Você está na página 1de 12

AS TECNOLOGIAS NAS AÇÕES PEDAGÓGICAS NA

ATUALIDADE

Acadêmicos: Carlos Eduardo Silva Nunes


Fernanda Regina Regado
Lucinéa Barbosa de Oliveira
Tutora Externa: Emmy Venturelli Nascimento
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso PED1562 – Seminário Interdisciplinar IV
07/12/2017

RESUMO

A sociedade contemporânea caracteriza-se por um avanço tecnológico bastante acelerado e


diversificado, nessa vertente, o presente trabalho tem como foco, causar uma reflexão na
importância do professor frente os recursos tecnológicos disponíveis na escola como ferramenta
pedagógica no processo ensino e aprendizagem. Neste novo cenário educativo, sabe-se que tais
ferramentas possibilitam uma aula mais dinâmica, interativa e contextualizada com a realidade dos
contemporâneos alunos. Acredita-se que a tecnologia ao alcance do corpo docente / dicente,
agrega e contribui didaticamente para obter maior atenção, e consequentemente um uso coerente e
adequado junto ao conhecimento escolar e ao próprio currículo educacional na formação dicente.
Doravante, ressalta-se a importância de inferir que o uso de tecnologias educacionais de
qualidade, parte de uma concepção filosófica e educacional com propostas bem planejadas a qual
visa fortalecer uma justiça social igualitária voltada à democratização do acesso ao ensino,
permitindo pelo processo da comunicação tecnológica que todos se apoderem dos conhecimentos
vigentes na atualidade.

Palavras-chave: Ensino e Aprendizagem. Novas tecnologias. Educação.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo diagnosticar a forma com que os docentes contemporâneos
vem utilizando os recursos tecnológicos disponíveis nas instituições escolares como ferramenta
pedagógica no processo ensino e aprendizagem.

Entende-se, entretanto, que o uso dessas potenciais ferramentas didáticas possibilita ao


processo de ensino e aprendizagem uma aula mais dinâmica, interativa e contextualizada com a
realidade dos dissentes. Presume-se que a tecnologia ao seu alcance como ferramenta pedagógica
necessária e agregatória, contribui didaticamente para obter maior atenção, e consequentemente, o
uso adequado e coerente com o conhecimento escolar e o próprio currículo.
Desse modo, é importante enfatizar que o uso de tecnologias educacionais deve está
intrínseco à qualidade do ensino, óbvio que deve ser utilizado com propostas bem planejadas e
coordenadas de acordo com as concepções filosóficas e educacionais. As novas vertentes
tecnologias permitem aplicabilidades pedagógicas inovadoras contribuindo para resultados
satisfatórios e diferenciados, bem como fortalecimento da justiça social, pela democratização do
acesso ao ensino, permitindo pelo processo da comunicação tecnológica que todos se apropriem do
conhecimento.

Analisando referências sociais e históricas sobre o uso das tecnologias educacionais,


podemos ressaltar que nos últimos anos, a inclusão digital nas escolas da Rede Pública, tem
estabelecido uma nova realidade por meio da amplitude inovadora tecnológica, propiciando novas
metodologias de trabalhar e pesquisar os conteúdos curriculares e ampliando a interação dos
docentes e os discentes com diferenciadas linguagens. O próprio modelo de Formação Continuada,
no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, prevê o uso de ambientes virtuais, “apoiados
com os suportes tecnológicos necessários ao desenvolvimento da atividade colaborativa”
(PARANÁ, 2007, P. 13).

Nessa perspectiva, o profissional que atua na educação, precisa ressignificar o trabalho


adquirindo novas tecnologias, fixando um olhar metodológico para a utilização dessa ferramenta
didática no processo de ensino e aprendizagem. Com isso, as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica também oferece pelas suas condicionantes o uso das tecnologias em espaços escolares,
principalmente, quando remete em destaque a necessidade do uso das tecnologias na abordagem dos
conteúdos disciplinares. Afirma que “o trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas
de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos” (PARANÁ, 2008, p.
66).

