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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

PRÁTICA PROFISSIONAL
ELABORAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

PROJETO ESTÀGIO - 2023


CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

LUANA VANESSA DE ALMEIDA ALVES

PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL

Relatório de estágio apresentado à


disciplina Estágio Supervisionado,
Do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de Segunda Licenciatura em
Educação especial, como pré-
requisito para aprovação.
POUSO ALEGRE
2023

A INCLUSÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL RESUMO

- Este estudo se refere a uma revisão bibliográfica que tem por objetivo
pesquisar como acontece a inclusão de crianças com deficiência de zero a
cinco anos, em instituições de Educação Infantil. Abordando desde
aspectos históricos e atuais da Educação Especial, Educação Inclusiva e
Educação Infantil, até a legislação vigente. Buscou-se compreender a
utilização do termo “Inclusão” e a sua relação entre o cuidar e o educar no
cotidiano destes espaços educativos. A inclusão de crianças com
deficiência na Educação Infantil é um processo que tem enfrentado
inúmeros obstáculos, como a escassez de vagas, o preconceito e a falta de
informação e formação dos profissionais, assim como de estrutura física e
pedagógica das instituições de ensino. Essas são situações evidenciadas
que carecem de intervenção urgente em prol de uma verdadeira e efetiva
educação inclusiva.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão, Educação Infantil, Criança


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................................6
3. PROJETO DE ENSINO .....................................................................................................11
3.1 Linha de Pesquisa Tema................................................................................................21
3.2 Justificativa......................................................................................................................21
3.3 Problematização.............................................................................................................23
3.4 Objetivo Geral...............................................................................................................24.
3.5 Objetivos Específicos......................................................................................................24
3.6
Conteúdos ........................................................................................................................24
3.7 Metodologia .....................................................................................................................24
3.8 Tempo de Realização.......................................................................................................25
3.9 Recursos Humanos e
Materiais........................................................................................26
3.10 Avaliação ......................................................................................................................27
4. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 27
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................................30
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas duas décadas, a inclusão social vem sendo cada vez mais
debatida dentro da área pedagógica. As ações que beneficiam vários
setores da sociedade têm justamente nas escolas o principal cenário para a
propagação de ideais de integração.
Incutir e moldar a cidadania no ambiente escolar é investir num futuro em
que a discriminação e a alienação sejam não só combatidas, mas
definitivamente abolidas. A educação inclusiva atualmente consiste como um
dos desafios a ser superado pela educação e ensino brasileiro, desta
maneira o sentido de incluir alunos permeia um processo em que as
necessidades e características de cada criança devem ser consideradas
para que elas possam além do acesso sentirem-se integradas no ambiente
escolar (DEIMLING; MOSCARDINI, 2017). É importante que a criança ao
iniciar seu convívio escolar tenha um suporte familiar e pedagógico, a fim de
facilitar o desenvolvimento da mesma em diversos aspectos: emocionais,
comportamentais, sociais e cognitivos. A inclusão busca por sua vez ampliar
o modelo educacional atuando como agente facilitador das mudanças
necessárias em uma sociedade com o intuito de tornar as escolas
acessíveis, transformadoras, abertas às diferenças, e capaz de facilitar os
relacionamentos interpessoais. No ambiente escolar, as crianças com
necessidades especiais necessitam de um olhar diferenciado da escola,
onde o ambiente e os profissionais devem estar voltados para a sua
evolução em vários aspectos, tais como: socialização, identidade, autonomia
e habilidades motoras de forma integrada e contínua. Quando se trata da
inclusão relacionada à educação infantil, o acesso e a participação da
aprendizagem na escola regular com outras crianças proporcionam uma
riqueza de vivências através da integração em brincadeiras e o aprendizado
por meio da percepção e pelo incentivo. A educação infantil por sua vez tem
vivenciado obstáculos para que ocorra a inclusão de crianças com
deficiências, onde podemos citar o número de vagas reduzidas, preconceito
por ambas as partes, seja escola ou família, além da estrutura escolar física
e pedagógica despreparada para receber o público alvo, bem como falta de
conhecimento e informação por parte dos profissionais envolvidos no
processo de ensinar. Sendo assim, observa-se a importância do
fortalecimento de uma rede escolar eficiente e capaz de tornar a inclusão
algo verdadeiro e efetivo no processo de ensino.
É possível identificar os avanços na educação brasileira inclusiva, como o
acesso das crianças a escolar regular, vinculado a discussões e ações de
integração, entretanto ainda há um longo caminho a ser percorrido para o
alcance da qualidade inclusiva. Neste sentido pergunto: qual a relevância da
inclusão para que o processo de ensino e aprendizagem das crianças seja
efetivo? Assim, a escolha do estudo voltada as questões da inclusão visam
abordar o acesso à informação sobre o tema, além de nortear a forma de
ação e percepção do educador e da escola voltadas a atitudes inclusivas
que facilitem o processo de ensino e aprendizagem. Por conseguinte, busca-
se enfatizar a importância da inclusão das crianças através de uma reflexão
ressaltando os avanços já conquistados através de leis que visam garantir a
inclusão das crianças na educação infantil, além de chamar a atenção a toda
a sociedade, professores, família e escola sobre a relevância e necessidade
de dialogar sobre o tema. O presente trabalho teve como objetivo refletir
sobre a inclusão e seus avanços na educação infantil. Além de perceber os
desafios e avanços que permeiam o ensino inclusivo, bem como analisar a
importância da escola como suporte no processo inclusivo.

