Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO - UEMAnet


UNIVERCIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

PAULO JOSÉ SOUSA SANTOS

A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR

SÃO JOÃO DOS PATOS-MA


2019
PAULO JOSÉ SOUSA SANTOS

A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR

Artigo apresentado como requisito parcial


para obtenção de nota da disciplina
Prática Curricular na Dimensão Escolar,
pelo Curso de Licenciatura em Música da
Universidade Estadual Do Maranhão -
UEMA

Prof(a). Ivan Veras Gonçalves

SÃO JOÃO DOS PATOS-MA


2019
A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR

RESUMO
A informática vem adquirindo cada vez, mas espaço no cenário educacional. A
educação vem passando por mudanças estruturais funcionais frente a essa nova
tecnologia. A tecnologia não muda apenas o que fazemos, mas também nosso
comportamento, hoje vivemos em um mundo tecnológico. Com o passar do tempo,
algumas escolas, percebendo o potencial dessa ferramenta introduziram a
informática educativa, que além, de promover o contato com o computador, tinha
como objetivo a utilização dessa ferramenta para o apoio às matérias e aos
conteúdos lecionados. Podemos aprender a partir da tecnologia, acerca da
tecnologia, através da tecnologia e com a tecnologia. Que o professor possa refletir
sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação
que permitam não só lidar, com essa nova realidade, como também construí –la,
para que isso ocorra o professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua
aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele. O professor deve ser
estimulado a modificar sua ação pedagógica bem definidas. Hoje todos nós
devemos saber no mínimo manipular um micro, infelizmente essa não é nossa
realidade. O uso da internet nas escolas está delimitado em sua maioria na pesquisa
de informação. As pessoas esquecem que o grande potencial da internet é a
comunicação. A informática pode ser incluída no meio educacional para facilitar a
introdução de matérias. A introdução da informática no ambiente escolar pode
facilitar o aprendizado de cada aluno, já que essa ferramenta estará sempre em
nosso cotidiano.

Palavras-chave: Informática, multimídia, aprendizado

ABSTRACT
Computer science has been acquiring more and more space in the educational
scenario. Education has been undergoing functional structural changes in the face of
this new technology. Technology not only changes what we do, but also our
behavior, today we live in a technological world. Over time, some schools, realizing
the potential of this tool introduced educational informatics, which, besides promoting
contact with the computer, aimed to use this tool to support the subjects and contents
taught. We can learn from technology, about technology, through technology, and
from technology. That the teacher can reflect on this new reality, rethink his practice
and build new forms of action that allow not only deal with this new reality, but also
build it, so that this occurs the teacher has to go to the computer lab give your class
and not let a third person do it for him. The teacher should be encouraged to modify
their well-defined pedagogical action. Today we must all know at least how to
manipulate a computer, unfortunately this is not our reality. The use of the internet in
schools is mostly limited in information search. People forget that the great potential
of the internet is communication. Informatics can be included in the educational
environment to facilitate the introduction of subjects. The introduction of computer
science in the school environment can facilitate the learning of each student, as this
tool will always be in our daily lives.
Keywords: Computers, multimedia, learning
INTRODUÇÃO
A tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano, onde a
informática está ocupando um lugar essencial na área da educação. Como
ferramenta que facilita a aprendizagem, e sua presença no meio social tem
aumentado grandemente, com isto o cenário educacional estar passando por
reformulações e mudanças em toda sua estrutura. Com tantas mudanças estruturais
e funcionais, surge um questionamento de como a tecnologia está se introduzindo
no processo de aprendizagem.
Há alguns anos a informática era considerada um recurso sofisticado.
Atualmente já faz parte do nosso cotidiano e está presente em diversas áreas da
atividade humana, como nos comércios, escolas, indústrias, no lazer e diversão. É
preciso adotar um posicionamento muito crítico frente a qualquer tecnologia, isso
inclui o computador. Para alguns está tecnologia provoca fascínio e para outros,
receio; deve ser encarada como qualquer máquina que seja manipulada pelo o
homem e cuja influência sobre a sociedade requer uma análise crítica. A Informática
vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização
como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de
forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças
estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.
O objetivo do artigo é discutir alguns pontos, de importância, que possam
gerar uma reflexão sobre a introdução da Informática na escola.
Com a era da Informática avançando a cada dia, é de suma importância a
inserção dessa tecnologia do nosso cotidiano, ainda mais na educação, dando para
conciliar matérias curriculares simples, como a Biologia, com a Informática (com
produção de slides, apresentação de filmes ou vídeos) e também com a evolução da
internet, onde você pode achar várias informações, ficando mais fácil fazer qualquer
pesquisa, sanar qualquer curiosidade.
A maioria dos jovens que estudam hoje em colégio público não tem uma
facilidade de aprendizagem como tem os alunos mais afortunados ou os que
estudam em colégio particular, logo 90% das vezes uma aprendizagem melhor, por
ter uma dinâmica melhor.
A Informática nessas escolas pode incentivar e até melhor muito mais a
aprendizagem por ser uma metodologia dinâmica e divertida, onde os alunos
possam interagir com os outros, facilitando assim a compreensão e a aprendizagem.
REFERÊNCIAL TEÓRICO

