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IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA NA

INCLUSÃO SOCIAL
RESUMO DA UNIDADE

É possível definir a psicopedagogia como disciplina especializada em


comportamento humano no campo socioeducativo. O papel do psicopedagogo
educacional é ajudar a superar as dificuldades e os problemas de aprendizagem dos
alunos de um centro educacional. Ele é encarregado de interpretar, avaliar e
diagnosticar uma intervenção direta aos alunos. Cada criança é diferente e tem
processos individuais específicos, portanto, se necessário, o pedagogo irá ajudá-la
de forma personalizada. Ir até este profissional é comum quando são detectados
problemas com a aprendizagem que é nova para as crianças. O papel desses
profissionais é tomar decisões que apoiem a oferta educacional. Eles também são
responsáveis pela proposta curricular e pelo tipo de ajuda que deve ser oferecida
aos alunos durante o estágio escolar. Veremos nesta unidade que o papel da
psicopedagogia educacional é muito importante ao esclarecer algumas questões
metodológicas didáticas a todos os professores que estão presentes no ambiente da
criança bem como abordaremos sobre a prática da inclusão social que tem sido
adotada.

Palavras-chave: inclusão social; psicopedagogia; intervenção e avaliação;

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 4
CAPÍTULO 1 - O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR .... 6
1.1 CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
NA ESCOLA ................................................................................................................ 6
1.2 FUNÇÕES DO PSICOPEDAGOGO .............................................................. 9
1.3 A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA .................................................... 14
1.4 A PSICOPEDAGOGIA E FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 17
CAPÍTULO 2 - MEDIAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA PREVENÇÃO E
SUPERAÇÃO DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM ....................................... 20
2.1 CONCEITOS DE PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM ............................... 20
2.2 MEDIAÇÃO, SUPERAÇÃO E INTERVENÇÃO ........................................... 28
CAPÍTULO 3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL: FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DENTRO
DO AMBIENTE ESCOLAR ....................................................................................... 34
3.1 CONCEITO E PARÂMETROS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ....................... 34
3.2 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO SOCIAL ...................................... 42
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Os sistemas de ensino atuais estão enfrentando, nas últimas décadas, o


desafio da qualidade e excelência educacional em uma era complexa e de mudança
social permanente. Então, falar sobre inclusão educacional e social é investigar uma
educação de qualidade e excelência em todas as instituições educacionais do
século, e isso envolve treinamento que também deve ser inclusivo, sustentando
valores, princípios democráticos, convicções e solidariedade.
Mas não é possível esquecer que a excelência também depende do grau de
inclusão de todos os alunos e também pode mostrar, em algum momento de sua
escolaridade, qualquer necessidade educacional específica, ou seja, a qualidade e
excelência acadêmicas devem conter parâmetros de equidade e atenção à
diversidade para construir uma escola mais igualitária que realmente ofereça
igualdade de oportunidades para uma melhor coesão e progresso social.
Nesta unidade destacaremos essas questões, pois não há dúvidas da
necessidade de educação para uma mudança de paradigma na mentalidade e na
identidade das escolas sobre educação inclusiva, que ainda persiste na educação
especial, que defende a integração e não a inclusão.
Ao longo do texto veremos que a inclusão é definida como o processo de
identificar e responder à diversidade das necessidades de todos os alunos através
de uma maior participação na aprendizagem, culturas e comunidades, com o intuito
de reduzir a exclusão na educação, além de envolver mudanças e modificações nos
conteúdos, abordagens, estruturas e estratégias, com uma visão comum que inclui
todas as crianças da faixa etária apropriada e a convicção de que é
responsabilidade do sistema regular educar todas as crianças.
Veremos que cada criança tem características, interesses, habilidades e
necessidades de aprendizagem diferentes e que os sistemas educacionais devem
ser projetados e os programas educacionais implementados, levando em conta a
ampla diversidade dessas características e necessidades. Trata-se de fornecer
respostas relevantes para toda a gama de necessidades educacionais em contextos
pedagógicos e extracurriculares pedagógicos.

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Longe de ser uma questão marginal sobre como integrar alguns alunos ao
seno da educação, é um método que reflete sobre como transformar os sistemas
educacionais, a fim de responder à diversidade dos alunos.
Além disso, trataremos do direito à educação, não como um privilégio. A
educação inclusiva é uma abordagem estratégica destinada a facilitar o aprendizado
bem-sucedido para todas as crianças e jovens. Refere-se a objetivos comuns para
diminuir e superar todos os tipos de exclusão de uma perspectiva de direito humano
para uma educação. Tem a ver com acesso, participação e aprendizado de sucesso
em uma educação de qualidade para todos.
Tratemos da questão que parte da defesa da igualdade de oportunidades para
todas as crianças. Para remover todas as barreiras à aprendizagem e facilitar a
participação de todos os estudantes vulneráveis à exclusão e à marginalização. Isso
significa que todos os alunos recebem os apoios de que necessitam para terem a
oportunidade de participar como membros de uma turma ou de uma sala de aula
regular, com pares da mesma idade e para contribuir para as suas escolas de bairro.
Logo, veremos que a inclusão significa permitir que todos os alunos participem
plenamente da vida e do trabalho dentro das comunidades, independentemente de
suas necessidades. É o processo de maior participação dos alunos na escola e a
redução da exclusão das culturas, do currículo e da comunidade das escolas locais.
A inclusão é vista mais como uma abordagem à educação do que como um conjunto
de técnicas educacionais. Veremos que os autores enfatizam que a inclusão
simplesmente denota uma série de princípios de justiça social, equidade educacional
e resposta escolar.
Por fim, a educação inclusiva significa que todas as crianças e jovens, com e
sem deficiência ou dificuldades, aprendem juntos nas várias instituições de ensino
regular (pré-escola, escola/faculdade, universidades) com uma área de apoio
apropriada.

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CAPÍTULO 1 - O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

1.1 CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA


ESCOLA

A psicopedagogia é uma disciplina associada à educação formal virtualmente


desde o início. Nas próximas linhas, abordaremos o alvorecer da psicopedagogia e
das correntes educacionais que a acompanharam e influenciaram até o presente. No
século XIX, foi quando essa corrente consolidou o forte vínculo entre o campo
pedagógico e o campo médico (GUIMARÃES, 2009).
Esta relação leal concedida à medicina e à pedagogia, traz diferentes funções,
o médico lutando pela deficiência, facilitando ao pedagogo a tarefa educativa. Nesse
momento, além disso, um fato importante marcou o contexto educacional: a
universalização da educação. O sistema educacional, em resposta, optou pela
criação de serviços, como a Inspeção Médico-Escolar, para classificar os alunos
(GUIMARÃES, 2009).
Nos primeiros anos do século XX, esta organização leva a cabo as funções e
papel que, com o tempo, foram incluídos dentro do campo de intervenção da
psicologia educacional: avaliação, diagnóstico, classificação e tratamento; a fim de
alcançar a homogeneização do estudante. Assim, “o envolvimento gradual de
técnicas médicopedagógicas na classificação e tratamento, tanto os pobres e os
doentes mentais, [...] dá origem a uma linha de psiquiatria, biologia e psicologia da
neutralização do trabalho do professor, que eles tentarão orientar os profissionais de
ensino” para conseguir a homogeneização dos alunos nas escolas. (GUIMARÃES,
2009, p. 33)

O papel do psicopedagogo no sistema educacional é configurado como um


especialista, fora do centro, cujo trabalho psicoeducacional é orientado pela
intervenção clínica que concorda em "avaliar as características pessoais
dos alunos e propor atividades para compensar ou treiná-los, percebendo-o
como um problema individual ou familiar”. Assim, o sistema educacional
torna-se um organismo reprodutivo de desigualdades e exclusões
(GUIMARÃES, 2009, p. 35).

A abordagem de intervenção clínica é, portanto, “falar em práticas voltadas à


uma visão patológica e em benefícios com padrões de avaliação e que independe

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do contexto em que se encontram”, e dá lugar a uma intervenção individualizada,


psicológica e cognitivo-intelectual (GUIMARÃES, 2009). Assim, os resultados dessa
avaliação legitimam o sistema educacional para promover um estado de separação
ou segregação que favoreça a competitividade entre os estudantes, que aprendem
por não serem excluídos.

FIQUE ATENTO
Psicopedagogia é a disciplina que lida com o diagnóstico, tratamento e prevenção
de dificuldades de aprendizagem presentes na educação formal, bem como, e com
um sentido mais amplo, em outras áreas da educação não formal. Atende crianças,
adolescentes e adultos.

Antes dos processos de exclusão, impostos até agora para gerir a diversidade,
resultante da universalização da educação, tem lugar nos anos 50, uma mudança
sócio-educativa: a Era da segregação ou institucionalização para a normalização.
Esse passo levou ao conhecido princípio da integração, que envolveu mudanças
que ajudaram a erradicar certas crenças e respostas educacionais derivadas da era
da segregação, entendida como educação especial:

A segregação que caracterizou a institucionalização começou a ser vista


como uma violação dos direitos humanos". Para combater a agressão
contra a diversidade surge, nos anos noventa, no modelo inclusivo, modelo
educacional, a abordagem inclusiva supõe uma reivindicação da diferença,
característica inata ao ser humano, que propicia aprendizados sociais e
pessoais de grande valor educativo; e uma consideração em relação à
diversidade, respeitando-a como um recurso precioso que oferece a
possibilidade de crescer e evoluir de forma multidimensional
(FERNANDES, 2012, p. 23).

Além disso, essa abordagem atua como um elemento de prevenção e restrição


aos processos muito fortes de exclusão social. A mudança em direção a esta
abordagem nos permite destacar as capacidades dos alunos e, ao defender a
diversidade como uma fonte de fomento e riqueza, são obtidos projetos da educação
escolar que contribuem fortemente para reduzir os processos de exclusão social nos
quais grandes grupos de estudantes estão envolvidos em situações de desvantagem
(FERNANDES, 2012).

