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Material Didático

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO

Impressão e Editoração
CONCEITOS

Fonte: http://verainfedu.wordpress.com/informatica/

O fim do século XX e início do século XXI têm sido marcados pela expansão do uso de
diversas tecnologias, principalmente as tecnologias da informação e comunicação através da
popularização do uso do computador e da internet. Em setembro deste ano a Agência Nacional de
Telefonia (ANATEL) divulgou que o Brasil já possui 258,9 milhões de celulares. No mesmo mês a
Ibope Nielsen Online informou que o número de brasileiros com acesso a internet atingiu o recorde
de 83,4 milhões.
Os dados estatísticos supracitados indicam o que já é sabido há algum tempo, atualmente
possuímos acesso muito rápido às informações e às notícias. A população mais jovem tem se
familiarizado cada dia mais cedo com as tecnologias, com os celulares que acessam a internet, com
os diversos programas para as mais variadas funções e principalmente os mais jovens tem se unido
a diversas redes sociais virtuais através da internet.

Este módulo deverá ser utilizado apenas como base para estudos. Os créditos da autoria dos conteúdos aqui apresentados são dados aos seus respectivos autores. 3
A sociedade da informação não é modismo. Representa uma profunda mudança na
organização da sociedade e da economia, existindo quem a considere um novo paradigma técnico-
econômico. É um fenômeno global, com grande possibilidade de transformação das atividades
sociais e econômicas, uma vez que a estrutura e a dinâmica dessas atividades inevitavelmente serão,
em alguma medida, afetadas pela infraestrutura de informações disponíveis.
Em cada país, a sociedade está sendo organizada em meio a diferentes condições e projetos
de desenvolvimento social, conforme estratégias feitas de acordo com cada contexto. As tecnologias
envolvidas vêm transformando estruturas e as práticas de produção, comercialização, consumo e de
cooperação e competição entre os agentes, alternando, enfim a própria cadeia de geração de valor.
Os países economicamente desenvolvidos, tal como boa parte daqueles em desenvolvimento já
adotam políticas e iniciativas voltadas para a sociedade da informação. Ao Brasil cabe acelerar e
fundamentar o processo de articulação de um programa nacional efetivo para a sociedade da
informação. (TAKAHASHI, 2000).
A educação é o elemento central na construção de uma sociedade baseada na informação, no
conhecimento e no aprendizado. Por outro lado, educar em uma sociedade da informação significa
muito mais do apenas treinar as pessoas para o uso de tecnologias: trata-se de investir na criação de
competências amplas o suficiente para permitir uma atuação efetiva na produção de bens e serviços,
tomar decisões baseadas em conhecimentos e operar com fluência os novos meios e ferramentas em
seu trabalho. Trata-se de formar indivíduos para “aprender a aprender” de maneira que consigam
lidar positivamente com a contínua e acelerada transformações das bases tecnológicas.
Alguns autores tem citado a sociedade atual como sociedade do conhecimento e da
informação, ou mesmo como “sociedade tecnológica”. Na descrição dessa sociedade os processos
de aquisição de conhecimento assumem papel de destaque, exigindo profissionais críticos, criativos
com poder de refletir e pensar, além de capacidade de se conhecer como indivíduo e trabalhar em
grupo.
Mais do que nunca, tem se cobrado da educação o papel de formar os indivíduos com as
características citadas anteriormente. No entanto, para se formar indivíduos com tais qualidades, a
educação não deve mais ser baseada na instrução que o professor transmite ao aluno, mas na
construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento dessas competências exigidas.

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Para Almeida, (1999), o clima de euforia em relação à utilização de tecnologias em todos os
ramos da atividade humana coincide com um questionamento e com o reconhecimento da
inconsistência do sistema educacional. Embora a tecnologia não seja autônoma para provocar
transformações, o uso de computadores e softwares na educação coloca novos questionamentos ao
sistema e deixa explícito diversas inconsistências.
O termo Informática na Educação tem assumido diversos significados, de acordo com a
abordagem pedagógica empregada. Segundo Valente, o termo "Informática na Educação" significa
a inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os
níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina curricular deve ter
conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar
adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que utilizam o
computador.
No entanto, a atividade de uso do computador na disciplina curricular pode ser feita tanto
para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo
tradicional de ensino (processo instrucionista), quanto para criar condições para o aluno construir
seu conhecimento por meio da criação de ambientes de aprendizagem que incorporem o uso do
computador (processo construcionista), como será explicitado nas próximas páginas.
Estas abordagens foram classificadas e teorizadas pelo matemático sul-africano Seymour
Papert. Papert é um dos maiores visionários do uso da tecnologia na educação no mundo. Ainda na
década de 1960, ele já dizia que toda criança deveria ter um computador em sala de aula. Ele
acredita que o computador é a ferramenta que proporciona à criança a possibilidade de tomar as
rédeas do seu desenvolvimento, pois para Papert o computador permite que a criança descubra e
pesquise conforme os seus próprios interesses.

QUER SABER MAIS??????


Para conhecer mais sobre Seymour Papert e seu trabalho acesse: http://www.papert.org/.
Assista ao vídeo do encontro incrível entre Seymour Papert e Paulo Freire:

http://www.youtube.com/watch?v=BejbAwuEBGs
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Processo Instrucionista

Consiste em programar no computador uma série de informações e essas informações são


passadas aos alunos na forma de um tutorial, exercício e prática, jogo, simulação. É o paradigma
que transfere para o computador a tarefa de ensinar, ou reforça as atividades efetuadas em sala de
aula.
Segundo Almeida, (1999), muitas experiências educacionais se restringem a colocar
microcomputadores e programas (softwares educativos) nas escolas para uso em disciplinas que
visam preparar os alunos para o domínio de recursos da computação. Esse processo acabou
originando uma nova disciplina no currículo do ensino tradicional, as aulas de informática, cujas
atividades se desenvolvem em um laboratório de informática, totalmente dissociadas das demais
disciplinas.
Outra maneira de tentar utilizar o computador como instrumento de consolidação da prática
pedagógica é semelhante à inserção dos recursos audiovisuais na escola. Os computadores são
incorporados como apenas mais um meio disponível, não há uma reflexão sobre a possibilidade de
contribuição significativa para a aprendizagem de outras formas de pensar.
O programa de ensino é o mesmo, a única diferença é a maneira de transmitir as
informações. É com essa visão que a instituição transfere para o computador a perspectiva
instrucionista, cujo contexto não exige uma preparação especializada do professor, que neste
modelo será apenas um selecionador de conteúdos.
Desta maneira percebemos que o princípio do Instrucionismo concorda com a afirmação de que
ação de ensinar é fortemente relacionada com a transmissão de informação (instrução) ao aluno. E
por essa ótica a melhoria do ensino consiste em aperfeiçoar as técnicas de transmissão da
informação. A informática é agregada neste contexto como auxílio e para melhorar o processo de
comunicação. Uma das primeiras abordagens foi o da Instrução Auxiliada por Computador (CAI –
Computer AssistedInstruction), onde o computador assume a função de máquina que ensina o
aluno. (VALENTE apud SANTANCHE & TEIXEIRA, 1999).

