Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE PROJETOS
Prof. Dr. EVERTON GOMEDE
Prof. Me. RICARDO SATIN
004 Aula 01: Introdução ao Gerenciamento de Projetos
O gerenciamento de projetos está presente em nosso dia a dia, seja ele pro ssional ou
pessoal. Por exemplo, quantos trabalhos você participou em que um cronograma foi
criado? Ou em que um orçamento foi produzido, ou compras foram feitas?
Provavelmente alguns. Todos esses elementos fazem parte do conteúdo de
Gerenciamento de Projetos, e a importância de tal disciplina está relacionada com a
organização do trabalho a ser feito, organização de equipes, gerenciamento de
cronograma e muitas outras atividades que aumentam as chances do seu projeto ser
entregue com sucesso.
Tudo isso é feito utilizando processos, ferramentas e técnicas que permitem com que o
projeto possa ser planejado, executado, monitorado e controlado de maneira e ciente
e e caz. Além disso, o gerenciamento de projetos permite com que as organizações
realizem suas estratégias e tenham melhores resultados, tanto operacionais quanto
estratégicos.
Bons estudos!
3
01
Introdução ao
Gerenciamento de
Projetos
Fundamentos
O gerenciamento de projetos não é algo novo, pois está em uso há centenas de anos
pelos mais diferentes povos ao longo da história e do mundo. Vamos ver alguns
exemplos de grandes projetos:
Pirâmide de Gizé;
Grande Muralha da China;
Taj Mahal;
Canal do Panamá;
Vacina contra a pólio;
O homem pousando na Lua;
A Estação Espacial Internacional na órbita da Terra.
5
Taj Mahal.
Os resultados desses projetos foram alcançados por líderes e gerentes que aplicaram
práticas, princípios, processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos
em seu trabalho. Foi necessário um conjunto de habilidades-chave e
conhecimentos aplicados para satisfazer seus clientes e outras pessoas envolvidas
em tais projetos.
Definição de Projetos
Um projeto é um esforço temporário realizado para criar um produto, serviço ou
resultado exclusivo. Portanto, os projetos são realizados para cumprir os objetivos
por meio da produção de resultados. Já objetivo é de nido como um resultado para
6
o qual o trabalho deve ser direcionado; uma posição estratégica a ser alcançada, um
resultado a ser obtido, um produto a ser produzido ou um serviço a ser executado.
7
Saiba mais sobre as de nições de projetos que o PMI – o Project
Management Institute – apresenta em seus livros. Além disso, você pode
aprender muitos outros conceitos do mundo de gerenciamento de projetos.
8
Gerenciamento de Projetos
O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades,
ferramentas e técnicas nas atividades para atender aos requisitos do projeto. O
gerenciamento é realizado por meio da aplicação e integração apropriadas dos
processos de gerenciamento do projeto identi cados para o projeto.
9
Gerenciar restrições (por exemplo, escopo, qualidade, cronograma, custos,
recursos);
Equilibrar a in uência de restrições no projeto (por exemplo, o aumento do
escopo pode aumentar o custo ou o cronograma);
Gerenciar as alterações de uma maneira melhor.
Perda de prazos;
Custo excedido;
Qualidade ruim;
Retrabalho;
Expansão descontrolada do projeto;
Perda de reputação da organização;
Stakeholders insatisfeitos;
Falha na consecução dos objetivos para os quais o projeto foi realizado.
10
Projetos, Programas, Portfólio e Operação
O uso de processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos cria uma
base sólida para as organizações atingirem suas metas e objetivos. Um projeto pode
ser gerenciado em três cenários separados: como um projeto independente (fora de
um portfólio ou programa), dentro de um programa ou dentro de um portfólio.
Por exemplo, vários projetos podem ser necessários para atingir um conjunto de
metas e objetivos de uma organização. Nessas situações, os projetos podem ser
agrupados em um programa. Um programa é de nido como um grupo de projetos
relacionados de maneira coordenada para obter benefícios não disponíveis no
gerenciamento individual. Programas não são grandes projetos. Um projeto muito
grande pode ser chamado de megaprojeto. Como diretriz, os megaprojetos custam
US $ 1 bilhão ou mais, afetam 1 milhão ou mais de pessoas e funcionam por anos.
11
O gerenciamento de portfólio é de grande importância para as organizações.
Neste case, podemos entender de forma aprofundada o gerenciamento de
portfólio e ver como o mesmo pode ser aplicado na prática.
12
O planejamento organizacional e de portfólio afeta os componentes por meio de
priorização com base em risco, nanciamento e outras considerações. A visão do
portfólio permite que as organizações vejam como as metas estratégicas são
re etidas no portfólio, além de permitir a implementação e coordenação de
governança de portfólio, programa e projeto apropriada. Essa governança
coordenada permite a alocação autorizada de recursos humanos, nanceiros e
físicos com base no desempenho e nos benefícios esperados.
Como pode ser visto na Figura 1, existe um conjunto de recursos compartilhados pela
organização que são empregados tanto para projetos quanto para a operação. Uma
informação importante do gerenciamento de projetos é que a operação acaba por
consumir os recursos do projeto em situações de emergência.
13
A de nição de projetos do PMI – o Project Management Institute – é uma
das mais aceitas entre a comunidade de pro ssionais; segundo eles, um
projeto é um esforço temporário para produzir um resultado único.
14
02
O Ambiente do
Gerenciamento de
Projetos
Os projetos existem e operam em ambientes que podem in uenciar seu
gerenciamento, e tais in uências podem ter impactos favoráveis ou desfavoráveis.
Duas grandes categorias de in uências são os fatores ambientais da empresa (FAE)
e os ativos de processos organizacionais (APO).
16
Saiba mais sobre os ativos de processos organizacionais e fatores
ambientais da empresa nas publicações o ciais do PMI – o Project
Management Institute.
Fatores Ambientais da
Empresa
Os fatores ambientais da empresa (FAE) se referem a condições, e não sobre o
controle da equipe do projeto, e essas condições in uenciam, restringem ou
direcionam o projeto. Podem ser internas e/ou externas à organização.
17
Cultura, estrutura e governança organizacional: incluem visão, missão,
valores, crenças, normas culturais, estilo de liderança, relações de hierarquia e
autoridade, estilo organizacional, ética e código de conduta.
Distribuição geográ ca de instalações e recursos: locais de fábrica, equipes
virtuais, sistemas compartilhados e computação em nuvem.
Infraestrutura: instalações, equipamentos, canais organizacionais de
telecomunicações, hardware de tecnologia da informação, disponibilidade e
capacidade.
Software de tecnologia da informação: ferramentas de software de
agendamento, sistemas de gerenciamento de con guração, interfaces da web
para outros sistemas automatizados online e sistemas de autorização de
trabalho.
Disponibilidade de recursos: restrições de contratação e compra, fornecedores
e subcontratados aprovados e acordos de colaboração.
Capacidade dos empregados: conhecimentos, habilidades, competências e
conhecimentos especializados existentes em recursos humanos.
18
Na prática, os fatores ambientais podem ser decisivos para o gerenciamento
de projetos. Este trabalho apresenta como as empresas, em um
determinado segmento, lidam com tal questão.
Ativos de Processos
Organizacionais
Os ativos de processos organizacionais (APO) são os planos, processos, políticas,
procedimentos e bases de conhecimentos especí cos e usados pela organização
executora. Esses ativos in uenciam o gerenciamento do projeto e incluem qualquer
artefato, prática ou conhecimento de qualquer uma ou de todas as organizações
executantes envolvidas no projeto que podem ser usados para executar ou governar
os projetos.
19
Bases de conhecimento organizacionais
Iniciação e planejamento
20
e impacto, de nições de probabilidade e impacto, matrizes de probabilidade e
impacto e modelos de registro de partes interessadas).
Listas de fornecedores aprovadas pela e vários tipos de acordos contratuais
(por exemplo, preço xo, custo reembolsável e contratos de tempo e material).
Em organizações com um nível maior de maturidade com relação a este assunto, tais
elementos contribuem com o gerenciamento de projetos e podem ser utilizados
como ferramentas para melhorar a probabilidade de sucesso do projeto dentro da
organização.
21
Os fatores ambientais e ativos de processos são fatores críticos para o
gerenciamento de projetos. Deve-se aprofundar no seu conhecimento para
que as práticas de gerenciamento sejam efetivas.
22
03
O Papel do Gerente
de Projetos
Visão Geral
O gerente de projetos desempenha um papel crítico na liderança da equipe de
projeto. Esse papel é claramente visível durante todo o ciclo de vida do projeto.
Muitos gerentes de projetos se envolvem desde o início até o fechamento. No
entanto, em algumas organizações, um gerente de projetos pode estar envolvido em
atividades de avaliação e análise antes do início do projeto.