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Uma escola sem exclusões permite alcançar uma escolaridade de qualidade


que ofereça oportunidades de participação e envolvimento de toda a comunidade
educativa, garantindo, em todos os momentos, igualdade de oportunidades
educacionais em acesso, processos e resultados, com ênfase especial na inclusão.
Para evitar que os sistemas educacionais sejam em si mesmos a primeira fonte
de exclusão social, propõe-se a intervenção psicopedagógica inclusiva. Essa
orientação psicopedagógica defende o trabalho cooperativo como uma ferramenta
que promove a coesão social e a qualidade educacional. A única maneira de
diferentes alunos frequentarem a mesma sala de aula - conforme exigido pela opção
escolar inclusiva - é introduzir uma estrutura de aprendizagem cooperativa.

Figura 01 – Relação da psicopedagogia clínica e institucional

Intervenção

Psicopedagógica Inclusiva

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Enfatiza-se que este modelo de trabalho não se aplica apenas aos estudantes,
para alcançar uma escola inclusiva. A cooperação deve ser a base das relações
sociais entre equipes profissionais, famílias e a comunidade local. Deste modo, entre
as funções do psicólogo educacional, além daquelas já mencionadas, encontra-se o
seguinte, de acordo com Fernandes (2012):
- Assistir às necessidades de um grupo heterogêneo de alunos, considerando
suas características como um grupo e também as necessidades educacionais
específicas.

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- A orientação acadêmica e profissional é outra das suas funções. O psicólogo


educacional ajuda o aluno a detectar sua vocação por meio de estratégias de
tomada de decisão e com as informações necessárias para ver em quais perfis cada
aluno se destaca.
- A formação de valores, a resolução de conflitos, a aprendizagem de
habilidades sociais e o desempenho de várias tarefas de consciência social são
aspectos que também lidam com o psicólogo educacional.
- Colaborar e orientar o acompanhamento de alunos com necessidades
educacionais especiais. Desta forma, é responsável por fazer propostas e planos
curriculares para esses alunos.
- Promover as ligações entre a instituição e os parentes da criança.

1.2 FUNÇÕES DO PSICOPEDAGOGO

Neste tópico será tratado a respeito das funções do psicopedagogo. As


funções do psicopedagogo em diferentes áreas, são, de acordo com Barros (2012):

Educação
As autoridades educacionais propõem enfocar a transformação educacional
para o fracasso escolar e o abandono escolar, que afetam seriamente a educação
atual. O profissional é caracterizado por:
1) Ser gestor de aprendizagem construtiva nos alunos, escola e comunidade
com intervenções individuais e em grupo.
2) Estar preparado para integrar ações e estratégias em projetos escolares e
comunitários.
3) Entender a aprendizagem como um fenômeno global, complexo e dinâmico,
resultado de esforços cooperativos.
4) Resgatar e capitalizar as contribuições de alunos, professores de todos os
níveis e modalidades do sistema e da comunidade, que favoreçam o fazer com o
outro e não pelo outro.
5) Integrar alunos com necessidades educacionais especiais.
6) Assessorar a autoridades e instituições.

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IMPORTANTE
Em nosso país, a primeira corrida para formar profissionais na área de
psicopedagogia foi fundada na Universidade de São Paulo, em meados do século
XX; primeiro com um nível terciário e depois como uma carreira universitária. O
objeto de estudo estava, em seus começos, limitado ao espaço educacional
institucional e à necessidade de responder às dificuldades de aprendizagem ali
existentes. Os problemas específicos do campo ultrapassavam as possibilidades de
análise da pedagogia ou da psicologia.

1) Realizar detecção precoce de alunos talentosos e outros com necessidades


educacionais especiais.
2) Fazer diagnóstico, prognóstico, acompanhamento e tratamento
psicopedagógico, fundamentalmente no processo de ensino-aprendizagem.
3) Orientar metodologicamente.
4) Prevenção e aconselhamento aos pais e professores.
5) Orientação educacional.
6) Orientação profissional - ocupacional.
7) Tutoria.
8) Exercitar novos papéis na educação especial.

Saúde
PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE:
· Treinamento em serviço da equipe do hospital (atualização, reorientação,
residências): colaboração no planejamento, preparação, monitoramento e avaliação
do processo de ensino-aprendizagem.
· Programas comunitários de educação: monitoramento e monitoramento de
crianças saudáveis, educação familiar, educação sexual, educação alimentar,
prevenção de patologias (dependência de substâncias, violência e abuso, integração
dos "diferentes"), etc. (BARROS, 2012).

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PROGRAMAS DE SAÚDE PARA A EDUCAÇÃO:


O Ministério da Educação tem instalações de Educação Especial para pessoas
com algumas deficiências. Além disso, as pessoas com Necessidades Educativas
Especiais estão integradas nas escolas comuns (BRASIL, 2014).
O Ministério Educação possui um programa interdisciplinar de Saúde Escolar
(BRASIL, 2014):
1) Diagnóstico e tratamento específico de necessidades educacionais
especiais.
2) Diagnóstico, orientação e tratamento do processo de aprendizagem do
paciente neurológico, genético, psiquiátrico; etc.
3) Estimulação Precoce.

FIQUE LIGADO
Com um objeto de estudo muito definido: "o sujeito da aprendizagem", foi necessário
construir o referencial teórico a partir do conhecimento das ciências existentes e da
convergência de diferentes correntes teóricas, tais como: psicanálise, psicologia
social, epistemologia genética. etc. Isso permitiu que, no curso dessa nova
disciplina, fossem considerados os diferentes fenômenos relacionados à
aprendizagem, seu ambiente e seus fatores condicionantes.

1) Reabilitação de possibilidades de aprendizagem após mudanças


relacionadas a doenças, acidentes.
2) Detecção e derivação de patologias de aprendizagem para o sistema
educacional e outros serviços de saúde.
3) Orientação e colaboração com o hospital, escola comum e especial.
4) Orientação profissional e ocupacional. Foco especial no rescaldo de
doenças e acidentes.
5) Detecção e ações interdisciplinares em situações de violência e abuso,
transtornos alimentares, dependência de substâncias.
6) Cuidado e educação da mãe adolescente.

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Ação Social
Ele é um profissional comprometido com a transformação do conhecimento, a
afirmação dos valores que promovem a coexistência e justiça, promovendo a
formação de cuidar de indivíduos nos direitos humanos sociais, participativa e
tolerante politicamente, economicamente produtiva, respeito e consciente do valor
da natureza. Busca uma educação de qualidade, exigente de acordo com as
possibilidades de cada um, que se prepara para a vida (BARROS, 2012).
1) Exige ser HONESTO, construtor da paz, ter responsabilidade e dedicação
ao trabalho.
2) PROTEÇÃO PARA MENORES: Está sendo feito um trabalho de prevenção,
detecção e reabilitação de crianças e adolescentes em situação de risco social.
3) DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO: Equipes interdisciplinares estão
atuando para a proteção da família, maternidade, deficientes, crianças, jovens e
idosos.

Jurídico
Nos Tribunais e na Justiça Federal, é realizada perícia psicopedagógica,
assessorando o juiz em temas específicos. Também atua em Juizado de Menores
(BARROS, 2012).

Pesquisa
Enquanto os orçamentos especificamente dedicados a esta área são escassos,
o Bacharel em Psicologia é preparado e suas produções são transmitidas em
congressos, conferências e seminários regionais, nacionais e internacionais. Além
disso, o Psicopedagogo enfrenta sua tarefa como um processo de investigação
(BARROS, 2012).
1) Ação e documentação da experiência para compartilhá-la e difundi-la.
2) Colaborar com os professores quando eles quiserem realizar pesquisas
educacionais.

Empresa
1) Algumas ações na área são, de acordo com Barros (2012):

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2) Estudar as habilidades exigidas por um trabalho.


3) Formular um perfil cognitivo e habilidades e habilidades.
4) Selecione pessoal.
5) Colaborar na formação, melhoria e reorientação no trabalho.
6) Incorporar pessoal qualificado com deficiência.

Figura 2 – Intervenção pedagógica

Formação Inclusão

Intervenção Sociabilização

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Municipal
Participa de ações de centros culturais, creches, centros esportivos e
recreativos, refeitórios infantis.

Logo, o psicopedagogo é um profissional cuja formação vem tanto da área


psicológica quanto da pedagogia. Sua principal função é ser um mediador entre os
requisitos educacionais e o aluno como sujeito de aprendizagem (BARROS, 2012).

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1.3 A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

De olhar psicopedagógico, a intervenção educativa fica evidente como um


período de apoio, que envolve habilidades de ensino de autonomia e confiança para
seguir em frente, criando ferramentas tanto para a pessoa e a escola e também em
torno de sua família e, juntos, garantem que a intervenção tenha êxito.
A intervenção psicopedagógica na família proporciona a oportunidade de
envolver a escola em um espaço colaborativo. O desenvolvimento socioemocional
da criança é muito importante para se adaptar à sociedade e é na família que ele
aprende a interagir com os outros, como uma tentativa futura diante do mundo
complexo e para superar as dificuldades que possam surgir. O trabalho com os pais
deve ser preventivo, a fim de demonstrar as consequências de não atender às
necessidades das crianças como família, aumentando os problemas de adaptação e
possíveis comportamentos inadequados.

IMPORTANTE
Atualmente, a "psicopedagogia clínica" (que explica uma maneira particular de
abordar o objeto de estudo) se estende ao trabalho em vários campos: hospitais e
centros de saúde, educação especial, instituições educacionais de todos os níveis,
orientação vocacional - Ocupacional, cursos de formação de professores, pesquisa e
produção teórica e a recente incorporação em ambientes de trabalho e negócios.

O papel do psicólogo, deve ser dinâmico e ajustar-se às mudanças


necessárias, de acordo com as filosofias que, como a família e a escola surgem, por
que as demandas atuais na educação sobre a inclusão, incentivam o psicopedagogo
a redobrar esforços para gerar o trabalho em equipe na educação familiar e escolar
e garantir que o modelo de intervenção aplicado sempre alcance um aprendizado
para viver em comunidade, participando ativamente e sendo capaz de atender às
necessidades específicas de cada uma das crianças que buscam orientação do
psicólogo educacional para superar os obstáculos que estão no caminho (WEISS,
2008):

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Atualmente, crianças e jovens diariamente formam um tecido urbano em


horários específicos do dia. De casa para a escola, eles estão tecendo um
relacionamento em que cada criança e seu contexto fornecem uma vertente
de cor, textura e tensão peculiares. Casa e escola, dois microssistemas
relacionados para o desenvolvimento da criança que os liga. Pais,
professores e uma criança como o centro de dois sistemas de treinamento
de identidade. Pedagogia eficaz requer que os pais e professores sejam
referências nutritivas e parceiros ativos na vida daquela criança-estudante.
Educar crianças não significa que os pais abandonem direitos e deveres
inalienáveis, mas delegar certos aspectos de sua educação na escola.
(WEISS, 2008, p. 32).