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Processo Construcionista

Sendo uma maneira alternativa à linha instrucionista, traz o computador com uma
ferramenta educacional. Valente (1993) explica que conforme este outro paradigma, o computador
não é mais a máquina que ensina o aprendiz, mas uma ferramenta com a qual o aluno desenvolve
algo, e, por isso, a aprendizagem acontece pelo fato de estar desempenhando uma tarefa através do
computador.
A utilização do “computador ferramenta” faz com que o aluno seja sujeito promotor de uma
ação, deixando o lugar de espectador e passando a ser o agente. Com isso o aluno passa a ter uma
postura ativa em relação ao conhecimento, deixando a postura mais passiva de antes.
Quando se trabalha sob a ótica da aprendizagem ativa, a interação que se estabelece entre as
ações do aluno e as respostas do computador promovem a participação ativa do aluno. E ele torna-
se autor e conduz seu próprio processo de aprendizagem, que pode ser compartilhada com o
professor e com os demais colegas, pois o resultado está explícito na tela do computador.
Almeida (1999, p.32) nos diz que nessa abordagem o computador não é o detentor do
conhecimento, mas uma ferramenta tutorada pelo aluno e que permite a este buscar informações,
navegar entre nós e ligações, de forma não linear conforme seu estilo cognitivo e seu interesse
momentâneo.
A característica principal do construcionismo é a noção de concretude como fonte de ideias e de
modelos para elaboração de construções mentais. A relação entre o concreto e o formal é a dialética,
na medida em que o pensamento abstrato também é uma ferramenta que serve, para intensificar o
pensamento concreto. O pluralismo e a conexão entre esses domínios – concreto e formal – são
fortes componentes da abordagem construcionista.

HISTÓRICO DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Vários estudiosos de educação já sinalizavam a inserção do computador e da informática na


sala de aula, desde que essas máquinas tornaram-se mais acessíveis, tanto na linguagem, manuseio
como no valor financeiro.

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A Informática na Educação Brasileira nasce a partir do interesse de educadores de algumas
universidades brasileiras, motivados pelo que já estava acontecendo em outros países, tais como
Estados Unidos da América e França na Europa. Embora o contexto mundial de uso do computador
na educação sempre foi uma referência para as decisões que foram tomadas aqui no país, a
caminhada brasileira é muito particular e diferente daquilo que foi feita em outros lugares.
O programa brasileiro de inserção da Informática na Educação tem grandes diferenças dos
programas implantados nos EUA e na França. A primeira diferença é que no Brasil houve uma
descentralização das políticas. Aqui, as políticas de implantação e desenvolvimento não são produto
somente de decisões governamentais, são frutos de discussões e propostas feitas pelas comunidades
de técnicos e pesquisadores da área, cabendo ao MEC acompanhar, viabilizar e implementar essas
decisões.
No Brasil, a informática na educação passou a ser vista como ferramenta a partir de 1971,
quando começaram algumas discussões sobre sua utilização no ensino de Física. No início dos anos
70, a partir de algumas experiências na UFRJ, UFRGS e UNICAMP. Nos anos 80, se estabeleceu
através de diversas atividades que permitiram que esta área possua uma identidade própria, raízes
sólidas e relativa maturidade. Mesmo com os fortes apelos midiáticos e das qualidades inerentes ao
computador, a sua popularização nas escolas está muito aquém do que se esperava e anunciava
naquela época.
Breve linha do tempo da informática na educação brasileira

1971 – Primeira discussão para utilizar computadores no ensino de Física (USP/São Paulo)
1973 – Algumas experiências começaram a ser desenvolvidas em outras universidades, com a
utilização de computadores de grande porte para auxiliar os professores no ensino e avaliação em
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e desenvolvimento de softwares
educativos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
1975 – Inicia-se na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) cooperação técnica, ainda
existente, com o Media Lab do MassachussetsInstituteof Technology (MIT) criando um grupo
interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores com linguagem LOGO na educação de
crianças.

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1981 e 1982 – A partir de dois seminários nacionais sobre o uso do computador como ferramenta
auxiliar do processo de ensino-aprendizagem, começa a cultura nacional de informática na
educação.
1984 – Origina-se o projeto EDUCON – Uma ação conjunta do MEC – CNPq – FINEP e a
Secretaria Especial de Informática da Presidência da Republica (SEI/PR). Este projeto foi o marco
inicial do processo de geração de base científica e formulação da política nacional de Informática na
Educação.
1986 –Como resultado do EDUCOM o MEC criou o Programa de Ação Imediata em Informática
na Educação de 1º e 2º graus, com o intuito de capacitar os professores (Projeto FORMAR). O
MEC também inicia a implantação de infraestruturas de suporte nas secretarias estaduais de
educação (Centros de Informática Aplicada a Educação de 1º e 2º graus – CIED) nas escolas
técnicas federais. Competia a cada secretaria definir sua proposta pedagógica de utilização de
informática na educação.
1988-89 – Implantação em vários estados do país 17 CIEDs, nos quais grupos interdisciplinares de
professores, técnicos e especialistas trabalhavam com programas de computador com aplicação na
informática educativa. Foram centros irradiadores e multiplicadores da telemática na rede pública
de ensino, pois atendiam alunos, professores e pessoas da comunidade em geral.
1988 – A organização dos estados americanos (OEA) convida o MEC para avaliar o projeto de
Informática Aplicada à Básica do México. A partir disso o MEC e a OEA formularam um projeto
multinacional de cooperação técnica e financeira com oito países americanos e que durou de 1990
até 1995.
1989 – O MEC institui através da portaria ministerial 589/89 o Programa Nacional de Informática
na Educação – PRONINFE, cujo objetivo era “desenvolver a informática educativa no Brasil,
através de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação
pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica
imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos”.
O Programa previa crescimento gradual das competências tecnológicas e controlada por
objetivos educacionais, amparado num modelo de planejamento participativo que envolvia as
comunidades interessadas.
Entre 1990 e 1995 – O PRONINFE apresentou os seguintes resultados:

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 44 centros de informática na educação foram implantados, a maioria interligada na Internet.
 400 subcentros implantados, a maioria por iniciativas de governos estaduais e municipais, a
partir do modelo de planejamento concebido, inicialmente, pelo Projeto EDUCOM/UFRGS
(destes, 87 estão no Estado do Rio Grande do Sul).
 400 laboratórios de informática educativa em escolas públicas, financiados por governos
estaduais e municipais.
 Mais de 10.000 profissionais preparados para trabalhar em informática educativa no país,
incluindo um número razoável de pesquisadores com cursos de mestrado e doutorado.
1997 – Criação do PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional éum programa que
abrange todo território nacional e tem como objetivo introduzir as Tecnologias da Informação e
Comunicação nas escolas públicas como ferramenta de apoio ao processo de ensino aprendizagem.
Para atender esse objetivo, o PROINFO desenvolve duas ações ao mesmo tempo: implanta
laboratórios de informática nas escolas e cuida da formação dos professores de todas as áreas
disciplinares para que possam utilizar esse equipamento como recurso pedagógico e consiga
integrá-lo às atividades de sala de aula.

