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CIÊNCIAS SOCIAIS 1
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright
HARDAGH, Claudia.
CDD 300
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publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer
forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
EMENTA:
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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Apresentar as contribuições da disciplina Sociologia e seu papel no sistema
educacional; Conhecer os principais Referenciais Curriculares; Refletir sobre
conceitos importantes na Educação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I: A história da Sociologia como disciplina do Ensino Médio.
UNIDADE II: A formação do professor.
UNIDADE III: Novas perspectivas para o ensino de Sociologia
UNIDADE IV: Novas formas de pensar a educação.
UNIDADE V: A formação do leitor crítico
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Bibliografia Básica
Bibliografia Complementar
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas,
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo
ensino/aprendizagem.
AVALIAÇÃO:
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Sumário
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Aula 24_ A formação do leitor crítico e a visão sociológica .......................................................77
Resumo Unidade V ........................................................................................................................79
Aula 25_ Fundamentação teórica para o uso dos diversos recursos midiáticos .....................80
Aula 26_ O cinema na sala de aula..............................................................................................84
Aula 27_ O uso de fotografia na sala de aula .............................................................................86
Aula 28_ As novas mídias na educação ......................................................................................89
Aula 29_ Os gêneros de linguagem .............................................................................................95
Aula 30_ Imagens ..........................................................................................................................97
Aula 31_ A Sociologia e a Nova Arte – a Arte Efêmera .............................................................99
Resumo - Unidade VI...................................................................................................................103
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Aula 1_Contexto da sociologia como disciplina do currículo escolar
Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social
de que tomamos parte.(Paulo Freire. Política e Educação.)
Temos de ter claro que no estudo das Ciências Sociais, a formação acadêmica do
pesquisador-sociólogo vai em direção à do professor de sociologia, mas temos alguns
atenuantes que diferem as duas formações.
Para podermos desenvolver um método de ação pedagógica temos que ter claro qual
a concepção pedagógica e o projeto político pedagógico em que a escola está
inserida.
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Como a Sociologia foi inserida como disciplina do currículo?
Por que ela nunca foi uma disciplina permanente no currículo?
De que forma o Estado se apropriou de seus saberes?
Como fica o currículo oculto no material didático de Sociologia?
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Aula 2_ Sociologia e Novo Paradigma da Educação
Temos como marco histórico para as mudanças nas ciências sociais no Brasil os anos
1930 e 1940, marcados pela fundação da Universidade de São Paulo, a vinda de
pesquisadores estrangeiros e pelas obras que quebraram paradigmas como as de
Sergio Buarque de Holanda, Gilberto Freire, Caio Prado Junior e Fernando de
Azevedo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5692 de 1971, que como ato concreto
limitou qualquer possibilidade de avançar à teoria crítica, criou as disciplinas
“Educação Moral e Cívica” e “Estudos Sociais” em substituição de História e
Geografia; e “Organização Social e Política Brasileira”, OSPB como ficou conhecida,
substituiu a Sociologia, a Política e o Direito.
Essas diretrizes curriculares que perduraram por mais de 20 anos causaram estragos
enormes na formação humanística de várias gerações.
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Ainda temos resquícios desse período no inconsciente coletivo das gerações que
passaram por esta formação e que hoje, adultos, pais e formadores de opinião
reproduzem o discurso oficial da época e tratam essas disciplinas como “perda de
tempo”, “perfumaria” e dispensáveis.
O currículo das escolas também revela essa posição proposta pela LDB, pois há um
número maior de horas que se dispensa para as Ciências Exatas e Biológicas em
relação às Ciências Humanas.
Isso se deve não somente pelas políticas públicas ou pela herança cultural dos
chamados “anos de chumbo”, mas também pelos próprios professores das disciplinas
de ciências humanas que ficaram centrados em pesquisas acadêmicas e ao ensino
superior e deixaram as questões pedagógicas de lado.
Temos um paradoxo que está agora sendo discutido. O banimento das ciências
humanas no ensino fez com que as universidades e grande parte dos intelectuais
vissem as questões pedagógicas como algo menor no meio acadêmico e da pesquisa.
Neste momento passamos por uma reconstrução da identidade desse professor como
educador e preocupado com as questões da psicologia da educação e didática.
O começo desta nova etapa ocorre com a valorização das políticas públicas na
educação e no estudo da legislação que a rege.
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Na próxima aula começaremos pelos PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais, da
área de ciências humanas.
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Aula 3_ Os Parâmetros Curriculares Nacionais
As competências abaixo serão lidas e discutidas no fórum. Solicito uma leitura crítica
do documento para que todos se posicionem com relação às nossas atribuições como
educador que estão relacionadas às questões das políticas públicas:
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Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem
a identidade própria e a dos outros; p.11
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Aplicar as tecnologias das Ciências Humanas e Sociais na escola, no trabalho e
em outros contextos relevantes para sua vida. p. 16
A nossa aula procurou mostrar a importância das políticas públicas para a nossa ação
como professores. Precisamos refletir que o projeto político pedagógico, o tipo de
formação que temos está relacionado às políticas e se não nos apropriarmos de
suas intenções ideológicas, não teremos como formar o nosso aluno com um perfil
crítico e consciente de sua realidade.
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Aula 4_ Sociologia e Educação
Essa educação pode ser apenas reprodutora da cultura da elite que tenta
homogeneizar a sociedade ou pode respeitar a pluralidade cultural e a características
individuais.
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Fica claro isso ao analisarmos o material didático, o sistema de avaliação, normas
disciplinares e organização curricular, por isso o estudo das políticas públicas é
fundamental para entendermos a intenção do Estado com relação à formação dos
jovens, pode significar a perpetuação ou não de uma ideologia.
Indico a leitura do texto “Escola não motiva e perde alunos”, que mostra como os
jovens estão desistindo de estudar por problemas como repetência e qualidade baixa
da educação, mas o principal é a constatação de que os estudantes não gostam da
escola.
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Aula 5_ A Tecnologia e as Ciências Humanas.
Com a última revolução tecnológica, informática, o mundo passa por uma mudança
em seu modo de produção e isso implica em mudanças mais amplas, pois a sociedade
da informação e do conhecimento, como é denominada a sociedade atual, sugere,
pela sua denominação, que o “produto” desta nova sociedade não se fabrica mais nas
linhas de montagem da fábrica, mas sim através do intelecto do homem e de suas
habilidades.
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no mundo da cibercultura que sabe buscar, manusear e avaliar as informações
expostas em abundancia em nosso dia a dia.
Um ótimo exercício para essa aula é concretizar uma educação construtivista e você
aluno manusear o computador e pesquisar os programas do MEC e da Secretaria de
seu estado com relação a este tema: Tecnologia educacional. O site do MEC já mostra
um programa do computador por 1 dólar que é liderado pelo MIT com a coordenação
do Prof. Nicholas Negro ponte.
Não deixe de ler o texto de Elio Gaspari que analisa o programa do MEC para
instalação de computadores nas escolas. Está disponível em nosso ambiente virtual
de aprendizagem.
Com estas informações você terá subsídios para analisar os referenciais curriculares
e as ações governamentais com relação a inserção da tecnologia nas escolas.
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Aula 6_ A Sociologia no Ensino Médio
Devido aos cursos de Sociologia não promoverem a formação para este tipo de
atividade, teremos que enfrentar algumas questões que dificultam a implantação das
disciplinas nas escolas como questões pedagógicas relacionadas ao domínio dos
conceitos básicos das ciências sociais e dos conceitos da própria reforma curricular
tais como, tecnologia, competência e habilidade, interdisciplinaridade,
contextualização, trabalho e projetos. Geralmente os cursos não dão importância as
questões de políticas educacionais e nem didática, por isso a formação precária para
atuar no Ensino Médio.
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Representação e comunicação
Contextualização sócio-cultural
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O grande problema que se coloca é com relação ao método que se utiliza nas
universidades e este proposto para ensino médio. Como será colocada em prática
todas essas mudanças de concepção pedagógica pelos sociólogos educadores?