Contudo, é urgente e fundamental o desenvolvimento com a classe docente que atuam na


educação básica no sentido de, pelo processo da formação e interação, contribuam para um novo
prisma dessa realidade educacional que não pode ser negligenciada, principalmente no contexto
atual em que predomina-se no campo da comunicação e aprendizado as ferramentas tecnológicas.

2 OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E A EDUCAÇÃO

2
Sabe-se que a educação vem sendo desenvolvida e planejada em volta da tecnologia,
estando assim presente cada vez mais no meio social; Neste momento surgem questionamentos de
como era a educação no começo? Como a tecnologia se encaixava nesse meio?

Através da história da educação pode-se ver que esse processo ocorria mais entre o discurso
oral entre professor e aluno, pois era bem necessário diferenciar na sociedade o que sabia ler e o que
não sabia.

Foi então entre os anos 60 que se começou a introduzir uma sistematização da tecnologia
nas escolas brasileiras, passando por uma grande dificuldade de aceitação no meio educacional, pois
era algo que vinha crescendo muito na sociedade industrial e querendo ser inserido nas salas de
aula, existia certo pensamento na época, de que se realmente essa tecnologia viria mesmo ajudar a
melhorar o processo ensino aprendizagem e se ajudaria o docente. Nesse período surge também a
Tecnologia Educacional (T E), que significa dar ênfase aos meios na educação, sem questionar suas
finalidades, por este motivo a visão da tecnologia na escola foi associada já a uma visão de
educação limitada. Já nos anos 80, a tecnologia educacional se torna mais compreendida na visão de
fazer educação, desenvolvendo integralmente o homem no meio em que vive, pensando assim que
não só a tecnologia se faz suficiente, mas que sim é preciso inovar nas práticas pedagógicas. E
falando em tecnologia educacional, criou-se então o " estudo teórico - prático da utilização das
tecnologias", conhecendo assim a análise e utilização dessas tecnologias, ela veio servir então de
instrumento aos profissionais e pesquisadores.

A preocupação da escola é que se possa construir um projeto pedagógico que venha formar
cidadãos plenos, e nesse caso a tecnologia estaria inserida aos objetivos de proporcionar aos
professores e alunos uma relação com o conhecimento. Percebe-se então que nos dias de hoje a
sociedade esta vinculada e crescendo junto com esses avanços tecnológicos, onde a comunicação e
a informação acontecem de forma assustadoramente rápida, o conhecimento mesmo se torna de
fácil acesso a todos, mas onde nem todos estão preparados para esta realidade, principalmente
quando se trata da educação básica escolar. Existe ainda um medo ou uma insegurança no meio
educacional, principalmente os que atuam com a educação básica, uns por não terem acesso e
outros por não terem mesmo o conhecimento dessas ferramentas. Mas acredita-se que trabalhando
os princípios da tecnologia educacional, o docente conseguirá assim criar condições para os alunos
lidar com as tecnologias na escola e também na sociedade, esse trabalho será totalmente possível
3
quando o professor dominar o saber relativo das tecnologias, ou seja quando dominar o
conhecimento técnico e conseguir integra-lo no processo educativo.

È perceptível através dessa pesquisa saber, que a tecnologia chega nas escolas não somente
por escolhas dos professores, mas já vem implícita na forma de televisores, vídeos e antenas
parabólicas, como aconteceu nos anos 90, mesmo com a falta de preparação do professor, fazendo
assim com que o professor para usar a tecnologia recente, venha a colocar de lado esse
conhecimento tradicional. Nesse caso ele nem aprendeu a usar a tecnologia como o computador e
no momento foi deixando de lado a tecnologia simples, que ofereciam interessantes construções de
conhecimento. Mesmo assim é possível saber, que mesmo com toda a dificuldade das escolas
públicas, os professores em conjunto conseguiram criar muitas alternativas tecnológicas, fazendo
assim chegar e a conciliar as novas e velhas tecnologias educacionais, tentando contribuir para o
processo de apropriação em sala de aula.

