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DESENVOLVIMENTO
Prof. ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
Universidade de Marília
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001
CEP 17.525–902- Marília-SP
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
CDD – 610.6952017
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
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005 Aula 01: Introdução aos estudos sobre Economia
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Introdução
Ao ligar a televisão em seu telejornal favorito de manhã, ou acessar seu portal de
notícias pelo smartphone, por exemplo, certamente alguma notícia sobre economia é
uma das pautas a serem discutidas, pois a economia está presente na vida de todos.
Não existe cidadão no mundo que não tenha tido sua vida impactada pelos fatores
econômicos, pois ela está presente nas mais diversas áreas. A tecnologia, por exemplo,
veio para nos auxiliar e facilitar nossas vidas, mas junto com ela, veio também o
desemprego. Não há segmento na sociedade que seja imune aos seus efeitos, e desde
a área pública até o segmento privado, compreender o que é a economia, seus efeitos
e como ela age e impacta as mais diversas áreas é fundamental para o
desenvolvimento de uma nação.
Ao longo dos estudos desta disciplina, vamos apresentar aspectos importantes sobre
os conceitos básicos da economia, aspectos sobre microeconomia e macroeconomia,
política scal e monetária, in ação, desemprego, PIB, distribuição de renda e a atual
situação econômica do Brasil.
Bons estudos!
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01
Para Wessels (2003, p. 2), “os modelos econômicos assumem que as pessoas racionais
(com preferências bem-ordenadas), que desejam maximizar algo (tal como, os lucros
e a satisfação) fazem o melhor que podem, dados os recursos escassos”.
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A economia como ciência social
De acordo com Rossetti (2000, p. 30), “as ciências sociais ocupam-se dos diferentes
aspectos do comportamento humano e podem ser caracterizadas como ciências do
comportamento ou, alternativamente, como ciências humanas”.
A ciência política trata das relações entre a nação e o Estado, das formas como o
governo conduz os negócios públicos e, ao direito, cabe-lhe estudar os costumes
relativos às regras, valores, normas e costumes que somados regularão os direitos e
obrigações individuais e sociais (WESSELS, 2003).
A economia, assim como as demais áreas de estudos, “abrange apenas uma das
frações existentes no campo dos estudos sociais e a ela compete os estudos das
ações econômicas do homem, envolvendo o processo de produção, a geração e a
apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação” (ROSSETTI, 2000, p. 31).
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Algumas considerações a respeito da integração entre o estudo sociológico e
o conhecimento da História e da Ciência Econômica: considerando que são
ciências a ns, com pontos em comum e que uma pode ser fonte de subsídio
da outra, busca-se apontar ao cientista social a importância de conhecer
essas ciências.
A economia não se isola em meio aos demais estudos. Ela está intimamente ligada
com as demais áreas dos estudos sociais, assim, seus estudos não podem ter um
olhar “à parte”, pois eles re etem as demais circunstâncias das outras áreas de
estudos, tornando mais relevantes as discussões e se aproximando dos demais
contextos e estudos sociais.
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Fonte: Pexels. Disponível aqui
Segundo Rossetti,
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Figura 1 – O caráter biunívoco das relações econômicas com outras áreas do
conhecimento social.
A ação econômica é envolvida por uma complexa teia de relações sociais e de uma
multiplicidade de fatores que possui certo conjunto de destaque e aspectos
particulares da realidade que interessam diretamente da economia (MOCHÓN, 2006).
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O polinômio produção-distribuição-dispêndio-acumulação foi destacado
pelo economista francês Jean-Baptiste Say. De fato, o economista francês
Jean-Baptiste Say (1767-1832) pode, sem dúvida, ser considerado como um
dos mais importantes predecessores da Escola Austríaca. Nascido em Lyon,
foi enviado para a Inglaterra para completar seus estudos e viveu em
Croydon e depois em Genebra e Londres, onde trabalhou no comércio.
Posteriormente, voltou a seu país natal, para trabalhar em uma companhia
de seguros. Fortemente in uenciado pela obra de Adam Smith,
especialmente pela ardorosa defesa do livre comércio que caracterizou o
pensador escocês, entre 1794 e 1800, foi editor do periódico La
Décade philosophique, littéraire et politique, que se dedicava a defender as
vantagens do livre mercado e a criticar o intervencionismo. Discípulo de
Adam Smith, Say fez muito para divulgar o trabalho do escocês no
continente Europeu, embora A Riqueza das Nações tenha sido traduzida para
o francês quando Say tinha apenas 12 anos de idade.
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02
A Economia e os
aspectos Históricos
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A História e a Economia
Enquanto ciência, os estudos sobre economia discorreu nos últimos quatro séculos,
ou seja, aproximadamente 500 anos. Esses estudos se confundiram com as demais
áreas de estudos que envolvem as ciências sociais e também se desenvolveram
durante a criação de diversos estados (MARTINS, 2003).
Para Rossetti (2000, p. 46), “em seu nascedouro, a denominação usual da economia
era adjetivada. Denominava-se economia política. Com o tempo, a adjetivação caiu
em desuso e evoluiu para simplesmente economia”.
De acordo com Rossetti (2000, p. 46), “a expressão política a rmou-se a partir do início
do século XVII, embora os lósofos da Grécia Antiga, como Platão e Aristóteles, e os
escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo econômico”.
Conforme Brue (2005, p. 33), “ loso camente, a palavra economia remonta à Grécia
antiga, onde o economicus” signi cava “gerenciamento das questões domésticas”.
Aristóteles e Platão deram, de certo modo, contribuições para o que entendemos
como pensamento econômico.
E como essa contribuição pode ter ocorrido? Em sua maneira de pensar, das artes
naturais e não naturais para aquisição, Aristóteles presumiu que atividades naturais
eram essenciais para vida.
Assim, a agricultura e pesca, por exemplo, eram importantes para a sobrevivência dos
indivíduos e nas aquisições não naturais, presume-se uma aquisição desnecessária,
ou seja, consumismo (Martins, 2003).
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Embora, hoje, o conceito seja basicamente o mesmo, é importante entender
as diferenças que antes existiam sobre economia e economia política. “A
economia política torna conhecida a natureza da riqueza. Desse
conhecimento de sua natureza deduz os meios de sua formação, revela a
ordem de sua distribuição e examina os fenômenos envolvidos em sua
distribuição, praticada por meio do consumo (Rossetti, 2000, p. 47).
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As escolas dos pensamentos econômicos correspondem, assim, não só a conjuntos
sistematizados e interconsistentes de princípios teóricos, como também a sistemas e
ideias e de valores, comprometidos com as questões éticas, políticas e sociais
(ROSSETTI, 2000). Ademais,
De acordo com Rossetti (2000, p. 64), “a partir do nal da primeira metade do século
XIX, com Marxismo, a estrutura teórica do pensamento socialista consolidou-se. Os
fundamentos de uma nova concepção de economia e de ordenamento do processo
econômico estavam de nidos”.
