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Ana Rute Alberto Tivane

Celso Orlando Matuassa

Gabriel Mucavel

Rafaela Teles Neves

Rivaldo Guilherme Mbambamba

AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA LINGUAGEM

Licenciatura em Física

Universidade-Save

Massinga

2023
Ana Rute Alberto Tivane

Celso Orlando Matuassa

Gabriel Mucavel

Rafaela Teles Neves

Rivaldo Guilherme Mbambamba

AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA LINGUAGEM

Trabalho de pesquisa a ser apresentado


na Faculdade de Ciências Naturais e Exactas,
no curso de Licenciatura em Física, na cadeira
de Necessidades Educativas Especiais, para
efeitos de Avaliação.

Docente: Guedes Mechisso

Universidade-Save

Massinga

2023
Índice pág.
1.0. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos............................................................................................................................5
1.1.1. Geral:................................................................................................................................5
1.1.2. Específicos:.......................................................................................................................5
1.2. Metodologias.......................................................................................................................5
2.0. Conceitos básicos.................................................................................................................6
2.1. Causas das NEE de linguagem............................................................................................6
2.2. Sinais de alerta.....................................................................................................................7
2.3. Classificação NEE em linguagem........................................................................................7
2.4. Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem..........................................8
2.5. Retardo oral: Alterações da voz, disfonia, Cuidados a ter com a voz.................................8
2.5.1. Alteração da voz...............................................................................................................8
2.5.1.1. Disfonia..........................................................................................................................9
2.5.1.1.2. Sinais de alerta de um individuo com problemas da voz............................................9
2.5.1.1.3. Classificação da disfonia............................................................................................9
2.5.1.1.4. Tipos de disfonias.....................................................................................................10
2.5.1.1.5. Cuidados Com a Voz................................................................................................10
2.5.2. Alteração da Fala (dislexia e disfemia)...........................................................................10
2.5.2.1. Dislexia........................................................................................................................10
2.5.2.1.1. Causas da dislexia.....................................................................................................11
2.5.2.1.2. Classificação feita com base na causa da dislexia....................................................11
2.5.2.1.3. Identificação..............................................................................................................11
2.5.2.1.4. Tratamento da Dislexia.............................................................................................11
2.5.2.2. Disfemias.....................................................................................................................11
2.5.2.2.1. Causas da Dislexia e disfemia..................................................................................12
2.5.2.2.2. Formas de manifestação da disfemia........................................................................12
2.5.2.2.3. Identificação e intervenção no contexto escolar.......................................................13
3.0. Conclusão...........................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
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1.0. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Necessidades Educativas Especiais,


leccionada na Universidade Save, Delegação de Massinga e, tem como tema: alunos com
NEE de linguagem, onde aborda sobre vários aspectos como: alterações na voz, causas, suas
manifestações, identificação e intervenção; alterações da fala, suas causas e manifestações.

Sabemos que a linguagem e a comunicação estão presentes nas nossas vidas desde o
momento em que nascemos. Ninguém nasce a falar, mas comunicar é muito mais do que
falar. Nos primeiros anos de vida, o bebé não fala com a mãe, mas esta entende-o. Existe,
assim, comunicação entre eles. É durante o primeiro ano de vida que o bebé estabelece os pré-
requisitos fundamentais, ou seja, vai ter de passar por todas as fases com sucesso para poder
vir a utilizar o código linguístico da língua materna.

Este primeiro ano de vida, além de representar uma fase essencial no desenvolvimento do
bebé, também é universal, isto é, independentemente das culturas, do país, dos códigos
linguísticos, com deficiência auditiva ou outra, passará por esta fase. O nosso dia-a-dia é
formado por um conjunto de estruturas simbólicas. De facto, tudo o que vemos, sentimos e
conhecemos não é senão uma interpretação de uma simbologia que nos chega já
concretamente estabelecida e que ao descodificar tornamos nossa. Assim, desde pequenos, a
captação do mundo é feita através de representações da realidade.

