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Plano de atividades para a graduação

Projeto apresentado ao concurso


edital 66/2023, realizado pela
FAAC/UNESP pelo candidato
Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa

Bauru-SP
2023
Introdução
Este documento apresenta a proposta para o plano de trabalho para a
FAAC/UNESP dentro dos cursos de comunicação. A Faculdade de Artes e Comunicação,
criada pela Lei Municipal nº 1583 em 22 de junho de 1971 e vinculada a então Fundação
Educacional de Bauru, foi incorporada à Universidade Estadual Paulista – UNESP pelo
Decreto nº 28.682 do Governo do Estado de São Paulo, de 12 de agosto de 1988, passando
a denominar-se Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, e a partir de 2021,
como Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design - FAAC.
O Curso de Comunicação Social Polivalente passou a ser oferecido no ano de
1974, com três anos de duração, de acordo com a Resolução nº 11/69, do CFE/MEC. O
Departamento de Técnicas de Comunicação foi criado em 1977, passando a ser
responsável pelas atividades do curso de Comunicação Social Polivalente. A Portaria do
MEC nº 031, de 12 de janeiro de 1981, autorizou a conversão do Curso de Comunicação
Social Polivalente em Curso de Comunicação Social. No ano de 1984 foi autorizada a
Habilitação em Jornalismo, através do Decreto 90.083, de 17/08/1984, cujo
reconhecimento foi obtido pela Portaria MEC 517, de 29/10/1987. Depois se dividiu em
3 cursos.
O espaço oferece infraestrutura, equipamentos e condições para que possam ser
desenvolvidas atividades de ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa (projetos de
iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado), e de extensão.
Todas as atividades de gestão têm sido realizadas com alto nível de qualidade,
destacando o esforço contínuo dos servidores técnico-administrativos, das comissões e
seus coordenadores.
Infelizmente, nos últimos dois anos, enfrentamos um grave problema sanitário,
a pandemia de COVID-19, que afetou adaptações de ensino especialmente em
laboratórios práticos.
Nosso principal objetivo para os próximos dois anos será consolidar os trabalhos
iniciados em 2020 e contribuir para o excelente funcionamento desse espaço tão
importante para o ensino, pesquisa e extensão em nossa unidade.
Para tanto iremos
✓ Subsidiar, através do acesso rápido e eficaz, os programas de ensino, pesquisa
e extensão.
✓ Dialogar constantemente com a Diretoria acerca da infraestrutura física,
humana e de material, acervo e serviços compatíveis com o crescimento desta Unidade.
✓ Dialogar constantemente com o serviço de Informática com o objetivo de
manter e otimizar o sistema de reservas e mapa observacional dos espaços e
equipamentos.
✓ Participar de todas as atividades técnico-administrativas referentes à posição
de professor, de membro da Comissão Central de Pesquisa da FAAC, bem como de
docente atuante nesta Unidade de ensino.
✓ Criação de Cursos de Extensão (em suas diversas modalidades) Teóricos e
Práticos.

Atividades de ensino para graduação.