24
Uma analogia simples pode ajudar a entender os papéis de um gerente de projetos
para um grande projeto, comparando-os com os papéis de um maestro para uma
grande orquestra:
Associação e funções
Da mesma forma, um projeto grande pode ter mais de 100 membros liderados por
um gerente de projeto. Os membros da equipe podem desempenhar muitas funções
diferentes, como design, fabricação e gerenciamento de instalações. Como as
principais seções da orquestra, elas representam várias unidades de negócios ou
grupos dentro de uma organização. Os músicos e os membros do projeto compõem a
equipe de cada líder.
O gerente e o maestro são responsáveis pelo que suas equipes produzem. Os dois
líderes precisam ter uma visão holística dos produtos de sua equipe para planejar,
coordenar e concluí-los. Os dois líderes começam revisando a visão, missão e
objetivos de suas respectivas organizações para garantir o alinhamento com seus
produtos.
Conhecimento e habilidades
Não se espera que o maestro seja capaz de tocar todos os instrumentos da orquestra,
mas ele deve possuir conhecimento, entendimento e experiência musical. O maestro
fornece à orquestra liderança, planejamento e coordenação por meio de
25
comunicações por escrito, na forma de partituras musicais e horários de prática. O
condutor também se comunica em tempo real com a equipe usando um bastão e
outros movimentos corporais.
Definição de um Gerente de
Projetos
A função de um gerente de projetos é diferente daquela de um gerente funcional ou
gerente de operações. Geralmente, o gerente funcional se concentra em fornecer
supervisão de gerenciamento para uma unidade funcional ou de negócios e é
responsável por garantir que as operações de negócios sejam e cientes.
26
Esfera de Influência de um
Gerente de Projetos
Visão Geral
O gerente de projetos cumpre inúmeras funções dentro de sua esfera de in uência.
Essas funções re etem as capacidades do gerente e são representativas do valor e
das contribuições da pro ssão de gerenciamento de projetos.
Esta seção destaca os papéis do gerente de projetos nas várias esferas de in uência
(Figura 1).
27
Figura 1 – A esfera de In uências do gerente de projetos.
O Projeto
O gerente de projetos lidera a equipe para atender aos objetivos do projeto e às
expectativas das partes interessadas. Trabalha para equilibrar as restrições
concorrentes no projeto com os recursos disponíveis.
28
exemplo, habilidades interpessoais e a capacidade de gerenciar pessoas) para
equilibrar as metas con itantes e concorrentes dos envolvidos no projeto, a m de
obter consenso.
29
A Organização
O gerente de projetos interage proativamente com outros gerentes de projetos.
Outros projetos independentes ou projetos que fazem parte do mesmo programa
podem afetar um projeto devido, mas não limitado a:
A interação com outros gerentes de projetos ajuda a criar uma in uência positiva para
atender às várias necessidades do projeto. Essas necessidades podem estar na forma
de recursos e resultados humanos, técnicos ou nanceiros exigidos pela equipe para
a conclusão do projeto.
30
O gerente de projetos pode trabalhar para aumentar a competência e a capacidade
de gerenciamento de projetos dentro da organização como um todo e está envolvido
em iniciativas de integração ou transferência de conhecimento tácito e explícito. Ele
trabalha para:
Ele também trabalha em estreita colaboração e com outras funções, como gerentes
organizacionais, especialistas no assunto e os envolvidos na análise de negócios. Em
algumas situações, o gerente de projetos pode ser um consultor externo colocado em
uma função de gerenciamento temporário.
31
A Indústria
O gerente de projetos se mantém informado sobre as tendências atuais do setor.
Pega essas informações e vê como elas podem impactar ou se aplicar aos projetos
atuais. Essas tendências incluem, mas não limitadas a:
Comparação de Liderança e
Gerenciamento
As palavras liderança e gerenciamento são frequentemente usadas de forma
intercambiável. No entanto, eles não são sinônimos. A palavra gerenciamento está
mais intimamente associada ao direcionamento de outra pessoa para ir de um ponto
32
a outro usando um conjunto conhecido de comportamentos esperados. Por outro
lado, a liderança envolve trabalhar com outras pessoas através de discussões ou
debates, a m de guiá-las de um ponto para outro.
33
Gerenciamento Liderança
Manter Desenvolver
Administrar Inovar
34
04
Gerenciamento de
Integração
Visão Geral
O gerenciamento de integração de projetos inclui os processos e atividades para
identi car, de nir, combinar, uni car e coordenar os vários processos e atividades de
gerenciamento de projetos nos Grupos de processos de gerenciamento de projetos.
Alocação de recursos;
Equilibrar demandas concorrentes;
Exame de abordagens alternativas;
Procurando os processos para atender aos objetivos do projeto;
Gerenciar as interdependências entre as áreas de conhecimento em
gerenciamento de projetos.
36
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento de integração.
37
Principais Conceitos para o
Gerenciamento de Projetos
O gerenciamento de integração de projetos é especí co para gerentes de projetos.
Enquanto outras áreas de conhecimento podem ser gerenciadas por especialistas (por
exemplo, análise de custos, especialistas em agendamento, especialistas em
gerenciamento de riscos), a responsabilidade do gerenciamento de integração de
projetos não pode ser delegada ou transferida.
Quando riscos adicionais associados a várias alternativas de equipe são identi cados,
um ou mais desses processos podem ser revisados. Os links entre os processos nos
grupos de processos de gerenciamento de projetos geralmente são iterativos (que
progride ao longo de sucessivas tentativas de re namento). Por exemplo, o Grupo de
processos de planejamento fornece ao grupo de processos de execução um plano de
gerenciamento de projeto documentado no início do projeto e, em seguida, atualiza o
plano de gerenciamento de projetos se ocorrerem alterações à medida que o projeto
progride.
38
Coletando dados sobre os resultados alcançados, analisando os dados para obter
informações e comunicando essas informações às partes interessadas relevantes;
Completar todo o trabalho do projeto e fechar formalmente cada fase, contrato e
o projeto como um todo;
Gerenciar transições de fase quando necessário. Quanto mais complexo o projeto
e mais variadas as expectativas das partes interessadas, mais so sticado é
necessária uma abordagem à integração.
Tendências no Gerenciamento
de Integração
A área de conhecimento de gerenciamento de integração de projetos exige a
combinação dos resultados de todas as outras áreas de conhecimento. As tendências
em evolução nos processos de integração incluem, mas não limitadas a:
39
Gerenciamento de conhecimento de projeto
A força de trabalho cada vez mais móvel e transitória requer um processo mais
rigoroso de identi cação do conhecimento ao longo do ciclo de vida do projeto e
transferência para o público-alvo, para que o conhecimento não seja perdido.
Metodologias Híbridas
40
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, o gerente de projetos pode precisar adaptar a maneira
como os processos de Gerenciamento de Integração de Projetos são aplicados.
41
Considerações sobre
Ambientes Iterativos e Ágeis
As abordagens iterativas e ágeis promovem o envolvimento dos membros da equipe
como especialistas em domínio local no gerenciamento de integração.
Os principais benefícios desse processo são que ele fornece um vínculo direto entre o
projeto e os objetivos estratégicos da organização, cria um registro formal do projeto e
mostra o compromisso organizacional com o projeto.
Esse processo é realizado uma vez ou em pontos prede nidos no projeto. As entradas,
ferramentas e técnicas e saídas do processo estão representadas na Figura 2 com o
diagrama de uxo de dados.
42
Figura 2 – Visão geral do gerenciamento de integração.
Um termo de abertura do projeto ainda pode ser usado para estabelecer acordos
internos dentro de uma organização para garantir a entrega adequada nos termos do
contrato. A carta do projeto aprovado inicia formalmente o projeto.
Os projetos são iniciados por uma entidade externa ao projeto, como um patrocinador,
programa ou escritório de gerenciamento de projetos (PMO), ou um presidente do
órgão de administração de portfólio ou representante autorizado.
43
O iniciador ou patrocinador do projeto deve estar em um nível apropriado para obter
nanciamento e comprometer recursos para o projeto.
44
Item Descrição
Critério de Qual critério que, caso seja atingido, o projeto deve ser
Saída cancelado
Restrição Qual restrição não pode ser afetada (por exemplo, escopo)
Este termo permite uma visão geral do projeto e facilita a comunicação entre os
interessados. Além disso, é o ponto de partida para o planejamento, execução,
monitoramento e controle.
45
A de nição de projetos do PMI é uma das mais aceitas entre a comunidade de
pro ssionais; segundo eles, um projeto é um esforço temporário para
produzir um resultado único.
Um ponto importante sobre o termo de abertura é que o mesmo deve ser considerado
como uma espécie de acordo de primeiro nível e uma autorização formal para a
execução do projeto, fornecendo ao gerente a autoridade necessária para alocação de
recursos e demais decisões.
46
05
Gerenciamento
de Escopo
O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir
que o projeto inclua todo o trabalho necessário e apenas o trabalho necessário
para concluir o projeto com êxito, e se preocupa principalmente em de nir e controlar
o que é e o que não é incluído no projeto.
48
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento de escopo.
