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Resolução das questões do relatório do 6º grupo

1. Experiencia genérica da educação a distância em Moçambique (surgimento e


evolução).
R: Podemos encontrar como um indício do surgimento d educação a distancia em Moçambique,
na seguinte afirmação “Em cumprimento as orientações saídas do Terceiro Congresso da
Frelimo, ainda de acordo com Mombassa, foi criado o Departamento de Ensino a Distancia”.
Este departamento selecionou vinte pessoas para construírem o primeiro núcleo de especialistas
em ensino a distancia no País. Este grupo começou a ser formado a partir de 1983. Em 1984 teve
lugar no país um curso com formação com a duração de cerca de 6 meses, dado pelo instituto de
Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), com financiamento do governo de Brasil e da
UNESCO. Os participantes no curso foram treinados em três áreas: elaboração de material
radiofónico, elaboração de material escrito e planificação e avaliação.

Como produto desses treinamentos, foi elaborado um curso de formação de professores do


ensino primário que tinham apenas quatro anos de escolaridade. O curso deveria elevar os seus
conhecimentos ao nível de 6ª serie do ensino primário e, ao mesmo tempo, garantir-lhes a sua
formação psicopedagógica e didáctica (NEELMAN; NHAVOTO, 2003 apud MOMBASSA,
2013).

A Educação a Distancia na década de 1990


Apos a assinatura dos acordos gerais de paz em Moçambique, segundo Mombassa (2013),
começa-se a verificar um interesse da população em participar activamente na construção do
país, alem de se observar uma entrada massiva de ONGs no país.

No âmbito da educação a distancia, além do acordo ratificado em Jomtien (Tailândia), em 1991,


o estado moçambicano e a UNESCO, realizaram novas experiencias com a formação dos
professores através de programas de educação a distância. O ministério de educação decidiu criar
o IAP (Instituto de Aperfeiçoamento de Professores) com sede em Maputo, dedicado
exclusivamente a formação de professores a distância. A propriedade foi dada e novo aos
professores primários, principalmente aqueles com uma formação académica equivalente ao
ensino primário (7ª classe ou menos), sem nenhuma formação profissional. Este curso, com três
anos de duração, conhecido como “7ª +3” deveria atingir, numa primeira fase, 3000 professores.
Não obstante, uma vez que a expansão dessa modalidade de ensino para algumas províncias do
norte país já constituía uma realidade, a província de Niassa, por meio do programa Ensino
Secundário Aberto Moçambicano (ESAM), uma ONG ligada a igreja católica, iniciou uma
experiência com Ensino Secundário a distância, utilizando material impresso produzido e
compilado localmente e contando com as estruturas de apoio dessa igreja para a distribuição aos
alunos.

Apesar das muitas iniciativas em EaD em Moçambique nos anos de 1990, não se observou uma
transformação significativa em termos educacionais, uma vez que o número de alunos
matriculados nesta modalidade EaD era ainda pouco expressivo frente ao número de
matriculados da educação presencial, conforme dados do Ministério da Educação de
Moçambique.

Educação a Distancia na década de 2000


É importante lembrar que a EaD, na década de 1990, funcionava sem uma política própria e
adequada para essa modalidade e sem uma instituição vocacionada especialmente para atende-la
(MOMBASSA, 2103). Entretanto, os anos de 2000 iniciam-se com uma mudança politica para a
EaD. Conforme Zimba e Meeller:
O ano 2000 assinalou a provável primeira experiencia de organização da ciência e
tecnologia pelo estado moçambicano. Nesse ano registaram-se dois grandes
acontecimentos: a realização do primeiro seminário nacional sobre a ciência e tecnologia, a
criação do então ministério de Ensino Superior, Ciências e Tecnologia.

Dentro deste período cria-se o Instituto Nacional de Educação a Distancia (INED), responsável
pela coordenação da educação a distância, mas deixando a produção dos cursos
fundamentalmente a cargo das instituições existentes. O INED foi criado com a responsabilidade
de desenvolver e gerir as infraestruturas para desenhadores dos cursos das diversas instituições.
Ao instituto caberia assegurar a criação e gestão da rede de centros de atendimento aos alunos,
enquanto as instituições implementadoras de diferentes cursos a distância seriam responsáveis
pela avaliação, pelo registro académico e pela certificação dos seus respetivos alunos.

Em suma a EaD em Moçambique, portanto, é ainda pouco abrangente, mas envolve diversas
instituições e actividades para além das instituições subordinadas (IEDA) e tuteladas pelo
Ministério da educação e Desenvolvimento Humano. Dentre estas, há universidades e centros de
saúde, assim como organizações de sociedade civil. Consequentemente os assuntos abordados
pelas estas instituições são também, bastante diversos, da educação primaria e secundaria a
formação de profissionais de saúde.

No Ensino Superior, algumas limitações descritas acima foram corroboradas por alguns
pesquisadores envolvidos nos programas de EaD em Moçambique. Por exemplo, Brito (2010)
evidenciou que a maioria dos programas enfrentava a falta de continuidade e a falta de recursos
humanos capacitados para atuarem na modalidade.

2. Experiencia do instituto de educação aberta e a distância, Universidade Pedagógica


de Maputo e Universidade Eduardo Mondlane (plataformas, grupos alvos).