Precisamos estar atentos para as abordagens que serão dadas, pelos professores,
aos conceitos e teorias da sociologia trabalhada por jovens de 15 aos 18 anos.
Essa concepção epistemológica tem implicações éticas visto que o detentor dos
conteúdos científicos, também, é posto como detentor da verdade e, portanto da
capacidade de decidir e julgar soberanamente sobre todas as questões pedagógicas:
horários, enturmação, aprovação e reprovação dos alunos, etc.
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Aula 7_ Apropriação do Conhecimento e a Reforma do Ensino Médio
Vamos ver nesta aula tendo como apoio o texto de Moacir Gadotti como as
transformações no mundo do trabalho e na forma de produção e apropriação do
conhecimento transformaram também a forma de produção do conhecimento
sociológico e a educação.
A seguir, serão estudadas essas mudanças e suas implicações para educação e para
a Sociologia com base nas contribuições de Gibbons, Giddens, Castells e outros.
Para Castells em seu livro “A sociedade em rede” (1999, p.34), as sociedades têm
sua organização e dinâmica estruturadas por relações historicamente determinadas
de poder, experiência e produção. Com base em categorias marxistas, Castells define
produção como um processo, no qual, os homens transformam a matéria (natureza,
a natureza modificada pelo homem, a natureza produzida pelo homem e a própria
natureza humana) em um produto, em parte consumido e em parte acumulado para
investimentos determinados socialmente. A relação entre os homens e a natureza
envolve o uso de meios de produção com base em energia, conhecimentos e
informação. Para o autor, a tecnologia é justamente, a forma específica dessa relação.
Esta mudança não está centrada somente na produção de conhecimento, mas sim,
na aplicação do conhecimento para a geração de novos conhecimentos e dispositivos
de processamento e comunicação de informações, em um ciclo de realimentação
cumulativo entre inovação e seu uso que se tornou o elemento dinamizador da
produtividade do modo de produção capitalista. Dessa forma, a informação tornou-se
o produto principal do processo produtivo.
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Conforme Castells, as tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas
a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores
tornam-se a mesma pessoa. Segue-se uma relação muito próxima entre os processos
sociais de criação e manipulação de símbolos (a cultura e a sociedade) e a capacidade
de produzir e distribuir bens e serviços (as forças produtivas). Tais mudanças trazem
uma nova relação entre o homem e máquinas visto que
[...] pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta
de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo
[...] Assim, os computadores, sistemas de comunicação, decodificação
e programação genética são todos amplificadores e extensões da
mente humana. O que pensamos e como pensamos é expresso em
bens, serviços, produção material e intelectual, sejam alimentos,
moradia, sistemas de transporte, saúde e educação. (1999, p.51)
Para Giddens, a Sociologia tem um papel central nesse processo de reflexão e análise
da sociedade moderna. Um exemplo dessa amplitude dado pelo autor é a forma como
as estatísticas utilizadas pelas Ciências Sociais refletem sobre o cotidiano das
pessoas. Somos influenciados pelos índices de violência de uma determinada região,
ou pelas taxas de consumo de drogas dos jovens, acidentes de rodovias, enfim
traçamos determinadas estratégias para a nossa vida levando em conta
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conhecimentos sociológicos divulgados que podem mudar nosso cotidiano e repensar
trajetórias futuras.
A Sociologia junto à tecnologia como foi colocada nos referenciais curriculares vêm
nos dar subsídios para que as tecnologias não sejam reduzidas à concepção em que
tecnologia tenha apenas a dimensão material, pois isso encobre as relações entre
saber e poder, tanto no âmbito das políticas econômicas e sociais como no âmbito do
cotidiano das pessoas no trabalho, na escola, no hospital, etc.
Temos que fazer uma leitura crítica da legislação e dos referenciais para não
desviarmos nossa ação como educadores voltados a formar indivíduos críticos,
criativos, felizes e inquietos diante do quadro atual, da globalização, do avanço
tecnológico e da desigualdade.
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Resumo Unidade I
Para entender seu papel no sistema educacional e como ela pode contribuir para a
formação do jovem do século XXI, analisamos os referenciais curriculares, ou seja,
procuramos analisar como a sociologia é vista dentro da política pública.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Política e Educação: ensaios. São Paulo, Ed. Cortez, 2001.
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Aula 8_Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor
O título desta aula foi inspirado e uma entrevista que François Dubet realizou para a
Revista Brasileira de Educação em 1997.
Ao ler a entrevista com o prof. Dubet e sua experiência como professor em uma escola
de periferia da França não conseguimos distinguir as diferenças dos problemas
enfrentados por ele e a realidade das nossas escolas brasileiras, neste momento
conseguimos entender concretamente o que é globalização.
Seguindo este caminho é esta a proposta feita como metodologia das aulas de Prática
de Ensino, refletir sobre uma realidade tendo como referência teórica à sociologia.
Vocês perceberão que durante as aulas estarei convidando a todos para fazerem esse
exercício de relacionar teoria e prática.
Apesar do autor criticar sua própria ação com relação a experiência feita como
professor de ensino básico, ele transparece que se surpreendeu com os problemas
enfrentados pelos professores e a situação da educação.
Este texto nos remete ao artigo que lemos em aula anterior sobre o adolescente que
não se sente motivado a ir para escola e por isso a evasão aumenta.
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não conseguimos mais analisar a educação dentro de uma visão somente local, o
problema é global.
Crítica de Dubet ao programa que deve ser cumprido é real para nós. Idealizamos um
aluno, uma escola, uma comunidade e elaboramos o plano de aula sem saber com
quem vamos interagir. Os objetivos lançados e os conteúdos que os professores
colocam como ideal para a formação do aluno, não foi pensado para um aluno real.
Com isso as frustrações de ambos é intensa, o aluno não deseja estudar o proposto,
as vezes se coloca com mal aluno e indisciplinado e o professor acusa os alunos de
desinteressados e irresponsáveis, por não conseguirem atingir os objetivos propostos.
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Aula 9_ Formação de Professores
O tema desta unidade tem sido foco de muita polêmica nos últimos anos no meio
educacional, tanto para pesquisadores como para os professores que atuam em sala
de aula. As secretarias de educação e o MEC têm investido em programas de
formação de professores, pois este seria o ponto nevrálgico para alguns problemas
da baixa qualidade do ensino em nosso país.
Por outro lado, nem tudo está perdido, há um outro grupo de professores, este
minoritário, especialmente composto por aqueles que tem maior formação teórico-
pedagógica, expressa a ideia de que educar visa “desenvolver as potencialidades
psicológicas de qualquer indivíduo indo ao encontro dos desejos e necessidades que
as crianças expressam”. No entanto, neste grupo enfrenta um conflito sério, possuem
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formação teórica, mas não consegue, na maior parte das vezes, colocar em prática
suas ideias e teorias. Com isso, o desenvolvimento psicológico do indivíduo é
reduzido ao domínio de conhecimentos-conteúdos, valorizando uma estratégia de
aprendizagem mais em profundidade, mais compreensiva e menos mecanizada, mas
sempre, ainda, centrada no professor, transformando a necessidade de atender aos
desejos das crianças como se tratasse somente de cultivar na sala de aula um sistema
de papeis menos posicional e mais pessoal, mais atento e mais compreensivo.
Lembra da última aula? “Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor?”
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Aula 10_ A sociedade o laboratório da sociologia
Fazer esse movimento com os alunos de usar o dia a dia deles, de sua comunidade,
de sua cidade, país e mundo como laboratório para analisar e refletir as teorias
sociológicas é um passo para a aprendizagem significativa.
Trazer o fato social para dentro da sala de aula e partir de um determinado recorte
analisá-lo é um processo interessante de trabalho.
Para isso, temos que trazer para os alunos os conceitos básicos da disciplina, dar um
salto do senso comum e passar para o conhecimento sistematizado.
