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Lista de tabelas
Índice
I. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
1. Objectivos........................................................................................................................4
2. Metodologia.....................................................................................................................4
I. Linguagem...........................................................................................................................5
1.1. Linguagem escrita........................................................................................................5
1.1.1. Características de linguagem escrita..........................................................................5
1.2. Linguagem oral...........................................................................................................5
1.2.1. Características da linguagem oral...............................................................................6
2. Fases ou estágios do desenvolvimento da linguagem infantil...........................................7
2.1. Fases ou estágios do desenvolvimento linguístico infantil...................................................7
3. Dificuldades de aprendizagem da linguagem e dificuldades de aprendizagem.................9
3.1. Integração dos componentes da linguagem................................................................10
3.2. Consequências da não integração dos componentes da linguagem.............................10
II. Necessidades Educativas Especiais na Linguagem Oral.....................................................11
1. Alterações da voz.....................................................................................................11
1.1. Disfonia....................................................................................................................11
1.2. Afonia.......................................................................................................................13
2. Alterações de fala...........................................................................................................17
2.1. Dislalias.........................................................................................................................17
2.2. Disartrias..................................................................................................................21
2.3. Disglosias.................................................................................................................23
III. Necessidades educativas especiais na linguagem escrita....................................................26
1. Dislexia.....................................................................................................................26
2. Disgrafia...................................................................................................................31
3. Disortografia.............................................................................................................33
4. Discalculia................................................................................................................36
IV. Algumas estratégias a utilizar dentro da sala de aula com os alunos com necessidades
educativas especiais...................................................................................................................40
V. Identificação de problemas de aprendizagem do aluno......................................................41
1. Identificação de problemas de aprendizagem do aluno............................................42
VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................45
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................47
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I. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema necessidades educativas especiais de linguagem
oral e escrita, onde buscaremos falar sobre a linguagem a fim de contextualizar,
definiremos os tipos de linguagem e as suas características, apresentaremos uma tabela
sobre a evolução da linguagem infantil, os componentes necessários para a
aprendizagem da linguagem, a consequência da sua não integração. Falaremos também
das Necessidades educativas de um modo geral mencionado os seus tipos e a sua
classificação. Para além das Necessidades educativas especiais de linguagem oral e
escrita.
instruções e conhecimento aos alunos. Além disso, os alunos utilizam a linguagem para
expressar seus pensamentos, fazer perguntas, debater ideias e colaborar com colega.
1. Objectivos
Geral
Específicos
2. Metodologia
Para a elaboração do trabalho o grupo recorreu a revisão bibliográfica de diversos
manuais que retratam as necessidades educativas especiais presentes na biblioteca da
universidade e também manuais encontrados na internet.
I. Linguagem
Entende-se por linguagem qualquer sistema de signos simbólicos empregados na
intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e sentimentos, isto é,
conteúdos da consciência. (Bechara, 2009).
Entende-se a linguagem como uma capacidade inerente aos humanos, ou seja, ela é um
produto da mente e está predeterminada a aparecer na vida do sujeito à medida que seu
corpo e cérebro tornam-se maduros e as áreas cerebrais disparam este potencial de
linguagem. (Mendonça 2012).
Desta forma podemos dizer que linguagem é algo inerente ao ser humano, e que se
desenvolve juntamente com o ser humano ao longo do tempo, ou seja o ser humano
cada vez mais que cresce e se desenvolve vai também desenvolvendo e melhorando a
sua capacidade de comunicação através da linguagem.
A linguagem oral é o sistema pelo qual o homem comunica seus sentimentos e ideias,
acontece através da fala, não é um processo inato, é uma habilidade que se constrói no
âmbito social, ou seja, a criança nasce com a capacidade para desenvolvê-la, e a figura
materna torna-se uma das principais fontes de colaboração nesse processo.
Conversas;
Diálogos;
Apresentações;
Telefonemas;
Aulas;
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Entrevistas;
1. Alterações da voz
As alterações da voz são relativamente frequentes na idade escolar, afectando
(DINVILLE, 1983) apud (BAUTISTA, 1997) metade das crianças dos cinco/seis anos
até a puberdade.
