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ESQUADRINHANDO IDÉIAS NA EDUCAÇÃO

PROFISSIONALIZANTE COM O ADVENTO DOS BLOGS: TECNOLOGIA


COMPUTACIONAL DA NOVA ERA OU ANTIGA EDUCAÇÃO?

Simone Mirian Rizental1


Marciana Pelin Kliemann2
RESUMO:

Objetivo do presente artigo é apresentar, divulgar e propor a utilização


de softwares de HQ’s que fomentem a produção e auxiliem na organização do
trabalho do docente no ambiente escolar. Para isso, foram feitas indicações de
software livre tal como o HagáQuê e alguns sites onde há softwares livres que
poderão auxiliar a dinamizar o trabalho escolar. Foram enfocados três
aspectos: a construção e uso da HQ’s utilizando programas em sites gratuitos
tais como o Toondoo, a estruturação de um Blog didático pedagógico para que
sejam postados os trabalhos de sala de aula, os quais facilitarão o trabalho
pedagógico de acompanhamento do Professor com relação aos trabalhos
desenvolvidos pelos alunos e a utilização organizada de ambientes virtuais que
estarão em uso, sendo publicados e utilizados para desenvolver os conteúdos
do professor em sala de aula. Cujos autores foram Vieira (2006), Bruzamarelo
et al (2010), (KLIEMANN, 2004), Fogaça (2003), JARCEM (2007), Lailson de
Holanda Cavalcanti (2005), CARDOSO (2005), Gomes e Silva (2006),
Marcuschi (2004), Baltazar e Aguaded (2005), Soares (2002), Baltazar e
Germano (2006). Aplicação do projeto revelou-se de extrema valia, pois além
de trabalhar o meu projeto, aprendi muito com os professores participantes e
suas disciplinas. Os resultados obtidos foram importantes, pois os professores
se sentiram maravilhados com a construção de seus Blogs, onde hoje postam
seus trabalhos e informações de suas disciplinas, o que os mantém atualizados
junto aos alunos e outros professores, pois fazem a interatividade com pessoas
até de outros países.

1
Professora da Rede Estadual de Ensino – SEED – aluna do PDE – Programa de Desenvolvimento em
Educação, 2010.
2
Professora Orientadora – Colegiado de Pedagogia – UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do
Paraná.
Palavras Chave: HQ’s em sala de aula, Docência Escolar, Blog
Pedagógico, Software Pedagógico.
ABSTRACT

