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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA UFPel

Fundamentos da EAD

Capítulo 1: Panorama sobre a Educação a Distância


Thaís Philipsen Grützmann

1.1 Introdução

Caro aluno do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância (CLMD), qual a


necessidade de estudar sobre a Educação a Distância (EaD)? De que modo ela
contribuiu, contribui ou contribuirá com a educação de milhares de jovens e adultos
brasileiros, de norte a sul do país? Quais são os fatores relevantes a serem considerados
quando se fala nesta modalidade de ensino?
Pensando a EaD, ela é uma modalidade de ensino centenária no Brasil, porém
sua expansão vertiginosa ocorreu de forma significativa a partir do surgimento da
Internet e da World Wide Web (www). Com o avanço e o desenvolvimento da tecnologia
e a sua popularização foi possível criar, implantar e aperfeiçoar os cursos nesta
modalidade.
O CLMD, curso de formação inicial de professores no qual você ingressou, desde
2006 utiliza esta modalidade para proporcionar formação a centenas de pessoas da
Região Sul do país, vinculado ao Projeto Pró-Licenciatura Fase I e Fase II e a
Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Antes, a formação inicial a nível superior ficava restrita às pessoas que tinham
melhores condições financeiras e acesso às Instituições de Ensino Superior (IES). Porém,
hoje milhares de pessoas como você podem cursar uma graduação nos lugares mais
remotos do país, em instituições públicas ou privadas. Contudo, acompanhando a
expansão da EaD, surgem preocupações em torno de vários aspectos, desde questões
relacionadas a gestão do processo de ensino-aprendizagem, passando pela qualidade
desta modalidade de ensino até a formação necessária para atuar nos diferentes
programas disponibilizados atualmente no panorama educacional brasileiro.
Compreender a história da Educação a Distância é fundamental para você que optou
dedicar os próximos quatros anos estudando nessa modalidade de ensino.
A EaD é vista como uma modalidade de ensino na qual, durante a maior parte do
tempo (ou tempo integral), professores e alunos estão em locais distintos, durante o
processo de ensino e aprendizagem (MOORE; KEARSLEY, 2008). A partir do Decreto
5.622/2005, ela é caracterizada “como modalidade educacional na qual a mediação
didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de
meios e tecnologias de informação e comunicação” (BRASIL, 2005), de tal forma que
tanto estudantes como professores podem desenvolver suas atividades em lugares e/ou
tempos diferentes.
A trajetória da EaD é instigante, cheia de nuances, desde o período das cartas,
sucedido pelo rádio, pela televisão, pela comunicação via satélites, até chegar às

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tecnologias conhecidas recentemente. A internet proporciona hoje espaços de troca


simultâneos e síncronos a partir de ambientes virtuais, aplicativos e redes sociais,
propiciando a interação, em tempo real, de pessoas localizadas em diferentes espaços,
eliminando distâncias e qualquer tipo de barreira territorial. Na sequência você poderá
ler sobre a história da EaD mundial e no Brasil.

1.2 História da Educação a Distância

Você sabia que a origem da Educação a Distância é antiga? O início da história da


EaD no mundo aconteceu nos Estados Unidos, em 1728, quando Caleb Philips anunciou
aulas por correspondência. Uma referência mundial é a Open University, na Inglaterra, a
qual iniciou seus trabalhos em 1970 e tem hoje cerca de 160 mil alunos e, também, as
universidades abertas da Espanha e da Venezuela. Atualmente, os cinco continentes,
abrangendo mais de 80 países, utilizam a Educação a Distância em seus sistemas formais
e não formais de ensino (NUNES, 2009).

E como tudo começou aqui no nosso país? Você tem essa curiosidade?

