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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EDUCACIONAL

Armando Félix Cobre


Daudo Manuel Momade

Conceito e Objectos de Políticas de Educação

Nacala - Porto, Maio de 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EDUCACIONAL

Armando Félix Cobre

Daudo Manuel Momade

Conceito e Objectos de Políticas de Educação

Trabalho de carácter avaliativo, da cadeira de Política e


Legislação da Educação, Ministrada no Curso de Licenciatura
em Administração e Gestão Escolar, no Instituto Superior de
Ciências e Gestão, Nacala - Porto, 2º ano, Regime EaD.

Tutor: MA. Alberto Mateus

Nacala - Porto, Maio de 2023


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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objectivo ......................................................................................................................... 4

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4

2. ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL ............................................................................. 5

2.1. Política ............................................................................................................................. 5

2.2. Educação .......................................................................................................................... 5

2.3. A política na educação ..................................................................................................... 7

2.4. Contexto histórico da Educação em Moçambique .......................................................... 7

3. CONCEITO E OBJECTOS DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ....................................... 8

3.1. Tipos de Política de Educação em Moçambique ............................................................. 9

3.1.1. Política de Educação Colonial (1845-1974) ................................................................ 9

3.1.2. Política de Educação Pós-Inependência Antes da Introdução do Sistema Nacional de


Ensino (1975-1982) .................................................................................................................. 10

3.1.3. Lei n. 4/83: Introdução do sistema Nacional da Educação (1983-1991) ................... 10

3.1.4. Lei n.6/92: Reforma do Sistema Nacional da Educação (1992-2009)....................... 11

3.1.4.1. Passagem Semi-automática .................................................................................... 13

3.1.4.2. Uso de módulos instrucionais ................................................................................ 14

3.1.4.3. Sistema de Ensino à Distância ............................................................................... 14

3.1.4.4. Introdução do Sistema 10ª + 1 ............................................................................... 15

3.1.5. Política de Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito da Educação em


Moçambique ............................................................................................................................. 15

Considerações finais ................................................................................................................. 17

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 19


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1. Introdução
Em Moçambique, apesar das políticas de globalização e actualização do ensino que têm em
conta as necessidades do mercado internacional, a “política de quase todos os países do
mundo”, a realidade da educação tende em manter uma pedagogia tradicional baseada na
exposição dos conhecimentos pelo professor, geralmente, exposição oral. “Na pedagogia
tradicional o professor dirigi o educando para a sua formação intelectual e moral, tendo em
vista, no futuro, assumir a sua posição individual na sociedade, de acordo com os ditames
dessa sociedade.” (Luckesi, 2007:154).

Tendo em conta as condições físicas e organizacionais das instituições educativas do nosso


país, como por exemplo, o excesso de alunos nas salas de aulas, impede ou dificulta o
dinamismo e interacção entre professor- aluno na sala de aulas, o que faz com que os
professores se limitem em expor os conteúdos e avaliá-los no fim de cada período.
Automaticamente, o aproveitamento pedagógico tende em decrescer ano após ano.

As políticas educativas pré- estabelecidas pelo Estado moçambicano entram em desarmonia


com as próprias realidades económicas e sociais do país. Pretende-se massificar o ensino de
modo a minimizar significativamente o analfabetismo. O Estado deve apresentar um elevado
índice de alfabetização para justificar a receita dos Doadores como a organização
internacional, a UNESCO, por se preocupar em analisar as perspectivas da educação segundo
o paradigma social apresentado.

A política educacional pode construir um novo sentido de educação, feito com participação de
todos envolvidos, em colaboração, em comunidade, em que cada um possa autêntico, seguro,
independente e confiante, principalmente na educação de jovens e adultos.

1.1.Objectivo
O presente trabalho tem por objectivo, descrever Conceito e objectos de Políticas de
Educação.

1.2.Metodologia
Para se chegar aos resultados da pesquisa, foi usada uma abordagem qualitativa, um estudo de
campo para além da pesquisa bibliográfica.
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2. ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL

2.1.Política
A palavra política tem origem no vocábulo grego politéia. Esta palavra era utilizada para se
expor todos os assuntos associados a polis (Cidade-estado) e à vida em comunidade. Desta
forma, podemos afirmar que a política está directamente relacionada à vida em sociedade, no
que concerne a fazer com que todos os indivíduos que vivem naquela comunidade expressem
suas particularidades e conflitos sem que este cenário seja transformado em uma desordem
social.