Para tal procurou-se responder alguns objectivos desde o sentido geral aos específicos.
Tem como objectivo geral compreender as necessidades especiais na linguagem e; objectivos
específicos: identificar as alterações na fala e possíveis intervenções no contexto escolar,
destacar os sinais de alerta, mencionar as causas e formas de manifestação das NEE de
linguagem.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:

 Compreender as necessidades educativas especiais de linguagem


1.1.2. Específicos:

 Conceituar as necessidades educativas especiais de linguagem;


 Identificar as alterações mais frequentes no desenvolvimento de linguagem;
 Mencionar as causas e formas de manifestação das necessidades educativas
especiais de linguagem;
 Destacar os sinais de alerta de uma criança com problemas linguagem.
1.2. Metodologias

Para elaboração deste trabalho, recorreu-se a dois métodos sendo a pesquisa bibliográfica
e o debate em grupo. De salientar que o método de pesquisa bibliográfica consistiu na leitura
de diversas obras com vista a localizar a informação que está em prol do tema. Em seguida
debateu-se no sentido de apurar a literatura necessária para a composição deste trabalho.
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2.0. Conceitos básicos

Necessidades educativas especiais de linguagem

De acordo com Torres e Fernandez (2001), são crianças que tem dificuldades de
produção, recepção e compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/insegura,
tendo vergonha de se exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser
julgado negativamente. “Ainda o grupo enfatiza que, como a criança apresenta problemas na
produção e na receção da mensagem, faz com que a criança não se preocupe em aprender a se
expressar por que tem medo de ser julgado negativamente pelos que lhe ovem.”

Perturbação de linguagem

Uma perturbação da linguagem é definida por dificuldade ou desvio no desenvolvimento


da compreensão ou da produção de um sistema simbólico (falado, escrito ou outro). A
perturbação poderá evolver a forma da linguagem (fonologia, morfologia e sintaxe) (Fonseca,
1999).
2.1. Causas das NEE de linguagem

Segundo Schomweiler e Cols (1998) citados por Lima (2000), atrasos da linguagem
podem ocorrer devido a vários problemas, tais como: retardo mental, perda auditiva, atraso na
maturação, desordem expressiva da linguagem (afasia), bilinguismo, autismo, mutismo
eletivo, paralisia cerebral e de privação psicossocial. Estudos descrevem como sendo a perda
auditiva e o retardo mental as duas causas mais frequentes de dificuldade na aquisição da
linguagem e/ou fala.

Ainda para Gardner (1995) citado por Lima (2000), atrasos de linguagem originam em:

 Ambiental: esta relacionada a factores que o individuo adere num meio social onde se
encontra inserido, ou seja, aquela que é ocasionada por acidentes acidente ou traumas:
 Genética: é aquela que é afetado desde a nascença;
 Progenitores: durante o processo de parto, a mãe quando fica cansada e com dor,
pode acidentalmente apertar a cabeça da criança prejudicando deste modo o
desenvolvimento na articulação das palavras da criança. Pode também os problemas
na criança estar associadas ao consumo de bebidas alcoólicas, tabaco em ascenso.
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2.2. Sinais de alerta

Para Aneja (1999) citado por Torres e Fernández (2001), os pais são quem melhor pode
detetar problemas na fala ou linguagem; mas para isso têm de estar atentos aos sinais de
alarme, que são os seguintes:

 1ºAno de vida: falta de reação ao som e à voz humana; aos 8 meses não palra ou
vocaliza monotonamente.
 Aos 2 Anos: não identifica partes do corpo, pessoas familiares e objectos; não
cumpre ordens verbais; não junta duas palavras;
 Aos 3 Anos: omite ou troca sílabas; não faz frases simples; não faz perguntas; não
usa o “eu”; não cumpre ordens verbais na íntegra; não tem interesse pelo outro e não
interage;
 Aos 5 Anos: Defeitos na articulação das palavras; faz frases com estrutura gramatical
alterada; não descreve histórias ou actividades do dia-a-dia; foge ao tópico da
conversa.

“O grupo chegou a seguinte conclusão: As perturbações linguísticas estão ligadas a


questões de dificuldades de expressar algo, seja por via escrita ou por via da fala (oral).”

2.3. Classificação NEE em linguagem

Schomweiler e Cols (1998) citados por Lima (2000), defendem que as NEE de linguagem
diferenciam-se os distúrbios do desenvolvimento da fala e/ou linguagem em: orgânicos e não
orgânicos.

a) orgânicos: nos orgânicos, ocorreria uma falha nos órgãos periféricos e/ou no sistema
nervoso central;

b) Não orgânicos: os não orgânicos envolveriam questões ambientais e emocionais.