Os pais não devem ser um público externo à escola porque não integram a sua
equipe de gestão, não definem a ideologia ou projeto educacional, as regras da casa
ou critérios de avaliação, mas são chamados a colaborar na realização do projeto
institucional, estabelecido antes de entrar na escola e ao qual eles aderem.
Acontece muitas vezes que a escola interage com os pais diante das dificuldades
que os estudantes possam manifestar nos aspectos cognitivos, sociais, emocionais
ou comportamentais. Diante de tais declarações negativas, é natural que os pais
assumam uma postura crítica defensiva quando se sentem acusados e
desvalorizados.
Assim dispostos, geram uma percepção negativa do centro educacional, não
conseguem assumi-lo como seu principal auxiliar na educação de seus filhos e
tendem a desqualificar o corpo docente. A desvalorização mútua e a atribuição
cruzada de culpa os desacredita diante dos olhos da criança. Família e escola
tornam-se incomunicáveis e se desligam. O resultado nos dá pais sem conexão,
professores indiferentes e menores sem referências significativas. O filho-aluno
transita ambos os mundos e precisa deles para ser relacionado, mas sem ser
sufocado ou puxado entre eles.
Unir famílias e escolas ainda continua a ser um desafio. A escola, que pode
instalar uma nova cultura em que a abertura ao diálogo, clareza na comunicação, a
coerência da comunidade que educa e respeito mútuo para a delegação de pais na
escola, são a base para apoiar sua pedagogia. A primeira condição para que a
entrega dos pais aos professores possa ser realizada com sucesso educacional é a
recuperação da confiança mútua desgastada hoje em dia.
Uma boa interação entre a escola e a família oferece à criança uma imagem de
reaproximação e relacionamento entre as pessoas que cuidam de seus cuidados e

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dá ao ambiente escolar um caráter de familiaridade e segurança. A família e a


escola devem atuar em uníssono para atender às necessidades expressas e
manifestadas pela criança e, gradualmente, introduzir e promover o desenvolvimento
da aquisição de hábitos em direção à autonomia pessoal progressiva.

ESCOLA
Figura 3 – O papel da escola na família

CRESCIMENTO
UNIÃO

FAMÍLIA
Fonte: Elaborado pela autora (2019)

A educação deve garantir um conjunto de experiências que apoiem e


complementem as experiências familiares, nunca substituindo aquelas que recebe
na família, a fim de alcançar um pleno desenvolvimento das habilidades da criança.
Os objetivos que nos propomos como profissionais da educação são fomentar e
manter um clima acolhedor e hospitaleiro, de confiança e respeito, de envolver os
pais para que eles se sintam parte da comunidade escolar e compartilhem
informações e experiências que se ajudam mutuamente na comunidade escolar.
Intervenção psicopedagógica.
A educação infantil é uma tarefa compartilhada entre pais e professores com o
objetivo de educar as crianças. Os relacionamentos devem ser cordiais e amigáveis,
a fim de chegar a um acordo sobre os objetivos, critérios de educação e lidar com as
crianças, para que desfrutem de sua infância e construam uma personalidade
equilibrada. Em suma, a colaboração estabelecida entre a família e a escola deve
tender a converter esses dois contextos em comunidades de práticas educacionais
compartilhadas.
Um bom relacionamento entre pais e professores facilitará o processo de
ensino-aprendizagem da criança. Portanto, esse relacionamento deve ser cordial e

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amigável, gerando um bom clima de confiança entre eles. Graças a isso,


sentimentos de segurança e motivação para a aprendizagem são gerados em
crianças, uma vez que estão cientes da preocupação e do trabalho educacional
realizado por seus pais e professores.

1.4 A PSICOPEDAGOGIA E FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Quando falamos em família, devemos ter em mente que a família também é


uma instituição de ensino. Dessa forma, a instituição de ensino tradicional, ou seja,
as escolas devem atuar juntamente com a família buscando estender o ensino e
aprendizagem fora do espação escolar.
Desse modo, os pais devem entender essa importância e serem proativos
durante o processo de aprendizagem. Nesse contexto, surge a psicopedagogia
como um elo escola e família, buscando desenvolver a aprendizagem dos alunos no
processo escolar, inclusive atuando no fracasso escolar e dificuldade de
aprendizagem.
Sendo assim, se torna fundamental a avaliação e intervenção psicopedagógica,
e, em conjunto, a atuação dos pais e da escola buscando desenvolver esses alunos
que apresentam essas dificuldades no processo de escolar. Vale ressaltar que a
família é a base para as demais instituições sociais. Contudo, o processo de criação
dos filhos não é perfeito, mas deve ser trabalhado buscando desenvolver os
envolvidos.

Criar filhos não significa torná-los perfeitos, pois os pais têm muitas dúvidas
e estão sujeitos a muitas falhas; mas o que é necessário é tentar identificar
os conflitos e desfazê-los, aprendendo a conviver com essas situações.
Através dos conflitos os pais desenvolvem a percepção de si mesmos e de
seus filhos. Essas situações estimulam pais e filhos a instalar um diálogo
verdadeiro, expondo o entendimento e sentimento em relação às
experiências cotidianas. Por outro lado, aspectos fundamentais do processo
educativo revelam que os pais devem ter respeito sobre o que o filho sente,
mas cabe a eles negar com firmeza e determinação as atitudes que possam
contrariar o que desejam para a educação de seus filhos (TIBA, 1999, p.
45).

Neste contexto, podemos afirmar que a família possui um papel fundamental


no processo de aprendizagem, tendo em vista que a família é base do processo, ou

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seja, é dentro do ambiente familiar que a criança se desenvolve, aprende sua


linguagem, valores, disciplina, limite, entre outros.
Sendo assim, o ambiente familiar deve estar adequado, estimulando e
proporcionando condições de aprendizagem, com isso, proporcionando uma
plenitude no processo de aprendizagem.
Neste contexto, a psicopedagogia busca atuar nas famílias disfuncionais, ou
seja, nos ambientes despreparados para o ensino e aprendizagem. Desse modo, se
faz necessário que o psicopedagogo investigue os contextos e busque proporcionar
um diagnostico que viabilize aprendizagem do aluno.

Figura 4 – Psicopedagogia e Família

Fonte: Araújo, 2017.

Vale ressaltar que o psicopedagogo deve estar atento aos mínimos detalhes,
inclusive ao fracasso escolar. Tendo em vista que o fracasso escolar gera pressão
no ambiente familiar e escolar. Dessa forma, é de suma importância a compreensão

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da família e a intervenção da psicopedagogia contribuindo para o desenvolvimento


do aluno.
Além disso, a família deve estar integrada à escola e, com isso, atuando no
processo de aprendizagem, respeitando os espaços dos filhos no processo de
ensino:

“Uma das contribuições da psicopedagogia é no contexto familiar,


ampliando a percepção sobre os processos de aprendizagem de seus
filhos, resgatando a família no papel educacional complementar à escola,
diferenciando as múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças
dos filhos (BOSSA, 1994, s.p.).

Contudo, o que vemos atualmente em nossa sociedade são famílias cada vez
mais disfuncionais, ou seja, famílias despreparadas para o educar proporcionando
ambiente de ódio, desequilíbrio, brigas, etc. Dessa forma, exigindo cada vez mais a
atuação da psicopedagoga e invertendo o papel da escola.

Mas o que se observa na contemporaneidade é que muitas das famílias


estão sem norte, não estão sabendo lidar com situações novas: pais
trabalhando fora o dia inteiro, desemprego, brigas, drogas, separações,
mães solteiras, outras constituições familiares, entre outras. Essas famílias
acabam transferindo suas responsabilidades para a escola, e por esse
motivo a escola acaba se desviando de suas funções para suprir essas
necessidades (COSTA et al, 2018, s.p).

Sarramona, em sua observação, colabora com a ideia de Costa et al. 2018:

veio ocupar uma das funções clássicas da família que é a socialização: “A


escola se converteu na principal instituição socializadora, no único lugar em
que os meninos e as meninas têm a possibilidade de interagir com iguais e
onde se devem submeter continuamente a uma norma de convivência
coletiva […]”. (SARRAMONA apud IGEA, 2005, p 19).

Nessa perspectiva, o psicopedagogo deve observar aqueles alunos que


apresentam dificuldades no processo de ensino e por meio de uma avalição seja por
entrevista, anamnese, etc., buscar recursos para contribuir com os alunos que
encontram dificuldades no processo de ensino.

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CAPÍTULO 2 - MEDIAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA PREVENÇÃO E


SUPERAÇÃO DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

2.1 CONCEITOS DE PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

Os problemas de aprendizagem são distúrbios que afetam a capacidade de


compreender ou usar a linguagem falada ou escrita, realizar operações
matemáticas, coordenar movimentos ou direcionar a atenção. Embora os problemas
de aprendizagem ocorram em crianças muito jovens, os distúrbios geralmente não
são reconhecidos até que a criança atinja a idade escolar. Pesquisas mostram que
nos Estados Unidos entre 8 e 10% das crianças menores de 18 anos apresentam
algum tipo de dificuldade de aprendizagem.
O tratamento mais comum para problemas de aprendizagem é a educação
especial. Educadores com treinamento especial podem realizar uma avaliação
educacional diagnóstica para avaliar o potencial acadêmico e intelectual da criança e
seu nível de desempenho acadêmico.
Quando a avaliação estiver concluída, a abordagem básica é ensinar as
habilidades de aprendizado com base nas habilidades e pontos fortes da criança,
corrigindo e compensando as deficiências e deficiências. Outros profissionais, como
fonoaudiólogos, também podem participar. Alguns medicamentos podem ser
eficazes e ajudam a criança a melhorar sua atenção e concentração. Psicoterapias
também podem ser usadas.

