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Distúrbios da Linguagem Oral e Escrita

Conteudista: Prof.ª Dra. Iara Lorca Narece


Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin

Objetivos da Unidade:

Compreender as características e as diferenças entre os principais distúrbios da


Linguagem Oral em crianças;

Identificar e analisar os principais distúrbios da Linguagem Oral em adultos;

Analisar os principais distúrbios da Linguagem Escrita;

Relacionar Teorias e modelos explicativos para os distúrbios da Linguagem Oral


e Escrita, promovendo uma compreensão mais ampla das bases teóricas que
fundamentam esses transtornos.

📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Material Teórico
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Introdução
Nos domínios intricados dos distúrbios da Linguagem Oral e Escrita, a interligação entre teoria e
prática é um alicerce fundamental para Profissionais dedicados à Saúde e à Educação. Nesta
Unidade, vamos mergulhar nas complexidades dessas condições, abordando não apenas os

desafios enfrentados por crianças e adultos, mas também as nuances dos distúrbios na
Linguagem Escrita. O desenvolvimento da Linguagem nas crianças, seja oral, seja escrito, é um
processo complexo influenciado desde os primeiros momentos de vida. A aquisição da
Linguagem Oral começa desde o nascimento, quando a criança é exposta aos sons da sua Língua

Materna. Entre os 5 e os 7 anos, inicia-se o aprendizado formal da Linguagem Escrita. Apesar


das diferenças entre essas modalidades, há pontos comuns que sugerem a continuidade da
Linguagem Oral para a Escrita. Ao explorar teorias e modelos explicativos, buscaremos construir
uma compreensão abrangente dos processos cognitivos, neurolinguísticos e psicolinguísticos

subjacentes a esses distúrbios, criando, assim, uma base sólida para intervenções práticas e
eficazes.

Na análise dos distúrbios da Linguagem Oral em crianças, examinaremos o atraso de


Linguagem, o transtorno específico da Linguagem e o Transtorno Fonológico. Cada tópico será
desdobrado, desde suas definições até suas principais características para o estabelecimento da
base teórica para compreender as complexidades dos distúrbios da Linguagem durante a
infância.

Avançando para o tópico seguinte, entraremos no cenário desafiador dos distúrbios da


Linguagem Oral em adultos, com foco especial nas afasias. Classificadas meticulosamente,
desde afasia de Broca até afasia Global, exploraremos suas principais manifestações clínicas,
muitas vezes resultantes de lesões cerebrais adquiridas.
Em seguida, nós nos dedicaremos aos distúrbios da Linguagem Escrita, abrangendo desde a
dislexia, um desafio neurobiológico na decodificação de palavras, até a disgrafia e a discalculia,
dificuldades específicas na escrita e nas habilidades matemáticas, respectivamente.
Consideraremos o papel da Psicopedagogia, buscando reconhecer a diversidade de habilidades e
desafios encontrados nesse contexto.

A comunicação desempenha papel crucial no desenvolvimento humano, influenciando a


inserção social, o aprendizado escolar e a integração profissional ao longo da vida. No entanto,
quando surgem transtornos de Linguagem, seja na modalidade oral, seja na escrita, essas
dificuldades podem se tornar barreiras significativas em diferentes fases da vida. O papel do
Fonoaudiólogo é essencial nesse contexto, pois ele enfrenta desafios que vão desde a produção
de evidências confiáveis sobre os processos de aquisição e desenvolvimento da Linguagem até a
identificação de distúrbios nesses processos.

Distúrbios da Linguagem Oral em Crianças


Segundo Palladino e Machado (2016), a interseção entre Linguística, Psicologia e
Fonoaudiologia na compreensão do processo de aquisição e, consequentemente, nos distúrbios
de Linguagem é fundamental e considera três aspectos principais: a natureza do processo de
aquisição, a identidade da criança que fala e a definição do que constitui Linguagem. Segundo os
autores, a contribuição dos estudos de Chomsky, que considera a Linguagem conhecimento
inato e de herança filogenética, somada a estudos posteriores, influenciados pela Psicologia do
Desenvolvimento, que destacam a importância da cognição e da comunicação no processo de
aquisição, deve examinar a fala da criança como uma unidade de análise, usando o diálogo como
instância do funcionamento linguístico-discursivo, de construção via interação e que possui um
componente de constituição subjetiva da própria criança, influenciada pela mediação entre ela,
seus cuidadores, o meio e a emergência do sujeito-falante.
Figura 1 – Distúrbios de Linguagem Oral em Crianças
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: foto de uma menina branca, cabelos castanhos lisos,


vestindo uma blusa vermelha, com as duas mãos cobrindo a boca. Fim da
descrição.