No Brasil, a EaD começou através de cursos por correspondência, em 1904, com


a instalação das Escolas Internacionais no Rio de Janeiro. Em 1934 foi implantada a
Rádio-Escola por Edgard Roquete Pinto e em 1939, em São Paulo, é instituído o Instituto
Universal Brasileiro, que tem ampla divulgação a nível nacional. Em 1946 o SENAC
começou suas atividades, desenvolvendo a Universidade do Ar em São Paulo e no Rio de
Janeiro (ALVES, 2009). Já na década de 70 é organizado o Projeto Minerva e, também,
um programa de educação supletiva à distância para o 1º e 2º graus, pela Fundação
Roberto Marinho. Destacam-se ainda algumas emissoras, que após a criação da TV a
cabo, dedicam-se a programas de caráter educacional, como as TVs universitárias, o
Canal Futura e a TV Escola (GOUVÊA; OLIVEIRA, 2006).
Na década de 90, a partir da Lei 403/92, é criada a Universidade Aberta de
Brasília, com três focos de atuação, sendo: cursos que buscavam a ampliação do
conhecimento cultural, abertos ao público em geral, formação continuada e cursos de
nível superior, com graduação e pós-graduação. Surgem, na sequência, outras tantas
instituições que aderem ao ensino na modalidade a distância (GONZALEZ, 2005). Merece
destaque a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), primeira a implantar de forma
efetiva cursos de graduação na modalidade a distância e a Universidade Federal do Pará
(UFPA), primeira a receber do Conselho Nacional de Educação (CNE), em 1998, o
parecer oficial de credenciamento (ALVES, 2009).
Moore e Kearsley (2008), dentre outros autores, como Peters (2003), abordam
o contexto histórico da EaD dividindo-o em gerações. Você sabe quais são elas? Aqui
vamos apresentar as cinco gerações de EaD propostas por Moore e Kearsley (2008).

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1.2.1 Primeira geração: o estudo por correspondência

O início da Educação a Distância foi através dos cursos por correspondência,


enviados pelo correio, em 1880, quando os serviços postais se tornaram confiáveis e
acessíveis à população. As pessoas que almejavam qualificação e instrução poderiam, a
partir deste momento, obter auxílio de um professor a distância. Um nome importante
nesta geração é o de Willian Rainey Harper, que após ser nomeado o primeiro
presidente da University of Chigago, criou o primeiro programa formal de EaD, a nível
mundial, através de um programa por correspondência. Pode-se dizer que esta primeira
geração proporcionou o fundamento para a EaD de forma individualizada. A
denominação aprendizagem por correspondência se deve ao fato de ser o “processo de
mediação entre aluno e tutor ou professor ou instrutor ser realizado por meio de cartas”
(PALHARES, 2009, p. 48).

Figura 1: Cartas
Fonte: http://static.tumblr.com/stj3cga/GGam1b91i/tumblr_lk9x6v4ujv1qins25o1_500.jpg. Acesso em:
07 abr. 2015.

1.2.2 Segunda geração: transmissão por rádio e a televisão

O rádio surgiu como tecnologia no início do século passado. Em 1921 foi


autorizada a primeira emissora educacional via rádio, da University of Salt Lake City.
Contudo, essa tecnologia de divulgação da educação não atendeu às expectativas, seja
pelo interesse restrito dos docentes, seja pelo amadorismo daqueles que lidavam com a
tecnologia, pois como complementa Bianco (2009), se explorava pouco os recursos
próprios da linguagem radiofônica. Em 1934 estava em desenvolvimento a televisão
educativa, a qual teve expansão acentuada após a Segunda Guerra Mundial, obtendo
mais sucesso do que a rádio educativa em virtude de doações financeiras da Fundação
Ford. Nesta geração, a partir de 1952, está incluída também a televisão a cabo, que
proporcionou vinculação de programas educativos, chamados de telecursos. A segunda
geração, então, “teve pouca ou nenhuma interação de professores com alunos, exceto
quando relacionada a um curso por correspondência” (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 47),

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mas foi a geração que adicionou as dimensões oral e visual ao conteúdo repassado aos
estudantes.

Figura 2: Rádio
Fonte: http://wwwblogtche-auri.blogspot.com.br/2012/08/historia-do-radio.html. Acesso em: 07 abr.
2015.

1.2.3 Terceira geração: as universidades abertas

Esta geração caracteriza-se pela abordagem sistêmica da Educação a Distância.


Merece destaque o Projeto Mídia de Instrução Articulada, da University of Wisconsin,
financiado pela Carnegie Corporation, entre os anos de 1964 a 1968. Nesse projeto, a
ideia em relação aos alunos era de que usar uma variedade de mídias significava não
somente que o conteúdo poderia ser mais bem apresentado do que por qualquer mídia
isoladamente, mas também que pessoas com estilos de aprendizado diferentes
poderiam escolher a combinação específica que fosse mais adequada para suas
necessidades (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 35).
Outro fato importante é a criação da Universidade Aberta do Reino Unido, em
1969, sendo a primeira Universidade Nacional de Educação a Distância, totalmente
autônoma, com controle sobre seus recursos financeiros, corpo docente e com
autorização para a emissão de seus diplomas.

Figura 3: University of Wisconsin


Fonte: http://micefa.org/?portfolio=university-of-wisconsin-madison. Acesso em: 07 abr. 2015.