PROJETOS GOVERNAMENTAIS PARA INCENTIVAR O USO DA INFORMÁTICA NAS


ESCOLAS

Já traçamos uma breve linha do tempo no capítulo anterior e agora vamos conhecer os
principais programas do ministério da educação para promover a difusão e utilização das
tecnologias no cotidiano escolar.
O Projeto EDUCOM - Projeto elaborado e aprovado em 1983 pela Comissão Especial de
Informática da Educação, este projeto teve como principal objetivo estimular o desenvolvimento da
pesquisa multidisciplinar voltada para aplicação das tecnologias de informática no processo de
ensino-aprendizagem.
Surgiu numa época em que não era possível adquirir equipamentos e softwares estrangeiros. E
como não havia, até então, uma indústria que possibilitasse o desenvolvimento de computadores e

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muito menos softwares de acordo com a demanda brasileira (os que existiam eram caros e restritos).
A informática educacional era desenvolvida em escolas particulares e em poucas universidades.
O Projeto Educom é o primeiro e principal projeto público a tratar da informática
educacional. É fruto do primeiro Seminário Nacional de Informática na Educação realizado na
Universidade de Brasília em 1981. Agregou diversos pesquisadores da área e teve como princípio o
investimento em pesquisas educacionais.
Várias foram as metas do projeto EDUCOM, uma delas era desenvolver a pesquisa do uso
educacional da informática, ou seja, perceber como o aluno aprende sendo apoiado pelo recurso da
informática e se isso melhora efetivamente sua aprendizagem. Outra meta era levar os
computadores às escolas públicas, para possibilitar as mesmas oportunidades que as escolas
particulares ofereciam a seus alunos.
O Projeto consistia na implantação de centros – piloto em universidades públicas, voltados
à pesquisa no uso deinformática educacional, à capacitação de recursos humanos e à criação de
benefíciospara a elaboração de políticas no setor. As primeiras entidades que participaram das
pesquisas sobre a utilização do computador na educação brasileira foram: UFRJ, UNICAMP,
UFRGS, UFMG e UFPE.

 Centro piloto Educom - UFRJ - Este centro piloto transformou-se na Coordenação de


Informática da Educação Superior, direcionando suas pesquisas para três áreas: tecnologia
educacional, tecnologia de software educacional e investigações sobre os efeitos sociais,
culturais, éticos, etc., provocados pelo uso do computador no processo educacional. Atua na
realização de cursos de especialização em tecnologia educacional, ensinando também nas
graduações de licenciaturas e nos cursos de informática.

 Centro piloto Educom - UFMG - Desenvolve suas pesquisas nas áreas de: Informatização
de escolas, desenvolvimento e avaliação de Programas Educativos pelo computador(PECs),
capacitação de recursos humanos e utilização da informática na educação especial, primando
sempre pela interdisciplinaridade, pela visão construtivista e pelo estudo das implicações
sociopolítico-culturais da entrada dos computadores na educação.

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 Centro piloto Educom - UFPE - Nos últimos anos, o Educom UFPE tem voltado suas
atividades para três áreas: formação de recursos humanos, informática na educação especial
e atividades de educação musical com uso de computadores. Atende professores das redes
municipal e estadual de ensino e realiza cursos de extensão para alunos do curso de
pedagogia e licenciatura. Procurou pesquisar e desenvolver uma metodologia de ensino
apropriado para surdos. Para isso, utilizou a linguagem LOGO, no trabalho com deficientes
auditivos, pois esta linguagem possui um desenho próprio para educação.

 Centro piloto Educom - UFRGS - Criou o laboratório de Estudos Cognitivos (LEC), em


1973, que investiga como o computador pode contribuir no processo de aprendizagem.
Também pesquisou a utilização desses recursos na educação de crianças deficientes.

 Centro piloto Educom - Unicamp - Investiu na formação de recursos humanos, avaliando


programas educativos e desenvolvendo uma metodologia de ensino com uso de
computadores. Utilizou também a linguagem LOGO.

O Projeto PRONINFE- O PRONINFE (Programa Nacional de Informática na Educação) foi


implantado em outubro de 1989 pelo MEC e teve seu Regimento Interno aprovado em março de
1990. Em setembro do mesmo ano, o PRONINFE foi integrado ao PLANIN (Plano Nacional de
Informática e Automação, do Ministério de Ciência e Tecnologia).
A finalidade do PRONINFE era “Desenvolver a Informática Educativa no Brasil, através de
projetos e atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e
atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos
esforços e investimentos envolvidos”.
O programa pretendia:
 Apoiar o desenvolvimento e a utilização da informática nos ensinos de 1º, 2º e 3º graus e
educação especial;
 Estimular à criação de vários centros distribuídos pelo país, criando e integrando pesquisas;
a capacitação contínua e permanente de professores e formação de recursos humanos;

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 Produção, aquisição, adaptação e avaliação de softwares educativos.
O PRONINFE funcionava através de centros de informática na educação espalhados por
todo o país. Esses centros contavam com apoio mútuo, divulgando e analisando projetos
educacionais, seus objetivos e resultados. O PRONINFE tinha também como ponto forte a
formação de professores dos três graus, bem como na área de educação especial e em nível de pós-
graduação. Também visava a pesquisa sobre a utilização da informática na educação, aproveitando
a interatividade e a interconectividade que o computador possibilitava.
O PRONINFE, apesar de dificuldades orçamentárias, gerou, em dez anos, uma cultura
nacional de informática educativa centrada na realidade da escola pública. Ele constituiu o principal
referencial das ações atualmente planejadas pelo MEC: correspondeu praticamente a uma fase
piloto que durou mais de uma década.

O Projeto FORMAR - implementado em 1987, foi criado por recomendação do Comitê Assessor
de Informática e Educação do Ministério da Educação - CAIE/MEC, sob a coordenação do
NIED/UNICAMP, e ministrado por pesquisadores e especialistas dos demais centros-piloto
integrantes do projeto EDUCOM. Destinava-se, em sua primeira etapa, à formação de profissionais
para atuarem nos diversos centros de informática educativa dos sistemas públicos de educação.
Tratava-se de um curso de especialização de 360 h, planejado de forma modular, ministrado de
forma intensiva ao longo de 9 semanas, com 8 horas de atividades diárias. Seus conteúdos foram
distribuídos em 6 disciplinas, constituídas de aulas teóricas e práticas, seminários e conferências.
Foram realizados três cursos para a formação de profissionais e com isso, atingiu cerca de 150
educadores provenientes das secretarias estaduais e municipais, escolas técnicas, profissionais de
educação especial e também professores universitários interessados na implantação de outros
centros.
O nome do projeto foi escolhido para fazer com que o professor refletisse sobre a forma de atuar
em sala de aula e propiciar condições de mudanças em sua prática pedagógica, levando-o a assumir
uma nova postura como educador.
Aspectos positivos desse projeto:
 Os cursos propiciaram uma visão ampla dos aspectos envolvidos na informática educativa,
no que se refere às questões pedagógicas e informáticas, possibilitando a cada participante

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escolher, dentre as diferentes abordagens apresentadas aquela com a qual tivesse maior
afinidade intelectual.
 O material produzido no curso, as experiências realizadas e, principalmente, o currículo e o
conteúdo, passaram a ser usados como referências para o desenvolvimento de outros cursos
de formação no país.
Os professores formados projetavam e implantavam, junto à sua Secretaria de Educação um
CIEd – Centro de Informática Educativa, com apoio técnico e financeiro do Ministério da
Educação. Os CIEd estavam voltados para a implantação de centros de informática educativa para
atender as escolas de 1º e 2º graus, e as escolas técnicas federais, além de jornadas de trabalho para
o estabelecimento da política educacional para a área, e concursos anuais de software.

