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ATUALIDADE
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo diagnosticar a forma com que os docentes contemporâneos
vem utilizando os recursos tecnológicos disponíveis nas instituições escolares como ferramenta
pedagógica no processo ensino e aprendizagem.
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Sabe-se que a educação vem sendo desenvolvida e planejada em volta da tecnologia,
estando assim presente cada vez mais no meio social; Neste momento surgem questionamentos de
como era a educação no começo? Como a tecnologia se encaixava nesse meio?
Através da história da educação pode-se ver que esse processo ocorria mais entre o discurso
oral entre professor e aluno, pois era bem necessário diferenciar na sociedade o que sabia ler e o que
não sabia.
Foi então entre os anos 60 que se começou a introduzir uma sistematização da tecnologia
nas escolas brasileiras, passando por uma grande dificuldade de aceitação no meio educacional, pois
era algo que vinha crescendo muito na sociedade industrial e querendo ser inserido nas salas de
aula, existia certo pensamento na época, de que se realmente essa tecnologia viria mesmo ajudar a
melhorar o processo ensino aprendizagem e se ajudaria o docente. Nesse período surge também a
Tecnologia Educacional (T E), que significa dar ênfase aos meios na educação, sem questionar suas
finalidades, por este motivo a visão da tecnologia na escola foi associada já a uma visão de
educação limitada. Já nos anos 80, a tecnologia educacional se torna mais compreendida na visão de
fazer educação, desenvolvendo integralmente o homem no meio em que vive, pensando assim que
não só a tecnologia se faz suficiente, mas que sim é preciso inovar nas práticas pedagógicas. E
falando em tecnologia educacional, criou-se então o " estudo teórico - prático da utilização das
tecnologias", conhecendo assim a análise e utilização dessas tecnologias, ela veio servir então de
instrumento aos profissionais e pesquisadores.
A preocupação da escola é que se possa construir um projeto pedagógico que venha formar
cidadãos plenos, e nesse caso a tecnologia estaria inserida aos objetivos de proporcionar aos
professores e alunos uma relação com o conhecimento. Percebe-se então que nos dias de hoje a
sociedade esta vinculada e crescendo junto com esses avanços tecnológicos, onde a comunicação e
a informação acontecem de forma assustadoramente rápida, o conhecimento mesmo se torna de
fácil acesso a todos, mas onde nem todos estão preparados para esta realidade, principalmente
quando se trata da educação básica escolar. Existe ainda um medo ou uma insegurança no meio
educacional, principalmente os que atuam com a educação básica, uns por não terem acesso e
outros por não terem mesmo o conhecimento dessas ferramentas. Mas acredita-se que trabalhando
os princípios da tecnologia educacional, o docente conseguirá assim criar condições para os alunos
lidar com as tecnologias na escola e também na sociedade, esse trabalho será totalmente possível
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quando o professor dominar o saber relativo das tecnologias, ou seja quando dominar o
conhecimento técnico e conseguir integra-lo no processo educativo.
È perceptível através dessa pesquisa saber, que a tecnologia chega nas escolas não somente
por escolhas dos professores, mas já vem implícita na forma de televisores, vídeos e antenas
parabólicas, como aconteceu nos anos 90, mesmo com a falta de preparação do professor, fazendo
assim com que o professor para usar a tecnologia recente, venha a colocar de lado esse
conhecimento tradicional. Nesse caso ele nem aprendeu a usar a tecnologia como o computador e
no momento foi deixando de lado a tecnologia simples, que ofereciam interessantes construções de
conhecimento. Mesmo assim é possível saber, que mesmo com toda a dificuldade das escolas
públicas, os professores em conjunto conseguiram criar muitas alternativas tecnológicas, fazendo
assim chegar e a conciliar as novas e velhas tecnologias educacionais, tentando contribuir para o
processo de apropriação em sala de aula.
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Perante isso o compromisso escolar vem pensar uma nova forma de se trabalhar essas novas
tecnologias. E quando se fala de tecnologia educacional, se pensa em uma ferramenta que venha a
melhorar a qualidade de ensino; pois quando se usa a tecnologia a favor da educação, pensou-se no
desenvolvimento socioeducativo. Sendo assim a tecnologia educacional vem de forma inclusiva
digitalmente promover uma grande oportunidade para os alunos, seja no meio escolar ou social.
Mas com todo esse avanço e esses benefícios, ainda existe as dificuldades no uso de certas
ferramentas, para isso o professor precisa estar sempre buscando mais conhecimentos, seja em
cursos, palestras e formações continuadas.