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1.2.4 Quarta geração: teleconferência

A teleconferência surgiu nos Estados Unidos a partir de 1980, pensando a


Educação a Distância para um grupo de pessoas. Assim, a EaD aproximou-se da
educação tradicional nas escolas, onde esta é oferecida em classes de estudantes. A
primeira forma de teleconferência foi a audioconferência, a qual “permitia ao aluno dar
uma resposta, e aos instrutores, interagir com os alunos em tempo real e em locais
diferentes” (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 40). Junto a esta geração encontra-se a
transmissão por satélite, onde o primeiro satélite foi o Early Bird, e a videoconferência
interativa. A também, nas décadas de 80 e 90, a televisão comercial, onde o foco era o
treinamento de corporações e educação continuada a uma variada gama de profissionais
liberais. E, ao final da década de 90, já era possível realizar uma videoconferência bi-
direcional, ou seja, os alunos podiam ver e ouvir os professores e podiam, então,
responder por áudio, apresentando também suas dúvidas sobre o tema em discussão.

Figura 4: Satélite
Fonte: http://www.jcoppens.com/sat/tech/img/tiros.jpg. Acesso em: 07 abr. 2015.

1.2.5 Quinta geração: internet e web

Esta é a geração atual, de acordo com o posicionamento de Moore e Kearsley


(2008). As aulas são virtuais, utilizando o computador e a internet como ferramentas de
apoio. Em 1971 a Intel inventou o microprocessador e em 1975 foi projetado o primeiro
computador pessoal, conhecido como Altair 8800.
Atualmente, é perceptível a possibilidade de aquisição de computadores
pessoais, especialmente pela variedade de modelos e valores, se comparados aos
primeiros computadores, oportunizando conexão à rede a milhares de pessoas.
O surgimento da rede mundial de computadores foi essencial para a expansão
exponencial que teve a EaD. O fato de se ter acesso a milhões de documentos disponíveis
em diferentes lugares do planeta oportunizou o crescimento dos cursos na modalidade a
distância. Desta forma, esta geração das classes virtuais baseadas na internet, resultou
em “interesse e atividade em escala mundial pela educação à distância, com métodos
construtivistas de aprendizado em colaboração, e na convergência entre texto, áudio e
vídeo em uma única plataforma de comunicação” (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 48).
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Aqui no CLMD nós utilizamos o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)


Moodle como plataforma de ensino-aprendizagem, conforme vamos detalhar no
Capítulo 4.

Figura 5: A internet
Fonte: http://jornalggn.com.br/sites/default/files/capa/destaques-secundarios/internet_1.jpg. Acesso
em: 07 abr. 2015.

Vamos resumir para facilitar?

Tabela 1: As gerações da EaD


Tecnologia e mídia Objetivos
Característica Métodos pedagógicos
utilizadas pedagógicos
Atingir alunos
desfavorecidos Guias de estudo, auto-
1ª geração
Imprensa e Correios. socialmente, avaliação, material
1880
especialmente as entregue nas residências.
mulheres.

Programas
teletransmitidos e pacotes
Apresentação de
2ª geração didáticos (todo o material
Difusão de rádio e TV informações aos
1921 referente ao curso é
alunos, a distância.
entregue ao aluno pelos
correios ou pessoalmente).

Oferecer ensino de
Orientação face a face,
3ª geração Universidades qualidade com custo
quando ocorrem encontros
1970 Abertas. reduzido para alunos
presenciais.
não universitários.

Direcionado a
Teleconferências por pessoas que Interação em tempo real de
4ª geração
áudio, vídeo e aprendem sozinhas, aluno com aluno e
1980
computador. geralmente instrutores a distância
estudando em casa

Alunos planejam,
Aulas virtuais Métodos
organizam e
5ª geração baseadas no CONSTRUTIVISTAS de
implementam seus
2000 computador e na aprendizado em
estudos por si
internet. colaboração.
mesmos.

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Continua...

Característica Formas de
Tutoria Interatividade
comunicação
1ª geração Correios e Instrução por Aluno/material didático
1880 correspondência. correspondência. escrito.

Rádio, TV e outros Atendimento


recursos didáticos, esporádico, Pouca ou nenhuma
2ª geração
como: caderno dependendo de interação
1921
didático, apostilas, contatos telefônicos, professor/aluno.
fita K-7. quando possível.