Keyworks:
INTRODUÇÃO

A proposta constitui-se em um manual de uso do site Toondoo, dentre


os muitos possíveis, para a produção de Histórias em quadrinhos - HQ’s, que
poderão ser utilizadas nas diversas disciplinas dos cursos técnicos
profissionalizantes, as quais poderão ajudar na compreensão das unidades
temáticas das diversas disciplinas.
Esta Proposta Pedagógica foi uma proposição da pesquisa do uso de
HQ’s para a implementação na Educação Profissional, utilizando-os como base
de compreensão dos conteúdos de sala de aula, tornando-os mais prazerosos
através da ludicidade e esclarecendo o plágio sob o aspecto de trabalhos com
excessivos recursos técnicos computacionais de copie e cole, sem nem mesmo
saberem o que estão copiando.
Prevê um apoio para reflexões, informações e sugestões que auxiliem
os professores da rede pública estadual em suas aulas, possibilitando
experiências de aprendizagem com os alunos do ensino médio e subseqüente,
de tal forma que os alunos possam retratar suas ideias no site Toondoo e
posteriormente divulgar em blogs feitos pelos próprios alunos ou pelos
professores que mediarão o trabalho.
As atividades sugeridas buscaram apontar referências conceituais e
metodológicas, para sustentar a ação docente e trabalhar as HQ’s de uma
forma flexível e prazerosa, ao promover experiências de criação. Com um
enfoque prático, o trabalho teve como objetivo principal, construir alternativas
metodológicas que articulam criação, experimentação, criticidade e análise,
para a utilização de softwares de HQs, que fomentem a produção e auxiliem na
organização do trabalho do docente no ambiente escolar.
Espera-se que por meio do uso das HQs, ao transitar pelas experiências
do fazer, do fruir e do investigar, sejam proporcionadas aos alunos, situações
que permitam com que eles conheçam e vivenciem novas possibilidades de se
fazer as HQ’s e assim, favoreça o desenvolvimento da observação, da
percepção e da criatividade.
Porém, mesmo com a disponibilidade de recursos tecnológicos
atualmente existentes nas escolas paranaenses e do trabalho de formação
continuada dos professores desenvolvido pelo Estado do Paraná nas escolas
através do trabalho dos Pedagogos, os quais estão envolvidos diretamente no
atendimento aos professores que precisam ministrar suas aulas, ainda não se
verifica uma cultura de uso adequado dos diversos recursos tecnológicos no
âmbito escolar, principalmente pelos professores. Perde-se com isso, tempo
precioso e todo um conjunto de dados e informações que poderiam ser
utilizadas em benefício da escola, do professor e dos alunos.
Passou-se a existir a necessidade de pesquisas, voltadas para a
utilização da tecnologia disponível como recurso educacional, bem como,
roteiros de utilização voltados aos profissionais docentes que muitas vezes não
conseguem enxergar o uso do computador no ensino como ferramenta
pedagógica.

APORTE TEÓRICO

O PROINFO3 existe desde 1996, foi idealizado e criado pelo MEC 4


junto com as secretarias de todos os estados brasileiros, estando pautada em
quatro objetivos que são:
• Melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem;
• Possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes
escolares, mediante incorporação adequada das novas tecnologias da
informação pelas escolas;
• Propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e
tecnológico;
• Educar para uma cidadania global, numa sociedade tecnologicamente
desenvolvida.
No Paraná, a adesão ao programa ocorreu no primeiro semestre de
1997, quando foram elaborados pelas escolas públicas, com auxílio de técnicos
da SEED/PR5, os projetos educacionais de incorporação de computadores às
escolas, adequações físicas e aplicabilidades pedagógicas dos recursos.
Entre 2003 a 2009 ocorreram várias modificações na área tecnológica

3
Programa Nacional de Tecnologia Educacional.
4
Ministério da Educação e Cultura.
5
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
na educação do Paraná, tendo como principal a criação dos CRTE6, com os
assessores de tecnologias que fazem a ponte entre os NRE 7 e as escolas.
Estes assessores desenvolvem o processo de formação na área de
tecnologia junto aos professores, estimulam o uso do software livre e a
estratégia metodológica baseado na apropriação dos conteúdos científicos
historicamente produzidos, tendo o professor como o intermediador da relação
entre aluno e conhecimento.
Vieira (2006, p.2) afirma:

os recursos tecnológicos de comunicação e informação têm se


desenvolvido e se diversificado rapidamente. Eles estão presentes na
vida cotidiana de todos os cidadãos, que não podem ser ignorados ou
desprezados. Embora seja possível ensinar e aprender sem eles, as
escolas têm investido cada vez nas Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação (NTICs). Pela enorme influência que
essas NTICs, especialmente a computação, têm exercido atualmente
na educação é que torna-se necessária uma reflexão sobre a
concepção de aprendizagem que deverá perpassar a utilização dessa
tecnologia na prática educativa.

Mesmo que seja possível ensinar e aprender sem elas, as escolas


investem cada vez mais nas TIC. Pela enorme influência que têm exercido
atualmente na educação, é que torna-se necessária uma reflexão sobre a
concepção de aprendizagem, que ocorrerá devido a utilização dessa tecnologia
na prática educativa.
Vieira (2006, p 2) confirma que:

Para que as NTICs promovam as mudanças esperadas no processo


educativo, devem ser usadas não como máquinas para ensinar ou
aprender, mas como ferramenta pedagógica para criar um ambiente
interativo que proporcione ao aprendiz, diante de uma situação
problema, investigar, levantar hipóteses, testá-las e refinar suas
idéias iniciais, construindo assim seu próprio conhecimento.