A formação continuada do docente é de extrema importância no processo de aprender a


introduzir essas tecnologias, fazendo assim com que o professor domine a pedagogia das
tecnologias de certa forma que venha facilitar o conhecimento de importante instrumento de
trabalho. Chamamos assim de alfabetização tecnológica e que ela não se trata apenas de uso
mecânico da tecnologia, mas sim o domínio crítico da linguagem tecnológica.

Sabe-se que a escola tem um compromisso pedagógico com a formação do educando,


cabendo a ela a responsabilidade de mediar o conhecimento do aluno. Para isso é necessário que o
docente esteja preparado para essa mudança tecnológica que invade os espaços escolares. De acordo
com Saviani:

[...] o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada


indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da
espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente,
à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo (SAVIANI, 2008, p.
13).

4
Perante isso o compromisso escolar vem pensar uma nova forma de se trabalhar essas novas
tecnologias. E quando se fala de tecnologia educacional, se pensa em uma ferramenta que venha a
melhorar a qualidade de ensino; pois quando se usa a tecnologia a favor da educação, pensou-se no
desenvolvimento socioeducativo. Sendo assim a tecnologia educacional vem de forma inclusiva
digitalmente promover uma grande oportunidade para os alunos, seja no meio escolar ou social.

Mas com todo esse avanço e esses benefícios, ainda existe as dificuldades no uso de certas
ferramentas, para isso o professor precisa estar sempre buscando mais conhecimentos, seja em
cursos, palestras e formações continuadas.

3 A TECNOLOGIA NA ESCOLA

Vive-se numa sociedade contemporânea em frenética metamorfose, a qual, o saber atualiza-


se de forma constante se reestruturando a cada momento, e nesse frenesi do conhecimento propicia
as instituições de ensino, sendo elas capacitadoras de cidadãos críticos, proporcionar estratégias
inovadoras utilizando-se das mais variadas ferramentas disponíveis tornando-as capazes de interagir
em resoluções e problemáticas intrínsecas nessa sociedade de mudança.

Tecnologias modernas na atualidade estão à passos rápidos adentrando nas escolas e


universidades. Nas repartições públicas essa inovação tecnológica vem nos programas do governo
como PROINFO (Projeto banda larga nas escolas), entre outros. Essas novas vertentes tecnológicas
ajudam o docente a buscar desafios na aprendizagem em seu cotidiano pedagógico de forma prática
e significativa.

Esse novo panorama educativo está levando as escolas a equiparem-se com recursos e
métodos tecnológicos e os professores a buscarem capacitação e aperfeiçoamento na área das
tecnologias quanto ao uso pedagógico desses novos recursos de aprendizagem, devido á realidade
do que nos cursos da graduação, pouco, ou quase nada ainda, está sendo proposto aos futuros
profissionais da educação.

As instituições educacionais já apresentam algumas tecnologias como TV, vídeo, DVD,


retroprojetores, projetor de multimídia e laboratórios conectados à internet, porém “as tecnologias

5
sozinhas não mudam a escola, mas trazem mil possibilidades de apoio ao professor e de interação
com e entre os alunos” (MORAN apud MORAN, MASETO e BEHRENS, 2003, p. 14).

A forma de integração das tecnologias nas instituições escolares deve ser uma preocupação e
uma ação de Política Pública de investimentos nessa área. Contextualmente, o Brasil tem avançado
no tocante à pesquisa universitária e às políticas atuais. CYSNEIROS (1999) relata os programas
desenvolvidos a partir de 1983 como o Projeto Educom, lançado em 1983 em cinco universidades
públicas, centros-piloto, com projetos interdisciplinares desenvolvidos em escolas públicas. A
principal contribuição do Educom foi a formação de recursos humanos provindos de escolas
públicas da educação básica, professores das universidades, bolsistas de pesquisas e alunos de pós-
graduação que participaram do projeto.

Na atualidade o PROINFO é o programa nacional com mais destaque na área de tecnologia


na Educação, o qual é responsável pela distribuição de computadores e periféricos para escolas de
todo país, além da criação e implementação dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) em
todos os Estados da Federação. Os NTEs são órgãos responsáveis pelo processo de disseminação do
uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.