Guia de estudo impresso,


Suporte e orientação orientação por
ao aluno. Discussão correspondência,
Integração áudio e em grupo de estudo transmissão por rádio e
3ª geração
vídeo e local e uso de TV, AUDIOTEIPES
1970
correspondência laboratórios da gravados, conferências
universidade nas por telefone, kits para
férias. experiências em casa e
biblioteca local.

Atendimento
Recepção de lições
Síncrono ou Comunicação síncrona e
4ª geração veiculadas por
Assíncrono, assíncrona com o tutor,
1980 rádio ou televisão e
dependendo de professor e colegas.
audioconferência
contatos eletrônicos.

Atendimento regular Interação em tempo real


5ª geração Síncrona e por um tutor, em ou não, com o professor
2000 assíncrona. determinado local e do curso e com os colegas
horário de curso.
Fonte: GOMES, 2009.

Com o desenvolvimento da EaD, geração após geração, as novas tecnologias


acabam incorporando as anteriores, ou seja, os diferentes recursos disponíveis se
complementam (DIAS; LEITE, 2010). Porém, em lugares de difícil acesso, onde a conexão
com a internet é ruim ou inexistente, as primeiras tecnologias, como material impresso,
rádio, TV ou transmissão das aulas via satélite, ainda são os recursos mais utilizados nos
processos de ensino-aprendizagem.
Você percebeu que a história da EaD é grandiosa e o que se pode explorar mais
sobre o assunto? Na sequência vamos apresentar a você a Universidade Aberta do Brasil,
programa do governo federal do qual o CLMD faz parte atualmente e no qual você está
vinculado como acadêmico.

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1.3 A Universidade Aberta do Brasil e o CLMD

A Universidade Aberta do Brasil1 (UAB) é um sistema criado pelo Ministério da


Educação (MEC), o qual é integrado por Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES).
O objetivo da UAB é oferecer à população com dificuldade de acesso aos campi regulares
a formação universitária por meio da utilização da modalidade da Educação a Distância.
A criação deste programa ocorreu em 2005, numa parceria entre o Ministério da
Educação, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (ANDIFES) e Empresas Estatais, no âmbito do Fórum das Estatais pela
Educação com foco nas Políticas e a Gestão da Educação Superior.
O Sistema UAB é uma política pública para a expansão da educação superior de
acordo com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), onde havia a articulação
entre a Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC), atualmente extinta, e a
Diretoria de Educação a Distância (DED/CAPES).
O público alvo da UAB são os professores que já atuam na educação básica e não
tem a formação inicial, e também os dirigentes, gestores e trabalhadores da rede básica
de ensino dos municípios, estados e Distrito Federal além de estudantes oriundos
diretamente do Ensino Médio. Desta forma, a EaD contribui para atender a demanda de
formação e capacitação de milhares de docentes para a educação básica (MOTA, 2009).
A UAB foi instituída pelo Decreto n.º 5.800, de 09 de junho de 2006, cujo artigo
primeiro apresenta os objetivos propostos pelo Sistema:

Art. 1o Fica instituído o Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB, voltado


para o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a
finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de
educação superior no País.
Parágrafo único. São objetivos do Sistema UAB:
I - oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e
continuada de professores da educação básica;
II - oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores e
trabalhadores em educação básica dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
III - oferecer cursos superiores nas diferentes áreas do conhecimento;
IV - ampliar o acesso à educação superior pública;
V - reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as diferentes
regiões do País;
VI - estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a distância; e
VII - fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de educação
a distância, bem como a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino
superior apoiadas em tecnologias de informação e comunicação (BRASIL,
2006).

1 Texto adaptado de http://uab.capes.gov.br/index.php. Acesso em: 02 jul. 2012.


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De tal modo que a UAB, mediante os objetivos definidos, busca uma articulação,
interação e efetivação de iniciativas e projetos que incitam a parceria entre os níveis de
governo federal, estadual e municipal em conjunto com as IPES e outras organizações
interessadas. Além disso, propicia mecanismos alternativos para o fomento, a
implantação e a execução de cursos de graduação e pós-graduação de forma
consorciada.
O funcionamento do Sistema UAB acontece mediante a articulação dos três
níveis de governo, buscando atender a demanda por educação superior das localidades.
A IPES vai oferecer cursos na cidade ou microrregião, sendo a responsável pelas aulas a
serem ministradas nos polos de apoio presencial (DIAS; LEITE, 2010). A Figura a seguir
representa a articulação descrita.

Figura 6: Funcionamento do Sistema UAB


Fonte: http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7:como-funciona-
&catid=6:sobre&Itemid=19. Acesso em: 02 jul. 2012.

