Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Zélia Herculano Tsenane
Docente:
Universidade Rovuma
Nampula
2023
1
Indíce
CAPIULO I:...........................................................................................................................3
Introdução...............................................................................................................................3
1.2. Objectivos....................................................................................................................3
1.3. METODOLOGIA........................................................................................................3
CAPITULO III:....................................................................................................................15
Conclusão.............................................................................................................................15
Referência Bibliográfica.......................................................................................................16
2
CAPIULO I:
1. Introdução
A história das ciências de educação nos apresenta uma visão a respeito da natureza da
pesquisa e do desenvolvimento científico que não costumamos encontrar no estudo didático
dos resultados científicos.
1.2. Objectivos
Conceitualizar a educação;
Identificar as perspectivas da concepção de educação;
Descrever os principais modelos de educação;
Explicar as diferentes classificações das ciências de educação.
1.3. METODOLOGIA
3
CAPIULO II: Marco Teórico
Conforme Brandão (1985), o termo Educação remete a uma definição muito ampla se
considerarmos que os processos educacionais e de formação são exercidos em diversos
espaços além da escola, podendo haver outras redes e estruturas sociais de transferência de
saber onde ainda não foi criado um modelo de ensino formal e centralizado.
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e
recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade. Formas de educação
que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os que ensinam e aprendem,
o saber que atravessa as palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do
trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo
precisa para reinventar, todos os dias, Aikenhead (1994 apud Silva, 2010) destaca três
acontecimentos do mundo ocidental que afetaram a natureza da ciência: a Contra-reforma,
que promove a institucionalização da ciência; a Revolução Industrial, que precipita a
profissionalização da ciência, e a Segunda Guerra Mundial, que molda a socialização da
ciência.
Para Quintas e Muñoz (1986 Citado por Rego, 2018) todo educador é necessário que possua
uma ideia clara de educação, contudo, o conceito de educação não é definido numa única
perspectiva, mas sim em várias, dependendo sobretudo da base psicológica de apoio ou do
tipo de aprendizagem, pode ainda ser definido em sentido amplo e estrito.
Segundo Vianna (2008 Citado por Rego, 2018), a educação, em sentido amplo, representa
tudo aquilo que pode ser feito para desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa
a instrução e o desenvolvimento de competências e habilidades.
4
Segundo Jaeger (1986 Citado por Cunha, S.d), Grécia representou, em face dos grandes
povos do Oriente, um progresso fundamental, um novo estádio em tudo o que se refere à vida
dos homens na comunidade.
Para Jaeger (1986), é indiscutível a premissa de que foi a partir do momento em que os
gregos situaram o problema da individualidade no cimo do seu desenvolvimento filosófico
que principiou a história da personalidade européia. Foram os gregos quem pela primeira vez
viram que a educação tem de ser também um processo de construção consciente.
Nesse modelo de educação, enfatizava-se o orador, homem ideal que reúne em si capacidade
de palavra, riqueza de cultura e capacidade de participar da vida social e política. Para Cambi,
é o homem da polis grega, reativado e universalizado pelo culto da Humanitas, que se
completa com o estudo das artes liberais e da retórica em particular.
Cabe salientar que o ideal de formação humana, bem como os conceitos de Paidéia e
Humanitas serão enfatizados nas unidades seguintes, com a análise do projeto de
humanização grego.
5
da fixação do homem a terra e do advento da escrita, promoveu uma revolução educativa.
Esta revolução educativa, caracterizada, também, por apresentar um forte controle social,
encontrou respaldo no tipo de organização social que compreendia uma marcada divisão do
trabalho e, dessa forma, uma clara diferenciação entre as classes sociais, exigindo, dessa
forma, para sua manutenção, o poder centralizador do Estado e uma educação que não se
resumia a uma gama de saber-fazer, mas a uma educação do comportamento, da moral e do
exercício do poder político (CAMBI, 1999).
Entretanto, juntamente com estas sociedades fixadas a terra, que surgiram no extremo Oriente
(China e Índia) e mais a ocidente (Mesopotâmia e Egito, já no continente africano) e que
abrigavam um grande contingente populacional, conviviam sociedades nômades que não
foram tão logo extintas, simplesmente, pelo aparecimento destas sociedades que, apesar de
fixadas a terra, não eram estáticas social e culturalmente.
A invenção da escrita (em torno de 4.000 a.C.) é fato marcante dessas civilizações que não
ocorreu dissociada do aparecimento do Estado, cuja criação de uma classe voltada à
burocracia e a necessidade de registrar tornaram-se fatores decisivos para o seu aparecimento
A diversidade de escritas representa as diferenças culturais que estes povos expressavam
(apesar de suas similaridades), como os hieróglifos (escrita sagrada) dos egípcios, que
inicialmente constituía-se em uma escrita pictográfica.