As atividades de ensino para a graduação vão variar muito do curso em que se
está alocado o professor. Se é o curso de educação física, por exemplo, vai – se na direção
de ensinar uma sociologia/antropologia do corpo, se é artes visuais vai – se na direção de
ensinar ciências sociais ligadas a arte, ao simbólico e estético. Esse plano vai levar em
conta os cursos de comunicação social.
2. ATIVIDADES DE ENSINO
2.1. Atividades Didáticas
Vamos considerar que vamos dar aula de sociologia para o curso de jornalismo:
Tentar restringir a Comunicação no que na verdade existe hoje nas Ciências
Sociais seria reduzi-la de maneira infeliz. A Comunicação é o campo mais importante
para o estudo de muitas dimensões chave das mudanças sociais. A crescente influência
da internet e das novas mídias é o mais óbvio, mas não o único exemplo. E podemos
pensar nisso não apenas de forma abstrata ou em estudos sobre usos individuais, mas
também em uma série de importantes contextos que vão da primavera árabe, passando
pela crise financeira global, às disputas sobre a propriedade intelectual.
Há questões em todas as Ciências Sociais (e de fato em todos os campos) sobre
a relação entre padrões curriculares e pesquisa de ponta. Há boas razões tanto para ensinar
aos alunos habilidades básicas já estabelecidas, como para ensinar os conhecimentos que
vêm ganhando aceitação, onde se debate novas questões que estão mudando a forma
como pensar o campo. Não são apenas os pesquisadores em Comunicação que abordam
estas questões de maneira confusa e ansiosa, já que não há apenas uma resposta certa e
não há respostas possíveis que não sejam passíveis de julgamentos sobre o valor
intrínseco das diferentes possibilidades de trabalho.
Segue abaixo plano de ensino para um semestre na disciplina obrigatória de
sociologia.
Disciplina – SOC – 2023-2
Titulo do curso - Sociologia
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Carga Horária Teórica: 60h
Sem pré-requisito.
II – EMENTA A disciplina engloba o estudo do processo de formação da
Sociologia, suas matizes teóricas, epistemológicas, metodológicas e suas contribuições
para o pensamento acerca da sociedade mediante uma perspectiva crítica, a disciplina
examina as relações entre o indivíduo e a sociedade, as dinâmicas da participação política
e suas interfaces com as esferas institucionais do Estado, as lógicas de desigualdade frente
globalidade e suas relações de construção de poder. Os condicionantes que atuam na
efetivação da emancipação humana no que se refere à diversidade de regime e sistemas
políticos, a ação de ideologias e as clivagens sociais e suas matrizes econômicas e
culturais.
III - OBJETIVOS GERAL Discutir o contexto histórico do nascimento da
Sociologia como ciência, possibilitando o olhar sociológico na contemporaneidade.
ESPECÍFICOS Desvelar o nascimento da Sociologia como ciência, para poder
aquilatar sua importância para a vida do homem em sociedade. Compreender as causas
do fenômeno exclusão social presentes em todas as fases de expansão do modo de
produção capitalista na modernidade tardia. Conhecer a perspectiva teórica dos
Sociólogos clássicos da Sociologia visando compreender os dilemas contemporâneos da
atual crise da modernidade.
IV – CONTEÚDOS Nascimento da Sociologia como ciência Perspectiva
teórica dos Sociólogos Emile Durhkeim, Max Weber e Karl Marx. Postulados teóricos