Podemos começar dando nome aos fenômenos sociais visíveis para os alunos, ou
seja, apresentamos o fato e coletivamente analisamos e procuramos na teoria a
nomenclatura adequada. Nessa prática o que importa é que o fato social tenha
relação com as preocupações dos alunos e que as informações não sejam oferecidas
prontas, mas que eles construam suas definições, com texto próprio.
Podemos começar por Durkheim em sua obra “As Regras do Método Sociológico”.
Fazer uma adaptação do texto e utilizar imagens que representam o mundo desses
jovens com uma questão para provocar uma relação com acontecimentos em seu dia
a dia.
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A prática do professor não tem apenas um modelo a ser seguido, o que pretendemos
é mostrar a importância da teoria sociológica nas aulas, mas voltada a contribuir para
o aluno entender e propor soluções aos problemas que enfrentamos.
Mostrar qual é o objeto da sociologia – o homem e a relação deste com seus grupos
e entre os grupos.
O recorte feito para o estudo não pode estar solto com relação às disciplinas do
currículo. Não podemos esquecer que temos uma proposta transdisciplinar de
trabalho e o plano de aula acompanha os projetos e temas do grupo.
Dentre os quatro princípios propostos para uma educação para o século XXI –
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser –
destaca-se o aprender a conhecer, base que qualifica o fazer, o conviver e o ser e, é
síntese de uma educação que prepara o indivíduo e a sociedade para os desafios
futuros, em um mundo em constante e acelerada transformação.
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Resumo Unidade II
O número de livros publicados sobre este assunto nos últimos anos denuncia a
realidade sobre a formação dos professores que se encerrava com o curso de
graduação e atualmente não se concebe mais, para nenhum profissional, a falta de
continuidade na formação.
O termo mais utilizado é formação ao longo da vida, ou seja, não temos um final na
formação e isso é uma exigência da “sociedade de informação” e do conhecimento
que a cada dia é produzido e veiculado.
Referências Bibliográficas
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Aula 11_ Os sociólogos contemporâneos e o nascimento da sociologia no Brasil
Os países clássicos por sua produção científica como França e Alemanha sofreram
crises e abriram espaço para o reconhecimento dos cientistas norte-americanos. A
guerra fria que dividia o mundo em dois blocos também causava discussões entre os
sociólogos como mostra este texto de Alain Touraine de 1950, Ser sociólogo:
A pesquisa educacional, tanto no plano teórico como metodológico, têm suas bases
na sociologia e as contribuições de sociólogos como Edgar Morin, Pierre Levy e outros
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continuam importantes para se traçar os rumos da educação atual e fazer uma análise
das perspectivas e tendências do futuro da educação.
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Aula 12_ Sociologia: obrigatoriedade no Ensino Médio
A Sociologia como disciplina obrigatória foi uma vitória para os educadores críticos,
mas ao mesmo tempo podemos lamentar que somente uma medida mais drástica faz
com que essa ciência seja valorizada.
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peculiar junto às demais disciplinas para construção de uma sociedade reflexiva,
investigadora de seu meio, e capaz de problematizar sua própria realidade. Decerto
não só é possível, embora não simples, mas imprescindível, apresentar aos
educandos esse “modo de pensar, de sentir e de agir”. Não se trata de querer formar
sociólogos no ensino médio, muito menos no fundamental. No entanto o que se tenta
não é nada impossível ou utópico, pois a Sociologia e/ou a Filosofia não têm a
pretensão de ser (como acreditava Mário de Andrade, entre outros pensadores em
meados da década de 1920/30) “a arte de salvar rapidamente o Brasil”.
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Aula 13_ As novas perspectivas epistemológicas para o ensino de Sociologia
Concepção espontaneísta
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um estudo dos princípios filosóficos e sociológicos que fundamentaram a elaboração
dos instrumentos de pesquisa.
Por isso nesta disciplina defendemos o uso dos clássicos e seus conceitos básicos no
Ensino Médio, espera-se que o aluno consiga usar estes conceitos e entender
problemas atuais sobre a luz destas teorias.
Vamos com a próxima aula continuar estudando estes métodos que levam em conta
as exigências da geração e a legislação.
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Aula 14_ Concepção globalizante
Não podemos descartar o conhecimento científico, ele não é fruto do acaso, mas sim,
da própria ação do homem no processo de transformação de sua realidade. Nem tão
pouco há como negar os interesses e proposições dos alunos, pois, sem eles,
desaparece a possibilidade de uma escola atraente e criativa.
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A outra dificuldade está relacionada à utilização dos conteúdos da Sociologia. Os
conteúdos trabalhados no processo de instrumentalização estão fundamentalmente
relacionados aos conceitos e teorias sociológicas. Assim, os alunos não utilizam os
instrumentos metodológicos fornecidos pelas Ciências Sociais que contribuiriam tanto
no momento de planejamento, como no momento de pesquisa em si. Como
consequência, os alunos, em muitos trabalhos, tratam as questões de forma
superficial e os dados de forma assistemática.
O texto sugerido como aprofundamento desta aula é de Moacir Gadotti, ele analisa as
mudanças sociais, culturais e econômicas e faz uma relação com a mudança de
paradigma na educação. Este texto será também usado na próxima aula e
está disponível no nosso ambiente virtual de aprendizagem.
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Aula 15_ A pesquisa na Escola
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Nos PCNs isso é demonstrado da seguinte forma:
Criticar o aluno por fazer isso é comum e já não faz mais qualquer efeito, é necessário
perguntarmos: Porque o aluno faz isso? Será que faríamos diferente?
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Bem essas hipóteses já foram foco de dissertações e teses, temos alguns livros que
abordam esses empecilhos no desenvolvimento da pesquisa escolar.
Provavelmente nada, mas devem ter treinado caligrafia e ganharam alguns músculos
nos braços.
Projeto com tema, foco e o aluno refletirá sobre o tema e levantará a sua problemática
a ser investigada. Não será mais sobre a escravidão no Brasil, mas sim uma
problemática sobre o tema. O aluno será orientado em sua investigação e perceberá
que o texto impresso que ele entregava era apenas o começo de uma investigação,
ou seja, levantamento bibliográfico e teria, com isso material para leitura.
Sites
http://www.lumiar.org.br/
http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/
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¹ M. B. OTT, Desempenho do professor, In ETGES, Norberto. Avanço progressivo nas
escolas de 1º grau do Estado de Santa Catarina: balanço e perspectivas. 1983.
(Relatório de pesquisa).
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Aula 16_ Pesquisa e projeto na escola
Projectus, em latim significa jato lançado para frente. A ideia implícita na origem da
palavra projeto já mostra o significado presente para nós de algo que olhamos para
frente, algo a ser executado, feito ou realizado.
O projeto é inerente ao ser humano, ele projeta suas intenções antes de realizá-las.
Para realizar um projeto partimos de um conjunto de ações que são traçadas,
pensadas de tal forma que a margem de erro seja pequena e não impeça a realização
dos objetivos propostos no projeto.
Se o projeto está presente em nossa vida porque a proposta de trabalhar com projeto
pode trazer inovações na escola? Fazer um projeto escolar não seria uma prática já
estabelecida?
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O projeto exige que trabalhemos com temas que podem partir de uma disciplina, como
eixo, ou de um tema emergente. Temos que tomar cuidado neste momento para não
sermos manipulados por temas que a mídia coloca e que são puro modismo e estão
descolados da necessidade e realidade do aluno.
Para escolha do tema é fundamental que seja relevante para os alunos e importante
para a sua formação. O tema pode partir dos alunos ou dos professores desde que o
interesse fique evidente por parte dos alunos. Se ficarmos somente na escolha dos
alunos corremos o risco de que eles não proponham temas de assuntos que eles não
conhecem ou que seja complexo, neste momento cabe ao professor mostrar a
relevância do trabalho e seduzi-los a se apaixonarem pelo tema.
