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Educacionais
Módulo
2 Desenvolvimento e aplicação
de projetos
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Equipe responsável
Amanda Machado (conteudista, 2021)
Enap, 2021
2. Aplicação do projeto.................................................................... 11
Referências ..................................................................................... 18
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os aspectos da inovação que se
aplicam à gestão de projetos educacionais, considerando a necessidade de gestão ágil e
a relevância da gestão colaborativa.
Repare, na figura 5, que a criatividade se tornou uma das três principais competências desejadas
para os profissionais do futuro. Com a necessidade e o desenvolvimento de novos produtos,
novas tecnologias e novas formas de trabalhar, torna-se necessário um novo perfil profissional
para adequação às mudanças.
Com base nas informações apresentadas do relatório Future of Jobs, você, como
servidor(a) público(a), já percebeu como as competências apresentadas foram
necessárias no desenvolvimento de seu serviço?
É bem possível que, para alguma das perguntas anteriores, sua resposta tenha sido
positiva. Se isso aconteceu, lembre como foi se valer de uma dessas competências
e pense como seria se não as tivesse utilizado.
Cada vez mais, as instituições privadas e públicas focam suas preocupações para o estímulo a
práticas inovadoras como resposta às mudanças mundiais nos cenários econômico, político,
educacional, social e tecnológico.
Nada mais atual do que pensar em inovação também na gestão de projetos na administração
pública. Mas, afinal, o que é inovação?
Assim, retornando à gestão de projetos, nota-se que a criatividade e a inovação são características
de profissionais que idealizam, planejam e desenvolvem soluções e alternativas para os projetos
desejados, a partir de seus conhecimentos, experiências e interações. Nessa linha, um ponto
que merece ser destacado é que o ato de errar deve ser pensado como parte do aprendizado
e como caminho natural do processo e, consequentemente, a capacidade de superação das
dificuldades é estimulada em busca de formulação de alternativas e novas escolhas para um
problema específico.
Colaboração
Assim, é importante saber lidar com pessoas com perfis diferentes, colegas de
trabalho, liderados ou gerentes, obter sugestões diversas, construir em conjunto e
tomar decisões colaborativas.
Ciclos de aprendizagem
A metodologia ágil trabalha com feedback constante e isso permite que, por meio
da aprendizagem, a qualidade do produto e das entregas aumentem a cada ciclo de
trabalho.
Capacidade de adaptação
Melhoria contínua
Ao final desta unidade, você conhecerá critérios para a priorização na gestão de projetos,
passando pela estruturação de um projeto e relacionando-o com o design instrucional.
A partir da necessidade institucional, você tem em mãos uma série de ideias ou demandas
para o desenvolvimento de projetos. Mas por onde começar? Qual será o primeiro projeto? E o
segundo?
Priorizar é uma estratégia que auxilia a identificação do que é mais importante institucionalmente,
com base em critérios claros e relevantes. O mapeamento de prioridade apresenta vantagens
para a melhoria e a transparência da gestão, a tomada de decisões e o alcance dos resultados
considerados mais significativos.
6 Monte um ranking.
A sigla GUT foi criada com base em três critérios: gravidade, urgência e tendência. Para cada
um desses critérios é atribuída uma nota de um (1) a cinco (5) e, ao final, esses valores são
multiplicados, resultando na pontuação da GUT e na classificação dos projetos.
Figura 7 – Atribuição de notas aos projetos a partir dos critérios da matriz GUT
Cada critério recebe uma pontuação de 1 (pior cenário) a 5 (melhor cenário). O resultado é
obtido com a soma de cada critério. Assim, na hora de comparar dois ou mais projetos, você
saberá qual priorizar: aquele com a maior nota.
Ordem de
Projetos B A S I C O Soma
Classificação
Projeto 1 5 4 4 3 3 2 21 1
Projeto 2 3 2 4 4 2 3 18 3
Projeto 3 4 5 2 3 2 3 19 2
Projeto 4 3 5 3 3 1 2 17 4
Nesse caso, é preciso dar uma nota para cada um dos parâmetros (a decisão da nota mínima e
máxima fica ao seu critério). E, depois, resolver a seguinte fórmula: R x I x C / E, para identificar
a pontuação para cada projeto.