gerais dos intelectuais da pós ´Modernidade. Exclusão social presente nos processos de
implantação no modo de produção capitalista nos diversos países do mundo. Redes e
sociedade no mundo moderno e pós – moderno.
V – METODOLOGIA O estudo será realizado através de leituras feitas pelos
alunos, aulas expositivas dialogadas, seminários de discussão do conteúdo, exercícios de
sínteses dos temas propostos.
TÉCNICAS Aulas expositivas dialogadas, debates, leituras, discussão dos
temas, e seminários.
RECURSOS Textos, materiais áudio- visuais, jornais e revistas. VI –
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
1ª aula - Apresentação e discussão da disciplina.
2ª aula- Nascimento da Sociologia como ciência
3ª aula- Continuação da aula anterior.
4ª aula- Teoria sociológica de Augusto Comte.
5ª aula- Perspectiva sociológica de Emile Durkheim
6ª aula- O pensamento sociológico de Max Weber
7ª aula- O Marxismo
8ª- aula Exclusão social, marco indelével do modo de produção capitalista
9ª- aula A produção Sociológica na Pós- Modernidade
10ª- aula O embate teórico entre os Marxistas e os Pós Modernos
11ª- aula Elaboração de síntese dos conteúdos desenvolvidos
12ª- aula Projeção de filme
13ª- aula Seminário de apresentação de trabalhos realizados
14ª- aula Seminário de apresentação de trabalhos realizados
15ª- aula Seminário de apresentação de trabalhos realizados
16ª- aula Síntese dos conteúdos trabalhados e avaliação da disciplina
17ª- aula Recuperação
VII– AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: Será realizada nos primeiros encontros a partir
da apresentação da proposta de trabalho e para coletar informações referentes as
expectativas e conhecimentos que os alunos trazem.
AVALIAÇÃO FORMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o objetivo de redefinir as estratégias de
ensino.
AVALIAÇÃO SOMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o intuito de redefinir as estratégias de
ensino. Para classificar o desempenho do aluno no decorrer do semestre serão utilizados
os seguintes instrumentos escritos:
A – Prova escrita (peso cinco)
B – Produção de uma resenha de um autor de estudo sociológico, de temática de
interesse dos educandos, bem como das problematizações emergentes e debatidas em sala
de aula (peso três).
C – Apresentação da resenha/seminário propriamente dita pelos educandos (peso
dois).
VIII – REFERÊNCIAS BÁSICA
BERGER, Peter L. A construção Social da realidade. Tratado de sociologia do
conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1985.
BORDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
GIDDENS, Anthony. O que é Sociologia? In: Sociologia. Porto Alegre: Artmed,
2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa (org.) Produzir para viver: os caminhos da
produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
TOURAINE, Alain. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje.
Rio de Janeiro: Vozes, 2006. COMPLEMENTAR
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução a ciência da sociedade. São Paulo:
Moderna, 1997.
QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim.
Belo Horizonte: UFMG, 2003.
SIMMEL. Georg. Questões fundamentais da Sociologia: indivíduo e sociedade.
.Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o espírito do Capitalismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2004.