3 A TECNOLOGIA NA ESCOLA
Esse novo panorama educativo está levando as escolas a equiparem-se com recursos e
métodos tecnológicos e os professores a buscarem capacitação e aperfeiçoamento na área das
tecnologias quanto ao uso pedagógico desses novos recursos de aprendizagem, devido á realidade
do que nos cursos da graduação, pouco, ou quase nada ainda, está sendo proposto aos futuros
profissionais da educação.
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sozinhas não mudam a escola, mas trazem mil possibilidades de apoio ao professor e de interação
com e entre os alunos” (MORAN apud MORAN, MASETO e BEHRENS, 2003, p. 14).
A forma de integração das tecnologias nas instituições escolares deve ser uma preocupação e
uma ação de Política Pública de investimentos nessa área. Contextualmente, o Brasil tem avançado
no tocante à pesquisa universitária e às políticas atuais. CYSNEIROS (1999) relata os programas
desenvolvidos a partir de 1983 como o Projeto Educom, lançado em 1983 em cinco universidades
públicas, centros-piloto, com projetos interdisciplinares desenvolvidos em escolas públicas. A
principal contribuição do Educom foi a formação de recursos humanos provindos de escolas
públicas da educação básica, professores das universidades, bolsistas de pesquisas e alunos de pós-
graduação que participaram do projeto.
Nesse paradoxo, é importante uma boa preparação dos professores, já que como disse
Demo, “parece evidente a dificuldade de transformar as tecnologias em oportunidades de
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aprendizagem sem a mediação do professor. Qualquer artefato técnico implantado na escola só
frutifica sob a mediação do professor” (2005, pg.12).
Contudo, não é um simples desafio, mas uma situação real que está posta para todos àqueles
que realmente pensam em uma educação para o futuro.
Frente a toda essa tecnologia cabe ao professor apoderar-se desta realidade na educação,
buscando expandir as dimensões da sala de aula de variadas formas, organizando aulas a distância,
orientando projetos e pesquisas com os discentes, fazendo o uso de ferramentas acessíveis de modo
à auxiliar o aluno nos recursos das tecnologias de maneira contextualizada e colaborativa.
O docente passará realmente a se atualizar e inovar, sendo necessário que o mesmo tenha o
desejo primordial e a motivação, renovando a instituição educacional, e não apenas modernizando
seus laboratórios e equipamentos, dando condições sustentáveis ao professor para um trabalho
dinâmico, inovador, instigador, utilizando toda a tecnologia que ela dispõe aos discentes. Com base
nessa necessidade, Moran destaca:
O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade? Precisa
fundamentalmente de professores bem preparados, motivados e bem remunerados e
com formação pedagógica atualizada. Isto é incontestável. (MORAN, 2004, p.15)
Tais condições não condizem com a realidade da maioria dos professores em nosso país,
pois a escola muitas vezes exige a inovação, a mudança, mas não proporciona meios reais para o
corpo docente alcançá-las. Os educadores adquirem uma formação acadêmica deficitária com
relação ao uso das ferramentas tecnológicas, e ao iniciarem na carreira docente, recebem carga
horária de trabalho elevadas, os quais, prejudicam a qualidade de sua prática pedagógica, não
permitindo a utilização de ferramentas e técnicas mais elaboradas.
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Segundo Moran, “o professor agora tem que se preocupar, não só com o aluno em sala de
aula, mas em organizar as pesquisas na internet, no acompanhamento das práticas no laboratório,
dos projetos que serão ou estão sendo realizados e das experiências que ligam o aluno à realidade”.
(MORAN, 2004, p. 15).
O educador não fez parte do esquema de implementação da tecnologia na escola, que foi
introduzida para complementar a formação do educando, entretanto necessita em caráter
emergencial, acompanhar a evolução social e a velocidade com que as informações são lançadas
nos veículos de comunicação, a fim de que o discente possa a partir de informações
contextualizadas possuir conhecimentos significativos.
Quando se fala de novas tecnologias que o professor precisa dominar, não estamos apenas
pensando em educação a distância, mas também as tecnologias que vem a ajudar a sua aula
presencial. São vários espaços que como diz Moran, “o novo professor tem que aprender a
gerenciar e integrá-los ao seu ensino” (MORAN, 2004, p.14).
