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MATERIAL DE APOIO PARA O CONCURSO PÚBLICO

DA EDUCAÇÃO

Elaborado por: Eliseu Jaime Manuel


Facebook: Ely Galão

É proibida a reprodução total ou


parcial deste material de apoio sem
a prévia anuência do autor
ÍNDICE
Metodologia de ensino da Língua Portuguesa ...................................................................... 4
Finalidades da Metodologia de ensino da Língua Portuguesa ....................................... 4
Competência linguística que um professor deve possuir para ensinar a Língua
Portuguesa no Ensino primário ............................................................................................ 4
Competência linguística que um aluno deverá possuir com o ensino da Língua
Portuguesa no Ensino primário ............................................................................................ 5
Princípios gerais da didáctica da língua portuguesa. ....................................................... 5
As 7 coisas mágicas para uma boa aula de língua segunda .......................................... 6
Principais actividades para o ensino da língua portuguesa............................................. 7
ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORALIDADE: OUVIR, COMPREENDER E FALAR ..... 7
Finalidades da comunicação oral ........................................................................................ 7
Competências a serem desenvolvidas ao aluno com o ensino da oralidade ................... 8
Estratégias didácticas a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem da
oralidade .................................................................................................................................. 9
Princípios de ensino-aprendizagem da oralidade na criança............................................ 10
Fases e etapas da aprendizagem da oralidade. ............................................................. 11
Actividades sugestivas que contribuem param o desenvolvimento da oralidade ...... 12
Avaliação da oralidade ........................................................................................................ 12
ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA ............................................... 13
Marchas para o ensino da leitura e da escrita na 1ª classe .......................................... 14
Competências que devem ser desenvolvidas no aluno com o ensino da escrita ...... 16
Marcha para uma aula de leitura de 2ª a 6ª classe ........................................................ 16
Considerações quanto a leitura oral individual ................................................................ 17
Aspectos determinantes para o aluno aprender a ler com sucesso ............................ 17
Princípios pedagógicos para o aluno aprender a ler uma língua materna ou segunda
................................................................................................................................................. 17
ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E EXPLORAÇÃO VOCABULAR .................. 18
Marcha para uma aula de leitura e exploração vocabular ............................................. 18
O dicionário: Preparação para o uso do dicionário ......................................................... 18
ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............. 19
Marcha para uma aula de leitura e interpretação de texto ............................................ 20
ENSINO-APRENDIZAGEM DA GRAMÁTICA ..................................................................... 22
Metodologia da gramática aplicada ................................................................................... 23
Fases metodológicas para o ensino da gramática.......................................................... 23
Princípios didácticos da gramática aplicada .................................................................... 23
ENSINO-APRENDIZAGEM DA REDAÇÃO ......................................................................... 24
Marchas para a redacção colectiva ................................................................................... 26
Correcção da redacção ....................................................................................................... 26
Aspectos a ter em conta na correcção da redacção....................................................... 27
Como desenvolver a capacidade de redigir ..................................................................... 27
ALGUMAS SUGESTÕES PARA A PRODUÇÃO DE UM TEXTO COM A
PONTUAÇÃO CORRECTA .................................................................................................... 28
ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORTOGRAFIA .................................................................. 28
Marchas para uma aula de ortografia ............................................................................... 28
METODOS PARA O ENSINO DE ACTIVIDADES DA LINGUA PORTUGUESA .......... 31
1. Métodos para o ensino - aprendizagem da oralidade. ........................................... 31
2. Métodos para o ensino - aprendizagem da leitura e escrita .................................. 33
3. Métodos para o ensino - aprendizagem da gramática ........................................... 35
4. Métodos para o ensino - aprElaborado por: Eliseu Jaime Manuelendizagem da
ortografia ................................................................................................................................ 35
OBJECTIVOS DE ENSINO .................................................................................................... 38
Formulação operacional dos objectivos............................................................................ 38
PRINCÍPIOS DE ENSINO ................................................................................................... 40
Tipos de princípios de ensino ............................................................................................. 40
CONTEUDOS DE ENSINO .................................................................................................... 41
Organização do conteúdo ................................................................................................... 41
Critérios de selecção do conteúdo de ensino .................................................................. 41
EXEMPLO DE UM PLANO DE AULA ................................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 45
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ......................................................................................... 45
Sumbe, 2023
Met. L. Portuguesa

Metodologia de ensino da Língua Portuguesa

A Metodologia de ensino da Língua Portuguesa é uma disciplina


pedagógica que estuda os métodos mais adequados para um processo de
ensino e aprendizagem eficaz a Língua Portuguesa. Pretende dotar aos futuros
professores de diferentes estratégias e procedimentos didácticos para cada
uma das áreas que compõem a disciplina de Língua Portuguesa, desenvolver
habilidades que permitam aos formandos seleccionar as metodologias mais
adequadas ao meio, aos interesses e as necessidades dos alunos do Ensino
primário.

Finalidades da Metodologia de ensino da Língua Portuguesa

Potenciar os professores com conhecimentos metodológicos para o


exercício das actividades docente na disciplina de Língua Portuguesa com
formação eficiente e eficaz, capaz de interagir em salas de aulas em todos os
momentos do processo.

Competência linguística que um professor deve possuir para ensinar a


Língua Portuguesa no Ensino primário

Para ensinar a Língua Portuguesa o professor deve conhecer a dinâmica


progressiva da própria língua, isto é desde o nascimento, sua evolução até os
aspectos que marcam a actualidade. Assim o professor de Língua Portuguesa
deve estar capacitado de:

 Competência organizacional gramatical (domínio de aspectos


lexicais, morfológicos, sintácticos e fonológicos;
 Competência textual (coesão, coerência, organização retórica e
disposição estratégica da informação;
 Competência programática e sociolinguística (sensibilidade às
diferenças de diálogos ou variedades linguísticas regionais;
sensibilidade à autenticidade de referências culturais e linguagem
figurada);
 Competências linguístico-cognitivas (ter o espírito de procurar
novos conhecimentos sobre a língua);

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Met. L. Portuguesa

 Competências psicolinguístico-motoras (capacidade de raciocino


e a aplicação dos conhecimentos teórico sobre a língua na
prática);
 Competências linguístico-sociais afectivas (capacidade de usar a
língua como instrumento fundamental na comunicação entre os
homens.

Competência linguística que um aluno deverá possuir com o ensino da


Língua Portuguesa no Ensino primário

Com o ensino da Língua Portuguesa no Ensino Primário pretende-se que os


alunos deste nível de escolaridade desenvolvam as competências de:

 Expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opções individuais;


 Expressar-se em diferentes situações e de diversas maneiras (saber
usar a linguagem adequada a cada ambiente);
 Conhecer e respeitar as variedades linguísticas do português falado
(entender que um país grande e culturas variadas, existem sotaques,
expressões regionais e maneiras diferentes de falar);
 Entender que a leitura pode ser uma fonte de informação de prazer e de
conhecimento;
 Ser capaz de produzir textos, identificar os pontos mais relevantes de
um texto, fazer resumos textos e comentários sobre um texto;
 Saber distinguir e compreender os diferentes géneros textuais;
 Ser capaz de identificar e analisar criticamente o uso da língua enquanto
instrumento de divulgação de valores e preconceitos de raça, etnia,
género crença ou classe social.

Princípios gerais da didáctica da língua portuguesa.

O professor deve ter em conta os seguintes princípios:

 O aluno tem uma tendência natural para se comunicar em qualquer


língua;
 O aluno aprende a comunicar comunicando-se.
 O primeiro modo de comunicação linguística é através da oralidade e só
depois vem a escrita;

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 O aluno deve compreender primeiro o que os outros dizem e depois


falar;
 O aluno deve compreender o que lê e depois escrever;
 O aluno aprende melhor uma língua quando é encorajado a tomar a
iniciativa para comunicar;
 O aluno aprende melhor uma língua quando comunica em diferentes
situações e aborda diferentes temas;
 O aluno deve estar informado, desde o início, sobre os objectivos da
aprendizagem da língua portuguesa.

As 7 coisas mágicas para uma boa aula de língua segunda

O Manual de Oralidade de Língua Portuguesa - Educação Bilingue, da


Associação Progresso 2011, e o Programa de Educação Bilingue para o 1.°
Ciclo do Ensino Básico da 1.ª e 2.ª classe, páginas 12 e 15
respectivamente, citando Krashen, descrevem as condições ou “as 7 coisas
mágicas” para uma boa aula de língua segunda, nomeadamente:

1. Meio ambiente sem preocupação ou ansiedade – o aluno aprende bem


quando não está preocupado em cometer erros, que são normais quando
se aprende uma língua. O professor deverá estimular a participação dos
alunos e tal só pode ser conseguido se eles não forem inibidos.

2. Informação compreensível – o aluno aprende a falar a língua, se tiver


informação na L2 que tenha significado segundo o contexto, como imagens,
acções, etc.