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Logo após a derrota da classe trabalhadora nas revoluções de 1848, Marx
dedicou grande parte de seus esforços a estudar a economia capitalista. Em
1859, publicou a Contribuição à Crítica da Economia Política, a qual detém um
“prólogo” amplamente conhecido. Esse livro contém uma passagem também
bastante conhecida sobre o método da economia política. Cabe ressaltar
que Marx nunca formalizou um “método” no sentido estrito de uma série de
passos claramente delimitados para fazer ciência. Por este motivo, outros
autores tenham procurado aprofundar mais na “estrutura lógica” de suas
obras, em particular em O Capital, assim como em seu modo de fazer
ciência, tendo como referência um leque que vai desde Roman Rolsdolsky
até Manuel Sacristán, passando por Daniel Bensaïd.
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liberalismo pleno de derivação clássica.
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03
Conceitos Fundamentais
em Economia
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Conceito de Economia
Em sua complexa forma de atuação e de relação com as demais ciências de estudos
sociais, determinados fatores que condicionam a atividade da economia di cultam
rotulá-la sob a ótica de um único conceito. Sabemos que a economia é in uenciada na
sua forma de pensar e na sua aplicação prática, por diferentes concepções político-
ideológicas (ROSSETTI, 2000).
É válido lembrar que cada corrente sobre os pensamentos econômicos possui uma
forma de enxergar a economia e, assim, elaborar suas concepções, conceitos e
modelos.
Marshall (1961, p. 48) possui uma de nição mais ampla sobre o conceito de
economia. Para o autor, a economia é “um estudo da humanidade nas atividades
correntes da vida e examina a ação individual e social, seus aspectos mais
estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem-estar”.
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últimos que levaram à busca de determinadas satisfações. Para Rossetti (2000, p. 45),
“as medidas econômicas dessas satisfações são o ponto de partida da economia”.
Essas ideias podem ser ilustradas, enumerando-se algumas das principais questões
estudadas pela economia da seguinte forma:
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Se assim considerada, a economia é o estudo das condições materiais da vida em
sociedade e dos motivos que levam os homens a ações que têm consequências
econômicas. É seu objeto de estudos a pobreza, enquanto estudos das causas da
degradação de uma grande parte da humanidade; das condições, motivações e
razões da riqueza; das ações individuais e sociais ligadas à obtenção do bem-estar
(ROSSETTI, 2000).
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04
O Pensamento
Econômico Keynesiano
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A Teoria do Emprego
O modelo de macroeconomia keynesiano é bastante simples, mas su ciente para que
estudantes das ciências sociais aplicadas tenham um conhecimento básico de
economia no âmbito global e possam entender melhor os fatores determinantes do
nível geral dos preços, do crescimento das rendas, do nível de empregos e da
produção.
De acordo com Mendes (2004, p. 175), "dois dos objetivos econômicos globais são a
máxima produção de bens e serviços e a manutenção do pleno emprego. Os níveis
máximos possíveis de produção, geralmente, não são alcançados porque os recursos
não são plenamente empregados". A análise das causas do hiato entre a produção
real e potencial constitui umas das preocupações centrais da macroeconomia, que
tem como uma das principais fontes a obra Teoria geral do emprego, dos juros e da
moeda, de Keynes (ROSSETTI, 2000).
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John Maynard Keynes, economista fundador da macroeconomia moderna
Para Mendes (2004, p. 175), "todo o desenvolvimento clássico sobre o equilíbrio geral
da economia se fundamentava na famosa lei de Say (que a oferta cria sua própria
procura), ou seja, a produção é que cria mercados para os produtos".
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Essa convicção de Say se originava do fato inquestionável de que a fonte de onde
provém a procura é a renda obtida pelos que participam do processo de produção
(oferta). Observamos que essa lei é baseada na simultaneidade e na interdependência
dos uxos da produção e da renda.
Contudo, com o tempo, os economistas clássicos deram a essa lei um signi cado mais
amplo. Para Mendes (2004, p. 175), "qualquer nível de produção, o valor da procura
não poderá ser nem inferior ou superior, mas exatamente igual ao valor dos bens
produzidos, ou seja, igual ao valor da oferta".
Mendes (2004, p. 176) explica que esse "desajuste entre oferta (Sª) e a demanda (Dª)
GLOBAIS (Sª > Dª) provocou, em consequência, o desemprego em massa. A
doutrina clássica não reunia condições para explicar coerentemente as causas do
desemprego generalizado no mundo ocidental".
Desenvolvida por Keynes, foi durante esse período tempestuoso que surgiu a nova
teoria do emprego, alicerçada nas doutrinas clássicas. Keynes propôs rejeitar o
ajuste automático entre o volume e poupança e o valor do investimento.
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John Maynard Keynes foi um economista brilhante. Além de ser o
economista fundador da macroeconomia moderna (“Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda”, de 1936), seu protagonismo não se limitou à
teoria econômica: ele exerceu funções governamentais, promoveu as artes,
ocupou o cargo de diretor no Banco da Inglaterra (banco central inglês), foi
escritor, investidor, fundador do Fundo Monetário Internacional (FMI),
conselheiro em associações lantrópicas, além de fazendeiro. Suas
contribuições sobre os ciclos econômicos tornaram esse economista
britânico um dos mais respeitados do século XX, dado que as suas teorias
fundamentaram várias políticas econômicas. Seus conceitos são adotados
até hoje nos países nórdicos, locais, com excelentes padrões de vida.
De maneira simples, essa teoria pode ser explicada de maneira prática e sintética.
Mendes (2004, p. 177) trata de maneira resumida essa questão da seguinte forma: "se
a oferta agregada for maior do que demanda agregada, então se diz que há um dé cit
de dispêndio, e os resultados são queda no nível de renda real, queda na produção,
do emprego e do nível geral de preços da economia. É uma situação recessão".
Quando os preços de diversos itens caem, funcionários não aceitam redução salarial,
mas por outro lado, quando os preços sobem, exigem aumento. Isso é chamado por
Keynes de "Ilusão monetária", que é basicamente a procura por valor nominal e não
valor real (descontar a in ação) (MENDES, 2004).
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De acordo com Mendes (2004, p. 178), “rejeitando os fundamentos da teoria clássica,
Keynes promoveu a chamada "revolução keynesiana" ao argumentar que o pleno
emprego e, consequentemente, a estabilidade do sistema e o equilíbrio geral
dependem do controle do nível da demanda agregada”.
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05
Fundamentos da
Teoria Econômica
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A Teoria Econômica
“As ciências sociais procuram descrever como as pessoas agem. O que torna a
economia diferente de outras ciências sociais são os modelos utilizados pelos
economistas” (WESSELS, 2003, p. 2). Em cada país, o funcionamento da economia
obedece a regras próprias, mas todas elas são parametrizadas por modelos e teorias
que as explicam, ou seja, se espelham em modelos econômicos de outros momentos
já existentes, porém, adaptados.