“Política é a resolução de conflitos ou um conjunto de procedimentos formais e informais que


expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos quanto a
bens públicos” (Schmitter, 1965, p.54).

De uma maneira mais simples podemos definir política como “a ciência da governação de um
Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses”.

Segundo Aristóteles (1252a), a política é a ciência que tem por objectivo a felicidade humana
e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na Cidade-
Estado, ou pólis), e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade colectiva).
A política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que buscam
conhecimento como meio para a acção.

2.2.Educação
Segundo Freire (2003) “educação é o processo constante de criação do conhecimento e de
busca da transformação - reinvenção da realidade pela acção - reflexão humana” (p.37).

Paulo Freire (2003,) afirma que “A educação é sempre uma certa teoria do conhecimento
posta em prática [...]”(p.40).

Assim, educação seria uma concepção filosófica e/ou científica acerca do conhecimento
colocada em prática. Alguém que praticasse uma concepção de conhecimento estaria
“fazendo” educação. Educar seria promover a prática de uma teoria sobre o conhecimento.
Portanto, toda acção com propósitos educacionais estaria necessariamente fundamentada em
uma convicção acerca do conhecimento.
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Numa primeira apreciação, podemos entender que, com essa afirmação, Freire está dizendo
que a educação sempre é um determinado conjunto de ideias relativas ao conhecimento sendo
praticadas.

Segundo o ICCP (1988) se entende por “educação o conjunto de influências que exerce a
sociedade sobre o indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante toda a
vida”(p.31).

A educação consiste, ante todo, em um fenómeno social historicamente condicionado e com


um marcado carácter classista. Através da educação se garantirá a transmissão de experiências
de uma geração à outra. (ICCP, 1988, p.31)

Para Martins, J. (1990):

a educação é um processo de acção da sociedade sobre o educando, visando entregá-lo


segundo seus padrões sociais, económicos, políticos, e seus interesses. Reconhece-se aqui a
necessária preparação para a vida, já referida em outras definições e que só se logra a através
de convicções fortes e bem definidas de acordo com esses padrões. Por isso é tão importante,
mas que uma definição o mais precisa possível, a caracterização deste objecto de estudo e
pesquisa da Pedagogia. (p.117).

Para uns, Educação é processo, para outros é categoria, ou fenómeno social, ou preparação, ou
conjunto de influências, e muitos conceitos mais.

Portanto, a Educação é uma actividade social, política e económica, que se manifesta de


diversas formas e que seu sistema de acções e operações exercem influências na formação de
convicções para o desenvolvimento humano do ser social e do ser individual.

A educação busca formar um cidadão com autonomia, numa democracia orientada pelos
princípios da razão, das experiencias vivenciadas na escola nos momentos de aprendizagem,
com exercício de reflexão critica, racional e responsável pela liberdade, a pratica educativa
deve ser consciencializadora para construir espaços sociais mais democráticos e justos, onde
todos tenham igualdade de oportunidades de acesso ao conhecimento e a cultura para que os
cidadãos sejam autónomos.

A política educacional pode construir um novo sentido de educação, feito com participação de
todos envolvidos, em colaboração, em comunidade, em que cada um possa autêntico, seguro,
independente e confiante, principalmente na educação de jovens e adultos.
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2.3.A política na educação


Política é a arte e a ciência de governar, é habilidade no trato de relações humanas, é o uso de
poder para defender os direitos da cidadania, são práticas relativas ao estado e a sociedade,
uma forma de organizar a sociedade, em seus diversos âmbitos evitando a desordem ou a uma
bagunça tratando da convivência dos diferentes.

Estudante politizado é aquele que actua politicamente dentro e fora da escola. É um estudante
que tem motivação pela qualidade, pela relevância social e teórica do que é ensinado. Passa a
exigir do professor, tem interesse nas relações humanas estabelecidas no interior da escola,
discute a gestão da escola, o currículo, em fim o projecto político-pedagógica escola. (Gadotti,
1998, p.85).

A política é a liberdade de se expressar e de ter uma opinião, tem a finalidade de manter a


ordem pública e o bem social da população. É fundamental na vida de todos, através da
política se constrói a vida da população. Não se faz educação em política.

2.4.Contexto histórico da Educação em Moçambique


Segundo Cabaço (2010) “a questão da identidade moçambicana acompanha a discussão
ideológica e, após a morte de Eduardo Chivambo Mondlane, líder da FRELIMO, em 1969, os
conflitos existentes entre as concepções nacionalistas diferentes se acentuaram”( p. 281).

