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Matriz de atividade individual

Curso: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


Polo: TIMBIRAS/MA
Disciplina: INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Tutor: CLAUDIA

Atividade: ATIVIDADE II
Aluna: PATRÍCIA DA CONCEIÇÃO BERNARDO DA SILVA
Enunciado: Estudamos que segundo Moore & Kearsley a EaD teve cinco
gerações. Elabore um texto abordando estas cinco gerações.

Michael Moore e Greg Kearsley (2007), apresentam a evolução histórica ao


longo de várias gerações de EAD, correlacionando as fases do ensino a
distância com a tecnologia e os métodos de ensino praticados pelas
instituições de ensino. Os autores definem ainda o princípio da EAD que
consideram o apogeu das correspondências até o uso da internet nos dias
atuais.

A EAD tem seu inicio com a criação da imprensa, por volta do século XV onde
os livros, antes muito caros por serem escritos a mão, puderam chegar mais
fácil nas mãos dos estudantes, muitos deles distantes dos centros urbanos
que concentravam as principais escolas e universidades. Porem a experiência
de ter um curso regular, sem a presença física do mestre, só foi relatada muito
tempo depois, nos Estados Unidos, no século XVIII. Segundo Hermida (2006),
com o surgimento do livro impresso houve o início do processo de
alfabetização de grandes camadas da população, porém coloca que alguns
autores divergem do inicio da EAD, colocando o envio através da via postal de
livros e apostilas como o momento inicial do ensino a distancia.

Segundo FARIA (2010), a Educação a Distância passou por algumas fases,

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também chamada de gerações, em que a primeira experiência ocorreu a partir
de 1728. Essa foi considerada como a primeira geração da EaD, com forte
característica no estudo por correspondência.

De acordo com Bueno et all (2011), a EAD passou por cinco gerações, sendo
a primeira geração caracterizada pelo uso da correspondência; a segunda
geração através da televisão e do rádio; a terceira geração foi caracterizada
por uma nova modalidade de organização de sistemas educativos em
universidades abertas; a quarta geração iniciou o uso de videoconferências
que eram transmitidos por telefone, satélite, cabos e redes de computadores; e
agora a geração atual que tem o uso das tecnologias e internet, para o ensino
aprendizagem de seus usuários.

Com o passar dos anos a educação a distância vem adaptando-se aos novos
meios de comunicação e tecnológicos oferecidos, oferecendo assim, um
acesso viável e de qualidade para os alunos. As formas de ensinar e estudar a
distância foram se modificando ao longo dessas gerações.

A primeira geração, também chamada de “geração textual” (GOMES, 2011),


vem trazendo o contato com textos escritos pelos alunos e enviados pelo
correio e recebiam de volta as instruções e novas tarefas a serem realizadas e
conteúdos a serem estudados (Bueno; et al, 2011).

Nesta primeira geração os alunos são auxiliados por correspondência e


interagem através de material didático impresso. Segundo Rumble (2000) O
termo educação por correspondência descrevia essa fase precisamente, pois
eram típicos desse período as escolas e faculdades por correspondência
comercial.

As mulheres foram beneficiadas com esta primeira geração, já que nesta


época era negado a entrada delas em instituições de ensino, sendo assim a
utilização da tecnologia do sistema postal facilitou a entrada de várias
pessoas num curso superior de qualidade. Segundo Bueno et all, (2011), a

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utilização de tecnologia utilizando o sistema postal pôde proporcionar
oportunidades de aprendizado as pessoas que não tinham acesso ao ensino
sistematizado, principalmente as mulheres.

A primeira geração utilizava-se da imprensa e correios, como forma de mídia,


para divulgação da educação a distância e tinham como objetivos atingir as
pessoas sem condições financeiras de cursar uma universidade em especial
as mulheres dessa época, porque os alunos recebiam seus matérias didáticos
em casa e assim concluíam um curso superior.

A segunda geração, foi chamada de “geração analógica” (GOMES, 2011), tem


como aliados o uso do rádio e da televisão e como auxílio cadernos didáticos,
apostilas, fita K-7. Neste caso, o texto didático começa a ter diferentes
“roupagens” audiovisuais (ALONSO, 1999). Esta segunda geração começa
com a chegada do rádio, isso entusiasmou professores e alunos que podiam
ter um recurso a mais para a aprendizagem.

Nesta geração da EAD, os alunos tem um auxílio de um atendimento


esporádico, dependendo de contatos telefônicos, sempre que possível. Alunos
e professores tinham pouca ou nenhuma interação, gerando assim uma
dificuldade de diálogos imediatos ( GOMES, 201).