Para Wessels (2003, p. 2), os modelos econômicos mais comuns “possuem três
elementos que são: a escassez, o custo e a análise marginal. Tipicamente uma coisa é
escassa (exemplo: dinheiro ou recursos), que resulta em custos (fazendo uma coisa e
deixando de fazer outra) e o melhor jeito de descobrir como tirar o melhor é fazer a
análise marginal”. Ainda, para o autor, “esses três conceitos de escassez, custo e
análise marginal formam a base sobre a qual a teoria econômica é construída”.
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Uma teoria é uma explicação do mecanismo subjacente aos fenômenos
observados. Uma teoria é uma ideia que começou de uma hipótese, e que
foi testada pela experiência e pela observação do mundo real, e passou por
todos os testes a que foi sujeita. Logo que uma teoria falha, em um teste
experimental ou observacional, falando estritamente, tem de ser substituída
por uma teoria melhor, mais completa. Mas a velha teoria ainda pode ser
útil numa área restrita, uma vez conhecidas as suas limitações.
A Escassez
Vivemos na era do consumo e normalmente as pessoas querem muito mais do que
seus recursos nanceiros permitem comprar. Empresas planejam, diariamente,
estratégias para o lançamento de novos produtos. No mercado esses novos produtos
são lançados para “atormentar” a vida dos consumidores, que não se contentam com
aquilo que têm e, assim, se explode o consumismo exacerbado.
Para Wessels (2003, p. 3), “quando um consumidor deseja mais do que pode ser
satisfeito com os recursos disponíveis é chamado de escassez”. É válido lembrar que
escassez não é pobreza e o fato de um determinado bem existir em pequena
quantidade não o torna escasso, é preciso que ele seja desejado.
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Fonte: Pexels Disponível aqui
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Teste para determinar a escassez de um bem: Um bem é escasso se uma
outra unidade do bem bene cia alguém. Um teste alternativo é: se o preço
do bem for igual a zero (se ele for grátis), então, a demanda do bem excede
sua oferta. Por exemplo, um homem das cavernas considera ar fresco como
sendo um bem gratuito (um bem livre). Em São Paulo, ou em qualquer
grande metrópole do mundo, é escasso. A regra também pode ser aplicada
a alimento, por exemplo. Um morador do interior do estado julga que a
fruta fresca que ele consome, diretamente do pé, sem o uso de agrotóxicos
(é um bem livre). Para um morador da cidade, comer uma fruta fresca além
de ser caro e raro, é escasso.
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O proprietário de uma rma pequena precisa contratar alguns gerentes.
Admita que cada gerente só tem tempo de realizar uma tarefa. A tarefa A
vale R$ 100.000,00 para o proprietário, a tarefa B vale R$ 75.000,00 e a tarefa
C vale R$ 50.000,00. O proprietário contrata apenas dois gerentes,
determinando que um deles execute a tarefa A e outro execute a tarefa B.
Qual é o custo de oportunidade da tarefa B? O custo de oportunidade da
tarefa B é o valor da tarefa desconsiderada que de outra tarefa teria sido
realizada, que no caso é a tarefa C. Portanto, o custo da tarefa de
oportunidade da tarefa B é R$ 50.000,00. Note que o custo de oportunidade
da tarefa A também é R$ 50.000,00, uma vez que com os dois gerentes
contratados, a tarefa C é desconsiderada para que se possa executar a
tarefa A.
Custo de Oportunidade
Nascimento (1998, p. 70) resume o custo de oportunidade como “a medida que uma
decisão de produção é tomada, dada a escassez dos recursos existentes, os recursos
inerentes a serem consumidos cam comprometidos com aquela produção em
particular, não podendo ser utilizados para satisfazer uma decisão de produção de
outro bem”.
Essa sintetização de custo de oportunidade foi dada por Frederic Von Wieser (1851-
1926), que no entendimento das ciências econômicas, custo é o sacrifício ou
abandono feito por quem decide, ao se fazer uma escolha. “Para ilustrar as trocas
compensatórias enfrentadas por uma pessoa, uma rma ou uma economia, os
economistas utilizam as curvas de possibilidades de produção” (WESSELS, 2003, p. 5).
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Essas curvas mostram trocas compensatórias (ou os custos de oportunidade) que as
pessoas enfrentam por causa da escassez dos recursos. A tabela 2 mostra as trocas
compensatórias que um trabalhador poderia enfrentar quando tem apenas quatro
horas no total para produzir dois bens, cadeiras e bancos. Neste caso, a escassez
refere-se às quatro horas.
CADEIRAS BANCOS
0 0 4 20
1 4 3 18
2 7 2 14
3 9 1 8
4 10 0 0
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Análise Marginal
A análise marginal é a análise dos benefícios e custos da unidade marginal de um bem
ou insumo. Para Wessels (2003, p. 10), “essa técnica é amplamente usada nos
processos de decisão nos negócios e engloba muito do pensamento econômico”.
E por que isso funciona? Quando o benefício marginal excede o custo marginal, o
benefício líquido aumenta, então a unidade marginal da variável de controle deve ser
acionada (BRUE, 2005).
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06
A Microeconomia
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A Microeconomia
Aspectos sobre microeconomia ou a teoria dos preços envolvem estudos sobre as
relações de agentes econômicos como quem produz/vende, quem consome/compra,
mecanismos de mercado e como ele funciona. Vários são os conceitos que acabam
convergindo sobre o que é a microeconomia.
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Compreender os aspectos que envolvem a microeconomia é muito
importante para todo o tipo de negócio, sobretudo, para os
empreendedores.
E, por ser uma área da teoria econômica que estuda o funcionamento do mercado,
pode ser evidenciado que a microeconomia tem como objeto de seus estudos, os
consumidores, produtores, o mercado, e como eles interagem entre si. Pode-se
entender que a microeconomia tem como foco o modo e as escolhas são feitas em
nível individual, sob condições de escassez:
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As Teorias e os Estudos da Microeconomia
Como qualquer ciência, a economia se preocupa com a explicação de fenômenos
observados. Por que, por exemplo, as empresas tendem a contratar ou demitir
trabalhadores quando o preço das matérias-primas utilizadas em seus processos
produtivos se altera?
Para Pindyck e Rubin eld (2013, p. 5), “na economia, como em outras ciências,
explicação e previsão baseiam-se em teorias. As teorias são desenvolvidas para
explicar fenômenos observados em termos de um conjunto de regras e premissas”.
Assim, para os autores, “a microeconomia concentra estudos que se dividem também
a compreender a teoria do consumidor, teoria da rma e a teoria da produção”.
De acordo com Pindyck e Rubin eld (2013), a teoria da rma, por exemplo, “começa
com uma premissa simples que é a maximização dos lucros. Assim, pode explicar
como as empresas determinam a quantidade da mão de obra, capital e matérias-
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primas que empregam na produção, assim como o volume produzido”.