2. DESENVOLVIMENTO

O processo de inclusão visa à promoção do desenvolvimento das


potencialidades e capacidades das pessoas com necessidades educativas
especiais, nos diferentes níveis regulares de ensino. Incluir o estudante na
educação básica ou nível superior favorece tanto o aspecto social como
também o cognitivo e afetivo do educando. A inclusão existe para combater a
exclusão, como é possível ver segundo Dall’Acqua e Vitaliano (2010):
(...) a educação inclusiva diz respeito ao acolhimento a todas as pessoas que apresentam
alguma condição considerada como uma “diferença” ao padrão estabelecido socialmente
como desejável ou “normal”, que foram historicamente excluídas da escola. (p.24)
Ainda a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008) aponta que:

A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias
para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o
acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos,
emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as
relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o
atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de intervenção
precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface
com os serviços de saúde e assistência social. (PNEE/PEI, 2008, p. 16)

Considerando isso, observa-se a importância de se incluir crianças com


necessidades especiais nas creches e pré-escolas, uma vez que as
convivências favorecerão o processo de socialização com o meio e com
outro. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases Nacional, nº 9.394/96, apontado
no título V, capítulo II, seção II, art. 29: A educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996,
s/p) Nota-se que quanto mais cedo se dá o ingresso do estudante, melhor
será o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades cognitivas,
afetivas e sociais. Deve-se garantir que, na instituição que este estiver
matriculado, o aluno poderá contar com o serviço de atendimento
especializado a pessoas com necessidades educativas especiais. A
instituição educacional infantil que assume a modalidade de ensino do
processo inclusivo, ou seja, a educação especial promove uma série de
levantamentos frente a preocupações ou dilemas para a equipe pedagógica
e corpo docente, pois tal desconhecimento do assunto afeta na capacidade
pedagógica dos professores, influi na criação de espaços e ambientes que
devem ser acessíveis aos educandos e ainda remete-se no bem-estar da
criança que passará o dia inteiro na instituição. Para Carvalho (2007, p. 19)
a educação especial é:

[...] o conjunto de recursos que todas as escolas devem organizar e disponibilizar para remover
barreiras para a aprendizagem de alunos que, por características biopsicossociais, necessitam
de apoio diferenciado daqueles que estão disponíveis na via comum da educação escolar.

Conforme a mesma autora se tornam necessárias mudanças que estejam a


favor do bem-estar dos educandos. No ponto de vista de Bergamo (2009, p.
46), pode-se perceber que:

[...] uma escola [é] inclusiva quando: respeita as peculiaridades e/ou potencialidades de cada
aluno, organiza o trabalho pedagógico centrado na aprendizagem do aluno, onde este é
percebido com sujeito do processo e não mais como seu objeto e o professor torna-se mais
consciente de seu compromisso político de equalizar oportunidades, na medida em que a
igualdade de oportunidades envolve, também, a construção do conhecimento, igualmente
fundamental na instrumentalização da cidadania.