O Projeto PROINFO- Em 1997, (quase dez anos depois do PRONINFE), foi lançado o
Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO. O PROINFO, praticamente uma
releitura do projeto PRONINFE, teve maior incentivo financeiro e é o mais abrangente no território
nacional entre todos os projetos, através de seus Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE).
Metas iniciais do PROINFO:
 Financiar a introdução da tecnologia de informática e telecomunicações na rede pública de
ensino fundamental e médio;
 Iniciar o processo de universalização do uso de tecnologias de ponta no sistema público de
ensino.
Principais objetivos:
 Melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem;
 Proporcionar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico.
Algumas ações previstas pelo PROINFO:
 Elaboração e aprovação dos projetos estaduais de informática na educação;
 Planejamento da informatização das escolas;
 Aprovação dos projetos das escolas;
 Capacitação de recursos humanos;
 Implantação dos Núcleos de Tecnologia Educacional;
 Definição das especificações técnicas

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 Acompanhamento e avaliação dos projetos.
Os NTE (são vários por estado) pesquisam, criam projetos educacionais que envolvem
novas tecnologias da informática e da comunicação, capacitam professores utilizando os
computadores distribuídos em escolas públicas estaduais e municipais e a Internet.

No final da década de 90, quando o PROINFO é estruturado, pode-se dizer que as questões
sobre o impacto da informática na educação e na sociedade foram suplantadas pelo questionamento
de como fornecer condições mínimas de acesso à tecnologia às parcelas da população menos
favorecidas economicamente.

O PROINFO atua ainda hoje, se você quer maiores informações e se cadastrar ou cadastrar sua escola
acesse o site oficial do MEC/PROINFO:
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=462&id=244&option=com_content&view=article

A INTERDISCIPLINARIDADE DA INFORMÁTICA

Fonte: http://www.rioeduca.net/blogViews.php?id=825

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De maneira geral a interdisciplinaridade é o diálogo entre duas ou mais disciplinas. A
interdisciplinaridade mostra-se fundamental em algumas áreas do estudo, tais como informática e
educação. Existe um crescente reconhecimento de que um “olhar unidisciplinar” não seja suficiente
para uma melhor compreensão de processos, fenômenos e acontecimentos.
A interdisciplinaridade ocorre por meio da integração, diálogos e contrapontos entre as
disciplinas. O fato de várias áreas examinarem o mesmo objeto não garante a interdisciplinaridade.
Este é um engano comum. Linguistas, pedagogos, filósofos, sociólogos podem examinar o mesmo
elemento, por exemplo, a aprendizagem de línguas, sem necessariamente estarem fazendo um
trabalho interdisciplinar. A interdisciplinaridade compreende proximidade, convergência, contato e
interação.
Fazenda (2009) nos diz que se definirmos a Interdisciplinaridade como junção de
disciplinas, cabe pensar o currículo apenas na formação de sua grade, mas se definirmos
Interdisciplinaridade como atitude de ousadia e busca de conhecimento, cabe pensar sobre aspectos
que envolvem a cultura do lugar onde se formam professores.
A maior proposta da Interdisciplinaridade é a de superar a fragmentação do saber,
promovendo integração dos conhecimentos. Embora existam diversas interpretações para este
termo, podemos definir em linhas gerais, a Interdisciplinaridade como processo dinâmico,
integrador e, sobretudo que promova diálogo entre conhecimentos. Este diálogo implica em respeito
à autonomia individual e ao estilo de expressão de cada um. Entende-se ainda que a
Interdisciplinaridade seja uma estratégia pedagógica que procura integrar as várias disciplinas do
currículo, promovendo uma relação de reciprocidade, uma mudança de atitude perante o problema
do conhecimento e a substituição de um conceito fragmentado por um unitário do ser humano.
(FAZENDA, 2009)
Nestas últimas décadas, surgiram os novos pensamentos e novas descobertas que traduzem a
necessidade de mudança dos paradigmas, principalmente no que diz respeito a informática
educativa. São inúmeras as suas possibilidades de uso no processo pedagógico. É uma ferramenta
eficaz, que auxilia o aluno na aquisição de conhecimentos, na troca de informações, como fator de
interação e descobertas (MERCADO, 2002, p.147).

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Para tratarmos da Interdisciplinaridade na Informática, temos que lembrar que é consenso
entre estudiosos da área que qualquer atividade com informática só dará certo se estiver apoiada em
um bom projeto de ensino, que determine porque e como utilizar o computador. Pois é o projeto
pedagógico que vai deixar claro como a informática ajudará nas aulas. Fazer qualquer coisa no
computador, sem vínculo com as aulas com o projeto pedagógico é perda de tempo. Apenas com
objetivos bem definidos é possível manter o foco e o interesse na disciplina.
A informática como disciplina trata do processo da informação. Ela provoca inquietação e,
ao mesmo tempo, é fascinante, avança com grande velocidade e, em certas ocasiões, origina
angústias diante da dificuldade para seguir a sua rápida evolução.
O uso da informática, assim como qualquer outro instrumental que possa ser utilizada em
situações de ensino – aprendizagem, depende do uso que se faz dela. Não se pode esperar milagres
das novas tecnologias. Ela por si só não muda diretamente o ensino ou a aprendizagem. Pelo
contrário, o elemento mais importante é como a tecnologia é incorporada na instrução
(MERCADO, 2002, p.150).
A lógica educacional que prevalece na sociedade da informação – de compartilhamento,
integração, colaboração e participação integrada entre pessoas e instituições – é muito distante da
maneira estruturada, burocraticamente hierarquizada e centralizada existente nas atuais instituições
educacionais. (KENSKI, 2003 p.95).
Ainda de acordo com a percepção de Kenski (2003) a nova cultura educacional, orientada
para o aproveitamento pleno das condições oferecidas pela sociedade da informação, requer um
novo estilo de pedagogia que favoreça o aprendizado cooperativo em rede.
A necessidade organizacional do que será desenvolvido durante um curso reorienta o
planejamento didático e pedagógico permanentemente. Não se trata de adaptar as formas
tradicionais de ensino aos novos equipamentos ou vice-versa. A opção pelo uso das tecnologias
muda toda a dinâmica do processo.
Um importante aspecto a considerar quando se fala em projetos é a questão relacionada a
interdisciplinaridade, cuja proposta é a de superar a fragmentação do saber, promovendo uma
integração de conhecimentos. Existem diversas interpretações para este termo, entretanto, podemos
definir, em linhas gerais, a interdisciplinaridade, como sendo um processo dinâmico, integrador e
sobretudo dialógico do conhecimento. O diálogo implica em respeito à autonomia individual e ao

