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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE CURSO DE FONOAUDIOLOGIA


DISCIPLINA - ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NAS ALTERAÇÕES DE
LINGUAGEM ORAL
DISCENTE: AMANDA ROSE ALVES JORGE

Título do texto de análise: Developmental language disorder

Palavras-chaves: Distúrbio; linguagem; comunicação

Conforme o estudo de consenso realizado (CATALISE Consortium) em


2017, foi possível classificar como Transtorno do desenvolvimento da linguagem
(TDL ou na sigla em inglês, DLD) toda alteração de linguagem que persiste
durante toda a vida, e tem influências de extremo significado nas questões
sociais e emocionais. Este transtorno não está associado a nenhuma das
seguintes alterações na comunicação: transtorno do espectro autista, deficiência
intelectual ou alterações biológicas significativas. Acredita-se que o principal
fator etiologico para o TDL é genética com possíveis mutações em diversos
genes envolvidos na linguaguem, sendo mais frequentes em meninos. Porém,
ainda não é possível afirmar com precisão o real fator que desencadeia esse
transtorno. Não há presença de alterações neuronais quando há a comparação
com as demais crianças.
Comumente a isso, no que se refere as manifestações clínicas
observadas é possível indentificar diferentes graus, uma vez que essa alteração
da linguaguem irá variar de acordo com as áreas da linguaguem que foi
comprometida. A partir disso foram selecionada essas áreas que podem estar
relacionada com: gramática, semântica, conclusão do discurso, pragmática,
discurso, memorial verbal e aprendizagem e fonologia. Na questão gramatical,
há uma relação com a dificuldade de associação da sintaxe, ou seja, com a
relação lógica das frases, tendo por isso, uma dificuldade de disposição da
organização delas no discurso. Além da sintaxe, a morfologia também encontra-
se alterada, ou seja, a estrutura da palavra e a classificação da palavra
(substantivo, verbo, advérbio...) também está prejudicada. Nesse caso, a criança
terá dificuldade de produzir um discurso com a formatação de frase esperada.
Por sua vez, quando a criança denota alterações na semântica apresenta
dificuldade de relacionar o significante (palavra) com o significado. Portanto, a
criança possui um discurso com um déficit de riquezas de associações entre a
palavra dita ou ouvida com o significado desta. Já com relação à conclusão do
discurso, a criança conhece a palavra, porém, durante a produção da sentença
não há um acesso a ela, dificultando a sua produção. No que se refere à
pragmática, a dificulade está centrada na ultilização da linguaguem para
diferentes contextos, tanto na produção quanto na interpretação. Geralmente,
crianças com alterações nessa área tem dificuldade de compreender palavras
num âmbito mais subjetivo. Quando a área afetada é de discurso a dificuldade
será de organização da sequencia lógica, sendo por isso, difícil a criança
conseguir manter uma conversa longa ou uma história assim como compreende-
la. No aspecto de memorial verbal e aprendizagem há relação com a
compreensão de frases longas ou lembrança de palavras novas, dificultando
assim, seu vocabulário. E por fim, fonologicamente, a criança com TDL
apresenta dificuldade de compreender os contrates da lingua, fazendo trocas de
fonemas, como por exemplo do [b] para o [p], essa difuldade não é encontrada
apenas com TDL, pois é comum no desenvolvimento da linguaguem, contudo,
nas crianças que apresentam um desenvolvimento da linguaguem típico há o
desaparecimento, porém, há permanência quando houver a presença do
transtorno, dificultando, sobretudo, sua alfabetização durante o período escolar.
A criança com o transtorno do desenvolvimento da linguaguem pode
apresentar, portanto, alterações da fala associado, ou seja, a criança pode
apresentar concomitantemente dificuldade de distinguir os contrates fonológicos.
Além desse aspecto, a criança poderá apresentar também uma relação com
alguns distúrbios mais leves, como TDHA (transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade), dislexia ou transtorno de coordenação do desenvolvimento.
Sendo de extrema importância nesses caso, compreender o fato de co-existerem
com o TDL.
Para o diagnóstico de transtorno do desenvolvimento de linguagem é
necessário que a criança apresente 3 aspectos envolvidos: Alterações na
linguagem que dificulte a comunicação, persistência dessas alterações depois
dos 5 anos de idade e não apresentar alterações biológicas, neurológicas e
genéticas envolvidas. Para avaliação é necessário uma conversa com os
responsáveis pela criança, assim como realizações de exames auditivos e de
linguaguem. Este por sua vez, visa avaliar o uso diário da lingua em crianças em
idades superiores a 5 anos, na maioria das vezes para sua realização é utilizado
de forma lúdica com uma narração de uma história sendo atráves disso colhido
dados sobre a sua pragmática, morfologia, narração, semântica e até mesmo
dados fonológicos. Não se descarta os dados ou documentações informais
trazidos pelos pais por enriquecer a avaliação.
Após a avaliação e diagnóstico do transtorno, as crianças que apresentam
esse quadro clínico necessitam de uma intervenção fonoaudiológica
especializada, tanto para crianças em idade pré-escolar quanto em idade de
alfabtização. A intervenção se baseia em criar situações de comuniação que
sejam o mais próximo do possível do paciente, condizente com sua realidade e
havendo uma intervenção não apenas no que se refere aos aspectos gramaticais
e fonologicos, mas também no que refere aos aspectos sociais e emocionais do
paciente. Uma vez que foi possível constatar uma intima ligação entre a
manifestação dos sintomas de TDL e o psicológico alterado dessas crianças.

CONCLUSÃO
Após a leitura do artigo sobre as questões que envolve o TDL foi possível
constatar que por não possuir uma causa comprovada houve revés para a
compreensão do que esse distúrbio realmente se tratava, sendo, em alguns
casos difícil o diagnóstico, por conta disso, é necessário a compreensão das
características específicas desse casos clínicos. Logo, se faz necessário o
conhecimento das questões da linguagem nas crianças ditas típicas para a
compreensão dessas alterações. Pois, a partir disso, a atuação do fonoaudiólogo
deverá se relacionar com as dificuldades apresentadas, este profissional é de
extrema importância nos casos de TDL por estar relacionado diretamente com
as questões de comunicação. Através dos estudo de como deve ser a atuação
do fonoaudiólogo nas alterações de linguagem orais é possível estabelecer
condutas que quando realizadas proporcionam ganhos para o paciente. Assim
como, compreender como os diversos modelos de intervenção podem ser
utilizados nas diversas alterações da linguagem apresentada nesse distúrbio.

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