Ela explica também como essas escolhas dependem dos custos dos insumos, ou seja,
mão de obra, capital e matérias-primas, bem como do preço que a empresa pode
receber por seus produtos (HAFFNER, 2013).
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São esses "resultados" que farão com que o consumidor faça a sua escolha, ou seja,
consuma produtos. Assim, nasce então, a teoria do consumidor. Segundo Pindyck e
Rubin eld (2013, p. 5), “a teoria do consumidor analisa as preferências, escolhas e o
comportamento de consumo. Essas e outras informações são usadas, por exemplo,
para se conhecer certas demandas de um negócio”.
41
Os primeiros desenvolvimentos da teoria do comportamento do consumidor
são devidos a economistas da segunda metade do século XIX, que chegaram
a proposições semelhantes, em obras publicadas quase simultâneas. O
inglês W. S. Jevons foi um deles. Suas observações sobre o comportamento
do consumidor são muito mais leis da lógica, Jevons lançou as bases do
princípio da utilizada marginal decrescente, do qual seriam derivados
interessantes desenvolvimentos teóricos relacionados à função da procura.
Outros autores da mesma época foram os austríacos C. Menger, F. Wieser e
E. Bohm-Bawerk. Em obras publicadas entre 1871 e 1884, eles chegaram à
mesma conclusão que Jevons.
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07
Economia e a Política
Macroeconômica
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A Macroeconomia
Os efeitos produzidos pelo desempenho da economia como um todo são facilmente
percebidos, pois eles afetam a vida dos cidadãos. Assim, o capital, capital humano,
mercados para fundos disponíveis, empréstimos e pro ssionais tecnológicos são
alguns dos temas abordados e discutidos pela macroeconomia.
Ha ner (2013, p. 19) a rma que “é a área da teoria econômica que estuda as
quantidades econômicas agregadas, ou seja, dos fenômenos que englobam a
economia como um todo, sendo eles:
“renda,
emprego,
produto nacional,
desemprego,
investimento,
estoque de moeda,
poupança,
taxa de juros,
consumo,
balanço de pagamento,
nível de preços,
taxas de câmbio”.
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A economia é um termômetro e os macroindicadores sinalizam padrões de
desempenho, desequilíbrios cíclicos ou crônicos, êxito ou fracasso de concepções
estratégicas e políticas.
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Produto Agregado
O objetivo primordial da atividade econômica é proporcionar um volume de bens e
serviços nais para atender às necessidades e às aspirações da população (Rossetti,
2000). Em princípio, como o binômio necessidades-aspirações é de nido como
ilimitável, quanto maiores forem os níveis de produção corrente e maiores as taxas de
crescimento, maior poderá ser a satisfação social derivada do desempenho da
economia como um todo.
Para Rossetti (2000, p. 719), de ne-se, então, como primeiro objetivo da gestão
macroeconômica “a geração de um produto agregado tão próximo quanto seja
possível da plena capacidade da economia. Busca-se também que as taxas de
crescimento do produto ao longo do tempo sejam as mais altas possíveis,
objetivando-se com isso, atender às aspirações crescentes da população e estender
os benefícios da propriedade econômica a todas as camadas sociais”.
46
Emprego
Fonte: Pexels.
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Sob a ótica da economia, o desemprego voluntário não é preocupante e nem objeto
de economia macroeconômica. O objetivo e a preocupação da macroeconomia é
reduzir o desemprego involuntário, pois quando os números do desemprego
involuntário sobem, é sinal de que a economia está com sérias di culdades. O
aumento no desemprego involuntário se dá por conta de atribuições cíclicas ou
estruturais.
Quando falamos em “ciclos”, nos referimos, por exemplo, aos empregos gerados pela
colheita da safra, que quando termina, obriga sua mão de obra a migrar para outro
tipo de trabalho, e desemprego estrutural relaciona-se com a estagnação da
economia (ROSSETTI, 2000).
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Preços
De acordo com Rossetti (2000, p. 21), “o terceiro objetivo da macroeconomia é manter
os preços estáveis e, ainda, o equilíbrio estrutural entre os níveis relativos aos preços
dos diferentes bens e serviços produzidos”. A estabilidade de preços ocorre quando
em mercados livres, os índices de variação de preços cam próximos de zero. O
equilíbrio estrutural entre preços ocorre quando não se observam transferências
líquidas de renda entre os diferentes setores de atividade produtiva.
In ações ou de ações altas indicam que a economia está mal e alguma coisa não vai
bem com o desempenho econômico como um todo, tanto uma movimentação como
outra exigem movimentos corretivos. Já vimos que, historicamente, a in ação é a
categoria predominante de variação geral sobre os preços (HAFFNER, 2013).
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Transações Externas
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08
Renda, Juros
e Lucros
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A Renda
Trabalhadores por todo o mundo dedicam grande parte do seu dia em jornadas
exaustivas de trabalho. O objetivo é comum, ou seja, trabalham para sustentar suas
famílias. Mas quando falamos em sustentar, não falamos apenas no sentido literal da
palavra, porque o sustento não é somente a alimentação, mas também aspectos
importantes para uma melhor qualidade de vida como: educação, lazer,
entretenimento, cultura, e saúde, por exemplo.
Tomemos, como exemplo, um produtor de soja que plante uma certa quantidade de
soja. Imaginemos que o custo do plantio da soja (com todos os custos) seja de R$
5.000,00. Qualquer pagamento que receber a mais do valor gasto, durante o ano, é
renda econômica, a nal, acima desse valor, a soja seria plantada independentemente
do preço (WESSELS, 2003).
52
Vale salientar, como a rma Wessels (2003, p. 419), que “embora em outros períodos a
renda fosse de nida como retorno sobre propriedade e juro como retorno sobre o
capital, hoje, economistas reconhecem que ambos os fatores podem gerar renda”.
Os Juros e Taxas
Dentre os vários tópicos abordados pelas discussões macroeconômicas, certamente
os juros, estão entre os temas. As oscilações econômicas que um país vive, por
exemplo, tem in uência direta nos juros e nas taxas de juros, por exemplo. Essa
questão interfere o quanto deverá ser pago para remunerar o capital.
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A grande maioria das empresas toma empréstimos para nanciar seus investimentos.
O investimento é o acréscimo que as empresas fazem a seu estoque de capital. O
capital inclui terrenos, equipamentos, tecnologia e qualquer outro insumo durável
feito pelo homem (Wessels, 2003). Para fazer esse acréscimo, o custo é alto, muito,
pois envolvem taxas de juros altíssimas que em longo prazo, tornam-se quase que
impagáveis.
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uma taxa xa de juros. Quando as taxas sobem, o valor dos títulos
cai e para compensar os poupadores pelo risco, os títulos podem
incluir um prêmio maior. Prêmio in acionário: os poupadores
querem mais dinheiro de volta quando acham que vai haver in ação.