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estilo próprio de cada um se expressar. A interdisciplinaridade é uma estratégia pedagógica que
procura integrar as diversas disciplinas do currículo, promovendo uma relação de reciprocidade,
uma mudança de atitude perante o problema do conhecimento e a substituição de uma concepção
fragmentária por uma unitária do ser humano.
A interdisciplinaridade pressupõe basicamente uma intersubjetividade, não pretende a
construção de uma superciência, caracteriza-se por uma intensa reciprocidade nas trocas entre os
conteúdos curriculares, visando um enriquecimento mútuo. (MENDES, 2004)
Não há receitas prontas para se adotar a interdisciplinaridade, depende muito da integração,
da boa vontade e da criatividade dos professores em adotar uma prática que privilegie uma visão
mais globalizada do currículo, do que de técnicas especiais, onde alunos e professores são sujeitos
de sua própria ação que se engajam num processo de investigação, re-descoberta e construção
coletiva de conhecimento, que ignora a divisão do conhecimento em disciplinas”.
Diante do exposto acima é necessário que a escola esteja aberta para utilização das novas
tecnologias de maneira constante. Esta utilização não deve ser apenas voltada para um aspecto
curricular, antes, a elaboração de projetos que envolvam diversas disciplinas tendo como
instrumento o computador e as novas tecnologias são uma maneira eficiente de se “executar” a
interdisciplinaridade com sucesso.

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Fonte: profmediador.blogspot.com

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Não há unanimidade no que se refere à Informática na Educação Infantil. Alguns estudiosos são
totalmente contra, outros totalmente a favor e outros nem a favor nem contra. Só há uma
unanimidade o fato de que as crianças do século XXI estão vivenciando a Era da Informática e a
tecnologia é algo comum na existência dessa geração. São cada vez mais comuns, as crianças que
ainda nem aprenderam a falar e já estão manuseando celulares, tablets e outros equipamentos
semelhantes. Surge então, a reflexão sobre o papel da Escola e das formas como ela vem
conduzindo o processo de ensino e aprendizagem, uma vez que é função da Escola formar
indivíduos críticos, aptos a exercer funções necessárias ao desenvolvimento da sociedade.
Valente apud Viana & Abranches (online) nos alerta que experiências com o uso do computador
estimulam as crianças a aprenderem mais através de instrumentos atraentes, tornando mais viável e
rentável a aprendizagem, e pode-se dizer também mais eficaz, pois o que se é aprendido com prazer
tem maior probabilidade de permanecer, diferente do que se aprende apenas por obrigação ou do
que é decorado, no qual o aluno memoriza temporariamente, mas esquece com rapidez.
Entre as novas tecnologias, o computador ocupa um lugar de destaque pelo poder de
processamento de informação que possui. Neste contexto, o computador não pode ser visto como
“modismo”, mas como uma ferramenta que poderá contribuir no processo da aprendizagem.
Nos últimos anos, a utilização da informática na educação vem crescendo consideravelmente.
Esta utilização tem permitido a criação de várias experiências de aprendizagem. O resultado dessas
experiências evidencia a grande versatilidade da informática na educação.
Sabemos que a infância é a etapa mais importante para a formação integral do ser humano e por
isso, os profissionais que atuam na área precisam oferecer condições de aprendizagem, nas mais
diferentes áreas do conhecimento, interligadas ao processo de desenvolvimento infantil.
Na educação infantil os conteúdos pedagógicos devem ser desenvolvidos com base na vivência
das crianças, em suas relações afetivas e experiências de interação com o mundo. Pensando dessa
forma, faz tempo que a criança não vai para “escolinha” apenas para brincar. Sabe-se que é possível
ir além, com pesquisas e criação, proporcionando a interação da criança com a língua escrita,
desafios matemáticos e etc.
Um dos objetivos em introduzir a informática na educação infantil é que esta estimula a mente e o
desenvolvimento intelectual das crianças, potencializando o aprendizado. Com linguagem e
programação específica para educação infantil, a informática oferece as crianças um aprendizado

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diferenciado, estimulando e desenvolvendo áreas que talvez a aulas convencionais não consigam
alcançar. As aulas não são meras brincadeiras, através de jogos direcionados a aprendizagem, a aula
se torna mais criativa, dinâmica e motivadora, facilitando o aluno a desenvolver melhor sua
compreensão, raciocínio lógico, interpretação, aprimoramento da coordenação, noções de igualdade
e diferença entre outros. A informática é mais um método eficiente para o aprendizado da educação
infantil e vem tendo êxito em seus objetivos.
Apesar de alguns questionamentos, a informática vem se tornando uma grande aliada na
educação infantil. Não há como não reconhecer a importância da informática já que estamos
vivendo em um mundo tecnológico e mais do que nunca ela é necessária para o futuro profissional
na sociedade. Sua introdução na educação infantil leva conhecimento às crianças de modo
diferenciado, por isso ela é um importante instrumento de apoio ao aprendizado. Como vivemos
numa era moderna e tecnológica a educação não podem ficar para trás, desde que planejada e bem
implantada as crianças só tem a ganhar com uso da informática dando-lhe mais possibilidades ao
desenvolvimento.
Sabendo lidar com essa inclusão das crianças no mundo da informática desde cedo é
fundamental para mostrar que o computador não é tudo, não é somente através dele que resolvemos
tudo e trabalhamos, mas sim que ele faz parte da vida, com atividades pedagógicas incluindo junto
com outras, saber usar a informática de forma positiva fazendo com eles não deixem de brincar,
não deixem de correr para ficar sentados manipulados por uma máquina, é preciso ter muito
cuidado; ensinar a interagir, associar a informática com outras coisas, por exemplo, brincadeiras,
jogos educativos, vídeos, fotos do jeito mais saudável possível, apresentá-los a esse mundo não
significa que a partir de então só irão usar a informática em tudo, mas sim apresentá-los a algo que
irá facilitar oferecer divertimento e muita novidade a eles. Muitas escolas possuem salas de
informática algumas são poucas usadas, outras não têm computadores suficientes para todos os
alunos, mas de uma forma ou de outra é sinal de que a educação no país está progredindo, o uso da
informática é fundamental para o desenvolvimento no qual a vida é cercada de tecnologias, e tudo
caminha para evoluir sempre, principalmente em redes públicas onde a maioria das crianças é
humilde é preciso ter esta inclusão porque a escola é a garantia do futuro delas.