Podemos concluir que nessa geração o rádio e a televisão foram aliados da


EAD, pois serviam como um instrumento pedagógico que levavam
informações aos alunos a distância. Todo material correspondente ao curso
seria entregue ao aluno pelos correios ou pessoalmente.

Na terceira geração da EAD, também chamada de” geração digital”(GOMES,


2011), a base seria a difusão dos computadores e as primeiras tentativas de
criação de redes de pesquisa(ALONSO, 1999) .Essa tras um período de
muitas mudanças, trazendo um modelo de teleaprendizagem da educação a
distância. O marco histórico do momento foi o surgimento das universidades
abertas que viabilizaram a estrutura básica para a implantação do estudo

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totalmente a distância nas universidades. (Bueno; et al, 2011)

Os alunos nesta geração tinham o auxílio da vídeo e áudio correspondência,


tem momentos de discussão com o grupo nas universidades e desfrutam de
laboratórios. Há uma interação através de guias de estudos, orientações por
correspondências e bibliotecas locais. (GOMES, 2011)

Assim, concluímos que a terceira geração da educação a distância, usavam as


universidades abertas, tinham como forma de comunicação os áudios e vídeos
conferências. E o objetivo era oferecer um ensino de qualidade as pessoas
que não tinham condições de pagar uma universidade, conseguindo assim que
muitas pessoas concluíssem o curso superior. Os alunos dessa geração
tinham orientações em grupos de estudos, com orientações face a face e
interagiam com as orientações por correspondências através de rádio e TV.

A quarta geração da EAD, se utilizou da teleconferência por áudio, vídeo e


computador, isso oportunizou a primeira ação interativa em tempo real de
alunos e instrutores a distância (Bueno; et al, 2011). Uma fase direcionada às
pessoas aprenderem sozinhas, geralmente em casa, com interação em tempo
real entre os estudantes e os facilitadores.

Nesta fase já se permitia o debate em tempo real, através da tecnologia, não


só entre aluno e professor, mas vários estudantes mantendo comunicação e
debates sobre os temas propostos.

Na quinta geração da EAD, é a fase mais que permite a diminuição da


distância que ainda existia entre os tutores, professores e estudantes. Aulas e
debates em tempo real, com a utilização de bases virtuais, onde existe uma
enorme interação entre todos. São utilizados métodos de ensino
construtivistas e o aprendizado existe em colaboração. Além disso, existe o
atendimento regular por parte do tutor.

A EAD pode proporcionar educação aos segmentos da população que não

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conseguem participar do sistema tradicional de ensino, como as donas de
casa por exemplo. Estas trabalhadoras não podem se ausentar de suas
residências e deixar crianças e outras obrigações familiares para frequentarem
cursos totalmente presencias que requerem frequência obrigatória (FREITAS,
2005). A EAD está crescendo exponencialmente devido ao surgimento da
sociedade baseada em informação e da explosão do conhecimento. A
sociedade demanda cada vez mais novas habilidades e conhecimentos por
parte da força produtiva, e a oferta de educação na modalidade à distância
pode contribuir para atender às demandas educacionais urgentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO, K.M., Novas Tecnologias e formação de professores: um intento de


compreensão. Reunião anual da Anped, Caxambu, 1999. Disponível em:
<http://www.>. Acesso em: 15/08/2012.

BUENO, J.L.P; et all. A relação histórica da educação a distância com a inclusão


social e o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação - Revista
Práxis Pedagógica, 2011 - Disponível em: <www.periodicos.unir.br>. Acesso em
15/08/2012

FARIA, A.A. E SALVADORI, A., A educação a distância e seu movimento


histórico no brasil. Revista das Faculdades Santa Cruz, v. 8, n. 1, janeiro/junho
2010

FREITAS, K. S. Um panorama geral sobre a história do ensino a distância. In:


ARAÚJO, B.; FREITAS, K. S. (coord.). Educação à distância no contexto
brasileiro: algumas experiências da UFBA. Salvador/BA, 2005.

GOMES, S.G.S., evolução histórica da ead. e-Tec Brasil – Tópicos em Educação a


Distância. 2011. Disponível em: <www.se.gov.br > Acesso em 15/08/2012;

HERMIDA, J. F.; BONFIM, C. R. S. A educação à distância: história, concepções

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e perspectivas. Revista HISTEDBR On On-line, Campinas, n. especial, p. 166 –
181, ago. 2006.

RUMBLE, G.; A tecnologia da educação a distância em cenários do terceiro


mundo. Educação à distância: construindo significados. Cuiabá(MT): NEAD/IE-
UFMT,2000. Disponível em: <http://www.nead.ufmt.br/index.asp?pg=7>. Acesso
em 15/08/2012

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