A dinâmica e crescente complexidade da luta armada contribuiu para o surgimento de postos


de comando militares originários do sul de Moçambique, região com maior desenvolvimento
económico e mais acesso à educação formal e informal.

Cada um desses períodos se divide em momentos de grandes mudanças sociais, políticas,


económicas e ideológicas, que se manifestam por um lado como a formação de uma ordem
social e cultural hegemónica e, por outro, negam a existência tradicional. A estrutura, por
outro lado, é rompida, superada, e implantada através da luta da “nova sociedade”, não sem as
contradições e conflitos típicos desse processo. Tomando a Independência nacional (1975)
como referência, a evolução da história educacional de Moçambique pode ser dividida em
dois grandes períodos não homogéneos: o período pro-independência e o período pós
independência (QUADRO 1).

Nesta perspectiva, a evolução da história da Educação em Moçambique pode ser dividida em


quatro fases: Educação Colonial (1845-1974), Educação Pós independência antes da
introdução do SNE (1974-1982), e Reformas Institucionais até a introdução desde o SNE até
1991 e 1992.
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Quadro 1: Periodização da Educação em Moçambique


Períodos
Antes da Independência Pós Independência
Educação Educação no Antes do Sistema Nacional Lei n. Lei n. Lei n.
colonial Governo de de Ensino (SNE) 4/83 6/92 18/2018
Transição
1845 1974 1975 1983 1992 2018
a a a a até a
1974 1975 1982 1991 actualidade
Fonte: adaptada de Cabaço (2010).

O colonialismo português impôs um regime pesado a Moçambique. Isto porque não só


explorou os recursos naturais existentes no país, mas também os recursos humanos de modo
cruel, por exemplo, pessoas moçambicanas foram forçadas a trabalhar nas plantações sul-
africanas e nas minas na Rodésia e na África do Sul.

Durante este período, grande parte da sociedade moçambicana não tinha direito à Educação e
à Saúde, sendo na maioria dos casos a Igreja quem concedia esses direitos a um pequeno
número de moçambicanos/as, chamados de “assimiladores”, que gozavam de privilégios e
direitos como frequentar escolas públicas e Universidades. Por estas razões, apenas algumas
pessoas concluíram o Ensino Superior na época da Independência nacional (1975), ou seja, o
colonialismo português promoveu fortemente o atraso do país, especialmente no domínio da
Educação e da Saúde. Como resultado, o desenvolvimento de várias áreas importantes em
Moçambique, foi atrasado.

3. CONCEITO E OBJECTOS DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO


As políticas educacionais podem ser entendidas como um meio de construção de valores e
conhecimentos que possibilitam o pleno desenvolvimento do educando, incluindo sua
capacidade de se comunicar, compreender o mundo ao seu redor, defender suas ideias e
exercer a cidadania.

Paulo Freire afirma que:

É na diversidade da educação, esta vocação que ela tem, como acção especificamente humana,
de endereçar-se até sonhos, ideias, utopia e objectivos, que se acha o que venho chamando de
politicidade da educação. A qualidade de ser política inerente à sua natureza. É impossível na
verdade, a neutralidade da educação (Freire, 1999, p.124).

Paulo Freire advoga que a educação de um modo geral não tem uma dimensão política, ela é,
por natureza, politica (Freire, 2001c).
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Pela politicidade da educação problematizadora e desveladora, o grande desafio frente aos


objectos cognoscíveis é mesmo “rasgar esse véu para atingir o conhecimento
histórico”(Lukács, 1974, p.29).

A filosofia de educação de Freire contribui para o despertar das nossas reflexões sobre a força
directiva ou politicidade de educação escolar, religiosa, familiar, académica, e outras que se
gestam na sociedade. Educação que tem suas influências sobre o ser humano como um ser
inconcluso, que necessita estar cada vez mais consciente dessa sua inconclusão, ou seja, um
ser em constante busca, invenção, participação, dialogo, formação. Um ser de criação, de
cultura, por isso de transformação. Bem diferente do animal que, também sendo inconcluso,
não tem consciência da tal inconclusão de si no suporte que, no nosso caso, toma a forma de
mundo cultural (Freire, 1979, p.85).