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Desta forma podemos afirmar que a avaliação é formativa, pois todo o processo é
avaliado, mas o professor precisa deixar claro os objetivos da avaliação, qual é a sua
intenção ao desenvolver uma atividade. O aluno precisa saber como e porque está
sendo avaliado.
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Resumo Unidade III
Referências Bibliográficas
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Aula 17_ Refletindo os conceitos para relacionar com a prática
O tema de estudo proposto não pode ser pensado de forma isolada e esse exercício
que proponho para você é um dos objetivos para se concretizar a transversalidade e
interdisciplinaridade que vem sendo implantada de forma tímida na educação em nível
mundial.
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atividades, projetos e currículos para a “preparação básica para o
trabalho” e para o “exercício da cidadania”, que seriam os dois grandes
eixos norteadores que definem o novo sentido para o antigo 2º grau.
Essas orientações estariam norteadas pelos quatro pilares da
educação como propõe a UNESCO e reinterpretados pela reforma
educacional brasileira: o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o
aprender a conviver e o aprender a ser. (PCNs,1996)
Os temas transversais foram estipulados pelo MEC na LDB e estão atrelados aos
PCNs. São temas que atravessam em todos os sentidos a realidade brasileira e, por
serem amplos, podem caminhar por muitos atalhos. São cinco temas:ética,
pluralidade cultural, saúde, orientação sexual e meio ambiente.
Estes temas são pontos de partida para desencadear discussões sobre problemas
éticos, por exemplo, até o problema do desvio de verba na saúde, como o caso das
compras de ambulâncias por várias prefeituras. Isso faz com que as competências de
cada professor em sua disciplina se ampliem, pois a responsabilidade de desenvolver
o olhar social e político do aluno não é apenas do professor de ciências humanas,
assim como a questão do letramento não deve ser apenas responsabilidade do
professor de Língua Portuguesa.
Para garantir a aplicação desta nova forma de ver o conhecimento, o professor precisa
receber uma formação que também seja inter e transdisciplinar, a transformação de
sua prática disciplinar para uma visão sistêmica e coletiva.
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dos quais os efeitos também atuam sobre as causas; 4) o princípio do
circuito recursivo, entendido como um sistema no qual produtos e
efeitos devem ser percebidos simultaneamente como produtores e
causadores daquilo que os produz; 5) o princípio da
autonomia/dependência (auto -organização), que trata os seres vivos
como seres inerentemente auto-organizadores que desprendem e
demandam energia, sendo por conseguinte inseparáveis do meio em
que vivem (Navarro, 2004); 6) o princípio dialógico, que remete à
fórmula de Heráclito, concebendo uma relação dialética da existência
na relação constante e indissociável entre ordem, desordem e
organização; 7) o princípio da reintrodução do conhecimento em todo
conhecimento, o qual viria apontar todo conhecimento como sendo
uma reconstrução de outros conhecimentos, tendo como diferencial a
cultura e a época em que é produzido. (MORIN, Edgar. A cabeça
bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento, 2000).
Antes de passarmos para outra aula na qual entraremos em contato com práticas
pedagógicas que adotaram esse novo olhar educacional, vamos aprofundar os nossos
conhecimentos nestes dois conceitos tão verbalizados e pouco estudados pelos
educadores: inter e transdisciplinaridade.
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Dentre os quatro princípios propostos para uma educação para o
século XXI – aprender a conhecer aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser – destaca-se o aprender a conhecer, base
que qualifica o fazer, o conviver e o ser e síntese de uma educação
que prepara o indivíduo e a sociedade para os desafios futuros, em
um mundo em constante e acelerada transformação. (PCNs)
Site
1. Interdisiciplinaridade:
Sites
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O método interdisciplinar não se opõe à transdisciplinaridade, mas é conceito
científico e uma prática escolar que possibilita a transdisciplinaridade. Ela parte da
disciplina para efetivar a interação entre os saberes. Por isso, em uma ação inter é
preciso, no mínimo, duas disciplinas que consigam dialogar e interagir.
Na prática escolar essas finalidades serão explicitadas tendo como referência Yves
Lenoir.
Para ele, temos que chegar às ligações e complementaridade das matérias escolares,
tendo como referência o aprendiz e sua relação com o conhecimento. Partimos do
conhecimento disciplinar e a integração dos mesmos, sempre ligando teoria e prática.
A finalidade é a apropriação dos conhecimentos com produtos cognitivos dos alunos.
O entrave mostrado acima nos faz perceber a importância da didática para qualquer
tipo de prática escolar e do papel do professor como agente transformador.
Com essa nova forma de pensar a educação acreditamos que o jovem terá
instrumentos para fazer uma leitura de mundo diferenciada, com menos preconceito,
com mais ética e solidariedade. Por isso, desde o começo de nosso curso, temos
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enfatizado na ação e compromisso político do educador em todas as suas ações
profissionais.
É preciso ter cuidado com algumas interpretações equivocadas sobre essa proposta,
como:
É um grande desafio e não é uma prática fácil, temos que estudar refletir e discutir
muito sobre como podemos viabilizar este tipo de ação na escola. Não é um trabalho
individual e nem solitário, precisamos mobilizar o coletivo e sensibilizar aqueles com
uma postura resistente que o mundo e os jovens mudaram, por isso nossa forma de
ensinar precisa ser ressignificada.
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Aula 18_ É possível uma prática transdisciplinar?
2ª) Planetaridade. A Terra é um “novo paradigma”. Que implicações tem essa visão
de mundo sobre a educação? O que seria uma ecopedagogia e uma ecoformação?
3ª) Sustentabilidade. Esse tema deverá dominar muitos debates educativos das
próximas décadas. O que estamos estudando nas escolas? Não estaremos
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construindo uma ciência e uma cultura que servem para a degradação/deterioração
do planeta?
Como precursor desse diálogo entre o homem e a natureza, bem como entre a
natureza e o homem, podemos destacar Edgar Morin (1997), crítico do modelo
cartesiano, que defende a ideia de que o homem ainda não conseguiu alcançar um
paradigma que o integre aos seus mais diversos aspectos, inibindo a separação que
faz do homem um ser biológico, físico, cultural, enfim, um ser com muitos aspectos
separados.
É fundamental estudar com profundidade este processo, pois o termo é muito usado
e fica seu entendimento na superficialidade; entender as metamorfoses do mundo do
trabalho, as novas tecnologias, provocando uma nova divisão do trabalho, a
hegemonia cultural e as reações das Nações dominadas; contextualizar o jovem neste
processo e podemos usar este conceito até como eixo de projetos com alunos que
integrem as disciplinas.
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complexidade e holismo também indicam uma nova tendência na educação que será
preciso analisar.
Esse novo paradigma não terá de fazer parte de uma nova disciplina ou conteúdo. Ele
estará presente transversalmente na Sociologia, Filosofia, História, ou seja, presente
na visão de educação e de formação de um jovem com uma nova visão de mundo e
perspectiva de atuação como cidadão.
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Aula 19_ Pressupostos teórico-metodológicos: concepção de aprendizagem
Vamos começar pelo Comportamentalismo (ou Behaviorismo), que tem base nas
investigações de Pavlov e Skinner. Proposta muito criticada atualmente por não
promover ao aluno a autonomia e a busca de conhecimentos, já que centra no
professor o saber e o aluno é apenas uma “tabula rasa” que recebe “passivamente” a
informação. Tal método foi denominado por Paulo Freire como “educação bancária”:
o professor deposita a informação e o aluno a reproduz para o professor resgatar
quando achar necessário.
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professor não faz uma reflexão de sua prática, não se autoavalia e continua agindo
da mesma forma.
Essa proposta representou um avanço para o trabalho realizado em sala de aula, até
hoje muito utilizada como slogan para escolas e propostas educacionais, mas foi mal
analisada, pouco estudada e, por isso, colocada em prática de maneira equivocada
por muitas escolas.
É importante ler, ainda que brevemente, a biografia do autor e começar fazer os links
com tudo o que já vimos até o momento.