No caso da Educação Infantil, deve-se ter muita cautela para trabalhar na


perspectiva da inclusão escolar, pois há casos que os educandos ditos normais
poderão ser excluídos, devido ao tratamento dado pelo professor, de forma
inconsciente, que se diferencia na atenção dada somente a ele. Contudo, a
instituição infantil que adere à educação especial, promove uma série de
alterações para a equipe pedagógica e corpo docente, pois interfere e aprimora
a capacitação dos professores que atenderão tais crianças com deficiências,
adaptando e promovendo mudança dos espaços e ambientes que devem ser
acessíveis aos educandos, como também ampliando os recursos para gerar o
bem-estar da criança no âmbito escolar. Na Resolução de nº 04/2009, esta
aborda como implantar as mudanças no ensino regular, sem enfocar em uma
determinada modalidade ou etapa educacional. Tal documento trata das
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, especificadamente na modalidade da Educação Especial.
No seu Art. 2º, diz que:
O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio
da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem
as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua
aprendizagem. Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de
acessibilidade na educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo
dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos
materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos
sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços.
(BRASIL, 2009, p. 1)

Paula (2007) também aborda esta questão das mudanças físicas nas escolas
inclusivas, pois:

Uma escola inclusiva deve garantir, também, condições para que as crianças possam se
locomover em todos os ambientes, providenciando a construção de rampas ou elevadores para o
acesso, inclusive aos pisos superiores, de banheiros, adaptados para acomodação de cadeiras
de rodas, colocação de corrimãos, instalação de piso antiderrapante, sinalização para os alunos
com baixa visão e para os alunos surdos. Assim todos os alunos terão condições de frequentar a
totalidade das aulas. Devemos lembrar que a Constituição de 1988 assegura igualdade de
condições de acesso e permanência no sistema educacional para todos. (p.11)

Ao serem adaptados os ambientes fora da sala de aula, outro fator importante


para a criança com deficiência, é proporcionado o contato direto com o meio,
promovendo a interação com os demais alunos, pois na educação infantil, o
aprendizado prevalece e se dissemina quando os educandos interagem uns
com os outros. Neste nível de ensino, o estudante que possui a deficiência
física ou intelectual pode interagir com o outro sem discriminação ou exclusão,
pois segundo Paula (2007, p. 9), “O ingresso da criança na escola, na
educação infantil (creche e pré-escola) é de fundamental importância, por todos
os aspectos físicos, sociais, emocionais e psicológicos, etapa ótima do
desenvolvimento, que servirá de base para toda a sua vida futura”. Esta ideia
de interação e mediação, segundo Rego (1995) era defendida pelo teórico
Vygotsky como a proposição da socialização do indivíduo, no qual o autor
aborda que a aprendizagem atua como um resultado das relações
estabelecidas por meio do contato com o outro. Vygotsky criou algumas
hipóteses sobre esta aprendizagem, advinda da interação com o próximo
(REGO apud in VYGOTSKY, 1984). Partindo destes pressupostos
apresentados por Rego (1995), Vygotsky analisava o indivíduo como um ser
ativo que pode, através da relação com a sociedade e o meio, se transformar e
mudar também o meio no qual vive. Além de possuir uma bagagem cultural e
social, o sujeito vive em constante aprendizado, visto que esta mediação feita
com o ambiente trata-se da interação social. Assim, o teórico aborda a questão
da análise psicológica, na qual o indivíduo conserva as características básicas
dos processos psicológicos, exclusivamente humanos. Dessa maneira,
segundo Facion (2009), pode-se afirmar que o processo de inclusão possui
caráter sócio interacionista, o qual aborda a essência do estudante sob a
mediação que é feita juntamente com a interação no meio e com os outros.