Ainda em consonância com o mesmo autor, deve-se estar ciente de


que a utilização desses recursos como método único na educação, não irá
garantir a aprendizagem dos estudantes, pois as mesmas são instrumentos de
ensino que estão disponíveis para o processo de construção de conhecimento,
bem como, essa mudança deve ser acompanhada de uma sólida formação dos
professores, para que eles possam utilizá-las de uma forma responsável e com

6
Coordenação Regional de Tecnologia na Educação
7
Núcleo Regional de Educação.
potencialidades pedagógicas verdadeiras, não sendo utilizadas como máquinas
divertidas e agradáveis para passar o tempo.
Devemos estar cientes de que a utilização desses recursos como
artifício único na educação, não garantirá o ensino-aprendizagem dos
estudantes, pois são instrumentos de ensino que estão disponíveis para o
processo de edificação do conhecimento.
Compartilhando das palavras do texto de Bruzamarelo et al (2010,
p.347), “foi dito que o computador está propiciando uma verdadeira revolução
no processo de ensino-aprendizagem. Uma das razões dessa revolução é o
fato de ele ser capaz de ensinar”. Destaca-se aí o método instrucionista de
Skinner, o aprendizado por instrução e produção dando origem então ao
Construcionismo de Seymour Papert (KLIEMANN, 2004). Os professores
imaginavam que com o advento dos computadores na educação, os
encaminhamentos metodológicos seriam de certa forma “milagrosos”, contudo,
ocorreram mais polêmicas e agitação do que auxílio na resolução dos
problemas.
Desta forma, com a inserção dos computadores na educação,
ocorreram questionamentos entre os métodos e a prática educacional, como
utilizá-las como ferramentas pedagógicas? Provocando uma enorme
insegurança em alguns professores que não queriam e nem tinham interesse
na entrada desta tecnologia em suas vidas, pensando que poderiam ser
substituídos por eles.
Devido a Revolução da Informação, a Internet passa a ser presente em
quase todos os lugares do mundo e a incentivar a busca do conhecimento.
Tendo inúmeras funções, sobretudo como fonte de comunicação, nos ajuda a
substituir, formular ideias e opiniões, nos negócios, compartilha experiências,
entre outras coisas.
Todos conseguem aprender com a internet, ela tornou-se uma das
principais formas de ensino nesse século.
Informações que antes eram conseguidas com muita pesquisa e
esforço, hoje podem ser abordadas em minutos ou segundos através de
qualquer site de busca na Internet. Para que isso ocorra, a educação vem
procurando oferecer uma formação mais adequada às novas necessidades da
vida moderna, introduzindo a Internet como uma nova ferramenta de ensino.
Atualmente essa rede mundial de informação ganhou uma grande
importância na Educação, devido estar surgindo em nosso mundo uma nova
sociedade: a sociedade informatizada. Nessa nova sociedade não existirá
mercado de trabalho para o "analfabeto digital", pois superar a informática e
saber utilizar a Internet, está se tornando tão importante quanto saber ler e
escrever. Esse acontecimento pode ser comprovado nos anúncios de
empregos, onde uma das exigências básica mais solicitada pelos anunciantes
é o conhecimento em informática.
O uso da Internet na educação simplifica muito o processo de ensino.
Podemos criar ambientes virtuais de aprendizagem, onde o aluno encontra nas
“salas de aulas virtuais”, a matéria a ser estudada e as tarefas a serem feitas,
permitindo que o processo de aprendizagem possa ocorrer em diferentes locais
e não só na sala de aula tradicional.
Nesses ambientes, os alunos podem estabelecer seus horários de
estudo de acordo com suas necessidades e no seu próprio ritmo, levando mais
ou menos tempo que o habitual no aprendizado de determinadas matérias, até
que o aprendizado atingido seja suficiente para adquirir os objetivos propostos,
permitindo que o aluno desenvolva mais seu raciocínio, autonomia e até a sua
capacidade de aprender a aprender, o que repercutirá no seu futuro pessoal e
profissional.
Precisamos nos conscientizar do quanto a Internet é necessária como
auxiliar da educação. É necessário que nossos alunos tenham um melhor
preparo educacional, para que possam ter condições de viver ativamente
dentro dessa nova sociedade informatizada, e isso será alcançado com a união
entre a tecnologia e o ensino.