De acordo com a proposta do sistema, a UAB sustenta-se em cinco eixos


fundamentais2:
 expansão pública da educação superior, considerando os processos de
democratização e acesso;
 aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior,
possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos
estados e municípios;

2 Disponível em: <http://uab.capes.gov.br/index.php>. Acesso em: 29 maio 2011.


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 avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de


flexibilização e regulação implantados pelo MEC;
 estímulo à investigação em educação superior a distância no País;
 financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos
humanos em educação superior a distância.

E como está definido o polo de apoio presencial, o qual você frequentará pelos
próximos anos? O polo de apoio presencial, fundamental nas ofertas dos cursos em EaD,
é definido no Artigo 12, X, c, do Decreto n.º 5.622/2005 como “a unidade operacional, no
País ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e
administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância” (BRASIL, 2005).
A obrigatoriedade dos encontros presenciais, conforme a legislação, acontece para a
realização das avaliações, Estágios Curriculares Supervisionados e defesa do Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), de acordo com a especificidade de cada curso (DEL PINO;
GRÜTZMANN; PALAU, 2011). Os encontros semanais são definidos conforme a
organização pedagógica de cada curso. Lembre-se: no CLMD você terá até dois encontros
semanais!
Para o funcionamento dos cursos pela UAB são lançados editais. O primeiro
edital, chamado de UAB1, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 20 de
dezembro de 2005, o qual permitiu a concretização do Sistema Universidade Aberta do
Brasil através “da seleção para integração e articulação das propostas de cursos,
apresentadas exclusivamente por instituições federais de ensino superior, e as
propostas de polos de apoio presencial, apresentadas por estados e municípios3”. Já em
18 de outubro de 2006 foi publicado no DOU o segundo edital, denominado UAB2,
permitindo agora a participação de todas as instituições públicas, federais, estaduais e
municipais.
E qual a participação do CLMD dentro do Programa Universidade Aberta do
Brasil? Em quais polos está atuando ou já atuou? O CLMD já estava atuando junto a três
polos, pelo Projeto Pró-Licenciatura Fase I. Os professores do curso decidiram, então,
participar destes dois editais, expandindo a oferta de turmas para outras cidades do
Estado e da Região Sul. Na UAB 1 ingressaram oito polos presenciais, totalizando 400
alunos, sendo 50 vagas em cada. As cidades contempladas foram Arroio dos Ratos,
Camargo, Cachoeira do Sul, Herval, Restinga Sêca, São Francisco de Paula, Seberi e
Videira/SC. Já na UAB 2 ingressaram mais sete polos, com o mesmo número de vagas,
totalizando 350 novos alunos, nas cidades de Balneário Pinhal, Cruz Alta, Ibaiti/PR,
Itaqui, Jaquirana, Santa Vitória do Palmar e Santana da Boa Vista.
Mesmo não sendo UAB, é importante salientar que em 2008/2 o curso também
foi ofertado em cinco municípios pelo Projeto Pró-Licenciatura Fase II, com 25 vagas em
cada um. As cidades contempladas foram Caçapava do Sul, Camaquã, Rosário do Sul,
Santana da Boa Vista e São José do Norte. Este fato levou o CLMD a expandir de forma

3 Disponível em: <http://uab.capes.gov.br/index.php>. Acesso em: 29 maio 2011.


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vertiginosa o seu número de alunos, passando de 120 no início de 2006 para