A socialização e interação, citada por Rego (1995), só acontecerão a partir do


momento que for estabelecida uma relação dos pais com a escola, no intuito de
melhorar o bem-estar e a qualidade do ensino da criança inclusa. Isso tudo é
possível, pois deixa claro que a inclusão é um processo, ou seja, não teremos
um retorno imediato ou preciso, ela é feita progressivamente no cotidiano da
criança. A Educação Especial é uma área de conhecimento que visa promover
o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com deficiência da
educação infantil até a educação superior. Em nível institucional, iniciou-se no
Brasil no século XIX, com a criação de instituições educacionais especializadas
voltadas para o abrigo, a assistência e a terapia de seus educandos, como o
Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854) e o Imperial Instituto de Surdos-
Mudos (1857), atualmente, conhecidos como, Instituto Benjamim Constant e
Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES).De acordo com Drago
(2011) havia até então neste período uma vasta gama de expressões para
nomear tanto o trabalho realizado quanto a clientela atendida nestas
instituições, e que ainda em nossos dias, se refletem nos meios sociais. Uma
investigação sobre essas medidas mostra que até o final do século XIX
diversas expressões eram utilizadas para referir-se ao atendimento
educacional dos portadores de deficiência: Pedagogia de Anormais, Pedagogia
Teratológica, Pedagogia Curativa ou terapêutica, Pedagogia da Assistência
Social, Pedagogia Emendativa. Algumas dessas expressões, ainda hoje, são
utilizadas, a despeito de sua impropriedade (MAZZOTA, 2001, p.17 apud
DRAGO, 2011, p.61). Durante vários anos estas instituições de Educação
Especial permaneceram isoladas, desenvolvendo um trabalho em torno de
critérios assistencialistas e voltados para o cuidado e preservação. Essa
perspectiva mudou, inicialmente, a partir das Leis de Diretrizes e Bases
4024/61 que tratam da Educação Especial no art. 88 que propõe, pela primeira
vez, o atendimento ao deficiente dentro do possível na educação regular. No
ano de 1994 a Declaração de Salamanca aprovou um conjunto de princípios
que configuram as atuais políticas educacionais referentes à Educação
Especial, dentre os quais a garantia da qualificação profissional dos
educadores e a valorização do outro como sujeito e como ser humano que
possui diferenças dentro da imensa diversidade humana.

Outro documento de destaque é a Declaração de Guatemala (1999), da qual


o Brasil é signatário. Este documento tem sido base de políticas públicas
referentes ao trabalho e a assistência social, educacional e de saúde para a
pessoa com deficiência, integrando a Convenção Interamericana para a
eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas
portadoras de deficiência. O princípio básico da Declaração de Guatemala é
a garantia de que os governos aceitarão o compromisso de adequarem as
instalações que facilitem a acessibilidade e a comunicação das pessoas com
deficiência, desenvolvendo ações facilitadoras de acesso à educação, à
saúde, ao emprego, à assistência social, aos esportes e à cidadania;
proclamando a igualdade de condições e oportunidades de vida diante da
sociedade, eliminando preconceitos e discriminações. A atual Lei de
Diretrizes e Bases 9394/96 ressalta que os sistemas educacionais devem
possibilitar o acesso de alunos deficientes às classes regulares, oferecendo
suporte teórico e prático, favorecendo desta forma a inclusão escolar, “[…]
há uma grande preocupação no que diz respeito a uma política inclusivista
de pessoas deficientes no seio da escola regular, com apoio técnico, um
atendimento digno e de qualidade em relação a recursos materiais, físicos e
profissionais” (DRAGO, 2011, p.67). Além disso, este mesmo documento
sustenta que o serviço especializado para o atendimento às características
especiais dos educandos só deverá ser instaurado se necessário.
A Lei nº 10.172/01 que instituiu o Plano Nacional de Educação frisa que
a inclusão das pessoas com deficiência deve acontecer no sistema
regular de ensino “[…] a educação especial, como modalidade de
educação escolar, terá que ser promovida sistematicamente nos
diferentes níveis de ensino” (BRASIL, 2001, p.126), ainda este mesmo

documento em seu capítulo 8, item 8.3, denominado Objetivos e

metas referentes à educação especial, evidencia uma serie de


objetivos e metas a serem atingidos na próxima década, relacionados a
essa modalidade de ensino, sendo que um desses objetivos é:
“aumentar os recursos destinados à educação especial a fim de atingir,
em dez anos, o mínimo equivalente a 5% dos recursos vinculados a
manutenção e desenvolvimento do ensino, […]” (BRASIL, 2001, p.13).