Além da disciplina obrigatória também ofertarei uma DISCIPLINA


OPTATIVA para os alunos.
Segue plano:
Título - TRABALHO, SOCIEDADE E DESIGUALDADES E COMUNICAÇÃO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Carga Horária Teórica: 60h
Sem pré-requisito.
II – EMENTA Análise da formação e transformações do mercado de trabalho no Brasil,
identificando sua conexão com a produção das desigualdades sociais e com a questão
social. Análise do papel do Estado e das políticas públicas na integração da classe
trabalhadora e no enfrentamento da questão social. Análise de experiências e trajetórias
de trabalhadoras e trabalhadores no mercado de trabalho e suas construções identitárias.
Discussão e técnicas de etnografias para verificar a vida do precariado e comunicar tal
fato.
OBJETIVOS :
Gerais: - Analisar a formação e as transformações do mercado de trabalho no Brasil, sua
conexão com a produção das desigualdades sociais e com a transformação da questão
social.
- Analisar o papel do Estado e das políticas públicas de trabalho e emprego na integração
da classe trabalhadora e no enfrentamento da questão social.
- Analisar experiências e trajetórias de trabalhadoras e trabalhadores no mercado de
trabalho e suas construções identitárias.
Específicos: - Analisar os conceitos de trabalho e de mercado de trabalho, identificando
sua centralidade das atividades econômicas na configuração das formas de identidade,
integração e conflito nas modernas sociedades capitalistas.
- Analisar as transformações do trabalho nas sociedades modernas, a estruturação da
condição salarial, identificando sua conexão com a produção das desigualdades e com a
emergência da questão social.
- Analisar a noção de crise do trabalho nas sociedades contemporâneas, sua relação com
os processos de reestruturação capitalista e com a emergência de uma nova questão social.
- Analisar a formação e a transformação do mercado de trabalho no Brasil, os processos
de informalização, precarização e flexibilização do trabalho e de produção das
desigualdades sociais.
- Identificar e analisar as políticas públicas de trabalho, emprego e renda no Brasil,
identificando seu papel no enfrentamento da questão social.
- Analisar experiências e trajetórias de trabalhadores no mercado de trabalho brasileiro
contemporâneo, identificando suas formas de construção identitária.
- Identificar e utilizar as principais fontes de dados estatísticos sobre mercado de trabalho
no Brasil.
- Analisar as transformações do trabalho e do mercado de trabalho no Brasil e em Bauru,
em conexão com os objetivos e atividades propostos pelo OBSERVATÓRIO DE
DIREITOS HUMANOS DA UNESP, projeto de pesquisa, ensino e extensão.
IV – CONTEÚDOS I – A construção do objeto de investigação: 1. Trabalho, mercado de
trabalho e desigualdades sociais: centralidade e precariedade do trabalho em debate.
Trabalho, cidadania e questão social. Trabalho, trajetórias e construção da identidade
social.
2. A precariedade do trabalho e a formação do “precariado”: problema de investigação.
II – As transformações do trabalho, a reestruturação capitalista e a crise nas sociedades
contemporâneas:
3. Transformações do paradigma produtivo, acumulação flexível e empresas em rede.
4. Transformações da condição salarial, nova questão social e cidadania.
5. Transformações do trabalho e crise das identidades sociais e profissionais.
6. Trabalho, mercado de trabalho e desigualdades sociais. III – As transformações do
mercado de trabalho, as desigualdades e a questão social no Brasil:
7. O Estado, a questão social e a cidadania na formação do mercado de trabalho. 8.
Transformações do mercado de trabalho e a reestruturação produtiva.
9. O novo desenvolvimentismo e a questão social hoje: a política do precariado.
10. Estado, instituições e políticas públicas de emprego.
11. Experiências, trajetórias e identidades no mercado de trabalho
V – METODOLOGIA O estudo será realizado através de leituras feitas pelos
alunos, aulas expositivas dialogadas, seminários de discussão do conteúdo, exercícios de
sínteses dos temas propostos.
TÉCNICAS Aulas expositivas dialogadas, debates, leituras, discussão dos
temas, e seminários.
RECURSOS Textos, materiais áudio- visuais, jornais e revistas. VI –
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
1ª aula - Apresentação e discussão da disciplina.
2ª aula- 1. Trabalho, mercado de trabalho e desigualdades sociais: centralidade e
precariedade do trabalho em debate.
3ª aula- Os conceitos de trabalho e mercado de trabalho. As pesquisas estatísticas e as
suas categorias fundamentais. Fontes de pesquisa sobre mercado de trabalho e políticas
públicas de emprego.
4ª aula- Seminário teórico 1: A) A centralidade do trabalho em questão: o trabalho é uma
categoria sociológica fundamental? (Offe, 1989). B) A precariedade do trabalho e a
formação do precariado (Standing, 2014). Estatísticas da precariedade do trabalho no
Brasil.
5ª aula- Transformações do paradigma produtivo e acumulação flexível (Harvey; 1989;
Leite, 2003). Atividades de análise do mercado de trabalho no Brasil
6ª aula- Transformações da condição salarial, nova questão social e cidadania (Castel,
2001; Silva, 2008).
7ª aula- Transformações do trabalho e crise das identidades sociais e profissionais (Dubar,
2000).
8ª- aula - Trabalho, mercado de trabalho e desigualdades sociais: perspectivas
interseccionais. (Abreu, Hirata & Lombardi, 2016).
9ª- aula- O Estado, a questão social e a cidadania.
10ª- aula - Transformações no mercado de trabalho e a reestruturação produtiva no Brasil
(Cardoso, 2010 ; Leite, 2003).
11ª- aula - O novo desenvolvimentismo e a questão social hoje: a política do precariado
(Mota, 2012; Braga, 2012, 2016). Orientações às pesquisas.
12ª- aula – Como comunicar a pobreza.
13ª- aula -Seminário de apresentação de trabalhos realizados
14ª- aula- Seminário de apresentação de trabalhos realizados
15ª- aula- Seminário de apresentação de trabalhos realizados
16ª- aula- Síntese dos conteúdos trabalhados e avaliação da disciplina
17ª- aula Recuperação