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Vamos agora relacionar o campo de ação das ciências sociais e a teoria do
conhecimento.
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A partir dessa especificação, a aprendizagem escolar passa a caracterizar-se
globalmente como a assimilação a essa rede de determinados corpos de
conhecimentos conceituais, selecionados socialmente como relevantes e organizados
nas áreas de conhecimento.
Na próxima aula vamos ver como o método de ensino pode facilitar a aprendizagem,
ou seja, a construção do conhecimento.
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-
423354.shtml
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Aula 20_ Método: o processo de construção do conhecimento
Isso pode parecer simples, mas vamos juntando as partes para formar o todo de
nossas informações (visão sistêmica). Temos uma orientação curricular oficial para
colocarmos em prática a transdisciplinaridade. Isso nos estimula a trabalhar em
conjunto com outros professores (disciplinas). Mostramos que a concepção
socioconstrutivista coloca o aluno na posição de investigador ativo de seu
conhecimento e agora unimos pesquisa e problematização a tudo isso.
3. não dialogar com os envolvidos (alunos) para levantar suas preferências e desejos;
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Vamos pensar sobre a sociedade atual, ou seja, a sociedade do conhecimento. Qual
o tipo de homem que ela precisa? Quais habilidades precisam ser desenvolvidas?
Essas são algumas questões que podemos nos fazer e cobrar como educadores.
Como resolver?
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interdisciplinares não será possível separar o conhecimento teórico do
conhecimento prático, tendo em vista a reciprocidade e a
interdependência entre ambos. Essas dimensões incluem o diálogo
com a realidade e integram o mesmo processo (MORAES, 1997, p.
183).
Se, para Vygotsky (1984, p. 65), o único bom ensino é aquele que se adianta ao
desenvolvimento dos alunos, explica-se o fato de ignorar que o conhecimento prévio
de nossos alunos seria perder a oportunidade de dar um salto qualitativo na promoção
de um novo ensino que adquire sentido apenas quando voltado à promoção da
aprendizagem significativa dos alunos.
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conexões, cria condições para que os alunos construam suas próprias redes de
conhecimentos, busca a integração com seus pares, mas tem seus pés fincados em
sua disciplina para, a partir daí, desenvolver uma prática interdisciplinar.
A geração nascida dentro dos valores da sociedade da informação não aceita com
facilidade nossos argumentos e as consequências são nossas velhas conhecidas:
chamamos de evasão, indisciplina, repetência e falta de motivação.
Com o olhar reduzido da escola para o contexto social, político, cultural, econômico e
emocional que a cerca, a escola reflete em sua estrutura esse pensamento restrito
que se mostra na forma de grade curricular, disciplinas estanques, escola feia ou com
fachada de empresa ou shopping, profissionais desestimulados pela falta de
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perspectiva, professores e alunos agindo individualmente sem perceber que a escola
precisa da ação coletiva de todos os envolvidos.
Assim, não poderia deixar de defender a mudança de paradigma como uma ação
coletiva, mas primeiro como uma disposição interior. Como o próprio Morin afirma,
“trata-se de um trabalho que deve ser empreendido pelo universo docente, o que
comporta evidentemente a formação de fora dores e auto educação dos educadores”
(MORIN, 2000, p. 74).
A mudança para Morin e Freire é global no universo escolar, como mostra também
Imbernón, que defende a formação de professores transcendendo o ensino ou como
mera atualização pedagógica e científica, ou seja, formar professores na mudança
para mudança.
Nós sofremos, por algumas décadas, com equívocos quanto à formação profissional
docente. Passa despercebida pelo professor a dicotomia entre teoria e prática; não
notamos que esse corte reafirma a nossa incapacidade de sermos reconhecidos
CIÊNCIAS SOCIAIS 68
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profissionalmente como intelectuais e não apenas executores de planos arquitetados
por “outros” profissionais “mais” capacitados para esse tipo de trabalho. Essa linha de
formação tradicional acentuava o hábito de o professor se desvincular da preparação
de sua aula, de estratégias de aprendizagem e do estudo de teorias psicopedagógicas
necessárias para sua ação pedagógica. Os manuais anexados aos livros didáticos
com “receitas” passo a passo de como dar aula distanciam ainda mais os professores
do mundo em que seus alunos vivem e de suas necessidades reais. Massifica-se o
ensino usando-se “receitas” para todos e se avaliam os resultados com exames
nacionais ou estaduais sem levar em conta a realidade de cada região, escola e aluno.
O educador se enxerga mais como trabalhador braçal, que age com instinto e
experiência, preocupado com o fazer da sua aula e não como pesquisador capaz de
teorizar, refletir e criar novas práticas. Colocamos nossas ações práticas e não
refletimos sobre ela para depois buscar os novos caminhos na teoria. Não seria
exagero dizer que o professor assume, com essa postura, o perfil de intelectual
orgânico , ou seja, reprodutor da ordem vigente, deixando de lado aquilo que lhe é
mais caro em sua profissão: o papel de instigador de sonhos, de projetos e formador
de consciência crítica.
O homem precisa ter consciência de si próprio como indivíduo e como classe, para o
bem e para o mal, para a transformação e para a conservação da sociedade. Mas
precisa ter consciência. E essa consciência se adquire através da educação.
(FERNANDES, 1991, p. 30-31)
CIÊNCIAS SOCIAIS 69
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¹ Para Nardi (1999 apud ALMEIDA, 2002, p. 16), o conceito de ecologia da informação
traz o sentido de diversidade, evolução contínua e localidade, que favorece
compreender o movimento dos ambientes virtuais de aprendizagem nos quais
atividades humanas, recursos e múltiplas mídias ajustam-se um em relação ao outro
e co-evoluem nesses ambientes. M. E. Almeida: Tecnologia de informação e
comunicação na escola: novos horizontes na produção escrita (mimeografado).
² Intelectual orgânico: termo usado por Gramsci, mas que Florestan Fernandes utiliza
para analisar o educador como intelectual que reproduz e reforça a ordem vigente.
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Resumo Unidade IV
Referências Bibliográficas
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Aula 21_ A práxis coletiva e o indivíduo
Os cientistas sociais que romperam com esta visão cartesiana passaram a explicar as
ações individuais como uma conduta coletiva e a entender como a práxis coletiva pode
determinar o comportamento de diferentes grupos sociais.
Alertar os alunos sobre o fato de que as linhas de análise são diversas e muitas vezes
divergentes é importante para que eles tenham uma visão crítica ao ler qualquer
gênero de linguagem e para começarem a desenvolver a sua metodologia de análise.
Estes artigos são o apoio para a discussão acerca dos dois temas colocados. Eles
estão disponíveis no nosso ambiente virtual de aprendizagem.
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Aula 22_ Aprendizagem significativa
A prática foi posta de lado de forma equivocada. “Sem ela a aprendizagem não se
consolida.”
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Os conceitos, a linguagem usada em determinadas disciplinas, como sociologia, são
colocados de forma desarticulada e descontextualizada.
Assim, os alunos não atribuem significado para “fato social”, “coerção”, “meios-de-
produção”, “alienação”, e outros conceitos presentes no dia-a-dia de todos, mas que
a linguagem científica, sem ser ressignificada para aluno, não tem qualquer sentido
em sua vida.
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Aula 23_ A importância dos conceitos básicos da sociologia para formação do
aluno crítico
Não podemos dissociar conceitos básicos de sociologia dos cientistas clássicos, pois
estes conceitos nasceram das pesquisas que eles desenvolveram num
determinado momento histórico.
Anterior a Durkheim, o método dialético de Karl Marx sofreu forte influência hegeliana
e isso fez com que seu pensamento rompesse com o método positivista.
Uma frase de Marx ilustra esse antagonismo dos dois métodos: “até então os filósofos
sempre tinham tentado interpretar o mundo em vez de tentar modificá-lo”. O
pensamento de Marx, voltado à crítica ao capitalismo, propõe a revolução como ação
para o fim do sistema capitalista.