Prêmio pelos custos de administração: o juro precisa cobrir o
custo de administração do empréstimo. Para pequenos empréstimos,
como o cartão de crédito, por exemplo. (Wessels, 2003, p. 423).
Lucros Econômicos
Para Wessels (2003, p. 426), “lucros econômicos são pagamentos residuais. São a
diferença entre a receita e o custo total (incluindo o tempo e o capital do proprietário).
Ao contrário das redes econômicas, os lucros econômicos desaparecem ao longo do
tempo quando submetidos a pressões competitivas”.
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Para vários autores, os lucros econômicos são quase renda, pois são tratados como
rendas econômicas. Nesse sentido, Wessels (2003, p. 426) a rma que o lucro
econômico tem origens na inovação, monopólio e quando assume riscos. Na inovação
é quando um empreendedor encontra uma maneira mais barata de produzir um bem
existente de forma mais barata. O monopólio é a prática de produção abaixo do nível
competitivo e, assim, obter mais lucro e assumir riscos quando uma empresa adota
uma forma de produção que ela compreende ser pioneira e inovadora além daquilo
que seus concorrentes praticam.
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09
O Produto
Nacional Bruto
57
O Produto Interno Bruto
Manter a economia de um país equilibrada e competitiva não é uma tarefa simples.
Para realizar essa ação é necessário conhecer o comportamento econômico do país
de uma forma bem profunda e, assim, faz-se necessário o uso de indicadores
(Izidoro, 2019).
58
Segundo a Goldman Sachs, um dos maiores grupos nanceiros do mundo,
determinados fatores podem ter in uência nesse cenário. Para Ferreira (2019, p. 118),
esses fatores são as “características demográ cas (população economicamente ativa),
Renda per capita (para identi car o poder econômico médio dos habitantes), Volume
de demanda Global (tendências de consumo) e as variações cambiais (valor da moeda
local no contexto internacional)”.
59
Fonte: Pexels Disponível aqui
60
A fronteira da produção ajuda no processo de determinação e orientação para análise
do PIB. Atividades que não são inclusas nas contas nacionais, não são contabilizadas e
não têm in uência no resultado do PIB. A produção pode ser entendida como toda
atividade que visa atender às necessidade da sociedade, sejam elas de serviços,
produtos tangíveis e intangíveis (HAFFNER, 2019).
Para o autor (2000, p. 595), esses tributos são “imposto sobre produto industrializado
(IPI) em âmbito federal, impostos sobre a circulação de mercadorias (ICMS) de caráter
estadual e o imposto sobre os serviços (ISS) de caráter municipal”.
61
Compreender essas distinções entre o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional
Bruto é muito importante porque em alguns países, assim como o Brasil, recebem
fatores de produção localizados no estrangeiro e essa parcela é muito maior que os
fatores que enviamos para o exterior e isso signi ca que aquilo que enviamos para
fora do país é um volume de renda muito maior do que recebemos (Ferreira, 2019).
62
10
A Inflação
63
Conceito de Inflação
A in ação é um fenômeno da economia que causa muita dor de cabeça para
especialistas, governantes e empresários. De acordo com Izidoro (2019, p. 121),
"in ação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos
produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo
in acionário o poder de compra da moeda cai".
Para Mankiw (2001, p. 434), “a in ação pode ser conceituada como o aumento
persistente e generalizado dos preços da economia. A taxa de in ação é um indicador
do aumento percentual do nível geral de preços (NGP)”.
Para exempli car a in ação na prática, imagine um país com in ação de 10% ao mês,
um cidadão compra cinco quilos de feijão num mês e paga algo em torno de R$ 29,00.
No mês seguinte, para comprar a mesma quantia de feijão, ele precisará desembolsar
não mais R$ 20,00 e sim $21,00.
64
Fonte: Pexels Disponível aqui
Quando a in ação está descontrolada, quem mais sofre com os impactos são os
trabalhadores assalariados que possuem salários baixos e não conseguem realizar
nenhum tipo de aplicação que recupera ou garanta uma certa correção in acionária
(Pindyck e Rubin eld, 2013).
65
Mas quais são os fatores que podem causar o aumento desenfreado da in ação? De
acordo com Rosseitti (2003, p. 610), são: "a emissão exagerada de dinheiro (injeção de
dinheiro no mercado), aumento de consumo de produtos (demanda) maior que a
capacidade de entrega (produção) e a falta de mão de obra, tecnologia, implementos
e matéria-prima (aumentos de custo na produção dos produtos)”.
66
Medindo a Inflação
Uma das formas usadas pelos economistas para se medir a in ação são os preços.
“Os índices de preços medem como os preços hoje são comparados aos preços em
um ano selecionado (chamado ano-base): eles expressam o custo atual de uma cesta
de bens como uma porcentagem do custo dessa cesta ano-base” (Wessels, 2003, p.
66).
Para Wessels (2003, p. 67), essa fórmula pode ser aplicada e exempli cada da
seguinte forma: “supondo-se que a cesta custe R$ 6.000,00 no ano-base e R$ 9.000,00
para o ano X, o índice de preços para o ano X é 150. Os preços aumentaram 50%. O
índice de preços para o ano-base é sempre 100”.
67
A Fundação Getúlio Vargas é uma das instituições de avaliação econômica
do mundo. A FGV surgiu em 20 de dezembro de 1944. Seu objetivo inicial era
preparar pessoal quali cado para a administração pública e privada do País.
De acordo com Wessels (2003, p. 68), “o Índice de Preços ao Produtor (IPP) que mede
o custo de uma cesta produzida por uma rma, principalmente do setor industrial, e o
de ator do PIB que mede o preço de todos os bens e serviços produzidos num país”,
são mais dois importantes medidores.
No Brasil, sobretudo, a partir dos anos 1980, a in ação sempre foi um problema
crônico e até o nal da década de 1990, havia cinco planos econômicos para combatê-
la e todos fracassaram porque tinha em comum o tabelamento (congelamento de
preços) e a economia fechada.
68
11
O Crescimento Econômico
e Desenvolvimento
69
O Crescimento Econômico
Para Mochón (2007, p. 284), o crescimento econômico, isto é, o aumento da produção
de uma sociedade, “é a chave para elevação no nível de vida no longo prazo. É graças
ao crescimento da população economicamente ativa, ao aumento no estoque de
capital e aos avanços do conhecimento tecnológico, com o passar do tempo, que a
economia consegue produzir cada vez mais".
70
Figura 2: Possibilidades de crescimento: o esquema oferta-demanda agregado desde
o curto prazo até o longo prazo.
De acordo com Rossetti (2000, p. 413), "o crescimento feito no longo prazo é
determinado pelos deslocamentos da oferta agregada, pelo incremento dos recursos
naturais, do capital e do trabalho e pela e ciência com que se utilizam tais recursos".