49
Principais Conceitos do
Gerenciamento de Escopo
No contexto do projeto, o termo escopo pode se referir a:
Projetos com ciclos de vida adaptativos têm como objetivo responder a altos níveis de
mudança e exigir o envolvimento contínuo das partes interessadas.
Três processos (coletar requisitos, de nir escopo e criar a EAP) são repetidos para
cada iteração. Pelo contrário, em um projeto preditivo, esses processos são
executados no início do projeto e atualizados conforme necessário, usando o
processo de controle de mudanças integrado.
50
O gerenciamento do escopo pode ser visto como o coração do projeto.
Todas as demais áreas estão subordinadas ao mesmo. Por isso, sua correta
de nição pode ser vista como um dos pilares fundamentais para aumentar
as chances de sucesso. Saiba mais como fazer isso com um caso prático aqui
no Brasil.
Dois processos (Validar e Controlar o Escopo) são repetidos para cada iteração. Pelo
contrário, em um projeto preditivo, o Validar o Escopo ocorre com cada entrega ou
revisão de fase e o Controlar Escopo é um processo contínuo.
Uma linha de base pode ser alterada apenas por meio de procedimentos formais de
controle de alterações e é usada como base para comparação durante a execução dos
processos Validar e Controlar o Escopo, bem como outros processos de controle.
Projetos com ciclos de vida adaptáveis usam registros em atraso (incluindo requisitos
de produtos e histórias de usuários) para re etir suas necessidades atuais.
51
O termo requisito é de nido como uma condição ou capacidade necessária para estar
presente em um produto, serviço ou resultado para satisfazer um contrato ou outra
especi cação formalmente imposta.
As entregas veri cadas obtidas do processo Controlar a Qualidade são uma entrada
para o processo Validar o Escopo. Uma das saídas deste processo são entregas
aceitas formalmente assinadas e aprovadas pela parte interessada autorizada.
Tendências Emergentes do
Gerenciamento de Escopo
Os requisitos sempre foram uma preocupação no gerenciamento de projetos e
continuaram a ganhar mais atenção na pro ssão. À medida que o ambiente global se
torna mais complexo, as organizações começam a reconhecer como usar a análise de
negócios para obter vantagens competitivas, de nindo, gerenciando e controlando as
atividades de requisitos.
52
As tendências e práticas emergentes do Gerenciamento do Escopo do Projeto
incluem, entre outras, o foco na colaboração com pro ssionais de análise de
negócios para:
53
Utilize uma ferramenta para decomposição do escopo e que possa ser base
para as demais áreas do gerenciamento de projetos. Caso contrário, existirá
a necessidade de integração, o que aumenta a complexidade do
gerenciamento.
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, o gerente de projetos precisará adaptar a maneira como
os processos de Gerenciamento do Escopo do Projeto são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
54
Estabilidade de requisitos. Existem áreas do projeto com requisitos instáveis?
Os requisitos instáveis exigem o uso de técnicas enxutas, ágeis ou outras
técnicas adaptativas até que sejam estáveis e bem de nidas?
Governança. A organização possui políticas, procedimentos e diretrizes formais
ou informais de auditoria e governança?
Considerações sobre
Ambientes Adaptáveis
Em projetos com requisitos em evolução, alto risco ou incerteza signi cativa, o escopo
geralmente não é compreendido no início do projeto ou evolui durante o mesmo.
Os métodos ágeis deliberadamente gastam menos tempo tentando de nir e
concordar com o escopo no estágio inicial do projeto e gastam mais tempo
estabelecendo o processo para sua descoberta e aprimoramento contínuos.
55
Estrutura Analítica do Projeto
Criar EAP é o processo de subdividir as entregas do projeto e o trabalho do projeto
em componentes menores e mais gerenciáveis. O principal benefício desse processo
é que ele fornece uma estrutura do que deve ser entregue.
56
Figura 2 – Visão geral do processo para criar a EAP.
O trabalho planejado está contido no nível mais baixo dos componentes da EAP,
chamados de pacotes de trabalho. Um pacote de trabalho pode ser usado para
agrupar as atividades em que o trabalho é agendado e estimado, monitorado e
controlado.
Decomposição
Decomposição é uma técnica usada para dividir e subdividir o escopo do projeto e
as entregas do projeto em partes menores e mais gerenciáveis.
O pacote de trabalho é o trabalho de nido no nível mais baixo da EAP para o qual o
custo e a duração podem ser estimados e gerenciados.
57
O nível de decomposição é geralmente guiado pelo grau de controle necessário para
gerenciar efetivamente o projeto. O nível de detalhe dos pacotes de trabalho variará
com o tamanho e a complexidade do projeto.
Uma parte de uma EAP com algumas rami cações da EAP decomposta no nível do
pacote de trabalho é mostrada na Figura 3.
58
Figura 3 – Exemplo de decomposição de um projeto.
Uma EAP pode ser criada por meio de várias abordagens. Alguns dos métodos
populares incluem a abordagem de cima para baixo, o uso de diretrizes especí cas da
organização e o uso de modelos da EAP. Uma abordagem de baixo para cima pode
ser usada para agrupar subcomponentes.
59
A EAP pode ser estruturada como um esboço, um organograma ou outro método que
identi que uma quebra hierárquica. A veri cação da correção da decomposição exige
a determinação de que os componentes da EAP de nível inferior são aqueles que são
necessários e su cientes para a conclusão das entregas correspondentes de nível
superior.
A decomposição pode não ser possível para um produto ou subcomponente que será
realizado no futuro. A equipe de gerenciamento de projetos normalmente espera até
que o fornecimento ou subcomponente seja acordado, para que os detalhes da EAP
possam ser desenvolvidos. Essa técnica às vezes é chamada de planejamento em
ondas contínuas, ou rolling wave planning.
60
06
Gerenciamento
de Tempo
O Gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários para gerenciar
a conclusão do projeto dentro dos prazos acordados. Os processos de Gerenciamento
do tempo do projeto são apresentados como distintos com interfaces de nidas,
enquanto, na prática, se sobrepõem e interagem de maneira que não podem ser
completamente detalhadas.
Principais Conceitos do
Gerenciamento de Tempo
O cronograma do projeto fornece um plano detalhado que representa como e
quando o projeto fornecerá os produtos, serviços e resultados de nidos no escopo
do projeto e serve como uma ferramenta de comunicação, gerenciando as
expectativas das partes interessadas e como base para o relatório de desempenho.
62
Figura 1 – Exemplo de cronograma de um projeto.
63
Para projetos menores, de nir atividades, sequenciar atividades, estimar durações de
atividades e desenvolver o modelo de cronograma são tão estreitamente vinculados e
são vistas como um processo único que pode ser realizado por uma pessoa por um
período relativamente curto.
64
Figura 2 – Exemplo de cronograma de um projeto.
65
compor tal cronograma e questões como calendários de recursos, restrições,
sobrecarga de recursos, nivelamento de recursos entre outras devem ser
consideradas.
Tendências Emergentes no
Gerenciamento de Tempo
Com altos níveis de incerteza e imprevisibilidade em um mercado global em ritmo
acelerado e altamente competitivo, onde é difícil de nir o escopo de longo prazo, está
se tornando ainda mais importante ter uma estrutura contextual para adoção efetiva
e adaptação de práticas de desenvolvimento para responder às mudanças
necessárias do meio ambiente.
66
Essa abordagem geralmente é usada para fornecer valor incremental ao cliente ou
quando várias equipes podem desenvolver simultaneamente um grande número de
recursos que possuem poucas dependências interconectadas. Esse método de
programação é apropriado para muitos projetos, conforme indicado pelo uso
generalizado e crescente de ciclos de vida adaptativos para o desenvolvimento de
produtos.
O benefício dessa abordagem é que ela recebe mudanças ao longo do ciclo de vida do
desenvolvimento.
67
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, o gerente de projetos pode precisar adaptar a maneira
como os processos de gerenciamento do tempo do projeto são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
68
Considerações sobre
Ambientes Iterativos e Ágeis
As abordagens adaptativas usam ciclos curtos para realizar trabalhos, revisar os
resultados e adaptar conforme necessário. Esses ciclos fornecem feedback rápido
sobre as abordagens e a adequação das entregas, e geralmente se manifestam como
agendamento iterativo e agendamento por demanda.
Para abordar o ciclo de vida completo de entrega para sistemas maiores, em toda a
empresa, pode ser necessário adotar uma série de técnicas utilizando uma
abordagem preditiva, uma abordagem adaptativa ou um híbrido de ambas. A
organização pode precisar combinar práticas de vários métodos principais ou adotar
um método que já o tenha feito e adotar alguns princípios e práticas de técnicas mais
tradicionais.
Crie cronogramas que seja factível e sirvam como uma trilha e não um trilho.
Deve-se adaptá-lo para corrigir eventuais desvios a m de preservar a
execução do projeto.