. Bibliografia básica:
ABREU, A.; HIRATA, H. & LOMBARDI, M.R. (Org.). Gênero e Trabalho no Brasil e
na França. Perspectivas interseccionais. São Paulo: Boitempo, 2016.
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2010.
BRAGA, Ruy. A Política do Precariado. Do populismo à hegemonia lulista. São Paulo:
Boitempo, 2012.
BRAGA, Ruy. O fim do lulismo e o retorno da luta de classes. IN: SINGER, A. &
LOUREIRO, I. (Org.). As contradições do lulismo. A que ponto chegamos? São Paulo:
Boitempo, 2016.
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do trabalho no
século XX. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987.
CARDOSO, Adalberto. A construção da sociedade do trabalho no Brasil. Uma
investigação sobre a persistência secular das desigualdades. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2010.
CASTEL, Robert. As transformações da questão social. In: BELFIORE-WANDERLEY,
M. et al. (Org.). Desigualdade e a questão social. São Paulo, EDUC, 2000.
DUBAR, Claude. A crise das identidades. A interpretação de uma mutação. Porto,
Edições Afrontamento, 2006.
GUIMARÃES, N. e HIRATA, H. Desemprego. Trajetórias, identidades, mobilizações.
São Paulo, Ed. SENAC, 2006
GORZ, André. Metamorfoses do trabalho. Crítica à razão econômica. São Paulo, Anna
Blume, 2005.
LEITE, Marcia de P. Trabalho e Sociedade em Transformação. Mudanças produtivas e
atores sociais. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2003.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2008.
MOTA, Ana E. (Org.). Desenvolvimentismo e construção de hegemonia. Crescimento
econômico e reprodução da desigualdade. São Paulo: Cortez, 2012.
OFFE, Claus. Trabalho & Sociedade: Problemas estruturais e perspectivas para o futuro
da sociedade do trabalho. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1989.
POCHMANN, Márcio. Rumos da política do trabalho no Brasil. IN: SILVA E SILVA e
IAZBECK (Org.). Políticas públicas de trabalho e renda no Brasil contemporâneo. São
Paulo, Cortez; São Luis, MA, FAPEMA, 2008.
SILVA, Josué P. Trabalho, Cidadania e Reconhecimento. São Paulo: Annablume, 2008.
STANDING, Guy. O Precariado. A nova classe perigosa. Belo Horizonte: Autêntica
Editora, 2014.
Plano de ação para extensão universitária.

Projeto apresentado ao concurso


edital 66/2023, realizado pela
FAAC/UNESP pelo candidato
Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa
Bauru-SP
2023

Além disso vamos propor um projeto de extensão onde além dos alunos e
professores de comunicação será aberto a comunidade uma sala de leitura e exposição de
vídeos com temas sociais e filosóficos.
A ideia é convidar as escolas para trazer ao menos uma classe semanal para
exposição e debates de textos e vídeos.

PROJETO DE EXTENSÃO
SALA DE LEITURA E DE VÍDEO
Público - Aberto

Título: SALA DE LEITURA E DE VÍDEO DA FAAC/UNESP

Justificativa: A arte da exposição cinematográfica é uma prática que deve ser


cada vez mais incentivada, principalmente no meio acadêmico, já que a formação
humanística e crítica é um dos pilares da universidade como forma de intervenção social
e melhoria da qualidade de vida para a sociedade. Este projeto se justifica pela
necessidade de um maior diálogo, principalmente entre as áreas de formação dos alunos
de comunicação e alunos de escolas publicas e outros interessados da sociedade. O
Cinema, conhecido como a Sétima Arte, é uma nova maneira de expressarmos nossas
idéias, sensações, opiniões; é um novo jeito de nos conectarmos com outras pessoas e
com o mundo ao nosso redor. Antes do surgimento do Cinema, que ocorreu na passagem
do século XIX para o século XX, isso era feito prioritariamente através das outras Seis
Artes (Música, Dança, Pintura, Escultura, Literatura e Teatro). Mas, apesar de seu recente
tempo de vida, o Cinema já nos trouxe muitas possibilidades de encantamento, reflexão
e aprendizado.
Assim, através do projeto a FAAC, em parceria com todas as Escolas do nosso
município, possibilitará aos nossos estudantes o acesso à cinematografia internacional,
nacional e local de longas e curtas-metragens, visando a formação sociocultural e política
no âmbito Escolar.