Em Síntese
A aquisição de Linguagem deve ser compreendida a partir da relação
da criança com a Língua, utilizando o diálogo como unidade de

análise, e enfatizando a importância da interação simbólica na


constituição subjetiva.
O conhecimento aprofundado sobre o desenvolvimento típico da Linguagem é estratégico,
demandando uma compreensão complexa das inter-relações entre aspectos físicos, motores,
cognitivos, relacionais, auditivos e linguísticos. A complexidade do desenvolvimento da

Linguagem, influenciado por uma variedade de fatores individuais e ambientais, destaca a


importância da compreensão diagnóstica dos processos de Linguagem. Nesse contexto, a
análise clínica cuidadosa, ancorada em processos típicos e atípicos, guia o fonoaudiólogo na
proposição de condutas personalizadas para cada indivíduo em sua singularidade.

Os distúrbios de Linguagem Oral estão entre os problemas mais frequentes do desenvolvimento


infantil, afetando uma porcentagem significativa de crianças. Essas dificuldades podem ser
classificadas em atraso de Linguagem, Transtorno Específico de Linguagem e Transtorno
Fonológico. A compreensão dos distúrbios de Linguagem demanda uma abordagem integrada,

considerando fatores físicos, motores, cognitivos, afetivos e socioambientais. A atuação


profissional, especialmente do fonoaudiólogo, desempenha papel crucial na identificação, na
compreensão e na intervenção desses distúrbios, visando a promover comunicação eficaz e
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

Vídeo
Impactos das Alterações de Linguagem no Comportamento Infantil
Impactos das alterações de linguagem no comportamento infantil

Atraso de Linguagem
Nem sempre o desenvolvimento de Linguagem esperado nos quatro primeiros anos da criança
acontece e, frequentemente, os pais e os responsáveis não buscam o tratamento adequado
assim que notam um atraso nesse desenvolvimento. Em algumas situações, crianças chegam
aos Profissionais com queixas de fala inadequada, de que começaram a falar tarde e

apresentando trocas fonológicas desde o início do processo de aquisição da Linguagem. Nesse


ponto, é importante salientar que Atraso de Linguagem não é o mesmo que Transtorno
Fonológico, que também se manifesta quando há alterações no desenvolvimento normal da fala,
mas que é identificado especialmente em crianças com mais de quatro anos de idade.

O Atraso de Linguagem é caracterizado por um desenvolvimento da Linguagem que está


significativamente aquém das expectativas para a idade da criança. As características incluem
atrasos na aquisição de marcos linguísticos, como déficit no desenvolvimento do vocabulário,
no uso gramatical e das habilidades de comunicação social. Essas crianças podem apresentar
dificuldades em expressar suas necessidades, compreender comandos e participar em
interações verbais. Segundo Giadheti e Lindau (2016), o Atraso de Linguagem é uma condição
transitória, normalmente influenciada pela deficiência no estímulo familiar e sem conexão com
problemas orgânicos ou outras disfunções no desenvolvimento neuropsicomotor.

As causas do Atraso de Linguagem podem ser diversas e incluem fatores genéticos, ambientais,

neurológicos ou uma combinação desses elementos. Algumas crianças podem apresentar atraso
temporário que é superado com o tempo, enquanto em outros casos o atraso pode persistir e
requerer intervenção. Os sinais de atraso de Linguagem podem variar, mas geralmente incluem
um vocabulário menor do que o esperado para a idade, dificuldade em formar frases completas,
uso limitado de expressões verbais e compreensão verbal abaixo do esperado. Essas crianças
podem demonstrar frustração ao tentar se comunicar, o que pode afetar negativamente sua
interação social e emocional.

A identificação precoce e a intervenção são fundamentais para lidar com o atraso de Linguagem.

Profissionais, como Fonoaudiólogos, Pediatras e Educadores desempenham papel crucial na


identificação, na avaliação e no desenvolvimento de estratégias de intervenção apropriadas. A
terapia para estimular habilidades linguísticas, por exemplo, pode ser uma abordagem eficaz
para ajudar a criança a melhorar sua capacidade de compreensão e expressão verbal por meio da

ampliação do vocabulário, atividades que estimulem a construção de frases e seu uso de forma
coerente em diferentes contextos.

É importante notar que cada criança é única, e o atraso de Linguagem pode se manifestar de
maneiras diferentes. A abordagem de intervenção deve ser adaptada às necessidades específicas
de cada criança, levando em consideração fatores individuais, ambientais e familiares. O apoio

precoce e personalizado pode contribuir significativamente para melhorar as habilidades


linguísticas e promover o desenvolvimento global da criança.