Muitas vezes as alterações da voz é devido ao seu uso inadequado quer por excesso ou
defeitos da sua emissão (hipertonia/hipotonia).
Entre as causas que podem gerar alterações podemos assinalar as bronquites crónicas,
asma, adenóides, laringites. Por vezes têm etiologia traumática (acidentes, sustos…) ou
ambiental (elevação da voz em situações de muitos ruídos e barulho) e, inclusive,
funcional (pólipos, nódulos) Outras vezes ainda é de causa orgânica (malformações
laríngeas, inflamações...)
Disfonia
Afonia
I.1. Disfonia
Segundo HSV (2023) A disfonia é um termo que se refere a um distúrbio da voz,
afectando a qualidade, volume e projecção vocal. É caracterizada por alterações na
produção vocal, resultando numa voz rouca, áspera, fraca ou tensa.
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Causas
Existem diversas causas para a disfonia, como abuso vocal, nódulos nas cordas vocais,
inflamação das vias respiratórias, tensão muscular e condições médicas subjacentes. A
doença do refluxo gastroesofágico, abuso vocal ou mau uso da voz, alergias, gripes,
resfriados e tabagismo, dentre diversas causas, são condições frequentemente
relacionadas à disfonia. Os tumores malignos ou “cânceres da garganta” são causas
menos frequentes, devendo se investigada sempre que houver suspeita. Além disso,
factores emocionais, stresse e uso excessivo da voz podem contribuir para o
desenvolvimento da disfonia.(Ibidem)
Sinais de alerta
Intervenção psicopedagógica
Sintomas
A disfonia, é manifestada por sintomas como voz soprosa, rouca, fraca, instabilidade,
dor e sensação de apertamento na garganta. Os cantores perdem a eficiência vocal e
dificuldade para cantar o repertório inteiro, esforço para emitir a voz, cansaço ao falar,
dificuldade em manter a voz, rouquidão, variações na frequência habitual da voz, falta
de volume e projecção, pouca resistência ao falar e perda da eficiência vocal.
(TELESSAUDE;2022)
Classificação
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Segundo HSV (2023) A disfonia pode ser classificada como leve, moderada, intensa ou
extrema, em casos de ausência parcial ou total da voz.
Quando não apresenta nenhuma lesão nas pregas vocais nós chamamos de disfonia
funcional. Uma das causas é o impacto emocional na voz. Portanto, se você está "sem
voz" e não aparece nada no exame de vídeo é importante que seja avaliado por um
fonoaudiólogo para descartar possíveis doenças neurológicas também.
Pela sua frequência convém assinalar uma variante da disfonia: é a Rondônia (alteração
de ressonância) que pode ser aberta, em virtude de um insuficiente encerramento do véu
do palato com escape nasal, ou fechada em consequência de uma obstrução nasal.
I.2. Afonia
Segundo Red ' Or São Luiz(2023) a afonia significa perda da voz ou rouquidão que
pode mudar o tom da voz, causando dificuldades de comunicação e às vezes dor no
local.
A afonia é uma condição médica caracterizada pela perda total ou parcial da voz. Essa
perda de voz pode ser temporária ou persistente e pode variar em gravidade.
Geralmente, a afonia ocorre devido a problemas nas cordas vocais ou nas estruturas
relacionadas à produção da voz.
A afonia pode surgir subitamente e ser total ou gradual e progressiva, começando como
rouquidão até a perda completa da voz.
Em geral, tem cura e, nem sempre, é preciso fazer uso de medicamentos. Em alguns
casos, repousar a voz e manter a hidratação é suficiente para a recuperação.
Características
Causas
Existem inúmeras causas para a afonia, nem sempre relacionadas a problemas de saúde.
Refluxo gastroesofágico;
Gripe;
Resfriado;
Tabagismo;
Alcoolismo.