Reafirmando, a politicidade da educação defendida por Freire consiste em proporcionar


caminhos que contribuam com processos permanentes de auto consciencialização e, por
conseguinte de auto - educação através do diálogo mediatizado pelo mundo em que vivemos.
Reflexões, discussões, debate, descobertas, criação, comunicação e recriação em torno da
temática a ser desvelada na codificação proposta, seja esta em forma de imagem, foto,
anuncio, acontecimento, texto produzido por educandos, seja por meio de outros meios que
possam provocar a discussão num espaço que se faz teórico (Freire, 1984, p.114).

3.1.Tipos de Política de Educação em Moçambique


Nguenha (2000, p.89), faz um historial do que foi a educação desde o período colonial,
passando pela fase socialista até a presente época de multipartidarismo, mostrando que a
educação em Moçambique sempre respondeu as ideologias políticas dando a entender que
Moçambique independente, a sua primeira política a nível educacional, foi expandir a
educação para todos, dando oportunidade de escola a todos, o que não era possível no sistema
colonial. Estes propósitos foram atingidos. Portanto, todo moçambicano tem oportunidade de
ir a escola até porque o ensino primário (de 1ª a 7ª) classe é gratuito. Contudo, o autor lamenta
o facto de essa expansão não ter sido acompanhado com a qualidade de educação, sendo
assim, a educação respondeu os imperativos políticos mas não a exigências sociais.

3.1.1. Política de Educação Colonial (1845-1974)


Em 2 de Abril de 1845, durante a Monarquia Constitucional Portuguesa, surgiu a primeira
Regra de Ensino Colonial. “Depois de alguns meses, em 14 de Agosto do mesmo ano, foi
promulgado um Decreto para distinguir entre Ensino Colonial e Metropolitano, e escolas
públicas foram estabelecidas na Colónia” (Almeida, 1999, p. 88).
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Em 1846, foi promulgado o primeiro regulamento legal sobre as organizações de ensino


fundamental no exterior, e depois de 1854, Marquez estabeleceu as primeiras escolas
primárias (Almeida, 1999, p. 115).

No entanto, esses decretos e actos legislativos não transcendem a função, cabe torná-los
aplicáveis.

3.1.2. Política de Educação Pós-Inependência Antes da Introdução do Sistema


Nacional de Ensino (1975-1982)
Após a guerra com o colonialismo português e a Independência em 1975, a Educação de
Moçambique foi nacionalizada. Contudo, o governo da época não tinha como garantir o nível
da educação ofertada no país, pois não havia recursos humanos qualificados ou infra-estrutura
adequada. Ou seja, embora todas as crianças tenham passado a ter direito a um ensino formal,
a ter direito legal à Escola, a qualidade da Educação que o novo governo pode oferecer
certamente não é tão boa quanto a fornecida pelo sistema colonial português e por outras
instituições privadas, como as escolas católicas e protestantes (Nguenha, 2014, p.120).

Mesmo com a “Independência Nacional” (1975), o país ainda apresenta a estrutura


hereditária, material e humana do sistema colonial, bem como um projecto educacional que
vem sendo implementado nas chamadas “áreas libertadas”. No campo da Educação, a rede
escolar é naturalmente incapaz de atender às necessidades da maioria da população e há
escassez de professores/as em meio à gestão deficitária, o que contrasta fortemente com a
liberdade de escolarização da maioria da população.

Por um lado, a educação formal altamente selectiva está à beira do abismo há muitos anos.
Por outro, nesta fase, especialmente com a iniciativa popular de abertura de escolas, registar-
se o crescimento explosivo de escolas acompanhando a participação em larga escala em
campanhas de alfabetização.

3.1.3. Lei n. 4/83: Introdução do sistema Nacional da Educação (1983-1991)


A Lei n. 4/83 do SNE é a primeira lei do país Pós-Inependência, que cria o SNE com a sua
perspectiva de buscar a “criação do Homem novo” (MOÇAMBIQUE, 1983); a formação
dessa nova pessoa está inserida nos ideais do marxismo-leninismo voltados para a construção
de uma sociedade socialista (MOÇAMBIQUE, 1983).
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O estabelecimento de uma sociedade socialista em Moçambique foi justificado porque o país


conquistou a independência com o apoio da ex-União Soviética. Após conquistar a
independência, a FRELIMO adoptou esta ideologia em todos os aspectos da construção do
país. As instituições educacionais são vistas como uma base revolucionária para a
consolidação do poder com base na ideologia socialista, onde as pessoas afirmam que o poder
pertence ao povo. Para atingir esses objectivos, as leis pertinentes sugerem que professores/as
sejam formados como educadores/as conscientes e profissionais com profunda preparação
política e ideológica, científica e pedagógica para educar jovens e adultos de acordo com os
valores da sociedade socialista.