Transtorno de Desenvolvimento de Linguagem ou Distúrbio


Específico de Linguagem
Este transtorno é caracterizado por déficits específicos na Linguagem que não podem ser
explicados por atraso mental, deficiências sensoriais ou condições médicas. As crianças com
transtorno específico da Linguagem podem apresentar dificuldades na expressão verbal,
compreensão da Linguagem, vocabulário limitado e uso gramatical inadequado para a idade.
O Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) possui uma história que remonta a
1822, com as primeiras descrições de crianças com dificuldades de Linguagem. Apesar das
décadas de pesquisa, até 2016, não havia consenso sobre critérios diagnósticos e terminologia

para essa condição. Diversos termos foram utilizados ao longo do tempo, como Afasia
Congênita, Atraso de Linguagem e Distúrbio de Linguagem. O termo Specific Language
Impairment (SLI), introduzido em 1981, tornou-se amplamente aceito. No contexto brasileiro,
pesquisadores como Alfredo Tabith Junior, Mauro Spinelli e Debora Maria Befi-Lopes
contribuíram para a predominância do termo "Distúrbio Específico de Linguagem" (DEL).
Entretanto, ao longo de mais de duas décadas, surgiram desafios conceituais em relação a esse
diagnóstico. Em 2014, um estudo multidisciplinar internacional levou a um consenso sobre
critérios diagnósticos e terminologia para o TDL. A proposta estabeleceu duas etapas: primeiro,

identificar se as dificuldades de Linguagem são persistentes e significativas. Segundo, verificar


a presença de outros quadros associados. O termo "Transtorno do Desenvolvimento da
Linguagem" (TDL) foi proposto como substituto ao DEL, permitindo a coexistência com outros
quadros, como TDAH ou TDC. Algumas críticas foram levantadas por pesquisadores que

argumentam que o termo TDL é muito abrangente. Contudo, devido à alta prevalência do TDL, a
adoção de um consenso é considerada crucial para avançar no diagnóstico, tratamento e direitos
sociais relacionados a essa condição (CÁCERES-ASSENÇO, 2020).

As principais características observadas no TDL incluem um atraso no desenvolvimento da


Linguagem em comparação com os pares, dificuldades na expressão e na compreensão,

problemas na articulação dos sons da fala, desvio fonológico, limitações na habilidade narrativa,
uso limitado de habilidades sociais e a persistência dessas dificuldades ao longo do tempo.
Crianças com TDL podem apresentar atraso na aquisição de vocabulário, estruturas gramaticais
e habilidades de comunicação. Além disso, podem ter dificuldades em expressar suas ideias de

maneira clara, compreender mensagens verbais, articular corretamente os sons da fala e


organizar eventos de forma lógica ao contar histórias. O desvio fonológico, que envolve padrões
inadequados na organização dos sons da fala, é uma característica comum no TDL. Além disso,
as habilidades sociais e a capacidade de estabelecer interações podem ser limitadas, afetando a

participação em conversas e a interpretação de pistas sociais. Uma característica distintiva do


TDL é a persistência das dificuldades ao longo do tempo. Mesmo à medida que as crianças
envelhecem, elas continuam a enfrentar desafios na Linguagem, embora a intensidade desses
desafios possa variar de uma criança para outra. É crucial destacar que o diagnóstico do TDL

deve ser realizado por profissionais especializados, como Fonoaudiólogos e Psicólogos, após
uma avaliação abrangente das habilidades linguísticas da criança.
Transtorno Fonológico
O Transtorno Fonológico está relacionado a dificuldades na organização e na produção de sons
da fala. As crianças com esse transtorno podem substituir, omitir ou distorcer sons, impactando
negativamente a inteligibilidade da fala.

As causas podem estar relacionadas com alterações motoras, estruturais, relacionadas a


síndromes e a condições sensoriais. As dificuldades podem ser percebidas no início do

desenvolvimento e são caracterizadas pela utilização dos fonemas em nível inferior ao


correspondente à sua idade cognitiva.

O diagnóstico do Transtorno Fonológico (TF) envolve uma avaliação funcional para examinar o
funcionamento do controle motor da fala associado à maturação neural. O TF pode manifestar-

se em erros na produção motora do som, na estrutura fonética ou em erros fonológicos


causados por dificuldades cognitivo-linguísticas na representação subjacente do som. As
evidências clínicas indicam a heterogeneidade do TF, abrangendo diferenças na gravidade, tipos
de erros de fala e habilidades alteradas de metafonologia, leitura e escrita. O estudo do TF
enfrenta desafios devido à variedade de fatores relacionados e suas implicações. Compreender
as dificuldades de uma criança no uso correto do Sistema Fonológico requer consideração tanto
do processamento cognitivo-linguístico quanto do processamento motor e auditivo.

Caracterizado pela dificuldade em aplicar as regras do sistema fonológico, abrangendo fonemas,


distribuição e estruturas silábicas, o transtorno é frequentemente identificado na Pré-escola e
na idade escolar. Uma das formas de caracterizar a gravidade do TF, utilizada até os dias atuais, é
usar o índice para cálculo da porcentagem de consoantes produzidas corretamente pela criança,
classificando o TF como: leve, levemente moderado, moderadamente grave ou grave. Esse índice
foi criado por Shriberg e Kwiatkowski, em 1982. Essa medida auxilia na avaliação e na terapia de

crianças com transtorno fonológico. A causa do TF é desconhecida, e estudos exploram


aspectos hereditários, indicando uma possível relação entre familiares afetados. Pesquisas
apontam uma porcentagem significativa de casos positivos de distúrbios de linguagem em
familiares de crianças com transtorno fonológico. Os estudos buscam entender a etiologia do
transtorno, considerando fatores biológicos, psicossociais, ambientais e familiares (PAPP;
WERTZNER, 2006.)