Objetivo Geral:
• O Projeto de Extensão SALA DE LEITURA E DE VÍDEO DA FAAC/UNESP possui
como objetivo geral proporcionar o conhecimento das principais obras de cunho social e
filosófico das ciências cinematográficas seguida de debate através de uma leitura
orientada e da exibição de filmes voltados para as temáticas abordadas pelas ciências
sociais, ciência política e filosofia.

Objetivos Específicos:
• Debater temáticas atuais com a contribuição dos textos acadêmicos;
• Analisar os filmes passados na sala de leitura, contextualizando-os com a realidade;
• Desenvolver a capacidade de interpretação de texto e filmes, articulando os principais
conceitos das ciências humanas;
• Formar uma maior consciência crítica e política a respeito das ciências sociais e da
gestão pública contemporânea.

Metodologia - em uma sala de aula, preferencialmente em auditório, passar um filme


semanal com temática social ou filosófica e debater de preferência com um texto chave.
Sempre convidar um professor, ou aluno pesquisador do campus para debater com o
público, que será os alunos, valendo horas complementares e a sociedade em geral.

As atividades de pesquisa do docente será de orientar os alunos em TCC, dissertações e


teses, artigos, escrever artigos com alunos ou não, participar de bancas de defesa,
participar junto ou não com alunos de seminários, congressos, mesa redonda, palestras
etc... organizar os eventos científicos da FAAC em uma produção científica profícua.
PLANO DE AÇÃO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO

Projeto apresentado ao concurso


edital 66/2023, realizado pela
FAAC/UNESP pelo candidato
Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa
Bauru-SP
2023

Para a pós-graduação vamos levar em conta que o professor esteja alocado na pós-
graduação Strictu Sensu da FAAC em Comunicação na linha de pesquisa PROCESSOS
MIDIÁTICOS E PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS

Tal linha Analisa as dimensões socioculturais dos processos de produção, veiculação e


recepção da comunicação midiática, a partir de pesquisas teórico-epistemológicas e de
pesquisas empíricas. Abriga estudos relacionados a eixos temáticos que relacionam
comunicação, cultura e sociedade, como: midiatização da sociedade, representações
sociais, cultura midiática, culturas juvenis, popular e diversidade cultural, sociabilidade,
violência cultural, interculturalidade e comunicação para paz, políticas públicas de
comunicação e liberdade de expressão, jornalismo, crítica literária e crítica cultural.
Penso em dar continuidade a disciplina Mídia, Cultura e Sociedade.
01. UNIDADE: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

02. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO: Comunicação

03. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Comunicação Midiática

04. DISCIPLINA: MÍDIA, CULTURA E SOCIEDADE

05. CARACTERÍSTICA: Nível: Mestrado e Doutorado

06. RESPONSÁVEL: Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa

07. COLABORADOR: -

08. CARGA HORÁRIA: 120 horas/aulas

09. DURAÇÃO: 1 semestre

10. NÚMERO DE CRÉDITOS: 08

11. NÚMERO MÍNIMO DE ALUNOS: 05

12. NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS: 20

13. OBJETIVOS:
Ao final do curso, o aluno será capaz de:
a. Discorrer sobre a especificidade das possíveis articulações entre Comunicação e
cultura em seus diferentes níveis, contextualizados pela sociedade brasileira.
b. Aplicar as técnicas e métodos apresentados na análise das múltiplas formas de
expressão da mídia.