Interação homem x máquina


Nossa relação com o tempo e o espaço mudou. A cada minuto milhares de
pessoas enviam e-mail, usam telefones celulares, tuitam, ouvem músicas em iPods,
fotografam em iPads. Tocam, jogam, experimentam. Somos digitais. Este novo
comportamento traz consigo profundas transformações na forma como nos
relacionamos com o entorno e com as experiências ali vivenciadas.
Interagimos uns com os outros com dados a partir de máquinas. Mais que
isso. Interagimos com as máquinas. É a tal Human Machine Interaction, ou interação
homem-máquina, termo cunhado nos anos 1980 e que não é novidade para
ninguém. Com a inserção da computação ubíqua, no entanto, essa interação
ganhou proporções muito interessantes, já que seu objetivo é deixá-la invisível. O
que a ubiquous computing faz é integrar a informática às ações e comportamentos
naturais das pessoas. Não invisível como se não pudesse ver, mas sim de uma
forma que as pessoas nem percebam que estão dando comandos a um computador,
mas como se tivessem conversando com alguém. E isso cria experiências, no
mínimo, interessantes.
Tais experiências podem e devem ser muito exploradas pelas marcas. Em
tempos em que produtos viraram praticamente commodities, uma ação bem-
sucedida é o que garante visibilidade e, como consequência, lucro. O Marketing
Experiencial é o que tem separado o joio do trigo. A experiência do público-alvo com
relação a uma empresa/ produto, por meio de sensações, afeto, e ações cognitivas e
relacionais é o que faz diferença nos dias de hoje. As sensações positivas deixam
marcas profundas em nossas mentes, que podem ser ativadas a qualquer momento.
E é por meio da interação que podemos ter a melhor amostra do conceito explorado
nesse artigo.
A multimídia é hoje um dos mais poderosos e eficazes recursos para garantir
a percepção e o aprendizado. Isso porque os recursos multimídia estimulam mais
sentidos que as simples mídias. A partir do momento em que o usuário é estimulado
em mais de um sentido, a capacidade de processamento e armazenamento das
informações, ou seja, a capacitação de aprendizado aumenta consideravelmente.
Essa interação humano-máquina proporcionada cada vez mais intensamente
pelos recursos multimídia; segundo o professor BOLSHAW (1999) a que chama de
cibernética, ou seja, é por causa dessas interações que ele afirma que somos
Cyborgs. Segundo ele, quando fazemos uso de um talher ou um automóvel,
interagimos de maneira simbiótica com a máquina. A utilização dos recursos
multimídia é justamente uma das formas mais eficazes de garantir um maior
aproveitamento dessa relação.

A chegada do computador à escola


Em meados da década de 70, o advento da microinformática diminuiu o custo
do computador, tornando a entrada acessível às escolas; Surgiram também
linguagens simples que facilitaram o uso por iniciantes. Um exemplo é a linguagem
Basic, essa linguagem tornou mais fácil a elaboração de programas educativos
como objeto de ensinar conteúdos curriculares. Esses dois fatores foram os
principais para a implantação da Informática nas escolas.
Primeiramente os computadores usados nas escolas, limitaram apenas a
aplicações nos setores administrativos. No entanto vários pesquisadores
começaram a investigar possibilidades de usar o computador como recurso didático.
Para Seymour Paper o computador dar forma concreta a áreas do conhecimento
que pareciam ser anteriormente intangíveis e abstratas; Paper criou a linguagem
LOGO, que mais tarde seria modificada ou adaptada por Bossuet, permitindo a
criança testar suas hipóteses e agir sobre o mundo exterior a partir de seus próprios
modelos de pensamento; esse tipo de linguagem também facilita o aprendizado de
pessoas autistas, crianças portadoras de deficiências, seja física ou mental, auditiva,
visual ou psicomotora.