Distúrbios da Linguagem Oral em Adultos


As alterações na Linguagem Oral em adultos constituem um domínio vasto de estudo, sendo as
Afasias uma área particularmente significativa e complexa nesse cenário. Tais alterações de
Linguagem ocorrem após o desenvolvimento da Linguagem Oral, geralmente, como resultado

de lesões neurológicas adquiridas, acometendo adultos em qualquer idade, podendo variar desde
comprometimentos leves até os mais severos, dependendo na localização da lesão.

As Afasias representam distúrbios específicos da Linguagem que impactam substancialmente a


Comunicação Verbal. A Linguagem Oral desempenha papel central na expressão de

pensamentos, na interação social e na transmissão de informações. Quando ocorrem as Afasias,


os indivíduos enfrentam desafios consideráveis na comunicação, na compreensão e na
expressão verbal. Essas alterações podem ser originadas por diversos fatores, incluindo eventos
traumáticos, distúrbios cognitivos, processos de envelhecimento e condições neurológicas

específicas.

Esse Distúrbio de Linguagem resultante de lesões localizadas geralmente no hemisfério


esquerdo do cérebro em áreas associadas à linguagem possui a classificação tradicional
incluindo: Afasia de Broca, Afasia de Wernicke, Afasia de Condução e Afasia Global, entre outras.
Cada tipo é caracterizado por padrões distintos de déficits linguísticos. Compreender a natureza

das Afasias é essencial para implementar intervenções adequadas, buscando melhorar a


qualidade de vida e a eficácia da comunicação em adultos afetados por essas condições.
Vídeo
Afasia: Conhecer para Compreender

Afasia: Conhecer para Compreender

Afasia de Broca
A Afasia de Broca é um distúrbio neurológico que afeta a produção da Linguagem. É caracterizada
pela dificuldade em combinar elementos linguísticos para criar mensagens complexas. Embora
pareça inicialmente relacionada à produção oral, a raiz do problema está na composição do
discurso devido a danos cerebrais. A área de Broca, descrita por Pierre Paul Broca, após estudar
pacientes que perderam a capacidade de falar devido a danos no lobo frontal esquerdo do

cérebro, é responsável pela planificação da sequência de palavras, e desempenha várias funções,


incluindo o processamento fonológico, controle da morfossintaxe e organização de fonemas
para criar mensagens coesas. Entretanto, a área de Broca não é exclusivamente ligada à
produção, mas também está envolvida na compreensão e em tarefas cognitivas não linguísticas.

Os sintomas da Afasia de Broca incluem dificuldades na produção verbal, falta de fluência,


problemas na repetição e distorções na qualidade dos sons emitidos. Ela pode ser dividida em
dois tipos principais: Tipo I, com sintomas leves e recuperação rápida, e Tipo II, mais grave e
persistente. A evolução desses tipos difere, com o Tipo I apresentando uma situação inicial mais

grave, mas uma recuperação mais favorável em comparação com o Tipo II, que implica uma
recuperação mais prolongada e complexa (VIEIRA; COSTA, 2016).

Afasia de Wernicke
É um Distúrbio da Linguagem causado pela lesão na área de Wernicke, localizada na
circunvolução temporal posterior, superior e média no hemisfério esquerdo do cérebro. A Afasia
de Wernicke é caracterizada por dificuldades severas na compreensão de palavras e frases,
associadas a uma produção verbal fluente, porém, frequentemente, sem significado. Os

pacientes podem apresentar jargão, parafasias e neologismos. A história da Afasia de Wernicke


remonta à publicação de Der Aphasische Symptomencomplex, na qual Wernicke atribuiu a Afasia a
uma lesão no giro temporal superior esquerdo. Ao longo dos anos, a pesquisa sobre a anatomia
funcional da Rede Linguística associada à área de Wernicke continuou, levando a descobertas

sobre a localização precisa das lesões e suas implicações na compreensão da Linguagem. A


justificativa do Estudo da Afasia de Wernicke destaca sua designação como Afasia Sensorial e
Receptiva, entre outros termos. A Afasia de Wernicke, assim como a de Broca, pode ser
classificada como: Tipo I (Síndrome Insular Posteriorismo Temporal) e o Tipo II (Síndrome da
Circunvolução Temporal Superior e Média), descrevendo suas características distintas.