Contudo Drago (2011) ressalta que a LDB 9.394/96 traz, ainda consigo,
resquícios das suas antecessoras nº 4.024/61 e nº 5.692/71,
especialmente quando se refere ao termo “preferencialmente”, que induz
a diversas interpretações segundo a política governante, isso porque
“[…] infelizmente a expressão ‘preferencialmente na rede regular de
ensino’ do texto legal implica a possibilidade de crianças e adolescentes
com deficiência serem mantidos nas escolas especiais” (FERREIRA;
GUIMARÃES, 2003 p.105 apud DRAGO, 2011, p.67).

Além da Declaração de Salamanca, de Guatemala e da Legislação


Educacional Brasileira em vigor, salientamos também a Resolução nº 02, do
Conselho Nacional de Educação, de 11 de setembro de 2001, pois este
documento traz em seu cerne as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica, sendo o elo entre a legislação e a prática
educativa. A Resolução CNE/CEB nº02/01 destaca que a escola precisa se
adaptar às necessidades do alunado e não o inverso; que todos os sistemas
de ensino devem providenciar equipes de apoio à educação inclusiva; que
os referidos sistemas revejam seus currículos e avaliações, para que todos
os alunos independentes de suas características físicas ou sensoriais sejam
avaliados de acordo com seus sucessos; que a Educação Especial precisa
ser vista como proposta pedagógica que atende as necessidades de cada
um e que se realize o intercâmbio entre sistemas de ensino, entidades e
centros de atendimento.
A definição de Educação Inclusiva difere da definição de Educação Especial,
descrita no início deste texto, esta diferença precisa estar clara para que não
haja confusão ao se trabalhar com esses temas. Educação Inclusiva é um
movimento mundial baseado nos princípios dos direitos humanos e da
cidadania, onde o objetivo principal é eliminar a discriminação e a exclusão,
garantindo o direito a igualdade de oportunidades e a diferença, modificando
os sistemas educacionais, de maneira a propiciar a participação de todos os
alunos, especialmente aqueles que são vulneráveis a marginalização e a
exclusão.
Em 2008, o Ministério da Educação lança a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O objetivo
principal deste texto é “o acesso, a participação e a aprendizagem dos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/super dotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de
ensino para promoverem respostas às necessidades educacionais
especiais” (BRASIL, 2008, p.14), deixando explicito que a educação especial
deve ser entendida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os
outros níveis, as modalidades e as etapas do processo educacional, além de
orientar sobre as propostas de atendimento educacional especializado,
disponibilização de recursos e serviços e contribuições metodológicas e de
implementação.

Apesar de toda a legislação vigente sobre a pessoa com deficiência


ainda não se tem um consenso sobre uma imensidão de termos, de
paradigmas, de propostas e ações, que levam pesquisadores, instituições
educacionais, sistemas de ensino, dentre outros atores do processo a dúvida
sobre o trabalho desenvolvido no contexto da escola. Portanto é preciso
entender o que significa os termos “Necessidade Educativa/Educacional
Especial”, “Pessoa Deficiente”, “Classe Especial”, “Educação Especial” e
“Integração e Inclusão”.
O termo necessidade educativa/educacional especial refere-se a todas
as pessoas que possuem necessidades decorrentes de suas capacidades
ou de suas dificuldades de aprendizagem, é importante ressaltar que muitos
experimentam situações de necessidades educativas/educacionais especiais
na trajetória escolar. Os alunos com deficiência apresentam necessidades
educativas/educacionais de gravidades distintas em diferentes momentos ao
longo da sua escolarização.

Segundo Baú e Kubo (2009) em torno de 2% destes alunos estas


necessidades são permanentes e requerem recursos especiais para que a
resposta educacional seja adequada. Sendo assim nomear todas as
pessoas que tem algum tipo de deficiência como pessoa com necessidades
educativas/educacionais especiais é além de um erro uma forma de
discriminação.

[…] o sintagma “necessidades especiais” não deve ser tomado como


sinônimo de deficiência (mentais, sensoriais, físicas ou múltiplas), […]
Eventualmente as necessidades especiais podem ser educacionais, ou seja,
pertinentes ao campo da educação (FERREIA; GUIMARÃES, 2003 p.30 apud
DRAGO, 2011, p.80).