71
O Crescimento Econômico e sua medição
Em geral, o crescimento econômico é calculado pela evolução do PIB, no longo prazo,
já que este mede a produção de um país e, portanto, seu nível de atividade
econômica. Para Mochón (2007, p. 286), "o PIB é um indicador macroeconômico de
valor, ou seja, o resultado da multiplicação da quantidade de bens e serviços
produzidos por respectivos preços, só teremos uma ideia apropriada do crescimento
de uma economia se eliminarmos a in uência dos preços sobre o PIB e analisarmos a
evolução da produção real".
72
O capital físico de um país é constituído por seu capital produtivo e sua infraestrutura.
Capital produtivo são máquinas, equipamentos das instalações. A infraestrutura
básica é um componente muito importante do capital físico, compõe-se de todos
aqueles elementos relacionados ao transporte terrestre (estradas e ferrovias),
marítimo (portos) ou aéreo (aeroportos).
Para Mochón (2007, p. 287), "na infraestrutura básica também contempla as redes de
fornecimento de energia, água, saneamento (esgotos), à infraestrutura de
telecomunicações. Nesse sentido, as infraestruturas de educação e saúde também
são consideradas parte do capital de um país".
73
12
As Políticas Fiscais
74
A Política Fiscal
De acordo com Mendes (2004, p. 211), "após quebra da bolsa de Nova Iorque em
1929, a política econômica dos governos seguia os ensinamentos da Economia
Clássica Liberal, que estipulava a importância de deixar o mercado encontrar seu
caminho, com o mínimo de intervenção possível no campo econômico".
Sob a in uência dos estudos do economista britânico John Maynard Keynes, vários
países entenderam que os órgãos estatais poderiam exercer in uência nos níveis de
produtividade no âmbito macroeconômico, com o aumento ou redução de tributos,
assim também como os gastos públicos (Mendes, 2004).
Discussões sobre a dívida pública e a política scal brasileira têm tomado conta das
manchetes dos jornais e dos noticiários de televisão. Esse fato não é novo e tem
histórico recente de pelo menos 40 anos. Mas por que essas discussões ainda tomam
conta dos noticiários? A resposta é simples, os gastos só aumentam quando os
impostos e arrecadação estiverem cada vez menores.
De acordo com Mendes (2004, p. 199), "por política scal entende-se a atuação do
governo no que diz respeito à arrecadação de impostos (as chamadas receitas
públicas) e aos gastos públicos”. No Brasil, a política scal é costurada por meio de
ações conjuntas entre a federação, o estado e os municípios. Cabem a estes poderes
gerir suas despesas, entendendo e controlando os gastos.
A política scal é uma forma de se conduzir uma política econômica. Cada país,
mediante seu histórico econômico, adotou um modelo que melhor entendeu ser
necessário. Hoje essa escolha se re ete no sucesso ou insucesso diante do cenário de
75
competitividade global que existe em termos de mercados. Nesse contexto, a política
scal se concentra principalmente em dois componentes básicos que se referem ao
orçamento público, aos gastos e à tributação.
Quanto aos tipos, a política scal pode se apresentar de duas maneiras distintas e
diferentes de objetivos, sendo a política scal expansionista e a política scal
contracionista. De acordo com Lima e Sicsú (2003, p. 289), "a política scal
expansionista entende que por meio de investimentos para o país é importante
estimular a economia pelo consumo, fazendo assim o PIB crescer”.
76
Figura 2: Explicação visual das políticas expansionistas e contracionistas
Fonte: O autor.
Vale ressaltar que toda meta estabelecida por um governo referente à sua política
scal tem como foco assegurar que os números estabelecidos, como metas para a
in ação e o PIB, sejam batidos em um determinado período corrente (MENDES, 2004).
E o Brasil? Qual será o nosso tipo de política scal? Bem, como você já
deve ter reparado o Banco Central tem se esforçado para manter a in ação
sob controle, o que é bastante difícil com a atual alta do dólar que faz o
preço de todos os importados subir. No entanto, apesar de todo este
esforço a in ação continua subindo e grande parte disso deve-se à péssima
gestão da política scal feita pelo governo federal, que é uma política
expansionista. Deste modo, é como se o Banco Central estivesse indo para
um lado e o governo para o outro. O resultado desse descompasso, como
podemos ver pelos dados de in ação e crescimento, é péssimo.
77
O Efeito da tributação
O governo adiciona gastos, mas retira dinheiro da economia por meio dos impostos
que arrecada. Os gastos do governo são como investimento, e tem o mesmo efeito.
Em um uxo econômico circular de um governo, segue uma perspectiva.
78
Os gastos do governo compõem-se de despesas correntes e de investimentos. De
acordo com Mendes (2004, p. 200), as despesas correntes estão incluídas em quatro
itens que são: “o consumo do governo (pagamento de pessoal, energia elétrica e
insumos), transferências (assistência e previdência social), juros (pagamento de justos
da dívida interna e externa) e os subsídios (ajuda do governo para que os
consumidores comprem, e nanciamentos)”.
79
13
As Políticas
Monetárias
80
Demanda e oferta de moeda
O grande economista do século passado John Maynard Keyne foi, sem dúvida, quem
mais percebeu a importância da política monetária para o restante da economia, a
começar pela correta explicação de como se forma a taxa de juros e qual é a sua
in uência sobre variáveis como o consumo, o investimento, a poupança, os preços
dos bens e serviços, o mercado nanceiro, em particular o monetário.
81
Foi na China, no período Chou ( 1122-256 a.C.), que nasceram as moedas de
bronze com formas variadas: peixe, chave ou faca (Tao), machado (Pu),
concha e a mais famosa o (Bu), que tinha a forma de uma enxada. As formas
das moedas vinham das mercadorias e objetos que possuíam valor de troca.
Nessas peças encontravam-se gravados o nome da autoridade emitente e o
seu valor.
Segundo Lopez (2005, p. 253), “por mais acentuada que possa ser a tendência
monetária da política econômica, esta interage com políticas que em geral estão
sobre o controle de outros organismos governamentais”.
Para Mendes (2004, p. 219), “no Brasil, a política monetária é realizada através das
diretrizes do CMN que é o Conselho Monetário Nacional, sendo o órgão máximo de
nosso sistema nanceiro, baseado nessas informações; o Banco Central (BACEN)
executa as políticas expansionistas ou contracionistas”.
82
A moeda é o instrumento básico por que se possa operar no
mercado, sem a qual o processo de troca seria extremamente
limitado. A moeda é o ativo utilizado para realizar as transações
porque é o que possui maior liquidez [...] convertendo assim em
poder de compra, transformando-se em mercadorias. (Mendes, 2004,
p. 218).
Demanda da moeda
Empresas e pessoas precisam de moedas por razões básicas como a necessidade de
adquirir bens e serviços (transação), necessidade de atender a compromissos não
previstos (precaução) e à oportunidade de aplicação.
De acordo com Mendes (2004, p. 219), "a demanda por moedas é inversamente
relacionada à taxa de juros. Pode-se chegar a essa relação se pensarmos na taxa de
juros como o custo de oportunidade para reter moeda, ou seja, o que se perde pelo
fato de guardar moeda".