Intervenção psicopedagógica
comportamental, pode ser benéfica para ajudar o indivíduo a lidar com esses fatores
emocionais e desenvolver estratégias para reduzir o impacto na voz.
Sinais de alerta
Perda da voz: o sinal mais evidente de afonia é a perda total ou parcial da voz. Isso
pode variar desde uma voz rouca ou áspera até a completa incapacidade de falar.
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Rouquidão persistente: a rouquidão que dura mais de duas semanas pode ser um sinal
de alerta para problemas nas cordas vocais e deve ser investigada.
Dificuldade em emitir sons: a pessoa pode sentir uma sensação de esforço ou dor ao
tentar falar.
Tosse constante: a tosse persistente pode ser um sintoma de irritação das cordas vocais
devido à afonia.
Sintomas
Fadiga vocal: a tentativa de falar, mesmo quando a voz está perdida ou enfraquecida,
pode levar à fadiga vocal.
Lembrando que a afonia pode ser temporária ou persistente, e a gravidade dos sintomas
pode variar. Se alguém apresentar sinais de alerta ou sintomas de afonia, especialmente
se durarem mais de algumas semanas, é importante buscar avaliação médica para
determinar a causa subjacente e receber o tratamento apropriado.
2. Alterações de fala
As alterações de fala referem-se a qualquer desvio ou irregularidade na produção
normal da linguagem oral. Elas podem afetar a articulação das palavras, a fluência da
fala, a qualidade vocal e até mesmo a compreensão da linguagem.
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2.1. Dislalias
As dificuldades costumam ser observadas em articulação anomala de um ou vários
fonemas, em omissões ou substituições de alguns fonemas por outros, ou em
“linguagem infantilizada por efeito de múltiplas dislalias ou hotentotismo.
Perelló et al. (1973) fixam a idade limite de 4 anos para que todas as crianças articulem
bem todos os fonemas. Contudo, é comum observar, em crianças de 5,6, ou, inclusive,
de 7 anos alguma dislalia nos fonemas mais difíceis evolutivamente, como os
correspondentes à letra r ou, inclusive, como s, t.f,z,l ou ch. Quando são afetados outros
fonemas, como os correspondentes as letras b,m, t, d, n ou h, a gravidade dos
transtornos é maior. Em geral, as vogais costumam estar intactas Os efeitos desse déficit
da articulação da linguagem na compreensão da linguagem é variável, indo desde a
compreensibilidade total, passando pela parcial, até a ausência total de
compreensibilidade. Pode acontecer que, de forma associada, se de um transtorno
especifico do desenvolvimento da linguagem do tipo expressivo ou receptivo, ou da
leitura ou da coordenação, e, inclusive, pode aparecer a enurese funcional. A aparição da
linguagem falada pode ser normal em relação com a idade (aparição das primeiras
palavras e frases) ou pode haver atrasos. O limite dos 4 anos, fixado por Perelló, tem o
mérito da intervenção precoce..
Causas
(GIROTO;2015)
Lábio leporino;
Histórico de infecção congénita na família;
Falta de oxigenação cerebral durante o parto;
Icterícia;
Meningite;
Alterações emocionais;
Herança genética;
Paralisia cerebral;
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Hidrocefalias;
Síndromes de Down, Williams e distrofia muscular progressiva de Duchenne;
Alteração na arcada dentária;
Dificuldades respiratórias;
Enfermidades do sistema nervoso central.
Classificação
Este tipo de dislalia, também chamada fisiológica, costuma desaparecer com o tempo
sem apresentar problemas maiores. Poderá ser feita uma intervenção preventiva tendo
em conta a realização de exercícios respiratórios, exercícios dos lábios, da língua e do
sopro.
Dislalias auditiva: a criança que não ouve bem não articula correctamente.
Dislalia funcional: consiste numa alteração devida ao mau funcionamento dos órgãos
articulatorios, sem que exista qualquer causa orgânica.
Entre os factores etiologicos que podem originar Dislalias funcionais, podemos referir:
Sintomas
Sinais de Alerta
Características
ITAD(2023)
Intervenção Psicopedagógica
ITAD(2023)
Exemplos concretos
Avaliação Individual: Realizar uma avaliação detalhada para identificar quais sons
específicos estão sendo pronunciados incorretamente pela criança.