Essas lesões afetam os elementos centrais dos sistemas fonológicos, semânticos e auditivos que
interagem durante a compreensão da Linguagem. O processamento fonológico, associado à
ativação do giro temporal superior esquerdo, e o processamento semântico lexical, associado à
atividade do giro temporal médio e inferior esquerdo, resultam em defeitos na discriminação
dos fonemas e deficiências lexicais, dependendo da localização específica da lesão. Além do giro
frontal inferior esquerdo, o controle semântico é associado a uma rede distribuída, que inclui
várias regiões cerebrais, como, por exemplo, durante o processamento de informações
semânticas específicas, como a compreensão de metáforas, ocorre a ativação do hemisfério

direito. Portanto, a tarefa de compreensão da Linguagem está associada a uma ativação cerebral
extensiva que envolve tanto o hemisfério esquerdo quanto o direito. Em suma, embora a área
clássica de Wernicke seja crucial para o reconhecimento de palavras individuais, a compreensão
da Linguagem envolve uma rede cerebral muito mais ampla (VIEIRA; COSTA, 2016).

Afasia de Condução
A Afasia de Condução, em particular, é a mais discutida e controversa entre as Afasias, tanto em
relação à sua fenomenologia quanto à localização anatômica das lesões. Com os avanços
tecnológicos recentes, incluindo Tomografia Axial Computadorizada (TAC), Ressonância
Magnética (RM), Tomografia de Emissão de Pósitrons (PET) e Ressonância Magnética
Funcional (RMF) foi possível uma compreensão mais detalhada e dinâmica da Afasia de
Condução. Foram propostos modelos lesionais centrados ao Fascículo Arqueado ou a regiões e
estruturas corticais essenciais nos processos de conectividade do cérebro.

A controvérsia em torno da Afasia de Condução é discutida, especialmente em relação à


característica clínica definidora, ela difere das Afasias de Broca e Wernicke pela produção de
discurso fluente e compreensão normal. Suas características definidoras incluem alteração na
repetição de palavras, mas o discurso é fluente, e a compreensão geralmente permanece
normal, sendo o diagnóstico realizado por meio de avaliações linguísticas específicas. Existem
diferentes opiniões sobre as características-chave da Afasia de Condução, com alguns estudos
enfatizando problemas de repetição e outros destacando erros específicos de som ao falar.
Várias teorias tentam explicar por que a repetição é comprometida na Afasia de Condução:

Desconexões nas partes do cérebro responsáveis pela


linguagem;

Problemas na transformação interna das palavras em sons pronunciáveis;

A memória de curto prazo afetada também é considerada como possível causa, o que
resultaria em dificuldade na repetição (FERNANDES, 2009).

Afasia Global
A Afasia Global é uma forma grave de Distúrbio de Linguagem que resulta de danos extensos nas
áreas do cérebro responsáveis pela Linguagem, geralmente nas regiões frontal, temporal e
parietal esquerda. Essa condição afeta todas as principais habilidades linguísticas, incluindo fala,
compreensão, leitura e escrita.

Segundo Vendrell (2001), o termo Afasia Global é utilizado quando as funções expressivas e
receptivas da Linguagem estão gravemente comprometidas. Inicialmente, os pacientes podem
apresentar uma completa perda das habilidades linguísticas. Com o tempo, podem surgir
elementos automatizados e, às vezes, produções estereotipadas. Essas estereotipias podem ser
usadas com uma entonação adequada à intenção comunicativa do paciente, mas se consistirem
em palavras ou frases, podem não ter relação real com a situação. As formulações automáticas,
por outro lado, podem ajudar a iniciar tentativas de comunicação, mas logo são frustradas pela
incapacidade do paciente de realizar uma Linguagem proposicional adequada. Automatismos,
como o uso incorreto de palavras, podem distorcer a comunicação, causando confusão e
frustração para a família e o paciente. Os automatismos também podem incluir palavras
ofensivas, levando os familiares a reprimir as produções espontâneas do paciente, aumentando
sua frustração. Emocionalmente, os pacientes com Afasia Global tendem a ficar deprimidos
devido às dificuldades de comunicação e às limitações motoras, como hemiplegia direita,
comuns nesse tipo de afasia. O tratamento da depressão envolve atenção à reabilitação motora e
reeducação linguística, além de apoio social abrangente. O envolvimento e apoio da família são
cruciais para ajudar o paciente a se adaptar à nova situação pessoal, familiar e social.
Clinicamente, os pacientes com Afasia Global geralmente apresentam lesões extensas na área da
artéria cerebral média esquerda, afetando as áreas frontoparietais e temporoparietais.

Outros Tipos de Afasia


Lesões neurológicas em outras regiões do cérebro podem resultar em outros tipos de Afasias,
tais como, por exemplo: lesões no hemisfério direito (resultam em alteração no processamento
léxico-semântico, prosódia, habilidades discursivas e de pragmática) e as Afasias Progressivas
Primárias (resultam de quadros demenciais).

