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Resumo: a agilidade e dinamismo dos mercados baseados no conhecimento demandam uma abordagem
mais dinâmica e flexível para o desenvolvimento de novos produtos e serviços. O ciclo de vida das
soluções implementadas encurta-se cada vez mais, e uma abordagem voltada para a condução de projetos
mostra-se como uma alternativa viável para a implementação de novas alternativas. O gerente de projetos,
neste contexto, assume um papel fundamental: o de não somente levar a cabo as iniciativas
organizacionais sob a forma de projetos sob sua tutela, mas o de ser um facilitador para a geração,
armazenamento e distribuição do conhecimento organizacional em todos os níveis organizacionais.
Abstract: The speed of change of knowledge-based markets requires a more flexible approach to the
development of new products and services. The life time of solutions is continuously becoming shorter
and a project-oriented approach should be the most feasible to be applied. In this context, the project
manager assumes the fundamental role of not only leading the organizational initiatives formatted in
projects, but also creating opportunities to knowledge generation, storage and exchange all over the
enterprise.
Some-se a isso o fato de que, à medida que evoluem os chamados mercados globais, passa a ser
verificado um excesso de alternativas de solução disponíveis. Uma miríade de fornecedores, de produtos,
de dispositivos e parceiros de negócios surgem de países diversos, oriundos de inúmeras localidades, e
localidades estas localizadas fisicamente sabe-se lá onde, de fato. Isso pôde ser potencializado em grande
parte graças à forte onipresença das organizações (mesmo que “virtualizada”) provocada pela atuação da
World Wide Web. Desta forma, a tarefa de implementar soluções que alavanquem o negócio configura-se
como ainda mais complexa e, consequentemente, de maior criticidade. Escolhas ruins podem
comprometer a solução desejada. E soluções comprometedoras podem levar a organização a perder
tempo, investimentos e, em última análise, mercados conquistados a custa de esforços substanciais
realizados no passado.
Devido principalmente a estes dois fatores, tanto a demanda exponencial pela competitividade
como o excesso de alternativas de parceiros, fornecedores e componentes essenciais oferecidos sob a
forma de produtos e serviços de agregação de valor, surge a necessidade de uma estruturação
organizacional voltada à obtenção de resultados de sucesso, e resultados estes que se espera que sejam os
mais instantâneos possíveis. Para que se viabilize a implementação das novas soluções demandadas,
necessariamente deve ser utilizada uma abordagem que agregue flexibilidade, agilidade e o caráter da
temporariedade, uma vez que cada nova solução deve ser única, individual, e frequentemente original.
Em outras palavras, para que seja possível levar a cabo cada um destes empreendimentos intra-
organizacionais (ou, por vezes, inter-organizacionais), deve ser utilizada a abordagem de gerenciamento
de tais iniciativas através de projetos.
E o que são projetos? Segundo o PMI – Project Management Institute (1996):
A partir desta ótica, a condução de iniciativas organizacionais que produzam resultados únicos,
de forma a distingui-los substancialmente do acervo de soluções já anteriormente disponibilizados pela
organização, parece resolver a questão da competitividade das empresas. No entanto, a abordagem de
gerência de projetos não considera, pelo menos em caráter formal, a gestão do conhecimento
desenvolvido pelas equipes de projeto, nem tampouco no relacionamento destas equipes de projeto com o
restante da organização, ou com os eventuais parceiros, clientes e fornecedores envolvidos na condução
de cada empreendimento a ser conduzido conjuntamente. Desta forma, entendemos que devem ser
estabelecidos mecanismos para que haja a adequada geração, armazenamento e distribuição do
conhecimento desenvolvido ao longo de um projeto. E a atuação do gerente de projetos é fundamental
neste sentido.
Estes mesmos autores classificam o conhecimento humano em dois tipos: o tácito e o explícito.