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Mesmo com todas essas possibilidades que a utilização da informática na educação infantil traz
nosso sistema educacional não tem recebido a atenção que merece, nem os recursos financeiros
imprescindíveis.
Para deixar mais evidente as possibilidades do uso do computador na educação infantil temos que
usar as palavras da educadora aposentada Izabel SadallaGrispino (no site:
www.izabelsadallagrispino.com.br) que enumera as diversas vantagens do uso das tecnologias na
educação infantil e como esse instrumento se sabiamente utilizado favorece o desenvolvimento do
estudante e facilita o processo de ensino-aprendizagem:

 A criança vai, aos poucos, manuseando o computador, explorando-o, conseguindo


demonstrar que sabem e que são capazes de produzir. Diante do computador, a criança tem
liberdade para criar, inventar palavras, histórias, desenhos, emocionar-se, estimular-se. Por
isso, as crianças gostam muito de trabalhar com ele.
 O computador dispõe as informações de maneira clara, objetiva, lógica, favorece a
exploração espontânea e a autonomia na aprendizagem. Ele pede reflexão, atenção,
definição do que se quer fazer. A criança aprende a se organizar e passar informações
ordenadas, digitando corretamente.
 O computador favorece a auto-aprendizagem, a autocorreção, porque dá um retorno
imediato do processo de construção. Ele trabalha numa disposição espacial das informações
que pode ser controlada, seqüencialmente, pela criança, desenvolvendo o seu campo
perceptível visual e seu raciocínio lógico. As possibilidades enriquecem-se e trazem
oportunidades variadas. Ao trabalhar imagens e textos de forma combinada, o computador
ativa os dois hemisférios cerebrais.
 No processo da aprendizagem, ele vem sendo apontado, por educadores, como um
facilitador do desenvolvimento natural da expressão simbólica da criança no uso de
caracteres gráficos.Esse fator é importante tanto na fase da alfabetização como no
desenvolvimento posterior da leitura e da escrita. Vale a pena conferir.
 Os projetos pedagógicos devem fazer com que o aluno use a tecnologia para pesquisa,
trabalhos em equipe, para raciocinar e dialogar em um mundo interativo. O computador é
uma ferramenta a mais na aprendizagem, de precioso alcance, mas não absoluto. Ele precisa

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estar conjugado a outros métodos pedagógicos, fazendo da educação um processo
abrangente e reflexivo, como, por exemplo, a formação do hábito da leitura, seguido do
debate, dotando as crianças de capacidade expressiva, de interpretação.
 A leitura freqüente leva a uma melhor escrita, a um raciocínio mais apurado, a um mais alto
nível de inteligência, a uma habilidade expressiva consistente. A psicologia vem
demonstrando que existe uma correspondência estreita, uma forte correlação entre o nível
de vocabulário e o quociente de inteligência, isto é, entre o domínio da linguagem e a
inteligência. Quanto maior o número de palavras, quanto mais elaboradas as comunicações
(por exemplo, entre crianças e pessoas adultas) mais potencializado fica o desenvolvimento
da inteligência da criança.
 Nas histórias, lidas ou contadas, deve-se ater à expressividade; ler ou falar com entonação,
com ênfase, em determinados momentos, respeitando as pontuações, as exclamações, as
interrogações, as reticências, despertando emoções, provocando reflexões, criando
verdadeiros recitais. Esse ambiente de representação recupera a arte, que foi deixada para
trás, da récita.
 Outro aspecto da função da escola é a passagem dos valores morais. A pedagogia nos ensina
que justiça, solidariedade, tolerância, obediência às regras, respeito ao limite, sãovalores
que se aprendem, como também se aprendem os antivalores: injustiça, crueldade,
preconceito, egoísmo, desrespeito ou desprezo pelas normas.
 A escola de educação infantil deve primar-se por formar moralmente as crianças, porque é
nessa faixa de idade que se constrói o alicerce. Sabemos hoje que, ultrapassada a fronteira
da infância, em torno dos 13 ou 14 anos, fase da adolescência, a mudança de personalidade
torna-se muito difícil. “É de pequeno que se torce o pepino”.
 É responsabilidade, pois, da escola infantil educar para os valores morais, assim como para
a leitura, a escrita, a comunicação, habilidades que devem ser iniciadas desde cedo, durante
a infância. Entre seus métodos de ensino, a inserção do computador não é mais escolha e,
sim, necessidade. A criança fica em dia com as inovações da época. Enquanto brinca,
enquanto aprende a lidar com o computador, alfabetizando-se, se conduzida com carinho,
com diálogo, com a devida orientação pedagógica, ela vai se modulando, pouco a pouco,
tornando-se um adulto responsável, altruísta, solidário com os demais seres humanos.

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 A escola infantil, por contribuir com esses atributos na formação da criança, é hoje,
considerada o grande baluarte da transformação social, especialmente em termos de
mudança comportamental. Ela é o alicerce da aprendizagem global, a que deixa a criança
pronta para aprender. Alicerce do desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor.

SAIBA MAIS SOBRE INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO INFANTIL EM:

http://infoeducativaemei.blogspot.com/

http://nomundodainfancia.blogspot.com

http://professoramonica.com.br

http://www.e-learningforkids.org/pt/index.html

Nestes sites você encontrará jogos, aplicativos, artigos educacionais e softwares educativos com
downloads gratuitos para utilizar na sua turma e na sua escola.

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INFORMATICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Fonte: http://www.edimarsantos.com/2011/04/alunos-do-eja-descobrem-o-computador-e.html

Sendo o Brasil um país de diversas desigualdades, não é diferente também na educação de


jovens e adultos. Embora o país tenha diminuído as disparidades sociais e econômicas nos últimos
anos, a taxa de analfabetismo ainda é muito alta no Brasil. A Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) de 2011, divulgada em setembro deste ano indicou uma taxa de 9,1% da
população com mais de 18 anos.
Embora tenhamos trazidos dados recentes, não é recente a preocupação para atender esta
população que chegaà idade adulta sem saber ler e escrever, sem saber interpretar textos e fazer
operações matemáticas.
A educação de jovens e adultos é vista como meio de alfabetizar quem não teve a oportunidade de
estudar na infância e aqueles que por algum motivo tiveram que abandonar a escola.
Fraidenraich (online) nos diz que os especialistas são unânimes em afirmar que a única
forma de melhorar os indicadores é respeitar as especificidades desse público - gente que não
terminou, ou nem sequer começou, o ensino regular. Entre os problemas apontados estão o
currículo (muitas vezes uma adaptação dos conteúdos do Ensino Fundamental), a formação

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inadequada dos professores, a prática de convocar voluntários (muitos sem preparo) para alfabetizar
jovens e adultos e a polêmica em torno da idade mínima para matricular-se na EJA (hoje são 15
anos, há quem lute para aumentar para 18 anos, numa tentativa de forçar os mais jovens a
permanecer nas redes regulares de ensino).
A EJA durante muito tempo foi colocada em segundo plano nos projetos educacionais dos
governos, mas após a regularização do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) passou a receber um pouco mais
de atenção.
Ao buscarmos conhecer um pouco sobre esse grupo específico de estudantes e como o Estado
Brasileiro se comporta diante dele encontramos no Ambiente Virtual Moodle da UFBA o breve
caminhar da Educação de Jovens e Adultos no Brasil:
 Desde a Revolução de 1930, as mudanças políticas e econômicas permitiram o início da
consolidação de um sistema público de educação elementar no país. A Constituição de 1934
estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a
educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino
primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos.
 A década de 40 foi marcada por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram a
educação de jovens e adultos: a criação e a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino
Primário (FNEP); a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP); o
surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha
de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), e outros. Este conjunto de iniciativas
permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional.
 Ao mesmo tempo, os movimentos internacionais e organizações como a UNESCO,
exerceram influência positiva, reconhecendo os trabalhos que vinham sendo realizados no
Brasil e estimulando a criação de programas nacionais de educação de adultos analfabetos.
 Em 1946, com a instalação do Estado Nacional Desenvolvimentista, houve um
deslocamento do projeto político do Brasil, passando do modelo agrícola e rural para
um modelo industrial e urbano, que gerou a necessidade de mão-de-obra qualificada
e alfabetizada.
 Em 1947, o MEC promoveu a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA).
A campanha possuía duas estratégias: os planos de ação extensiva(alfabetização de grande
parte da população) e os planos de ação em profundidade (capacitação profissional e
atuação junto à comunidade). O objetivo não era apenas alfabetizar, mas aprofundar o
trabalho educativo. Essa campanha – denominada CEAA – atuou no meio rural e no meio
urbano, possuindo objetivos diversos, mas diretrizes comuns.