6
A educação destas sociedades, denominada de educação tradicionalista (apesar de suas
inovações), não compreendia uma proposta propriamente pedagógica, pois se centrava na
aprendizagem de condutas com o objetivo de modelar os sujeitos de acordo com as normas
religiosas e morais (Aranha, 2000, Citado por Cunha, S.d).
De acordo com Martins (2006), o estudo adequado de alguns episódios históricos permite
compreender as interrelações entre ciência, tecnologia e sociedade, mostrando que a ciência
não é uma coisa isolada de todas as outras mas sim faz parte de um desenvolvimento
histórico, de uma cultura, de um mundo humano, sofrendo influências e influenciando por
sua vez muitos aspectos da sociedade.
Nos últimos cinqüenta anos, o trabalho dos historiadores da ciência demoliu certas
concepções ingênuas sobre as ciências e nos abriu os olhos para podermos ver o que de fato
ocorre na pesquisa científica. Infelizmente, esse novo conhecimento ainda não se difundiu
adequadamente4. Talvez seja agora um momento adequado para introduzi-lo na educação
científica, em todos os níveis – começando pela formação dos docentes e do pessoal de nível
superior, para poder atingir depois outros níveis de educação e uma população mais ampla.
7
analisar as evidências a favor e contra cada uma delas;
Sob o ponto de vista dos alunos, essa reestruturação conceitual tem vários aspectos.
Para se processar de um modo suave e racional, ela exige um conhecimento e aceitação dos
procedimentos de discussão e desenvolvimento da ciência. Exige a capacidade de se pensar
ao mesmo tempo em várias possibilidades, suspendendo momentaneamente o juízo,
analisando prós e contras, buscando argumentos a favor de cada uma delas, sem se prender a
nenhuma e buscando a melhor delas.
De acordo com Quintas e Muñoz (1986 Citado por Rego, 2018), as Aprendizagens podem ser
classificadas segundo o grau de planificação e estruturação da informação em:
8
Segundo Rego (2018), na aprendizagem receptiva entendemos a educação no sentido amplo
como sendo um processo de transmissão de conhecimentos e atitudes de gerações adultas
para gerações novas e no sentido estrito como um processo de transmissão de conhecimentos
e atitudes aos alunos pelo professor.
É nesta linha de pensamento que se integra o conceito de que, a educação é um processo que
consiste na transmissão aos alunos de um conjunto de conhecimentos e valores sociais
acumulados pela comunidade científica, como verdades universais, verdades estas, que
geralmente, estão dissociadas da experiência dos alunos e das realidades sociais.
Trata-se de uma concepção de educação defendida por Pavlov, Watson e Skinner, que tem o
estímulo ambiental como factor de aprendizagem, que considera o aluno como um ser
moldável que aprende recebendo conhecimentos; Enfatiza a avaliação da conduta moral
(quietude, obediência) e técnica.
9
no quadro ou projetada, quer durante a exposição de um tema quer durante o trabalho
individual no lugar.
De acordo com Aranha (S.d Citado por Rego, 2018), nesta perspectiva de educação o
professor não comanda o processo de aprendizagem, mas é antes um facilitador da actividade
do aluno, predomina a não – directividade, pela qual o mestre não dirige, mas cria as
condições de actuação da criança.
Para Gago (2012 Citado por Rego, 2018), esta forma de educação constitui-se como um
processo no qual o aluno vai construindo gradualmente o conhecimento da realidade segundo
um modelo próprio, ele vai organizando e relacionando o novo conhecimento com os
previamente adquiridos e em seguida armazena o novo conhecimento na estrutura mental.
10
Dentre as características integrantes desta concepção de educação destacam-se o aprender a
aprender, pedocentrismo (aluno como centro do ensino), o privilégio do processo de
descoberta do conhecimento.
Por outro lado, apresentam-se ainda como características, o princípio do aprender – fazendo
(metodologia activa e criativa) tornando-se o professor apenas um facilitador da
aprendizagem. Por conseguinte, a concepção de educação como um processo de facilitação
da autoconstrução do conhecimento no aluno integra-se no modelo educativo Humanista de
Rogers e Psico – cognitivo de Piaget, que tem a inteligência ou esquemas mentais como
factor de aprendizagem. conforme mostra a figura:
Nesta linha de pensamento insere-se o conceito de Nérici (S.d Citado por Rego, 2018),
segundo o qual, a educação é o processo que visa orientar o educando para um estado de
11
maturidade que o capacite a encontrar-se conscientemente com a realidade, para, nela, actuar
de maneira eficiente e responsável, a fim de serem atendidas necessidades e aspirações
pessoais e colectivas.