3.1.4. Lei n.6/92: Reforma do Sistema Nacional da Educação (1992-2009)


Com as mudanças nos campos políticos, social, económico e cultural, que culminaram na
Emenda à Constituição de 1990, a Secretaria de Educação foi obrigada a ajustar sua filosofia
na perspectiva do ensino e da organização. Nesse caso, foi necessário “reajustar“ o sistema
educacional (MOÇAMBIQUE, 1983) o que levou à aprovação da Lei n. 6/92
(MOÇAMBIQUE, 1992), revogando outras anteriores e, dando novos rumos ao SNE
conforme a realidade económico-social no país.

A idade de recebimento do ensino fundamental varia dos seis aos sete anos, mas antes dessa
idade as creches são disponibilizadas apenas por instituições privadas. Já, em conformidade
com os dispostos na legislação aplicável, com excepção do Ensino Superior, os cursos e
planos de educação escolar são de natureza nacional e foram aprovados pelo Ministério da
Educação.

Depois disso, logo após a Independência, Moçambique viveu uma guerra civil de 16 anos até
que a assinatura do Acordo Global de Paz em 1992 encerrou a guerra civil e deu início ao
processo de democratização.

Uma nova "Lei de Revisão do Sistema Nacional de Educação" (MOÇAMBIQUE, 2018) foi
promulgada para substituir a Lei n. 6/92.

Das novidades a partir de 2018, destaca-se que o actual SNE se subdivide em seis
subsistemas: de Educação Pré-Escolar; de Educação Geral; de Educação de Adultos; de
Educação Profissional; de Educação e Formação de Professores; de Ensino Superior.
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Também houve a possibilidade de modificação do plano curricular para responder às


necessidades da escola, desde que não haja contradição com os princípios, objectivos e
concepção do SNE. De acordo com esta Lei, o processo educativo deve seguir os seguintes
princípios pedagógicos:

a) Desenvolvimento das capacidades e da personalidade de forma harmoniosa, equilibrada e


constante que confira uma formação integral e de qualidade;
b) Desenvolvimento da iniciativa criadora da capacidade de estudo individual e de assimilação
crítica dos conhecimentos;
c) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
d) Como forma de aplicação dos conhecimentos científicos à produção e de participação no
esforço para o desenvolvimento económico e social do País;
e) Dotação do indivíduo de conhecimentos que lhe permitam aprender a viver juntos e com os
outros;
f) Inclusão, equidade, igualdade de oportunidades em todos os subsistemas de ensino e na
aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais;
g) Ligação entre a escola e a comunidade, e que a escola participa activamente na dinamização
do desenvolvimento socioeconómico e cultural da comunidade e recebe desta a orientação
necessária para a realização de ensino e formação que respondam às exigências do
desenvolvimento do País;
h) Desenvolvimento de actividades e medidas de apoio e complementos educativos, visando
contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso à educação e ao sucesso escolar
(MOÇAMBIQUE, 2018, art. 4).
De modo que esta lei mais recente mudou a situação da Educação, estabelecendo o ensino
público gratuito da 1ª para a 7ª série e estendendo-a para a 9ª série a partir de 2022. O ensino
primário completo é concluído na 6ª série e o ensino secundário inicia na 7ª série e estende-se
por cinco anos até a12ª.

A disciplina de Introdução à Filosofia será leccionada na área das Ciências da Pintura (da 10ª
a 12ª série) e deixará de fazer parte da Literatura e da Biologia. A inovação inclui disciplinas
de História da Arte e disciplinas de Tecnologia de Expressão. Destaca-se que a revisão do
SNE visou alinhá-lo com a Convenção da Comunidade para o Desenvolvimento da África
Austral sobre Educação e Formação, da qual Moçambique é signatário. Portanto, neste caso,
reitera-se que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) vem
formulando e implementando um plano estratégico de médio prazo (cinco anos) para
implementar o seu plano desde 1998. As metas gerais do Plano Estratégico de Educação são
três: expandir o acesso, melhorar a qualidade e desenvolver a capacidade institucional do
sector.
13

Com a assinatura do Acordo de Paz de Moçambique em 1992, cada vez mais crianças têm
recebido educação em todos os níveis e, desde então, o número de estudantes aumentou,
atingindo mais de 1,5 milhões. O MINEDH entende que por trás do sucesso do SNE,
especialmente a reforma do sistema de ensino básico, se deve as constantes e extensas
revisões. O foco é fornecer livros didácticos gratuitos, abolir as mensalidades, adoptar novos
cursos, acelerar a construção de salas de aula e reformar os programas de formação de
professores/as. O plano introduz "escolas de apoio directo", mas reconhece que ainda existem
grandes desafios, como um número considerável de crianças que ainda estão fora da escola, e
o número de crianças que ingressam, mas não concluem as sete séries de educação básica.
Observe também que a proporção professor-estudante ainda é alta.