O conhecimento explícito é o conhecimento “articulado na linguagem formal, expressões matemáticas,
especificações, manuais e assim por diante, podendo ser transmitido, formal e facilmente, entre os
indivíduos” (NONAKA e TAKEUCHI, 1997, p. xiii). O conhecimento tácito, por sua vez, é “difícil de
ser articulado na linguagem formal, sendo conhecimento formal incorporado à experiência individual e
envolve fatores intangíveis como, por exemplo, crenças pessoais, perspectivas e sistemas de valor” (p.
xiii). Ambos são considerados unidades estruturais básicas que se complementam mutuamente. A partir
da interação que pode se verificar entre estes dois tipos de conhecimento, os autores sugerem diversos
modos de conversão do conhecimento, o que por sua vez produziria mais conhecimento. São eles a
socialização (conversão de conhecimento tácito para conhecimento tácito), a externalização
(conhecimento tácito para explícito), a combinação (conhecimento explícito para explícito) e a
internalização (conhecimento explícito para tácito). A criação do conhecimento organizacional (que
produz a inovação) seria, segundo estes autores, uma interação contínua e dinâmica entre o conhecimento
tácito e o conhecimento explícito, bem como através dos diversos níveis ontológicos (indivíduo, grupo,
organização e inter-organização).
CHOO (1998) categoriza o conhecimento em difuso e não difuso, bem como em codificado e
não codificado, e considera tipos de conhecimento oriundos da combinação destas categorias entre si:
conhecimento individual (não codificado e não difundido), proprietário (codificado e não difundido),
senso comum (difundido e não codificado) e público (codificado e difundido). No que tange ao
conhecimento organizacional, Choo categoriza o conhecimento entre tácito (implícito, sendo não
codificado e difícil de ser difundido), explícito (expresso formalmente usando um sistema de símbolos,
facilmente codificado e difundido) e cultural (estruturas cognitivas e afetivas usadas por membros da
organização para perceber, explicar, avaliar e construir realidade).
Uma vez estabelecidas algumas definições para conhecimento, necessitamos definir a gestão do
conhecimento organizacional. SVEIBY (2000) entende que a gestão do conhecimento é a “arte de criar
valor a partir da alavancagem dos ativos intangíveis de uma organização” (p.1). Desenvolvendo este
raciocínio, Sveiby considera que os ativos intangíveis são representados pelos seguintes elementos:
estrutura externa (relacionamentos com clientes, parceiros e fornecedores, bem como a imagem da
organização no mercado), estrutura interna (patentes, conceitos, marcas, manuais, modelos, sistemas
administrativos e computadorizados e até mesmo a “cultura” da empresa) e a competência dos
empregados (capacidade dos empregados para agir em uma grande variedade de situações). Em síntese,
Sveiby considera que os ativos intangíveis constituem-se, basicamente, de competências, relacionamentos
e informações.
Para DAVENPORT e PRUSAK (1999), a gestão do conhecimento compõe-se de, pelo menos,
três etapas, não necessariamente consecutivas ou ordenadas: geração, codificação e transferência do
conhecimento.
1
EDVINSSON e MALONE (1998) acrescentam que o capital do cliente é a probabilidade de que os
clientes de uma organização continuem a fazer negócios com a mesma.
tem de criar conhecimento, disseminá-lo na organização e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas”
(p. xii).
Iniciação
Planejamento
Controle
Execução
Finalização
Figura 01: Inter-relação entre as fases de um projeto – Fonte: VARGAS (2000, p. 40)
PRADO (1999) considera, também de acordo com PMI (1996), diversas áreas de conhecimento
ou de atuação gerencial na condução de projetos. Neste caso, cada uma das áreas de conhecimento está
definida em termos de processos, e cada um de seus processos insere-se em cada uma das fases (ou
grupos de processos) descritas acima, conforme apropriado. As áreas de conhecimento gerencial de cada
projeto, sintetizadas por Prado, são as seguintes:
2. Gerência de escopo: considera os processos necessários para assegurar que o projeto inclui
todo o trabalho necessário e somente ele, de forma a permitir sua execução e conclusão com
sucesso;
Cada uma das fases do ciclo de vida de um projeto está relacionada como os processos que
compõem as chamadas áreas de conhecimento gerencial, obtendo-se uma matriz que comportaria tais
associações.