83
Na realidade, a demanda por moeda depende tanto da renda dos consumidores
como da taxa de juros nominal. Quanto maior for a renda, maior será a demanda de
moeda. Com o aumento de renda, aumenta-se a demanda no consumo de bens e
serviços, assim é necessário produzir mais moedas.
A Oferta da moeda
De acordo com Mendes (2004, p. 219), no que se refere à "oferta de moeda, podemos
considerar, em princípio, que o governo controla a quantidade de moeda ofertada na
economia, atuando assim, pelo lado da demanda como pela oferta. O Banco Central
(Bacen) é o emissor da moeda nacional, sendo que uma de suas principais funções é
regular a liquidez da economia".
84
Nos períodos de crescimento do PIB as economias crescem e, assim, aumentam a
liquidez; já nos períodos de recessão ela decresce, obrigando o governo a realizar o
controle da moeda buscando o equilíbrio entre esses diferentes cenários (Mendes,
2004). Essa ação pode ser chamada políticas expansionistas e contracionistas.
De acordo com Mendes (2004, p. 220), “na política monetária expansionista, o Banco
Central aumenta a oferta de moeda ao país e diminui as taxas de juros com o objetivo
de crescer a economia e expandir o consumo”. A política expansionista tem como
vantagem a expansão da economia, porém, a desvantagem de manter o país sujeito
aos riscos do aumento da in ação. “A política monetária contracionista é realizada
quando acontece o inverso, ou seja, a diminuição do PIB e do consumo dentro de
uma economia” (Mendes, 2004, p. 221).
No Brasil, após a implantação do plano real como moeda, o governo brasileiro passou
a controlar e ter políticas de in ação, que até a primeira metade da década de 1990,
era uma das mais altas do mundo. Até hoje, muitos cuidados são realizados sobre as
políticas monetárias adotadas pelo Brasil a m de evitar os números já vistos em
outras épocas.
85
14
Emprego, Salário e
Mercado de Trabalho
86
O Trabalhador e o Emprego
Por que pessoas com as habilidades diferentes recebem salários diferentes? Por que
médicos mais que professores? Até que ponto os sindicatos afetam os salários? Para
obtermos as respostas, precisamos entender os mercados e suas variantes (Wessels,
2003).
Para complementar essa ideia vale ressaltar que existe a concorrência natural entre
estes empregados (monopsônios) e entre os trabalhadores (não há sindicatos). Nesse
cenário, os trabalhadores estão bem informados quanto às remunerações e têm
facilidade de mudança de emprego, assim como quem emprega tem facilidade na
contratação (Wessels, 2003). Neste cenário, haverá mudança conforme ocorre o
progresso para uma situação mais real.
De acordo com Wessels (2003, p. 401), “o resultado desse cenário será que o nível
salarial será de nido de modo que se consiga um equilíbrio de mercado e se todas as
rmas pagarem o mesmo salário”.
87
Figura 4: O efeito da oferta e demanda por mão de obra
A consolidação das leis sobre o trabalho é datada por volta do ano de 1943 e foram
promulgadas pelo presidente Getúlio Vargas. A criação dessas leis surgiu num período
em que se fazia a necessidade de dar maior proteção aos trabalhadores, pois nesta
época, havia certo desequilíbrio entre o capital e o trabalho (Arbache e De Negri,
2004). Essas leis também surgiram por conta das condições de trabalho e para
intermediar as disputas trabalhistas.
O Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho possui mecanismos e funcionamentos distintos, variando de
país para país, economia para economia. Várias são as teorias que conceituam e
explicam este funcionamento, assim, não podemos de nir mercado de trabalho como
um conceito simples e único.
88
A compra e venda de mão de obra, representando o lócus onde
trabalhadores e empresários se confrontam e, dentro de um
processo de negociações coletivas que ocorre algumas vezes com a
interferência do Estado, determinam conjuntamente os níveis de
salários, o nível de emprego, as condições de trabalho e os demais
aspectos relativos às relações entre capital e trabalho (CHAHAD,
1998, p. 403).
Para Blanchard (2007, p. 106), "a força de trabalho pode ser de nida como a soma
dos que estão trabalhando, também conhecida como população economicamente
ativa".
89
Não há um método consolidado em todo o mundo para de nir aqueles que
fazem parte da PEA. Por exemplo, nos países subdesenvolvidos, o índice
inclui os indivíduos que possuem entre 10 e 60 anos, já nos países
desenvolvidos geralmente considera-se apenas aquele que possui mais de
15 anos de idade.
90
Para Chahad (1998, p. 406), as forças de trabalho podem ser classi cadas por:
População em idade ativa (PIA), População economicamente ativa (PEA), População
não economicamente ativa (PNEA), Pessoas ocupadas (PO) e Pessoas desocupadas
(PD).
Emprego e Salários
A situação do mercado de trabalho tem um grande impacto sobre a nossa renda e
nossa vida. Ficamos preocupados quando os empregos são difíceis de encontrar e
mais tranquilos quando são abundantes. Buscamos por bons empregos, o que
signi ca que queremos um emprego que remunere melhor e nos proponha
crescimento (PARKIN, 2009).
Para Parkin (2009, p. 502), "o coe ciente de emprego é o número de pessoas na idade
ativa que estão empregadas é um indicador tanto da disponibilidade de empregos
quanto do nível que corresponde entre as habilidades das pessoas e os empregos, o
coe ciente de emprego é a porcentagem de pessoas em idade ativa da que estão
empregadas".
91
Em 2019, a taxa média de desemprego caiu para 11,9% em 2019. O
percentual é inferior ao registrado em 2018, que foi 12,3%. Os dados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE).
Essa relação precisa ser considerada e monitorada o tempo todo por governos e
ministérios econômicos de todos os países. Ela é apenas um entre vários indicadores
que re etem a saúde de uma economia e permite a gestores, tomar medidas.
Salários
Parkin (2009, p. 504) a rma que o salário real "é a quantidade de bens e serviços que
uma hora de trabalho pode comprar. Ele é igual ao salário monetário (unidades
monetárias por hora) dividido pelo nível de preços. O salário real é uma variação
econômica signi cativa por medir a remuneração de trabalho".
92
O salário é parte da remuneração de uma pessoa. Para Martins (2008, p. 205), é “o
valor econômico pago diretamente pelo empregador ao empregado em razão da
prestação de serviços do último, destinando-se a satisfazer suas necessidades
pessoais e familiares" (MARTINS, 2008, p. 205).
Essa mudança ocorre, porque a remuneração ou salário é uma forma de classi car
empregados com potenciais diferentes e atende basicamente às demandas de
mercado de trabalho. A economia vive em constante mudança e transformação,
assim, a oferta e demanda de emprego também.