3. Enfoque na comunicação – as actividades de comunicação, em que o


aluno deve falar para resolver um problema ou atingir um objectivo,
estimulam a aprendizagem.

4. Língua contextualizada – os aprendentes devem dominar o vocabulário


de que precisam para comunicar em diferentes contextos de comunicação,
devendo estes ser familiares e ricos para permitir ao “aprendente” relacionar
o que se diz na L2 e o mundo circundante.

5. Aceitação de erros – na fase inicial da aprendizagem, se os erros não


prejudicam a comunicação, não se deve corrigir constantemente. O aluno

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Met. L. Portuguesa

deve sentir-se livre para falar e praticar; vai auto corrigir-se, na devida
altura, com o apoio do professor.

6. Respeito pelas etapas de aquisição da língua – em classes iniciais, o


aluno vai aprender a falar, pouco a pouco, vai poder expressar-se melhor, e
o professor deve desafiar o aluno neste processo. As etapas são
progressivas. Se os alunos não estiverem preparados para passar para a
etapa seguinte, não vale a pena sair da etapa em que estiverem.

7. Professor facilitador – o trabalho do professor é de criar actividades que


providenciem oportunidades para os alunos praticarem o que estão a
aprender.

Principais actividades para o ensino da língua portuguesa

1ª Classe: leitura e a escrita de letras, sílabas, palavras ou frases. No fim


do 2º ou 3º trimestre: leitura e interpretação do texto, ortografia, redacção
colectiva (preencher lacunas).

2º a 6ª classe: leitura e escrita de textos, leitura e interpretação ou


compreensão do texto, exploração ideológica do texto, exploração, vocabular
do texto, exploração gramatical (sobre um tema de acordo o programa da
classe), redacção (tema relacionado ao texto) e a ortografia.

ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORALIDADE: OUVIR,


COMPREENDER E FALAR

A comunicação oral é o primeiro passo para o processo de ensino e


aprendizagem de uma língua. Assim nas primeiras classes devem ser
apresentadas aos alunos situações diversificadas de comunicação para que
estes criem progressivamente a capacidade da oralidade e que estabelecem
uma comunicação espontânea como sucede a vida diária.

Finalidades da comunicação oral

 Estabelecer relações sociais de acordo com determinadas regras;


 Promover a comunicação e a realização de determinadas acções;
 Pedir e dar informações simples;
 Manifestar sentimentos.

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Competências a serem desenvolvidas ao aluno com o ensino da oralidade

A oralidade deve ser desenvolvida durante toda a escolaridade, mesmo


em situações em que não está ao serviço da leitura e escrita. Com esta prática
pretende-se que o aluno desenvolva a competência de compreensão oral e de
expressão oral.

1. A compreensão oral (ouvir-compreender): é a competência


responsável pela atribuição de significados à cadeias fónicas produzidas de
acordo a gramática de uma língua; envolve a recepção e a decifração da
mensagem e implica o acesso e a articulação com a informação linguística
registada permanentemente na memória.

Para haver a compreensão oral é necessário saber ouvir a voz e para


que isto aconteça é imprescindível em primeiro lugar a criação de condições
como por exemplo a ausência de “ ruído” ou a não sobreposição de voz dois
locutores.

Ouvir é uma capacidade que deve ser aprendida (Lugarini, 2003). Assim
existem vários níveis de ouvir que caracterizam os alunos como:

 O distraído ou superficial;
 O atento (motivado porque o assunto/tema a trabalhar na sala de
aula é útil e interessante);
 O orientado (conhece a finalidade);
 O criativo
 O crítico (realiza-se apenas quando se conhece o tema,
permitindo ao aluno expressar a sua opinião relativamente a um
assunto).

Actualmente os alunos que se pretende são alunos com o ouvir crítico,


ou seja, aqueles que reflectem e opinam sobre o que aprendem. Para isso, é
necessário que o professor seja flexível, permita que os alunos exteriorizem as
suas opiniões e seja não apenas um instrutor, mas um educador.

O professor deve levar o aluno a desenvolver uma escuta activa (ser


capaz de ouvir, compreender e relatar a informação; é necessário que nas

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aulas, o professor guie o aluno de ouvir distraído ao ouvir crítico através das
seguintes estratégias:

 Apresentar as tarefas de forma clara e com interesse, procurando


ir do encontro do aluno,
 Dar indicações de sobre o tema e o objectivo,
 Reconstruir a ordem lógica das ideias ouvidas, dar as ideias
centrais ou fornecer os exemplos.

2. A expressão oral (ouvir-falar): é a capacidade que os falantes têm


para produzir as cadeias fónicas dotadas de significados e conforme a
gramática de uma língua envolve planeamento do que se pretende dizer, o
recurso a um vocabulário disponível a formação linguística do enunciado
articulatória.

Estratégias didácticas a ter em conta no processo de ensino e


aprendizagem da oralidade

No processo de ensino e aprendizagem da oralidade, para o


desenvolvimento da comunicação oral, o professor ao ministrar as suas aulas
deve ter atenção as seguintes estratégias:

 Aproveitar a tendência natural dos alunos em se comunicar;


 Encoraja os alunos a ser participantes;
 Permitir que as crianças conversem entre si, desde que seja nos
momentos estipulados, para tal de forma ordeira,
 Conversar com os alunos sobre as suas vivencias, apresentando
objectos, imagens, explicando a correcta pronunciação e
corrigindo-os quando necessário,
 Estimular a relação professor-aluno;
 Tirar proveito de todas as formas de comunicação( histórias,
conversas ou diálogos, brincadeiras), como contributo para a
compreensão do que se diz;
 Reconhecer as técnicas variadas e outras formas de
comunicação, sobretudo o gesto ou mímica, desenho e gravura;
 Levar os alunos a aprender a comunicar comunicando.

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Princípios de ensino-aprendizagem da oralidade na criança

Este ensino/aprendizagem comporta vários princípios, todos eles


igualmente importantes, que, por uma questão organizativa os tais princípios
são:

1. Princípio de ordem fonológica

Desde que nasceu, a criança ouviu os sons da sua língua materna e, como
qualquer outra criança, habituou-se a reproduzi-los corrigindo os erros e
aceitando as correcções dos mais velhos.

2. Princípio que age no campo do vocabulário.

Segundo o qual aconselha-se exercícios que ajudem o aluno a compreender e


a memorizar novos vocábulos ou palavras. As palavras novas aprendidas só
permanecerão por toda vida nas crianças se eles poderem compreender os
seus significados e aplicarem-nas em situações prática do quotidiano. O aluno
não conseguirá usar palavras que memorizou de forma adequada se não
compreendeu os seus significados.

3. Princípio que se relaciona com a gramática

Esta dimensão é determinante, sendo normalmente tão discreto que é possível


não o reconhecer. No entanto, as estruturas gramaticais das línguas da família
Banto têm profundas diferenças em relação às línguas europeias. Perceber
minimamente a estrutura gramatical da língua materna dos seus alunos é, pode
dizer-se, um dever de todo o professor de ensino primário; treinar oralmente as
situações em que se manifestam as diferenças mais importantes é uma
necessidade, uma tarefa que dará bons frutos ao longo dos anos e das
actividades futuras.

4. Princípio sócio afectiva

Para todas as crianças a chegada a escola é o choque com um mundo novo,


com uma profusão de relações e com um conjunto de regras até então
desconhecidas. Para uma criança que aprende língua estranha, esse choque é

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ainda maior porque, em grande dos casos ela não é capaz de criar por si só
mecanismo de defesa e de auto-afirmação. E é na oralidade que eles se
manifestam e se desenvolvem. Cabe ao professor ensinar a estar, a interagir, a
ser oportuno, usar as palavras certas no momento certo, a controlar a
entoação, sempre num ambiente tranquilo e entreajuda.

Fases e etapas da aprendizagem da oralidade.

As aulas de oralidade não são apenas para os alunos que não “sabem”
falar o Português. Elas têm lugar ao longo de todo o processo de ensino-
aprendizagem e estão organizadas em duas fases: a oralidade inicial, e a
oralidade não inicial.

1. Oralidade inicial

A oralidade inicial é a fase de aquisição do vocabulário básico que vai auxiliar o


aluno na descodificação e produção de mensagens simples na língua veicular
do ensino aprendizagem. Nesta etapa, o professor tem a missão levar os
alunos a aprender as primeiras palavras da língua. O vocabulário adquirido
nesta etapa vai permitir a comunicação nas etapas subsequentes. O professor
não deve passar para a etapa seguinte sem que os seus alunos tenham bases
sólidas para compreender e realizar tarefas mais complexas.

2. Oralidade não inicial

A oralidade não inicial é a fase em que os conhecimentos adquiridos na fase


anterior são usados para motivar e apoiar a aprendizagem da leitura e da
escrita e, ainda, para o desenvolvimento da compreensão e expressão orais.
Esta fase é composta por quatro etapas, nomeadamente:

1.ª Etapa: Oralidade na iniciação da leitura e da escrita – é a etapa em


que os alunos fazem a interligação da oralidade e da escrita, isto é, os
alunos começam a registar por escrito o que já sabem dizer oralmente.