O conceito de portador de necessidade educativa especial, por sua vez traz


a ideia de alguém que porta alguma coisa e que logo pode ser deixado de lado
a qualquer momento, aspectos físicos, mentais, sensoriais não se portam
fazem parte da vida do indivíduo com deficiência. Atualmente este conceito tem
sido abolido da literatura científica graças a uma maior criticidade e análise
etimológica, contudo ainda está presente na fala de pais, educadores,
pedagogos e sociedade civil (DRAGO, 2011).

No ano de 2009 a Resolução 4 da CNE/CEB (BRASIL) definiu em termos


claros quem era o público-alvo da educação especial: pessoas com deficiência
como impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou
sensorial (surdez e cegueira), transtornos globais de desenvolvimento com
alterações no aspecto neuro psicomotor, comprometimento nas relações
sociais, na comunicação, nas estereotipias; autismo, síndrome de Asperger,
síndrome de Rett, transtornos desintegrativo da infância, transtornos invasivos
e altas habilidades/superdotação.

A aceitação do termo “pessoa com deficiência” ou “pessoa deficiente”, além da


terminologia cientifica, representa o fato de que diferenças existem, devem ser
respeitadas e não podem ser normalizadas, Drago (2011, p.84) diz que:

A utilização dos ternos deficiente/deficiência e/ou sua nomeação própria,


como destacam a Resolução 4, de 2009, e a Política Nacional de Educação
especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) que também traz essa
nomenclatura específica quando salienta que trata da educação de pessoas
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidade/super dotação, da-se por concordar com autores que afirmam que
esses termos são mais apropriados a literatura cientifica pelo fato de
reconhecerem nesses indivíduos suas características especificas e, a partir
delas, propor mudanças na escola como um todo.

Todavia precisamos esclarecer que em algumas citações os termos


portador ou necessidade educativa/educacional especial ainda permanece,
pois são de relevantes estudos para a realidade educacional inclusiva que
apenas foram escritos em outro período, em outro contexto histórico.

Segundo Drago (2011), a Classe Especial e a Escola Especial, são


espaços segregacionistas que prendem o aluno em sua deficiência, além de
serem ambientes excludentes transformando a realidade dessas pessoas
em um círculo fechado de necessidades.
[…] a educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento
educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram a
criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais
(BRASIL, 2008, p.09).
Hoje em dia o paradigma é outro. As ideias sobre a criança com
deficiência mudaram e a Educação Especial realizada em classes especiais
ou escolas especiais tende a desaparecer, uma vez que essas
classes/escolas criam à ilusão de que o mundo está posicionado em função
das deficiências do sujeito, quando na realidade apenas aquele ambiente
escolar esta preparado com esta finalidade, estes são ambientes que
excluem quando o que se pretende é que a criança com deficiência participe
da vida cotidiana como ela verdadeiramente é na realidade; “[…] falta às
escolas especiais e as instituições para pessoas com deficiência a
compreensão do papel formador da escola comum, que jamais será exercido
em um meio educacional segregado, […]” (MANTOAN, 2006, p.26 apud
DRAGO, 2011, p.75).

O paradigma da integração pressupõe uma adaptação, agregação do


sujeito, sendo um processo onde não há mudanças no ambiente escolar e
nem na metodologia de ensino. O conceito de integração está baseado no
princípio de que quem deve se adaptar é o aluno para se adequar à escola,
independente de suas necessidades físicas, sensoriais ou intelectuais
(DRAGO, 2011). A integração traz a concepção de que as crianças e jovens
deficientes serão matriculados nas instituições educacionais regulares, mas
atendidos nas classes especiais para só depois que estiverem devidamente
adaptados ingressarem nas classes comuns.