O principal problema do falante tardio parece estar no domínio da formulação da


linguagem, que tem sido visto como um processo superior ou cognitivo, enquanto a execução
é um processo inferior ou motor.
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2.4. Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem

a) Perda auditiva

A audição normal é necessária para que ocorra a aquisição de ambas; o feedback auditivo
é de extrema importância no controle da qualidade da fala, sendo, porém, mais importante no
seu aprendizado.

A identificação da perda auditiva e a intervenção precoce são fundamentais para melhor


desenvolvimento da linguagem, pois sabe-se que é alta a incidência de crianças onde a perda
auditiva levou a alterações nesse processo. Abraham e Cols (1996) citados por Lima (2000),
mostraram que a criança com esse tipo de perda obtém expressivo atraso na linguagem e na
aquisição da fala, mostrando menor acurácia e demora no início do uso de consoantes.
Pacientes com perda condutiva flutuante têm comprometimento da fala e linguagem, e a
habilidade da perceção auditiva deste grupo pode ser menor, mesmo se a função auditiva for
normalizada (Schomweiler e cols, 1998 cit. em Lima, 2000).

“Para o grupo, uma audição normal e as primeiras intervenções e perceções é muito


importante na melhoria do desenvolvimento da linguagem, porque temos que perceber o que
falamos para a nossa linguagem ser melhor.”

b) Retardo mental

A criança com nessas idades educativas especiais na área da deficiência intelectual


apresenta: O atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor, onde, nesse caso, a criança
demora a sentar, firmar a cabeça, andar, falar, dificuldades na marcha e na linguagem
compreensiva, dificuldades de entender, compreender os comandos e comportamento infantil
divergente com sua idade.
2.5. Retardo oral: Alterações da voz, disfonia, Cuidados a ter com a voz

2.5.1. Alteração da voz

Esses problemas geralmente resultam de um uso excessivo e prolongado da voz, falar


muito forte ou uma combinação dos dois. Muitas crianças com problemas na voz têm
pequenos nódulos nas cordas vocais. Não se se abe quanto os problemas com a voz
contribuem para causar os nódulos ou quanto os nódulos contribuem para causar os problemas
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de voz. Esses nódulos em geral se resolvem com fonoaudiologia e apenas raramente precisam
de cirurgia.

2.5.1.1. Disfonia

Segundo Telles (2009), é o principal sintoma de distúrbio da comunicação oral, no qual a


voz produzida não consegue, apresenta dificuldades ou limitações em cumprir seu papel
básico de transmissão da mensagem verbal e emocional do indivíduo. Uma disfonia
representa toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão natural da voz.

2.5.1.1.2. Sinais de alerta de um individuo com problemas da voz

Para Nielsen (1999) a disfonia, embora seja reconhecida apenas como a rouquidão da voz,
representa também todas as dificuldades ou alterações na emissão natural dela. Seu
surgimento esta relacionado a uma alteração funcional ou orgânica das cordas vocais e,
apresentam os seguintes sinais de alerta:

 Esforço ao emitir a voz;


 Dificuldade em manter a voz;
 Rouquidão;
 Variações na frequência do tom da voz;
 Falta do volume ou projecção da voz;
 Perda da eficiência vocal;
 Afonia (perda da voz);
 Dor ao emitir sons;
 Engasgo até com a saliva.

2.5.1.1.3. Classificação da disfonia

a) Grau leve- disfonia eventual ou quase imperceptível, e o trabalhador consegue


desempenhar suas atividades vocais habituais com mínima dificuldade, rara fadiga, e sem
interrupções;

b) Grau moderado- disfonia percebida continuamente, a voz é audível, com oscilações, e


o trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais habituais, com percepção (por si
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próprio e/ou por ouvintes) de esforço, falhas, fadiga eventual a frequente e necessidade de
interrupções;

c) Grau intenso - disfonia constante, a voz torna-se pouco audível, e o trabalhador não
consegue desempenhar suas actividades, ou o faz com grande esforço, intensa fadiga e com
grandes interrupções;

d) Grau extremo ou afonia – é a “quase ausência” ou “total ausência” de voz, a voz


torna-se inaudível, exigindo escrita ou mímica para que a pessoa se faça entender e o
trabalhador não consegue desempenhar suas atividades.
2.5.1.1.4. Tipos de disfonias

a) funcionais (ou primárias): quando o uso da voz é a causa da disfonia;