2.ª Etapa: Oralidade na consolidação da leitura e da escrita – nesta


etapa os alunos trabalham a oralidade ao serviço da consolidação da
leitura e da escrita.

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3.ª Etapa: Oralidade no desenvolvimento da leitura e da escrita – nesta


etapa os alunos trabalham a oralidade ao serviço do desenvolvimento da
leitura e da escrita.

4.ª Etapa: Oralidade pela oralidade – nesta etapa trabalha-se a oralidade


para que o aluno adquira capacidade crescente de compreensão e
expressão orais.

Actividades sugestivas que contribuem param o desenvolvimento da


oralidade

 Apresentação mútua e progressiva dos elementos da turma (numa fase


inicial do período da escola);
 Resumo de aulas;
 Trabalhos em grupos com posterior apresentação à turma;
 Apresentação oral de noticiais;
 Análise e comentário, nas aulas, de imagens, jornais, revistas, filmes,
músicas;
 Entrevistas;
 Recitação de textos poéticos;
 Debate;
 Dramatização de textos;
 Jogos de linguagem;

Avaliação da oralidade

A primeira das avaliações da oralidade é a que cada um de nós faz de si


mesmo, ao verificar se suas produções atingem ou não os fins desejados. No
entanto a avaliação da oralidade terá de ser oral, sem recurso aos materiais
escritos. E, nesta avaliação, o professor deverá ter em conta se a criança:

 Fala com outras crianças sobre o seu trabalho;


 Fala acentuando a sílaba tónica;
 Articula bem os sons das palavras;
 Pronuncia correctamente as palavras;
 Estrutura bem as frases (concordância em género e número)
 Percebe o que os outros dizem;
 Conta e reconta o que ouve;

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 Descreve, oralmente, desenhos e gravuras, etc.;


 Reproduz o que observa;
 Interpreta os textos que lê.

ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

O ensino-aprendizagem da leitura e da escrita iniciais é desenvolvido em


quatro etapas, nomeadamente:

 O ensino-aprendizagem das vogais;


 O ensino-aprendizagem dos ditongos;
 O ensino-aprendizagem das consoantes;
 O ensino-aprendizagem das combinações fonéticas;

Estas etapas efectuam-se de acordo com métodos e estratégias adequadas ao


desenvolvimento da criança, para que as competências de leitura e de escrita
possam ser desenvolvidas de forma mais correcta.

Inicialmente para levar os alunos a ler, o professor deve fazer as seguintes


modalidades de leitura:

1. Leitura de imagens: é a interpretação que o leitor faz numa gravura,


desenho, fotografia, etc. Para se fazer essa leitura é necessário que o
aluno observe bem a gravura; a gravura deve ser interessante para
despertar o interesse dos alunos e o professor deve fazer perguntas aos
alunos, no momento oportuno, isto é depois de lhe ter dado tempo para
observar.
2. Leitura e escrita inicial.
Durante as primeiras experiências de leitura de ensino da leitura o
professor deve apresentar aos alunos, palavra associada ao objecto e
convidá-los a observarem com atenção; convidar os alunos a
interpretação das características essenciais do objecto; exercícios de
prolação e elocução e a dramatização de imagens.
E nesta fase inicial de escolaridade o método mais apropriado
para o ensino da leitura e escrita inicial é o método analítico-sintético
que se baseia na decomposição e recomposição da frase, palavra,
sílaba, tomando como ponto de partida a palavra ou frase, tendo ainda a

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vantagem de partir do concreto para o abstracto e do conhecido para o


desconhecido.

Marchas para o ensino da leitura e da escrita na 1ª classe

1. Conversa com os alunos para despertar o interesse;

a) Observação da gravura relacionada a lição

b) Levar os alunos a pronunciar a frase a partir da gravura observada


(elaboração oral).

Ex.: A vaca vai a aldeia

2. Fixação da ficha frase (letra imprensa) debaixo da gravura principal fixada

3. Escrita da frase no quadro (letra manuscrita) debaixo da ficha com letra


imprensa.

A vaca vai à aldeia


a) Leitura das mesmas em voz alta, pausadamente pelo professor (leitura
modelo);
b) Levar os alunos a pronuncia-la, pausadamente e com correcção;
c) Ter o cuidado de destacar a sílaba em estudo;

A vaca vai à aldeia


d) Decomposição e recomposição de palavras

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A vaca vai à aldeia

vaca; va-ca; va; v / v; va; va-ca ;vaca


Depois destes procedimentos, que dizem respeito a leitura, passa-se para a
escrita.

4. Exercícios de preparação à escrita.

a) Escrita com o dedo no ar, na areia, etc, tendo sempre em conta a sua
posição corporal.

5. Escrita da frase nos cadernos pelos alunos sem haver a preocupação por
mínima que seja de boa escrita.

a) Escrita da palavra em estudo, destacando a sílaba que permite ensinar


todas as comunicações dos sons melodicamente (no quadro)

Ex: vaca ; va-ca¸va


Na iniciação, os alunos apresentam certas debilidades na escrita e
concretamente no manuseamento do lápis. Deste modo, antes que se dê
outras actividades da língua portuguesa em tornos da escrita, é necessário que
os alunos desenvolvam a motricidade e orientação no espaço (das linhas do
caderno) e para tal precisam fazer jogos colectivos e exercícios de esquema
corporal tais como: grafismo, pintura, picotagem, modelagem, jogos de
imitação, fazer ou completar desenhos que preparam para a escrita.

À semelhança do ensino da leitura, o ensino da escrita não só se esgota na


caligrafia ou ortografia, abarca também processos cognitivos implicados no seu
planeamento (selecção de conteúdos e sua organização), na formação
linguística (selecção dos itens lexicais precisos, construção de sequências
coesas, coerentes e adequadas), no rascunho (versão provisória do escrito),
na revisão, na correcção e reformulação e ainda sempre necessária
divulgação e partilha dos escritos.

A escrita apresenta, fundamentalmente, três funções. A expressiva,


comunicativa e epistémica.

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 Função expressiva- pressupõe um maior grau de liberdade na escrita;


 Função comunicativa- exercemo-la quando escrevemos cartas,
recados, mensagens, instruções, etc;
 Função epistémica- está presente quando estudamos, escrevendo
sínteses, resumos, tomando notas.

Competências que devem ser desenvolvidas no aluno com o ensino da


escrita

 Competência compositiva (organização do texto e expressão


linguística): forma de combinar as expressões linguísticas para formar
um texto. Abarca vários processos cognitivos que se consubstanciam
nas seguintes etapas: planificação, textualização, revisão e edição.
 Competência ortográfica (domínio das normas de escrita)
 Competência gráfica (rapidez na inscrição em suporte material): diz
respeito à capacidade de inscrever num suporte material os sinais em
que assenta a representação escrita.

Aspectos que devem ser dominados pelos alunos:

 Controlo do espaço (espaçamento entre palavras e frases), relações de


proporcionalidade (maiúscula e minúscula)
 Orientação da escrita (eixo horizontal, da esquerda para direita);
 Inclinação da letra (privilegia-se a verticalidade).

Marcha para uma aula de leitura de 2ª a 6ª classe

Como em qualquer aula, a motivação é sempre necessária. Pode ser uma


breve conversa com os discentes, sobre um assunto, tema ou história
relacionada ao conteúdo que será tratado na aula, por formas a despertar no
aluno o interesse e a atenção.

Para a leitura oral coral, após a motivação o professor deve ser o primeiro a
fazê-la, de forma clara, pausada e expressiva (leitura modelo), mantendo os
alunos atentos e com o livro aberto acompanhando a leitura apenas com os
olhos.

O professor lê primeiro o texto e depois frase por frase, ideia por ideia seguida
da repetição pelos alunos todos juntos, por filas.

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Met. L. Portuguesa

Resumidamente temos as seguintes marchas:

1. Breve conversa com os alunos sobre um tema relacionado a lição


apoiando-se numa gravura, contos de histórias ou cantar uma canção;
2. Leitura modelo feita pelo professor;
3. Leitura do professor frase por frase, ideia por ideia seguida da repetição
dos alunos;
4. Leitura oral colectiva;
5. Leitura em grupo ou por filas;
6. Leitura individual.

Considerações quanto a leitura oral individual

 Não se deve pedir ao aluno que leia um texto sem que ele primeiro o
tenha compreendido.
 O professor só deve corrigir o aluno no fim de cada período;
 O aluno deve repetir a leitura tendo em conta as correcções feitas pelo
professor;
 O aluno deve percorrer o texto com os olhos, evitando o movimento da
cabeça;
 O professor deve velar para que haja perfeição na entoação, chamando
a atenção para as paragens a fazer nos sinais de pontuação, deve ter a
atenção a pronúncia correcta das palavras, levando os alunos a
repetirem-nas quantas vezes necessárias.