Esta concepção de educação relaciona-se com o método de ensino semi – indirecto, que se
distingue dos outros porque, nele os participantes interagem entre si, é lançada a discussão e
há troca de opiniões sobre o problema, mas continuam ligados ao formador, formador seu
papel é fundamental enquanto orientador e regulador da dinâmica formativa.
Trata-se de uma concepção de educação que estabelece uma relação interactiva na sala de
aulas, em que o conhecimento encontra-se no professor e no material (livro), o professor é
orientador e facilitador da aprendizagem, os alunos se colocam em grupo segundo as tarefas a
realizar e consultam a documentação livremente, e as comunicações são livres e estão
baseadas no trabalho em equipa, como mostra a figura.
12
A educação pode ser classificada em três categorias, designadamente, educação formal,
educação não – formal e educação informal, trata-se de uma classificação assente nos
critérios de grau de formalização, de intencionalidade, de deliberação e estruturação das
actividades educativas.
Esta modalidade de educação realiza-se nas escolas e nas universidades, sendo por isso
designada ainda por educação escolar, é metodicamente organizada seguindo um currículo,
regras e leis de âmbito nacional, dividida em disciplinas e classe de conhecimento, é uma
modalidade de educação que culmina com a obtenção de certificado de habilitações.
Nesta modalidade de educação quem educa é o professor, num ambiente normalizado com
regras e padrões comportamentais previamente definidos, com principal preocupação de
ensinar conteúdos historicamente sistematizados e normalizados por leis, assim, o tipo de
aprendizagem que se destaca nesta modalidade é a aprendizagem receptiva, na qual cabe ao
professor elaborar e transmitir conhecimento ao aluno.
De acordo com Rego (2018), a educação não – formal é aquela que se realiza fora da
jurisdição escolar como suplemento a educação formal e não culmina com a obtenção de um
nível académico ou diploma oficial.
De acordo com Gohn (S.d Citado por Rego, 2018), a educação não – formal ocorre em
ambientes e situações interactivos construídos colectivamente, segundo directrizes de
determinados grupos em que as pessoas participam de forma optativa com uma
intencionalidade na sua acção e no acto de transmitir ou trocar conhecimentos, enfatiza o
compartilhamento de experiências no grupo.
13
Trata-se de uma modalidade de educação que pode ocorrer em forma de seminários,
workshops ou trabalhos de campo, em centros culturais, jardins botânicos ou zoológicos,
museus de arte ou de ciências, em praças e feiras.
Relativamente a educação formal, a não – formal não se baseia na Lei do Sistema Nacional
de Educação, é orientada por directrizes de um grupo particular de pessoas e para educandos
que não estão oficialmente matriculados na escola, por isso considera-se extra – escolar e não
formalizada, sem certificação ou com certificação não oficial, no entanto, é um tipo de
educação organizado, intencional, deliberado e sistematizado nos seus objectivos, conteúdos
e programas.
A educação informal é um processo contínuo, por meio do qual cada pessoa adquire e
acumula naturalmente saberes e habilidades, a partir das experiências diárias e da sua
exposição ao meio envolvente, é assim um processo permanente e não organizado.
Ela ocorre durante o processo de socialização das pessoas em espaços da família, vizinhos,
clube, lazer, entretenimento por meio de livro ou televisão, das igrejas em casos de cultos e
até na escola entre os grupos de amigo.
O facto da educação informal se basear nas experiências diárias e nas vivências da pessoa,
também por ter um carácter de espontaneidade, leva-nos a entender que nela predomina a
concepção psico – cognitiva da educação, na qual, a pessoa “vai construindo gradualmente o
conhecimento da realidade segundo um modelo próprio”, ela vai organizando e relacionando
o novo conhecimento com os previamente adquiridos e em seguida armazena o novo
conhecimento na estrutura mental.
14
CAPITULO III:
3. Conclusão
Com esta pesquisa aprende-se também que a Educação pode ser formal, não – formal e
informal; A Educação formal é intencional, planificada e preceituada, ao passo que, a não –
formal apesar de não ser preceituada ela é intencional e planificada, enquanto, a informal é
ocasional, não planificada e não preceituada.
15
Referência Bibliográfica
CUNHA, J. L. História da educação. São Paulo: Universidade Federal de Santa Maria, S.d
JAEGER, Werner. Paidéia. A Formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
MARTINS, R. A. Introdução: a história das ciências e seus usos na educação. São Paulo:
Fundação para o Desenvolvimento da Educação, 2006
16