1.1 Utilização de HQs em sala de aula

As HQs fascinam a todos, desde crianças até adultos, acredita-se que


o primeiro desenhista de quadrinhos tenha sido o homem das cavernas,
contando suas aventuras e que até os dias atuais, ainda são estudadas pelos
historiadores para contar a histórias da antiguidade, que são mais ricas em
conhecimento e informação que qualquer outro recurso didático, demonstrando
a importância dos desenhos, não apenas para a comunicação, mas inclusive
para a transmissão de uma cultura, sem com isso pretender tomar o lugar do
educador.
Fogaça (2003, p.122) aponta que:

Nesta era da comunicação e informação, a sociedade não mais


permite leituras que objetivem uma única interpretação, estável e
universal, nem mesmo leitores apenas de livros. Pelo contrário, hoje é
cada vez mais necessário que o sujeito seja capaz de compreender
as muitas linguagens e múltiplos códigos que o envolvem como, por
exemplo, pintura, cinema, teatro, propaganda, HQs.

Tem sua origem nos jornais americanos do século XIX, devido o


avanço da imprensa e dos novos meios de comunicação. Foram seus
precursores o suíço Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês
Georges ("Christophe") Colomb, e no Brasil através do italiano Angelo Agostini,
sendo que muitos consideram a primeira história em quadrinhos a criação de
Richard Fenton Outcalt, The Yellow Kid (A criança Amarela) em 1896, o qual
sintetizou tudo o que já havia antes e introduziu um elemento novo o “Balão”,
local onde se coloca as falas dos personagens. (JARCEM 2007, p.2), assim
como determinamos as metáforas e as onomatopéias.
A primeira HQs no Brasil, segundo Lailson de Holanda Cavalcanti
(2005), foi um “desenho que representa a realidade de forma humorística e
alegórica” datada de 1831, na publicação O Corcundão, do Estado de
Pernambuco, sendo que a primeira revista de caricaturas regular e de longa
duração foi a Semana Ilustrada, do alemão Henrique Fleiuss, que tornou-se
modelo para todas as publicações humorísticas brasileiras do século XIX.
Aparecer mais precisamente em 30 de janeiro de 1869, a primeira
história em quadrinhos com a prematura participação do humor gráfico na
disputa da realidade política e social brasileira, cuja obra tive um grande
impacto social. Desponta dentre outros o italiano Ângelo Agostini radicado no
Brasil, grande crítico do 2º Império no País, sendo identificado como aquele
que introduziu a linguagem gráfica sequêncial e um dos precursores da 9ª Arte,
devido as suas séries “As aventuras de Nhô Quim e as Aventuras de Zé
Caipora”, criadas em 1869 e 1883, onde surgem os primeiros personagens
fixos dos quadrinhos nacionais (CARDOSO, 2005, p 12).
Agostini (1905), esteve também ligado à história junto à educação com
a introdução das HQs direcionadas ao público infantil brasileiro, uma vez que
elaborou o logotipo para a revista “O Tico-Tico”, publicada em 1905 pela
Editora O Malho, que traz em seu conteúdo inclusive, seções instrutivas, sendo
a primeira revista infantil a publicar regularmente quadrinhos no Brasil 8. No final
da década de 90, as HQs surgem na internet.
Antigamente as HQs eram tidas como nocivas e prejudicavam o
desenvolvimento cognitivo e psicológico das crianças, por serem voltadas ao
divertimento. (Fogaça, 2003 p.3), por isso, por um bom tempo estas foram
marginalizadas na escola e fora dela também, apenas na década de 80 é que
voltam a ser consideradas como instrumento de ensino-aprendizagem,
inclusive como fonte inspiradora para outras artes. Sua principal característica
é a seqüência de imagens com lógica, linguagem dinâmica, uso de expressões
regionalistas, etc. Desenvolvendo o imaginário do leitor, a criação do produtor,
a capacidade de utilização dos vários sentidos, entre outras possibilidades que
podem ser pensadas, planejadas e propostas pelos professores em
concordância com os alunos.
As Tecnologias da Informação incorporaram quase todos os processos
de criação das HQs, através dos diversos softwares gráficos, tornando assim
mais fácil a utilização das mesmas por qualquer pessoas, podendo até
transformá-las em HQtrônicas9, que poderão ser lidas na tela do computador.
Hoje os computadores não são mais uma moda ou tendência, são itens
fundamentais nos estúdios de criação de HQs, pois agilizam a produção,
permitindo a população adulta, a experimentação dentro desta modalidade de
trabalho de criação.
Gradualmente há o desencadeamento de novos programas destinados
a criação de HQs na internet, deixando aos desenhistas escolher aquele ao
qual melhor se adaptam, desligando quase que definitivamente do papel e do
lápis e adotando o computador como seus instrumentos de trabalho.
As HQs disponibilizadas na internet através de Blogs, não significam
ameaça as tradicionais HQs impressas, ao contrário, muitas vezes estas
migram para o suporte de papel, tornando-se muito popular, a diferença é que
as impressas podem ser lidas em qualquer lugar, enquanto que as eletrônicas