Comportamentais: uso incorreto da voz, uso abusivo da voz, psicogénicas;

b) orgânicas (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma alteração cuja causa
independe da produção vocal;

Orgânico-funcionais: quando o uso da voz gera lesões nas estruturas envolvidas na


produção vocal.
2.5.1.1.5. Cuidados Com a Voz

 O fumo é muito prejudicial a sua voz;


 Evite bebidas alcoólicas em excesso;
 Beba 2 litros de água por dia;
 Evite gritar ou falar forte demais;
 Cuide das alergias com a ajuda de um médico;
 Atenção a sua própria voz;
 Falar devagar e com boa dicção, melhora a compreensão da mensagem e diminui o
esforço para fala;
 O estresse prejudica sua voz;
 Cuidado com a automedicação alguns remédios podem afectar a sua voz.
2.5.2. Alteração da Fala (dislexia e disfemia)

Segundo Almeida (2009), refere que são várias as alterações da fala. Mas para tal, o grupo vai
referir-se das seguintes: dislexia e disfemia.
2.5.2.1. Dislexia
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A dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser
acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e
direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de
operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração.

2.5.2.1.1. Causas da dislexia

Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas
recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia, parte por causas genéticas,
parte por fatores congénitos (durante o desenvolvimento no útero).

Uma das possíveis causas, é a exposição do feto a doses excessivas


de testosterona durante a gestação, o que explicaria a maior incidência da dislexia em pessoas
do sexo masculino, pois fetos do sexo feminino tendem a serem abortados com o excesso de
testosterona.
2.5.2.1.2. Classificação feita com base na causa da dislexia

Primária ou genética: Disfunção do lado esquerdo do cérebro, persiste até a idade


adulta, hereditário e atinge leitura, escrita e pronuncia, mais comum em meninos;

Secundária ou de desenvolvimento: pode ser causada por hormônios, má nutrição,


negligência e abusos infantis, diminui com a idade;

Tardia ou por trauma: causada por lesões a áreas do cérebro responsáveis por
compreensão de linguagem, raro em crianças.

Especialistas garantem que o cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar


“cobertura” a essa deficiência. Para os pais, o importante é estar ciente de que ela pode ser
inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem.
2.5.2.1.3. Identificação

A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo
comum provocar uma desfasagem inicial de aprendizado. É uma doença que dificulta a parte
escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é disléxico não consegue por causa da
dificuldade.
2.5.2.1.4. Tratamento da Dislexia
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Apesar de haver variações em função da especificidade de cada paciente, de uma maneira
geral o tratamento da dislexia faz uso de estratégias que busquem desenvolver a competência
na leitura e na escrita. Entre estas estratégias estão os trabalhos com: processamento visual,
processamento auditivo, processamento da linguagem, atenção, memória, organização e
motivação. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhores serão os resultados.
2.5.2.2. Disfemias

São perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações dos
órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é a
gagueira (tartamudez).

A Disfemia é uma desordem da comunicação humana que vem despertando a curiosidade


de fonoaudiólogos, foniatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais afins, além de
leigos que lidam com indivíduos portadores de gagueira. Caracteriza-se por hesitação,
silabação, precedida ou intercalada dos fonemas qui, que, gaguez.

2.5.2.2.1. Causas da Dislexia e disfemia

A origem da Dislexia e disfemia, segundo Santos, está no eixo corporal, na base


psicomotora, cujo desenvolvimento é anterior à escrita. Para aprender a ler, a criança precisa
ter consciência de seu eixo corporal, lado direito, lado esquerdo, etc. O disléxico não tem essa
noção de lateralidade e vai confundir eternamente direita e esquerda. O seu diagnóstico é
muito semelhante ao do de outros distúrbios de aprendizagem. Por isso, é preciso muito
cuidado para não rotular toda e qualquer alteração de leitura como Dislexia. (Almeida, 2009).

Esta tem sempre como causa primária a relação espacial alterada, fazendo com que a
criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita. O diagnóstico
da Dislexia exige quase sempre uma equipe multidisciplinar, formada por neurologista,
psicólogo, psiquiatra e psicopedagogo. Esta equipe tem a função básica de eliminar outras
causas responsáveis pelas trocas de letras e outras alterações de linguagem. (Idem, 2009).