Atualmente existe um contraste muito grande entre as escolas particulares e escolas


públicas. As escolas da rede privada têm acolhido bem as novas tecnologias, distribuindo esse custo
à sua clientela, criam parcerias com empresas que disponibilizam serviços de Tecnologia
Educacional cobram dos educadores das mais diversas áreas, que implementem em seus planos
pedagógicos o uso das ferramentas disponíveis, aproveitando os laboratórios de informática e
demais recursos tecnológicos disponíveis. Na escola pública a resolução está justamente na falta de
investimentos substanciais, não somente nos equipamentos, mas em formação continuada dos
profissionais da educação para utilizarem eficazmente os recursos tecnológicos disponíveis na
escola. Os dissentes, na sua grande maioria dominam a utilização dessa ferramenta, o qual não
ocorre com os professores que continuam inertes quanto ao uso de recursos tecnológicos no
processo de ensino e aprendizagem.

Nesse paradoxo, é importante uma boa preparação dos professores, já que como disse
Demo, “parece evidente a dificuldade de transformar as tecnologias em oportunidades de

6
aprendizagem sem a mediação do professor. Qualquer artefato técnico implantado na escola só
frutifica sob a mediação do professor” (2005, pg.12).

Contudo, não é um simples desafio, mas uma situação real que está posta para todos àqueles
que realmente pensam em uma educação para o futuro.

4 O PROFESSOR FRENTE A TECNOLOGIA

Frente a toda essa tecnologia cabe ao professor apoderar-se desta realidade na educação,
buscando expandir as dimensões da sala de aula de variadas formas, organizando aulas a distância,
orientando projetos e pesquisas com os discentes, fazendo o uso de ferramentas acessíveis de modo
à auxiliar o aluno nos recursos das tecnologias de maneira contextualizada e colaborativa.

O docente passará realmente a se atualizar e inovar, sendo necessário que o mesmo tenha o
desejo primordial e a motivação, renovando a instituição educacional, e não apenas modernizando
seus laboratórios e equipamentos, dando condições sustentáveis ao professor para um trabalho
dinâmico, inovador, instigador, utilizando toda a tecnologia que ela dispõe aos discentes. Com base
nessa necessidade, Moran destaca:

O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade? Precisa
fundamentalmente de professores bem preparados, motivados e bem remunerados e
com formação pedagógica atualizada. Isto é incontestável. (MORAN, 2004, p.15)

Tais condições não condizem com a realidade da maioria dos professores em nosso país,
pois a escola muitas vezes exige a inovação, a mudança, mas não proporciona meios reais para o
corpo docente alcançá-las. Os educadores adquirem uma formação acadêmica deficitária com
relação ao uso das ferramentas tecnológicas, e ao iniciarem na carreira docente, recebem carga
horária de trabalho elevadas, os quais, prejudicam a qualidade de sua prática pedagógica, não
permitindo a utilização de ferramentas e técnicas mais elaboradas.

O educador precisa alterar sua conduta, preocupando-se na organização de suas tarefas


levando em consideração todo o material tecnológico em mãos e como eles podem contribuir para o
fluxo da aprendizagem.

7
Segundo Moran, “o professor agora tem que se preocupar, não só com o aluno em sala de
aula, mas em organizar as pesquisas na internet, no acompanhamento das práticas no laboratório,
dos projetos que serão ou estão sendo realizados e das experiências que ligam o aluno à realidade”.
(MORAN, 2004, p. 15).

Esse novo desafio implica em expandir o volume e propor novas atividades de


aprendizagem utilizando-se das modernas tecnologias, propondo aos alunos novos desafios, de
reconstrução de conhecimentos já existentes e incentivos para construção de novos.

Respectivas atividades exigem do docente uma ação mais de orientação, de motivação, de


tutoria, os quais expõem os conteúdos ou conhecimentos já produzidos. Um educador que estimule
tanto o trabalho individual, como em duplas ou em grupos, colaborativamente, a fim de produzir
com e entre os alunos.