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manter o discente interessado em buscar novos conhecimentos e para tanto, ele precisa aprofundar o
meio tecnológico e aprender a se comunicar com esse aluno multimídia.
Neste novo cenário tecnológico, o educador deve se preparar em primeiro plano no campo
motivacional, pois o mesmo precisa reconhecer a necessidade atual de mudança, frente aos avanços
tecnológicos. E a necessidade de reciclagem deve ser eminente e extremamente necessária, onde o
papel das instituições educacionais em capacitações à sua equipe pedagógica e gestora deverá tomar
frente, para que os educadores busquem novos conhecimentos e técnicas no ambiente educacional.
Outra área importante está na relação à interdisciplinaridade, onde existe na teoria, mas não
na prática. Cada qual absorverá a sua parte técnica e não se abre a novas áreas, como por exemplo,
para entender o uso de plataformas digitais em sala de aula de maneira produtiva e não superficial.
Não é apenas necessário que o docente absorva o conteúdo destas plataformas digitais, mas sim
conhecer criticamente o processo com quem faz esse tipo de material, ou seja, com o pessoal da
área de comunicação e tecnologia. Segundo Carneiro, “o despreparo docente subtiliza os
equipamentos disponíveis. Lidar com a cultura audiovisual sem apreender-lhe a dinâmica e os
mecanismos de significados equivoca o professor”. (PEÑA apud CARNEIRO, 2003 p. 5).
Para que o professor passe de um ensino convencional a um ensino apoiado nas novas
tecnologias, bem como desenvolvido em ambientes virtuais, exige que a instituição
estabeleça o desenvolvimento de um projeto de formação de professores que priorize a
inserção das TICs numa perspectiva construtiva e reflexiva da ação docente. (PEÑA, s/d
p. 9)
Há possibilidade que esta seja uma maneira de crescer a motivação no professor para buscar
sua atualização frente às novas tecnologias que a sociedade lhe oferece, proporcionando assim,
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melhorias no processo de ensino e aprendizagem, acelerando cada vez mais o interesse do discente
frente as novas formas de pesquisa e conhecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As tecnologias atuais estão mais acessíveis pelos alunos do que pelos próprios professores
que, muitas vezes examinam com indisposição, ou algo que possa substituí-los em sua função real
de educar, talvez pela própria falta de conhecimento das condições que se desenvolve com a
contribuição delas.
Não existe mais possibilidade como esconder ou negar o provento que as tecnologias podem
oferecer ao processo de ensino e aprendizagem, devendo o professor ser conveniente delas de forma
a potencializá-las enquanto ferramentas dando condições de práticas pedagógicas significativas e de
construção. É preciso arquitetar minuciosamente a sua utilização, criando situações de
aprendizagens a fim de não se tornar só mais um modelo de ensinar.
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Políticas públicas de inclusão digital diante do repasse de computadores devem também
antecipar e destinar verbas para o processo de formação continuada dos profissionais da educação
do País, com programas e cursos em nível de extensão e especialização para formar um grupo capaz
de disseminar de modo efetivo o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, também as
instituições de nível superior devem, no esquema de formação de futuros professores desenvolver a
cultura de uso das ferramentas disponíveis de maneira notória, obtendo interação entre teoria e
prática na formação docente.
REFERENCIAS
DEMO, Pedro. Nova mídia e educação: incluir na sociedade do conhecimento. UNB, 2005,
http://telecongresso.sesi.org.br/templates/capa/TextoBase_4Telecongresso.doc. Diálogo
Educacional, Curitiba, v. 4, n. 12, p.13-21, Mai/Ago 2004. Quadrimestral.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública – A pedagogia crítica e social dos
conteúdos. São Paulo: Loyola, 1994.
MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista.
OLIVEIRA, Márcio Romeu Ribas de. O Primeiro Olhar: Experiência com Imagens na Educação
Física Escolar.2004.177f. Tese (Mestrado em Educação Física) Centro de Desportos – Universidade
Federal de Santa Catarina/UFSC.
PEÑA, Maria De Los Dolores Jimenes. Ambientes de aprendizagem virtual: O desafio á prática
docentes. S/D.
SAMPAIO, Marisa Narcizo & LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 2ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1999.
TAROUCO, Liane Magarida Rackenbach etal. Formação de Professores para produção e uso de
objetos de aprendizagem. disponível em http://www.cinted.ufrgs.br /renote/jul2006/ artigos renote
/ a20_21173.pdf. Acesso : 23, maio,2009.
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