Jogos e Atividades Lúdicas: Usar jogos e atividades que envolvam sons-alvo, como
jogos de cartas de palavras ou quebra-cabeças de sons, para tornar o aprendizado mais
envolvente e divertido.
2.2. Disartrias
(Idem) São perturbações da articulação e da palavra devido a lesões no SNC, que
afectam a articulação de todos os fonemas em cuja emissão intervém a zona lesionada.
O caso mais grave é a anatria ou incapacidade para articular os fonemas das palavras.
Classificação
Disartria flácida: localiza-se a nível do neurónio motor inferior, provocando uma série
de dificuldades como afecção da língua, hipernasalacao, respiração arquejante,
diminuição dos reflexos musculares. A nível linguístico as principais alterações
encontram-se na fonação, ressonância e prosódia.
Sinais de Alerta
Causas
As causas de disartria estão associadas ao sistema nervoso do paciente, por isso, é uma
condição neurológica.
Sintomas da disatria
Características
Intervenção Psicopedagógica
Exemplos concretos
2.3. Disglosias
São perturbações na articulação dos fonemas. (Substituições, omissões, distorções,
acrescentamentos) devido a lesões físicas ou malformações dos órgãos periféricos da
fala. As causas podem ser diversas (Perreló e Tressera 1990). Consoante o órgão
afectado assim podemos falar de:
Disglosias labiais: lábio leporino, freio labial superior, fenda do lábio inferior,
paralisia facial, macrossomia, feridas labiais, nevralgia do trigémeo.
Disglosias mandibulares: ressecção dos maxilares, atresia mandibular, disostosis
maxilofacial, hereditariedade.
Disglosias dentais: próteses, ortodoncia.
Disglosias linguais: glossectomia, macroglossia, paralisia da língua..
Disglosias do palato: fenda palatina, palato em ogiva, perfurações palatinas,
palato curto.
Sinais de Alerta
Sintomas
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Sintomas nucleares
Sintomatologia associada
Causas
Características
As características são:
Intervenção Psicopedagógica
Suporte Psicológico: Oferecer apoio psicológico para ajudar o indivíduo a lidar com as
implicações emocionais de ter uma diferença física, como lidar com o estigma social ou
a baixa autoestima.
Essas necessidades podem variar em gravidade e natureza. Alguns alunos podem ter
dificuldades significativas na formação de letras e palavras, enquanto outros podem
lutar com a organização de ideias em textos coerentes. As necessidades educativas
especiais de linguagem escrita podem ser temporárias, como uma dificuldade
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1. Dislexia
Significa “distúrbio” ou “disfunção”, e “lexis”, que significa “palavra” ou em latim,
“leitura”. A dislexia, portanto, é o comprometimento acentuado no desenvolvimento nas
habilidades de reconhecimento das palavras e da compreensão da leitura (DSM-IV-TR,
apud Oliveira 2017).
Características da dislexia
Sintomas da dislexia
Os sintomas da dislexia são iguais para crianças e adultos, mas a diferença é que, na
infância, o distúrbio é acentuado e pode ser identificado mais facilmente, uma vez que a
criança irá apresentar dificuldades na fase de alfabetização. Antes disto, as crianças que
apresentam atraso na aquisição da fala e expressão com troca de fonemas (além
daqueles esperados para a idade), apresentam fatores de risco que podem sugerir a
evolução para este transtorno.(Ibidem)
Tratamento da dislexia
Mesmo com estas intervenções, a Dislexia não é uma doença e sim um transtorno, que
pode demandar adaptações por toda a vida, e que exigirão acompanhamento constante..