ATENÇÃO
O desenvolvimento teórico e a evolução de diferentes conceitos centrais para a
psicopedagogia, como a hierarquia de problemas emergentes relacionados ao
cenário do "conhecimento", continuarão a definir o rumo e as novas
responsabilidades da psicopedagogia.

Problemas de aprendizagem podem durar a vida toda. Em algumas pessoas,


vários problemas de aprendizado sobrepostos podem ser detectados. Outras

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pessoas podem ter um problema de aprendizado isolado que tem pouco impacto em
sua vida.
Aqui destaca-se que o Transtorno de Aprendizagem é definido como uma
dificuldade inesperada, específica e persistente para a aquisição de uma
aprendizagem, apesar da instrução convencional, nível de inteligência e
oportunidades socioculturais apropriadas. Esses distúrbios são incluídos nos
distúrbios do neurodesenvolvimento e interferem na aprendizagem de habilidades
acadêmicas e/ou sociais e frequentemente coexistem com problemas
comportamentais, de humor e/ou ansiedade:

Os transtornos de aprendizagem, se não detectados a tempo, não são


diagnosticados corretamente e não são tratados de forma eficaz, expõem a
criança a repetidas experiências fracassadas, podem reduzir a motivação
para o aprendizado e favorecer o surgimento de problemas associados que
afetam a aprendizagem, autoestima e bem-estar emocional da criança. A
criança pode mostrar sinais de tristeza, frustração ou decepção (ARAÚJO,
2014, p. 29).

Problemas comportamentais, como mau comportamento ou co-ocorrência com


TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) também podem ocorrer.
Embora não haja consenso sobre as causas da relação entre o TDAH e as
dificuldades de aprendizagem, a comunidade científica concorda que as dificuldades
específicas de cada transtorno favorece o desenvolvimento do outro.

Figura 5 – Transtornos mais comuns de aprendizagem

TDAH Discalculia Dislexia

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Quando há detecção precoce e intervenção especial apropriada, a maioria das


crianças e adolescentes podem superar ou aprender a compensar problemas

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escolares que possam ter surgido. Entre os principais Distúrbios de Aprendizagem, é


possível citar, de acordo com Araújo (2014):

DISTÚRBIO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM COM DIFICULDADE NA


LEITURA OU DISLEXIA
Dislexia ou distúrbio específico de aprender a ler, refere-se a uma dificuldade
inesperada de adquirir a leitura que algumas crianças apresentam com inteligência,
motivação e escolaridade adequada. As dificuldades de leitura e suas repercussões
estão mudando ao longo da vida, mas estão sempre presentes. No adulto, isso se
traduz em baixa velocidade de leitura e pouca grafia.

O tratamento da dislexia requer um processo de reeducação com técnicas


específicas e individualizadas, a fim de adquirir a capacidade de interpretar,
quase automaticamente, os habituais símbolos gráficos utilizados na leitura
e na escrita. Esse tratamento deve começar o mais cedo possível, evitando
assim o surgimento de problemas mais sérios e garantindo o sucesso de
aquisições mais complexas (ARAÚJO, 2014, p. 31).

A dislexia é uma condição vitalícia que dificulta a leitura. Em alguns casos


também pode afetar:
 Compreensão de leitura
 A soletração
 A escritura
 As matemáticas
 A linguagem

Crianças com dislexia muitas vezes têm dificuldades com habilidades básicas
de linguagem, como reconhecer sons em palavras e associar sons de letras a
símbolos (como letra b com som buh). Os meninos também têm problemas com a
combinação de sons para formar palavras. Isso pode dificultar a pronúncia ou
"decodificação" de palavras.
Crianças com dislexia também podem ter dificuldade em entender o que leem.
A dislexia pode dificultar a leitura automática ou aparentemente sem esforço. Um
erro comum é acreditar que a dislexia é um problema de visão. Não é. A dislexia é

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uma dificuldade de linguagem. As pessoas geralmente pensam que investir cartas


ao escrever é um sinal de dislexia. No entanto, isso não é necessariamente verdade.
Muita pesquisa foi feita sobre as causas da dislexia usando imagens do
cérebro. Essas investigações mostram que existem diferenças em áreas do cérebro
envolvidas em importantes habilidades de leitura entre pessoas que têm dislexia e
aquelas que não o fazem (veja um vídeo sobre dislexia e o cérebro). Além dos
problemas para decodificar, alguns dos sinais de dislexia são, segundo Araújo
(2014):
 Confusão ao pronunciar palavras e frases, como dizer "Grabiel está em
periglo" em vez de "Gabriel está em perigo"
 Dificuldade em ler em voz alta com o tom apropriado e o agrupamento
apropriado de palavras e frases
 Problemas ao escrever ou copiar letras, números e símbolos na ordem
correta
 Embora a dislexia não desapareça à medida que as crianças crescem, há
muitas adaptações e estratégias que podem ajudar.

A dislexia é um termo usado para um tipo de distúrbio de aprendizagem. É


também um tipo de dificuldade de aprendizagem. Está incluído em uma categoria de
deficiência que permite que as crianças recebam serviços de educação especial.
Muitos estados acrescentaram a dislexia à sua lista de condições que qualificam os
alunos para obter ajuda. Alguns até aprovaram leis sobre dislexia.
A dislexia é uma condição muito comum, mas também é complexa. Saber o
que é a dislexia e como ela coincide com outras dificuldades de aprendizagem e
atenção ajudará a encontrar o apoio de que seu filho precisa.

DESORDEM ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM COM DIFICULDADE


MATEMÁTICA OU DISCALCULIA
A discalculia ou dificuldade em aprender matemática, é referida como um
distúrbio de aprendizagem específico com dificuldade matemática, refere-se a uma
dificuldade permanente em aprender ou compreender conceitos numéricos,
princípios de contagem ou aritmética.

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SAIBA MAIS
Filme sobre o assunto: Como estrelas na Terra (2012)
Filme sobre o assunto: Somos todos diferentes (2011)
Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4e
https://www.youtube.com/watch?v=StgP-Mj_PKI
Observação: Sobre a temática, você identificará através dos filmes histórias de
superação, inclusão e amor.

Entre três e seis por cento das crianças em idade escolar apresentam
dificuldades permanentes na aprendizagem de tais conceitos matemáticos. Cerca de
metade das crianças com discalculia também têm um atraso ou deficiências em
aprender a ler, e muitas também têm TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade). A causa ainda é desconhecida, mas diferentes estudos científicos
sugerem um componente genético.
A discalculia é uma condição vitalícia que dificulta que as crianças realizem
tarefas relacionadas à matemática. Não é tão bem conhecido ou entendido como
dislexia, mas alguns especialistas acreditam que é comum.
Os especialistas ainda não sabem ao certo se a discalculia é mais comum em
meninas do que em meninos. Mas a maioria concorda que é improvável que haja
uma diferença significativa. As crianças que têm essa dificuldade de aprendizagem
têm problemas com muitos aspectos da matemática. Eles geralmente não entendem
as quantidades ou conceitos como maiores que, versus menos que. Eles podem não
entender que o número 5 é o mesmo que a palavra cinco (essas habilidades são
geralmente conhecidas como sentido numérico).
Crianças com discalculia também têm problemas com a mecânica da
matemática, como ser capaz de se lembrar de fatos matemáticos. Eles podem
entender a lógica por trás da matemática, mas não como ou quando aplicar o que
sabem para resolver problemas matemáticos. Eles também costumam ter problemas
com a memória funcional. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em reter números
na memória enquanto resolvem problemas matemáticos de várias etapas.

A discalculia recebe muitos nomes. Algumas escolas referem-se a isso


como uma dificuldade de aprendizagem em matemática. Às vezes os
médicos chamam de distúrbio de matemática. Você pode até ouvir as

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crianças e os pais chamam de dislexia matemática (o termo dislexia


matemática pode ser confuso, porque discalculia e dislexia não são os
mesmos) (ARAÚJO, 2014, p. 37).

A discalculia pode gerar diferentes tipos de dificuldades matemáticas,


portanto, os sintomas podem variar de uma criança para outra. É uma boa ideia
observar seu filho e tomar notas para discuti-lo com seus professores e médicos, e
assim encontrar as melhores estratégias e apoios para ele. Muitas vezes, a
discalculia parece diferente dependendo da idade. Geralmente é mais evidente
quando as crianças crescem, mas os sintomas podem aparecer já na pré-escola.
Isto é o que se tem que observar na criança, de acordo com Araújo (2014):

Pré-escolar: Ela tem dificuldade em aprender a contar e pula números, muito


depois de as crianças de sua idade conseguirem lembrar os números na ordem
correta. Ele tem dificuldade em reconhecer padrões, de menores a maiores, ou de
mais longos a mais curtos. Ele tem dificuldade em reconhecer símbolos numéricos
(sabendo que "7" significa sete). Ele parece não entender o significado de contar.
Por exemplo, quando você pede 5 blocos, você dá alguns em vez de contá-los.

Ensino Fundamental I: Ele tem dificuldade em aprender e lembrar dados


matemáticos básicos, como 2 + 4 = 6.Tem problemas para identificar e usar
corretamente +, - e outros sinais. Você ainda pode usar os dedos para contar em
vez de usar estratégias mais avançadas, como calcular mentalmente. Tem
dificuldade em entender palavras relacionadas à matemática, como maior que e
menor que. Ele tem dificuldade com representações viso espaciais de números,
como linhas numéricas.

Figura 6 – Características da discalculia

Dificuldade

Contar

Números

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

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Escola fundamental II: Ele tem dificuldade em entender o valor dos dígitos de
acordo com o local em que são colocados. Ele tem dificuldade em escrever números
claramente e colocá-los na coluna correta. Ele tem dificuldade com frações e
medições, como os ingredientes de uma receita simples. Ele tem dificuldade em
acompanhar a pontuação nos esportes.

Ensino Médio: Custa-lhe aplicar conceitos matemáticos ao dinheiro, incluindo


a estimativa do custo total, a mudança exata e a ponta. Ele tem dificuldade em
entender as informações apresentadas em gráficos ou tabelas. Ele tem dificuldade
em medir coisas, como os ingredientes de uma receita simples ou líquidos em uma
garrafa. Ele tem dificuldade em encontrar métodos diferentes para resolver o mesmo
problema de matemática.