Ele parte das condições materiais e não espirituais como determinantes para o
pensamento e consciência de classe. O conceito de materialismo histórico recusa a
visão positivista da determinação mecânica, mas enfatiza a luta de classes como o
motor das transformações sociais. As contradições do sistema capitalista e a
organização do proletariado levariam à transição para o comunismo, ou seja, o fim da
propriedade privada dos meios de produção.
CIÊNCIAS SOCIAIS 75
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O fim da propriedade privada dos meios de produção significa o fim da alienação,
outro conceito marxista importante para entendermos, pois, quando o trabalhador é
obrigado a vender sua força de trabalho para o dono dos meios de produção
(burguês), torna-se alienado do trabalho que realiza, do que produz. A alienação do
trabalhador assalariado leva ao fim da consciência coletiva do trabalho social e de sua
consciência de classe.
Sua herança filosófica kantiana e hegeliana e sua ligação a princípios políticos liberais
e parlamentaristas fez com que suas idéias se distanciassem do marxismo e do
positivismo.
CIÊNCIAS SOCIAIS 76
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Aula 24_ A formação do leitor crítico e a visão sociológica
Lutero teme que a proliferação da letra impressa se volte contra a Verdade do livro,
propiciando uma leitura superficial. (DEBRAY, 1994)
Mas não se deve perder de vista que a cidadania não deve ser
encarada, no Ensino Médio, apenas como um conceito abstrato, mas
como uma vivência que perpassa todos os aspectos da vida em
sociedade. Daí, que a preparação para o exercício da cidadania não
se esgota no aprendizado de conhecimentos de História, Sociologia,
Política ou Filosofia. Antes, está presente nos usos sociais das
diferentes linguagens e na compreensão e apropriação dos
significados e resultados dos conhecimentos de natureza científica.
Como um homem pode exercer sua cidadania plena, no século XXI, sem desenvolver
as habilidades necessárias de leitura e escrita? Acesso à informação significa ter a
informação e decodificá-la, é ter em mãos os instrumentos necessários para lutar por
seus direitos e atuar politicamente em todas as esferas do poder.
CIÊNCIAS SOCIAIS 77
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A escola não pode deixar de aprofundar os estudos sobre a ciência, porque os alunos
não têm o hábito da leitura e não possuem repertório e vocabulário para entender um
artigo de jornal. Cabe aos professores de todas as disciplinas do currículo essa tarefa
e a forma. A didática usada interferirá na motivação para as atividades propostas.
Vamos para a leitura do texto clássico que Paulo Freire escreveu em seu exílio no
Chile e que é atual e pertinente para a realidade escolar do século XXI.
Neste texto Freire mostra a importância do estudar como um ato que exige desgaste,
como um esforço que pede do leitor o exercício da reflexão, da depuração, da
profundidade e do mergulho para o entender, analisar, relacionar as novas
informações com seus conhecimentos prévios, com o senso comum e, assim,
construir novos conhecimentos que serão armazenados e novamente utilizados neste
processo, que é a aprendizagem. Todo este exercício não é passivo, pelo contrário,
carece de um movimento cognitivo intenso para recriar e reescrever o escrito.
Podemos relacionar este texto com os artigos que lemos na unidade I, tratando da
evasão escolar e do sonho do adolescente. A acomodação e a falta de sonho fazem
com que o sujeito se aliene e viva à parte de seu mundo. O ato de estudar tira o sujeito
desta passividade e faz com que sinta a sua importância para o mundo. É neste
sentido que Freire valoriza a leitura e o estudo.
CIÊNCIAS SOCIAIS 78
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Resumo Unidade V
O professor como agente político e crítico, defendido por Freire, remete a Gramsci e
ao conceito de intelectual orgânico.
Nesta unidade o texto sobre o ato de estudar aponta para um objetivo, que é ajudar
na formação do leitor crítico, atualmente denominado por Lucia Santaella de leitor
imersivo, pois possui habilidades para a leitura de diversos gêneros de linguagem,
principalmente o texto multimidiático.
A educação precisa ser problematizadora e crítica para formar leitores críticos e com
competência para ler o mundo, como sempre colocou Paulo Freire.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Política e Educação: ensaios. São Paulo: Ed. Cortez, 2001.
FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Vygotsky & Bakhtin – Psicologia
e Educação: Um intertexto. São Paulo: Ática, 1996.
FRIGOTTO, G. Educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa
democrática. In: GENTIL e SILVA (Org.) Neoliberalismo, qualidade total e
educação. Petrópolis: Vozes, 1994.
GIDDENS, A. Consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
Science: www.ise.ac.uk/Giddens.meet.htm , 1999.
NOVA ESCOLA. Entrevista concedida por Mario Carreteiro. São Paulo: Ed. Abril,
jun./jul, 2003.
CIÊNCIAS SOCIAIS 79
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Aula 25_ Fundamentação teórica para o uso dos diversos recursos midiáticos
Escrever sobre o uso das mídias em ambiente escolar nesse momento, em que a
sociedade já discute cibercultura, hipermídia e Educação a Distância, é um desafio.
Pode parecer um tema fora do contexto, porém, o que vamos perceber ao conviver
com professores e gestores é que ainda há muita dificuldade em otimizar o uso dos
recursos midiáticos existentes nas escolas.
Assim, o primeiro ponto importante a se considerar é a mediação que ocorre por meio
de instrumentos técnicos e por sistemas de signos que caracterizam as relações
sociais e objetivas do homem com outros homens e do homem com o mundo natural
e cultural no qual está inserido. A importância desse conceito está em compreender
que é pela mediação dos instrumentos que acontece a produção material e científica,
e a mediação dos sistemas de signos permitem o avanço do homem, ao possibilitar,
por meio da linguagem, a produção e a apropriação da cultura. É nesta interação que
o homem modifica o meio e modifica a si mesmo.
Ao considerar o homem como ser histórico e social e que sua aprendizagem somente
se desenvolve com a mediação do outro, podemos nos remeter à escola em que as
CIÊNCIAS SOCIAIS 80
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relações entre professores, entre alunos, entre professores e alunos, entre toda a
comunidade escolar, além da própria comunidade na qual a escola está inserida, e os
instrumentos e linguagem que permeiam estas inter-relações, é que se torna
importante repensarmos o processo de ensino e aprendizagem e a importância do
papel do professor neste contexto de interações.
O que vamos discutir não é apenas essa utilização, mas como podemos incorporar
na prática do professor esses meios, que em latim significa media e foi adaptada como
Mídia para o português.
Não podemos resumir esses recursos apenas em vídeo, música, filmagem e foto,
como vem ocorrendo em várias escolas, públicas e privadas. Estamos hoje na era da
interatividade em que o computador, as enciclopédias multimídias, os museus virtuais
e jogos em três dimensões fazem parte do lazer de boa parte dos jovens e por isso a
escola precisa se inserir neste contexto, na vida cotidiana destes alunos, propiciando
vivências que façam interface com sua vida social e cultural, possibilitando o
desenvolvimento deste aluno como cidadão de um mundo que se tornou tecnológico.
Levar essas questões para dentro das escolas é emergencial, pois temos um potencial
tecnológico nas mãos e não conseguimos sistematizar sua utilização no cotidiano do
professor. Os nossos alunos já têm incorporado culturalmente a linguagem do rádio,
TV, vídeo clip, Internet, hipertexto, do game, cabe a nós mostrar para eles as
possibilidades de uso educativo que esses meios têm. Usar um blog para comentar a
“balada” é algo que eles fazem frequentemente, mas fazer uma discussão sobre a
Globalização no blog é algo novo para eles.
