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Gabriel Mucavel
Licenciatura em Física
Universidade-Save
Massinga
2023
Ana Rute Alberto Tivane
Gabriel Mucavel
Universidade-Save
Massinga
2023
Índice pág.
1.0. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos............................................................................................................................5
1.1.1. Geral:................................................................................................................................5
1.1.2. Específicos:.......................................................................................................................5
1.2. Metodologias.......................................................................................................................5
2.0. Conceitos básicos.................................................................................................................6
2.1. Causas das NEE de linguagem............................................................................................6
2.2. Sinais de alerta.....................................................................................................................7
2.3. Classificação NEE em linguagem........................................................................................7
2.4. Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem..........................................8
2.5. Retardo oral: Alterações da voz, disfonia, Cuidados a ter com a voz.................................8
2.5.1. Alteração da voz...............................................................................................................8
2.5.1.1. Disfonia..........................................................................................................................9
2.5.1.1.2. Sinais de alerta de um individuo com problemas da voz............................................9
2.5.1.1.3. Classificação da disfonia............................................................................................9
2.5.1.1.4. Tipos de disfonias.....................................................................................................10
2.5.1.1.5. Cuidados Com a Voz................................................................................................10
2.5.2. Alteração da Fala (dislexia e disfemia)...........................................................................10
2.5.2.1. Dislexia........................................................................................................................10
2.5.2.1.1. Causas da dislexia.....................................................................................................11
2.5.2.1.2. Classificação feita com base na causa da dislexia....................................................11
2.5.2.1.3. Identificação..............................................................................................................11
2.5.2.1.4. Tratamento da Dislexia.............................................................................................11
2.5.2.2. Disfemias.....................................................................................................................11
2.5.2.2.1. Causas da Dislexia e disfemia..................................................................................12
2.5.2.2.2. Formas de manifestação da disfemia........................................................................12
2.5.2.2.3. Identificação e intervenção no contexto escolar.......................................................13
3.0. Conclusão...........................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
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1.0. Introdução
Sabemos que a linguagem e a comunicação estão presentes nas nossas vidas desde o
momento em que nascemos. Ninguém nasce a falar, mas comunicar é muito mais do que
falar. Nos primeiros anos de vida, o bebé não fala com a mãe, mas esta entende-o. Existe,
assim, comunicação entre eles. É durante o primeiro ano de vida que o bebé estabelece os pré-
requisitos fundamentais, ou seja, vai ter de passar por todas as fases com sucesso para poder
vir a utilizar o código linguístico da língua materna.
Este primeiro ano de vida, além de representar uma fase essencial no desenvolvimento do
bebé, também é universal, isto é, independentemente das culturas, do país, dos códigos
linguísticos, com deficiência auditiva ou outra, passará por esta fase. O nosso dia-a-dia é
formado por um conjunto de estruturas simbólicas. De facto, tudo o que vemos, sentimos e
conhecemos não é senão uma interpretação de uma simbologia que nos chega já
concretamente estabelecida e que ao descodificar tornamos nossa. Assim, desde pequenos, a
captação do mundo é feita através de representações da realidade.
Para tal procurou-se responder alguns objectivos desde o sentido geral aos específicos.
Tem como objectivo geral compreender as necessidades especiais na linguagem e; objectivos
específicos: identificar as alterações na fala e possíveis intervenções no contexto escolar,
destacar os sinais de alerta, mencionar as causas e formas de manifestação das NEE de
linguagem.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
Para elaboração deste trabalho, recorreu-se a dois métodos sendo a pesquisa bibliográfica
e o debate em grupo. De salientar que o método de pesquisa bibliográfica consistiu na leitura
de diversas obras com vista a localizar a informação que está em prol do tema. Em seguida
debateu-se no sentido de apurar a literatura necessária para a composição deste trabalho.
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De acordo com Torres e Fernandez (2001), são crianças que tem dificuldades de
produção, recepção e compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/insegura,
tendo vergonha de se exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser
julgado negativamente. “Ainda o grupo enfatiza que, como a criança apresenta problemas na
produção e na receção da mensagem, faz com que a criança não se preocupe em aprender a se
expressar por que tem medo de ser julgado negativamente pelos que lhe ovem.”
Perturbação de linguagem
Segundo Schomweiler e Cols (1998) citados por Lima (2000), atrasos da linguagem
podem ocorrer devido a vários problemas, tais como: retardo mental, perda auditiva, atraso na
maturação, desordem expressiva da linguagem (afasia), bilinguismo, autismo, mutismo
eletivo, paralisia cerebral e de privação psicossocial. Estudos descrevem como sendo a perda
auditiva e o retardo mental as duas causas mais frequentes de dificuldade na aquisição da
linguagem e/ou fala.
Ainda para Gardner (1995) citado por Lima (2000), atrasos de linguagem originam em:
Ambiental: esta relacionada a factores que o individuo adere num meio social onde se
encontra inserido, ou seja, aquela que é ocasionada por acidentes acidente ou traumas:
Genética: é aquela que é afetado desde a nascença;
Progenitores: durante o processo de parto, a mãe quando fica cansada e com dor,
pode acidentalmente apertar a cabeça da criança prejudicando deste modo o
desenvolvimento na articulação das palavras da criança. Pode também os problemas
na criança estar associadas ao consumo de bebidas alcoólicas, tabaco em ascenso.