Em relação à qualidade da aprendizagem, uma preocupação é que muitas crianças ainda não
alcançaram as habilidades de alfabetização reflectidas no currículo. E, ainda, que não
chegaram ao final da primeira etapa do ensino fundamental.

Em Moçambique, apesar das políticas de globalização e actualização do ensino que têm em


conta as necessidades do mercado internacional, a “política de quase todos os países do
mundo”, a realidade da educação tende em manter uma pedagogia tradicional baseada na
exposição dos conhecimentos pelo professor, geralmente, exposição oral.

“Na pedagogia tradicional o professor dirigi o educando para a sua formação intelectual e
moral, tendo em vista, no futuro, assumir a sua posição individual na sociedade, de acordo
com os ditames dessa sociedade.” (Luckesi, 2007:154).

3.1.4.1.Passagem Semi-automática
É um processo que consiste na promoção por ciclos de aprendizagem dos alunos que consiste
na transição destes, de um ciclo para outro. Esta pressupõe a criação de condições de
aprendizagem para que todos os alunos atinjam os objectivos mínimos de um determinado
ciclo (INDE/MINED, 2003).

Esta abordagem de ensino e aprendizagem rompe com o modelo tradicional de educação onde
o professor era o centro de ensino e aprendizagem, dando ênfase ao aluno como o centro de
ensino e aprendizagem desde que se crie ambiente de aprendizagem.

Tendo em conta as condições físicas e organizacionais das instituições educativas do nosso


país, como por exemplo, o excesso de alunos nas salas de aulas, impede ou dificulta o
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dinamismo e interacção entre professor - alunos na sala de aulas, o que faz com que os
professores se limitem em expor os conteúdos e avaliá-los no fim de cada período.
Automaticamente, o aproveitamento pedagógico tende em decrescer ano após ano.

As políticas educativas pré- estabelecidas pelo Estado moçambicano entram em desarmonia


com as próprias realidades económicas e sociais do país. Pretende-se massificar o ensino de
modo a minimizar significativamente o analfabetismo. O Estado deve apresentar um elevendo
índice de alfabetização para justificar a receita dos Doadores como a organização
internacional, a UNESCO, por se preocupar em analisar as perspectivas da educação segundo
o paradigma social apresentado nesse milénio que se inicia.

Essa política faz-se perceber com o exemplo da introdução da Passagem Semi - Automática
no 1ᵒ grau do ensino primário, mas, dificilmente se consegue implementar com sucesso
porque ao seguirmos essa teoria conseguir-se-a atingir apenas as metas estatísticas (
quantidade) e um grande fracasso em termos de qualidade e eficiência no processo de ensino e
aprendizagem.

3.1.4.2.Uso de módulos instrucionais


Em Moçambique, também se adopta a pedagogia tecnicista que é uma instrução programada
com o uso de pacotes de ensino ou módulos instrucionais, implicando em aprender no mais
curto espaço de tempo. Essa pedagogia é mais usada para o ensino técnico e superior através
de cursos de sistemas curriculares modulares e Sistema de Ensino à Distância em
Licenciaturas ou Mestrados.

3.1.4.3.Sistema de Ensino à Distância


O Sistema de Ensino à Distância é um sistema político implementado pelo Ministério da
Educação como forma de dinamizar o ensino, criar interacções entre instituições escolares e
dar possibilidade de formação aos indivíduos localizados em distritos que não têm escolas de
ensino técnico e superior.