8
Criada em 1905, a revista O Tico-Tico foi publicada até 1962, acompanhando a infância de
várias gerações de brasileiros (VERGUEIRO & SANTOS, 2005)
9
Histórias em Quadrinhos Eletrônicas.
dependem do computador, porém no futuro talvez isso possa ser modificado.
As atividades desenvolvidas através da produção de HQs, permite que
se aprendam técnicas onde se criam personagens que discutam, expliquem
conteúdos curriculares através da ação lúdica, a qual faz com que se aprenda
com mais facilidade
Apresentar roteiros de utilização desta ferramenta aos professores, fará
com que os mesmos modifiquem sua prática pedagógica, tornando-a
inovadora, para tanto esta Unidade Temática prevê a formação continuada
inicialmente de 20 horas, podendo estender-se para as necessidades dos
professores juntamente com os assessores do CRTE os quais estão sempre a
disposição das escolas.

1.2 Blog como ferramenta de ensino-aprendizagem

Os weblogs surgiram nos anos 90 e hoje são conhecidos simplesmente


como BLOG; Gomes e Silva (2006, p. 290), afirmam que “é comum encontrar
na bibliografia referências que atribuem à criação do primeiro weblogue a Tim
Berners Lee, o criador da web”. Os autores lembram que o termo weblog,
apesar de não haver um consenso, pode ter sido impresso por Jorn Barger por
volta de 1996.
Marcuschi (2004), vislumbra o blog como um espécie emergente na
mídia virtual, porém podemos afirmar que ele foi assimilado rapidamente por
jovens e adultos que o utilizam com finalidades pessoais e profissionais. No
princípio, imperou a seguinte idéia:

... os blogs funcionam como um diário pessoal na ordem cronológica


com anotações diárias ou em tempos regulares que permanecem
acessíveis a qualquer um na rede. Muitas vezes, são verdadeiros
diários sobre a pessoa, sua família ou seus gostos e seus gatos e
cães, atividades, sentimentos, crenças e tudo o que for conversável.
(MARCUSCHI, 2004, p. 61).