aproximadamente 950 alunos no segundo semestre de 2008.
Em 2010 o CLMD ofereceu o curso para 22 polos4, todos no RS, denominada de
UAB3, sendo 12 polos novos e 10 polos já existentes, os quais receberam a segunda
turma, totalizando aproximadamente 1.000 novos alunos. Esses começaram as
atividades acadêmicas em 2011/1.
No segundo semestre letivo de 2012 ingressaram quatro novas turmas, por nós
denominada UAB4, nos polos de Arroio dos Ratos, Novo Hamburgo, Panambi e Três
Passos, onde o curso já está atuando. Em cada turma foram disponibilizadas 50 vagas.
Este ingresso está vinculado ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação
Básica (PARFOR), o qual visa induzir e fomentar a oferta emergencial de vagas em
cursos de educação superior, gratuitos e de qualidade, nas modalidades presencial e a
distância, para professores em exercício na rede pública de educação básica, a fim de
que estes profissionais além de obterem a formação exigida pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB, contribuam para a melhoria da qualidade da
educação básica5.
Com o Ofício Circular n° 018/2014 da DED6/CAPES, de 03 de outubro é feita
uma chamada aos cursos para a apresentação de projetos de cursos reformulados. A
partir do retorno do CLMD para o IFM vinha-se conversando sobre essa necessária
reformulação, retornando o currículo ao modo disciplinar, semelhante ao dos cursos
presenciais de Licenciatura em Matemática, porém conservando as especificidades da
EaD. Após aprovação em todas as instâncias internas da UFPel o novo Projeto
Pedagógico do CLMD foi submetido a CAPES, o qual foi aceito.
Em 18 de dezembro de 2014 foi lançado o Edital 75/2014 da CAPES/MEC, onde
o CLMD propôs uma nova articulação, e agora, você faz parte de uma das turmas da
UAB5, ingressantes de 2016/2, com este novo currículo disciplinar. Neste novo grupo
foram contemplados 6 polos, sendo Cachoeira do Sul, Novo Hamburgo, Restinga Seca,
São Lourenço do Sul, Sapiranga e Sapucaia do Sul.
No panorama geral o CLMD esteve ou está atuando em 34 polos, sendo 1 em
Santa Catarina, 1 no Paraná e os demais no Rio Grande do Sul, totalizando 55 turmas
ofertadas, conforme a figura a seguir.

4 Cidades contempladas: Arroio dos Ratos, Balneário Pinhal, Cacequi, Cachoeira do Sul, Camargo,
Constantina, Cruz Alta, Herval, Itaqui, Novo Hamburgo, Panambi, Picada Café, Quaraí, Rosário do Sul,
Santana da Boa Vista, São Francisco de Paula, São Lourenço do Sul, São Sepé, Sapiranga, Sapucaia do Sul,
Serafina Corrêa e Três Passos.
5 Disponível em: <http://freire.mec.gov.br/index/principal>. Acesso em: 02 jul. 2012.
6 DED – Diretoria de Educação a Distância.

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Figura 7: Mapa do CLMD


Fonte: Equipe de TI da UFPel/UAB

O Sistema da UAB vincula diferentes profissionais para atuar nas instituições e


nos cursos, sendo as funções remuneradas a partir de bolsas da CAPES. As funções são
de Coordenador e Coordenador Adjunto UAB, referentes à instituição como um todo.
Existe ainda o Coordenador de Curso e o Coordenador de Tutoria, o Professor
Pesquisador, o Tutor7 e o Coordenador de Polo. As atribuições gerais de cada uma das
funções citadas estão disponíveis no Anexo I da Resolução 26, de 05 de junho de 2009 e
na Resolução 8, de 30 de abril de 2010.
Conhecida a parte histórica da Educação a Distância e o Sistema Universidade
Aberta do Brasil, no próximo tópico vamos ver qual a relação da Universidade Federal
de Pelotas, da qual você é estudante hoje e a Educação a Distância. Como tudo começou?

7 Para as bolsas da UAB não existe distinção entre o tutor presencial e o tutor a distância.
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1.4 A Universidade Federal de Pelotas inserida na EaD a partir do


CLMD

Para contextualizar, a Universidade Federal de Pelotas foi fundada oficialmente


em 08 de agosto de 1969, regida pelo Decreto-Lei n.º 750 que prevê a transformação da
Universidade Federal Rural do RS em Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do
Decreto-Lei n.º 65.881/1969 que aprova o seu Estatuto de Fundação (BIERHALZ, 2012).
No decorrer deste período a UFPel expandiu e continua a expandir. Possui
diferentes campi espalhados pelo centro e bairros de Pelotas, além do Campus do Capão
do Leão (cidade vizinha). Em 21 de outubro de 2010, a reitoria e mais três cursos
começaram a funcionar no novo Campus Porto 8 , numa proposta de trazer a
administração para o centro da cidade, em função do pleno desenvolvimento da
instituição.
A UFPel hoje está dividida em Centros, Escolas, Faculdades e Institutos, onde os
cursos são lotados. O CLMD está atualmente lotado no Instituto de Física e Matemática
(IFM), onde o mesmo foi criado. Além do CLMD temos na instituição o Curso de
Licenciatura em Matemática (Diurno), CLM, e o Curso de Licenciatura em Matemática
Noturno, CLMN. O CLM funciona no Campus do Capão do Leão, sede do Instituto de
Física e Matemática. O CLMN e o CLMD estão atuando no Campus Anglo, 3° andar, junto
a sede da Reitoria.