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 Em 1952 foi criada a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER), inicialmente ligada a
Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos - CEAA. A CNER caracterizou-se, no
período de 1952 a 1956, como uma das instituições promotoras do processo de
desenvolvimento de comunidades no meio rural brasileiro.
 Ainda nos anos 50, foi realizada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo
(CNEA), que marcou uma nova etapa nas discussões sobre a educação de adultos. Seus
organizadores compreendiam que a simples ação alfabetizadora era insuficiente, devendo
dar prioridade à educação de crianças e jovens, aos quais a educação ainda poderia significar
alteração em suas condições de vida. Em 1963 foi extinta, juntamente com as
outras campanhas até então existentes .
 Em 1958, foi realizado o segundo Congresso Nacional de Educação de Adultos, objetivando
avaliar as ações realizadas na área e visando propor soluções adequadas para a questão.
Foram feitas críticas à precariedade dos prédios escolares, à inadequação do material
didático e à qualificação do professor.
 Na década de 60, com o Estado associado à Igreja Católica, novo impulso foi dado às
campanhas de alfabetização de adultos.
 No entanto, em 1964, com o golpe militar, todos os movimentos de alfabetização que se
vinculavam à ideia de fortalecimento de uma cultura popular foram reprimidos.
 O Movimento de Educação de Bases (MEB) sobreviveu por estar ligado ao MEC e à igreja
Católica. Todavia, devido às pressões e à escassez de recursos financeiros, grande parte do
sistema encerrou suas atividades em 1966.
 A década de 70, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do Movimento
Brasileiro de Alfabetização – o MOBRAL, que era um projeto para se acabar com o
analfabetismo em apenas dez anos.
 Após esse período, quando já deveria ter sido cumprida essa meta, o Censo divulgado pelo
IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na população de 15 anos ou mais. O programa
passou por diversas alterações em seus objetivos, ampliando sua área de atuação para
campos como a educação comunitária e a educação de crianças.
 O ensino supletivo, implantado em 1971, foi um marco importante na história da educação
de jovens e adultos do Brasil. Foram criados os Centros de Estudos Supletivos em todo o
País, com a proposta de ser um modelo de educação do futuro, atendendo às necessidades de
uma sociedade em processo de modernização. O objetivo era escolarizar um grande número
de pessoas, mediante um baixo custo operacional, satisfazendo às necessidades de um
mercado de trabalho competitivo, com exigência de escolarização cada vez maior.
 No início da década de 80, a sociedade brasileira viveu importantes transformações sócio-
políticas com o fim dos governos militares e a retomada do processo de democratização,
basta lembrar da campanha nacional a favor das eleições diretas.

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 Em 1985, o MOBRAL foi extinto, sendo substituído pela Fundação EDUCAR. O contexto
da redemocratização possibilitou a ampliação das atividades da EJA. Estudantes, educadores
e políticos organizaram-se em defesa da escola pública e gratuita para todos.
 A nova Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a EJA: o ensino
fundamental, obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que
a ele não tiveram acesso na idade apropriada.
 Contudo, a partir dos anos 90, a EJA começou a perder espaço nas ações governamentais.
 Em março de 1990, com o início do governo Collor, a Fundação EDUCAR foi extinta e
todos os seus funcionários colocados em disponibilidade. Em nome doenxugamento da
máquina administrativa, a União foi se afastando das atividades da EJA e transferindo a
responsabilidade para os Estados e Municípios.
 Em janeiro de 2003, o MEC anunciou que a alfabetização de jovens e adultos seria uma
prioridade do novo governo federal. Para isso, foi criada a SecretariaExtraordinária de
Erradicação do Analfabetismo, cuja meta é erradicar o analfabetismo durante o mandato de
quatro anos do governo Lula.
 Para cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, por meio do qual o
MEC contribuirá com os órgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino
superior e organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações de alfabetização.
 No Programa Brasil Alfabetizado, a assistência é direcionada ao desenvolvimento de
projetos com as seguintes ações: Alfabetização de jovens e adultos eformação de
alfabetizadores.O Programa está em andamento, por isso não é possível, ainda, afirmar se
o objetivo pretendido foi alcançado.

Esta atenção maior direcionada ao EJA se justifica até mesmo porque, já não basta capacitar os
alunos para futuras habilitações nas especializações tradicionais. O que se deve ter em vista é a
formação e desenvolvimento das capacidades destes alunos de maneira que produzam novos
saberes, formando assim um profissional, cidadão e ser social que possua meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores.
Existem alguns estudos a respeito da inclusão digital em um grupo tão específico, o que é de se
pensar e incluir na EJA; a alfabetização digital.
Esta população que ainda não tem acesso às letras está sendo bombardeada continuamente
pela necessidade do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação. Na TV, em qualquer
programa que assistimos @s apresentadores nos sugerem acessarem as respectivas páginas virtuais

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para opinarmos em alguma enquete, para sugerirmos novos quadros, ou até mesmo para revermos
as atrações e notícias.
Imagine como uma pessoa que não tem acesso a essa possibilidade se sente?
Por isso é imprescindível que a alfabetização e a educação continuada deste público específico não
fique apenas no B-A =BA. Ao iniciar o ensino das letras, deve-se ter em mente a inclusão digital,
pois aquel@ senhor@ que está aprendendo a segurar o lápis, ela deseja adentrar o site de culinária,
copiar uma receita que viu no programa da manhã e também deseja saber mais detalhes sobre
alguma notícia que escutou no rádio.
Uma das maiores autoridades em alfabetização do mundo, Emília Ferreiro, diz que o
processo de alfabetização no contexto atual deve inclusive deixar um pouco de lado o lápis e papel
e focar a alfabetização no teclado do computador e nos meios digitais. O mundo necessita de seres
humanos que saibam se comunicar através das novas tecnologias.
Se a proposta da Educação de Jovens e Adultos é incluir estes cidadãos no mundo, através
da alfabetização e da educação, ao excluir esta parcela da população da Era Digital, estará sendo
totalmente controverso no seu propósito.
Diante desta realidade, Paiva (2005) em sua tese, destaca queo processo de alfabetização e
educação não deve ser restrito ao simples fato de juntar letras para formar sílabas:

Na contemporaneidade, pois, a educação de jovens e adultos continuou


adquirindo novo sentido. Fruto das práticas que vão se fazendo nos espaços
que educam nas sociedades, este sentido se produz em escolas, em
movimentos sociais, no trabalho, nas práticas cotidianas. Para além da
alfabetização, cada vez se afastou mais, nas políticas das conquistas e
reconhecimento do valor da educação como base ao desenvolvimento
humano, social e solidário. Mais que alfabetização, o direito constitucional
de ensino fundamental para todos, sintetizou o mínimo ao que se chegara, o
de aprender a ler e a escrever com autonomia e domínio suficientes para,
em processo de aprendizado continuado, manter-se em condições de
acompanhar a velocidade e a contemporaneidade do desenvolvimento das
ciências, técnicas e tecnologia: das artes, expressões, linguagens, culturas;
enfim, do que o mundo especialmente globalizado no tocante à difusão de
informações, conferia à história.
Paiva, 2005, p.15.