TDAH
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um problema de
saúde mental que geralmente aparece na infância, geralmente após os sete anos de
idade, e é classificado como transtorno comportamental. Caracteriza-se, daí o seu
nome, porque as crianças são hiperativas (atividade física excessiva), impulsivas e
têm problemas em manter a atenção em uma única atividade de forma contínua.
Tudo isso leva a problemas no desempenho escolar, bem como em suas relações
pessoais com amigos, professores e familiares.
As causas do TDAH não são conhecidas, embora os diferentes estudos que
foram realizados a esse respeito sugiram que há um componente genético
importante, a ponto de alguns especialistas considerarem que há 76% de chance de
que os filhos de uma pessoa com esse distúrbio eles também o desenvolvem. Da
mesma forma, os estudos mais recentes consideram que o ambiente familiar (casas
não estruturadas) e o meio social (relações conflitivas) só podem atuar como
motores dos sintomas, mas não contribuem para o surgimento da doença.
Já em relação aos sintomas do TDAH, é importante notar que qualquer pessoa
pode, a qualquer momento, apresentar algum dos sintomas relacionados ao TDAH,
sem implicar qualquer relação com a doença. De fato, o diagnóstico de TDAH
envolve duas condições fundamentais: a coexistência de vários sintomas e que se

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manifestam nos diferentes ambientes sociais da criança (família, escola, círculo de


amigos) e constante e prolongada, causando, além disso, problemas óbvios de
relacionamento social e desempenho escolar.
Também deve-se ter em mente que nem todas as pessoas diagnosticadas com
TDAH apresentam os mesmos sintomas, mas que existe uma grande variabilidade
entre elas. De fato, dependendo dos sintomas de cada paciente, três tipos diferentes
de TDAH foram estabelecidos:

1) TDAH com hiperatividade-impulsividade

 Frequentemente, mantém um estado de excitação contínua.


 Ele fala muito, mesmo em situações em que ele deve permanecer em
silêncio, como durante as aulas.
 Ele é inquieto em sala de aula e tem dificuldade em se sentar. Ele
constantemente se remove na cadeira e pode se levantar durante a aula.
 Em situações em que você deve manter uma atitude de espera, não pare
de se mover, pular e correr.
 Muitas vezes interrompe os outros em conversas, jogos, etc. Nas
atividades em grupo, ele é incapaz de esperar a sua vez. Ele até tende a
responder antes de a pessoa que fala com ele terminar de fazer a
pergunta.
 Ele não consegue ficar calmo enquanto joga.

2) TDAH com falta de atenção

 Ele tem problemas em manter sua atenção em qualquer atividade que


esteja fazendo, o que o leva a cometer erros por perder os detalhes das
coisas.
 É facilmente distraído por qualquer estímulo externo.
 Não termina o que começa e muda a atividade rapidamente.
 É muito difícil para ele se organizar, então ele perde as coisas de que
precisa para fazer uma atividade ou muitas vezes esquece-as em casa

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quando se trata de coisas escolares. Ele também esquece os deveres


que ele tem que fazer ou as tarefas que lhe são confiadas em casa.
 Às vezes ele se mostra ausente, como se não escutasse o que está
sendo dito a ele.

3) TDAH combinado

 A criança manifesta os sintomas dos dois tipos anteriores, isto é,


hiperatividade, impulsividade e falta de atenção.

Deste modo, os distúrbios/problemas de aprendizagem não são contagiosos,


mas podem ter uma base genética. Isso significa que eles podem ser transmitidos
em uma família através de genes, como muitos outros traços que herdamos de
nossos pais e avós. Muito provavelmente, as pessoas com um distúrbio de
aprendizagem têm parentes com dificuldades de aprendizagem.

2.2 MEDIAÇÃO, SUPERAÇÃO E INTERVENÇÃO

Uma década ainda não foi concluída desde que a formação do pedagogo
educacional foi institucionalizada como um novo profissional de ação educacional e
psicoeducacional. Essa institucionalização veio para captar a necessidade -
detectada por inúmeras administrações educacionais desde os anos setenta - de
fornecer apoio técnico aos processos de ensino-aprendizagem que ocorriam em
escolas públicas. A resposta a esta necessidade, nos últimos anos, tem vindo a
moldar o que hoje aparece como um novo espaço profissional a ser ocupado por
uma, também recente, educação profissional: psicólogo educacional.
Até o advento deste novo profissional, e até hoje, eles têm sido geralmente
graduados em psicologia e pedagogia em diferentes especialidades: psicologia
escolar e educação, psicologia clínica, pedagogia terapêutica, educacional e de
orientação profissional, a organização e pedagogia escolar, etc. Aqueles que lidaram
com intervenção psicopedagógica em centros educacionais. O comissionamento do
grau de psicopedagogia visa criar um espaço que elimina as lacunas de formação

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integrados e sobreposições de ambos na formação profissional e ajuda a uniformizar


– homogeneizar a ações e critérios de enquadramento da intervenção
psicoeducacional.
Dois elementos significativos - com relação às reflexões que pretendemos
elaborar neste trabalho - parecem estar desvinculados do processo de gestação do
psicopedagogo educacional como um novo profissional da intervenção educativa. A
primeira refere-se a toda uma série de dificuldades - tanto de formação quanto de
desenvolvimento da profissão - que derivam do "suposto mix" de dois profissionais já
consolidados. Na verdade, pode-se dizer que o psicólogo é um pedagogo que tem
enfatizado a sua formação psicológica ou, inversamente, um psicólogo que abundou
em pedagogia, e é provável que tenha sido, na prática concreta da profissão, para a
aparência do novo papel profissional. Mas tal abordagem se encaixaria com
dificuldade para os propósitos do novo grau.

FIQUE LIGADO
Dois elementos significativos - em relação às reflexões que pretendemos elaborar
neste trabalho - parecem estar desvinculados do processo de gestação do
psicopedagogo educacional como um novo profissional da intervenção educativa.

Toda profissão deve, tanto em suas formas de pensar a realidade, interpretar e


suas próprias performances, uma tradição cultural e, talvez, é aqui, nas diferentes
tradições culturais da pedagogia e psicologia, onde se encontram muitas das
dificuldades daquelas a que aludimos em pelo menos três processos:
a) Ao superar exclusivismo corporativo, ou seja, pedagógico-psicológico para
enfrentar o objeto problemático de estudo.
b) Para o desenvolvimento de conhecimentos, metodologias, técnicas,
procedimentos e instrumentos de intervenção psicoeducacional que são, por sua
vez, integrados e integradores. Isso só pode ser alcançado a partir de estratégias de
intercâmbio interdisciplinar e cooperação acadêmica em pesquisa e ensino.
Estratégias que, em boa parte, têm que vir propiciadas pelas instituições.

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c) Através do consenso estabelecimento e também correlacionados entre a


formação acadêmica e mercado de trabalho dos próprios ou específicas áreas
profissionais de intervenção da psicologia.

O segundo elemento importante é o fato de que aparece profissionais,


historicamente e administrativamente vinculados aos processos de ensino-
aprendizagem que ocorrem em contextos educativos formais, ou seja, nas escolas.
Isso já define, desde o início, um espaço específico para a prática profissional.
Embora frequentemente observado que a psicologia educacional não é a única
escola de processos educativos, é verdade que, até à data, o campo da educação
formal parece ser o mais receptivo a intervenção pedagógica.
Ambos os elementos, os problemas profissionais, resultantes de diferentes
tradições acadêmicas e ligando psicopedagogo à educação formal, constituem parte
das reflexões que iremos desenvolver em torno da ação social, enquanto escopo
contextual e objeto de trabalho deste profissional. Ao analisar o conceito e conteúdo
de ação social e para especificar quais desses conteúdos para a psicologia
profissional estão ajudando a definir não só os seus deveres e tarefas, mas também
o perfil profissional e as mesmas áreas de intervenção.

Figura 7 – Intervenção psicopedagógica

Dificuldades

Aprendizagens

Intervenção Resultado

Fonte: Elaborado pela altura (2019)

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Acredita-se que o psicopedagogo como uma ação social profissional leva a


questionar como a educação se relaciona com social e, num sentido mais restritivo,
sobre como ele faz com a escola. Supõe também estabelecer o significado e
conteúdo específico de ação social, neste caso, como meios psico através do qual
esta competência profissional atualiza-se. Ele deve durar, tente identificar as áreas
específicas em que, além do contexto formal e referido – o psicopedagogo
desenvolve ou pode desenvolver essas habilidades.
A extraordinária riqueza de significados do conceito de ação social torna
extremamente difícil a tarefa de delimitar seu conteúdo. Em vez de desenvolver as
teorias desenvolvidas a esse respeito, o que se pretende é coletar alguns dos
significados que foram concedidos ao longo da história do pensamento. Além disso,
acessar as diferentes maneiras pelas quais ele pode ser entendido ou interpretado
hoje.
Escolhemos aqui definir uma interpretação da ação social: a) Ação social como
contexto ou estrutura contextual tendo em vista a educação formal. É considerá-la
como o campo do desenvolvimento da educação não formal. Em essência, essa
abordagem argumentaria que a ação educacional é o que ocorre nas escolas
enquanto seria considerada ação social ou, mais especificamente, sócio educacional
que é gerada fora delas. O universo educacional é assim perfeitamente definido e
estabelecido: a educação se torna equivalente a formal e social ou socioeducativa a
não formal.
A simplicidade desta abordagem é evidente. Não entrarei na impropriedade
substancial de reduzir o formal para a escola. O que me interessa é analisar a
equivalência entre o social e o não-formal. A partir da aplicação de "social" adjetivo
no contexto de uma ação específica que é fora do campus é reduzida, tácita ou
explicitamente, ou seja, não-escolar ou, se quiserem, um não-formal.

A primeira coisa que deve ser destacada é que, como não há educação que
não seja social, a educação formal deve necessariamente se constituir
como uma forma de ação social. Consequentemente, este último englobaria
a educação formal e não formal. Por outro lado, o centro educacional é
interpretado, do ponto de vista social, como mais um recurso entre todos
aqueles que compõem um território específico. Isso automaticamente
converte em um objeto e um sujeito (participante) da dinâmica de
intervenção socioeducativa gerada no referido território (ZANATA, 2013, p.
22).

