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Semana 2
Com o surgimento da televisão na década de 50, nosso mundo teve suas fronteiras
expandidas e aquilo que parecia tão distante, como um terremoto no Japão, passou a
fazer parte do nosso cotidiano.
A televisão começou, então, a fascinar as pessoas que não mais precisavam sair de suas
salas para saber a previsão do tempo, o movimento do trânsito ou a cotação da bolsa de
valores. Constitui um conjunto interminável de “últimas notícias”, além, é claro, de
músicas, filmes, shows, novelas e diversas possibilidades de entretenimento.
A televisão aproxima-se, cada dia mais, do cotidiano dos indivíduos, passando a ser
considerada continuação do espaço de vida das pessoas.
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Para conhecer um pouco mais sobre a mídia audiovisual sugerimos a leitura do texto de
Márcia Leite, que em seu texto Mídia Audiovisual, aborda alguns interessantes aspectos
sobre a distinção entre o audiovisual como “meio ou recurso tecnológico” e o
audiovisual como “linguagem”, como forma diferenciada de expressão.
Durante a leitura, procure observar sugestões da autora sobre atividades que podem ser
utilizadas pelos tutores em situações presenciais ou a distância. Boa leitura!
Mídia Audiovisual
Mídia Audiovisual,
de Marcia Leite. Acesse o texto no ambiente virtual do curso.
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Com a expansão da mídia nos lares brasileiros, no final da década de 60, começaram a
surgir mobilizações no sentido de conjugar a educação com a televisão.
TV Educativa
A TV Cultura começou a operar em São Paulo no ano de 1969, por meio da Fundação
Padre Anchieta (veja texto na pág. 5). Mas foi na década seguinte que o cotidiano dos
brasileiros mudou. Nesse período, foi criado o Horário Nacional Educativo e o Projeto
Minerva: o primeiro, instituído pela Portaria 408 do Governo Federal, que estabelecia
obrigatoriedade, para as emissoras comerciais de rádio e de televisão, da apresentação
de uma Programação Educativa, com 30 minutos diários ou 75 minutos nos finais de
semana; e o segundo, criado pelo Ministério da Educação, Fundação Padre Anchieta e
Fundação Padre Landell de Moura que dava ênfase à Educação de Adultos.
O Projeto Minerva era transmitido por cerca de 1.200 emissoras de rádio e 63 emissoras
de televisão e visava preparar os alunos para os exames supletivos de capacitação
Ginasial e Madureza. Em pouco mais de um ano, o projeto atendeu a aproximadamente
17.200 alunos. Outra fundação que participou da Educação Brasileira e merece destaque
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é a Fundação Roberto Marinho (veja texto na pág. 6), que idealizou um projeto de
grande importância para a educação brasileira, o Telecurso 2º Grau (veja texto na pág.
6), lançado em 1978. Na elaboração dos programas utilizavam-se os recursos televisivos
e contavam com a participação de atores da televisão. Esses programas eram
acompanhados por fascículos que eram vendidos semanalmente em bancas de jornal e
revistas. No início, eram voltados à preparação de alunos para os exames oficiais do
Supletivo – o Madureza, correspondente ao colegial.
Vale destacar que, no ano de 1993, uma central de multimídia para produção de
materiais – programas de TV com apoio de materiais impressos para suporte ao ensino
municipal do Rio de Janeiro – recebeu o nome de Multirio. E ainda nesse mesmo ano
um decreto presidencial criou a Televia.
Na década de 90, as escolas passaram a ter certa autonomia para gerir os recursos e a
infra-estrutura, como a instalação de antenas parabólicas, aparelhos de TV e
computadores. Foi nesse período também que ocorreu o lançamento do programa Salto
para o Futuro (veja texto na pág. 7) com o objetivo de propiciar a atualização de
docentes das séries iniciais do 1º Grau por meio de programas de televisão, com núcleos
de recepção organizados em escolas, universidades e telepostos.
Mas foi no ano de 1995 que o Ministério da Educação (MEC) criou a Secretaria de
Educação a Distância e também o Programa TV Escola que entrou no ar no dia 4 de
março de 1996. A TV Escola foi criada com o objetivo de capacitar, atualizar,
aperfeiçoar e valorizar os professores da rede pública dos ensinos fundamental e médio.