Figura 8: Campus Anglo


Fonte: http://ccs.ufpel.edu.br/wp/wp-content/uploads/2013/01/jornal-ufpel_dezembro-2012_ed-
0311.pdf. Acesso em: 09 jan. 2013.

Porém, nem sempre o CLMD esteve no IFM? Vamos ver?

8Disponível em: <http://ccs.ufpel.edu.br/wp/2010/10/26/confira-os-discursos-na-inauguracao-da-


reitoria-e-de-tres-faculdades-no-campus-porto/>. Acesso em: 09 jan. 2013.
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O Curso de Licenciatura em Matemática a Distância (CLMD) foi o pioneiro na


UFPel nesta modalidade de ensino quando falamos de formação inicial. A necessidade de
expansão do número de vagas da Universidade Federal de Pelotas em cursos de
graduação, a falta de professores de Matemática na região ou professores com formação
qualificada para atuar na área e as propostas do governo para criação de cursos na
modalidade a distância despertaram o interesse de um grupo de professores da
instituição, os quais aceitaram o desafio de criar um curso que atendesse as demandas
citadas.
Em 2002 esses docentes decidiram criar o Curso de Licenciatura em Matemática
a Distância, vinculado ao Instituto de Física e Matemática (IFM), o qual atenderia
inicialmente uma demanda local, em cidades próximas a sede da instituição. O projeto
foi elaborado para a oferta e o credenciamento do curso junto ao MEC. No Parecer
CNE/CES n.º 357/2004 consta que

Em 6 de setembro de 2002, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel)


protocolizou o processo nº 23000.013351/2002-56 Registro no Sistema de
Acompanhamento de Processos das Instituições de Ensino Superior (SAPIEnS)
nº 143399 junto ao Ministério da Educação solicitando seu credenciamento
institucional para a oferta de cursos superiores a distância, e autorização do
curso de graduação em Matemática – licenciatura a distância (BRASIL, 2004).

No ano seguinte, em 2003, a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC)


designou uma comissão de verificação, por meio do despacho DEPES n.º 419/2003a.
Assim, a UFPel recebeu uma visita desta comissão do MEC, que após análise da
infraestrutura da instituição para a oferta de cursos a distância e do projeto
apresentado, fez algumas recomendações para seu credenciamento, as quais foram
prontamente atendidas.
Em sessão do Conselho Universitário da UFPel, em 28 de abril de 2004, após
deliberação, conforme Ata n.º 01/2004, a proposta do curso foi aprovada. A instituição
criou o Curso de Licenciatura em Matemática a Distância9, vinculado ao IFM, com
professores atuantes nas áreas de Matemática, Física e Educação, sendo estes últimos
vinculados a Faculdade de Educação (FaE), oriundos dos Departamentos de Ensino e de
Fundamentos da Educação.
Conforme o parecer CNE/CES n.º 357, de 8 de dezembro de 2004, a UFPel
conseguiu seu credenciamento pelo prazo de cinco anos para ofertas de cursos na
modalidade a distância. A aprovação foi oficializada por meio da Portaria n.º 4.420 do
MEC, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 04 de janeiro de 2005 (BIERHALZ,
2012).
No final de 2005, então, três cidades da região sul do RS, Canguçu, Jaguarão e
Turuçu, receberam os candidatos para o processo seletivo. No início de 2006, os 120
alunos aprovados, sendo 40 em cada polo, iniciaram suas atividades, pelo Projeto Pró-
Licenciatura Fase I (Pró-Lic I) cujo objetivo era melhorar a qualidade de ensino na

9 Publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 08 de julho de 2004.


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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA UFPel
Fundamentos da EAD

educação básica por meio de formação inicial consistente e contextualizada do professor


em sua área de atuação. O programa tomou como ponto de partida a ação do professor
na escola em que desenvolvia seu trabalho, de forma que sua experiência do dia a dia
servisse de instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica. O CLMD, vinculado ao
IFM, tinha o seu currículo inicialmente disciplinar, semelhante ao curso presencial,
totalizando oito semestres.
Em 2008, o CLMD começa a ofertar vagas pelo Sistema Universidade Aberta do
Brasil (UAB) e ainda em 2008/2, cinco turmas ingressaram no curso pelo Projeto Pró-
Licenciatura Fase II (Pró-Lic II). Neste ingresso, o curso foi ofertado para os professores
que já estavam atuando na Educação Básica, ensino fundamental ou médio, e não tinham
a formação necessária, conforme apresentado na seção 1.3 do capítulo 1.
No ano de 2011 o CLMD passou por uma relocação, o qual, por meio da
Portaria n.º 130, de 24 de janeiro de 2011, foi transferido de sua unidade de origem, o
10

