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Polo de Timbiras – MA
2013
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próprio filme, datado de 1989, já retratava uma situação parecida nos Estados Unidos, que
também retrata uma desigualdade em relação aos jovens de bairros de periferia, normalmente
habitados pela população negra americana.
É importante salientar que o Brasil adotou metas para o desenvolvimento do
ensino no Brasil, porém a maioria das metas não foi cumprida. Entre elas cita-se a evasão
escolar, que se manteve no mesmo índice de 11% da década anterior, mesmo a meta sendo
diminuir em 5% ao ano. O analfabetismo diminuiu, mas se mantém em todas as regiões do
Brasil. O tempo de permanência dos alunos na escola ainda mantém um número alarmante,
cerca de metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos está fora da escola.
O filme traz um professor autoritário, que utiliza da força para tentar recuperar
a escola, que para ele está fora das normas e valores aceitáveis. Mesmo conseguindo alguns
bons resultados ao final do filme, a atuação do diretor foge da nova concepção de gestão
democrática e participativa da legislação brasileira. O primeiro ponto que deve ser relatado é a
forma da escolha do diretor, que de forma alguma se mostra democrática. Mesmo
apresentando méritos, a comunidade escolar não participou da escolha do novo gestor.
O gestor desempenha papel fundamental na prevenção e controle da violência
na escola, pois deve, juntamente com a comunidade escolar, desenvolver ações preventivas ao
aparecimento de qualquer tipo de violência. Orientação e apoio aos professores são essenciais,
incluindo projetos e ações conjuntas de convivência e respeito com os alunos. Uma gestão
democrática e participativa, que envolve principalmente os pais dos alunos, é a forma
escolhida pela legislação brasileira e pela maioria dos pesquisadores para evitar que a
violência se instale e se espalhe na escola.
BRANDÃO (2012) ressalta que gestão democrática não é apenas a distribuição
de tarefas, mas integrar a comunidade em que a escola está inserida no cotidiano da escola,
fazendo com que a família dos alunos valorize a escola e o conhecimento produzido e
transmitido na escola. Valorizando e participando da vida da escola, a comunidade escolar
minimiza os conflitos e acelera o desempenho dos estudantes, fazendo uma escola mais justa
e soberana. MENDOÇA (2000) defende que o gestor, como coordenador do processo de
gestão escolar, pode dificultar ou facilitar a implantação dos procedimentos participativos,
inclusive com normas que corrijam as distorções que podem privilegiar os segmentos docente
e administrativo e as restrições que podem existir sobre a participação de pais e responsáveis.
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REFERÊNCIAS