Aspectos determinantes para o aluno aprender a ler com sucesso

 O conhecimento oral do vocabulário que conhece da língua em que


vai ser escolarizado (língua de escolarização;
 As experiências que se tem sobre a linguagem escrita, antes de
saber ler.

Princípios pedagógicos para o aluno aprender a ler uma língua materna


ou segunda

 Promover na criança o desenvolvimento da linguagem oral;


 Proporcionar-lhe o contacto com o material escrito;
 Provocar na criança a descoberta de princípios gráficos;

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Met. L. Portuguesa

 Desenvolver-lhe a consciência fonológica da língua de alfabetização;


 Promover na criança o prazer da leitura pela voz dos outros;

ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E EXPLORAÇÃO


VOCABULAR

O ensino do vocabulário implica inferir o significado de uma palavra


desconhecida com base a estrutura interna de acordo o contexto. No ensino
primário apenas é aconselhável a partir da 3ª classe.

Os vocabulários adquiridos pelas crianças deverão ser cuidadosamente


conservados pelo uso e repetição, devendo os mesmos passar o vocabulário
activo da criança. Isto consegue-se através de actividades como:

 Emprego oral em todos os momentos (até em jogos)


 Emprego escrito.

Marcha para uma aula de leitura e exploração vocabular

 Leitura modelo feita professor;


 Leitura silenciosa feita pelos alunos;
 Destacar as palavras de significados desconhecidos (palavras
invulgares) e sua escrita no quadro pelos alunos;
 Consultar o dicionário;
 Atribuição dos significados das palavras e escrevê-las no quadro;
 Contextualizar os significados encontrados com as frases do texto de tal
forma que se ajustem com o tema em questão:
 Passar para os cadernos diários, as palavras destacadas e os
significados contextualizados.

O vocabulário a ensinar, não deve ser feito através de palavras isoladas,


pois as palavras só têm sentido dentro da frase.

No momento do vocabulário, o professor deve evitar que os alunos façam o


uso dos termos calão, corrigindo-os com palavras apropriadas.

O dicionário: Preparação para o uso do dicionário

O dicionário é o conjunto de vocábulos de uma língua, dispostos por ordem


alfabética e respectiva significação na mesma ou noutra língua. Quando não

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sabemos o significado de uma palavra consultamos, precisamente, o


dicionário. Desta maneira, o professor deverá dominar as técnicas que
conduzem ao uso correcto do dicionário, seguindo os seguintes passos:

1. Procurar palavras por ordem alfabética;


2. Procurar a 1ª, 2ª ou mesmo a 3ª letra da palavra;
3. Encontrada a palavra, escolher dos significados apresentados, o que
estiver mais de acordo com o contexto (por exemplo, com a frase do
texto).

ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE


TEXTOS

O desenvolvimento de uma aula é feito por fases ou funções didácticas que


são: a motivação, o desenvolvimento, a verificação ou controlo e a tarefa.

A motivação pode ser feita em todo momento da aula, porém existe o momento
central em ela serve de arranque (motivação como fase didáctica) e dá um
insight aos alunos sobre o que se vai abordar por isso a temos como fase
didáctica.

1. Motivação:
 Criação do nível de partida (CNP);
 Motivação propriamente dita (MPD)
 Orientação para os objectivos (OPO).
2. Desenvolvimento
 De um conceito
 De um teorema
 De um procedimento e etc.
3. Verificação ou controlo
 Exercícios
 Aprofundamento da matéria;
 Aplicação ou concretização.
4. Tarefa
 Exercitação livre

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Marcha para uma aula de leitura e interpretação de texto

A cada fase da aula corresponde as marchas convenientes, desta forma


para o ensino da leitura e interpretação de texto temos:

1. Motivação (5 minutos)

a) Durante 5 a 6 minutos prepara-se os alunos para a lição, por meio de


uma breve conversa relacionada com tema da lição, podendo ser a parti
da exploração de um desenho.

2. Desenvolvimento (25 minutos)

a) Leitura modelo feita pelo professor, mantendo os alunos com os


manuais abertos e acompanhando a leitura;
b) Leitura do professor frase por frase, e ideia por ideia, seguida da
repetição pelos alunos;
c) Interpretação global do texto sobre a forma socrática (perguntas do
professor e respostas dos alunos), exploração ideológica;
d) Leitura oral do texto em coro, grupo e individualmente;
e) Elaboração de resumo e conclusão final do texto e sua escrita no quadro
pelo professor ou aluno;

3. Verificação (10 minutos)

a) Questionário escrito sobre o texto.


b) 4. Tarefa (5 minutos)

Dentre os factores determinantes que marcam diferença na dificuldade de


compreensão de textos destaca-se:

a) O não conhecimento prévio que o leitor tem sobre o texto;


b) O desconhecimento de vocábulos utilizados no texto.

E, de maneira a colmatar essas dificuldades, sugere-se algumas estratégias


pedagógicas para o ensino da leitura e interpretação de textos:

a) Conversar antecipadamente com os alunos sobre o tema do texto que


irão ler em seguida;
b) Desenvolver intencional e explicitamente o léxico dos alunos.

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Técnicas a utilizar antes, durante e depois da leitura para desenvolver a


compreensão do texto.

Antes de ler é importante:

 Estabelecer um objectivo (para que vou ler?);


 Activar conhecimentos anteriores sobre o tema;
 Interpretar gravura e o título procurar no texto palavras-chaves ou
que estejam negritadas, pois estas palavras contêm aspectos
semânticos (significados) essenciais do texto;
 Também é recomendável um dia antes da leitura, orientar os alunos
a fazer a leitura e interpretação do texto, em casa, a fazer a
exploração vocabular do texto por mais que na actividade anterior já
se tenha feito.

Durante a leitura é fundamental:

 Prestar atenção ao se lê;


 Perceber a estrutura do texto;
 Ler com velocidade normal consoante a dificuldade do texto,
 Parafrasear as palavras novas, isto é dizer por outras palavras.

Depois da leitura é importante

 Fazer perguntas sobre o que se leu e tentar responder;


 Discutir com os colegas sobre o lido.

Portanto, para que haja uma boa compreensão de textos, o


professor deve ajudar os alunos a analisarem o texto. Os
aspectos a ter em conta na análise de textos são as seguintes:

 Identificação da ideia principal do texto;


 Compreensão da ideia principal do texto,
 Estudo de vocábulos usados;
 Compreensão das normas de organização e de
funcionamento da língua em frases.

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ENSINO-APRENDIZAGEM DA GRAMÁTICA

Gramática é um conjunto de regras e princípios que dirigem o funcionamento


da língua.

De forma geral, no ensino Primário procura-se capacitar os alunos para as


seguintes competências:

 Ouvir, compreender e falar;


 Ler, compreender e escrever.

Assim, no processo de ensino-aprendizagem da gramática, nas classes iniciais


(1ª e 2ª), deve se ter em conta que a sua aprendizagem, pelo aluno, deve ser
de forma intuitiva, resultando do domínio prático das formas básicas da língua.
A este saber dá-se o nome de gramática implícita.

Assim, a aprendizagem das regras gramaticais pelos alunos não deve ser por
via da memorização, mas sim aprender de forma intuitiva os aspectos básicos
(singular, plural, masculino, feminino, etc) pela prática da língua.

Recomenda-se metodologicamente que o estudo da gramática deve fazer-se a


partir de frases e textos muito simples, do uso concreto da língua e não de
exercícios de fixação de regras. Os exercícios a serem aplicados nas aulas de
gramática devem ser extraídos no texto a ser lido.

Na elaboração de exercícios estruturais de gramática, o professor deve:

a) Assegurar a ligação da palavra ao objecto ou à sua representação e vice-


versa;

b) Partir de exercícios de observação de coisas ou de materiais recolhidos ou


de acontecimentos observados;

c) Partir de frases simples;

d) Partir da experiência dos alunos;

e) Pronunciar correctamente a frase-modelo e o estímulo para obtenção da


resposta adequada;

f) Definir claramente a entrada em jogo e o momento de apresentação dos


estímulos e das respostas para os alunos.

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Metodologia da gramática aplicada

1. Para se dar uma aula de gramática deve-se basear num texto. Em seguida
o professor faz um breve diálogo com os alunos, tendo em conta o tema
da aula, apoiando-se numa gravura que será fixada, apresentada,
analisada, interpretada e explicada (processo ideográfico, fase da
observação).
2. A partir do diálogo professor e alunos formarão oralmente frases que
serão depois escritas no quadro pelo professor; estas frases devem
corresponder com o tema em estudo. Por exemplo:

Tema: os substantivos- sua classificação

Fase da descoberta- processo sensorial

 A Manuela é uma excelente aluna


 A velhice é uma etapa da vida
3. Depois da formação das frases, tira-se a conclusão dando o conceito
gramatical.

