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ENSINO À DISTÂNCIA
Resumo: A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 determina que o ensino de Arte será
obrigatório na educação básica em todo o território nacional. Nas séries iniciais do
ensino fundamental, em grande parte dos sistemas educacionais brasileiros, os
conteúdos de quase todas as disciplinas são abordados por professores generalistas, que,
sendo licenciados em Pedagogia, estão autorizados também a ministrar aulas de Artes,
na eventual falta do professor especialista na área. O presente estudo objetivou
compreender em que medida a pesquisa sobre procedimentos em Arte, como leitura de
imagens, atividades com música e jogos teatrais, realizada numa disciplina cursada à
distância, no curso de Pedagogia da Universidade Municipal de São Caetano do Sul,
poderia auxiliar os futuros educadores na preparação de estratégias pedagógicas para o
ensino de conteúdos diversos. Foram elaboradas com os discentes algumas propostas
interdisciplinares direcionadas aos alunos do ensino fundamental, utilizando como
ferramenta algumas obras artísticas, como pinturas, canções da música popular
brasileira e jogos diversos. A pesquisa tem suporte teórico no conceito de educação
musical como cultura, conforme Arroyo (1999), Queiroz (2003) e Forquin (1993) que
ressaltam a relação íntima entre educação e cultura. Concluiu-se que a contribuição do
professor generalista à educação até mesmo para a cidadania, será proporcional à
compreensão que este profissional tiver sobre a importância da arte na formação dos
indivíduos.
1. Introdução
Segundo Moran (2002), “educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem,
mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou
temporalmente”. Assim, mesmo não estando juntos fisicamente, podem estar
conectados, interligados pela Internet, correio, rádio, televisão, vídeo, CD-ROM,
telefone, fax e tecnologias semelhantes.
Os cursos à distância surgiram em 1890 na Alemanha e em 1881 na Universidade de
Chicago, que oferecia um curso da língua hebraica por correspondência. Há documentos
que provam que já no início do século XX existiam produções de filmes educacionais e
também transmissões radiofônicas, todas nos Estados Unidos.
Segundo Cunha (2006) o marco inicial da EAD no Brasil foi a criação por Roquete
Pinto, entre os anos 1922 e 1925, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro de um plano
sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à
educação. Afirma ela que
Atualmente a EAD por meio da Internet pode ser implementada com o suporte de
diversas ferramentas, como softwares de comunicação e workgroup, ou podem ser
utilizados sistemas para a administração total de cursos na internet, com o
gerenciamento da disponibilização de conteúdos e o controle de testes, notas e o
acompanhamento dos alunos. Assim, com o surgimento de novas tecnologias, as
discussões passaram a girar em torno da interferência de diferentes mídias no
aprendizado. No entanto, hoje a dúvida não é mais qual a melhor mídia, mas quais
características de uma determinada mídia podem contribuir para uma experiência de
aprendizado mais significativa.
Desse modo, entende-se que um sistema de EAD consiste em todos os processos
envolvidos, incluindo o modelo de ensino-aprendizagem, comunicações, projeto,
gerenciamento, etc. Segundo essa perspectiva, cada processo componente da EAD
precisa ser desenvolvido de maneira integrada, com técnicos de diferentes
especialidades trabalhando nas áreas pedagógica, tecnológica e administrativa.
À medida que as tecnologias vão melhorando e os governos vão criando novas
regulamentações e incentivos, o número de instituições que de alguma forma oferecem
programas de EAD no Brasil e no mundo vem crescendo constantemente, gerando
maior demanda por especialistas na área. Na Educação à distância são necessários
procedimentos diferenciados na elaboração das aulas: há necessidade de planejamento e
escolha adequada de recursos instrucionais multimídia, seleção de recursos de
interatividade, definição dos papéis a serem exercidos pelos tutores e elaboração de
plano direcionado à interação e aos desafios propostos.
3. Fundamentação teórica
4. Metodologia
Temos estudado métodos e abordagens para o ensino de Arte, sempre
confrontados com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Arte e com o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, além do papel do professor
frente aos novos paradigmas e sua aplicação na prática pedagógica.
Assim, foram elaboradas com os estudantes do curso de Pedagogia, algumas
propostas direcionadas aos alunos do ensino fundamental, utilizando como ferramenta
aspectos das linguagens visual, musical e teatral. Destacamos alguns exemplos:
Tempo: 5 aulas
Desenvolvimento:
• Atividade 1- Adivinha
Iniciar a aula brincando de adivinhas,onde os alunos deverão estar sentados em
roda. Perguntar aos alunos: O que tem no meio do MAR? O que tem no meio do
CÉU? O que tem no meio do RIO? O que tem no meio da LUA?
Conversar com os alunos escutando todas as respostas. Depois, escrever a
palavra MAR, com a letra A em destaque e perguntar novamente para os alunos:
O que tem no meio do MAR? Nesse momento pedir que prestem atenção nas
letras, na palavra em destaque. Pedir que comparem o que responderam
anteriormente com a resposta após a escrita da palavra. Levar a criança a
compreender que antes, analisavam o lugar (O MAR) e que agora estão
analisando a palavra MAR.
Fazer isso com todas as palavras.
• Atividade 3 – Representando
Retomar a análise das palavras e chamar a atenção dos alunos para a escrita de
cada uma delas. Logo após, dividir a turma em 5 grupos, pois cada grupo
assumirá uma das palavras: MAR, CÉU, RIO, SOL, LUA.
Dispor para cada grupo uma folha de cartolina, algumas tintas guache, pincéis,
revistas, colas e tesouras.