(Ibidem)
Tipos de dislexia
PEREIRA et al. Apud Souza (2017), apresentam que a Dislexia se divide em 3 (três)
tipos:
2) Dislexia diseidética: a criança tem dificuldade para realizar a leitura global, para
perceber palavras inteiras. A leitura é lenta e feita de forma soletrada. As falhas na
acentuação e as inversões de letras são os erros mais comuns na escrita;
3) Dislexia mista: caracterizada por alterações associadas das duas formas anteriores
em diferentes combinações e intensidades.
Sinais de alerta
Leitura Guiada: Realizar sessões de leitura guiada, onde o aluno lê em voz alta com o
apoio do professor para desenvolver a fluência e a compreensão da leitura.
Caracterização
Na leitura/escrita
Fazem uma soletração defeituosa (lêem palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou
reconhecem letras isoladamente sem conseguir ler);
Na leitura silenciosa, murmuram ou movimentam os lábios;
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Intervenção psicopedagógica
Segundo (COELHO;2013), nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a
processar informações com mais eficiência. Obviamente, não existe um tratamento
padrão adequado a todas as crianças com dislexia, pelo que o recurso a uma intervenção
individualizada deverá ser a preocupação principal de quem quer ajudar. É importante
recordar, também, que estas crianças revelam um ritmo de trabalho mais lento quando
comparado com os restantes colegas e, muitas vezes, incongruente, por isso não é de
espantar que num dia consiga ler três frases mas no dia seguinte apresente graves
dificuldades na leitura de uma palavra. Há que dar tempo ao tempo e, acima de tudo,
motivá-la e reforçá-la sempre (por escassos que sejam os resultados positivos) – lembre-
se que a leitura lhe exige um esforço enorme e se ela não faz melhor é porque não
consegue e não porque não quer ou porque é preguiçosa. Quando errar, deve ser
corrigida imediatamente e deve ser explicado o motivo do erro e como evitar repeti-lo.
Deve evitar-se, ainda, obrigá-la a ler em voz alta em frente dos familiares/colegas – a
não ser que ela mostre vontade de o fazer; esta poderá ser uma tarefa bastante dura e
com repercussões drásticas para o seu futuro desempenho. Na sala de aula, deve estar
sentada numa mesa/secretária próxima do professor (e não no fundo da sala), para que
este possa auxiliá-la sempre que haja necessidade e para que ela se sinta mais
confortável quando pretende esclarecer alguma dúvida. Devem, ainda, reduzir-se
possíveis focos de distracção, como algum colega mais conversador ou algum outro
barulho que a possa distrair; estas crianças já estão pouco motivadas para se concentrar,
se puderem evitar-se distracções ambientais tanto melhor, para ela e também para o
professor. No momento da avaliação, devem evitar-se questões longas e complicadas,
pois a criança poderá demorar mais tempo a tentar compreender a pergunta do que a dar
a resposta. Pode, por exemplo, ler as perguntas ou pedir auxílio ao professor de ensino
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especial e/ou a um colega de turma, para que a criança compreenda o que é solicitado.
A este respeito, Hennigh (2003, p. 69) propõe o recurso aos pares ou a tutoria entre
alunos de diferentes idades. Deste modo, a criança disléxica recebe “a assistência de que
pode necessitar quando o professor não está disponível para um ensino individualizado”
e “as crianças apreciam o processo de aprendizagem quando interagem com outros
alunos da sala de aula ou de outras salas de aula”. Esta poderá ser uma forma de
promover um bom relacionamento da criança com os colegas, por exemplo, e/ou de
auxiliar o professor, quando tem uma turma com um grande número de alunos e,
obviamente, lhe é difícil “chegar a todos”.
Um outro aspecto a ter em conta na intervenção com estas crianças é o recurso a uma
terapia multissensorial, isto é, aprender pelo uso de todos os sentidos (Torres &
Fernández, 2001). Os métodos multissensoriais são métodos que combinam a visão, a
audição e o tato para ajudar a criança a ler e a soletrar correctamente as palavras. Assim,
a criança começa por observar o grafema escrito, depois “escreve-o” no ar com o dedo,
escutando e articulando a sua pronúncia; posteriormente, deve cortá-lo, moldá-lo em
plasticina/fimo/barro e, de olhos fechados reconhecê-lo pelo tato. “A realização destas
actividades favorece por isso a criação de imagens visuais, auditivas, cenestésicas,
tácteis e articulatórias que, de modo conjunto, incidem na globalização ou unidade do
processo de leitura a escrita” (p. 56).