Manuela- substantivo próprio. Velhice- substantivo comum abstracto.

4. De seguida o professor apresenta o quadro geral do assunto dando o


conceito gramatical (resumo), apontamentos.
5. Por fim marcação da tarefa para casa.

Fases metodológicas para o ensino da gramática

1ª Fase _______observação: eu observo a gravura (processo ideográfico),

2ª Fase _______Descoberta (analítica):eu descubro, exploro e analiso-


formação de frases orais e escritas (processo sensorial e análise);

3ª Fase ______Conclusão: eu defino, conceito gramatical e elaboração do


quadro sinóptico;

4ª Fase ______ Aplicação: eu aplico os conhecimentos adquiridos.

Princípios didácticos da gramática aplicada

Se o professor aplicar o princípio da indução, de objectividade, torna mais


sistemático e progressivo, conduzindo ao raciocínio e a compreensão do

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aluno, evitando a memorização sem a compreensão. Para tal, deve observar


cinco princípios do método indutivo-dedutivo:

1. Princípio da intuição e objectividade

Para que o ensino da gramática seja o mais compreendido, o professor deve


conduzir a aprendizagem a partir do uso dos diferentes órgãos dos sentidos.
O professor através da gravura e do diálogo conduz os alunos a observação e
análise dos factos reais e concretos da sua vida, ou partindo da interpretação
do texto em estudo, de forma que a aprendizagem se torne intuitiva e
objectiva, pois o aluno é conduzido à compreensão evitando um ensino
formalista ou decorado.

2. Princípio da actividade e do interesse…

ENSINO-APRENDIZAGEM DA REDAÇÃO

A redacção é a capacidade do aluno produzir texto a partir de um tema


dado ou sugerido. É a actividade que o aluno realiza para transmitir
mensagens pessoais e criativas, narrando, exprimindo sentimentos e
pontos de vistas. A redacção pode ser realizada de duas formas: individual
ou colectiva.

Como actividades diversificadas da redacção numa 1ª etapa, entre as


várias as mais adequadas para a 1ª classe destacam-se:

1. A escrita de palavras em frases com lacunas através da exploração de


gravuras no primeiro momento.

Ex.: a partir das gravuras faça o seguinte exercício de redacção.

Titulo: os transportes.

O autocarro anda na estrada

O comboio tem muitas carruagens.

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O avião é muito rápido.

2. A escrita de palavras em frases lacunares a partir de ordenação das


palavras apresentadas em listagens. Ex.:
Victor
O___________ é preguiçoso
Não
Ele__________ gosta de comer
Hospital
Comeu ________ e ficou saudável
Frutas
A mãe levou-o ao_____________
Verduras
O médico mandou a mãe dar-lhe_________ e ________

3. A ordenação de palavras para a elaboração e escritas

de frases acompanhadas de imagens. Ex.:

Sumarentas A laranjas da laranjeira

A laranjeira dá laranjas sumarentas.


Obs.: Estas actividades de redacção devem ser antecedidas de uma
actividade de motivação. Neste caso, poderá contar uma história ou lenda
para que o aluno compreenda mais facilmente o que vai fazer.

Antes de os alunos preencherem as lacunas, leia com eles as palavras


das listagens, leve-os a preencher as lacunas de forma oral, utilizando as
mesmas palavras. Depois com a sua ajuda, eles completarão as frases no
quadro. Os alunos passam a redacção para os cadernos e ilustram- na.

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Redacção colectiva

A partir da 3ª e 4ª classe, ou mesmo no final da 2ª classe, os alunos já


estão munidas de alguns conhecimentos linguísticos, suficientes para
exporem as suas ideias por escrito e oralmente de forma básica.

Marchas para a redacção colectiva

3. Motivação

Breve conversa com os alunos partindo da observação e exploração de


um desenho, ilustração ou fotografia, ou ainda da leitura de um texto, de
uma história, da notícia de um acontecimento, etc.

4. Desenvolvimento

Continuação da conversa iniciada na motivação e introduzir o trabalho a


realizar: redacção colectiva; segue-se a escolha do tema e sua escrita no
quadro por um aluno.

Exploração e desenvolvimento do tema através do diálogo, método


socrático entre professor e alunos;

Elaboração da primeira frase pelos alunos, seguida da sua análise,


correcção e escrita no quadro;

Elaboração, análise e correcção das restantes frases que compõem a


redacção colectiva;

Leitura final de toda a redacção e correcção de qualquer erro que


eventualmente possa ainda existir.

3. Verificação ou controlo

Os alunos transcrevem a redacção para os seus cadernos diários sob a


orientação do professor (para isso, deverá verificar se a totalidade da
redacção é copiada para os cadernos dos alunos, bem como assegurar-se
de que o fazem com correcção, isto é, sem erros ortográficos). Para
terminar, ilustram a redacção com o desenho.

Correcção da redacção

A correcção da redacção é o ponto fulcral deste exercício.

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A melhor forma de corrigir esse exercício consiste em estimular e habituar


os alunos à autocritica dos seus trabalhos e dos seus companheiros.

O professor ao corrigir a redacção deve ajudar o aluno a corrigir-se, a


completar-se a precisar o seu pensamento, tendo em conta a idade, nível
escolar, o meio do aluno, devendo também respeitar as ideias e o
conteúdo, as expressões por cada aluno, intervindo quando a correcção
for necessária. Durante a correcção o professor deve atender a forma e ao
conteúdo da redacção.

Podemos considerar dois tipos de correcção.

a) Correcção colectiva: é aquela em que todos participam na correcção,


guiada pelo professor. A redacção é lida e depois submetida ao
julgamento da turma.
b) A autocorrecção simultânea individualizada: feita a redacção o
professor com os alunos (um de cada vez) a lerem em voz alta as suas
redacções, enquanto a turma vai anotando os defeitos encontrados que
serão apontados no quadro: falta de concordância, repetição de palavras,
ideias incompletas, falta de sequência lógica.

Aspectos a ter em conta na correcção da redacção

Além da grafia, os outros aspectos que devem-se ter em conta na


correcção da redacção, são:

1. Organização gráfica do texto;

2. Estrutura da frase e concordância entre os seus elementos;

3. Encadeamento lógico das ideias;

4. Adequação do vocabulário;

5. Caligrafia, ortografia e pontuação.

6. A organização do texto em parágrafos.

Como desenvolver a capacidade de redigir

Hábitos a desenvolver:

a) Habituar os alunos a falar com desembaraço, exprimindo aquilo que


sente;

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b) Habituar e ordenar convenientemente as palavras que irão formar;


c) Habituar a utilizar frases com sentido completo;
d) Habituar a observar e a reflectir antes de falar;

ALGUMAS SUGESTÕES PARA A PRODUÇÃO DE UM TEXTO


COM A PONTUAÇÃO CORRECTA

A Pontuação é expressa através da altura da voz, das pausas maiores ou


menores e pelo ritmo da fala ou da leitura do texto.

Para ensinar a pontuação, o professor pode:

 Seleccionar um texto e lê-lo em voz alta, respeitando as pausas, para


que os alunos percebam o emprego da pontuação usada;
 Escrever o texto no quadro sem pontuação, marcando os espaços para
a sua colocação;
 Orientar os alunos para adicionarem os sinais de pontuação nos
espaços marcados;
 Orientar a turma para fazer a leitura em voz alta de modo a corrigir a
pontuação;
 Orientar a cópia do texto final no caderno individual;
 Elaborar novas frases usando os diferentes sinais de pontuação;
 Realizar a correcção colectiva em pares.

ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORTOGRAFIA

Ortografia é uma palavra que vem do grego , ortho= correcta; grafia=


escrita, o que quer dizer forma correta de escrever as palavras. A ortografia
ensina a escrever correctamente as palavras.

Marchas para uma aula de ortografia

Como actividade preparatória da ortografia deverão ser feitos os seguintes


exercícios:

1. Preparação didáctica

1ªclasse

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Depois de uma breve e animada conversa com os alunos, partindo da


observação e exploração ideológica de uma gravura, segue-se:

a) Elaboração oral da frase a partir da conversa tida com os alunos durante


a motivação, destacando a palavra a escrever, sua escrita ao lado da
gravura que é afixada no quadro,
b) Leitura bem articulada;
c) Exercício de divisão silábica com destaque para a sílaba em estudo;
d) Destacar com giz de cor, a sílaba em estudo e a sílaba mais difícil;
e) Apresentação das restantes gravuras seguidas da sua observação,
análise, e elaboração oral das respectivas frases destacando e
escrevendo as palavras em estudo, fazendo a sua divisão silábica
destacando a sílaba mais difícil (actividade analítica).
f) Exercitação da escrita das palavras:
 Traçando no ar, vagarosamente a palavra, ao mesmo tempo que
pronuncia;
 Exercícios individuais de apagar e tornar a escrever;
 Escrevê-las vagarosamente no ar.