Pedir ao grupo 1 que pintem o MAR, mas que substituam os peixes e animais,
por letras A. No grupo 2, pedir que eles pintem o CÉU, substituindo os astros
(estrelas, planetas) por letras E. No grupo 3, eles pintarão o RIO e substituirão os
peixes e outros animais por letras I. No grupo 4, pedir para que eles pintem um
grande SOL e façam os raios com as letras O. No grupo 5, os alunos pintarão a
LUA e utilizarão das letra U, para substituir estrelas.
Ao termino da atividade,fazer uma exposição e apresentação dos trabalhos na
sala e finalizar cantando a canção novamente.
Perguntar aos alunos quantas letras tem as palavras: RUA, LAR, TIA, SOM,
MEL?
Finalizar a aula, cantando a música com as palavras diferentes.
• Atividade 5
Distribuir a letra da música para os alunos, para realizar o trabalho de
localização e segmentação de palavras.
Pedir que circulem na música a palavra que: rima com chapéu, que termina com
L, que começa com L,que termina com R e que começa com R
Avaliação
Material:
Uma caixa ou saco de médio porte
Um objeto trazido por cada aluno
Um livro de história (se for preciso)
Conteúdo:
Explicar aos alunos sobre a finalidade do jogo, o qual promoverá a melhorara do
raciocínio e da fala.
Objetivo:
Direcionado aos alunos do 2º. ou 3º. Ano do ensino fundamental I;
Desenvolver a rapidez de raciocínio;
Iniciar o desenvolvimento da habilidade oratória.
Desenvolvimento:
1) Pedir aos alunos que tragam de casa um objeto que gostem muito, que tenha
tamanho suficiente para caber numa caixa ou num saco de médio porte, que o
professor deverá providenciar.
2) Pedir para cada um falar um pouco sobre a importância daquele objeto em sua
vida.
3) Em seguida, pedir aos alunos que depositem os objetos na caixa ou no saco, e
deverá ser colocado no centro da sala ou num local com mais espaço, como o
pátio ou a quadra da escola.
4) Pedir aos alunos que se sentem em círculo em volta da caixa ou saco.
5) O professor iniciará um texto qualquer e num dado momento, no meio dessa
história, o professor irá parar de narrar.
7) Em seguida escolherá um aluno que se levantará e irá se dirigir até o centro
do círculo, e sem olhar para dentro da caixa ou saco, irá retirar de lá um objeto
que deverá ser introduzido por ele nessa história que foi iniciada pelo professor.
A história deverá ser daquele momento em diante, desenvolvida por ele até uma
segunda ordem do professor.
8) Mediante ordem do professor, outro jogador (aluno) será escolhido para ir ao
centro do círculo, retirar outro objeto, e da mesma forma que o primeiro, dar
continuidade à narrativa até que o professor escolha outro, e assim por diante.
De modo que todos os jogadores participem da narrativa oral, que será
construída socialmente.
Observação:
Uma das regras mais importantes desse jogo é que, durante a exposição de cada
jogador, o objeto que ele colheu na caixa, obrigatoriamente, deverá ser
introduzido na história. Excelente exercício para desenvolver as habilidades da
modalidade oral, este jogo poderá ser incrementado com novas regras a cada
partida, com o intuito de atingir um novo grau de dificuldade. Por exemplo:
numa outra rodada, exija do jogador que dará continuidade à narrativa que ele
inicie sua fala utilizando a última palavra dita pelo jogador anterior.
4.4.Leitura de imagens.
1ª Atividade:
Nessa obra de Pieter Bruegel, mostrou os jogos e brincadeiras vivenciados na
sua época.
Poderá ser uma atividade de varias aulas, pois assim poderá ser mais interessante
e atrativo para o aluno. Essa é uma obra muito interessante nos dias de hoje pois, a
partir daí elas podem comparar as brincadeiras de agora com as antigas.
Com isso podemos pedir para o aluno analisar a obra, e que eles coloquem no
papel tudo que lhe chame atenção na obra, desde as cores, os movimentos,
brincadeiras e os jogos.
Pois assim o aluno poderá descobrir novas formas e de brincar com o corpo e
com o corpo do amigo.
Podemos pedir para o aluno a fazer uma enquete com a seguinte pergunta. Quais
as brincadeira e jogos que os pais e seus avos faziam na sua infância?
Com isso podemos fazer uma roda aonde eles vivenciem com os seu amigos o
que foi que interessou mais na obra pra eles e quais as brincadeiras que seus pais e
avós gostavam.
2ª Atividade:
O professor poderá utilizar as anotações dos alunos, o que eles viram que mais
se interessaram na obra, com isso o mestre poderá destacar que os jogos e
brincadeiras que estão presentes em diferentes épocas.
Poderá dar dicas e destacar nomes de brincadeiras que estão no quadro
3ª Atividade
5. Considerações Finais
Para grande parte da população brasileira, que não tem acesso aos bens culturais, a
escola configura-se, muitas vezes, como única possibilidade de acesso ao patrimônio
cultural. Mediador entre a cultura e o aluno, o professor precisa também, por sua vez,
ter amplo acesso às várias formas de expressão da cultura, para poder trabalhar com elas
em sala de aula. Se tais atividades integrarem a vida docente, esta mediação necessária
entre as manifestações culturais e o aluno será mais facilmente realizada. Em um tempo
em que a inclusão escolar e social é palavra-chave, a escola tem papel fundamental na
divulgação e valorização de práticas culturais plurais.
Por isso, entendemos que não somente é importantíssimo favorecer o acesso do
professor generalista – que passa a maior parte do tempo com os alunos- aos conteúdos
de Arte, procurando conscientizá-lo de seu papel na formação cultural de seus alunos.
6. Referências Bibliográficas
Disponível em http://www.uninove.br/marketing/viii_coloquio/resumos.html
09/11/2011