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Duas reflexões, significativas para o exercício da psicopedagogia, são


derivadas do que já foi apontado em relação ao social. Em primeiro lugar, destacar a
globalidade do social que se manifesta como um todo articulado por elos que nem
sempre são evidentes para o interventor. Em segundo lugar, observe que o social
não admite fronteiras. A articulação - formal não-formal, que provou ser tão útil e
prolífico, do ponto de vista metodológico, para a classificação e compreensão do
universo de ações educativas, apenas sendo minada pela riqueza, diversidade e
complexidade do social.
O social é contínuo; não é, de forma alguma, discreta e as fronteiras
metodológicas que artificialmente e convencionalmente erigem-se acabam sempre
sendo permeabilizadas. Consequentemente, os princípios de globalidade e
continuidade são definidos como inerentes ao social. Se transferirmos esses
princípios para a intervenção, deve-se começar notando que, no social, não há
casos isolados. Psicopedagogicamente intervir nos passes sociais, se no formal ou
não-formal reaprende a olhar a realidade e isso significa desistir - ou, em qualquer
caso, revisar- uma tradição positivista secular que nos habituou à análise como meio
exclusivo de compreensão.
Esta é razão mais do que suficiente para tirar o psicopedagogo educacional do
círculo fechado do centro educacional e conectá-lo à realidade das famílias e do
bairro. Os processos educativos que os alunos desenvolvem estão intimamente
relacionados às condições e situações que eles veem e vivem em suas casas e em
suas ruas e não podem ser tratados descontextualizados.
Deste modo, o que acontece nas escolas é sempre uma reflexão ou reação ao
que acontece nos bairros em que eles estão localizados. Além disso, o
psicopedagogo conecta os processos educacionais que são vividos no centro
escolar com a realidade social e institucional que lhes dá abrigo.
Baseado no exposto, podemos dizer que o Transtorno do déficit de atenção
com hiperatividade – TDAH é um transtorno cujo seu diagnóstico apresenta algumas
dificuldades. Dessa forma, o se utiliza o questionário SNAP-IV como um auxilio
nesse processo de diagnóstico e intervenção. Todavia, para m diagnóstico completo
é necessário que o psicopedagogo engloba todos envolvidos em sua avaliação, ou
seja, professores, alunos, familiares, etc.

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Uma vez que diagnóstico psicopedagógico envolve a investigação de


distúrbios, transtornos ou patologias referente à aprendizagem humana, a
fim de descobrir o que pode estar influenciando e prejudicando o bom
desenvolvimento da criança ou jovem, é mister que o pedagogo seja o
primeiro profissional a se deparar com um aprendente que manifeste
sintomas associados ao TDAH. Cabe a esse profissional, utilizar as
ferramentas das quais dispõe, a fim de fazer um diagnóstico preliminar da
situação e dar o melhor encaminhamento possível ao problema. Nesse
sentido, conhecer e fazer uso do SNAP-IV pode acelerar o pré-diagnóstico
do transtorno de forma rápida e segura. Assim sendo, a utilização do
questionário SNAP-IV constitui-se numa excelente ferramenta auxiliar ao
diagnóstico de TDAH, sendo de extrema importância que os
psicopedagogos a conheçam e utilizem, prestando informação e orientação
aos pais e professores sobre a correta utilização do questionário. Além
disso, cabe ao psicopedagogo acompanhar a forma como são conduzidas
as observações realizadas por pais e professores, a fim de que estes
consigam alocar corretamente os sintomas em acordo com a escala de
quatro níveis de gravidade, constante no questionário (MARCON,
SARDAGNA & SCHUSSLER, 2016, s. p.).

Observamos o quadro abaixo que apresenta o processo de intervenção


psicopedagógica.
Figura 8 – Intervenções Psicopedagógicas

Fonte: Marcon, Sardagna & Schussler (2016).

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CAPÍTULO 3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL: FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DENTRO


DO AMBIENTE ESCOLAR

3.1 CONCEITO E PARÂMETROS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial é uma forma de Educação Básica que oferece atenção


educacional com equidade aos alunos com necessidades educacionais especiais
com ou sem deficiência e/ou habilidades de destaque, de acordo com suas
condições, necessidades, interesses e potencialidades, sua prática é baseada na
abordagem da educação inclusiva, entendida como um conjunto de processos que
visam eliminar ou minimizar as barreiras que limitam a aprendizagem e a
participação de todos os alunos. As barreiras, assim como os recursos para reduzi-
las, podem ser encontradas nos elementos e estruturas do sistema educacional,
como escolas, comunidade e políticas locais e nacionais.
A inclusão é um desafio da educação básica que estabelece orientando a
prática educacional em ações voltadas para a implementação do sistema nacional
de educação para crianças e jovens que, por alguma outra razão, cultural natureza,
social da desigualdade de gênero e / ou econômica, não têm acesso ao sistema
educacional e / ou estão em risco de exclusão dos serviços educacionais.
Para cumprir sua missão, a Educação Especial deve fornecer, segundo Santos
(2015):
 Processos de aconselhamento e acompanhamento metodológico aos
professores da educação básica
 Atenção e acompanhamento de estudantes
 Orientação permanente para os pais
 Divulgação e conscientização permanente para a comunidade

O termo educação especial tem sido usado de maneira tradicional para nomear
um tipo de educação diferente da educação regular ou ordinária, uma vez que
anteriormente ambos os tipos de educação tomavam caminhos paralelos nos quais
não havia pontos de concordância ou comparação. Assim, os alunos diagnosticados
com deficiência ou incapacidade (termos que até hoje são tomados como sinônimos

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sem o serem), foram segregados em escolas específicas (educação especial) pela


atenção daquela situação particular que apresentaram, para o fato puro de deixar a
norma e sem analisar em nenhum momento as capacidades com as quais
contavam.
Essa maneira de proceder em relação a pessoas com certas características
especiais causou a segregação e a marginalização cultural e social das pessoas
diagnosticadas. Devido a tais circunstâncias, o movimento chamado normalização
começou, o que implica que a pessoa com deficiência leva uma vida tão normal
quanto possível. O princípio da normalização implica a noção de normalidade, um
conceito absolutamente relativo, sujeito a muitos tipos de critérios e modelos
explicativos e nos quais o normal é diferente para cada um deles. Por exemplo, o
que se considera normal hoje, provavelmente não foi ontem e quem sabe amanhã.
O que em uma parte do mundo é normal, em outra pode ser considerado
completamente o oposto. É fácil descobrir que o normal ou anormal está fora da
pessoa e depende do que é percebido deles. É essencial mudar a atitude da
sociedade na avaliação das diferenças humanas, uma vez que não se trata de
eliminar essas diferenças, mas de aceitar que existem diferentes modos de estar
dentro de um contexto social específico capaz de oferecer a cada um de seus
membros as melhores condições para que eles alcancem o máximo
desenvolvimento de suas habilidades, oferecendo os mesmos benefícios e
oportunidades para alcançar uma vida normal:

A educação especial deve ser baseada em ações que se articulam, de


transformação, de mudança, de redução da diferença, a aquisição de uma
competição inexistente ou previamente limitado e como podemos intervir
para que o contexto nos favorece tudo sem fingir a normalidade da pessoa
que, por alguma razão, consideramos fora desta apresentar um traço
distinto. Em qualquer sociedade existem diferenças e semelhanças entre os
indivíduos que as compõem e estas podem ser vistas como um problema
ou como uma característica que enriquece grupos humanos. Quando se
trata de homogeneizar diferenças, é quando elas são descobertas como um
problema a ser resolvido (SANTOS, 2015, p. 46).

Por outro lado, quando as diferenças são tratadas como uma manifestação
natural nos seres humanos, a diversidade é entendida como parte integrante do
cotidiano das pessoas, como fonte de enriquecimento mútuo nas diferentes áreas
em que as pessoas se desenvolvem e convivem. Um dos contextos a serem

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considerados como base para um bom processo de aprendizagem é a escola - que


deve responder a essa diversidade de características e necessidades de todos os
seus alunos, cumprindo um dos propósitos mais importantes da educação: ser a
mesma para todos os alunos, que devem estar cientes dessa diversidade, que, por
sua vez, requer respostas diferentes para sua atenção.

Figura 8 – Educação especial e seus parâmetros

Educação inclusiva

Educação social

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Portanto, a avaliação da diversidade é um elemento de fortalecimento dos


processos de ensino e aprendizagem. O conceito de diversidade refere-se ao fato de
que todos os alunos têm necessidades educacionais comuns que compartilham com
a maioria e, por sua vez, têm suas próprias necessidades, que podem ou não ser
especiais. Para isso, precisa-se de um nível mais elevado de equidade, o que
implica a criação de escolas que verdadeiramente educam em e para a diversidade,
entendida como uma fonte de qualidade educacional que irá enriquecer toda a
comunidade escolar.
Além disso, as escolas integradoras representam uma estrutura favorável para
a igualdade de oportunidades e a plena participação; contribuem para uma
educação mais personalizada, fomentam a solidariedade entre todos os estudantes
e melhoram a relação custo-eficácia de todo o sistema educacional.
O movimento de inclusão surge para enfrentar as altas taxas de exclusão,
discriminação e desigualdades educacionais presentes na maioria dos sistemas
educacionais do mundo. Também requer a adaptação do ensino à diversidade das
necessidades educacionais de todos os alunos, que possuem diferenças em suas

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características sociais, culturais e individuais. Visto assim, é a própria escolarização


e o ensino dessas crianças, jovens ou adultos, que devem ser adaptados às
diferentes necessidades para facilitar sua aprendizagem e participação.
O próprio conceito de inclusão implica o reconhecimento do valor da
diversidade nas escolas e comunidades, o que implica inovações e, ao mesmo
tempo, reorganizações que respondam positivamente com respeito à individualidade
de todos os alunos. A educação inclusiva busca que todas as pessoas tenham
acesso a uma educação de qualidade, já que a educação é a base de uma
sociedade mais justa e igualitária. Um aspecto fundamental da inclusão é conseguir
a participação plena de todas as pessoas envolvidas, pois todos nós temos o direito
de pertencer a uma comunidade e compartilhar com seus membros as diferentes
experiências da vida diária.