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A educação desta parcela da população excluída e marginalizada por não conhecer as letras,
deve ser voltadapara sua realidade, deve ajudar @s alun@s a serem autônomos e independentes em
resoluções de problemas simples do seu cotidiano, como usar um caixa eletrônico sem precisar da
ajuda de estranhos, saber fazer sua declaração de Isenção de Imposto de Renda e outras demandas
que um cidadão alfabetizado e com conhecimento digital consegue efetuar.
Na confluência entre as desigualdades de acesso ao computador e à internet, a demanda dos
educandos da EJA pelo acesso ao mundo digital através da escola, a necessidade de desenvolver
práticas significativas na área e o reconhecimento da aprendizagem informacional como fator de
inclusão social parece existir uma relação que dialoga com os processos de formação dos
educadores de pessoas jovens e adultas. (XAVIER, 2010).

Assista ao vídeo sobre a utilização do computador na alfabetização e à apresentação sobre a


importância da inclusão da informática na EJA:

 http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/computador-pode-ser-
grande-aliado-alfabetizacao-adultos-515592.shtml
 http://www.slideshare.net/Jaquehil/eja-incluso-digital-presentation#btnNext

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RESUMO DO PRIMEIRO MÓDULO

A Sociedade da Informação está em pleno curso e não podemos remar contra a maré. Mais
do que nunca somos bombardeados por informações das mais úteis às de pior espécie. O que se
espera de um cidadão nesta sociedade é que possa ter discernimento e sabedoria para utilizar essa
quantidade enorme de informações da melhor maneira possível. Diante dessa perspectiva cabe à
educação preparar os cidadãos para uso racional e efetivo dos benefícios da informática,
Pensando nessa conjuntura, teóricos da educação já vislumbravam tal horizonte desde
meados do século XX quando começou a popularização dos computadores pessoais. Omatemático
sul-africano conceitua as abordagens Construcionista e Instrucionista, a saber:
Construcionista a abordagem pela qual o aprendiz constrói, por intermédio do computador, o
seu próprio conhecimento, o computador passa a ser apenas um suporte, em que aluno ensina o
computador por meio da exploração, interação, investigação e descoberta, e o professor é mediador.
No construcionismo o aluno constrói algo de seu interesse, tornando aprendizagem mais
significativa.
Instrucionista - Esse paradigma consiste em implementar no computador uma série de
informações e essas informações são passadas aos alunos na forma de um tutorial, exercício-e-
prática, jogo, simulação. É o paradigma que transfere para o computador a tarefa de ensinar, ou
reforça as atividades realizadas em sala de aula. O ensino instrucionista é meio mais utilizado ainda
nas escolas.
As discussões sobre utilização da informática na educação brasileira iniciaram-se na década
de 1970.Desde então, foram diversos programas educacionais propostos pelo governo após
seminários e reuniões com pessoal especializado. Os mais conhecidos e de maiores sucessos foram
o EDUCOM e o PROINFO.
O primeiro visava instalar projetos piloto de informática educacional para promoção da
pesquisa na área e o segundo consistia na distribuição de computadores nas escolas públicas do país
e montagem de laboratórios de informática nas escolas que se interessassem.
A informática possui a capacidade de navegar por todas as áreas do conhecimento da
educação básica promovendo diálogo entre elas. A interdisciplinaridade da informática supera a
fragmentação do saber e integra os conhecimentos.

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Diante de diversas possibilidades de uso da informática na educação, pode-se utiliza-la
também na implementação da educação infantil, através de todos os estímulos visuais e sonoros
possibilitados pela tela do computador e todos os outros equipamentos disponíveis hoje em dia;
tablets, smartphones e etc.
Existem inclusive estudos que sugerem que a alfabetização se dê unida aos recursos
tecnológicos. Totalmente pertinente em uma sociedade em quem é cada dia mais comum ver
crianças que ainda nem saíram das fraldas manuseando tablets e interagindo com equipamentos
tecnológicos
Da mesma maneira que na educação infantil, a educação de Jovens e Adultos não pode ficar
de fora da inclusão digital, esta parcela da população que foi negligenciada na educação formal,
pode através da EJA, utilizar diversos recursos digitais. Muitos professores tem trabalhado a
informática em conjunto e como instrumento de aprendizagem desta parcela da população.
Fica claro ao finalizar este módulo, que é impossível pensar a educação do século XXI sem
ter como um dos instrumentos de ensino aprendizagem o computador, e tantas outras tecnologias da
informação e comunicação. Vivemos em um mundo informatizado e a escola precisa se adaptar e se
qualificar para ensinar desde a criança mais nova ao mais idoso senhor a viver no mundo atual, que
nos assusta com todos os seus botões e telas sensíveis ao toque.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de. Informática e Formação de Professores. MEC, Secretaria de


Educação a Distância PROINFO, Brasília,1999.

ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de; ALMEIDA, Fernando José. TV eInformática na Educação.


MEC, Secretaria de Educação a Distância PROINFO, Brasília,1998.

BARRETO, Raquel, Goulart. Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente.


Disponível em: <www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22617.pdf> Acesso em: 2 de setembro de 2011

FAZENDA, I. C. A. (coord); Práticas Interdisciplinares na escola; 8ª ed. São Paulo: Cortez;


2001.

KENSKI, V. M.Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003.

MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Novas tecnologias na Educação: reflexões sobre a prática.
Maceió: EDUFAL, 2002

MENDES, Vanessa. A Informática e a Interdisciplinaridade no Ensino Fundamental.


Londrina, UEL, 2004 (Monografia). Disponível em:
http://www2.dc.uel.br/nourau/document/?code=52 Acesso em 26 de novembro de 2012.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática Educativa: magistério, formação e trabalho


pedagógico. São Paulo: Papirus, 2007.

PAIVA, Jane. Educação de Jovens e Adultos: Direitos, Concepções e Ensino. UFF, Niterói,
2005 (Tese). Disponível em: http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/2/TDE-2006-08-
11T111132Z-303/Publico/UFF-Educacao-Tese-JanePaiva.pdf. Acesso em 20 de novembro de 2012

SANTANCHÉ, André & TEIXEIRA, Cesar Augusto Camilo. Integrando Instrucionismo e


Construcionismo em Aplicações Educacionais através da Casa Mágica. Rio de Janeiro, 1999

SANTOS, Neila Andrade Tostes López dos. Sala De Informática: Ensino E Aprendizagem
Interdisciplinar Em Uma Escola Bem Sucedida Da Rede Municipal De Ensino. Disponível em
<http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/124/108> Acesso em 26 de
novembro de 2012

VALENTE, J. A. Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação,2ª ed. Campinas,


SP: UNICAMP/ NIED, 1998.

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