69
Definição das Atividades
De nir atividades é o processo de identi cação e documentação das ações especí cas
a serem executadas para produzir as entregas do projeto.
Uma boa prática é utilizar os pacotes de trabalhos da EAP e identi car quais as
atividades necessárias para e entrega dos mesmos.
Sequenciamento das
Atividades
Atividades de sequência é o processo de identi cação e documentação de
relacionamentos entre as atividades do projeto.
70
O principal benefício desse processo é que ele de ne a sequência lógica de trabalho
para obter a maior e ciência, considerando todas as restrições do projeto. Esse
processo é realizado durante todo o projeto.
O sequenciamento de atividades pode ser feito de quatro formas: término para início
(o mais comum), início para término, término para término e início para início. No
geral, o término de uma atividade para o início da outra é o mais comum de ser
utilizado.
71
Figura 3 – Os quatro tipo de sequenciamento de cronograma de um projeto.
72
Figura 4 – Exemplo de diagrama de sequência.
O principal benefício desse processo é que ele fornece a quantidade de tempo que
cada atividade levará para ser concluída. Esse processo é realizado durante todo o
projeto.
73
duração incluem restrições impostas à duração, esforço envolvido ou tipo de recursos
(por exemplo, duração xa, esforço ou trabalho xo, número xo de recursos), bem
como a técnica de análise de rede do cronograma usada.
74
estimativas são usadas para aproximar o número de períodos de trabalho (duração
da atividade) necessários para concluir a atividade usando os calendários apropriados
de projetos e recursos.
Em muitos casos, o número de recursos que se espera estar disponível para realizar
uma atividade, juntamente com a pro ciência em habilidades desses recursos, pode
determinar a duração da atividade.
Quando um fator (por exemplo, recurso) usado para determinar o esforço necessário
para produzir uma unidade de trabalho é aumentado enquanto todos os outros
fatores permanecem xos, será alcançado um ponto no qual as adições desse fator
começarão a produzir aumentos progressivamente menores ou decrescentes na
saída.
Número de recursos
Aumentar o número de recursos para o dobro do número original nem sempre reduz
o tempo pela metade, pois pode aumentar a duração extra devido ao risco e, em
algum momento, adicionar muitos recursos à atividade pode aumentar a duração
devido à transferência de conhecimento, curva de aprendizado, coordenação
adicional e outros fatores envolvidos.
Avanços na tecnologia
75
Isso também pode desempenhar um papel importante na determinação das
estimativas de duração. Por exemplo, um aumento na produção de uma fábrica pode
ser alcançado através da aquisição dos mais recentes avanços tecnológicos, que
podem impactar a duração e as necessidades de recursos.
Motivação do pessoal
76
Figura 6 – Exemplo de distribuição de probabilidade de estimativas.
O Cronograma
Desenvolver o cronograma é o processo de analisar sequências de atividades,
durações, requisitos de recursos e restrições de cronograma para criar um modelo de
cronograma para execução do projeto, monitoramento e controle.
O principal benefício desse processo é que ele gera um modelo de cronograma com
datas planejadas para a conclusão das atividades do projeto. Esse processo é
realizado durante todo o projeto.
77
desenvolvimento do cronograma pode exigir a revisão e revisão das estimativas de
duração, estimativas de recursos e reservas de cronograma para estabelecer um
cronograma de projeto aprovado que pode servir como uma linha de base para
acompanhar o progresso.
Cuidado com cronogramas que sejam feitos somente para cumprir alguma
norma, mas que, na prática, não tenha utilidade nenhuma.
78
Existem duas maneiras de avanço rápido do cronograma do projeto: paralelismo e
compressão.
79
Figura 7 – Exemplo de distribuição de probabilidade de estimativas.
80
Figura 8 – Exemplo de cronograma de projeto.
81
07
Gerenciamento
de Custos
O Gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos no
planejamento, estimativa, orçamento, nanciamento, nanciamento, gerenciamento e
controle de custos, para que o projeto possa ser concluído dentro do orçamento
aprovado.
83
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento de custos em projetos.
84
Principais Conceitos do
Gerenciamento de Custo
O Gerenciamento de custos do projeto se preocupa principalmente com o custo dos
recursos necessários para concluir as atividades do projeto. Deve considerar o efeito
das decisões do projeto no custo recorrente subsequente do uso, manutenção e
suporte do produto, serviço ou resultado do projeto. Por exemplo, limitar o número
de revisões de design pode reduzir o custo do projeto, mas pode aumentar os custos
operacionais do produto resultante.
85
Quando tais previsões e análises são incluídas, o Gerenciamento de Custos do Projeto
pode abordar processos adicionais e inúmeras técnicas gerais de gerenciamento
nanceiro, como retorno do investimento, uxo de caixa descontado e análise de
retorno do investimento.
Tendências Emergentes do
Gerenciamento de Custo
Dentro da prática do gerenciamento de custos do projeto, as tendências incluem a
expansão do gerenciamento de valor agregado (EVM) para incluir o conceito de
cronograma ganho (ES). O ES é uma extensão da teoria e prática da EVM.
86
O índice de desempenho da programação (SPI) usando métricas de programação
obtidas é ES/AT. Isso indica a e ciência com a qual o trabalho está sendo realizado.
87
Considerações de Ambientes
Adaptáveis
Projetos com alto grau de incerteza ou aqueles em que o escopo ainda não esteja
totalmente de nido podem não se bene ciar de cálculos detalhados de custos devido
a mudanças frequentes. Em vez disso, métodos leves de estimativa podem ser usados
para gerar uma previsão rápida e de alto nível dos custos de mão-de-obra do projeto,
que podem ser facilmente ajustados conforme as mudanças surgem.
Estimativas de Custos
Estimar custos é o processo de desenvolver uma aproximação do custo dos recursos
necessários para concluir o trabalho do projeto. O principal benefício desse processo
é que ele determina os recursos monetários necessários para o projeto.
88
Figura 2 – Exemplo estimar custos.
89
Em algumas organizações, há diretrizes para quando esses re namentos podem ser
feitos e o grau de con ança ou precisão esperado. Os custos são estimados para
todos os recursos que serão cobrados do projeto. Isso inclui, mas não se limita a mão
de obra, materiais, equipamentos, serviços e instalações, bem como categorias
especiais como subsídio de in ação, custo de nanciamento ou custos de
contingência. As estimativas de custo podem ser apresentadas no nível da atividade
ou em forma de resumo.
Determinação do Orçamento
Determinar orçamento é o processo de agregar os custos estimados de atividades
individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base de custos
autorizada.
O principal benefício desse processo é que ele determina a linha de base dos custos
com relação à qual o desempenho do projeto pode ser monitorado e controlado. Esse
processo é realizado uma vez ou em pontos prede nidos no projeto. As entradas,
ferramentas e técnicas e saídas desse processo estão representadas na Figura 3 com
o diagrama de uxo de dados do processo.
90
Figura 3 – Processo de criação do projeto.
91
Figura 4 – Distribuição do orçamento do projeto.
92
Figura 5 – Exemplo do comportamento do orçamento ao longo do tempo.
93
Figura 6 – Análise de valor agregado de projeto.
94
08
Gerenciamento
de Qualidade
O Gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos para incorporar a
política de qualidade da organização em relação ao planejamento, gerenciamento e
controle dos requisitos de qualidade do projeto e do produto, a m de atender aos
objetivos das partes interessadas. E também oferece suporte a atividades de
melhoria contínua de processos, realizadas em nome da organização executora.
96
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento da qualidade de projetos.
Principais Conceitos do
Gerenciamento de Qualidade
O gerenciamento da qualidade do projeto trata do gerenciamento das entregas do
projeto. Aplica-se a todos os projetos, independentemente da natureza de suas
entregas.
97
As medidas e técnicas de qualidade são especí cas ao tipo de produtos a serem
produzidos pelo projeto. Por exemplo, o gerenciamento da qualidade do projeto das
entregas de software pode usar abordagens e medidas diferentes daquelas usadas
na construção de uma usina nuclear. Em qualquer um dos casos, o não cumprimento
dos requisitos de qualidade pode ter sérias consequências negativas para qualquer
um ou todos os envolvidos no projeto. Por exemplo:
98
Qualidade como desempenho ou resultado entregue é "o grau em que um
conjunto de características inerentes atende aos requisitos" (ISO 9000). A
classi cação como objetivo do projeto é uma categoria atribuída a produtos com o
mesmo uso funcional, mas com características técnicas diferentes. O gerente de
projeto e a equipe de gerenciamento de projetos são responsáveis por gerenciar as
compensações associadas ao fornecimento dos níveis necessários de qualidade e
grau. Embora um nível de qualidade que não atenda aos requisitos de qualidade seja
sempre um problema, um produto de baixa qualidade pode não ser um problema.
Por exemplo:
99
O custo da qualidade (COQ) inclui todos os custos incorridos durante a vida útil do
produto, investindo na prevenção da não conformidade com os requisitos, na
avaliação do produto ou serviço quanto à conformidade com os requisitos e na falha
em atender aos requisitos (retrabalho).