Dentro da proposta do projeto as escolas públicas com mais de 100 alunos receberam
um aparelho de televisão, videocassete, antena parabólica e receptores para participar do
projeto.
Essas são as iniciativas que se utilizaram e ainda se utilizam da televisão como veículo
para a promoção do processo de aprendizagem, que evidenciam ser a TV um recurso
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Depois desta breve retrospectiva histórica sobre a televisão no Brasil e seu uso na
Educação, durante esta semana explore um canal educativo de TV e procure refletir
sobre os aspectos que mais lhe chamam a atenção na programação e porque se deu
destaque a esses aspectos.
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Atualmente a fundação conta com inúmeros projetos educativos entre os quais podemos
destacar: Aprendiz Legal, Caminhos das águas, Casa de Cultura, Canal Futura, entre outros.
Telecurso 2º Grau
O Telecurso teve início em 1978 a partir de uma parceria entre a Fundação Roberto
Marinho e a Fundação Padre Anchieta. Era um projeto pioneiro de teleducação, pois foi
a primeira vez que uma rede comercial de televisão foi utilizada para a elaboração e
execução de um projeto educativo.
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Um ponto a ser ressaltado sobre a TV é que ela também contribui para a eficácia de
comunicação dos meios eletrônicos por sua capacidade de combinação de imagens,
falas, música e escrita, com uma narrativa fluida.
"Educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado
com profundidade. Temos feito apenas adaptações, pequenas mudanças. Agora,
na escola, no trabalho e em casa, podemos aprender continuamente, de forma
flexível, reunidos numa sala ou distantes geograficamente, mas conectados por
meio de redes de televisão e da Internet. O presencial torna-se mais virtual, e a
educação a distância torna-se mais presencial. Os encontros em um mesmo
espaço físico combinam-se com os encontros virtuais, a distância, por meio da
Internet e da televisão. Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação
tradicional não nos servem mais. Por isso é importante experimentar algo novo
[...]" (p. 99)
Para Carneiro (2005), deve-se abordar a relação educação – televisão a partir de três
perspectivas:
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• Procure também outras fontes que tratem do tema Educação e Televisão e reflita
sobre as idéias do(s) autor(es) principais sobre o uso da televisão na
mediatização dos processos de ensino e aprendizagem.
• Até o momento, falamos em como usar a programação da televisão como
ferramenta de ensino e de aprendizagem, ou seja, apropriarmo-nos de programas
prontos, disponibilizados em um canal comercial ou educativo, para utilizá-lo de
forma pedagógica em nossos cursos.
• Na seqüência, falaremos da possibilidade de criarmos os nossos próprios
programas audiovisuais e, assim, conseguirmos determinar com mais clareza e
adequação a integração entre a mídia audiovisual e os objetivos educacionais
propostos na elaboração de um curso de EAD.
Ele aparece na Educação a Distância como uma ferramenta com potencial não apenas
para motivar os alunos ou ilustrar materiais, mas pode contribuir para o estabelecimento
de um ambiente interativo, no qual a problematização esteja presente, além de ser um
facilitador da apreensão, leitura crítica e ressignificada da informação.
Porém, para que isso ocorra de forma efetiva, a mediação pedagógica deve buscar a
promoção e o estabelecimento de contextos interativos, com conhecimentos
compartilhados e contextualizados.
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Segundo Moore e Kearsley (2007), o vídeo pode ser usado para divulgação de materiais
instrucionais e, especialmente, como estratégia para representar procedimentos, pois “
consegue mostrar uma seqüência de ações, closes, movimentos acelerados, perspectivas
múltiplas” (p.82).
Quando usamos o vídeo como ferramenta pedagógica, não podemos nos esquecer de
que ele se transforma em uma forma narrativa que tem efeito sobre os sujeitos. Daí a
importância de dar atenção aos conteúdos, à sua relevância, ao público–alvo, à
densidade das informações e à apresentação adequada.
Você já participou de alguma atividade de EAD em que foram utilizados o vídeo e a televisão?
Reflita sobre as contribuições e dificuldades que este uso trouxe para sua aprendizagem.
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A Linguagem audiovisual
“...a recepção é o lugar para se pensar num modelo de estudo de comunicação que passe
a conceber o receptor não como ser imobilizado e incapaz de ações reativas, mas como
um sujeito a partir do qual novas histórias e novas temporalidades são escritas, uma vez
que o momento atual abarca tradição e modernidade em níveis diferentes.”