Dentro da proposta do PMI (1996), bem como nas propostas por VARGAS (2000) e PRADO
(1999), não existe, formalmente, uma área de preocupação especificamente relacionada à gestão do
conhecimento do próprio projeto, pelo menos de forma explícita. Talvez, as áreas de conhecimento
“gerência de recursos humanos” e “gerência de comunicações” no interior de cada projeto sejam as que
mais se aproximem da abordagem de gestão do conhecimento organizacional, ficando a primeira delas
sob o ponto de vista das competências e habilidades dos integrantes das equipes de projeto, e a segunda se
posicionando em relação à disseminação das informações inerentes aos projetos. Contudo, mesmo
considerando que a gerência de recursos humanos se dedica a otimizar a atuação das pessoas envolvidas
nos projetos, ela não se desdobra em relação à gestão do conhecimento de cada um dos mesmos.
Sendo assim, enquanto proposta de framework, ou seja, enquanto uma proposta estrutural
largamente difundida e aceita para a gestão de projetos, o relatório do PMI não discrimina, em termos
práticos e específicos, instrumentos e técnicas que favoreçam a criação, o armazenamento e a
disseminação do conhecimento criado e transformado no decorrer de um projeto como um todo.
Conhecimento este que pode ser produzido tanto pelas equipes intra-projetos quanto por parte dos demais
colaboradores e atores institucionais extra-organizacionais que relacionam-se com os projetos, e cujo
conhecimento também para estes últimos pode retornar, amplamente modificado e enriquecido.
“(...) criar uma visão ou sonho, enquanto a gerência de nível médio desenvolve
conceitos mais concretos que os funcionários de linha de frente possam
compreender e implementar. Os gerentes de nível médio tentam resolver a
contradição entre o que a alta gerência espera criar e o que realmente existe no
mundo real. Em outras palavras, o papel da alta gerência é criar uma teoria
principal, enquanto a gerência de nível médio cria uma teoria intermediária que
possa ser testada empiricamente dentro da empresa com a ajuda dos
funcionários de linha de frente”.
(NONAKA e TAKEUCHI, 1997, p. 147)
Considerando estas premissas, os autores propõem que sejam criadas equipes de criação do
conhecimento, mas enfatizam que nas empresas criadoras do conhecimento todos os seus colaboradores
são criadores do conhecimento. Para isso, propõem a divisão dos trabalhadores que atuam na criação do
conhecimento nos seguintes elementos:
3. Gerentes do conhecimento: referem-se aos altos gerentes das organizações, ficando eles
responsáveis pela gestão do processo total de criação do conhecimento no plano
organizacional.
No que diz respeito à estrutura organizacional, NONAKA e TAKEUCHI (1997) propõem uma
organização em “hipertexto”. Análogo a um documento de hipertexto, uma organização em hipertexto é
constituída de planos (ou níveis) interconectados, ou seja, contextos organizacionais. Tais planos
considerados para este tipo de organização são os seguintes:
A figura abaixo representa o que Nonaka e Takeuchi propõem como organização em hipertexto:
Equipes combinadas
flexivelmente em torno Grande capacidade de
da visão organizacional acesso à base de conhecimento
por parte de cada membro
Membros da equipe da equipe
formam uma hiper-
rede que abrange
todos os sistemas de
negócio Nível de Sistema de Negócio
Figura 02: Estrutura organizacional em hipertexto. Fonte: NONAKA e TAKEUCHI (1997, p. 196) 2
2
Em NONAKA e TAKEUCHI (1997, p.196), esta ilustração refere-se à fonte NONAKA e KONNO
(1993)
conhecimento tácito, a troca de conhecimentos seria realizada a partir da interação entre os membros das
equipes de projeto entre si (equipes estas idealmente multidisciplinares). Além disso, ao término dos
projetos, quando os membros das equipes de projeto retornarem para suas áreas de origem (plano de
sistemas de negócios), haveria a transferência do conhecimento em caráter tácito para os demais
integrantes da organização.
