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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
DIDATICA
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Manual de apoio
DOCENTE:
REALIZADO POR:
MARTA JÕAO TOMÁS
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
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Contents
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
1. Introdução.................................................................................................................................3
Referências Bibliográficas.........................................................................................................12
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Ensino pré-escolar
O ensino pré-escolar é actualmente oferecido por creches e escolinhas do Ministério da Mulher e
Acção Social (MMAS), das organizações não-governamentais ou comunitárias e pelo sector
privado. Este subsistema, coordenado pelo MMAS, divide-se em dois níveis: o nível das creches,
que cobre as crianças dos 0 aos 2 anos, e o nível dos jardins-de-infância que atende crianças
entre os 2 e os 5 anos. A frequência é facultativa.
2. Ensino escolar
O ensino escolar compreende:
O Ensino Geral;
O Ensino Técnico-Profissional e;
O Ensino Superior.
O Ensino Geral
O ensino geral é caracterizado por:
Ser o eixo central do sistema nacional de educação e confere a formação integral e
politécnica;
Os níveis e conteúdos deste ensino constituem ponto de referência para todo o sistema de
educação;
Compreende dois níveis: primário e secundário;
E é frequentado em princípio, a partir do ano lectivo em que as crianças completam seis
anos.
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a) Ensino Primário
O Ensino Primário público é gratuito e está dividido em dois graus: o Ensino Primário do 1º grau
(EP1, da 1ª à 5ª classe) e o Ensino Primário do 2º grau (EP2, 6ª e 7ª classes).
Com a introdução do novo currículo em 2004, este ensino foi estruturado em 3 ciclos de
aprendizagem numa perspectiva de oferecer um ensino básico de sete anos para todos: o 1º ciclo
(1ª e 2ª classes), o 2º ciclo (3ª à 5ª classe) e o 3º ciclo (6ª e 7ª classes). A idade oficial de ingresso
na 1a classe é de seis anos, completados no ano de ingresso.
As escolas primárias funcionam normalmente em dois turnos de 6 tempos lectivos (45 minutos
por tempo lectivo), um de manhã e outro à tarde. Para acomodar a expansão do sistema, algumas
escolas primárias, principalmente nas cidades, funcionam em três turnos de 5 tempos lectivos (40
minutos). Algumas escolas leccionam também o EP2 no turno nocturno, mas esta situação tende
a diminuir. Menos de 2% dos alunos frequentam o ensino primário em escolas privadas ou
comunitárias.
Depois de concluir o Ensino Primário, os alunos podem continuar os seus estudos no Ensino
Secundário Geral ou no Ensino Técnico-Profissional de nível básico.
O Ensino Secundário Geral tem dois ciclos: o primeiro compreende a 8ª, 9ª e 10ª classe. Depois
de completar este nível de ensino, o aluno pode continuar os seus estudos no segundo ciclo do
ensino geral (11ª e 12ª classes) que antecede a entrada no Ensino Superior.
O Ensino Secundário Geral não é gratuito, havendo cobrança de propinas. Não há exames de
admissão. Para responder à grande procura de lugares no ensino secundário, este nível de ensino
opera com turnos nocturnos, principalmente para os alunos mais velhos (com mais de 15 anos).
Além disso, estão a surgir muitas escolas privadas neste nível de ensino, particularmente nas
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cidades. Em 2011, estas escolas privadas eram frequentadas por 10% do total de alunos do
ensino secundário. Recentemente, o MINED introduziu um programa de Ensino Secundário
Geral à distância cuja cobertura é ainda limitada.
Ensino Técnico-Profissional
O Ensino Técnico-Profissional estrutura-se neste momento em dois níveis: o nível básico e o
nível médio, ambos com a duração de três anos, e é organizado por ramos: comercial, industrial e
agrícola.
O critério mínimo de ingresso é a conclusão da 7ª classe para o nível básico, e, para o nível
médio, a conclusão da 10ª classe do Ensino Secundário Geral ou do 3º ano do nível básico do
Ensino Técnico-Profissional. Este nível de educação não é gratuito, havendo cobrança de
propinas.O Ensino Técnico-Profissional está numa fase de reforma, com enfoque na introdução
de um sistema educativo modular, seja ao nível básico, seja ao nível médio, que vai resultar em
diferentes tipos de certificados.
Ensino superior
De acordo com a LEI Nº 27/2009, DE 29 DE SETEMBRO:
I. Definição e classificação
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a) As instituições de ensino superior são pessoas colectivas de direito público ou privado,
com personalidade jurídica, que gozam de autonomia científica e pedagógica,
administrativa, disciplinar, financeira e patrimonial, e se
b) classificam consoante a sua missão ou tipo de propriedade e financiamento.
d) As instituições de ensino superior públicas são aquelas cuja fonte principal de receita é o
Orçamento de Estado e são por este supervisionadas.