Existem cinco níveis de gerenciamento de qualidade cada vez mais e caz, como
segue:
100
O processo de controle de qualidade possui custos relacionados, que são
principalmente os custos de avaliação e os custos de falhas internas.
Use a garantia de qualidade para examinar e corrigir o processo em si, e não
apenas defeitos especiais.
Incorporar a qualidade ao planejamento e design do projeto e produto.
Crie uma cultura em toda a organização que esteja ciente e comprometida com
a qualidade em processos e produtos.
Tendências Emergentes do
Gerenciamento de Qualidade
As modernas abordagens de gerenciamento da qualidade buscam minimizar as
variações e fornecer resultados que atendam aos requisitos de nidos das partes
interessadas. As tendências no gerenciamento da qualidade do projeto incluem,
entre outras:
Satisfação do cliente
Melhoria contínua
101
Responsabilidade de gerenciamento
Uma parceria mútua com fornecedores é bené ca, pois uma organização e seus
fornecedores são interdependentes. Os relacionamentos baseados em parceria e
cooperação com o fornecedor são mais bené cos para a organização e para os
fornecedores do que o gerenciamento tradicional de fornecedores.
Considerações sobre
Adaptação
Cada projeto é único; portanto, o gerente de projeto precisará adaptar a maneira
como os processos de gerenciamento de qualidade do projeto são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
102
Considerações sobre
Ambientes Adaptáveis
Para navegar pelas mudanças, os métodos ágeis exigem qualidade frequente e
etapas de revisão incorporadas ao longo do projeto, e não no nal do projeto.
Gerenciamento da Qualidade
Gerenciar qualidade é o processo de conversão do plano de gerenciamento da
qualidade em atividades executáveis de qualidade que incorporam as políticas de
qualidade da organização ao projeto.
103
Figura 3 – Processo de gerenciamento da qualidade.
A garantia da qualidade é sobre o uso e caz dos processos do projeto. Envolve seguir
e atender aos padrões para garantir às partes interessadas que o produto nal
atenderá às suas necessidades, expectativas e requisitos.
104
Na prática, deve-se focar sempre na prevenção (garantia da qualidade) do
que na inspeção (controle da qualidade). A primeira tende a ser mais barata
e com melhores resultados a médio e longo prazo.
105
O nível de participação no esforço de gerenciamento da qualidade pode diferir entre
os setores e os estilos de gerenciamento de projetos. Nos projetos ágeis, o
gerenciamento da qualidade é realizado por todos os membros da equipe durante
todo o projeto, mas nos projetos tradicionais, o gerenciamento da qualidade
geralmente é de responsabilidade de membros especí cos da equipe.
Controle da Qualidade
Controle de Qualidade é o processo de monitorar e registrar os resultados da
execução das atividades de gerenciamento da qualidade, a m de avaliar o
desempenho e garantir que os resultados do projeto sejam completos, corretos e
atendam às expectativas do cliente.
106
Figura 4 – Processo de controlar a qualidade do projeto.
107
A qualidade geralmente é negligenciada. Não deixe isso acontecer no seu
projeto, pois pode levar a falhas e perda de recursos que são irreparáveis.
108
09
Gerenciamento
de Recursos
O Gerenciamento de Recursos do Projeto inclui os processos para identificar,
adquirir e gerenciar os recursos necessários para a conclusão bem-sucedida do
projeto. Esses processos ajudam a garantir que os recursos certos estejam disponíveis
para o gerente e a equipe do projeto no momento e local certos.
110
Figura 1 – Processo de gerenciamento de recursos do projeto.
112
O gerente de projetos deve estar ciente dos diferentes aspectos que influenciam a
equipe, como:
Clima organizacional;
Localização geográfica dos membros da equipe;
Comunicação entre as partes interessadas;
Gerenciamento de mudanças organizacionais;
Política externa e interna;
Questões culturais e exclusividade organizacional;
Outros fatores que podem alterar o desempenho do projeto.
Deixar de gerenciar e controlar recursos com eficiência é uma fonte de risco para a
conclusão bem-sucedida do projeto. Por exemplo:
113
O pedido de material de baixa qualidade pode danificar a qualidade do produto,
causando uma alta taxa de recalls ou retrabalhos;
Manter muito estoque pode resultar em altos custos operacionais e reduzir o
lucro da organização. Um nível de estoque inaceitavelmente baixo, por outro
lado, pode resultar em não satisfazer a demanda do cliente e, novamente,
reduzir o lucro da organização.
114
especialistas generalizados, em vez de especialistas no assunto, que se adaptam
continuamente ao ambiente em mudança e adotam feedback construtivo.
Equipes virtuais/equipes distribuídas: a globalização dos projetos promoveu a
necessidade de equipes virtuais que trabalham no mesmo projeto, mas não
estão colocadas no mesmo local. A disponibilidade de tecnologia de
comunicação, como e-mail, conferência de áudio, mídia social, reuniões
baseadas na Web e videoconferência, tornou as equipes virtuais viáveis. O
gerenciamento de equipes virtuais tem vantagens exclusivas, como poder usar
conhecimentos especiais em uma equipe de projeto, mesmo quando o
especialista não está na mesma área geográfica, incorporando funcionários que
trabalham em escritórios domésticos e incluindo pessoas com limitações ou
deficiências de mobilidade. Os desafios do gerenciamento de equipes virtuais
estão principalmente no domínio da comunicação, incluindo um possível
sentimento de isolamento, lacunas no compartilhamento de conhecimento e
experiência entre os membros da equipe e dificuldades em acompanhar o
progresso e a produtividade, possíveis diferenças de fuso horário e diferenças
culturais.
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, o gerente de projetos precisará adaptar a maneira como
os processos de Gerenciamento de Recursos do Projeto são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
115
O ciclo da Life se aproxima: qual abordagem de ciclo de vida será usada no
projeto?
Considerações sobre
Ambientes Iterativos e Ágeis
Projetos com alta variabilidade se beneficiam de estruturas de equipe que maximizam
o foco e a colaboração, como equipes auto-organizadas com especialistas em
generalização. A colaboração visa aumentar a produtividade e facilitar a solução
inovadora de problemas.
116
Gerenciamento de Recursos
Humanos
Planejar o gerenciamento de recursos é o processo de definir como estimar, adquirir,
gerenciar e usar recursos físicos e de equipe. O principal benefício desse processo é
que ele estabelece a abordagem e o nível de esforço de gerenciamento necessário
para gerenciar os recursos do projeto com base no tipo e na complexidade do
projeto. Esse processo é realizado uma vez ou em pontos predefinidos no projeto.
117
de aquisição.
Outros projetos podem estar competindo pelos mesmos recursos necessários para o
projeto no mesmo horário e local. Isso pode afetar significativamente os custos,
cronogramas, riscos, qualidade e outras áreas do projeto.
118
10
Gerenciamento
de Comunicações
O gerenciamento de comunicações do projeto inclui os processos necessários para
garantir que as necessidades de informações do projeto e de seus stakeholders sejam
atendidas por meio do desenvolvimento de artefatos e da implementação de
atividades projetadas para alcançar uma troca eficaz de informações.
120
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento de comunicações do projeto.
121
Falada: Cara a cara ou remoto.
Formal ou informal: como em documentos formais ou mídias sociais.
Através de gestos: Tom de voz e expressões faciais.
Através da mídia: Imagens, ações ou até mesmo a escolha das palavras.
Escolha de palavras: Geralmente, há mais de uma palavra para expressar uma
ideia; pode haver diferenças sutis no significado de cada uma dessas palavras e
frases.
A comunicação eficaz cria uma ponte entre diversas partes interessadas que podem ter
diferentes origens culturais e organizacionais, bem como diferentes níveis de
conhecimento, perspectivas e interesses.
122
Escrito e oral: Verbal (inflexões de palavras e voz) e não verbais (linguagem
corporal e ações), mídias sociais e sites, comunicados à imprensa.
123
Um escritório de projetos pode auxiliar muito na questão de comunicação.
Mantendo padrões e canais para toda a organização.
Os mal-entendidos podem ser reduzidos, mas não eliminados, por meio do uso dos
5Cs da comunicação escrita na composição de uma mensagem escrita ou falada
tradicional (mídia não social):
124
1) Conhecimento: Um bom profissional não se contenta somente com aprendizagem
de sala de aula e tem paixão em aprender a aprender, aprofundar-se em sua área de
atuação e ser especialista na profissão a fim de fazer conexões e encontrar soluções
para os problemas profissionais do dia a dia.
125
Expressão concisa e eliminação de excesso de palavras: Uma mensagem
concisa e bem elaborada reduz as oportunidades de entender mal a intenção da
mensagem.
Claro propósito e expressão direcionados às necessidades do leitor:
Certifique-se de que as necessidades e os interesses do público sejam levados em
consideração na mensagem.