FIQUE ATENTO
Educação social inclusiva: é o conceito pelo qual temos o direito de termos filhos,
adolescentes, jovens e adultos, a uma educação de qualidade, que considere e
respeite nossas diferentes capacidades e necessidades educacionais, costumes,
etnia, idioma, deficiência, idade, etc.

Portanto, é importante notar que a inclusão é um processo que não tem fim;
não é uma tarefa simples, pois é muito fácil que surjam barreiras que excluam ou
discriminem os estudantes, ou que limitem seu aprendizado e desenvolvimento
como pessoas. Isso implica uma busca incessante por novas e melhores maneiras
de responder à diversidade de alunos que aprendem; Também se refere a como
aprender a viver com e a partir da diferença. Uma maneira de fazer isso é através da
implementação de programas que envolvem toda a comunidade para viver juntos,
compartilhar, aprender e trabalhar a partir da diversidade.
Para Almeida Junior (2012), as questões de diversidade e inclusão social são
uma parte importante de seu trabalho educacional; Entende e leva em conta que a
escola é o motor da mudança, então é nela que os processos de inclusão podem ser
produzidos com sucesso. A aprendizagem ocorre muito mais facilmente em
contextos sem barreiras à aprendizagem e à participação, que não recaem na

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interação entre o aluno e os diferentes contextos em que ele está imerso, e quais
são os que impedem ou inibem as possibilidades de aprendizagem dos alunos
considerados especiais.
Assim, as ações devem ser direcionadas para eliminar as barreiras físicas,
pessoais e institucionais que limitam as oportunidades de aprendizagem e o pleno
acesso e participação de todos os alunos nas atividades educativas. Hoje, as
mudanças geradas a partir da experiência, a vida cotidiana e as formas de lidar com
as realidades estudadas sobre educação especial e inclusão educacional e social,
nos obrigam a repensar as formas de trabalhar e que envolve uma abordagem
integrada para a tarefa professor profissional, em que, o ambiente é um elemento
fundamental.
Almeida Junior (2012) aborda a intervenção de e na família. Em ambos os
inquéritos é considerado que a educação especial deve ser visto em seu contexto
adequado, uma vez que influencia os seus membros e sua história, por isso torna-se
necessário não só para contemplar o indivíduo e seu processo interno, mas também
sua família como o contexto social mais próximo e uma parte importante da
intervenção educacional e social que ocorre com pessoas que têm uma deficiência
ou necessidade educacional especial.
Isso ocorre porque a pensar unicamente na criança ou adulto com deficiência
descontextualiza família e, portanto, o diagnóstico foca o assunto e não no contexto.
A pesquisa de referido autor enfoca os casos em que os alunos do terceiro semestre
do mestrado em educação especial da Universidade Intercontinental trabalharam.
Os resultados foram apresentados em dois aspectos: um, de acordo com a relação
das configurações relacionais (estruturais) das famílias; o outro, baseado em
alianças transgeracionais (uma criança com pai ou avô) que refletem o conflito
oculto ou aberto entre adultos. Com este estudo você pode ver a importância de
encontrar a maneira pela qual o sistema familiar intervém e está relacionado ao
sintoma que, nesse caso, são as dificuldades que a criança ou adolescente pode
apresentar ao longo de sua escolaridade.
Na mesma linha, Fernandes (2012) fala sobre a importância da participação da
família na educação das pessoas com autismo, porque eles são os pais que são
responsáveis pelo seu cuidado e educação, e são que passam a maior parte do

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tempo com os filhos. É por isso que o ambiente familiar é o melhor lugar para a
criança autista ser tratada, o que mostra que os pais são importantes assistentes no
tratamento.
Esses autores também ajudam a entender que o conhecimento sobre o tipo de
relacionamento que ocorre tanto dentro quanto fora da família, e em termos de
necessidades educacionais, é essencial para que essa intervenção seja efetiva em
todas as áreas do mundo que se desdobra. Vale ressaltar que a necessidade de
proporcionar orientação educacional adequada às escolas para que a comunidade
escolar possa focar suas necessidades na atenção à diversidade, bem como a
incorporação de educação intercultural, equidade, gênero, etc., é o que é
consistente com a visão de uma escola inclusiva.
Em se tratando dos pontos mais importantes do aconselhamento educacional
este é que é um serviço indireto, pois os resultados não recaem apenas sobre os
alunos, eles também servem ao profissional que lida com professores e pais, o
principal responsável da educação dos alunos, uma vez que estes, por sua vez,
devem promover atividades de ensino e aprendizagem em crianças.
O exposto implica o próprio processo educativo do sujeito, considerando que a
educação básica atual tem a visão da escola inclusiva e a atenção à diversidade de
necessidades educacionais que podem ser apresentadas na escola. Porém, se os
profissionais não estão preparados para atender à diversidade, não é possível iniciar
processos escolares inclusivos.
Devido ao acima exposto, se vê a necessidade de fornecer aconselhamento
educacional às escolas que o solicitem. As crianças têm formas diferentes de se
expressar e de atrair atenção, o que os adultos não entendem. Não há uma
aceitação das crianças como elas são; pelo contrário, queremos que elas estejam de
certo modo, de acordo com nossos parâmetros de adequação ou normalidade.
Muitas vezes, a criança chamada sua atenção constrói o sintoma, que é o
movimento e distração para se proteger da angústia causada por outro (mãe, pai,
professor etc.) e, portanto, não tem chance de sair o rótulo que foi atribuído a ele,
como nome próprio.
Ele é, então, agrupado de acordo com esta patologia, esta síndrome, que a
deficiência é marcada e longe de ser considerada assunto, o que faz com que a

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criança e seus pais segreguem-na a um lugar de decadência social, cultural e


educacional cheia de impossibilidades, porque, por um lado, é nomeada e
apresentada como uma criança diferente do normal e, por outro lado, o trabalho é
centralizado em parâmetros, índices e classificações estritamente pedagógicos e
cognitivos.

Figura 9 – Pedagogia cognitiva

Cognição

Conhecimento

Instrução

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Deste modo, o assunto que existe em todo desenvolvimento e em toda criança


é eliminado. Este sugere que, se permanecermos nessa posição e a criança falhar
ou não aprender, o problema será visto como a única e exclusiva falha da criança.
Isto é, aquele que não é treinado é o filho; os professores da escola ou os pais não
têm qualquer falha na situação que a criança passa. Esta situação não pode estar
mais longe da realidade, porque se, por algum motivo, uma criança não pode cobrir
o currículo escolar é precisamente porque o contexto escolar ou familiar está
falhando em seu papel educacional.
Finalmente, Zanata (2013) destaca o importante papel desempenhado pelos
diferentes governos, que devem elaborar políticas educacionais que levem em conta
a opinião da sociedade e fazer uma análise crítica do ideológico, filosófico e
pedagógico para entender as diferentes situações locais que facilitam a identificação
das necessidades, determinando assim as prioridades existentes através do
estabelecimento de propósitos e objetivos adequados, que garantam os direitos de

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atenção educacional especializada de crianças, adolescentes e adultos que são


afetados por processos excluindo em escolas regulares.
A escola não é uma organização neutra que reflete uma concepção do mundo
e da sociedade de classes, portanto, se não se levar em conta os atributos políticos
intrínsecos à educação, corre-se o risco de ter políticas muito distantes dos objetivos
referentes ao direito de todos a uma educação de boa qualidade. O autor reitera o
compromisso ético que as escolas têm de acompanhar a aprendizagem de todos os
alunos, uma vez que a educação escolar consiste na apropriação da cultura humana
traduzida na forma de conhecimentos, artes, ciências, valores, etc., que contribuem
para a desenvolvimento do ser humano.
Acredita-se que se deve trabalhar em uma política educacional que desenvolva
uma escola para todos e na qual se dê apoio e atenção à diversidade, materialize o
desenvolvimento de um projeto político educacional entendido como um caminho
que leva a toda a comunidade escolar para refinar as respostas educacionais que
planeja, organiza e oferece para todos, removendo barreiras à aprendizagem e à
participação ao longo da vida.

FIQUE LIGADO
Os esforços feitos pelo setor de educação e pelo setor privado não foram suficientes
para diminuir as diferenças no acesso a serviços educacionais de qualidade. As
desigualdades são mantidas entre escolas rurais e urbanas e entre escolas públicas
e privadas, tanto em relação às infraestruturas e o equipamento em termos de
conteúdo, tecnologias e horas efetivas de aprendizado.

A problematização desses aspectos, juntamente com muitos outros de


natureza política, social, econômica, cultural e pedagógica, procura demonstrar a
importância da educação inclusiva, sem romantismo e com os pés no chão, capazes
de cumprir os objetivos estabelecidos.

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3.2 A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO SOCIAL

Educar na diferença implica uma atitude de avaliação positiva para a


comunicação e interação entre pessoas diferentes, e para a compreensão da
diversidade como fator de aprendizagem positiva e necessária nas organizações
escolares atuais. Agora, o desafio é complexo, e hoje defende-se a ideia de que a
educação inclusiva está entre o desejo de ser uma crítica proposta educativa, e a
realidade de estar em uma encruzilhada que variam de segregação secreta de
estudantes com necessidades educativas especiais devido à falta de profissionais
especializados, bem como a formação escassa na educação inclusiva de todos os
professores e da comunidade educativa.
A este respeito, há ainda uma abordagem curricular compensatória ou com
déficit no tratamento educacional de alunos com necessidades educativas especiais,
que é todas as luzes censuráveis não só comprometendo o mundo acadêmico, mas
também por profissionais da educação e orientação educacional bem como as
famílias que vivem com desconforto como o sistema educacional que não são
capazes de assegurar cuidados com a educação inclusiva de qualidade e igualdade
a seus filhos e filhas.
No caso da menção da educação inclusiva que algumas universidades
brasileiras tem-se incorporado ao currículo das novas séries do ensino fundamental
(que é a especialidade da educação inclusiva, anteriormente conhecido como
Educação Especial), que pode ser precisa de um maior nível de especialização, já
que não se pode esquecer a importância de promover a educação inclusiva em
todas as disciplinas, o que resulta em uma espinha dorsal de uma comprometidos e
críticos em tempos de incerteza econômica e social.