Adotando uma estrutura gerencial similar, e também em três níveis, DAVENPORT e PRUSAK
(1999) propõem uma distribuição dos profissionais do conhecimento nos seguintes componentes:
trabalhadores do conhecimento (integradores, sintetizadores, “repórteres”, editores e comunicadores do
conhecimento), gerentes de projetos do conhecimento (que devem possuir facilidades em gestão de
projetos, em gestão de mudanças e em gestão de tecnologia, além de outros qualificadores fundamentais,
como liderança, comunicação e negociação) e diretores do conhecimento (líderes da função do
conhecimento na organização, suas funções devem incluir, principalmente, a construção de uma cultura
voltada ao conhecimento, a criação de uma infra-estrutura para a gestão do conhecimento e a
transformação efetiva de toda atividade do conhecimento em algo economicamente compensatório) 3.
STEWART (1998), por sua vez, reconhece que uma empresa deveria basear-se unicamente em
dois conceitos: projetos e processos. Desta forma, propõe um modelo semelhante, em que coexistam os
seguintes profissionais vinculados ao tratamento do conhecimento organizacional (ou, como ele próprio
define, do “capital humano” presente nas organizações): profissionais de nível superior (presidentes,
CEOs4 e vice-presidentes executivos), provedores de recursos (que oferecem recursos de suas respectivas
áreas funcionais para o atendimento aos processos e projetos da organização), gerentes de projeto (que
compram ou alugam recursos dos provedores de recursos), proprietários de processos (executivos
seniores que são responsáveis pelo perfeito funcionamento de um processo ou subprocesso
organizacional) e talentos (a ser alocados aos projetos e aos processos organizacionais).
Estabelecer a estrutura gerencial onde os gerentes de projeto devam situar-se não determina,
contudo suas ações específicas. Em seguida, sugerimos como os gerentes de projeto devem atuar de
forma a favorecer o processo de gestão de conhecimento nos projetos conduzidos por eles.
3
Os diretores do conhecimento podem assumir diversas designações como a de CKO – Chief Knowledge
Officer, por exemplo.
4
O termo CEO (Chief Executive Officer) normalmente refere-se ao principal executivo de uma
organização.
eficácia, e tanto nas funções de emissor quanto nas de receptor, de forma clara, não ambígua e completa,
e sob as diversas dimensões comunicacionais disponíveis), negociação (capacidade de argumentar com
outros de forma a chegar a acordos benéficos aos objetivos dos projeto), resolução de problemas (“refere-
se a uma combinação de definição de problemas e tomada de decisões” – PMI, 1996, p.24)5 e influência
na organização (habilidade de efetivamente realizar coisas a partir do conhecimento das estruturas
formais e informais da organização nas esferas culturais, de poder e da política interna).
No entanto, em termos práticos, o que deveria fazer o gerente de projetos para que a gestão do
conhecimento organizacional fosse adequadamente implementada ao longo dos projetos sob sua
responsabilidade? As habilidades apresentadas acima devem ser complementadas com ações práticas que
viabilizem a atuação do gerente de projetos em relação à gestão do conhecimento organizacional como as
que se seguem:
5
Para maiores informações acerca dos assuntos tomada de decisões e solução de problemas, consultar
STAIR (1998, p. 32-36)
propostos e situações ;
10. Procurar facilitar a transferência do conhecimento por tradição: uma organização pode
aproveitar o conhecimento presente em seus parceiros e fornecedores, assistindo-os e
acompanhando o desenvolvimento de tarefas e sub-projetos presencialmente. Desta forma,
as experiências e conhecimentos específicos dos colaboradores poderão ser
substancialmente agregadas, e isso pode ser estabelecido em cláusulas específicas mantidas
em contratos de terceirização de serviços;
Dentro desta ótica, e sob a batuta do gerente de projetos, todo o acervo das idéias, mesmo as que
não foram aproveitadas de todo, todas as histórias de sucesso e fracasso que ocorreram ao longo de um
projeto, as determinações, os problemas e falhas, as decisões, os resultados de reuniões, os conflitos e as
soluções desenvolvidas no decorrer de um projeto podem e devem ser re-utilizados como subsídios e
insumos para projetos seguintes. Assim, cada novo projeto não necessariamente deveria partir do nível
zero de conhecimentos. Cada um deles deveria utilizar-se do arcabouço de conhecimentos gerado e
assimilado nas iniciativas anteriores e nas soluções pesquisadas caso a caso. Conhecimentos estes que,
muitas vezes, podem até mesmo antecipar novas demandas e, consequentemente, prever a possibilidade
do atendimento às questões ainda emergentes. Ou, ainda, novos implementos poderiam até mesmo surgir
como subprodutos de projetos com finalidades completamente distintas das que foram originalmente
estabelecidas previamente. Seria como se uma “máquina de gerar soluções”, através da gestão por
projetos integrada à gestão do conhecimento organizacional, pudesse ser utilizada para o desenvolvimento
de cada vez mais e melhores soluções, sendo que a cada novo projeto implementado esta “máquina”
ficasse cada vez mais “inteligente”, ou seja, mais capaz para a resolução de problemas de complexidades
cada vez mais crescentes.