Fluxo lógico e coerente de ideias: Um fluxo lógico e coerente de ideias e usando
"marcadores", como introdução e resumos das ideias ao longo da redação.
Controle do fluxo de palavras e ideias: Controlar o fluxo de palavras e ideias
pode envolver gráfico ou apenas resumos.
Ouvir ativamente: Mantenha-se envolvido com o orador e resuma as conversas
para garantir uma troca eficaz de informações.
Tenha consciência das diferenças culturais e pessoais: Desenvolva a
conscientização da equipe sobre diferenças culturais e pessoais para reduzir mal-
entendidos e aprimorar a capacidade de comunicação.
Identificação, definição e gerenciamento das expectativas das partes
interessadas: Negocie com as partes interessadas. Isso reduz a existência de
expectativas conflitantes entre a comunidade das partes interessadas.
Melhore as habilidades: Aprimore as habilidades de todos os membros da
equipe nas seguintes atividades:
• Persuadir uma pessoa, uma equipe ou uma organização a executar uma ação.
• Motivar as pessoas e encorajar ou tranquilizar.
• Coaching para melhorar o desempenho e alcançar os resultados desejados.
• Negociar para alcançar acordos mutuamente aceitáveis entre as partes e reduzir
atrasos na aprovação ou decisão.
• Resolução de conflitos para evitar impactos perturbadores.
126
Tendências Emergente para o
Gerenciamento de
Comunicação
Juntamente com o foco nas partes interessadas e o reconhecimento do valor para
projetos e organizações de engajamento eficaz das partes interessadas, surge o
reconhecimento de que o desenvolvimento e a implementação de estratégias de
comunicação apropriadas são vitais para manter relacionamentos efetivos com as
partes interessadas.
127
sociais e outras tecnologias avançadas de computação podem ser incluídas.
Abordagens multifacetadas como essas são mais eficazes para se comunicar com
as partes interessadas de diferentes gerações e culturas.
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, a equipe do projeto precisará adaptar a maneira como os
processos de gerenciamento de comunicações do projeto são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
Considerações sobre
Ambientes Adaptativos
Os ambientes do projeto sujeitos a vários elementos de ambiguidade e mudança têm
uma necessidade inerente de comunicar detalhes em evolução e emergentes com mais
frequência e rapidez. Isso motiva a simplificar o acesso dos membros da equipe a
informações, pontos de verificação frequentes da equipe e colocar os membros da
128
equipe o máximo possível. Além disso, a publicação de artefatos do projeto de maneira
transparente e a realização de análises regulares das partes interessadas visam
promover a comunicação com a gerência e as partes interessadas.
Planejamento das
Comunicações
Planejar o gerenciamento de comunicações é o processo de desenvolver uma
abordagem e um plano adequados para as atividades de comunicação do projeto, com
base nas necessidades de informações de cada parte interessada ou grupo, nos ativos
organizacionais disponíveis e nas necessidades do projeto.
129
Figura 2 – Planejar o gerenciamento de comunicações do projeto
130
A comunicação transcultural apresenta desafios para garantir que o significado da
mensagem seja entendido. As diferenças nos estilos de comunicação podem surgir das
diferenças nos métodos de trabalho, idade, nacionalidade, disciplina profissional, etnia,
raça ou gênero. Pessoas de culturas diferentes se comunicam usando idiomas
diferentes (por exemplo, documentos de design técnico, estilos diferentes) e esperam
processos e protocolos diferentes.
131
11
Gerenciamento
de Riscos
O Gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos de condução do
planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas, implementação de
respostas e monitoramento de riscos em um projeto.
133
Figura 1 – Visão geral do gerenciamento de riscos do projeto
134
Conceitos Fundamentais em
Gerenciamento de Riscos
Todos os projetos são arriscados, pois são empreendimentos únicos, com graus
variados de complexidade, que visam gerar benefícios. Eles fazem isso em um
contexto de restrições e suposições, enquanto respondem às expectativas das partes
interessadas que podem estar em conflito e mudar.
O risco existe em dois níveis em cada projeto. Cada projeto contém riscos individuais
que podem afetar a consecução dos objetivos do projeto. Também é importante
considerar o risco do projeto geral, que resulta da combinação de riscos individuais
do projeto e outras fontes de incerteza.
135
Os processos de gerenciamento de riscos do projeto abordam os dois níveis de risco
nos projetos e são definidos da seguinte maneira:
136
Figura 2 – Um exemplo de como os riscos devem ser monitorados
137
Tendências Emergentes no
Gerenciamento de Riscos
O foco do gerenciamento de riscos do projeto está se expandindo para garantir que
todos os tipos de riscos sejam considerados e que os riscos do projeto sejam
entendidos em um contexto mais amplo.
Os riscos de variabilidade podem ser tratados usando a análise de Monte Carlo, com a
faixa de variação refletida nas distribuições de probabilidade, seguidas de ações para
reduzir a propagação de possíveis resultados.
138
Os riscos de ambiguidade são gerenciados definindo as áreas em que há um déficit de
conhecimento ou entendimento e preenchendo a lacuna, obtendo informações
externas especializadas ou comparando as melhores práticas. A ambiguidade
também é abordada por meio de desenvolvimento incremental, prototipagem ou
simulação.
139
Alguns riscos identificados em níveis mais altos serão delegados à equipe do projeto
para gerenciamento, e alguns riscos do projeto podem ser escalados para níveis mais
altos se forem mais bem gerenciados fora do projeto.
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, é necessário adaptar a maneira como os processos de
Gerenciamento de Riscos do Projeto são aplicados.
140
As considerações para adaptação incluem, entre outras:
Considerações sobre
Ambientes Iterativos e Ágeis
Ambientes de alta variabilidade, por definição, incorrem em mais incerteza e risco.
Para resolver isso, os projetos gerenciados usando abordagens adaptativas fazem uso
de análises frequentes de produtos de trabalho incrementais e equipes
multifuncionais de projetos para acelerar o compartilhamento de conhecimento e
garantir que o risco seja entendido e gerenciado.
141
O Planejamento
Planejar o gerenciamento de riscos é o processo de definir como conduzir atividades
de gerenciamento de riscos para um projeto, e o principal benefício desse processo é
que ele garante que o grau, tipo e visibilidade do gerenciamento de riscos sejam
proporcionais aos riscos e à importância do projeto para a organização e outras
partes interessadas.
Isso é importante por diversos motivos: primeiro, como cada projeto é único o nível
de exposição a riscos sempre é diferente e, dessa forma, é importante escolher as
ferramentas de gerenciamento de riscos para aquele projeto. Segundo, o nível de
exposição do gerenciamento de projetos por ser escolhido, não somente pelo gerente
e sua equipe, mas pela gestão da organização. Não adianta ter um gerente de
projetos com aversão a risco em uma organização tomadora de riscos e vice-versa.
142
Para iniciar um planejamento efetivo o gerente precisa considerar as informações do
projeto até o momento. Para isso, componentes como uma Estrutura Analítica do
Projeto (EAP), Orçamento e Cronograma, mesmo com estimativas em ordem de
grandeza estejam disponíveis. É recomendado que as politicas de gerenciamento de
riscos da organização sejam conhecidas (também chamado de Ativos de Processos
Organizacionais) bem como as politicas adotadas anteriormente em projetos
similares.
143
Figura 4 – Um exemplo de tarefas para o gerenciamento de riscos
Cabe ressaltar que essas atividades são cíclicas e que a identificação, análise e
resposta a um risco, pode levar a outros riscos que precisam novamente do mesmo
processo. Ao final, pode-se perceber que os riscos podem ser encadeados de forma a
identificar os gatilhos que levam ao acionamento das respostas. Além disso,
alterações em outras áreas do projeto como escopo, tempo, custo, qualidade, entre
outras pode levar a novos riscos ou modificações aos riscos já existentes.
144
Isso aumenta o custo do projeto e diminui a competitividade;
Quem deve assumir os riscos é o gerente de projetos;
Isso é trabalho de especialista;
Não é possível quantificar os riscos.
O objetivo da identificação dos riscos é gerar uma lista com os riscos que podem
ameaçar ou gerar alguma oportunidade com relação ao objetivo do projeto.
Essa atividade pode ser realizada em três etapas distintas sendo elas (a) analogia com
projetos anteriores, (b) categorização e identificação de novos riscos e (c)
desenvolvimento da lista de riscos do projeto.
Existe uma sugestão de EAR fornecida pelo PMI dentro da publicação do PMBOK. Essa
sugestão pode ser utilizada como uma primeira versão da EAR ou para aqueles que
não possuem um conjunto de ativos de processos organizacionais. Essa sugestão é
mostrada na Figura 5 a seguir.
145
Figura 5 – Um exemplo de tarefas para o gerenciamento de riscos
Apesar disso, não existe um modelo fixo ou determinístico de EAR. Ela vai variar de
acordo com as características do projeto e o ambiente onde o mesmo está inserido.
