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Observação
Lembrete
7 HISTóRIA DA EAD
Antes de conhecer o histórico da EaD, vale ressaltar que este conceito parte
da premissa que alunos e professores estão separados por espaço e/ou
tempo. Assim, utilizam-se do recurso tecnológico para interagir.
Geração
Início
Características
Até 1970
Estudo por correspondência, no qual o principal meio de comunicação eram 1ª
materiais
impressos, geralmente um guia de estudo, com tarefas ou outros exercícios enviados pelo correio.
2ª
Anos 70
Surgem as primeiras universidades abertas, com design e implementação sistematizadas
de cursos a distância, utilizando, além do material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio
e fitas de áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a cabo.
3ª
Anos 90
Esta geração é baseada em redes de conferência por computador e estações de trabalho
multimídia.
A partir dessa divisão, vamos conhecer o que há em cada uma das gerações
a partir da linha do tempo da inserção da Educação a Distância no Brasil?
Quadro 4 - Histórico da EaD no Brasil
1970
Portaria 408 – emissoras comerciais de rádio e televisão:
obrigatoriedade da transmissão gratuita de cinco horas semanais de 30 minutos diários, de segunda a
sexta– feira, ou com 75 minutos aos sábados e domingos. É iniciada em cadeia nacional a série de
cursos do Projeto Minerva, irradiando os cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial,
produzidos pela Feplam e pela Fundação Padre Anchieta.
1937
Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação
1959
Início das escolas radiofônicas em Natal (RN)
1960
Início da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o MEC e a CNBB:
Expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados nordestinos, que faz surgir o MEB –
Movimento de Educação de Base –, sistema de ensino a distância não formal.
1974
Janeiro, TV Cultura de São Paulo, TV Educativa do Amazonas, TV Educativa do Maranhão,
TV Universitária do Rio Grande do Norte, TV Educativa do Espírito Santo e TV Educativa do Rio
Grande do Sul.
1967
Criada a Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Estado de São Paulo com o objetivo de
promover atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão (iniciou suas transmissões
em 1969); constituída a Feplam (Fundação Educacional Padre Landell de Moura), instituição privada
sem fins lucrativos, que promove a educação de adultos através de Tele-educação por multimeios.
1969
TVE Maranhão/CEMA – Centro Educativo do Maranhão: programas educativos para a 5ª série,
inicialmente em circuito fechado, e a partir de 1970 em circuito aberto, também para a 6ª série.
1971
Nasce a ABT – inicialmente como Associação Brasileira de Tele–Educação, que já organizava
desde 1969 os Seminários Brasileiros de Tele-Educação, atualmente denominados Seminários
Brasileiros de Tecnologia Educacional. Foi pioneira em cursos a distância, capacitando os
professores por meio de correspondência.
1972
Criação do Prontel – Programa Nacional de Tele-Educação – que fortaleceu o Sinred – Sistema
Nacional de Radiodifusão Educativa.
1973
Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1º Grau, II fase, envolvendo o MEC,
Prontel, Cenafor e secretarias de Educação.
1973-74
Projeto SACI conclusão dos estudos para o Curso Supletivo “João da Silva”, sob o formato
de telenovela, para o ensino das quatro primeiras séries do 1º grau; o curso introduziu uma inovação
pioneira no mundo, um projeto
– piloto de teledidática da TVE, que conquistou o prêmio especial do Júri Internacional do Prêmio
Japão.
1974
TVE Ceará começa a gerar teleaulas; o Ceteb – Centro de Ensino Técnico de Brasília – inicia o
planejamento de cursos em convênio com a Petrobras para capacitação dos empregados desta
empresa e do projeto Logus II, em convênio com o MEC, para habilitar professores leigos sem
afastá–los do exercício docente.
1978
Lançado o Telecurso de 2º Grau, pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura/SP) e Fundação
Roberto Marinho, com programas televisivos apoiados por fascículos impressos, para preparar o
telealuno para os exames supletivos.
1979
Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa/MEC; dando
continuidade ao Curso “João da Silva”, surge o Projeto Conquista, também como telenovela, para as
ultimas séries do primeiro grau; começa a utilização dos programas de alfabetização por TV –
(MOBRAL), em recepção organizada, controlada ou livre, abrangendo todas as capitais dos estados
do Brasil.
1983/1984
Criação da TV Educativa do Mato Grosso do Sul. Inicio do “Projeto Ipê”, da Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo e da Fundação Padre Anchieta, cursos pura atualização e
aperfeiçoamento do magistério de 1º e 2º Graus, utilizando–se de multimeios.
1988
“Verso e Reverso – Educando o Educador”: curso por correspondência para capacitação de
professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC Fundação Nacional para Educação de
Jovens e Adultos (EDUCAR), com apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.
1991
O “Projeto Ipê” passa a enfatizar os conteúdos curriculares – A Fundação Roquete Pinto, a
Secretaria Nacional de Educação Básica e secretarias estaduais de educação implantam o Programa
de Atualização de Docentes, abrangendo as quatro séries iniciais do ensino fundamental e alunos dos
cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto ganha o titulo de “Um salto para o
futuro”.
