinaridade, bem como reforçar a ideia de um diálogo holístico entre todas as ciências
para que dessa forma seja possível articular e propor soluções que conciliem os interesses da
esfera ambiental e social, visando a integração de ambas e a garantia dos direitos que
frequentemente são transgredidos.

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3.2. Referências Bibliográficas

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