É importante lembrar que a experiência acumulada deve ser usada como uma
referência e não como uma camisa de força. Uma vez os riscos identificados, pode-se
indicar qual a probidade e o impacto do mesmo. De maneira adicional, pode-se
calcular os riscos de forma temporal. Por exemplo, caso o mesmo veja a ocorrer,
quando isto pode ocorrer e como seria o agravamento ao longo do tempo.
146
Figura 6 – Um exemplo de tarefas para o gerenciamento de riscos
Adicionalmente, esta visão temporal pode ser vista de forma cumulativa. Por
exemplo, imagine que um projeto tem três riscos. Agora imagine o cenário onde o
primeiro risco aconteça. Outro cenário onde o primeiro e o segundo aconteçam. E
assim sucessivamente. Pode-se calcular o comportamento cumulativo de tais cenários
e verifica o impacto dos cenários no projeto.
147
Figura 7 – Um exemplo do comportamento cumulativo de riscos
A técnica para calcular esta distribuição é conhecida como Método de Monte Carlo e
pode ser empregada em cenários onde o gerenciamento de riscos é primordial.
148
12
Gerenciamento
de Aquisições
O Gerenciamento de compras do projeto inclui os processos necessários para
comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados necessários de fora da equipe
do projeto. Ele inclui os processos de gerenciamento e controle necessários para
desenvolver e administrar contratos como contratos, pedidos de compra,
memorandos de acordos ou acordos de nível de serviço.
150
Figura 1 – Planejar o gerenciamento de comunicações do projeto
151
O gerente de projetos não precisa ser um especialista treinado em leis e
regulamentos de gerenciamento de compras, mas deve estar familiarizado o
suficiente com o processo de compras para tomar decisões inteligentes em relação a
contratos e relações contratuais. E normalmente não está autorizado a assinar
acordos legais vinculando a organização; isso é reservado para aqueles que têm
autoridade para fazê-lo.
Os acordos podem ser tão simples quanto à compra de uma quantidade definida de
horas de trabalho a uma taxa de trabalho especificada, ou podem ser tão complexos
quanto os contratos internacionais de construção de vários anos.
152
A maioria das organizações documenta políticas e procedimentos que definem
especificamente regras de compras e especificam quem tem autoridade para assinar
e administrar esses acordos em nome da organização. Em todo o mundo, as
organizações usam nomes diferentes para departamentos ou divisões que lidam com
compras, como compras, contratos, compras ou aquisições; no entanto, é provável
que as responsabilidades sejam semelhantes.
153
O relacionamento comprador-vendedor pode existir em vários níveis em qualquer
projeto e entre organizações internas e externas à organização adquirente.
Neste estudo, supõe-se que o comprador de um item para o projeto seja atribuído à
equipe do projeto e/ou faça parte da organização maior. Presume-se que o vendedor
esteja fornecendo serviços e/ou materiais ao projeto e geralmente esteja fora da
organização executora.
Para alguns projetos, a função de vendedor pode ser preenchida por um grupo ou
função que faz parte da organização executora, mas é externa ao projeto. Para
projetos maiores e mais complexos, o vendedor pode se tornar parte de uma equipe
de projeto integrada após a adjudicação do contrato.
154
Para organizações menores ou empresas iniciantes e aquelas sem um departamento
de compras, contratações ou compras, o gerente de projetos pode assumir a função
de autoridade de compras para negociar e assinar contratos diretamente (compras
descentralizadas).
Outros Conceitos
Existem várias tendências importantes em ferramentas de software, risco, processos,
logística e tecnologia em diferentes setores que podem afetar a taxa de sucesso dos
projetos.
155
controle, como alterar as políticas corporativas na organização compradora,
alterar os requisitos regulatórios e outros riscos externos ao projeto. Os
contratos podem especificar que o gerenciamento de riscos seja executado
como parte do contrato.
156
Considerações sobre
Adaptação
Como cada projeto é único, o gerente de projetos pode precisar adaptar a maneira
como os processos de Gerenciamento de Aquisições de Projetos são aplicados. As
considerações para adaptação incluem, entre outras:
Considerações sobre
Ambientes Iterativos e Ágeis
Em ambientes ágeis, compradores específicos podem ser usados para estender a
equipe. Essa relação de trabalho colaborativa pode levar a um modelo de aquisição
de risco compartilhado, em que o comprador e o vendedor compartilham os riscos e
as recompensas associados a um projeto.
Projetos maiores podem usar uma abordagem adaptável para algumas entregas e
uma abordagem mais estável para outras partes. Nesses casos, um contrato de
governo, como um contrato de serviços mestre, pode ser usado para o trabalho geral,
com o trabalho adaptativo sendo colocado em um apêndice ou suplemento. Isso
permite que alterações ocorram no escopo adaptável sem afetar o contrato geral.
157
O Gerenciamento de
Aquisições
A finalidade principal do gerenciamento de aquisições é não deixar faltar o material
necessário para a execução do projeto que seja fornecido por terceiros. Desta forma,
tal gerenciamento envolve cotações, negociações, compras, administração e
encerramento de contratos.
Um dos pontos importantes para que o gerenciamento seja bem sucedido está
relacionado com a escolha de fornecedores de maneira adequada. Esta escolha leva
em consideração alguns critérios como pontualidade, qualidade, estabilidade
financeira, se o fornecedor está envolvido com questões que degradam o meio
ambiente ou a sociedade.
158
O Controle de Aquisições
Controlar compras é o processo de gerenciar relacionamentos de compras; monitorar
o desempenho do contrato e fazer alterações e correções, conforme apropriado; e
fechamento de contratos.
159
Devido ao aspecto legal, muitas organizações tratam a administração de contratos
como uma função organizacional separada do projeto. Embora um administrador de
compras possa estar na equipe do projeto, esse indivíduo normalmente se reporta a
um supervisor de um departamento diferente.
160
A qualidade dos controles, incluindo a independência e credibilidade das auditorias
de compras, é fundamental para a confiabilidade do sistema de compras. O código de
ética da organização, seus consultores jurídicos e acordos externos de consultoria
jurídica, incluindo quaisquer iniciativas anticorrupção em andamento, podem
contribuir para os controles adequados de compras.
Uma das principais preocupações ao efetuar pagamentos é garantir que exista uma
relação estreita de pagamentos feitos com o trabalho realizado. Um contrato que
exige pagamentos vinculados à produção e entregas do projeto, em vez de insumos,
como horas de trabalho, possui controles melhores.
161
13
Gerenciamento de
Partes Interessadas
O Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto inclui os processos necessários
para identificar as pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou ser
impactados pelo projeto, analisar as expectativas das partes interessadas e seu
impacto no projeto e desenvolver estratégias de gerenciamento apropriadas para
envolver efetivamente as partes interessadas nas decisões do projeto, e execução.
163
Figura 1 – Planejar o gerenciamento de partes interessadas do projeto
164
desastres de alto nível do projeto destacam a importância de uma abordagem
estruturada para a identificação, priorização e engajamento de todas as partes
interessadas.
165
O projeto passa por diferentes fases do seu ciclo de vida;
As partes interessadas atuais não estão mais envolvidas no trabalho do projeto
ou as novas partes interessadas se tornam membros da comunidade de partes
interessadas do projeto;
Existem mudanças significativas na organização ou na comunidade mais ampla
de partes interessadas.
Tendências Emergentes no
Engajamento das Partes
Interessadas
Estão sendo desenvolvidas definições mais amplas de partes interessadas que
expandem as categorias tradicionais de funcionários, fornecedores e acionistas para
incluir grupos como reguladores, grupos de pressão, ambientalistas, organizações
financeiras, mídia e aqueles que simplesmente acreditam que são partes interessadas
- eles percebem que serão afetados pelo trabalho ou pelos resultados do projeto.
166
Considerações de
Administração
Como cada projeto é único, o gerente de projetos pode precisar adaptar a maneira
como os processos de Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto são
aplicados. As considerações para adaptação incluem, entre outras:
167
Considerações de Ambientes
Adaptáveis
Projetos experimentando um alto grau de mudança exigem engajamento ativo e
participação dos envolvidos no projeto. Para facilitar a discussão oportuna e produtiva
e a tomada de decisões, as equipes adaptativas se envolvem diretamente com as
partes interessadas, em vez de passar por camadas de gerenciamento.
168
Gerenciar o Engajamento das
Partes Interessadas
Gerenciar o engajamento das partes interessadas é o processo de comunicação e
trabalho com as partes interessadas para atender às suas necessidades e
expectativas, resolver problemas e promover o envolvimento apropriado das partes
interessadas.
O principal benefício desse processo é que ele permite que o gerente de projetos
aumente o suporte e minimize a resistência das partes interessadas. Esse processo é
realizado durante todo o projeto.
169
14
Código de Ética
Visão e Objetivo
Como profissionais atuantes do gerenciamento de projetos, temos o compromisso de
fazer o que é certo e honrado. Estabelecemos padrões elevados para nós mesmos e
almejamos cumprir esses padrões em todos os aspectos de nossas vidas – no
trabalho, em casa e a serviço da nossa profissão.