5 A ESCOLA FRENTE AO PROFESSOR TECNOLÓGICO

O educador não fez parte do esquema de implementação da tecnologia na escola, que foi
introduzida para complementar a formação do educando, entretanto necessita em caráter
emergencial, acompanhar a evolução social e a velocidade com que as informações são lançadas
nos veículos de comunicação, a fim de que o discente possa a partir de informações
contextualizadas possuir conhecimentos significativos.

Quando se fala de novas tecnologias que o professor precisa dominar, não estamos apenas
pensando em educação a distância, mas também as tecnologias que vem a ajudar a sua aula
presencial. São vários espaços que como diz Moran, “o novo professor tem que aprender a
gerenciar e integrá-los ao seu ensino” (MORAN, 2004, p.14).

O ponto a qual o professor precisa refletir no momento, ao se deparar com as novas


tecnologias tomando o seu espaço e com a intenção de inseri-la no seu processo de ensino, não
ficando apenas numa mudança pessoal que deve desenvolver por consequência da tecnologia em
constante evolução, doravante a sociedade como um todo evoluiu e mudou. E o seu objetivo é

8
manter o discente interessado em buscar novos conhecimentos e para tanto, ele precisa aprofundar o
meio tecnológico e aprender a se comunicar com esse aluno multimídia.
Neste novo cenário tecnológico, o educador deve se preparar em primeiro plano no campo
motivacional, pois o mesmo precisa reconhecer a necessidade atual de mudança, frente aos avanços
tecnológicos. E a necessidade de reciclagem deve ser eminente e extremamente necessária, onde o
papel das instituições educacionais em capacitações à sua equipe pedagógica e gestora deverá tomar
frente, para que os educadores busquem novos conhecimentos e técnicas no ambiente educacional.

Outra área importante está na relação à interdisciplinaridade, onde existe na teoria, mas não
na prática. Cada qual absorverá a sua parte técnica e não se abre a novas áreas, como por exemplo,
para entender o uso de plataformas digitais em sala de aula de maneira produtiva e não superficial.
Não é apenas necessário que o docente absorva o conteúdo destas plataformas digitais, mas sim
conhecer criticamente o processo com quem faz esse tipo de material, ou seja, com o pessoal da
área de comunicação e tecnologia. Segundo Carneiro, “o despreparo docente subtiliza os
equipamentos disponíveis. Lidar com a cultura audiovisual sem apreender-lhe a dinâmica e os
mecanismos de significados equivoca o professor”. (PEÑA apud CARNEIRO, 2003 p. 5).

A visão normalmente é a instituição educacional apenas investir nos recursos materiais,


espaços físicos de laboratórios de informática, TVs, vídeos, DVDs, material de videoconferência,
etc. e não investirem na formação continuada dos professores. Com receio de estar perdendo espaço
para as máquinas, o docente termina se estagnando e não se atualizando, o que torna todo o gasto
com a infraestrutura tecnológica um desperdício, pois será utilizada de maneira superficial e sem
proveito significativo. Segundo Peña,

Para que o professor passe de um ensino convencional a um ensino apoiado nas novas
tecnologias, bem como desenvolvido em ambientes virtuais, exige que a instituição
estabeleça o desenvolvimento de um projeto de formação de professores que priorize a
inserção das TICs numa perspectiva construtiva e reflexiva da ação docente. (PEÑA, s/d
p. 9)

Há possibilidade que esta seja uma maneira de crescer a motivação no professor para buscar
sua atualização frente às novas tecnologias que a sociedade lhe oferece, proporcionando assim,

9
melhorias no processo de ensino e aprendizagem, acelerando cada vez mais o interesse do discente
frente as novas formas de pesquisa e conhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A modernidade está intrínseca em todo cenário educacional, à escola, ao professor e seus


alunos, mas não basta termos recursos e tecnologias de última geração se não conseguirmos
capacitar os professores para superar o desafio de resolução dos recursos disponíveis.

É preciso unir esforços entre professores, pedagogos e especialistas em tecnologias, a fim de


potencializar o seu uso de maneira a cooperar para efetivação do aprendizado, através de programas
de formação continuada, investindo na elaboração de equipes multidisciplinares que tenham o
comprometimento de transparência do uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.