Assim entendemos que a integração nada mais é do que uma “[…]


pseudoinserção da pessoa ao contexto comum de ensino, uma vez que essa
pessoa pode vir a não ser sujeito total do processo por ficar alheio as
atividades curriculares, avaliativas, dentre outras […]” (DRAGO, 2011, p.76-
77).
O paradigma da inclusão por sua vez é totalmente o inverso da
integração, pois há o reconhecimento de todas as diferenças que conduzem
a uma nova forma de organização do sistema educacional. Essa concepção
de inclusão requer que se efetive na escola ambientes que não sejam
fragmentados nas modalidades regular e especial, mas um único ambiente
que receberá a todos os alunos com suas especialidades e peculiaridades,
não mais os confinando em classes especiais no interior das escolas que se
denominam inclusivas.

A inclusão diz respeito a todos os alunos, e não somente a alguns. Ela


envolve uma mudança de cultura e de organização da escola para assegurar
acesso e participação para todos os alunos que a frequentam regularmente
e para aqueles que agora estão em serviço segregado, mas que podem
retornar a escola em algum momento futuro. A inclusão não é a colocação
de cada criança individual nas escolas, mas é criar um ambiente onde todos
possam desfrutar o acesso e o sucesso no currículo e tornarem-se membros
totais da comunidade escolar e local, sendo desse modo, valorizados
(MITTLER, 2003, p. 236 apud DRAGO, 2011, p.78- 79).

Ao acompanharmos a trajetória da educação infantil e da educação


especial é possível verificar pontos semelhantes. A educação infantil foi
fortemente marcada pelo cunho assistencialista e filantrópico da mesma
maneira a educação especial onde o poder público transferiu às instituições
filantrópicas a responsabilidade pelo manejo da educação especial.

O atendimento as crianças de zero a seis anos no século XX ministrado


por creches, escolas maternais ou internatos eram dirigidos às crianças
pobres filhos de mães trabalhadoras, estas unidades ofereciam os cuidados
básicos para garantir a vida destas crianças. Os espaços de atendimento as
pessoas com algum tipo de deficiência cumpriram também em algum
momento apenas o papel de “manutenção da vida” sendo que não se
acreditava na possibilidade de transformação destas pessoas.
Portanto, se a educação infantil na sua trajetória histórica traz resquícios
de um caráter compensatório, onde as crianças eram vistas pelas suas
limitações e carências enquanto seres incompletos, o mesmo podemos dizer
enquanto educação especial, onde as primeiras propostas de atendimento
visavam corrigir falhas no sujeito, ou seja, essas também se pautavam pela
incompletude, pela “falta”.

Contudo estudos preliminares têm apontado que a educação de crianças,


respeitando as suas diversas necessidades, é possível, mas não é um
processo simples e não se reporta apenas ao combate às práticas
discriminatórias na recepção dos alunos na escola, pois “dúvidas em relação
ao que representa a inclusão são enormes no meio acadêmico e prático”
(DRAGO, 2011). A introdução do aluno com deficiência visando ao
cumprimento das determinações legais ou exigência dos pais pode acarretar
em uma participação escolar à margem do sistema educacional, onde estes
alunos não interagem com seus pares ou são vítimas de maus tratos e
bullying; crianças que estão na escola apenas para a socialização e não
recebem uma educação formal, ou seja, uma “inclusão excludente”, pois a
escola inclui sem dar condições para que este aluno se perceba como
pertencente daquele meio. Salientamos que o ambiente escolar ideal para a
criança com deficiência deve ser um espaço rico e desafiador, onde a
interação com os demais colegas concorra para o desenvolvimento de suas
potencialidades, possibilitando a construção e a troca de saberes e valores.

Quando nos referimos então à rede privada, parece contraditória a ideia


de inclusão, uma vez que a Educação Infantil particular exclui, por princípio,
aqueles que não podem pagar as mensalidades. Portanto, o requisito de que
tal instituição inclua um aluno deficiente em nome da inclusão parece-nos
enganosa, pois ela continua mantendo a exclusão de uma grande massa de
pobres que não podem custear uma escola privada.

Apesar disso, segundo Emilio (2007, apud FRELLER, FERRARI,


SEKKEL, 2008, p. 83): [
[…] a inclusão na escola particular, se feita de forma ética e responsável, não significa
receber e incluir todos os alunos com necessidades educacionais especiais na escola
regular, mas implica tanto reconhecer às dificuldades e limitações existentes quanto – e
principalmente – a disponibilidade para buscar condições para que isso aconteça […].