1992
O Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT (Universidade Federal
do Mato Grosso),
em parceria com a Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso) e a
Secretaria de Estado de Educação e
com apoio da Tele-Universitè du Quebec (Canadá), criam o
projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica:
1º a 4º séries do 1º grau, utilizando o EAD. O
curso é iniciado em 1995 / Foi criada a Universidade Aberta de
Brasília (Lei 403/92), podendo
atingir três campos distintos: a ampliação do conhecimento cultural com a
organização de cursos
específicos de acesso a todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas
categorias
de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior, englobando tanto
a
graduação como a pós-graduação.
1996
Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Regulamenta a EaD no Brasil. Veja no site do MEC:
<www.mec.gov.br>.
2009
A ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância organizou o 7º SENAED - Seminário
Nacional ABED de Educação a Distância totalmente on-line, envolvendo nas atividades palestrantes
do Brasil, Portugal e outros países de língua portuguesa.
De lá para cá, muitas coisas mudaram, mas a tendência é que a EaD, cada
vez mais, aperfeiçoe-se e crie novas possibilidades de aprendizagem ao seu
aluno. O caminho já começou a ser trilhado e agora não há mais como
voltar atrás.
Saiba mais
Acesse <http://www.slideshare.net/joaojosefonseca/evoluo-social-
associadaao-processo-histrico-da-ead> e veja os slidesque dão um
panorama da EaD.
Acesse <http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/EAD.htm> e
leia na íntegra o texto do professor Eduardo Chaves sobre o EaD.
Observação
Comecemos nossos estudos tão atuais e, por isso mesmo, tão necessários
falando de uma expressão utilizada por Isabel Alarcão (Doutora em
Educação pela Universidade de Liverpool e Professora Catedrática Jubilada
da Universidade de Aveiro, além de membro fundador da Unidade/Centro
de Investigação Didática e Tecnologia Educativa na Formação de
Professores) no seu livro Professores reflexivos em uma escola reflexiva
(2003) O acesso, a gestão e a avaliação das informações na atual sociedade
exigem que, também a escola como instituição de reflexão social,
possibilite estas ações a partir de e para as informações. Isso nos remete
imediatamente à inclusão de todos em todas as possibilidades presentes na
sociedade atual. Porém, preocupa-nos a exclusão de acesso aos meios pelos
quais possam ser contatadas as novas informações.
Observação
Saiba mais
• questionar;
• indagar;
• autoaprendizagem;
• resolver problemas;
• trabalhar em cooperação;
• aceitar os outros;
• comunicar e interagir;
• autoconhecimento e autoestima.
• autogerir-se;
Lembrete
Saiba mais
Observação
Exemplo de aplicação
Bom trabalho!
Saiba mais
Que tal fazer a leitura do material de Morin citado nesta unidade? Você
pode acessar o livro A cabeça bem-feita, no seguinte endereço eletrônico:
<http://pt.scribd.com/doc/10952147/Edgar-Morin-A-Cabeca-BemFeita>.
Aproveite e salve-o em seu computador e leia-o todo. Você vai gostar!
Esta discussão do que ocorre na escola pode e deve ser transposta para a
Educação a Distância se tomarmos esta como reprodução daquela. Não é
raro encontrar, mesmo que num ambiente totalmente inovador (o ambiente
on-line), ambientes escolares tal qual o “fantasma” da escola tradicional.
Faz-se necessário compactuarmos com projetos para a educação e para a
sociedade de “visionários” como, por exemplo, Paulo Freire e John Dewey,
pensando e fazendo algo além de apenas escolas ou Educação a Distância
confinadas à “entidade” estática dos conteúdos. Alunos também as pensam
e as fazem e, portanto, nós educadores precisamos, de fato, acreditar e fazer
valer nossa crença numa revolução educacional a partir também do aluno.
Diante disso, nada mais adequado do que fazer cursos sem sair de casa, no
seu próprio ritmo, sem tanto esforço e por preços baixos. Mantém-se assim
a ideia (e a prática) da educação técnica e superficial. Não é demanda de
mercado inventar ou ser criativo, mas inovar por um preço viável. Dessa
forma, torna-se essencial que a educação não “caia nessas armadilhas”
senão, manterá a mesmice de reproduzir, num ambiente on-line, a escola de
ambiente tradicional.
Temos presenciado ofertas sedutoras de aprendizagens personalizadas, que
fomentam nosso imaginário de uma educação própria das novas
tecnologias, “entregue” ao gosto do freguês, quase sem nenhum custo e no
conforto do lar, mas o que efetivamente muda?
É preciso que a educação tenha na sua “parceria” com a internet, não uma
mídia de transmissão de informações, mas a matéria-prima de construção.
Como o “primeiro passo” de um caminho que busca propiciar o acesso ao
que milhões de pessoas acessam. Contudo, é preciso seguir esse caminho
construindo e re(construindo) novas formas de criação, construção,
produção, responsabilidade cidadã, inauguração, personalização, expressão,
colaboração, inclusão e empreendimento de projetos partindo do aprendiz.