Nosso entendimento em relação à atuação dos gerentes de projeto é a de que os mesmos exerçam
suas capacidades, competências e habilidades de forma a fazer com que suas equipes de projeto possam
atuar de forma sinérgica, tanto entre seus próprios membros quanto em termos da equipe em relação ao
restante da organização. O ponto ideal de sinergia seriam as equipes auto-organizadas, ou auto-
gerenciadas, em que não seria necessária a atuação de um líder em específico, ou a questão da liderança
seria espontaneamente estabelecida de acordo com contextos situacionais específicos.
Acreditamos que a atuação dos gerentes de projeto deve considerar a abordagem oferecida por
COLLINS e PORRAS (1995), quando sugerem que verdadeiros líderes não necessariamente deveriam ser
carismáticos para conduzirem uma organização ao sucesso. Na verdade, a expressão utilizada por estes
autores é a de que o verdadeiro líder deve “dar as ferramentas, e não impor as soluções”. A este respeito,
ROSENBURG (2001), ao comentar sobre o estilo de liderança do principal executivo do Grupo Pão de
Açúcar, afirma que talvez o “seu maior desafio como líder seja desvincular a imagem do grupo de sua
própria figura” (p. 55).
Os gerentes de projeto, naturalmente, devem atuar como verdadeiros líderes. E líderes realmente
focados nos projetos sob sua responsabilidade. Líderes fazem com que pessoas dirijam-se à uma mesma
direção. A questão aqui não é a de que ele deva deixar de fazer isso, ou de realizar esta função primordial
com menor intensidade. Nossa proposta é de que estes líderes de projeto sejam também facilitadores para
um processo ágil de troca de conhecimentos, tanto entre os membros de suas equipes como entre suas
equipes e o restante da organização ao qual estão vinculados. A gestão do conhecimento das equipes sob
sua “tutela” passa a ser um fator extremamente crítico para a geração da inovação organizacional, com o
consequente ganho de diferencias competitivos almejados por grande parte das organizações atuantes nos
mercados competitivos atuais. Daria-se, desta forma, o desenvolvimento natural de novas competências
essenciais6, bem como o aprimoramento das competências essenciais já existentes. A gestão do
conhecimento nas equipes de projeto não deve substituir, mas sim somar-se à gerência de projetos como
elemento necessário e indispensável para o desenvolvimento de novas soluções de negócio, e soluções
estas que realmente estabelecerão vantagens estratégicas significativas, tanto no curto quanto no longo
prazo, ainda que os conceitos atuais de curto e longo prazos hoje em dia se confundam.
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6
Para a definição do conceito de competências essenciais, bem como de uma abordagem metodológica
para seu desenvolvimento e aprimoramento, sugerimos a consulta a HAMEL e PRAHALAD (1995)
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. PETERS, Thomas J. “Fazer primeiro, pensar depois”. HSM Management, São Paulo, v.1, n.3, p.14-18,
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. STEWART, Thomas. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro:
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