Segundo Vieira e Costa (2016), as lesões no hemisfério direito afetam principalmente aspectos
não verbais e pragmáticos da comunicação. Indivíduos com lesões no hemisfério direito podem
apresentar aprosodia, caracterizada por dificuldades na expressão e na compreensão das
emoções transmitidas pela entonação, pelo ritmo e pelo ênfase na fala. Isso pode resultar em
uma aparência monótona ou inadequada no tom de voz. Outro aspecto afetado é a pragmática da
linguagem, com dificuldades em compreender e utilizar as regras sociais da linguagem,

resultando em interações sociais menos eficazes. Também pode haver comprometimento na


compreensão de metáforas, humor e outras formas de linguagem figurativa. Pacientes com
lesões no hemisfério direito podem ainda enfrentar déficits na percepção de contexto durante
uma conversa, levando a mal entendidos frequentes. Podem ocorrer dificuldades na percepção
espacial e na organização do discurso, afetando a capacidade de contar histórias de forma coesa.
A negligência linguística é outra manifestação possível, envolvendo a negligência de
informações do lado esquerdo do espaço, incluindo palavras escritas em uma página. Isso pode
resultar na perda de palavras ou partes de frases ao ler ou escrever. Esses transtornos podem
variar em gravidade e ocorrer isoladamente ou em combinação. O tratamento geralmente inclui
Terapia de Fala e Linguagem, com foco nas áreas afetadas pela lesão no hemisfério direito.

Já as Afasias Progressivas Primárias (APP) são distúrbios neurodegenerativos que impactam


gradual e progressivamente a Linguagem. Esse grupo engloba três variantes principais:

Semântica (APP-S), Não Fluente (APP-NF) e Logopênica (APP-L). Na APP-S, observa-se uma
deterioração progressiva na compreensão do significado das palavras, resultando em perda
gradual do vocabulário. Indivíduos enfrentam dificuldades em nomear objetos, reconhecer
rostos familiares e compreender o significado de palavras, embora a expressão oral possa ser
preservada nas fases iniciais. Já na APP-NF, a dificuldade concentra-se na produção da fala, que
se torna não fluente e esforçada. Sintomas incluem problemas na articulação, formação de
frases, agramatismo e apraxia da fala. A compreensão da Linguagem também é afetada, embora
em menor medida que a produção da fala. Na APP-L, destaca-se a dificuldade na seleção e na
recuperação de palavras corretas durante a produção da fala. Isso se manifesta em problemas de

nomeação, substituição de palavras por termos vagos e uso inadequado de vocabulário. A


compreensão da Linguagem pode permanecer relativamente preservada nas fases iniciais. Ao
longo do tempo, as três variantes podem se sobrepor, resultando em um comprometimento
global da Linguagem. O diagnóstico preciso e o acompanhamento contínuo são essenciais para

oferecer suporte e gerenciar os desafios associados a essas condições neurodegenerativas


(VIEIRA; COSTA, 2016).

Distúrbios da Linguagem Escrita


Os Distúrbios de Aprendizagem estão intrinsecamente ligados ao ambiente acadêmico, sendo
mais evidente em contextos formalizados de ensino, nos quais programas estruturados e
avaliações delineiam o processo educacional. Neste tópico, dentre os Distúrbios de
Aprendizagem, abordaremos os distúrbios de leitura e escrita, destacando a relevância desses
problemas na aquisição da Linguagem Escrita e habilidades matemáticas. O foco será não apenas
na dimensão clínica desses distúrbios, mas também em sua significativa implicação para a
prática educacional, demandando uma abordagem integrada. Devido à complexidade dessas
questões, é preciso considerar diferentes grupos de crianças, desde aquelas com oportunidades
precoces de interação com a Linguagem Escrita até aquelas enfrentando limitações
socioeconômicas. É preciso, ainda, diferenciar distúrbios genuínos de aprendizagem de desafios
pontuais, fatores motivacionais, pedagógicos, questões emocionais e transtornos globais de

desenvolvimento. Para o estudo dos Distúrbios de Linguagem Escrita, propõe-se uma


abordagem integrada, envolvendo profissionais como Fonoaudiólogos, Psicopedagogos e
Psicólogos, para compreender, diagnosticar e intervir, oferecendo uma visão abrangente que vá
além do escopo clínico, abraçando aspectos educacionais para promover intervenções mais

eficazes. Nesse contexto, destacam-se os distúrbios específicos da leitura, como a dislexia, as


dificuldades relacionadas ao processamento numérico, conhecidas como discalculia, e as
manifestações na expressão escrita, caracterizadas pela disgrafia.