2.5.2.2.2. Formas de manifestação da disfemia

Segundo Correia (1997), existem duas formas de manifestações da disfemia nomeadamente:


clónica e tónica.
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a) A forma clónica tem como característica a repetição de uma sílaba e de um grupo de
sílabas.
b) A Forma tónica representa espasmos na fala com bloqueios tanto no começo quanto
dentro das frases. A gagueira tónica pode assumir forma expiratória e nos casos mais
graves ela se manifesta por uma tensão de todo o corpo, especialmente por uma
fixidez no olhar, indicando grande perturbação interior. As duas formas de
manifestações podem estar associadas a medida em que o comportamento de um
indivíduo evolui, o meio que o cerca, as circunstâncias e os traumas de
relacionamento.

2.5.2.2.3. Identificação e intervenção no contexto escolar

A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos
de alfabetização, o multissensorial e o fónico. Enquanto o método multissensorial é mais
indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso escolar, o método
fónico é indicado para crianças mais jovens e preferencialmente ser introduzido logo no início
da alfabetização.

Apesar de não existir cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito
para conduzir a criança com esse tipo de problema às actividades normais. Assim destacam-
se:

Escolas especiais: as escolas especiais têm aulas especiais de apoio para crianças com
dislexia, embora haja, muitas vezes, dificuldade em identificar a doença.

Professores particulares: para atender às necessidades dos educandos com dislexias é


importante que a escola tenha professores qualificado para o ensino da língua materna. Os
professores precisam conhecer a fonologia aplicada à alfabetização e ter conhecimentos
linguísticos e metalinguísticos aplicados aos processos de leitura e escrita.

Aprendizado de palavras difíceis: todas pessoas têm dificuldades diferentes no


aprendizado de diferentes palavras, pois existem muitos factores que influenciam a facilidade
ou dificuldade no reconhecimento de palavras.

Dentre os factores mais importantes para escrever uma palavra correctamente estão:
Tamanho da palavra; Presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos; Familiaridade com a
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palavra; Frequência que ela é usada; Idade com a qual ela foi aprendida; Repetição do uso
dessa palavra; Significado dessa palavra; Contexto no qual ela é utilizada; Similaridade entre
a forma escrita e a forma falada; Interacção dessa palavra com outras.

3.0. Conclusão

A comunicação é um processo activo de troca de informação e conhecimento, de carácter


universal comum a todas as espécies, requer ferramentas indispensáveis como a linguagem,
mais um instrumento complexo que pode existir independente da comunicação.

As crianças com problemas de comunicação, linguagem e fala, apresenta diferentes sinais


como é o exemplo da transmissão ou percepção da mensagem, falha, o individuo que está
inserido em condições económicas desvantajosas na fala ele terá a Perturbação da fluência
que é um ritmo anormal da expressão verbal, caracterizada por dificuldades no ritmo e na
velocidade, estes problemas são originados por vários factores. A genética - esse factor
caracteriza-se pela transmissão ou passagem de genes envolvidos no surgimento da disfemia,
daí que é mais comum ter mais de um membro da mesma família com o mesmo problema.

Problema misto da linguagem receptiva-expressiva quando apresenta problemas


específicos na compreensão e na expressão esta é uma das formas usadas para classificar os
problemas de linguagem na criança. De lembrar que devemos ter vários cuidados com a voz
tais como: beber pelo menos dois litros de água por dia, em temperatura ambiente; evitar
gritar ou falar muito alto, realizar exercícios vocais, estas acções nos ajudaram a prevenir de
várias anomalias.
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Bibliografia

Almeida, V. (2009). Linguística aplicada às dificuldades de aprendizagem relacionadas


com a

linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. s/l., s/ed;

Correia, L. M. (1997). Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.

Porto Editora.

Fonseca, V. (1999). Insucesso Escolar: abordagem psicopedagógica das dificuldades de

aprendizagem. Lisboa, Âncora Editora.

Lima, Carla. (2000). Des (inclusão) dos Alunos com NEE. Brasil.

Nielsen, L. B. (1999). Necessidades Educativas Especiais na sala de aula. Coleção Educação

Especial. Porto: Porto Editora.

Telles, P. (2009). Dislexia: Método Fonomímico - Abecedário e Silabário. Lisboa: Distema.

Torres, R. & Fernández, P. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Amadora:

McGraw Hill.
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