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Quando penso em “complexidade”, imagino um sistema em que todas as coisas e
pessoas sejam especiais, reconhecidas e respeitadas em suas singularidades em um
ambiente de conservação e potencialização de energia. Por outro lado, penso também
no ruído e nas possibilidades de desorganizações e reorganizações do sistema. Esse
é nosso velho conflito entre a unidade do todo e a liberdade das partes. Pensamos,
pensamos, pensamos, mas ainda vivemos na brecha dos opostos entre os quais
oscilamos: entre a ética da convicção e a da responsabilidade (Weber); entre o espírito
anarquista e a prudência das reformas; entre o todo-nas-partes e as-partes-no-todo.
Ensinar a pensar, logo, é dar o exemplo de como se equilibrar na corda bamba
(MORIN, 2000, p. 147).
Torna-se necessário deixar claro que não acreditamos que a mediação feita com
recursos da mídia ou hipermídia são, sozinhos, responsáveis pela aprendizagem do
aluno. Essa é a nossa preocupação em nossos estudos, pois percebemos que o
modelo instrucionista de informação reproduzida pelo professor e pelo aluno sem ter
como objetivo o desenvolvimento da autonomia e emancipação do aluno ainda se faz
presente no uso das TICs em salas de aula. A proposta é pesquisar modos de usar
todas as novas linguagens construídas culturalmente no contexto histórico de nossos
alunos, dentro de uma proposta construcionista, na qual as pessoas constroem
ativamente o seu conhecimento, articulam os processos de pensamento aprimorando-
os. O aprendizado é influenciado pelo ambiente e vice-versa, e, ainda, na crença de
que o homem é inconcluso, inacabado, e por isso se constrói no dia-a-dia, nas
relações com os outros homens, num mundo tecnológico.
CIÊNCIAS SOCIAIS 82
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² Texto de: Moran, José Manuel - O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Disponível em:
<http://portal.mec.gov. br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf > acesso em: 08
nov. 2007.
CIÊNCIAS SOCIAIS 83
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Aula 26_ O cinema na sala de aula
O uso de filme em sala de aula é comum nas escolas em todos os graus; desde a
Educação Infantil até a Universidade os professores utilizam esse recurso em suas
aulas.
Infelizmente nem sempre há um plano de aula para o uso desta mídia, e, por isso, fica
em descrédito tanto para alunos como para os pais.
É comum ouvir dos alunos: “Hoje o professor não deu aula, foi legal, ele passou filme.”
Triste realidade em que o aluno tem como concepção de aula a sala de aula, professor
falando, lousa e giz.
Tudo isso pode ser explorado em sala de aula, desde a questão estética,
comunicacional e na sociologia, principalmente, como o cinema é utilizado como
propagadora da ideologia hegemônica: os estúdios de Hollywood ou os trens de Stálin
na revolução Russa e Chinesa, enfim, como a arte cinematográfica pode agregar
valores estabelecidos ou questioná-los.
Moran (1999) nos explica os motivos de o filme ser uma linguagem significativa para
todos:
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Utilizar documentário, filme, fazer filmagem para registro de memória, para
desenvolver a criatividade dos alunos e alfabetizá-los em outras formas de
comunicação são formas das mais variadas, nas quais a câmera, o vídeo e o DVD
podem ser explorados didaticamente.
Para entender um pouco a importância do cinema para a educação vamos ler o texto
de José Manuel Moran sobre este assunto. O texto está disponível no ambiente virtual
de aprendizagem ou, se preferir, você pode acessar o site:
No texto, Moran afirma que a prática do uso de filme em sala de aula exige um método,
plano e preparação.
Para quem gostou do assunto indico um site que pode ser usado nas aulas:
http://www.mnemocine.com.br/cinema/histindex.htm
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Aula 27_ O uso de fotografia na sala de aula
Esta aula tem por objetivo abrir o olhar para a imagem como linguagem, a imagem
entre linguagens; imagem como produção social do olhar; a imagem pictórica na
imagem fotográfica; as práticas do olhar - fotografia e cinema; videografia e infografia -
em torno do virtual; a educação dos sentidos - pedagogia da imagem; a imagem na
pedagogia - possibilidades e limites de seu uso.
CIÊNCIAS SOCIAIS 86
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A alfabetização visual é necessária num mundo em que os códigos, signos e imagens
estão em todos os lugares e trazem mensagens que precisam ser lidas de forma
crítica. A foto jornalística revela, muitas vezes, mais do que o texto escrito. Em
determinados momentos históricos, em que o texto não foi aprovado pelos órgãos de
censura, a foto conseguia ser divulgada e contradizia o texto revisado pelo censor ao
mostrar a verdade impedida de ser mostrada.
Podemos fazer uma leitura sociológica das fotos e imagens que circulam em revistas,
outdoors, livros, jornais e exposição. Levantar categorias históricas, permanências e
mudanças, categorias sociológicas – fato social, entender a importância da mulher ou
da criança em uma determinada época ou lugar.
As imagens visuais não têm o mesmo estatuto do texto escrito, mas é necessário
observá-las como um diferente, como um interlocutor privilegiado do texto escrito,
compartilhado no texto cultural, com suas especificidades materiais e formais e na
história própria.
Um outro site com fotos premiadas no mundo oferece uma dimensão artística e
estética para analisar essa forma de linguagem:
http://fotografosdomundo.weblog.com.pt/arquivo/2004_02.html#063171 acesso em
08 nov. 2007.
CIÊNCIAS SOCIAIS 87
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1.Imagem fotográfica e temporalidade social de Marcelo H. Leite
http:// www.studium.iar.unicamp.br/18/04.html acesso em 08 nov. 2007.
O texto 2 mostra que, mesmo em escolas carentes, podemos fazer trabalhos com
novas tecnologias; o texto 1 aponta para a máquina digital que é usada a todo o
momento pelos jovens com celular, e a geração do século XXI que tem a necessidade
de fotografar todas as situações e publicar em seus blogs, orkut, fotolog para uma
comunicação entre as redes sociovirtuais.
CIÊNCIAS SOCIAIS 88
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Aula 28_ As novas mídias na educação
O uso das novas mídias como instrumento pedagógico faz parte de uma proposta
maior de mudança de paradigma educacional, ou seja, uma educação construcionista
que se apropria da produção cultural para a melhoria da qualidade da aprendizagem
tendo como objetivo final a construção e comunicação do conhecimento.
Tendo a tecnologia como centro de nossa pesquisa é preciso definir que ela seja
tratada não só como ferramenta, mas como modo de produção que gera novas
relações produtivas e novas formas de cultura.
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Temos pesquisas que mostram a não apropriação das velhas mídias (gravador, rádio,
TV) pelos professores e agora temos as novas mídias que começam a ser usadas da
mesma forma, apenas substituindo recursos velhos sem repensar a concepção
pedagógica e as transformações que podem ser causadas na aprendizagem e na
necessidade de seu uso para a formação do leitor imersivo ¹ . Por isso, essas novas
mídias não são usadas na maior parte dos espaços ocupados pela educação.
A intenção não é apenas ajudar na formação do leitor imersivo que sabe navegar e
usar o espaço como leitor. O espaço virtual oferece possibilidade para a ação de
autores que deixam suas reflexões na Internet. O espaço virtual é democrático,
ou seja, é um espaço para o exercício da ética e da solidariedade, e a escol pode usá-
los em projetos que visam à qualidade de vida, parceria com a comunidade, enfim, a
prática da cidadania. “Formar escritores implica atribuir à escrita o significado de
registrar, compreender e interferir na história pessoal e na transformação do mundo”
(ALMEIDA, 2001, p. 10).
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Essa forma de interagir num espaço com topologia diversificada, em constante
mutação, caracterizado pela heterogeneidade da linguagem e novas formas de avaliar
e manipular dados exige um novo tipo de professor e aluno, de educação e de leitor.