Navas (2016) expõe que as Fases de Desenvolvimento da Linguagem escrita pode variar entre 3 e
5 dependendo da teoria adotada para descrever as etapas até que a criança torne-se proficiente

nessa tarefa. Segundo o autor, o início se dá em uma etapa pré-alfabética, passando a seguir por
uma etapa alfabética e finalmente pela etapa de decodificação ortográfica e morfológica da
Língua caracterizando a fase final de compreensão da Linguagem Escrita. Entretanto,
atualmente, o modelo conexionista tem sido mais aceito para demonstrar o processo de
desenvolvimento da Linguagem Escrita. Nesse modelo, quando começamos a aprender a ler e
escrever, estamos construindo aos poucos um grupo de palavras que sabemos escrever
corretamente, chamado Léxico Ortográfico Visual. Isso acontece à medida que praticamos.
Vemos diferentes palavras e entendemos como as letras se relacionam com os sons que
fazemos ao falar. No começo, aprendemos a associar os fonemas (processamento fonológico)
aos grafemas (processamento ortográfico). Se já possuímos um extenso vocabulário e
compreendemos bem a Linguagem Oral, conseguimos também compreender rapidamente o
significado das palavras quando lemos, ou seja, realizamos o processamento lexical. À medida
que ganhamos mais experiência em ler e escrever, o contexto (processamento contextual) em
que as palavras estão inseridas também se torna importante. Isso significa que começamos a
considerar não apenas as letras e os sons, mas também o contexto geral da frase ou do texto
para entender melhor o que está sendo dito. Isso tudo acontece graças a diferentes
processadores em nosso cérebro, como o que lida com sons, significados, letras e contexto.

Esses processadores trabalham juntos para nos ajudar a ler e compreender o que lemos.

O processamento neurológico da leitura e escrita envolve diversas áreas cerebrais


especializadas. A percepção visual inicia-se no córtex occipital, enquanto o reconhecimento de
palavras ocorre no giro fusiforme, no córtex temporal. A análise dos sons da fala é realizada na
área fonológica, localizada no córtex temporal superior. O circuito parietal-temporal integra
informações visuais e auditivas para a compreensão do significado das palavras. As áreas
motoras, como o giro pré-central e o córtex motor primário, coordenam os movimentos
necessários para a escrita manual. Além disso, o córtex pré-frontal, na região frontal,
desempenha um papel nas funções executivas, como planejamento e organização, cruciais para
a produção de discurso escrito coerente. O corpo caloso facilita a comunicação entre os
hemisférios direito e esquerdo, ambos essenciais para as habilidades de leitura e de escrita. Vale
ressaltar que essas áreas interagem complexamente, e a plasticidade cerebral permite

adaptações e reorganizações em resposta à aprendizagem e prática dessas habilidades.

Dislexia
A Dislexia é um distúrbio específico de leitura e escrita, enfatizando sua natureza não como uma
doença, mas como uma diferença na forma de pensar. Durante o processo de alfabetização,
embora as crianças ingressem no processo já dominando a Linguagem Oral, as regras
específicas da escrita podem representar desafios adicionais. Sua etiologia pode possuir origens
neurológicas, hereditariedade e estudos recentes apontam a possibilidade de envolvimento
genético (SILVA, 2009).
Figura 2 – Lesão em qualquer área do cérebro responsável
pela compreensão da Linguagem pode causar dislexia
Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: figura do hemisfério esquerdo do cérebro em preto e


branco, com o lobo frontal à esquerda na figura e lobo occipital à direita da
figura. São destacadas com cores as áreas afetadas que podem resultar em
Dislexia, a saber: em azul, à esquerda, está a Área de Broca. Em rosa, no centro,
está o córtex auditivo primário. À direita, ao lado do Córtex Auditivo primário,
está a Área de Wernicke, em verde. Acima da Área de Wernicke, em amarelo, está
o Giro Supramarginal, e à direita do Giro Supramarginal, está o Giro Angular em
Laranja. Fim da descrição.

Segundo Silva (2009), as desordens no processamento fonológico, evidenciando dificuldades


em atividades intraneurosensoriais e interneurosensoriais são manifestações clínicas presentes
na Dislexia. Por esse motivo, o processamento fonológico para a aquisição da leitura e escrita e o
desenvolvimento de habilidades de consciência fonológica são cruciais nesse processo. No
âmbito do processamento visual, as habilidades de análise e integração de informações visuais
permitem a decodificação para compreensão e a codificação para a execução do processo de
leitura. Essas dificuldades surgem durante a decodificação fonográfica, quando a criança precisa
estabelecer a relação entre símbolos gráficos e sequências fonológicas das palavras,
especialmente no início da alfabetização. Além disso, observa-se que crianças com distúrbio
específico de leitura enfrentam obstáculos na habilidade narrativa. Essas dificuldades
manifestam-se na capacidade de desenvolver temas, manter coerência nas narrativas e
estabelecer conexões coesivas entre frases, fatores que frequentemente afetam a compreensão
e a contagem de histórias. Para a intervenção e o diagnóstico é necessária uma abordagem

interdisciplinar, envolvendo profissionais como fonoaudiólogos, neurologistas e


psicopedagogos e o diagnóstico precoce é essencial para evitar impactos emocionais e
comportamentais negativos, permitindo que a criança supere as dificuldades e prossiga no
processo de Alfabetização.