TV na Internet: YouTube
O nome Youtube surgiu da junção das palavras em inglês you ( você) e tube (tubo),
utilizada para designar a Televisão. Fundado em fevereiro de 2005 e comprado pela
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O Youtube é um dos sites mais populares nesse gênero. Armazena filmes, vídeo-clipes,
matérias de filmagem caseira, vídeos educacionais e vídeo-aulas. Tem sido usado na
EAD como repositório de vídeos, possibilitando a incorporação de vídeos como links
em páginas de cursos pela Internet ou a indicação de endereços de vídeos em materiais
impressos.
Teleconferência
Observe o exemplo:
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A Produção Audiovisual
Se a opção for pela primeira hipótese, faz-se necessária a produção desse material, o que
demanda a composição de uma equipe multidisciplinar ou mesmo a contratação de uma
produtora de vídeos para levar a cabo o desenvolvimento de um vídeo de qualidade. Os
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vídeos domésticos, produzidos com câmeras não profissionais e por pessoal não
capacitado por resultar em um produto de baixa qualidade e de difícil visualização.
A seguir, apresentaremos uma visão geral sobre as etapas que compõe o processo de
produção de um produto audiovisual para a educação, de forma a propiciar aos
profissionais envolvidos elementos básicos sobre essa mídia.
1. Criação e Planejamento
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Nessa etapa, conforme orienta Franco (2003), deve ser preparada uma síntese do
projeto a ser desenvolvido, contendo os seguintes itens: título; objetivo de
aprendizagem; justificativa; relação com os outros recursos a serem utilizados;
tópicos a serem abordados; padrões de visualização (gravação em estúdio,
externas, animação, fontes dos caracteres, cores e fundos).
2. Roteirização
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3. Pré-produção
É uma etapa que requer grande esforço da equipe de produção, pois serão
escolhidos os entrevistados, suas roupas, o cenário, os locais onde as cenas serão
filmadas, o horário do estúdio etc.
4. Captação de Imagens
Por um lado, essa é a etapa mais complexa e com custo mais elevado, devido ao
número de profissionais envolvidos, duração e do uso de equipamentos. Por um
lado, é uma etapa bastante interessante, pois envolve criação e arte. A captação
de imagens demanda uma coordenação, que é exercida por um diretor,
responsável por toda a operação e também pelas atividades dos componentes da
equipe. Nem sempre o roteiro é seguido à risca ou na ordenação em que foi
escrito, o diretor possui certa liberdade para o improviso e também para decidir a
melhor maneira de fazer isso.
Ex: No roteiro temos uma cena inicial com o professor em sala de aula e na cena
5 um outro professor na mesma sala para minimizar custos e aumentar a
produtividade da equipe é importante gravar as duas juntas. No momento da
edição elas entrarão no lugar correto.
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5. Edição e Finalização
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br (Acesso em 31/10/2008)
Equipamentos
• Câmera de vídeo: atualmente, é melhor utilizarmos uma câmera digital, pois, assim, a
edição é mais rápida e barata;
• Equipamento de iluminação;
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• Aparelhagem de som.
• Diretor: transforma em realidade o que foi desenhado pelo roteirista, devendo ter uma
visão clara das várias seqüências para uni-las de forma harmônica;
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Televisão
Possibilidades Limitações
Vídeo
Possibilidades Limitações
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Referências Bibliográficas
BARRETO, Hugo. Aprendizagem por televisão. In: LITTO, Frederic M.; FORMIGA,
Marcos. Educação a Distância – O estado da Arte . Editora Pearson Education do
Brasil: São Paulo 2008. pp. 449 – 450.
FERRÉS, Joan. Video e Educação . Tradução Juan Acuña Llorens. Porto Alegre: Artes
Medicas, 1996.
FRANCO, Iara Melo. Vídeo, Videoconferência e Áudio. In: GIUSTA, Agnela da Silva;
FRANCO, Iara Melo (org). Educação a Distância: uma articulação entre a teoria e a
prática . Belo Horizonte: PUC Minas: PUC Minas Virtual, 2003.
MOORE, Michael G.; KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: uma visão integrada
. Thomson Learning: São Paulo, 2007.
Sites consultados:
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