14. METODOLOGIA DE ENSINO:


• Aulas teóricas
• Análise de textos
• Seminários
• Pesquisas

15. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM:


• Debates em sala de aula
• Seminários
• Trabalhos escritos

16. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Mídia e cultura
1.1. Comunicação e Antropologia: convergências
1.2. A cultura como dispositivo comunicacional
1.3. Teoria e método
2. A sociedade do entretenimento
2.1. Cultura de massa e cultura popular
2.2. Mídia e ideologia
2.3. Mídia e representação social: o emissor e o receptor
3. Construindo a identidade nacional através da mídia: estudo de casos
3.1. O cinema
3.1.1. “O pagador de promessa”
3.1.2. “Lamarca”
3.1.3. “Que horas ela volta?”
3.2. A televisão
3.2.1. “Programa do Ratinho”
3.2.2. “Eu nunca”
3.2.3. “Jornal Nacional”
3.3. A imprensa diária
3.3.1. “Folha de S. Paulo”
3.3.2. “o Globo”
3.3.3. “Jornal da Cidade”
4. Por uma antropologia da comunicação
4.1. Aspectos éticos da comunicação
4.2. Comunicação, cultura e cidadania

17. BIBLIOGRAFIA :

BERGER, Peter L. e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade.


Petrópolis: Vozes, 1987.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CANEVACCI, Massimo. Antropologia do cinema. 2ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1990.
CARDOSO, Ruth (org.). A Aventura antropológica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
CHAUI, Marilena. Conformismo e resistência. São Paulo: Brasiliense, 1986.
CHAUI, Marilena. Cultura e democracia. 2ª ed., São Paulo: Moderna, 1981.
CONTRERA, Malena Segura. O Mito na mídia. São Paulo: Annablume, 1996.
DaMatta, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? 2ª ed., Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
Durand, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.
EAGLETON, Terry. As ilusões do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
FILHO, Daniel. O circo eletrônico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
GABLER, Neal. Vida, o filme. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
GUIMARÃES, Luciano. A Cor como informação. São Paulo: Annablume, 2000.
HALL, Stuart. Identidades culturais e pós-modernidade. São Paulo: DP&A, 1997.
LEACH, Edmund. Cultura e comunicação. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
MONTERO, Paula. "Reinventando as diferenças num mundo global". In: DWBOR,
Ladislau et al. (orgs.). Desafios da globalização. Petrópolis: Vozes, 1998.
OLIVEN, Ruben George. "A antropologia e a diversidade cultural no Brasil". In: Revista
de Antropologia. (35),1990.
REVISTA USP. Coordenadoria de Comunicação Social, Universidade de São Paulo -
“Comunicação”. (48), Dez. 2000 / Fev. 2001.
RODRIGUES, Adriano Duarte. Comunicação e cultura. 2ª ed., Lisboa: Presença, 1999.
SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. Muito além do jardim Botânico. 3ª ed., São Paulo:
Summus, 1985.
SOUSA, Mauro Wilton (org.). Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: ECA-
USP/Brasiliense, 1995.
VALLE, Edênio e QUEIRÓS, José J., A cultura do povo. São Paulo: Cortez, 1979.
WINKIN, Yves. A nova comunicação. Campinas: Papirus, 1998.

18. EMENTA:

A partir de um enfoque antropológico, examina os produtos elaborados pela mídia e as


representações por ela adotadas sobre a identidade do brasileiro. Concomitantemente,
apresenta as linhagens teórico-metodológicas e as possibilidades técnicas que permitem
a análise da mídia circunstanciada pela experiência nacional de comunicação de massa.