O Ser humano e a Tecnologia


Segundo FRÓES: "A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras
ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor,
que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas
mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia (...),
facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em
determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos
assustam..."
A tecnologia envolve o ser humano de forma que altera o comportamento em
vários aspectos, tanto na forma de buscar conhecimentos e ao produzi-lo, a mesma
rege todo um conjunto de regras que o indivíduo devem seguir, tanto ao escrever ao
ler, pensar e agir, e todo este conjunto fazem com que o ser humano se adeque a
tais mudanças, pois segundo o autor a informática não é uma ferramenta neutra ou
seja ao utiliza-la estamos sendo modificado por ela.
A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em
nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso
relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico, estruturamos
nossa ação através da tecnologia, como relata KERCKHOVE, na Pele da Cultura "os
media eletrônicos são extensões do sistema nervoso, do corpo e também da
psicologia humana".
De acordo com FRÓES "Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios
digitais: a multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de
escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra
como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto
manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente
de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora
como consequência, a um pensar diferente."
A sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras enfileiradas para se
tornar um local em que professor e alunos podem realizar um trabalho diversificado
em relação a conhecimento e interesse com as aulas. Nessas escolas a informática
está sendo implantada nos mesmos moldes do sistema educacional no qual o
computador é usado para minimizar o analfabetismo computacional dos alunos ou
automatizar os processos de transmissão da informação. (PREMEN/MEC 1982).
De acordo com Borba (2001, p.46), quando coloca “seres humanos – com –
mídias” dizendo que “os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem
e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos
estão constantemente transformando essas técnicas”.
Dessa mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma
ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Quando
a usamos, estamos sendo modificados por ela. O texto que escrevemos, por mais
simples que seja, está modificando o homem através da releitura do mesmo texto
depois, pois a tecnologia do computador traz uma nova escrita e consequentemente
uma nova leitura e um acréscimo de palavras em seu vocabulário.

Informática x Currículo
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo
escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e
aos conteúdos lecionados, dando um aprendizado mais moderno e melhorado aos
alunos, já que a função também é de preparar os mesmos para uma sociedade
informatizada.
Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as escolas
começaram a introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca
experiência com essa tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas
introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da
modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar essas aulas? A
princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No
entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as
disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e
oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade.
Mas com o tempo as escolas foram percebendo o potencial dessa ferramenta
e introduziram a Informática educativa, que além de promover o contato com o
computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento de
apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.
Entretanto esse apoio continuava vinculado a uma disciplina de Informática,
que tinha a função de oferecer os recursos necessários para que os alunos
apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.
O principal objetivo do uso do computador na escola é promover uma
mudança do paradigma educacional, e esse paradigma promove a aprendizagem ao
invés do ensino, onde o aluno é o principal responsável pelo seu processo de
aprendizagem e auxilia o professor a entender que a educação não é apenas a
transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento
pelo aluno, onde o professor se torna o facilitador do aprendizado.(PREMEN/MEC
1982).
Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças
principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua
atuação em nossas vidas. E o que se percebe? Percebe-se que a maioria das
escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de
levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala,
presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Limitando
assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a
oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
Através da informática, crianças portadoras de deficiências física, mental e
sensorial têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades, acelerar seu
processo de alfabetização e se tornar cada vez mais autônomas (MAGELA,2008)
Informática e aprendizagem
MARÇAL FLORES (1996) "A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao
aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem,
enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento
integral do indivíduo."
SANTOS VIEIRA (2002) "As profundas e rápidas transformações, em curso
no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de
um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação."
De acordo com LEVY (1994), as "novas maneiras de pensar e de conviver
estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações
entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da
metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita,
leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática
cada vez mais avançada."
Para finalizar, BORBA (2001) que: "O acesso à Informática deve ser visto
como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve
poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma?
alfabetização tecnológica? Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de
Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o
computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler,
escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções
espaciais etc. E, nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da
resposta a questões ligadas à cidadania."