Vídeo
Webinar Desafios do Diagnóstico da Dislexia
Webinar Desafios do diagnóstico da dislexia

Disgrafia
Disgrafia é uma perturbação funcional que impacta a qualidade da escrita de um indivíduo,
afetando o traçado e a grafia. Caracteriza-se por uma caligrafia deficiente, com letras pouco
distintas, mal elaboradas e desproporcionais. Para ser diagnosticada como Disgrafia, a criança
deve apresentar várias das seguintes condições: letra excessivamente grande ou pequena, forma
das letras irreconhecível, traçado exageradamente grosso ou suave, a ponto de ser
imperceptível, grafismo trêmulo ou marcado, irregularidades no tamanho dos grafemas, escrita
excessivamente rápida ou lenta, espaçamento irregular entre letras ou palavras, presença de
erros e borrões que dificultam a leitura, desorganização geral na folha ou no texto, e utilização
incorreta do instrumento de escrita.
Figura 3 – Disgrafia
Fonte: Wikimedia Commons

#ParaTodosVerem: foto de folha de papel branca, escrita em preto, letras em


grafia de forma, que variam em tamanho e forma. Há também alguns erros
gramaticais e ortográficos, caracterizando uma escrita típica de um quadro de
Disgrafia. Fim da descrição.

Segundo Caldeira e Cumiotto (2004), durante o aprendizado da escrita, ocorre uma transição do
domínio informal para o formal, causando desconforto na expressão escrita. De acordo com o
modelo funcional léxico de produção dos grafemas para o armazenamento ortográfico de
palavras familiares, o Processo de Escrita envolve diferentes subsistemas cognitivos
independentes, denominados módulos. Na disgrafia, está presente um distúrbio na Linguagem
Escrita, e pode ser classificada em três tipos: de Superfície, Fonológica e Profunda. A Disgrafia
de Superfície afeta o reconhecimento e escrita de palavras previamente trabalhadas. A

Fonológica permite a escrita de palavras familiares, mas impede pseudopalavras. E a Disgrafia


Profunda dificulta a escrita de palavras abstratas, ditados ou nomes de objetos. Os autores ainda
referem que estudos indicam que a Dislexia e a Disgrafia são transtornos na leitura ou na
escrita, sendo, às vezes, denominadas "cegueira verbal" devido aos danos cerebrais no sistema
semântico. No entanto, esses distúrbios não devem impedir o prosseguimento nos estudos, pois
os indivíduos com Disgrafia podem ter habilidades significativas em outras Áreas do
Conhecimento, como Matemática, Música e Tecnologia.
Disortografia
A Disortografia é um conjunto de equívocos na Escrita que impactam a palavra, mas não a sua
formação ou grafia. Essa perturbação influencia as habilidades de escrita e resulta em
dificuldades persistentes e repetitivas na capacidade da criança em criar textos escritos.
Algumas características incluem relutância em escrever textos breves, organização fraca e
pontuação inadequada, além de diversos erros ortográficos de naturezas distintas. Esses erros
podem ser de caráter linguístico perceptivo, envolvendo omissões, adições e inversões de letras
de caráter visoespacial e de caráter visioanalítico, em que a criança não estabelece associações
entre fonemas e grafemas, entre outros (COELHO, 2013).

Discalculia
A Discalculia é uma condição neurológica específica que impacta a capacidade de uma pessoa
compreender e manipular números. Isso se manifesta por meio de dificuldades na compreensão
e na memorização de conceitos matemáticos, regras e ou fórmulas. Na sequenciação de
números (antecessor e sucessor) ou na identificação do maior entre dois números, na
diferenciação de esquerda/direita e nas direções (Norte, Sul, Leste e Oeste),na compreensão de
unidades de medida, em tarefas relacionadas ao tempo (como ler horas em relógios analógicos)
e em atividades envolvendo dinheiro, na resolução de operações matemáticas em problemas
propostos. Em casos mais graves, pode levar a uma aversão intensa à matemática (COELHO,
2013).
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Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

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Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL)


Perspectivas Atuais e Futuras
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Impactos da Dislexia no Indivíduo e as Dificuldades de


Acesso ao Tratamento

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Phonological Disorders III: A Procedure for Assessing Severity of


Involvement

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Análise da Produção Científica Nacional Fonoaudiológica


acerca da Linguagem Escrita

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ACESSE
📄 Referências
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COELHO, D. T. Dificuldades de Aprendizagem Específicas: Dislexia, Disgrafia, Disortografia e

Discalculia. Porto: Areal, 2013.

FERNANDES, A. F. V. Afasia de condução: substratos anátomo-funcionais. 2009. 55p.


Dissertação. (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina/Universidade de
Coimbra, 2009. Disponível em: <https://hdl.handle.net/10316/15916>. Acesso em: 04/12/2023.

GIADHETI, C. M.; LINDAU, T. A. Diagnóstico Diferencial dos Transtornos de Linguagem


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de diagnóstico. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 26, n. 81, p. 470-475, 2009. Disponível em:
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