METODOLOGIA O estudo será realizado através de leituras feitas pelos alunos,


aulas expositivas dialogadas, seminários de discussão do conteúdo, exercícios de sínteses
dos temas propostos.
TÉCNICAS Aulas expositivas dialogadas, debates, leituras, discussão dos
temas, e seminários.
RECURSOS Textos, materiais áudio- visuais, jornais e revistas.
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: Será realizada nos primeiros encontros a partir
da apresentação da proposta de trabalho e para coletar informações referentes as
expectativas e conhecimentos que os alunos trazem.
AVALIAÇÃO FORMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o objetivo de redefinir as estratégias de
ensino.
AVALIAÇÃO SOMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o intuito de redefinir as estratégias de
ensino. Para classificar o desempenho do aluno no decorrer do semestre serão utilizados
os seguintes instrumentos escritos:
A – Prova escrita (peso cinco)
B – Produção de uma resenha de um autor de estudo sociológico, de temática de
interesse dos educandos, bem como das problematizações emergentes e debatidas em sala
de aula (peso três).
C – Apresentação da resenha/seminário propriamente dita pelos educandos (peso
dois).

Além disso junto com a linha pretendo dar uma disciplina optativa chamada
diversidade cultural e comunicação.

Título: diversidade cultural e comunicação.


C.H. Total: 66h – 72ha
Pré-requisito: introdução as ciências sociais ou equivalente.
Ementa: Diversidade como dimensão constitutiva da condição humana, alteridade e
direitos humanos. A cultura como expressão do mundo da vida dos diferentes grupos
humanos. Desigualdades e diferenças no espaço midiático: classe, gênero, raça, etnia,
geração, pessoas com deficiência. Fracasso escolar e trabalho e combate aos preconceitos.

Objetivos:
Pensar sobre a diversidade cultural do Brasil e suas tensões;
• Discutir aspectos da inclusão midiática e do respeito ao outro, acolhendo a diversidade;
• Refletir sobre a formação étnica da nação brasileira;
• Analisar políticas de inclusão social e de respeito à diversidade, políticas de ações
afirmativas;
• Discutir a inclusão na mídia como um direito de todos(as)

Conteúdo:
Unidade I: As noções de identidade e diferença.
• Unidade II: A diversidade na formação cultural do Brasil.
• Unidade III: A construção do tipo ideal da mídia e corpo
• Unidade IV: Diversidade na mídia.

METODOLOGIA O estudo será realizado através de leituras feitas pelos alunos,


aulas expositivas dialogadas, seminários de discussão do conteúdo, exercícios de sínteses
dos temas propostos.
TÉCNICAS Aulas expositivas dialogadas, debates, leituras, discussão dos
temas, e seminários.
RECURSOS Textos, materiais áudio- visuais, jornais e revistas.
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: Será realizada nos primeiros encontros a partir
da apresentação da proposta de trabalho e para coletar informações referentes as
expectativas e conhecimentos que os alunos trazem.
AVALIAÇÃO FORMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o objetivo de redefinir as estratégias de
ensino.
AVALIAÇÃO SOMATIVA: Realizar-se-á através do acompanhamento do
processo de construção do conhecimento com o intuito de redefinir as estratégias de
ensino. Para classificar o desempenho do aluno no decorrer do semestre serão utilizados
os seguintes instrumentos escritos:
A – Prova escrita (peso cinco)
B – Produção de uma resenha de um autor de estudo sociológico, de temática de
interesse dos educandos, bem como das problematizações emergentes e debatidas em sala
de aula (peso três).
C – Apresentação da resenha/seminário propriamente dita pelos educandos (peso
dois).
Referencias:
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.
ARROYO, Miguel G. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis: Vozes,
2012.
BARROS, José Márcio; OLIVEIRA JÚNIOR, José (Org.). Pensar e agir com
cultura: desafios da gestão cultural. Belo Horizonte: Observatório da Diversidade
Cultural, 2011.
BATISTA, Cristina Abranches Mota. Inclusão: construção na diversidade. Belo
Horizonte: Armazém de ideias, 2004.
BRASIL. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº
10.639/03. Brasília: MEC, 2005. (Coleção Educação para todos).
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010..
SERRES, Michel. Filosofia mestiça. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993
HALL, STUART et tal. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos
culturais. Petrópolis: Vozes, 2018.
MUNANGA, Kabengele. (Org.) Superando o Racismo na Escola. Brasília:
MEC/BID/UNESCO, 2005

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