2ª a 6ª classe

Motivação

a) Breve e anima conversa com os alunos partindo da interpretação de um


desenho, texto ou uma canção.

Desenvolvimento

a) Leitura modelo feita pelo professor de forma clara e pausada (actividade


sensorial);
b) Leitura silenciosa feita pelos alunos (actividade sensorial);
c) Selecção de palavras de difícil grafia e sua escrita no quadro pelos
alunos (actividade sensorial);
d) Divisão silábica de cada palavra destacando as sílabas mais difícil
(actividade analítica);
e) Formação de palavras da mesma família e sua escrita no quadro
(actividade associativa);

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f) Apresentação de algumas regras ortográficas que se acham no texto


(actividade dirigida ao raciocínio);
g) Leitura de todas as palavras de difícil grafia seguida da actividade de
apagar e tornar a escrevê-las (actividade sensorial).

Verificação

a) Leitura e pontuação.
b) Correcção da redacção.

A correcção pode ser feita da seguinte maneira:

Recolhidos os cadernos, o professor cobre a tinta as palavras erradas


podendo ou não escrevê-las correctamente nas entrelinhas

1. O ditado pode ser corrigido pelo professor e/ou pelos alunos, aos pares,
de forma colectiva e construtiva no quadro.

2. Na correcção deve-se escrever a palavra correcta e evitar a visualização


do erro pelo aluno.

3. O professor pode usar outras técnicas participativas para promover uma


escrita correcta.

2. Preparação psicopedagógica
Pode se fazer as seguintes recomendações:
 Recomendação de ordem higiénica e estética (posição correta do
corpo, do caderno, da caneta);
 Calma e atenção: muitos erros são causados por distracção ou
precipitação;
 Primeiro ouvir depois falar;
 Prevenir que se algum aluno tiver dúvida na escrita de qualquer
palavra, é de preferência perguntar ao professor do que escrevê-la
errada.
3. Execução (o ditado)

O Ditado é um exercício de escrita a partir de modelos ouvidos e é utilizado


na consolidação da ortografia e aquisição da velocidade na escrita.
Dependendo dos procedimentos e dos propósitos, o ditado pode assumir
diferentes modalidades, nomeadamente:

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Ditado como exercício – é precedido de uma preparação cuidada, com


objectivo de treinar e desenvolver as habilidades de ortografia dos alunos.

Ditado-prova – é feito periodicamente com objectivo de aferir o nível de


desenvolvimento dos alunos/turma a nível da escrita. A correcção do mesmo é
feita pelo professor.

O professor começa o ditado que deve obedecer os procedimentos didácticos


correctos para uma aula de ditado de texto que são:

1. O texto ditado deve de preferência ser extraído da lição do dia;

2. O exercício do ditado deve ser antecedido por actividades de leitura,


interpretação de texto e exploração vocabular;

3. O ditado deve ser efectuado em voz alta e clara;

4. É desejável que se ajuste a velocidade do ditado ao ritmo da turma;

5. O professor deverá ditar num lugar e posição em que será visto por todos os
alunos.

METODOS PARA O ENSINO DE ACTIVIDADES DA LINGUA


PORTUGUESA

Não existe métodos fixos ou estáticos para o ensino de uma disciplina e em


particular para o ensino de uma actividade da Língua Portuguesa. A selecção
dos momentos depende da natureza dos conteúdos e das exigências dos
alunos. O professor pode seleccionar qualquer método científico que leva em
conta a realidade, que ajuda a ultrapassar as dificuldades de aprendizagem.
Apesar disso, no ensino das actividades da Língua portuguesa existe os
métodos mais adequados para o seu ensino, métodos estes, que são
considerados principais ou básicos. Tais como:

1. Métodos para o ensino - aprendizagem da oralidade.

Método Resposta Física Completa é um método que associa a linguagem


oral (fala) com a actividade motora.

A Resposta Física Completa é um método activo e participativo de ensino de


uma segunda língua, que parte da figura do professor para chegar à interacção

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com os alunos. Este método é eficaz porque envolve os alunos na


aprendizagem do vocabulário em estudo, ou seja, os alunos não só dizem
como também fazem o que estão a dizer, o que facilita a compreensão.

Método a partir de actos de fala é um método participativo que consiste


no uso de uma frase ou sequência de frases para transmitir uma informação.
Este método permite a aquisição e desenvolvimento de expressões e de
estruturas frásicas da língua e obedece os passos seguintes:

1.º Preparação das aquisições – aqui faz-se a apresentação e interpretação de


uma situação representada ou imaginada, relacionada com o tema em estudo.
O ponto de partida pode ser uma conversa, um jogo, uma actividade no jardim
horta da escola, uma gravura, etc.

2.º Aquisição (ouvir, compreender e falar) – aqui faz-se a apresentação,


interpretação e sistematização de novas frases, sob orientação do professor.

3.º Exploração do material linguístico adquirido (expressões/frases) – aplicação


das frases (estruturas) aprendidas em situações diferentes e alargamento das
estruturas adquiridas. Este procedimento propicia o desenvolvimento da
criatividade dos alunos.

4.º Construção de novo material linguístico e produção oral orientada –


consiste na apresentação das novas situações e na relação entre novas
palavras dentro do texto.

5.º Produção oral espontânea – orienta-se a conversa espontânea entre os


alunos e a produção livre de diálogos. Esta actividade deve ser feita aos pares
ou em pequenos grupos para permitir a participação activa de todos os alunos.

Método a partir do diálogo é o uso de diálogo apresentado em cartazes


com imagens, como material de base. Estas devem ilustrar situações de
comunicação familiares e ter as crianças como protagonistas. Este método
desenvolve a capacidade de organização, colaboração e expressão de ideias.
O Método a partir do diálogo pode apresentar os passos seguintes:

1. Apresentação de gravuras/cartazes para os alunos observarem e


conversarem sobre o que vêem (descrição de imagens relacionando com os

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seres reais que representam), primeiro, aos pares e/ou em pequenos grupos e
depois, toda a turma;

2. Apresentação do diálogo inteiro pelo menos duas vezes, indicando as


personagens referentes a cada enunciado;

3. Exploração do significado das palavras e das estruturas novas pelos alunos,


com o apoio do professor, através de exemplos, gestos e mímica ou de
apresentação de objectos reais;

4. Reconstrução do diálogo inteiro pelos alunos, individualmente ou em


pequenos grupos, com o apoio do professor ou dos colegas;

5. Dramatização das situações de diálogo pelos alunos (o maior número


possível), sob a orientação do professor, com o objectivo de consolidar a
aprendizagem e desenvolver a capacidade de expressão;

6. Exploração do vocabulário em estudo, através de perguntas feitas pelos


alunos e/ou pelo professor e respostas sobre as imagens.

2. Métodos para o ensino - aprendizagem da leitura e escrita

Os métodos para o ensino da leitura e escritura são:

 Métodos sintéticos;
 Métodos analíticos ou globais.
 Método analítico- sintético

Os Métodos Sintéticos partem do princípio de que para saber ler, é


preciso conhecer primeiro os constituintes das palavras. São métodos que
baseiam-se na combinação dos elementos isolados da língua: sons, letras e
sílabas, ou seja, começam pelos elementos que compõem a palavra. E à
medida que esses elementos são apreendidos, passam a ser combinados em
palavras e em unidades maiores. Estes métodos subdividem-se em:

 Método alfabético, ideofónico ou fono-sintético, que toma a letra como seu


ponto de partida; desta parte-se para a sílaba, da sílaba para a palavra, da
palavra para a frase e da frase para o texto.
 Método fónico ou fonético, que consiste em ensinar primeiro os sons
(fonemas) das letras. Este método parte do princípio que é necessário
ensinar às crianças as relações entre fonemas e grafemas (sons e letras),

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para que se relacione a palavra falada com a escrita. Neste método


ensinam-se, primeiro, os sons e as formas das vogais seguidas de
consoantes.
 Método silábico ou fonético de silabação, que toma como ponto de partida a
sílaba, para formar as palavras. A aprendizagem é feita através de uma
leitura mecânica do texto, decifração das palavras.

Métodos analíticos ou globais: Estes métodos levam o aluno a analisar um


todo (a palavra, a frase ou o conto) como unidade de leitura, para depois se
proceder à análise das suas partes constitutivas. São métodos mais
interactivos e possibilitam maior participação dos alunos. Os métodos analíticos
ou globais subdividem-se em:

 Método global de palavras, que parte da palavra como um todo, sendo


estas palavras escolhidas entre o vocabulário comum do ambiente das
crianças, que exprimem ideias acessíveis à sua compreensão, de forma a
associar a forma gráfica da palavra à ideia e ao objecto por ela
representado. Esta palavra é, depois, decomposta até ao fonema/ grafema.
 Método global de frases é o método que inicia a leitura, partindo da frase
como unidade de pensamento. Depois decompõe-se a palavra, destaca-se
a sílaba chave, seguida de recomposição/formação de palavras novas e
termina na frase.
 Método global de contos é o método em que o professor conta uma história
para as crianças. Após uma breve interpretação, extrai-se a frase que é
registada no quadro e lida pelas crianças. Depois, passa-se para o
destaque da palavra-chave, seguida do estudo das sílabas, destaque da
sílaba-chave e da letra em estudo.