Sem o que não há transformação, e sem essa não há educação.
Observação
No começo dos anos 90, o homem conhecido por ser o precursor da WWW,
Berners-Lee e outros autores(BERNERS-LEE et al., 1994) afirmaram que a
Web“foi desenvolvida para ser um repositório do conhecimento humano,
que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem as suas
ideias e todos os aspectos de um projeto comum” (p. 76).
Lembrete
Exemplo de aplicação
Que tal conhecer alguns dos mais conhecidos AVA para desenvolvimento
de cursos em Educação a Distância? Verifique na tabela que segue os
endereços de alguns deles, acesse e conheça um pouco mais sobre o
trabalho com esses recursos.
Quadro 5
AVA gratuitos
<http://moodle.org/> - Moodle
<http://www.teleduc.org.br/> - Teleduc
<http://www.dokeos.com/> - Dokeos
<http://eproinfo.mec.gov.br/> - E-proinfo
<http://col.larc.usp.br/principal/> - Col
Bom trabalho!
AVA pagos
<http://www.blackboard.com/International/LAC.aspx?lang=en-us> - Blackboard
<http://www.webensino.com.br/?p=webensino> - Webensino
5
São programas fáceis de serem usados e permitem aos usuários a criação de seus próprios trabalhos
para publicação em ambiente multimídia, internet ou outros. Eles devem ser equipados com diversas
ferramentas que agregam elementos, como som, imagens, vídeos, textos, animações etc.
Agora, que tal estudar um pouco mais sobre as ferramentas que fazem parte
dos AVA?
a. e-mail
b. fórum de discussão;
c. lista de discussão;
d. chat
e. videoconferência;
f. wiki
g. blogs/fotologs/videologs
h. sitesde relacionamento.
Exemplo de aplicação
Pesquise cada uma dessas ferramentas e escreva um conceito para cada uma
delas. Aproveite
para fazer sua pesquisa na internet e vivenciar a navegação
no mundo virtual para obter
informações.
Bom trabalho!
Exemplo de aplicação
Bom trabalho!
Saiba mais
Resumo
Pudemos perceber, contudo, que ela não é uma modalidade tão recente, mas
que tomou outro rumo depois da inserção dos microcomputadores no
ensino.
Esse foi, realmente, um grande salto que não nos deixa mais voltar aos
tempos antigos, quando só se aprendia formalmente indo à escola.
Conclusão
Pense que não foi nossa intenção deixar receitas prontas: elas não existem!
mas mostrar que há muitos recursos e muitos caminhos a seguir e,
principalmente, que dependerá de você o sucesso nesta jornada!
Exercícios
Questão 1.
Pierre Lévy observa que muitas vezes se faz a crítica ao fato de
as pessoas isolarem-se do convívio social ao passarem horas em frente às
telas de seus computadores “navegando” na World Wide Web. O filósofo
pondera que quando alguém permanece horas a ler uma obra, não se critica
o tempo de isolamento despendido diante de folhas de papel. Neste caso,
tende-se a reconhecer que se está frente a um discurso, uma voz, um mundo
repleto de significados. Em relação à leitura na tela, Lévy considera tratar-
se
Resposta correta: A
Alternativa correta
Alternativa incorreta
Justificativa
: A alternativa é falsa porque demonstra um preconceito com
relação às novas gerações. Estas estão sempre refletindo as transformações
que ocorrem no mundo, portanto seu comportamento não deve ser
corrigido, mas observado.
Alternativa incorreta
Alternativa incorreta
Justificativa
: A alternativa é falsa porque demonstra um preconceito com
relação ao ciberespaço. Sem dúvida a linguagem da World Wide Web requer
uma maior agilidade que não deveria ou não deve implicar naturalmente em
empobrecimento.
Alternativa incorreta
Justificativa
: A alternativa é falsa porque demonstra um preconceito com
relação ao ciberespaço. Da mesma maneira que existem publicações de
baixa qualidade literária e científica também existem conteúdos de
qualidade literária e científica no ciberespaço. Tudo depende da formação
crítica do leitor para fazer o discernimento entre os textos.
Audiovisuais
Textuais
___. Série Ideiasn. 20. São Paulo: FDE, 1994. pp. 87 a 93. Disponível em:
<http://www.crmariocovas.
sp.gov.br/pdf/ideias_20_p087-093_c.pdf>.
Acesso em 10 abr. 2011.
2011.
___. Pedagogia da autonomia. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Disponível em: < http://www.letras.
ufmg.br/espanhol/pdf/pedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf >.
Acesso em: 3 jul. 2011.
GADOTTI, M. Educação e poder: introdução à
pedagogia do conflito. São Paulo: Cortez, 1984.
___.___. Trad. Eloá Jacobina, 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Bertrand
Brasil, 2004.
Sites
Exercícios
Unidade II - Questão 1
Unidade II - Questão 2
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000