Em cumprimento das orientações saídas do Terceiro Congresso foi criado, dentro do Instituto
Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), um Departamento de Ensino à Distância
(DED). Este Departamento produziu um documento (Ministério de Educação e Cultura 1980)
que é uma espécie de estudo de viabilidade. O documento ampliou o conceito de ensino por
correspondência e introduziu no país o termo "ensino à distância".
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O estudo recomendou que os professores primários fossem considerados o primeiro grupo


alvo do ensino à distância. Em 2001 a ministra do Ministério do Ensino Superior, Ciência e
Tecnologia criou em uma comissão interdisciplinar com a tarefa de desenhar uma estratégia
para a introdução da educação à distância no ensino superior em Moçambique. Esse sistema
representa muita polémica e insatisfação no seio da sociedade, porque formam-se vários
indivíduos a curto espaço de tempo e em condições metodológicas que não apresentam
credibilidade e eficácia em termos de qualidade.

Por exemplo, na Universidade Pedagógica, um módulo de licenciatura tem apenas 90 minutos


de contacto com o docente. Dificilmente se pode considerar como tempo suficiente num
processo de ensino e aprendizagem. Considerando, que o nosso país ainda não está abalizado
nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), como se explicaria a qualidade de
ensino em apenas 90 minutos?

3.1.4.4.Introdução do Sistema 10ª + 1


Outro exemplo de política educativa moçambicana que causa discussão é a introdução do
sistema 10ª + 1, pois os dois anos intermediários que constituem o pré-universitário preparem
o indivíduo para o ensino universitário. Se se tomar em conta as realidades de Moçambique,
dificilmente falar-se-á em qualidade através desse sistema.

Em relação ao ensino superior, o Estado moçambicano tende em seguir as teorias e práticas de


Escola Nova ( de elite). O Estado tem que elaborar políticas modernas e democráticas, mas
sem fugir as realidades económicas e sociais do país. Ao longo dos anos o período de
formação superior foi diminuindo de 5 anos para 4 a 3 anos de formação.

3.1.5. Política de Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito da


Educação em Moçambique
A criação da Comissão de Política de Informação pelo Decreto Presidencial n. 2/98
(MOÇAMBIQUE, 1998) pode ser considerada como o compromisso do governo
moçambicano para a criação da governança electrónica. Portanto, a constituição do comité
mostra a consciência do governo sobre a importância das TICs, especialmente a importância
do uso de computadores/Internet na gestão dos assuntos públicos.

O Conselho de Ministros adotou a Política de Informação de Moçambique através da


Resolução n. 28/2000, o que demonstra o seu compromisso com a governança electrónica.
Fato que sensibilizou as pessoas para as oportunidades de uso eficaz de tecnologia, da
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informação e de intercâmbios que proporcionam condições para melhorar a governança


usando computador/Internet.

Outro marco importante ocorreu em 2002, quando foi aprovada a “Estratégia de


Implementação da Política de Informática”, que incidiu sobre a contribuição que a informática
pode dar para a redução da pobreza absoluta no país.

Em 2005 foi instituído o Ministério da Ciência e Tecnologia, que dá mais atenção ao


componente ciência e tecnologia para o desenvolvimento (MOÇAMBIQUE, 2007). Dado que
o país não dispõe de capital financeiro e humano para a criação de tecnologia, a Política de
Ciência e Tecnologia explica que é necessário “apoiar a transferência de tecnologia e
inovação tecnológica, o que terá impacto no sector produtivo e nas comunidades a um custo
acessível e com garantia de qualidade” (Moran, 2011, p. 57).

O uso de TICs no subsistema educacional foi considerado uma ferramenta básica para o
desenvolvimento do país. Esse fato motivou a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia
para formular políticas para esse departamento e desenvolver meios adequados para avaliar e
monitorar o desenvolvimento da ciência e tecnologia (Moran, 2011, p.60).

Segundo a Lei nᵒ 5/2003 do Ensino superior artigo 6 sobre autonomias Científicas, “as
Instituições do Ensino Superior gozam de autonomia científica e pedagógica que lhe confere a
capacidade de definir métodos, escolher o processo de avaliação e introduzir novas
experiências pedagógicas”.