Fonte: Pexels
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15
Monopólios
e Oligopólios
94
O Monopólio
Todas as vezes que vamos a um supermercado, padaria ou uma farmácia para
comprarmos produtos básicos de extrema necessidade para o nosso dia a dia, um
dos fatores que mais levamos em conta é a diversidade na oferta de produtos e
preços que encontramos. A oferta é o que leva à diversidade de itens e à diversidade
em melhores preços. Imagine se existisse uma única marca de produto ou empresa
fabricante deste produto. Vamos imaginar se existisse apenas uma marca de leite em
caixinha? Seria possível encontrar esse produto com variação de preço?
Uma só empresa;
Não há produtos substitutos;
Não há concorrentes;
A empresa tem considerável controle de preço;
É praticamente impossível a entrada de outra empresa no mercado.
95
No nal do século 19 e início do século 20, uma época de extrema inovação
tecnológica, com a adoção da luz elétrica, dos carros a gasolina, dos aviões,
do telefone e outras invenções que transformaram o mundo, algumas
empresas se tornaram tão poderosas que, para conter sua capacidade de
controlar o mercado, o Congresso americano instituiu uma série de leis
antitruste. Foi assim que o império de John D. Rockefeller começou a ruir.
De acordo com Wessels (2003, p. 318), “os monopólios e outros tipos de formadores
de preços existem em virtude das barreiras de entrada no mercado das vantagens de
custos”. As barreiras à entrada no mercado mantêm afastados os potenciais
concorrentes, de modo que o monopólio pode ter lucros no longo prazo sem
preocupar com a entrada de novos concorrentes.
96
Controle de recursos estratégicos: a propriedade de um recurso estratégico
necessário para a fabricação de um produto evita que os concorrentes entrem
no mercado.
97
por meio de propagandas, serviços, localização, etc. A diferenciação fará as demandas
entre os monopolistas serem diferentes.
O Oligopólio
Para Mendes (2004, p. 137), "o grande desa o da teoria dos oligopólios é estimar com
razoável aproximação, as reações das empresas concorrentes quando outra empresa
toma as suas decisões”. Quando ações de uma rma produzem, de fato, reações por
parte dos concorrentes, a situação é de oligopólio, cujas principais características são:
98
Os exemplos de indústrias oligopolistas, no Brasil e no mundo são muitas. Os
segmentos são variados como: automóveis, siderurgia, petróleo, automóveis,
eletrodomésticos, equipamentos elétricos, entre outros. Em cada uma dessas
indústrias, a produção representa uma grande parcela da produção total.
É importante ressaltar que nos países existem órgãos que combatem e protegem o
desenvolvimento econômico. No Brasil, o órgão responsável para coibir abusos de
poder econômico é o CADE (Conselho Administrativo de Desenvolvimento
Econômico).
99
16
Relações Econômicas
Internacionais
100
As Relações Econômicas
Internacionais
As relações econômicas entre nações remontam a datas e períodos antigos. Hoje,
vivemos o cenário da globalização econômica em que o efeito de uma situação pode
impactar diversos países em questão de dias, semanas ou meses. Os uxos
agregados das relações econômicas internacionais, reais e nanceiros têm assumido
crescente importância em séries históricas de longo prazo, relativamente aos uxos
agregados das atividades internas de produção, de geração de renda e de dispêndio.
De acordo com Wessels (2000, p. 838), nos últimos 500 anos, desde a revolução
comercial do século XVI, década após década, excetuando-se os períodos de guerras,
“os pesos dos uxos econômicos internacionais sofreram descontinuidades, a
tendência histórica tem sido o aumento relativo do grau de inserções no sistema
mundial como um todo”.
Para o autor, eles são “os graus crescentes de especialização, que ampliam a teia do
sistema mundial de trocas reais e nanceiras, a busca incessante por economias de
escala mais e cientes e competitivas e a maior diversidade de pauta mundial de
produção” (ROSSETTI, 2000, p. 838).
101
Para Rossetti (2000, p. 839), “as diferenças na adoção de recursos naturais envolvem a
área territorial (dimensões e características), a diversidade do fator terra e as
ocorrências localizadas”.
Este contexto pode ser exempli cado da seguinte forma: a área territorial de certos
países impediria que eles vivessem e até se desenvolvessem economicamente. Se
imaginarmos países pequenos como a Macedônia, por exemplo, não que a
Macedônia necessite comprar café ou açúcar do Brasil, mas em algum momento,
estes países se já não possuem, precisarão de algum tipo de relação comercial para a
compra e venda de produtos, serviços, insumos.
Assim, é necessário que existam trocas entre países para que a subsistência possa
existir em países que possuem determinadas carências. Se compararmos o Brasil e a
Nova Zelândia, por exemplo, em termos de dimensões geográ cas, ca mais evidente
a compreensão. Além do mais, questões climáticas e características de solo são
apenas alguns dos fatores que precisam ser avaliados nessa questão.
102
O Processo de Globalização Econômica
Certamente, nos últimos anos, não existiu uma palavra que fosse mais utilizada para
explicar os efeitos econômicos que o mundo tem vivenciado, do que a palavra
globalização. O termo globalização nos traz à mente sentimentos bons e ruins e, tudo
que acontece no mundo, em nossa cidade ou nossa comunidade, tem a ver com a
globalização.
103
produzido desdobramentos de alto impacto, que chegam até afetar os conceitos
convencionais de soberania das nações e a perda de poder dos governos para o
exercício da política.
104
tecnológicos por todo o mundo têm impacto, por exemplo, na contratação de fretes
marítimos.
O mundo está consumindo tecnologia e dados numa velocidade nunca antes vista.
Assim, as desregulamentações e liberalizações feitas por políticas públicas, têm, nos
governos, um grande empenho para melhorar os padrões e atributos construídos de
competitividade, via maiores coe cientes de abertura a produtos e a fatores reais e
nanceiros, ao invés de proteger os mercados nacionais com barreiras protecionistas.
105
Conclusão
Popularmente, a economia é vista como uma área que abrange discussões que
envolvem dinheiro. Sim, o dinheiro é de fato um aspecto discutido pela economia. Mas
essa visão popular é simplista e perigosa.
Até mais!
106
Material Complementar
Livro
Introdução à Economia
Autor: N. Gregory Mankiw
Livro
107
capitalismo e recessão. Esta edição atualizada atravessa a
história, princípios e teorias de economia, assim como
descomplica toda a terminologia, deixando você por dentro do
assunto em pouco tempo.
Filme
Filme
Ano: 2016
Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma
empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do
fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos
Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera
complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém
havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber
destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling)
percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um
deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que
enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou.
Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que
108
podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e,
para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert
(Brad Pitt), que vive recluso.
Web
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Web
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109
Referências
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Salários no Brasil. Universidade de Brasília, IPEA, 2004.
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SOUZA, Nilson Araújo de. Economia Brasileira contemporânea – de Getúlio a Lula. 2ª
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VIANNA, Pedro Jorge Ramos, In ação. Editora Manole, 2003.
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