O diálogo com as velhas e novas mídias pressupõe que esse leitor tenha saberes
acumulados - conhecimento prévio (aula de aprendizagem significativa) e esteja
preparado para a leitura das velhas mídias, mas também um leitor com sensibilidade
sensória, motora e cognitiva para ler o texto digital construído numa lógica que rompe
com a seqüência cartesiana e linear, passando a exigir do leitor novas formas de
interação e fazendo com que ele se torne um experimentador de caminhos e de cliks
através dos links. Esse leitor imersivo em formação está na universidade e na escola
na figura do aluno e do professor, sendo que o primeiro faz parte da geração que tem
habilidades para interagir com a linguagem do texto computacional e o professor
precisa se apropriar da cibercultura para dialogar com a geração “Net” que lê de forma
não linear, clicando para escolher seu caminho de leitura e para fazer relações daquilo
que é significativo para ele.
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atividades das pessoas pertencentes a uma dita cultura, e, neste caso, aos
usuários/produtores de Internet” (ibid, 2001, p.58).
O uso das novas mídias, como orkut, blog, fotolog, MSN, grupos virtuais e sites como
ferramentas pedagógicas, potencializa a relação afetiva professor aluno, criando um
vínculo de confiança e cumplicidade, pois o aluno se sente amparado, auxiliado e
orientado em tempo real. Esses sentimentos refletem no melhor desempenho e
motivação para com a disciplina ministrada por esse professor. Essa é uma
constatação feita nessa pesquisa e “vai na contramão” das previsões apocalípticas de
que a Internet afastaria as pessoas e acentuaria mais o individualismo. Ao
vivenciarmos essa aproximação com os alunos e ex-alunos procuramos entender a
definição de máquinas sociais (acoplamento homem-máquina) de Deleuze e Guattari,
definidas como “constructos que conduzem socialmente o comportamento (...) e tem
como tarefa codificar os fluxos coletivos, codificando sistema de desejo globalmente”
(ARAUJO, 2005, p.151-153). Esse acoplamento codifica e conduz o desejo como
energia de produção e o desejo passa por uma necessidade de quem está nesse
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fluxo, por isso a importância de o professor mostrar o desejo de aproximar,
compartilhar, criar e democratizar conhecimento ao usar a tecnologia.
Uma das experiências que mostram isso é o uso de blog para a discussão de temas
diversificados com os alunos. Várias escolas utilizam este espaço de interação como
apoio ao presencial. Como a sua estrutura se remete ao diário usamos esse conceito
para colocar as atividades por aula que serão desenvolvidas, como texto, exercícios
e temas para discussão. Os blogs são uma transformação da Web, pois já podem ser
considerados uma nova mídia dentro da web. Não podem ser desprezados pela
educação, porque já foram incorporados pela mídia jornalística, pelos governos, por
políticos para fazer campanha, artistas, ONGs e dentro de sites para algum tipo de
discussão.
Outra nova mídia que explodiu no Brasil, o orkut, também já está tendo inúmeros fins
que vão além do encontro de amigos em comunidades. Hoje o orkut é utilizado para
achar profissionais de determinadas áreas, para avaliar esse profissionais em
processo de seleção para cargos, para comércio e também como espaço voltado para
a educação. Na análise feita até o momento não conseguimos levantar características
que podem colocar o orkut nos critérios exigidos para um espaço de aprendizagem,
mas podemos usá-lo como fórum de discussão e encontro de outros personagens que
não são os da escola, mas que possuem interesses afins com o que está sendo
discutido. Isso prova mais uma vez que o espaço geográfico da escola ultrapassa
seus muros.
Procurar novas formas de ensinar, motivar e envolver o aluno nessa beleza que é o
conhecimento torna-se a alma do profissional da educação. Analisar a escola em sua
dimensão política traz uma carga de responsabilidade grande para o educador
progressista que vai além da transmissão de informação e procura a formação de um
jovem crítico, responsável com sua realidade e ativo diante da necessidade de
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transformações. Para isso ele deverá saber ler, selecionar, refletir e avaliar as
informações disponíveis nos ambientes multimidiáticos.
² O conceito de aprendizagem significativa aqui usado foi uma reflexão nas teorias de
Ausubel e Vygotsky. Aprendizagem significativa envolve três conceitos: significado,
interação e conhecimento.
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Aula 29_ Os gêneros de linguagem
identificar o gênero;
contexto da obra e biografia do autor;
temas transversais que podem ser explorados;
outras áreas envolvidas na atividade;
palavras-chave (específicas da área do professor);
problemas levantados sobre o tema;
conhecimentos prévios necessários para os alunos refletirem os problemas
levantados;
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habilidades desenvolvidas;
indicação de outros gêneros de linguagem;
analisar pontos positivos e negativos do gênero e da atividade;
No caso que sugerimos os autores são sociólogos e podemos focar nosso olhar neste
ponto, ou seja, como um sociólogo usa os seus saberes para produzir um texto não
acadêmico. Podemos destacar palavras-chave que identificam conceitos específicos
das ciências sociais.
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Aula 30_ Imagens
Temos exemplos de imagens com uma temática comum, mas retratadas de forma
diferente. Isso exige do leitor um olhar também diferenciado e uma sensibilidade para
captar as permanências e mudanças do espaço a ser analisado: a cidade.
Para esta análise precisamos saber quais são os conhecimentos prévios dos alunos
em geografia e em história para que eles possam fazer uso dos conceitos de
sociologia.
Não podemos usar apenas um gênero, uma linguagem, pois a compreensão leitora
não ocorre desenvolvendo apenas uma habilidade de leitura.
O jovem do século XXI nasceu em uma sociedade que exige o letramento de todos
os gêneros de linguagem, pois estes estão presentes em nosso cotidiano em
outdoors, no computador, nas revistas e nos meios de comunicação em geral.
Letrar para o mundo é o objetivo geral desse trabalho com gêneros de linguagem e
que, deixemos bem claro, não é apenas tarefa do professor de língua portuguesa,
mas de todas as disciplinas do currículo.
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Imagens:
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Aula 31_ A Sociologia e a Nova Arte – a Arte Efêmera
Nas aulas anteriores estudamos os gêneros de linguagem que vão desde a literatura
até o hipertexto e multimídia.
O conceito efêmero está sendo muito utilizado para se referir à cultura, manifestações
políticas e artísticas da pós-modernidade. Sociólogos, como Gilles Lipovetsky e
Sevchenko, possuem obras sobre Moda e Cultura que se aprofundam nesse tema do
efêmero.
Essa proposta como apoio do site pode ser usada na preparação de aulas ou como
uma ferramenta de apoio para atividades em sala de aula.
Inserções em Circuitos
Guerra Fria: o mundo Ideológicos — Projeto
Arte e Política
polarizado em dois blocos Coca-Cola, Cildo Meireles
(EUAx URSS) Imperialismo (1970);
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Zero Dólar, Cildo
• Implantação de norte-americano;
Meireles (1978-84);
Regimes Ditatoriais
Sociedade de Consumo;
Militares na América - Napalm, Luiz
Latina (anos 1960 e 1970); Socialismo x Capitalismo; Alphonsus (1970)
• Guerra do Vietnã
Terceiro Mundo e Livro de Carne,
(1961 - 1975); Subdesenvolvimento; Artur Barrio (1979);
• Protestos Estudantis
por todo o Mundo (1968);
• Fim da Primavera de
Praga (1968);
Golpe e Implantação
Arte e Política A Imagem da Violência,
do Regime Militar no
Brasil (1964-1985) Autoritarismo e Militarismo; Antonio Manuel (1968);
Intensificação das
manifestações
Sem Saída, Antonio
Estaduais (1968); Henrique Amaral (1967)
Ato Institucional nº 5
O Último Vôo da Liberdade,
(1968)
Wesley Duke Lee (1964)
Guerrilha do Araguaia
A Prisão, Claudio Tozzi
(1970);
(1968)
Tiradentes: Totem
Monumento aos Presos
Morte de Vladimir
Políticos, Cildo Meireles
Herzog (1975);
(1970);
O Sermão da Montanha:
Fiat Lux, Cildo Meireles
(1973-1979):
Trouxas Ensanguentadas,
Artur Barrio (1970)
Referências Bibliográficas