Método analítico- sintético: utiliza-se análise e síntese, apoiando-se nas


actividades de decomposição e recomposição. É o método mais adequado
para o ensino da leitura e escrita, principalmente nas classes iniciais, poi s ela
parte de uma série de decomposição e recomposição tendo como ponto de
partida a palavra ou frase, tendo ainda a vantagem de partir do concreto para o
abstracto e do conhecido para o desconhecido.

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3. Métodos para o ensino - aprendizagem da gramática

Áudio-lingual: ensina-se a falar e ouvir antes de ler e escrever. São aptidões


linguísticas básicas envolvendo o diálogo.

Método gramática-tradução: memorização de regras gramaticais e estudo da


morfologia e sintaxe.

Método indutivo-dedutivo: é o método mais adequado para o ensino da


gramática. Este método tem como base fundamental a observação de factos
concretos, que uma vez analisada a questão, chega-se a dedução de várias
regras gramaticais.

O professor orienta a aprendizagem apoiando-se na compreensão dos


problemas simples da linguagem oral e escrita, ajudando o aluno a tirar a suas
conclusões de forma indutiva.

4. Métodos para o ensino - aprendizagem da ortografia

Método de automatização correta das palavras: é o método principal para o


ensino da ortografia, segundo o qual a aquisição da ortografia faz-se pelo
exercício de forma correcta, evitando-se por todos os meios que o aluno
visualize, articule ou escreva palavras erradas. Para o efeito é preciso que o
professor utilize o processo estenogonóstico.

Método de regras ortográficas: segundo o qual tudo que se pretende


explicar, ensinar e escrever passa por meio de regras.

Métodos das emendas: é o método considerado ultrapassado; consiste em o


professor corrigir e emendar as palavras erradas pelo aluno e escrevê-las
entrelinhas as mesmas palavras.

Este método oferece ao aluno uma grande desvantagem porque o aluno está
sujeito a observar ao mesmo tempo a palavra certa e errada.

Aliados aos métodos existe outros processos que são os maiores


auxiliadores dos mesmos métodos.

O professor poderá recorrer aos seguintes processos para auxiliar os


métodos e tornar mais interessante e garantir melhor assimilação por parte dos
alunos:

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Processo lego-gráfico – palavra latina que significa lego=ler,


gráfico=escrever; permite a aprendizagem da leitura e da escrita
simultaneamente

Processo ideovisual, ideográfico ou ilustrativo- é aquela que predomina


as percepções visuais. O professor utiliza as representações gráficas
(gravuras) e permite ao aluno a formação ilustrativa da imagem.

Processo de fichas- Consiste na apresentação de pequenas tiras de


cartão ou papel, onde o professor escreve ou desenha vários tipos de fichas
como por exemplo:

Ficha frase:
o carro verde é lindo
Ficha palavra:
carro
Ficha sílaba:
ca
Ficha letra:
c
Ficha desenho:

Processo estenogonóstico- permite a aprendizagem da leitura e da


escrita pelo emprego das percepções tácteis ou musculares.

Dividem-se em:

- ideotáctil : predominam as percepções tácteis;

- Sinestégico: Consiste em efectuar exercícios de contorno de palavras


(com o dedo no ar, na areia, carteira, pó de giz, etc).

Além dos métodos acima mencionado, existe os métodos gerais que


podem ser usados para o ensino de qualquer disciplina, tais como:

MÉTODOS ORAIS

 A exposição ou expositivo.

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Sumbe, 2023
Met. L. Portuguesa

 A explicação ou explicativo.
 A descrição.
 O socrático
 A narração

MÉTODOS VISUAIS.

 A observação.
 A demonstração ou demonstrativo.
 A percepção audiovisual.

MÉTODOS PRÁTICOS.

 Trabalho com os livros.


 Trabalhos laboratoriais.

Método de elaboração conjunta é uma forma de interacção entre professores e


alunos visando a obtenção de novos conhecimentos

Método de trabalho independente: consiste em tarefas dirigidas e orientadas


pelo professor para que os alunos as possam resolver de forma independente
e criadora.

Métodos Verbais: é a transmissão oral do saber (matéria) continua a ser a


forma clássica e mais moderno. Ex.: Os seminários e conferências.

Método Socrático: consistem em perguntas e respostas. É um método que


permite o aluno descobrirem si mesmo o saber que nele vive.

Método de trabalho em grupo: consiste em distribuir temas em grupos fixos ou


variados compostos de 3 a 5 elementos. O objectivo principal de um trabalho
em grupo é obter a cooperação na realização de um determinado trabalho.

Método de Trabalho Com os Livros: é aquele em que se faz uso directo dos
livros. Ex.: Aula de leitura e interpretação do texto.

Método de Observação: é a percepção sistemática consciente e organizada no


trabalho docente educativa.

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Met. L. Portuguesa

OBJECTIVOS DE ENSINO

Um objectivo é uma meta e finalidade a atingir, usando certos meios e


aplicando métodos adequados. Determinam os resultados esperados do
processo de ensino e aprendizagem.

Os objectivos de ensino classificam em: educacionais (gerais) e instrucionais


(específicos) ( pileti, pág 81-didactica geral).

Quanto a natureza dos conteúdos podem ser: cognitivos, afectivos e


psicomotores (Benjamin bloom).

Objectivos gerais: alcança-se ao longo prazo. São formulados visando o que


se espera alcançar ao término de uma unidade didáctica programada. Usa-se
verbos como: conhecer, compreender, desenvolver…

Objectivos específicos: alcança-se no fim de uma aula. Estes objectivos são


formulados com ajuda de verbos que desenvolvem acção no aluno. Ex.: definir,
classificar, enumerar, interpretar, observar.

Objectivo no domínio cognitivo: são conceituais e se referem as habilidades


intelectuais dos educandos.

Objectivo no domínio afectivo: são atitudenais e abrange a forma como


encara os problemas emocionais tais como valores, sentimentos, motivação,
atitudes, entusiasmos.

Objectivo no domínio psicomotora: estão directamente articulados com o


conhecimento que, para o seu aprendizado, necessita de capacidade não
intelectual mas também motora, demonstrada por habilidades manuais ou
corporais.

Formulação operacional dos objectivos


Ao enunciar um objectivo é fundamental que se formule as seguintes
questões:

O que que o aluno precisa saber a fim de demonstrar que aprendeu?

O que que o professor quer os alunos aprendam?

 Os objectivos devem começar com um verbo que esteja no infinitivo;

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 Após o verbo de acção, especificar o conteúdo referente ao assunto;


 Os objectivos específicos são formulados a partir do subtema e os
gerais a partir do tema;
 Não se deve usar dois verbos no infinitivo simultaneamente, isto para
não dar a impressão de que se pretende desenvolver duas actividades
ao mesmo tempo na criança. Quando assim se pretender, é conveniente
que se separe os verbos de acção por pontos para indicar que as duas
actividades serão realizadas faseadamente.

Ex.: Ler e escrever correctamente o texto

Ler correctamente texto. Escrever correctamente o texto.

 Os objectivos devem ser formulados em função da actividade do aluno e


não do professor;
 Os objectivos gerais são formulados com ajuda dos verbos que não
desenvolvem acção no aluno. Ex.: conhecer, compreender.
 Os objectivos específicos são formulados com ajuda dos verbos que
desenvolvem a acção nos alunos. Ex.: explicar, identificar, justificar…

Dado o seguinte tema e subtema, formule os objectivos gerais e


específicos:

Tema: o mundo vegetal

Subtema: A planta e sua constituição.

OBJECTIVO GERAL: conhecer o mundo vegetal

Dom. Cognitivo: definir a planta;

- Identificar as partes que constituem a planta.

OBJ. ESPECIFICOS Dom. Afectivo: valorizar as plantas.

Dom. Psicomotora: adquirir habilidades na definição

e na identificação das partes de uma planta.

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PRINCÍPIOS DE ENSINO

Princípios é o conjunto de normas, leis, premissas que auxiliam o professor na


preparação e realização das aulas, com vista a alcançar os objectivos. Eles
estão em todos os níveis de ensino.

Tipos de princípios de ensino


 Princípio da vinculação entre a teoria com a prática;
 Princípio do carácter científico ou de ensino;
 Princípio da acessibilidade;
 Princípio da consolidação;
 Princípio do papel dirigente do professor e da actividade consciente dos
alunos;
 Princípio da sistematização do ensino ou conhecimento,
 Princípio do concreto e o abstracto;
 Princípio entre ensinar e aprender;
 Principio com o colectivo e actividade dos alunos;
 Princípio das particularidades individuais e da observação
individualizada.