As universidades tem autonomia para ter a sua política educativa, mas por vezes esquecem-se
que se trata de Moçambique, um país em vias de desenvolvimento, que carece de meios
económicos para custear as exigências do ensino superior, que carece de bibliografias nas
bibliotecas e ainda se observa a falta de cultura em relação as TICs. Se tomarmos em
consideração que maior parte dos docentes universitários em licenciatura são licenciados, o
que já é considerado como errado e um dos objectivos do Estado moçambicano é reverter a
situação, apostando na formação do corpo docente. O que se dirá da qualidade do ensino e da
qualidade profissional se diminuírem os anos de formação académica? O Estado, ao fazer o
Plano Curricular deve harmonizar as políticas educativas, tendo em conta as necessidades da
sociedade. Moçambique não tem condições de adaptar-se ao currículo europeu, porque o
nível de formação é diferente. O currículo de um Estado deve se enquadrar ao contexto social
e ao nível económico e não por uma questão de competitividade.
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Considerações finais
“A educação existe em todo e em qualquer tipo de comunidade humana onde haja uma
rigorosa divisão social do trabalho entre sujeitos, em que a escola e o ensino formal podem até
não existir, mais existe aprendizagem inerente a prática social e da vida” (De Gusmão, 1997,
p.8).

A educação é vulgarmente considerada um importante instrumento impulsionador da


transformação social. Segundo a teoria liberal, a educação foi sempre considerada uma via
para a mobilidade social e a chave de progresso individual e social (Emediato, 1978, p.207).

Por sua vez, Delors (2003), defende que:

a educação é um veículo pelo qual os seres se orientam para a satisfação dos seus interesses
individuais e colectivos, daí que, enquanto instituição, a educação deve transmitir de forma
maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos adaptados à civilização
cognitiva, pois, são as bases das competências do futuro. Compete ainda a educação encontrar
e assinalar as referências que impedem as pessoas de ficar submergidas nas informações
populares que lhes levem a orientar-se ao desvio dos projectos individuais e colectivos (p.89).

Para abordar o sistema de educação em Moçambique é pertinente recuar ao período da


colonização portuguesa, uma época em que vigorou no território que hoje se chama
Moçambique, dois sistemas de educação, sendo: um para os que eram considerados cidadãos
com direito a educação para todos os subsistemas existentes e outro para os considerados
indígenas, indivíduos com uma educação diferente, e este sistema era administrado pela Igreja
católica denominada educação rudimentar.

As actuais políticas educativas, seus sucessos e desafios têm uma longa história. As suas
raízes estão na experiencia educativa da colónia e nas escolhas politicas da Frelimo,
(AFRIMAP, 2012).

A primeira Constituição de República de Moçambique independente, fez da educação não


somente um direito, mais também imperativo para o desenvolvimento nacional. Moçambique
ratificou acordos internacionais e regionais (África e África Austral) e os domesticou no seu
quadro relatório nacional.

Moçambique a quando da independência herdou o sistema educativo português, um sistema


educativo precário, caracterizado por altos níveis de analfabetismo, onde a rede escolar estava
reduzida, falta de funcionários e professores qualificados e desigualdades regionais e de
género marcante. Assim a expansão de acesso a educação tornou-se uma oportunidade
principal do país pós independente (AFRIMAP, 2012).
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A prática de ensino, hoje, deixou de ser uma actividade meramente centrada no/a professor/a.
Estudantes, pais/mães e encarregados/as da Educação, bem como a comunidade no geral, são
participes das mudanças e/ou inovações que estão sendo concebidas e/ou implementadas no
processo de ensino e aprendizagem. Professor/a já não é quem define que recursos de
aprendizagem devem ser usados para leccionar as suas aulas. Notam-se, cada vez mais
concepções de políticas educacionais que pautam por uma gestão mais democrática e
participativa.

A política nacional de educação é de assegurar o acesso à educação a um número cada vez


maior de utentes e de melhorar a qualidade dos serviços prestados em todos os níveis e tipos
de ensino.

Portanto, pretende-se massificar o acesso da população à educação e fornecer uma educação


com uma qualidade aceitável, isto é, uma educação com um conteúdo apropriado e um
processo ensino - aprendizagem que promova a educação contínua dos conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores, de modo a satisfazer os anseios da sociedade. O equilíbrio da
participação escolar, entre rapazes e raparigas, devera estar no centro das políticas da elevação
do acesso e melhoria da qualidade da educação.

Diante do exposto, conclui-se que o sistema de ensino é o núcleo das políticas educativas a
partir do qual se definem valores, princípios pedagógicos e metodológicos, as directrizes
curriculares, as normas e leis que asseguram toda actividade do ensino. O contexto
socioeconómico e político influencia significativamente o processo de formulação,
implementação, monitoria e avaliação de políticas educacionais. Sugere-se que no processo de
definição de políticas educacionais, existe necessidade de envolver a participação de
diferentes actores, no sentido de atenuar /acautelar os efeitos nefastos introduzidos pela
cartilha neoliberal.
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