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Aula 04
As diferentes abordagens pedagógicas em EAD
Objetivos Específicos
• Especificar as diferentes abordagens pedagógicas em EAD e reconhecer o
valor de cada uma delas.
Temas
Introdução
1 Abordagens pedagógicas em EAD
Considerações finais
Referências
Professora
Wanderlucy A. Alves Corrêa Czeszak
Docência e Mediação Pedagógica On - line
Introdução
As abordagens pedagógicas da EAD podem ser apresentadas de diversas formas,
conforme o alinhamento teórico adotado e o enfoque que se pretende dar.
Dessa forma, tomando como base a classificação de Valente (2000), serão apresentadas
três abordagens: abordagem broadcast, virtualização da escola tradicional e o estar junto virtual.
Seria ingenuidade crer que a internet, por meio de toda a informação disponibilizada,
além de tantos recursos tecnológicos cada vez mais acessíveis, pudesse dar conta de gerar uma
melhoria espontânea de educação. Seria como se, de repente, tivéssemos uma nova geração
composta de uma legião de indivíduos conectados, maduros, autoditadas, com condições de
contribuir para o seu próprio crescimento e para o desenvolvimento da sociedade.
É nesse contexto que a educação a distância, com o advento das novas tecnologias,
como sinalizam Peters (2001) e Valente (1999), apresenta-se como a solução mais viável para
o desenvolvimento da população, considerando sua capacidade de alcance, tanto em termos
geográficos quanto em termos de população, bem como a sua diversidade de possibilidades
de aplicação, por meio de diferentes abordagens pedagógicas, como veremos a seguir.
Nesta abordagem não há interação entre professor e aluno. Então, como não há feedback,
o professor não tem como checar a assimilação do conteúdo pelo aluno ou se está ocorrendo
construção de conhecimento.
Da mesma forma como acontece na educação tradicional, esta abordagem não cria
condições suficientemente favoráveis para a construção de conhecimento, pois não há como
o professor saber se o aluno não está apenas memorizando e armazenando informações,
sem reflexão e sem atribuição de significado para os conteúdos vistos.
Dessa forma, esta é a abordagem mais utilizada pela EAD no Brasil e também em outros
países, podendo haver variação apenas no grau de interação professor-aluno, conforme os
objetivos do curso, o ambiente virtual de aprendizagem utilizado e a filosofia da instituição.
Assim, “estar junto” significa criar condições que favoreçam um número crescente
de interações de toda natureza entre professor, alunos, conteúdos, ferramentas e demais
elementos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem em EAD, ultrapassando as
barreiras do ambiente virtual e englobando todos os espaços e todas as situações que sugiram
a constante construção reflexiva de conhecimento por meio do engajamento em projetos e
na resolução de problemas.
Esta abordagem sugere que tanto o professor quanto os alunos estejam envolvidos por
meio de recursos da rede, de forma a interagirem para solucionar dúvidas e se auxiliarem
mutuamente.
Esta abordagem é uma opção de alto custo se comparada com as duas abordagens
anteriores porque não é possível adotá-la para turmas numerosas. Além disso, é necessário
que o professor tenha à sua disposição uma equipe de suporte para o desenvolvimento de
materiais e para o auxílio no atendimento e no acompanhamento dos alunos ou dos grupos
de alunos. No entanto, trata-se de uma abordagem que possibilita a oferta de cursos de
alta qualidade e que promove possibilidades de desenvolvimento efetivo do aluno enquanto
profissional, cidadão e ser humano de uma maneira geral.
Considerações finais
A educação a distância pode assumir vários formatos e diversas aplicabilidades de acordo
com os objetivos propostos pelo curso oferecido, que tendem a coadunar com a filosofia da
instituição, os recursos tecnológicos disponíveis e o público que se pretende atender.
Assim, todas as abordagens podem apresentar prós e contras de acordo com o contexto
apresentado. Cabe à equipe educacional responsável avaliar os aspectos envolvidos nos
modelos disponíveis e optar por aquele que mais se adapta ao curso a ser desenvolvido.
Não há modelos perfeitos ou ideais. Faz-se sempre necessário trabalhar arduamente para
oferecer um curso que mais se aproxime do perfil desejado.
Referências
FAZENDA, I.; ALMEIDA, F.; VALENTE, J. A.; MORAES, M. C.; MASETTO, M. T.; ALONSO, M.
Interdisciplinaridade e novas tecnologias: formando professores. Campo Grande, MS: Editora
da UFMS, 1999.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários à Prática Educativa. 30. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2004.