Os Professores e a Informática
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre
essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que
permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que
isso ocorra, o professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e
não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele. O professor da Informática
precisa obrigatoriamente de uma didática similar aos professores de outras matérias,
para que o aluno de ouvir, compreender o que lhe é passado.
O processo educacional deve ser mudado para que seja trazido para dentro
da sala de aula uma nova realidade, que é o uso do computador como instrumento
de ensino-aprendizagem, se tornando assim, a sala de aula, um novo ambiente de
aprendizagem, onde a criança trabalha com os novos recursos que a tecnologia
oferece, na organização, flexibilização dos conteúdos, na interação aluno-aluno e
aluno-professor e na redefinição de seus objetivos. (FIGUEREDO, 2000)
Segundo FIGUEIREDO GOUVÊA "O professor será mais importante do que
nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula,
no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o
primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o
conhecimento ? sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado.
Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela
afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo
computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que
vão se aprofundando às nossas vistas..."
Com a utilização do computador, o educador consegue identificar as
potencialidades de cada criança, podendo trabalhar individualmente com suas
dificuldades, têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades, acelerar seu
processo de alfabetização e fazer com que se torne cada vez mais autônoma.
(FRÓES, 2004)
Mas, para o professor apropriar-se dessa tecnologia devemos, segundo
FRÓES "mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do
Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se
trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar
condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua
competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente
uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar
novas possibilidades de sua utilização educacional."
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente
transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador
da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de
informações, que é o que acontece em muitos casos nas escolas públicas; o
professor não está preocupado se o aluno aprendeu ou não, ele quer é passar o
conteúdo para concluir a sua meta.
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação
pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está
constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver
um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o
facilitador que gerencie o processo o pedagógico.

O processo de introdução da informática


Vamos observar o processo de introdução da Informática no ambiente escolar
através de vários momentos. Muitos devem estar pensando que é a pretensão dividir
esse processo em momentos. Mas o que se está tentando é pontuar alguns desses
momentos; além do mais, pensar que seja necessária essa visão, para podermos ter
a ideia de processo que nos oriente nessa trajetória.
Nesse processo podemos destacar quatro momentos, que apresentam
características bem definidas. Não existe, aqui, o objetivo de delimitar cada
momento, pois os professores podem vivenciar características de vários momentos,
apesar de sempre um predominar.
Sabemos que, nos dias de hoje, qualquer pessoa deveria, no mínimo, saber
manipular um microcomputador; infelizmente essa não é nossa realidade. Os
professores atuais estudaram em uma época em que a Informática não fazia parte
do dia-a-dia, e, dentre os professores que estamos formando para o futuro, pouco
estão sendo preparados para mudar essa realidade.
O primeiro momento seria a reprodução da aula para o aluno na sala de
informática. O segundo momento ocorreria naquela onde às transformações na sala
de aula pudesse acontecer de forma onde se usa as ferramentas tecnológicas.
O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de
aprendizagem e também pela interdisciplinaridade. É de suma importância que
neste processo haja principalmente a união parcial entre projeto e coordenação. A
atitude de interdisciplinaridade não está restrita em uma disciplina de didática ou
estágio, mas consequentemente em qualquer disciplina que dispõe a cooperar com
o processo de formação do educador.
O quarto momento é marcado pela participação de todos. Faz-se necessário
que isto seja posto para fora dos muros escolares e chegue as comunidades. Onde
o processo de aprendizagem é o foco central, mas também obter uma visão voltada
para interação social.

O computador como recurso de aprendizagem


Para realizar o seu trabalho, o professor dispunha, até um tempo atrás, de alguns
recursos didáticos como o quadro-de-giz e outros meios audiovisuais. Já se
imaginava na utilização de inserir o computador nas escolas, mas isso era como um
sonho, quase uma cena de ficção científica.
Hoje em dia, o uso dos computadores no processo pedagógico é uma
realidade e ao mesmo tempo uma conquista. Seu emprego não se limita em apenas
algumas escolas, e sim tanto, em particulares, como em públicas.
Segunda MARQUES (1986): "A relação de ensino é uma relação de
comunicação por excelência, que visa a formar e informar; e instrumentos que
possam se encaixar nesta dinâmica têm sempre a possibilidade de servir ao ensino.
Livro, vídeo, fotografia, computadores e outros são formas de comunicar
conhecimentos e, como tais, interessam à educação"
Um ponto bastante discutido por pesquisadores brasileiros é a relação
Informática x Educação. Segunda BARROS e D? AMBROSIO, a educação tem que
ser realizada para e pela informática. Educar para a informática significa preparar o
educando/cidadão para saber usar essa tecnologia, educando assim para exercer
sua cidadania na sociedade; educar pela informática, consiste em usar essa
tecnologia como recurso auxiliar no processo ensino-aprendizagem.
A questão chave da implantação de novas tecnologias de suporte à educação
é fazer com que o aluno tenha interesse e motivação para buscar a informação
desejada, transformando assim o paradigma tradicional da educação como "depósito
bancário, fábrica", para a educação como entretenimento. (MAGELA, 2008).