ATENÇÃO
A educação inclusiva não acredita em segregação, nem considera que é necessário
criar um lugar especial para crianças com deficiências. Mas propõe que existe um
lugar chamado escola que é para todos e existe um processo social chamado
educação e esse processo é vivido em comum.

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Então, não podemos negar que muitos professores universitários defendem


uma perspectiva aberta, holística e complexa da educação inclusiva que pode ser
concebida como um processo Permite-nos abordar e responder à diversidade das
necessidades de todos os alunos através de uma maior participação em atividades
de aprendizagem, culturais e comunitárias e reduzir a exclusão dentro e fora do
sistema educacional. Isto implica mudanças e modificações de conteúdos,
abordagens, estruturas e estratégias baseadas numa visão comum que abrange
todas as crianças em idade escolar e a convicção de que é da responsabilidade do
sistema regular de ensino educar todas as crianças:

O objetivo da inclusão é fornecer respostas adequadas ao amplo espectro


de necessidades de aprendizagem em contextos formais e não formais de
educação. A educação inclusiva, mais do que uma questão marginal que
lida com a forma de integrar certos alunos ao ensino convencional,
representa uma perspectiva que deve servir para analisar como transformar
sistemas educacionais e outros ambientes de aprendizagem, a fim de
responder à diversidade de os estudantes. O propósito da educação
inclusiva é permitir que professores e alunos se sintam à vontade com a
diversidade e a percebam não como um problema, mas como um desafio e
uma oportunidade para enriquecer as formas de ensinar e aprender.
(FERNANDES, 2012, p. 55)

Neste ponto, Fernandes (2012) levanta a necessidade de formar futuros


professores, professores do século XXI, em uma cultura de diversidade que sustente
a educação inclusiva, sua concepção e suas práticas didáticas. E é isso que levanta
que, em um sistema escolar moderno, os estudantes, longe de serem um mero
receptor passivo de informações e padrões, aprendem ativamente explorando,
selecionando e transformando o material de aprendizagem.
Nesta visão moderna é o pensamento de Piaget construtivismo, por um lado, o
que significa que os alunos precisam de um ambiente que incentiva você a resolver
problemas e permitir-lhes desenvolver e praticar suas mentalidades e, por outro, o
pensamento de Vygotsky, que enfatiza que o fato de o aluno ser capaz de aprender
por conta própria é mais um resultado do processo educacional do que um ponto de
partida. Esta é uma mudança não só de mentalidade para os futuros professores,
mas em sua experiência, uma vez que os alunos podem assumir um novo olhar
sobre seu próprio ser e estar nas salas de aula universitárias que também
promovem a inclusão e a aprendizagem cooperativa como elementos-chave.

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Vivemos em um mundo em constante mudança, especialmente no campo


educacional. Há uma crescente preocupação em melhorar o capital humano e o
bem-estar social, e é aí que o papel da educação é da maior importância, uma vez
que investir na educação não é um gasto, mas um investimento no futuro,
crescimento social e desenvolvimento econômico.
Os processos de transformação que algumas décadas atrás poderiam durar
anos agora estão acontecendo de forma vertiginosa graças à rapidez e rapidez que
as TICs nos proporcionam. O que é novo hoje, o amanhã está desatualizado. Assim,
encontra-se um novo mapa político, social e cultural que é desenhado como instável
devido à sua natureza altamente variável. A escola, como um membro da sociedade
e um reflexo de sua instituição não pode ficar indiferente à mudança de cenário e é
forçado a renovar-se para enfrentar os desafios da sociedade presentes do século
XXI.
Moldar a difícil proporção crescente de estudantes estrangeiros por turma, a
lacuna de conhecimento, culturas, estilos de vida (todos, sem diminuição do
raciocínio de alunos por sala de aula) para resolver um quebra-cabeça. Por um lado,
a sociedade exige uma maior preparação acadêmica para enfrentar uma realidade
cada vez mais complexa; por outro lado, a escola tenta lidar com essa complexidade
com estratégias que nem sempre correspondem à diversidade vigente nas salas de
aula.
É evidente que esse panorama educacional gera novas necessidades de
formação para os professores encarregados de desenvolver práticas educativas
capazes de responder com garantias de sucesso frente ao desafio de uma nova
educação para uma nova sociedade. Existem inúmeros autores que concordam que
os professores são os principais agentes para a mudança de qualquer sistema
educacional e que o sucesso de qualquer programa de inovação educacional
depende do seu desempenho.
Assim, a formação de professores torna-se um aspecto de atenção especial
dentro da oferta educacional. A experiência ensina que, se não aprendermos a
valorizar as diferenças na sala de aula, dificilmente aprenderemos a fazê-lo em uma
sociedade com um caráter marcante, elitista, competitivo e materialista. A escola
inclusiva, ao mesmo tempo que se propõe a erradicar todas as formas de

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discriminação e de promoção da coesão social, pode ser concebida como a


esperança de transformar a sociedade no sentido de uma mais justa, futuro mais
equitativo e, em última análise, mais humano.
A origem do movimento inclusivo está localizada nos países anglo-saxônicos,
no marco da educação especial. É por isso que tradicionalmente tem sido associado
à educação inclusiva com uma educação apenas para alunos com necessidades
específicas de atenção educacional, quando a realidade é que a escola inclusiva é
concebida como uma escola para todos. Embora existam várias definições de
educação inclusiva que podem ser encontrados na literatura, em uma tentativa de
sintetizar as suas bases, poderíamos dizer que a escola inclusiva reconhece a
diversidade como um valor, para que todos tenham um lugar nele em pé de
igualdade.
O reconhecimento das diferenças individuais nos leva ao reconhecimento da
diversidade, não apenas cognitiva, mas também emocional e do mundo dos valores.
Assim, do ponto de vista da inclusão social e educacional, a diversidade é o
reconhecimento das diferenças e valorização dos mesmos, isto é, precisa usar o
mesmo para todos os alunos e a comunidade educativa, não um flagelo perturbador
de coexistência escolar.

IMPORTANTE
Há cada vez mais evidências de que todas as crianças e adolescentes aprendem,
em diferentes ritmos e níveis, porque são todos diferentes, e porque a educação
inclusiva mostra que não se trata de todos aprenderem da mesma maneira ou da
mesma forma.

Talvez essa última ideia seja uma das mais importantes: a diversidade é
valorizada; isto é, não é considerado uma deficiência, falta ou desvios de um perfil
normativo. Se compararmos um indivíduo com um perfil normativo (e pedimos a ele
para adaptá-lo), não estaremos reconhecendo suas peculiaridades, mas a
desigualdade. Então a hierarquia surge, porque há alguém que excede a norma e
que está abaixo dela, dizendo a si mesmo que eles falharam (porque eles não têm o
"nível" requerido).

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Portanto, a desigualdade surge quando as diferenças são institucionalizadas


como deficiências, e é essa deficiência que justifica a exclusão. De fato, a
desigualdade vai além da escola, métodos pedagógicos e processos de avaliação
que são usados em sala de aula. A desigualdade é enquadrada na mentalidade
coletiva e é necessário romper com toda uma série de preconceitos e estereótipos
em relação às crianças com deficiência, bem como com suas famílias.
Caiado (2016) afirma que a educação inclusiva é baseada no direito de todos
os alunos a receber uma educação de qualidade que atenda às suas necessidades
básicas de aprendizagem e que enriqueça suas vidas. Embora a educação inclusiva
dedique atenção especial a grupos vulneráveis e marginalizados, sua finalidade é
desenvolver plenamente o potencial de cada indivíduo e não apenas de grupos
específicos. Também é importante distinguir o movimento inclusivo como uma
proposta diferente do modelo de integração educacional estendido em muitos países
ocidentais.
A inclusão é um processo, um caminho que as escolas empreendem com o
objetivo final de alcançar progressivamente que todos os seus membros se sintam
parte integrante do centro, aceitos e valorizados. Portanto, não há escola totalmente
inclusiva. Pelo contrário, a integração é um estado que é alcançado quando todos os
alunos recebem educação no mesmo lugar, ou seja, a integração destina-se a
integração dos alunos com o restante dos alunos, mas não implica em mudanças ou
profundas transformações nas metodologias de ensino de professores e instituições
de ensino.
A integração só funciona de dificuldades e deficiências. Alunos com
necessidades específicas de atenção educacional são considerados um fardo que
deve ser assumido e superado. Por outro lado, a inclusão não se concentra nas
deficiências, mas no potencial de cada aluno, para começar com elas e envolver
todos os envolvidos. Na integração, o que importa é que todas as crianças estejam
no mesmo lugar, com acesso igual.
Consegue-se com o fato de ser mais, isto é, como se ter alunos com
deficiência em sala de aula já fosse um elemento pedagógico de valor. Obviamente,
a inclusão requer não apenas ser, mas participar efetivamente, mudando
mentalidades na prática docente e incentivando o uso de estratégias metodológicas

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mais cooperativas, especialmente transformadoras do contexto educacional. Além


disso, essa participação não afeta apenas os alunos, mas também se estende aos
professores, famílias, funcionários do centro e de toda a sociedade.
Não se trata de planejar melhorias para grupos de alunos e esquecer outros
grupos, mas todos devem participar, promovendo espaços de autenticidade nas
relações humanas que ocorrem entre os próprios alunos e entre alunos e
professores. Portanto, no processo de inclusão, é fundamental eliminar as barreiras
que dificultam essa participação interativa.
A inclusão é também uma questão de valores, escolhas culturais, sociais e
políticas. Envolve uma mudança de atitude e discurso que deve ser refletida na
prática. Implica, assim, uma mudança progressiva na forma de conceber a
diversidade e a prática cotidiana nas salas de aula, que devem ser mais
democráticas e colaborativas, fomentando as relações entre a escola e a sociedade.
Em suma, poderíamos dizer que, diante da diversidade, o foco de atenção deve ser
transferido do aluno para o contexto.
Em vez de focalizar as peculiaridades de nossos alunos, nós preocupamo-nos
que a nossa escola é capaz de atender as necessidades deste grupo de estudantes,
e que deve ser refletida no pensamento de professores e práticas educativas que
têm adaptar-se aos alunos e não o contrário. Deste modo, essa mudança de
paradigma requer um esforço notável. Aqui está o desafio que a escola inclusiva
propõe para a formação dos nossos professores.

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