Os mesmos autores sugerem, ainda, o treino psicomotor (esquema corporal,
lateralidade, orientação espácio-temporal), perceptivo-motor (capacidades visomotoras
e coordenação manual) e também psicolinguístico (descodificação auditiva, visual,
expressão verbal, entre outros).
2. Disgrafia
Etimologicamente, disgrafia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “grafia” (escrita), ou
seja, é “uma perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita do sujeito, no
que se refere ao seu traçado ou à grafia. ” (Torres & Fernández, 2001, p. 127); prende-se
com a “codificação escrita (…), com problemas de execução gráfica e de escrita das
palavras” (Cruz, 2009, p. 180).
Portanto, considera-se uma pessoa com disgrafia aquela que, culturalmente, não
consegue produzir uma escrita aceitável, “apesar de possuir nível intelectual adequado,
receber instrução também adequada, sem déficits sensoriais e lesões neurológicas
específicas, submetido ao mesmo processo de prática da escrita no decorrer de sua
formação acadêmica” (CIASCA, 2009, p. 187). Aproximadamente de 3% a 5% das
crianças com distúrbios de aprendizagem apresentam a disgrafia.
Sinais de alerta
PEREIRA et al. Apud Souza (2017) discorrem, em seu estudo, sobre as dificuldades,
apresentando 6 (seis): (1) dificuldades no controle motor: a área do cérebro responsável
por garantir que letras sejam grafadas numa sequência contínua não funciona
tipicamente; (2) deficiência na percepção visual: o cérebro interpreta erroneamente as
informações visuais; (3) distúrbio no modo de segurar o lápis, devido ao tônus muscular
diminuído; (4) deficiência na memória visual, em recordar o formato das letras; (5)
deficiência no controle espacial, no arrumar a escrita da página; e (6) taxa de
processamento diminuído: executa uma boa escrita, porém lenta, e se rápida, fica
desorganizada.
Causas
Intervenção psicopedagógica
Sinais da Disgrafia
SEI(2016)
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3. Disortografia
Etimologicamente, disortográfica deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “orto” (correto)
+ “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto de erros
da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia” (Vidal, 1989, cit. Por
Torres & Fernández, 2001, p. 76).
Caracteriza-se pelas trocas ortográficas e confusões com as letras. Esta dificuldade não
implica na diminuição da qualidade do traçado das letras. Essas trocas são normais nas
primeiras séries (do ensino fundamental), porque a relação entre a palavra impressa e os
sons ainda não está totalmente dominada. Porém, após estas séries, se as trocas
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Sinais de alerta
Alguns sinais da disortografia são os seguintes(OLIVEIRA;2017)
Caligrafia ilegível;
Escrita lenta e trabalhosa;
Mistura de letras de forma e cursivas;
Espaçar letras e palavras de maneira estranha;
Grandes dificuldades ortográficas e gramaticais;
Uso de pontuações incorreta;
Frases contínuas e falta de quebras de parágrafo;
Problema para organizar as informações ao escrever.
Causas
Para Torres & Fernández (2001), por outro lado, as causas da disortografia estão
relacionadas com aspectos perceptivos, intelectuais, linguísticos, afectivo-emocionais e
pedagógicos.
Caraterização
Uma criança com disortografia demonstra, geralmente, falta de vontade para escrever e
os seus textos são reduzidos, com uma organização pobre e pontuação inadequada.
Não faz sínteses e/ou associações entre fonemas e grafemas, trocando letras sem
Qualquer sentido.
Intervenção
A intervenção junto de alunos com disortografia não deve obedecer a um único modelo
em concreto, mas sim a uma variedade de técnicas que tenham em conta não apenas a
correcção dos erros ortográficos, mas também a percepção auditiva, visual e espácio-
temporal, bem como a memória auditiva e visual.