As tecnologias atuais estão mais acessíveis pelos alunos do que pelos próprios professores
que, muitas vezes examinam com indisposição, ou algo que possa substituí-los em sua função real
de educar, talvez pela própria falta de conhecimento das condições que se desenvolve com a
contribuição delas.

O docente necessita desmistificar-se e buscar utilizá-las como ferramentas facilitadoras do


processo de ensino e aprendizagem, e para que isto ocorra, é indispensável uma capacitação
constante por parte do corpo docente, pois por meio de uma utilização adequada das tecnologias
disponíveis conseguiremos realizar com que exista uma maior influência mútua professor-aluno e
aluno-aluno e o adquirir conhecimento não ficará restrito apenas às salas de aula, mas sim introduzir
na realidade do próprio aluno.

Não existe mais possibilidade como esconder ou negar o provento que as tecnologias podem
oferecer ao processo de ensino e aprendizagem, devendo o professor ser conveniente delas de forma
a potencializá-las enquanto ferramentas dando condições de práticas pedagógicas significativas e de
construção. É preciso arquitetar minuciosamente a sua utilização, criando situações de
aprendizagens a fim de não se tornar só mais um modelo de ensinar.

10
Políticas públicas de inclusão digital diante do repasse de computadores devem também
antecipar e destinar verbas para o processo de formação continuada dos profissionais da educação
do País, com programas e cursos em nível de extensão e especialização para formar um grupo capaz
de disseminar de modo efetivo o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, também as
instituições de nível superior devem, no esquema de formação de futuros professores desenvolver a
cultura de uso das ferramentas disponíveis de maneira notória, obtendo interação entre teoria e
prática na formação docente.

Esse processo necessita de uma mudança de pensamento das Instituições e na forma de


ensinar dos professores Universitários, que também estejam de alguma forma, distantes na sua
maioria do uso e das possibilidades das ferramentas tecnológicas no processo de ensino e
aprendizagem e na sua formação profissional.

REFERENCIAS

ARAÚJO, Thiago Cássio D'Ávila. Tecnologias educacionais e o direito à educação. Jus


Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3395, 17 out. 2012. Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/22819>. Acesso em: 20 maio 2014.

CADORSO, Gustavo. A mídia na sociedade em rede. Rio de Janeiro, FGV, 2007.

DEMO, Pedro. Nova mídia e educação: incluir na sociedade do conhecimento. UNB, 2005,
http://telecongresso.sesi.org.br/templates/capa/TextoBase_4Telecongresso.doc. Diálogo
Educacional, Curitiba, v. 4, n. 12, p.13-21, Mai/Ago 2004. Quadrimestral.

FAGUNDES, Léa, Revista Nova Escola, ano 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública – A pedagogia crítica e social dos
conteúdos. São Paulo: Loyola, 1994.

MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista.

OLIVEIRA, Márcio Romeu Ribas de. O Primeiro Olhar: Experiência com Imagens na Educação
Física Escolar.2004.177f. Tese (Mestrado em Educação Física) Centro de Desportos – Universidade
Federal de Santa Catarina/UFSC.

PEÑA, Maria De Los Dolores Jimenes. Ambientes de aprendizagem virtual: O desafio á prática
docentes. S/D.

Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO, disponível em:


http://www.proinfo.mec.gov.br, acessado em 01/06/2006.
11
Programa Paraná Digital, disponível em: http://www.softwarelivre.sc.gov.br/down/PrtecParana.pdf,
acessado em 10 de agosto de 2006.

SAMPAIO, Marisa Narcizo & LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 2ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1999.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores


Associados, 2003.

TAROUCO, Liane Magarida Rackenbach etal. Formação de Professores para produção e uso de
objetos de aprendizagem. disponível em http://www.cinted.ufrgs.br /renote/jul2006/ artigos renote
/ a20_21173.pdf. Acesso : 23, maio,2009.

VALENTE, José Armando. ALMEIDA, Fernando José. Visão analítica da informática na


educação no Brasil: a questão da formação do professor, disponível em:
http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/library/valente.html, acessado em 15 de agosto/2006.

12

Você também pode gostar