A Internet na escola
O uso da Internet nas escolas está delimitado, em sua maioria na pesquisa de
informação. As pessoas esquecem que o grande potencial da Internet é a
comunicação. Entretanto, dentro de nossa visão de processo, isso é admissível. Em
um primeiro momento, usamos a Internet como ferramenta e sua característica mais
marcante que é o acesso à informação.
Portanto, o computador deve ser usado como um instrumento de
aprendizagem, onde o aluno atua e participa do seu processo de construção de
conhecimentos de forma ativa. (MAGELA, 2008)
Após um processo de maturação, percebemos que a Internet é mais que isso:
passamos a usá-la como uma rede comunicação. Passamos a participar de projetos
e eventos colaborativos mundiais, a participar de Listas de Discussão no qual
debatemos e trocamos experiências e a usá-la com ferramenta de expressão política
e social.

CONCLUSÃO
A informática é de suma importância para o incentivo de aprendizado dos
alunos, por ser uma metodologia eficaz e parecida com a nossa realidade, o nosso
cotidiano. É importante ressaltar que nenhuma tecnologia substituirá o professor ou
os livros, porém é através dessas tecnologias usadas que a porcentagem de
assimilação e percepção eleva a capacidade de retenção de conhecimento dos
alunos.
Mesmo com a eficácia já comprovada dos recursos multimídias, muitas
escolas no Brasil ainda não utilizam de seus laboratórios de TI, essas escolas, de
maioria do estado, não utilizam desses equipamentos por não terem profissionais
adequados para ministrar aulas dinâmicas frente a essas tecnologias ou por ter
professores despreparados tecnicamente para o manuseio de equipamentos de
informática ou por ser um mero transmissor de informações.
É preciso que a escola mobilize seu corpo docente sobre a importância da
informática educacional.
Mobilizar o professor significa mudança de paradigmas, acreditar que a
tecnologia é sua aliada na construção da sua prática, isto não o tornará um
especialista na área, mas é preciso criar condições e querer se apropriar deste
conhecimento, para saber usá-lo adequadamente em seu dia a dia com o aluno.
O importante é que o professor se sinta como uma peça participativa do
processo, seja parte integrante da construção deste novo conhecimento, se
atualizando constantemente e criando novas estratégias de aprendizagem e
enfrentando estes novos desafios. Entretanto é necessário que haja momentos
definidos, que a coordenação e direção estejam de total parceria com o professor
fazendo da tecnologia um caminho para se chegar à aprendizagem.

REFERÊNCIAS
BARROS, Jorge P. D. de & D? Ambrosio, Ubiratan. Computadores, escola e
sociedade. São Paulo, Scipione, 1988.
BOSSUET, G. O computador na escola: o sistema logo. Porto Alegre, Artes
Médicas, 1985.
FLORES, Angelita Marçal - A Informática na Educação: Uma Perspectiva
Pedagógica? monografia - Universidade do Sul de Santa Catarina 1996 -
http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm (nov/2002).
FRÓES, Jorge R. M. Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a
Questão da Cognição - http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo - Os caminhos do professor na Era da Tecnologia -
Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
HEINECK, Dulce Teresinha - A Interdisciplinaridade no processo ensino-
aprendizagem - http://www.unescnet.br/pedagogia/direito9.htm ( nov/2002).
KERCKHOVE, D.A Pele da Cultura. Lisboa: Relógio d?Água, 1997.
LÉVY, Pierre - A inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço -
Edições Loyola, São Paulo, 1998.
LÉVY, Pierre.- As Tecnologias da Inteligência. Editora 34, Nova Fronteira, RJ,
1994.
MAGELA, Geraldo. A INFORMÁTICA APLICADA NA EDUCAÇÃO: O uso do
computador como ferramenta aliada ao software educativo no auxílio ao ensino e
aprendizagem, 2008.
MARQUES, Cristina; MATTOS, M. Isabel e La Taille, Yves de. Computador e
ensino. São Paulo, Átila, 1986.
PENTEADO, Miriam - BORBA, Marcelo C. - A Informática em ação - Formação de
professores, pesquisa e extensão - Editora Olho d´Água, 2000, p 29.
SANTOS VIEIRA, Fábia Magali - Gerência da Informática Educativa: segundo um
pensamento sistêmico - http://www.connect.com.br/~ntemg7/gerinfo.htm
(nov/2002).
https://administradores.com.br/noticias/a-interacao-homem-maquina-e-o-futuro-das-
relacoes. Acesso, 20 de julho de 2019.
http://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1539. Acesso, 20 de
julho de 2019.

Você também pode gostar