O fato é que os blog tornaram-se cada vez mais populares, complexos


e diversificados. Um weblog, blog ou simplesmente blogue, pode ser definido
como um diário eletrônico, atualizado constantemente, cujos posts ou
conteúdos são normalmente curtos e abrangem assuntos diversos. Além disso,
combinam diferentes sons e imagem. No início, o Blog caracterizou-se por uma
experiência pessoal, mas hoje se encontram, por exemplo, blog coletivo criado
por pessoas que tem algum interesse em comum. Baltazar e Aguaded (2005,
p. 1) ressaltam que um “aspecto interessante deste instrumento é precisamente
a forma como impulsiona a comunicação entre indivíduos com os mesmos
interesses”.
Ocorre diversos benefícios quando da utilização de Blog como
ferramenta pedagógica no processo ensino-aprendizagem, podemos ressaltar
as diversas perspectivas de seu uso no meio acadêmico citando a motivação,
trabalho em equipe, incentivo a pesquisa, desenvolvimento da criatividade,
noção de síntese, criticidade, sensação de competitividade, dentre outros,
O Blog ainda é considerado uma novidade na prática de ensino como
método de aprendizagem, todavia, aos poucos está ganhando campo por ser
uma técnica gratuita, de simples utilização e manuseio, com enorme atrativo
para o público juvenil e mesmo o adulto.
Os gêneros textuais como o BLOG estão sendo muito estudados, pois
eles contribuem para uma mudança de perspectiva no ensino e aprendizagem.
O estudo de gêneros digitais pode ser uma importante ferramenta para o
letramento ou o efetivo domínio das práticas sociais de leitura e de escrita. De
acordo com Soares (2002, p. 156), “o letramento é fenômeno plural, histórica e
contemporaneamente: diferentes letramentos ao longo do tempo e também
diferentes no nosso tempo”. Conclui-se que as TIC de escrita geram diferentes
práticas de leitura e escrita. Dessa forma, é fundamental proporcionar aos
alunos a promoção a diferentes gêneros na escola e há necessidade de se
trabalhar os gêneros digitais, com os quais os alunos estão em contato
diariamente dentro de seu cotidiano.
Baltazar e Aguaded (2005, p. 4), assim como Baltazar e Germano
(2006, p. 5-6), apresentam uma tipologia de blog no ensino. De acordo com
Baltazar e Germano (2006, p. 6), os blog de professores na grande maioria,
“funcionam como um tipo de diário do professor, um local onde disponibilizam
informações sobre as aulas, o programa, a matéria dada, bibliografia etc.”
Funcionam como um mostruário do trabalho desenvolvido pelo professor e que
normalmente não possibilita a interação e comunicação entre alunos e
professor.
Alguns Blogs são criados e mantidos pelo professor e pela turma, para
uma determinada disciplina. O principal objetivo deste tipo de blog é dar
continuidade ao trabalho desenvolvido no espaço de sala de aula, animando o
trabalho coletivo e motivando todos os componentes da turma a participar,
escrevendo posts e comentários, colocando questões, publicando trabalhos,
etc. A participação de todos dá ao blog uma dinâmica que o enriquece e
consideramos que é este o tipo de blog com mais potencialidades no ensino é
que mais se desenvolverá.
Por ser simples e não necessitar de aprender a linguagem de
programação para se criar seu próprio Blog, todos os professores podem
facilmente manuseá-los, preparando aulas diferenciadas, apresentando seus
conteúdos, além de ser um excelente canal de comunicação para a educação,
de incentivo ao convívio e aprendizagens de novas tecnologias.