Torres & Fernández (2001) apud Coelho 2013 salientam duas áreas importantes na
reeducação da disortografia
Por outro lado, é importante, também, que se diferenciem os erros de ortografia das
falhas na compreensão e, consequentemente, da possibilidade de elaboração de
respostas.
Para finalizar, importa acrescentar que qualquer que seja o procedimento a adoptar, é
importante que o educador (seja ele o professor, o psicólogo, o pai, o tio ou o irmão)
tenha em conta as reais habilidades e dificuldades da criança e seja capaz de planear um
conjunto de actividades que vão ao encontro dessas (in)capacidades específicas. Tal
como afirma Micaelo (2005, p. 59) “o trabalho a desenvolver (…) passa, acima de tudo,
por conhecer as características individuais de cada aluno e o seu modo de
funcionamento, de forma a encontrar as respostas pedagógicas adequadas”.
4. Discalculia
Etimologicamente, discalculia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “calculare”
(calcular, contar), ou seja, é “um distúrbio de aprendizagem que interfere negativamente
Com as competências de matemática de alunos que, noutros aspectos, são normais.”
(Rebelo, 1998ª, p. 230). Assim, trata-se de “uma desordem neurológica específica que
afecta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular números.” (Filho, 2007
apud COELHO;2013)
Indicadores estatísticos dizem-nos que a maior parte dos alunos revela problemas na
aprendizagem desta disciplina. Muitos deles não compreendem os enunciados dos
problemas, outros demoram muito tempo a perceber se precisam
somar/dividir/multiplicar e alguns não conseguem concluir uma operação
aparentemente simples. É importante referir, no entanto, que estas dificuldades podem
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Causas
Segundo: (COELHO;2013)
Não existe uma causa única e simples que possa justificar o aparecimento da
discalculia. Os estudos efetuados nesta área são recentes e as conclusões não podem,
ainda, ser generalizadas. No entanto, têm sido feitas investigações em vários domínios,
como a neurologia, a linguística, a psicologia, a genética e a pedagogia (Silva, 2008b
apud COELHO;2013)
No domínio da linguística, Cazenave (1972, cit. Por Silva, 2008b) afirma que a
compreensão matemática só é possível com a assimilação da linguagem, que tem um
papel fundamental na evolução do intelecto de cada ser humano.
Neste caso, um discalcúlico apresenta deficiente elaboração do pensamento devido às
dificuldades no processo de interiorização da linguagem. Estas crianças revelam défices
na compreensão de relações e também na sua reversibilidade e/ou generalização;
apresentam, ainda, dificuldades na resolução de problemas, mais especificamente no
simbolismo numérico (correspondência número-quantidade), bem como na sua
representação gráfica.
Por último, as conclusões na área da pedagogia vêm apontar a discalculia como uma
dificuldade diretamente relacionada com os fenómenos que sucedem no processo de
aprendizagem, como métodos de ensino desadequados, inadaptação à escola, entre
outros.
Caraterização
São crianças que revelam um ritmo de trabalho muito lento usando, muitas vezes, os
dedos para contar. São ansiosas, desmotivadas e têm receio de fracassar, consequência
do Menosprezo ou repressão por parte dos colegas de turma, professores e/ou
pais/familiares.(MORAES;2023)
Dificuldades
NB: Estas dificuldades podem conduzir, em casos extremos, a uma fobia à matemática.
Intervenção psicopedagógica
Segundo (COELHO;2013)
É preciso fazer a criança perceber o quão importante é dominar esse pretenso “bicho-de-
sete-Cabeças” fornecendo-lhe exemplos das vantagens obtidas no seu dia-a-dia: a ver
televisão (reconhecimento dos canais televisivos); a jogar computador (número de
níveis Concluídos/alvos abatidos); a jogar à bola (contar o número de golos/analisar
distâncias para a marcação dos penaltis); a brincar às casas das bonecas (dimensões dos
quartos/cozinha).