IFM, para o Centro de Educação a Distância, o CEAD, criado em 27 de abril de 2010 pela
Portaria n.º 432, onde já estavam lotados os cursos de Licenciatura em Pedagogia a
Distância, Licenciatura em Espanhol a Distância e Licenciatura em Educação do Campo a
Distância. Após essa transferência houve também uma reestruturação curricular, sendo
o novo currículo aprovado pelo COCEPE11 da UFPel em 30 de junho de 2011.
Este novo currículo é constituído por oito eixos12 temáticos semestrais, sem pré-
requisitos e sequência pré-definida. Cada eixo temático tem um total de 225 horas para
cumprimento dos quatro conhecimentos necessário para formação inicial do professor
de matemática da educação básica e 50 horas para prática como componente curricular.
A partir da segunda metade do curso, além das 275 horas já descritas, o acadêmico
deverá realizar 100 horas de Estágio Curricular Supervisionado por semestre, de caráter
obrigatório, e, ao final do curso, apresentar o cumprimento de 200 horas de formação
complementar, conforme Resolução CNE/CP 2 (BRASIL, 2002).
Em 2014, após várias discussões em diferentes instâncias da UFPel, o COCEPE
resolve extinguir a unidade acadêmica Centro de Educação a Distância, por meio da
Resolução N° 3, de 08 de abril. A partir dessa extinção o CLMD retorna para o Instituto
de Física e Matemática.
Após retornar para o IFM, o CLMD, com nova coordenação, começou uma
discussão pedagógica com os professores sobre o currículo do CLMD e, após estudos do
Núcleo Docente Estruturante e do Colegiado, reestruturou o mesmo de forma
disciplinar, como era no início, buscando uma aproximação com os cursos presenciais,
porém mantendo as especificidades da EaD. Este currículo foi submetido de acordo com
o Ofício Circular nº 18/2014 – DED/CAPES e foi aceito, sendo oferecido para as novas
turmas a partir de 2015. Esse é o currículo vigente, o qual você estará cursando nos
próximos semestres.

10 Portaria n.º 130. Disponível em: <http://reitoria.ufpel.edu.br/portarias/arquivos/0130_ 2011.pdf>.


11 COCEPE – Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.
12 Os oitos eixos temáticos são: Álgebra Funcional, Geometrias: Espaço e Forma, Geometrias: Tratamento

Analítico, Ideias da Álgebra, Modelagem, Números, Relações Numéricas e Tratamento da Informação.


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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA UFPel
Fundamentos da EAD

Assim, neste primeiro capítulo você teve a oportunidade de conhecer um pouco


sobre a Educação a Distância, modalidade de ensino já centenária e em plena expansão.
Ainda, conheceu o Sistema Universidade Aberta do Brasil, o Curso de Licenciatura em
Matemática a Distância e a Universidade Federal de Pelotas. No próximo capítulo
veremos quem são os sujeitos da EaD.

Bons estudos!

Atividades do Capítulo 1

1. Quais são os projetos que o CLMD esteve ou está vinculado?

2. O que está escrito no Artigo 1° do Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005?

3. Quais são as cinco gerações da EaD apresentadas por Moore e Kearsley (2008)?

4. Faça uma descrição das principais características sobre cada uma das gerações da EaD
apresentadas por Moore e Kearsley (2008). Busque outras fontes de consulta, se
necessário.

5. Qual o decreto que instituiu o Sistema Universidade Aberta do Brasil?

6. Enumere pelo menos dois objetivos do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

7. Cite pelo menos dez polos do RS onde o CLMD esteve ou está atuando.

Estamos
conectados!

Figura 9: Conectados13

13Fonte: http://www.bandalarga.net/index.php?option=com_content&view=article&id=117: internet-via-


satelite-vsat-perguntas-frequ... Acesso em: 07 abr. 2015.
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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA UFPel
Fundamentos da EAD

Referências

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BIERHALZ, Crisna Daniela Krause. Curso de Licenciatura em Matemática a Distância:


o entrelaçar dos fios na (re)construção do ser professor. 2012. 180f. Tese (Doutorado
em Educação) – Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre.

BRASIL. Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002. Disponível em:


<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2012.

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<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2004/pces357_04.pdf>. Acesso em: 02 jul.
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