Essa matriz considera dois critérios, que podem ser, por exemplo, custo-benefício, urgência e
importância, esforço e impacto.
Para montar um gráfico cartesiano e até quadrantes com sugestões de ações a serem tomadas,
atribui-se notas de um (1) a quatro (4) por critério e por projeto. Como resultado, é possível
montar uma matriz 4×4 parecida com a imagem a seguir.
Não há um modelo padrão para apresentar um projeto e, por isso, cabe a cada instituição verificar
quais elementos são relevantes para cada contexto.
A seguir, são listadas opções de elementos que podem compor um plano de projeto. Vale
ressaltar, novamente, que o detalhamento e a quantidade de informações variam conforme a
natureza e o interesse institucionais. Enfim, as informações apresentadas no documento devem
subsidiar a decisão positiva ou negativa sobre o início do projeto.
Nome do projeto
Denominação do projeto.
Identificação do gerente.
Objetivo
Justificativa
Obs.: Esta informação deve ser ressaltada, pois pode impactar na prioridade do
projeto.
Custo
Prazo
Escopo
Definição do produto, serviço ou resultado único que será entregue pelo projeto.
Marcos
Benefícios ou impactos
Equipe do projeto
Premissas
Restrições
Riscos
Filatro e Cairo (2015) destacam que, ao tratar de projetos educacionais, a gestão de projetos
instrucionais está relacionada à demarcação do alcance e das limitações organizacionais de
um projeto; ao passo que o design instrucional se refere ao alcance e às limitações da solução
educacional em si. Elas ressaltam que um plano de projeto bem estruturado e integrado ao
processo de design instrucional é capaz de trazer um equilíbrio no nível do produto desenvolvido
e entregue.
Nos diferentes modelos de DI, fixo, aberto e contextualizado, nota-se que, para cada um desses
modelos, os projetos de produção de conteúdos educacionais implicam objetivos claramente
definidos e precisam ser alcançados em um período de tempo delimitado, com restrições
orçamentárias e de recursos humanos. Assim, Filatro e Cairo (2015) apontam que a gestão de
projetos é uma metodologia adequada para articular as diferentes dimensões envolvidas, em
particular nos projetos de média e larga escala.
Assista aos vídeos a seguir para observar como os projetos podem ser aplicados à educação
corporativa.
Vídeo 1
Vídeo de uma palestra em que a especialista Andrea Filatro apresenta as metodologias inovativas
e o papel do professor na educação presencial e a distância. Além da explicação sobre as
metodologias, há exemplos de aplicação dessas metodologias em projetos educacionais.
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Vídeo 2
Vídeo com a especialista Andrea Filatro. O trecho sugerido aborda a produção líquida de
conteúdos, microconteúdos, trilhas de aprendizagem e design instrucional. Duração do trecho
sugerido: 8min44 (do 42min16 ao 51min).
CLIQUE PARA ASSISTIR >
Vídeo 3
Vídeo Principais erros do design de aprendizagem – Parte I: análise e design. O vídeo apresenta
os principais erros no design de aprendizagem, relacionados às fases de análise e design das
ações de aprendizagem.
CLIQUE PARA ASSISTIR >
Referências
BARBOSA, Andy. O verdadeiro agile coach: a essência toma forma. Santa Catarina: Agile Institute
Brazil, 2020.
CAVALCANTE, Pedro et al. (Orgs.). Inovação no setor público: teoria, tendências e casos no Brasil.
Brasília: Enap: Ipea, 2017.
FILATRO, Andrea; CAIRO, Sabrina. Produção de conteúdos educacionais. São Paulo: Saraiva,
2015.
GRAY, Alex. The 10 skills you need to thrive in the Fourth Industrial Revolution. [S. l.], 19 Jan.
2016. Disponível em: https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-
thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/. Acesso em: 7 abr. 2021.
MAGALDI, Sandro; SALIBI NETO, José. Gestão do amanhã: tudo o que você precisa saber sobre
gestão, inovação e liderança para vencer na 4ª revolução industrial. São Paulo: Gente, 2018
TERRA, José Cláudio Cyrineu. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. 5. ed. rev.
e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.