RESULTADOS/OU METODOLOGIA

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA OU ELETRÔNICA

BALTAZAR, N.; AGUADED, I. Weblogs como recurso tecnológico


numa nova educação. Revista de Recensões de Comunicação e
Cultura, 2005. Disponível em:
http://www.eca.usp.br/nphqeca/agaque/ano2/numero/2/artigosn2-
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BARBOZA, Alexandre, RAMOS Paulo, VILELA Túlio, RAMA Ângela,
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Carlos Guilherme, PRIETCH , Soraya Silva. A Utilização do Blog
como Ferramenta de Ensino- Aprendizagem para o Ensino Médio
na Escola Estadual Major Otávio Pitaluga, Disponível em:
http://www.br-ie.org/pub/index.php/wie/article/viewFile/920/906 -
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CARDOSO, Athos Eichler. Nhô-Quim e Zé Caipora. In: AGOSTINI,


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quadrinhos brasileiros 1869-1883.

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construção do quadrinho virtual como recurso para
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Campinas: CEDES, v. 23, n. 81, p. 143-160, 2002.
VALENTE, J. A. Diferentes usos do computador na educação. São
Paulo: 1993.
VERGUEIRO, Waldomiro; SANTOS, Roberto Elísio dos. O Tico-Tico:
centenário da primeira revista de quadrinhos do Brasil. São Paulo:
Opera Graphica, 2005.
VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Utilização das Novas Tecnologias
na Educação numa Perspectiva Construtivista. Mestranda em
Ciências da Educação no Instituto Superior Pedagógico Enrique José
Varona, La Habana – Cuba.
http://geocities.yahoo.com.br/cantinhovirtualdaeducacao/novastecnolog
ias.html, Acesso em 22 de set. de 2010.

ANEXOS –

Figura 1

Fonte: Arquivo pessoal -


Pagina de Abertura do Manual

Figura 2

Fonte: Arquivo pessoal

Explicação do que se pode fazer no site


Figura 3

Fonte: Arquivo pessoal

Registrar-se quando entra no site do Toondoo.

Figura 4

Fonte: Arquivo pessoal

Como iniciar sua inscrição no site do Toondoo.


Figura 5

Fonte: Arquivo pessoal

Como confirmar o registro no site.

Figura 7

Fonte: Arquivo pessoal

Como iniciar a criação de tirinhas.


Figura 8

Fonte: Arquivo pessoal

Selecionando um dos layout.

Figura 9

Fonte: Arquivo pessoal

Espaço para a criação das tirinhas e apresentação das barras de Menus e


Edição.
Figura 10

Fonte: Arquivo pessoal

Apresentação do menu principal e uso de personagens.

Figura 11

Fonte: Arquivo pessoal

Barra de Planos de Fundo e Objetos


Figura 12

Fonte: Arquivo pessoal

Barra para Texto e Barra de Diversos

Figura 13

Fonte: Arquivo pessoal

Onde ficam armazenadas suas tirinhas no site.


Figura 14

Fonte: Arquivo pessoal

Iniciando a execução da tirinha e colocando um título.

Figura 15

Fonte: Arquivo pessoal

Explicação de todos os ícones referente à Ferramenta de Edição


Figura 16

Fonte: Arquivo pessoal

Como Salvar a tirinha pronta.

Figura 17

Fonte: Arquivo pessoal

Aviso de que sua tirinha está pronta e armazenada em sua galeria.


Figura 18

Fonte: Arquivo pessoal

Como abrir sua galeria onde estão armazenadas suas tirinhas.

Figura 19

Fonte: Arquivo pessoal

Com abrir sua página para salvar seus trabalhos em seu computador.
Figura 20

Fonte: Arquivo pessoal

Salvando sua tirinha em seu computador, imprimir, enviar por e-mail ou


adicionar ao
Twitter ou Facebbok

Figura 21

Fonte: Arquivo pessoal

Como criar uma revista de HQs a partir das tirinhas.


Figura 22

Fonte: Arquivo pessoal

Após criada a Revista como o site apresenta a mesma.

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