Este Código de Ética e Conduta Profissional descreve as expectativas que temos para
nós mesmos e nossos colegas profissionais da comunidade internacional de
gerenciamento de projetos. Expressa os ideais a que aspiramos, bem como os
comportamentos que são obrigatórios em nossas funções profissionais e voluntárias.
171
Esperamos que este Código de Ética e Conduta Profissional sirva como um catalisador
para que outras pessoas estudem, debatam e escrevam sobre ética e valores. Além
disso, esperamos que este Código seja utilizado na construção e evolução da nossa
profissão.
Responsabilidade
Responsabilidade é nossa obrigação de assumir a propriedade pelas decisões que
tomamos ou não, pelas ações realizadas ou não, e pelas consequências resultantes.
Padrões Desejáveis
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos:
172
Na prática, este código deve ser adaptado ao contexto e cultura do local do
gerenciamento de projetos.
Padrões Obrigatórios
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos, exigimos o seguinte de nós mesmos e de nossos colegas:
Respeito
Respeito é o nosso dever de demonstrar uma elevada consideração por nós mesmos,
por outras pessoas e pelos recursos confiados a nós. Os recursos a nós confiados
podem ser pessoas, dinheiro, reputação, segurança de terceiros, recursos naturais ou
ambientais. Um ambiente de respeito origina confiança, segurança e excelência de
desempenho, estimulando a cooperação mútua – um ambiente onde perspectivas e
visões diferentes são estimuladas e valorizadas.
173
Padrões Desejáveis
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos:
Padrões Obrigatórios
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos, exigimos o seguinte de nós mesmos e de nossos colegas:
Negociamos de boa-fé́ .
Não usamos o poder de nosso conhecimento ou posição para influenciar as
decisões ou ações de outras pessoas visando a um benefício pessoal à custa
delas.
Não agimos de maneira abusiva em relação a outras pessoas.
Respeitamos os direitos de propriedade de terceiros.
174
Equidade
Equidade é o nosso dever de tomar decisões e agir de forma imparcial e objetiva.
Nossa conduta deve ser isenta de interesse próprio, preconceito e favoritismo.
Padrões Desejáveis
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos:
175
Padrões Obrigatórios
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos, exigimos o seguinte de nós mesmos e de nossos colegas:
Favoritismo e Discriminação
Honestidade
Honestidade é o nosso dever com verdade e com agir de maneira verdadeira tanto
em nossas comunicações como em nossa conduta.
Padrões Desejáveis
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos:
176
Assumimos compromissos e fazemos promessas, implícitas ou explícitas, de
boa-fé́ .
Tentamos criar um ambiente no qual as pessoas se sintam seguras em dizer a
verdade.
Padrões Obrigatórios
Como profissionais atuantes da comunidade internacional de gerenciamento de
projetos, exigimos o seguinte de nós mesmos e de nossos colegas:
177
15
Gerenciamento
de Portfólio
O Gerenciamento de Portfólio de Projetos (GPP) trabalha com a perspectiva de
considerar os projetos com ativos da empresa. Portanto, como ativos os mesmo
precisam ser gerenciados de tal forma.
179
Figura 1 – O contexto do gerenciamento de portfólios
Levine (2007, p. 39) afirma que muitas empresas se esforçam para fazer com que seus
projetos tenham sucesso, sem saber se estes são os projetos certos a serem
realizados. Outro aspecto abordado pelo autor é o fato de que empresas assumem
projetos com riscos excessivos ou continuam executando projetos que,
provavelmente, não alcançarão seus objetivos. Assim, recursos valiosos são
despendidos desnecessariamente sendo que poderiam estar direcionados para
projetos mais interessantes para as organizações.
180
Leia um estudo de caso científico sobre GPP.
181
16
Padrão do
Gerenciamento
de Projetos
Um padrão é um documento estabelecido por uma autoridade, costume ou
consentimento geral como modelo ou exemplo. Esse padrão foi desenvolvido usando
um processo baseado nos conceitos de consenso, abertura, devido processo e
equilíbrio.
Projetos e Gerenciamento de
Projetos
Um projeto é um esforço temporário realizado para criar um produto, serviço ou
resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica um começo e um fim
definidos. Temporário não significa necessariamente que um projeto tenha uma
duração curta.
183
Gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas
e técnicas nas atividades do projeto para atender aos requisitos do projeto. O
gerenciamento do projeto é realizado através da aplicação e integração apropriadas
dos processos identificados para o projeto.
184
Governança Organizacional e
de Projetos
Existem vários tipos de governança, incluindo governança organizacional; governança
de gerenciamento de projetos organizacionais (OPM); e portfólio, programa e
governança de projetos.
185
Revisões de pontos de decisão ou fase;
Identificação, escalonamento e resolução de riscos e problemas;
Definição de funções, responsabilidades e autoridades;
Processo para gerenciamento do conhecimento do projeto e captura das lições
aprendidas;
Tomada de decisão, resolução de problemas e escalada de tópicos que estão
além da autoridade do gerente de projetos;
Revisar e aprovar alterações no projeto e alterações do produto que estão além
da autoridade do gerente de projetos.
O business case fornece a base para medir o sucesso e o progresso ao longo do ciclo
de vida do projeto, comparando os resultados com os objetivos e os critérios de
sucesso identificados. Os projetos geralmente são iniciados como resultado de uma
ou mais das seguintes considerações estratégicas:
186
Janela de oportunidade para obter benefícios. Benefícios por fase: curto
prazo, longo prazo e contínuo.
Proprietário. A pessoa ou grupo responsável que monitora, registra e relata
benefícios alcançados ao longo do período estabelecido no plano.
Métricas. As medições diretas e indiretas usadas para mostrar os benefícios
realizados.
Riscos. Riscos associados à obtenção de benefícios-alvo.
187
área de aplicação. São limitadas no tempo, com um ponto inicial e final ou de controle
(às vezes chamado de revisão de fase, porta de fase, porta de controle ou outro termo
semelhante).
Veja a Figura 1:
188
Figura 2 – O comportamento dos riscos e custos ao longo do ciclo de vida
Pode-se notar na figura que o grau dos riscos dos projetos tende a reduzir conforme
avança. Isso acontece porque os fatos tornam-se mais conhecidos e a probabilidade
de ocorrência se reduz caso não tenha acontecido. Além disso, os riscos são diluídos
pelas entregas que estavam associadas a determinados riscos no começo do projeto.
Por outro lado, os custos de mudanças tendem a aumentar conforme o projeto
avança. Isso está relacionado à questão de alterações tais como a necessidade de
análise e a modificação em entregas efetuadas ou na perda de entregas já feitas.
189
Conclusão
Caro aluno,
Neste material, realizamos uma jornada de alto nível pelo assunto de gerenciamento
de projetos. Está visão permite o entendimento geral do que vem a ser um projeto, seu
contexto, o papel do gerente de projetos, o código de ética que o mesmo deve seguir,
além das dez áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos.
Esperamos que o conteúdo tenha sido útil, como uma visão geral, e permita com que
você se aprofunde no conhecimento e possa utilizar tais conhecimentos no seu dia a
dia pro ssional e/ou pessoal.
Bons estudos!
190
Material Complementar
Livro
Filme
Direção: Thomas Carter
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de
artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o
técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu
recordes e que ca em uma área pobre da cidade. Para surpresa
de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que
queriam participar do time tinham de assinar um contrato que
incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se
vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial
dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se
191
tornando imbatível. Quando o comportamento do time ca
muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus
jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de
aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o
colégio e a comunidade.
Web
Acesse o link
192
Referências
BERTÓ, D.J.;BEULKE, R. Gestão de Custos. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
DIAS, F.R.T. Gerenciamento Dos Riscos Em Projetos. São Paulo. Editora Elsevier -
Campus, 2015.
FILHO, A.T. Gerenciamento dos Custos em Projetos. 1 ed. São Paulo. Editora Elsevier;
2013.
JOIA, L.A.; SOLER, A.M.; BERNAT, G.B.; JUNIOR, R.R. Gerenciamento de Riscos em
Projetos. 5. ed. São Paulo: Editora FGV, 2014.
MATOS, M., BERMEJO, P.; JUNIOR, J.S. Gerência de Riscos em Projetos de Software.
São Paulo: Editora Ciência Moderna, 2010.
PEREIRA, P.G; SPRITZER, I.M.P.A.; ZOTES, L.P.; REGO, R.B. Viabilidade Econômico-
Financeira de Projetos. 4. ed. São Paulo: Editora FGV, 2013.
PMI. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). —
Sexta edição. USA. Project Management Institute, Inc. 2017.
193
SCHMITZ, E.A.; ALENCAR, A.J. Análise de Risco em Gerência de Projetos. 3. ed. São
Paulo: Editora Ciência Moderna, 2012.
194