Experiencias do IEDA

Instituto de Educação aberta (IEDA)


Importa antes de mais afirmar que o Instituto de Educação Aberta e à Distância (IEDA), é uma
instituição Moçambicana de Ensino à Distância, criada em 2005, como resultado da fusão do
Instituto de Aperfeiçoamento de Professores (IAP) e o Departamento de Educação à Distância
(DED), com a aprovação em 29/07 pelo Conselho Nacional da Função Pública do Estatuto do
Ministério da Educação e Cultura.
O IEDA oferece programas como, programa do ensino secundário a distancia e formação de
professores primários em exercício. Deste modo procura Promover a formação à distância de
professores em exercício e de cidadãos não cobertos pelo sistema do ensino presencial e ou
outros com outras necessidades.

O sistema de avaliação é regida pelos critérios constantes do Regulamento de Avaliação do


Ensino Secundário Geral (8ª, 9ª e 10ª Classe). Entretanto, são também considerados outros
critérios de acordo com a especificidade do EAD.

 auto-avaliação (exercícios de auto-avaliação );


 Teste de Fim do Módulo (TFM) é feito no CAA depois de ler cada módulo e é corrigido
pelo docente de disciplina;
 Depois de terminar todos os módulos da disciplina calcula-se a média final da disciplina;
 Depois de terminar todos os módulos da classe calcula-se a media final da classe que
determina a aprovação ou não de acordo com o regulamento;
 O aluno da 10ª Classe, em caso de admissão, é submetido a um exame final que é
nacional e é o mesmo que dos alunos do ensino presencial.

Plataformas utilizadas
Existem no CAA (Centro de Apoio a Aprendizagem) materiais auto-instrucionais para a auto-
aprendizagem (módulos, CDs, etc.) que possibilitam o estudo autónomo do aluno.
No contexto actual o IEDA aderiu as plataformas digitais de modo a tornar o processo de ensino
a distância mais eficiente, dos quais apresentam-se: Whatsapp, Google Meet, Zoom, assim como
o tradicional recurso SMS.

Grupos – alvo e Abrangência


O Programa de Ensino Secundário Geral à Distancia abrange todo o individuo interessado, desde
que tenha concluído a 7ª ou 10ª Classe do ensino secundário geral ou equivalente,
independentemente da sua idade ou sexo.

Experiencia de Educação a distancia na Universidade Pedagógica


Desde outubro de 2007, o Centro de Educação Aberta e a Distância da UP (CEAD) implementa
um projeto-piloto de formação de professores em exercício no e para o ESG, financiado pela
Intermón Oxfam. Neste Projeto, o CEAD, em parceria com as Faculdades de Ciências Naturais e
Matemática, Faculdade de Línguas e a Direção Provincial de Educação e Cultura de Cabo
Delgado, proporcionou a introdução dos cursos de Bacharelato em Ensino de Física e Ensino de
Inglês, na província de Cabo Delgado (UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MOÇAMBIQUE,
2010).

No quadro das suas atribuições, em dezembro de 2008, o CEAD fez uma avaliação do
primeiro ano dos referidos cursos, com os seguintes objetivos: i) verificar a eficiência dos
materiais auto-instrucionais; ii) analisar o processo de tutoria; iii) analisar o processo de
avaliação dos estudantes (UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MOCAMBIQUE, 2010).

Plataformas usadas
Os cursos de EaD na UP são oferecidos no modelo Online, através de ambiente virtual de
aprendizagem (plataforma Moodle e sistemas de vídeo conferencia) e coma secção presencial,
obrigatória, para todas as disciplinas, actividades laborais, palestras, testes e exames.

Em todos os cursos oferecidos pela modalidade EaD são disponibilizados materiais auto-
instrucionais (manuais/módulos) no formato digital e tem duração de 5 anos.

Grupo-alvo
Poderão candidatar-se a modalidade EaD os indivíduos que preencham os seguintes requisitos:
graduados do Ensino Secundário Geral que tenham concluído 12ª classe do Sistema Nacional de
Educação; graduados que tenham o nível equivalente a 12ª classe do SNE, para continuação dos
estudos e indivíduos que tenham frequentado outras instituições do ensino superior que tenham
afinidades com os da UP.

Relatos sobre Experiencia de Educação à Distancia na Universidade Eduardo Mondlane

Antes de mais importa referir que o Centro de Ensino a Distância, designado por CEND, é uma
unidade orgânica da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que se dedica à operacionalização
de iniciativas de Ensino a Distância (EaD) assim como à promoção e coordenação das
actividades de EaD a nível das faculdades de modo a garantir que as diferentes unidades
orgânicas de ensino ofereçam cursos a distância de qualidade e relevância, através de tecnologias
sofisticadas e modelos apropriados.
Actualmente o Centro de Ensino a Distancia (CEND) oferece 3 cursos a distancia, Licenciatura
em Gestão de Negócios, Licenciatura em Organização e Gestão da Educação e Licenciatura em
Administração Publica.
A nível de pós-graduação oferece, Economia Agraria, Mestrado em Produção Animal e
Mestrado em Planeamento e Gestão de Assentamentos Informais.

3. Ganhos e atribuições em relação aos cursos desenvolvidos


De modo geral, em relação as atribuições, importa referir que, para os graduados no programa de
ensino secundário a distância, a equivalência atribuída é similar com a que é atribuída ao
graduado da modalidade presencial, assim como acontece nas duas instituições do nível superior
acima referenciadas.

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