O educador deve, sempre que possível, planear actividades que facilitem o sucesso do
aluno e que o ajudem a melhorar o seu autoconceito e a sua auto-estima. Pode, por
exemplo, Recorrer à utilização de jogos e outros materiais concretos que promovam a
manipulação Por parte da criança: é importante que a criança possa observar, tocar,
mexer num cubo.
Quando está, por exemplo, a aprender os sólidos geométricos, caso contrário será difícil
compreender as noções de lado, vértice e aresta.
O uso da calculadora deve ser permitido, bem como a consulta da tabuada, pois estas
crianças têm, tal como já foi referido, dificuldades ao nível da memória; assim, podem
ser capazes de resolver um exercício (raciocínio correto), mas incapazes de realizar as
operações matemáticas necessárias para a sua conclusão.
Para finalizar, e recorrendo às palavras de Sacramento (2008), resta acrescentar o facto
de que o diagnóstico de discalculia é sempre (e apenas) uma descrição do actual período
de desenvolvimento, aplicável por um período máximo de um ano. Como a criança está
em constante desenvolvimento, as dificuldades que existem no ano anterior podem ser
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IV. Algumas estratégias a utilizar dentro da sala de aula com os alunos com
necessidades educativas especiais.
Face a estas questões, e por ao longo dos anos termos constatado que o professor se
sente pouco à vontade quando tem de identificar os problemas educacionais de
determinado aluno e elaborar o respectivo programa de intervenção pensamos que sera
de alguma utilidade fornecer-lhe um instrumento inicial de despistagem que de algum
modo, tente evitar que um numero significativo de casos seja encaminhado para os
serviços de educação especial parece-nos importante sublinhar, uma vez mais, que o
aluno so deve ser encaminhado para os serviços de educação especial quando tiverem
sido esgotados, pelo professor do ensino regular, todos os meios que tem ao seu alcance
para tentar suprir quaisquer problemas de aprendizagem que ele possa apresentar.
(CORREIA,2008).
O primeiro prende-se com o facto de muitas crianças poderem apresentar uma ou mais
das caracteristicas consideradas na lista de verificação, não querendo isto dizer,
necessariamente. Que possuam problemas de aprendizagem Em muitos casos não
haverá motivos para preocupações, a não ser que a criança apresente muitas das
caracteristicas mencionadas no instrumento um conjunto vasto de caracteristicas de uma
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O segundo principio tem a ver com a idade da criança, ou seja, muitas das
caracteristicas descritas são tipicas em crianças de pouca idade e portanto só deverão ser
consideradas como sugerindo um problema a partir de determinada idade Como
exemplo, poderemos comparar o facto de uma criança poder fazer reversões, inversões
ou trocas de letras na pre-primaria ou na primera classe, o que não deverá ser objecto de
preocupação, com o facto de essa mesma chança continuar a fazé-las quando já se
encontra numa terceira classe, o que já devera ser motivo de cuidados
E muito activo
E agressivo
E impulsivo
E desorganizado nas actividades que lhe são pedidas
Sonha acordado
E ansioso
E muito tímido
Como dissemos anteriormente, esta lista de verificação tem como objectivo ajudar o
professor na identificação de algumas causas que estejam de algum modo a impedir o
aluno de aprender com sucesso e, ate, na identificação de alunos que necessitem de ser
observados com mais actividade Contudo, torna-se imperativo que não se façam
quaisquer assunções com base na aplicação desta lista de verificação por si só . Há uma
variedade de instrumentos (formais e educacional, intelectual, emocional ou física Ela
constitui, somente, um instrumento de apoio facilitador de uma intervenção mais
consentânea com as características e necessidades do aluno
Apesar das diferenças existentes entre a linguagem oral e a linguagem escrita, não
podemos considerar uma mais complexa ou importante do que a outra, uma vez que
existem vários níveis de formalidade e informalidade na oralidade e na escrita.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37º. Ed. Rev., ampl. Eatual.
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COELHO, Sonia. Linguagem oral e linguagem escrita: e suas diferencas. Brasil, 2018.