Situação docente

A professora Lurdes pretende dar uma aula sobre a noção de planta


completa e incompleta, começa a aula, fazendo a revisão da aula anterior,
através de perguntas orais em seguida, leva os alunos no pátio da escola e
pede que os alunos a arrancar ou retirar uma planta do jardim para observar e
identificar as partes que constituem a planta e suas respectivas funções.

Já dentro da sala de aula a professora orientou um trabalho em grupo, onde os


alunos irão fazer uma lista de semelhança e diferença de duas plantas,
apresentada pela professora e qualificá-las em completa ou incompleta de
acordo com as características que as mesmas apresentam. Depois da
correcção da actividade realizada pelos alunos, orientou a tarefa para casa.

Quais são os princípios que a professora utilizou com maior incidência em


cada fase didáctica?

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R: Na motivação usou:

Princípio da consolidação do conhecimento, do papel dirigente do professor, da


acessibilidade, do carácter activo e da vinculação da teoria com a prática.

No desenvolvimento usou:

Princípio do carácter científico, princípio com trabalho colectivo, da


sistematização, do concreto e abstracto (quando a professora dá exemplo), da
acessibilidade e princípio da vinculação da teoria com a prática.

Na consolidação usou: princípio da acessibilidade, do concreto ao abstracto…

CONTEUDOS DE ENSINO

Conteúdo significa o conjunto de conhecimentos, habilidades, formas de


comportamentos, e hábitos de estudo relacionados aos objectivos e
organizados pedagógicos e didacticamente, visando sua aplicação.

Organização do conteúdo
Existem duas modalidades de organização do conteúdo de Ensino como
elemento didáctico, de acordo com o seu nível de operacionalização: o
programa escolar oficial e programa pessoal de cada professor

De lembrar que o professor tem liberdade para seleccionar os conteúdos que


sejam os mais adequados a seu grupo.

Critérios de selecção do conteúdo de ensino


1. Validade – Deve haver uma relação clara e nítida entre os objectivos a
serem atingidos com o ensino e os conteúdos trabalhados.
Portanto, em primeiro lugar, os conteúdos são válidos quando estão inter-
relacionados com os objectivos educacionais propostos. Em segundo
lugar, os conteúdos são válidos quando há uma actualização dos
conhecimentos do ponto de vista científico.
2. Utilidade - O critério de utilidade está presente quando há possibilidade
de aplicar o conhecimento adquirido em situações novas. Os conteúdos
curriculares são considerados úteis quando estão adequados às
exigências e condições do meio em que os alunos vivem, satisfazendo
suas necessidades e expectativas, e quando têm valor prático para eles,
ajudando-os na vida quotidiana a solucionar seus problemas e a enfrentar
as situações novas.
3. Significação - Um conteúdo será significativa e interessante para o aluno
quando estiver relacionado às experiências por ele vivenciadas. Por isso,
o professor deve procurar relacionar, sempre que possível, os novos

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Met. L. Portuguesa

conhecimentos, a serem adquiridos pelos alunos, com suas experiências e


conhecimentos anteriores, fazendo uma ponte para ligar o já conhecido ao
novo e ao desconhecido. É esta ligação do conhecido e vivenciado ao
desconhecido e novo que torna o conteúdo significativo e interessante.
4. Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno - O conteúdo
seleccionado deve respeitar o grau de maturidade intelectual do aluno e
estar adequado ao nível de suas estruturas cognitivas. Os Conteúdos a
serem assimilados devem corresponder às aprendizagens essenciais e
desejáveis, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades do
aluno, de acordo com sua fase evolutiva e com os interesses que o
impelem à acção.
5. Flexibilidade - O critério de flexibilidade estará sendo atendida quando
houver possibilidade de fazer alterações nos conteúdos seleccionados,
suprimindo itens ou acrescentando novos tópicos, a fim de ajustá-los ou
adaptá-los às reais condições, necessidades e interesses do grupo de
alunos.

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Elaborado por: Eliseu Jaime Manuel (Ely Galão) tel.: 939188633
EXEMPLO DE UM PLANO DE AULA

ESCOLA DE ENSINO PRIMÁRIO AUGUSTO NGANGULA, GABELA AOS 12 DE JANEIRO DE 2023

5ª CLASSE TEMPO LECTIVO:1º e 2º

DISCIPLINA: Língua Portuguesa Nº DE ALUNOS: 40

TEMA#3: Alguns contos TIPO DE AULA: Nova

SUBTEMA: Estudo da gramática (os pronomes e sua classificação) DURAÇÃO:90min

NOME DO PROFESSOR: Eliseu Manuel

DELIMITAÇÃO DOS OBJECTIVOS


OBJ. GERAL: Desenvolver aptidões de leitura, escrita, interpretação, e gramática.
DOM. COGNITIVO: Definir pronomes;
-Classificar os pronomes.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS DOM. AFECTIVO: Despertar o gosto no estudo e aplicação dos pronomes.
.

DOM. PSICOMOTOR: Desenvolver habilidades na definição e classificação dos pronomes.

MÉTODOS DE ENSINO: Indutivo Dedutivo, Explicativo, Elaboração conjunta, Trabalho independente…

MEIOS DE ENSINO: Manual de apoio, Gramática, Quadro de giz, Apagador, Cadernos, Lápis, Diário de frequência, Ponteiro,
Lapiseira.

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F. Actividades Meios de Avaliaç
Duração Conteúdo Métodos
Didácticas Professor Alunos ensino ão
-Saudação; -Saúda -Respondem; Quadro de giz;
-Breve inspecção de ordem higiénica; -Observa o estado -Obedecem; Elaboração Cadernos;
-Controlo de presença; higiénico da turma dos -Respondem; conjunta; Lápis; Diário de
-Retrospectiva da aula anterior; alunos; -Prestam atenção; Explicativo. frequência;

DIAGNÓSTICA
MOTIVAÇÃO
-Correcção da tarefa; -faz chamada; -Apresentam e Ponteiro;
(5MIN)

- Breve conversa -Recapitula; prestam atenção Apagador;


-Escrita dos preliminares no quadro -Corrige a tarefa; -Interagem Lapiseira.
-Conversa; -Passam nos
-Escreve no quadro cadernos.

Os pronomes são palavras variáveis -Escreve a matéria no -Transcrevem para Indutivo Manual de
que substituem os nomes de modo a quadro; os cadernos; dedutivo; apoio;
DESENVOLVIMENTO

evitar repetições. -Explica -Prestam atenção. Explicativo; gramática;


Os pronomes variam em pessoa (1ª, 2ª Elaboração Quadro de giz;

FORMATIVA
e 3ª), em género (masculino e conjunta`; cadernos;
(25 MIN)

feminino) e em número (singular e Trabalho Lápis; Diário de


plural). Os pronomes classificam-se independente. frequência;
em pessoais, demonstrativo Ponteiro;
possessivos, indefinidos, Lapiseira.
interrogativos e relativos. Os
pronomes pessoais indicam pessoas
referenciadas na fala (eu, tu, ele/a,
nós, vós, eles/as)
Define os pronomes; -Pergunta -Responde Explicativo, Quadro de giz;
(10 MIN)

FORMATIVA
Classifica os pronomes . Trabalho cadernos;
CAÇÃO
VERIFI-

independente. Lápis; Diário de


frequência;
Ponteiro;
Apagador.
Quadro de giz;
Explicativo,
TAREFA
(5 MIN)

FORM.
-Escreve a tarefa no -Prestam atenção Apagador;
Trabalho
Identifique os pronomes pessoas no quadro; e escrevem nos cadernos;
independente.
texto “ O remoinho do vento” pág.79 -Orienta a tarefa cadernos. Lápis; Diário de
frequência;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Material de Metodologia do ensino da língua Portuguesa-Magistério da Gabela

C. Eduardo, 2016-Material de apoio/ Metodologia Língua Portuguesa

A. Joel, 2021-Gramática & Metodologia de Ensino do Ensino da L. Portuguesa


no Ensino primário

F. Kimbamba -Metodologia Português Concurso

Guia do professor 3ª classe Língua Portuguesa.

Piletti- Didactica Geral

Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa-professora Rosa Aguiar, 2014

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Esse pequeno material não está completo. O objectivo era compilar matérias
tais como: Gramática de L. Portuguesa, Matemática, metodologia de L.
Portuguesa e de Matemática em uma só brochura. Mas devido a urgência e
vários pedidos que se tinha feito a mim, preferi lançar esse pequeno material
que já estava meio acabado, isto para ajudar-nos nos vários concursos que se
avizinham. O material foi feito por um humano pelo que estará susceptível a
vários erros e críticas na qual me disponibilizo a assumi-los e recebe-los.

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