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Para Aneja (1999) citado por Torres e Fernández (2001), os pais são quem melhor pode
detetar problemas na fala ou linguagem; mas para isso têm de estar atentos aos sinais de
alarme, que são os seguintes:
1ºAno de vida: falta de reação ao som e à voz humana; aos 8 meses não palra ou
vocaliza monotonamente.
Aos 2 Anos: não identifica partes do corpo, pessoas familiares e objectos; não
cumpre ordens verbais; não junta duas palavras;
Aos 3 Anos: omite ou troca sílabas; não faz frases simples; não faz perguntas; não
usa o “eu”; não cumpre ordens verbais na íntegra; não tem interesse pelo outro e não
interage;
Aos 5 Anos: Defeitos na articulação das palavras; faz frases com estrutura gramatical
alterada; não descreve histórias ou actividades do dia-a-dia; foge ao tópico da
conversa.
Schomweiler e Cols (1998) citados por Lima (2000), defendem que as NEE de linguagem
diferenciam-se os distúrbios do desenvolvimento da fala e/ou linguagem em: orgânicos e não
orgânicos.
a) orgânicos: nos orgânicos, ocorreria uma falha nos órgãos periféricos e/ou no sistema
nervoso central;
a) Perda auditiva
A audição normal é necessária para que ocorra a aquisição de ambas; o feedback auditivo
é de extrema importância no controle da qualidade da fala, sendo, porém, mais importante no
seu aprendizado.
b) Retardo mental
2.5.1.1. Disfonia
Para Nielsen (1999) a disfonia, embora seja reconhecida apenas como a rouquidão da voz,
representa também todas as dificuldades ou alterações na emissão natural dela. Seu
surgimento esta relacionado a uma alteração funcional ou orgânica das cordas vocais e,
apresentam os seguintes sinais de alerta:
c) Grau intenso - disfonia constante, a voz torna-se pouco audível, e o trabalhador não
consegue desempenhar suas actividades, ou o faz com grande esforço, intensa fadiga e com
grandes interrupções;
b) orgânicas (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma alteração cuja causa
independe da produção vocal;
Segundo Almeida (2009), refere que são várias as alterações da fala. Mas para tal, o grupo vai
referir-se das seguintes: dislexia e disfemia.
2.5.2.1. Dislexia
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A dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser
acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e
direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de
operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração.
Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas
recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia, parte por causas genéticas,
parte por fatores congénitos (durante o desenvolvimento no útero).
Tardia ou por trauma: causada por lesões a áreas do cérebro responsáveis por
compreensão de linguagem, raro em crianças.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo
comum provocar uma desfasagem inicial de aprendizado. É uma doença que dificulta a parte
escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é disléxico não consegue por causa da
dificuldade.
2.5.2.1.4. Tratamento da Dislexia
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Apesar de haver variações em função da especificidade de cada paciente, de uma maneira
geral o tratamento da dislexia faz uso de estratégias que busquem desenvolver a competência
na leitura e na escrita. Entre estas estratégias estão os trabalhos com: processamento visual,
processamento auditivo, processamento da linguagem, atenção, memória, organização e
motivação. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhores serão os resultados.
2.5.2.2. Disfemias
São perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações dos
órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é a
gagueira (tartamudez).
Esta tem sempre como causa primária a relação espacial alterada, fazendo com que a
criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita. O diagnóstico
da Dislexia exige quase sempre uma equipe multidisciplinar, formada por neurologista,
psicólogo, psiquiatra e psicopedagogo. Esta equipe tem a função básica de eliminar outras
causas responsáveis pelas trocas de letras e outras alterações de linguagem. (Idem, 2009).
A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos
de alfabetização, o multissensorial e o fónico. Enquanto o método multissensorial é mais
indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso escolar, o método
fónico é indicado para crianças mais jovens e preferencialmente ser introduzido logo no início
da alfabetização.
Apesar de não existir cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito
para conduzir a criança com esse tipo de problema às actividades normais. Assim destacam-
se:
Escolas especiais: as escolas especiais têm aulas especiais de apoio para crianças com
dislexia, embora haja, muitas vezes, dificuldade em identificar a doença.
Dentre os factores mais importantes para escrever uma palavra correctamente estão:
Tamanho da palavra; Presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos; Familiaridade com a
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palavra; Frequência que ela é usada; Idade com a qual ela foi aprendida; Repetição do uso
dessa palavra; Significado dessa palavra; Contexto no qual ela é utilizada; Similaridade entre
a forma escrita e a forma falada; Interacção dessa palavra com outras.
3.0. Conclusão
Bibliografia
Correia, L. M. (1997). Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.
Porto Editora.
Lima, Carla. (2000). Des (inclusão) dos Alunos com NEE. Brasil.
McGraw Hill.
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