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c) Escolas Superiores: instituições de ensino superior filiadas ou não a uma universidade, a
um instituto superior ou a uma academia, que se dedicam ao ensino num determinado
ramo do conhecimento e à extensão e que estão autorizadas a conferir graus e diplomas
académicos;
Ensino extra-escolar
Para além do Ensino geral, Ensino Técnico-Profissional e Ensino Superior, a Lei 6/92 considera
o Ensino Especial, o Ensino Vocacional, o Ensino de Adultos, o Ensino à Distância e a Formação
dos Professores como modalidades especiais que, sendo parte integrante do ensino escolar,
regem-se por disposições especiais e podem envolver outros ministérios (por exemplo o MMAS,
no caso de Ensino Especial).
O ensino extra-escolar tem como objectivo permitir a cada indivíduo aumentar o seu
conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades, em completo da formação escolar ou em
suprimento da sua carência.
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O ensino integra-se numa perspectiva de ensino permanente e visa a globalidade e a continuidade
da acção educativa.
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Lugares, já Hartshorne diz ser a ciência da diferenciação de áreas. A concepção dialéctica do
espaço geográfico entende que a natureza humanizada influencia e é influenciada pela sociedade
que produz e reproduz o seu espaço.
Uma definição simples poderia ser Geografia é o estudo da superfície terrestre e a
distribuição espacial de fenómenos geográficos, frutos da relação recíproca entre homem e meio.
No estudo da Geografia na escola, o aluno torna se mais crítico e consciente do seu papel
na sociedade. Ele passa a questionar a maneira pela qual o espaço geográfico é utilizado em
favor de alguns em detrimento de muitos e passa a lutar por melhoria para si mesmo e para os
seus semelhantes.
Eis a razão da necessidade de se enquadrar as novas tendências didáctico-metodologicas
no ensino da Geografia no contexto do (EB e ESG) em Moçambique. Desta maneira teríamos um
aluno munido de conhecimento actualizados sobre o que de facto e o espaço visto que os
conceitos mudam com o passar do tempo.
Ao conduzir o aluno a conhecer e reflectir sobre seu meio físico, as interacções entre esse
meio e seus habitantes, as relações estabelecidas entre todos os sujeitos desse processo de
interacção e as consequências dessas relações e interacções, a disciplina de geografia ajuda na
construção de um indivíduo consciente de seu papel e sujeito de suas acções no mundo.
Entretanto não se pode deixar de levar em conta que, a profunda estratificação social e a
injusta distribuição de renda funcionam como um entrave para que uma parte considerável da
população possa fazer valer os seus direitos e interesses fundamentais.
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO E REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Considerações Finais
Entretanto, o ensino de Geografia, tanto no campo, quanto na cidade precisa ir além da
troca de materiais e manuais didáctico-pedagógicos. É preciso obter informações que permitam
compreender as crianças nos aspectos relativos à educação na cidade e no campo e,
principalmente, sobre o seu desenvolvimento cognitivo, psicológico, percepção do espaço e
padrão de linguagem. De uma maneira geral, os manuais didácticos e programas de ensino de
Geografia retratam uma realidade estereotipada, que nada tem a ver com a realidade social e
cultural dos alunos.
Os manuais tradicionais não enfatizam a compreensão do saber geográfico historicamente
acumulado, dificultando a visão da Geografia real, vivenciada no seu quotidiano e tão necessária
para melhorar as relações entre o homem e a natureza. A constituição literária e mercadológica
desses manuais se dinamizam constantemente através dos órgãos governamentais, os quais
reforçam a ideologia da indústria cultural.
O conhecimento do conteúdo geográfico precisa ser repassado de forma apropriada, de
maneira que reproduza os conhecimentos construídos culturalmente pela humanidade,
redefinindo possibilidades de reconstrução contínua pelo aluno e pelo professor, no quotidiano
da sala de aula. A análise de confronto entre a antiguidade e a modernidade não se reduz à
proposição de soluções pedagógicas, nem tão pouco geográficas, com um discurso ingénuo em
defesa das classes sociais menos favorecidas, mas recupera a condição de docentes interventores,
em um espaço legítimo de transformação social: a escola.
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Referências Bibliográficas
CAVALCANTI, L. S. (2005). Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma
contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Ed. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66,
p.185-207, maio/ago.
MOÇAMBIQUE. Plano Curricular do Ensino Básico.Ministério da Educação e
Desenvolvimento
Humano. Disponível em: http://www.mined.gov.mz/DN/DINEP/Pages/Plano-Curricular-
doEnsino-B%C3%A1sico.aspx. Acesso: 11/04/2023.
UEM. (2001). Reforma Curricular do Curso de Geografia. Maputo.
THOMPSON, Rachael E. (2000). O Ensino secundário e os desafios da educação no Século XXI
em Moçambique. UP-UNESCO. (Não publicado)
ZODOROV, Kamil et al. (1990). Geografia Sócio-Económica no Sistema de Ciências – texto de
apoio. Maputo: INDE/Editora Escolar.
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