Além disso, de acordo com Freller, Ferrari e Sekkel (2008), a oferta de vagas
na educação infantil, na rede pública, em todo o país e menor do que a
demanda, isto dificulta profundamente o processo de inclusão já que as
crianças com deficiência também engrossam esse grande número de crianças
excluídas das creches públicas e EMEIs (Escolas Municipais de Educação
Infantil).

No período da infância é a família da criança com deficiência que escolhe o


caminho educacional seguido por esta, os pais precisam não apenas acreditar
nos benefícios da inclusão como também reconhecer que seus filhos têm
direito a ela. O que observamos é que o número de matrículas de crianças com
deficiência nas creches e EMEIs do ensino regular ainda são insignificantes,
apesar de um aumento desde 2002, e muitos profissionais da educação
continuam orientando e encaminhando crianças com deficiência para as
escolas especiais, sendo que, segundo Biaggio (2007) a legislação penal no
art. 8º, da Lei nº 7.853/89 diz ser crime de conduta frustrar, sem justa causa, a
matrícula de um aluno com deficiência, a exclusão é crime. Com isso o que
temos visto é que os professores de educação infantil, por não receberem
crianças com deficiência nas creches, escolas e EMEIs, acabam não
reconhecendo as vantagens de uma educação inclusiva.

Os defensores da Inclusão acreditam que em se tratando de crianças com


deficiência as instituições de educação infantil são espaços privilegiados onda
a convivência com adultos e outras crianças de varias origens, costumes,
etnias, religiões, possibilitará o contato desde cedo com manifestações
diferentes daquelas que a criança vivencia em sua família ou num ambiente
segregativo, permitindo-lhe, assim as primeiras percepções da diversidade
humana (ARNAIS, 2003, p.9-10).

Para considerarmos a inclusão na Educação Infantil, precisamos antes


refletir sobre a inclusão não somente na creche, na escola ou na EMEI, mas,
em todo o sistema educacional. Para que isto aconteça é preciso seguir a
uma séria revisão dos objetivos e métodos da educação em nosso país,
envolvendo a todos os atores educacionais na proposta de uma sociedade
inclusiva.

Portanto, antes de receber o aluno deficiente, é fundamental conhecer o


seu histórico e a sua condição. Diagnósticos exatos são de extrema
importância e precisam ser respeitados, ainda mais se estes orientarem
sobre a melhor maneira de atender o aluno, mas não podem ser confundidos
com rótulos reduzindo o educando a determinada condição, como “o
autista”, “o deficiente intelectual”, “o TDA/H”, etc. Além disso, os professores
devem saber se há utilização de medicamentos, o tempo de duração
(quando isso interfere na participação de atividades escolares) e os efeitos
colaterais.

Outra questão a ser abordada, neste momento, é com relação à


realização de atividades pedagógicas e de avaliação diferenciada para os
alunos com necessidades educacionais especiais. A ideia de selecionar os
mais capazes sempre esteve presente nas propostas educacionais, todavia
os documentos oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1999) e as Diretrizes Nacionais para e Educação Especial na
Educação Básica (BRASIL, 2002), destacam a necessidade da adaptação
curricular e do processo avaliativo, sendo necessárias adaptações tanto
físicas quanto pedagógicas e de pessoal, em virtude das necessidades
apresentadas pelos alunos com deficiências.

Por isso durante a realização de atividades e avaliações diferenciadas, o


ideal é que a avaliação não seja colocada de maneira a comparar o
desempenho entre os alunos, mas sim para verificar o quanto cada aluno
(isso inclui todos os alunos e não apenas aqueles com deficiências) evoluiu
durante aquele período, e precisa ser coerente com aquilo que acontece no
contexto de sala de aula, servindo inclusive de feedback para o professor
averiguar se os objetivos estão sendo alcançados ou se novas alternativas
precisarão ser adotadas.
O que presenciamos na prática da Educação Infantil é que muitas creches e
escolas aceitam crianças com deficiências acreditando que elas apenas
necessitam de socialização e brincadeiras, não que estas não sejam
importantes, mas é cada vez maior o número de crianças mantidas na
Educação Infantil após atingirem a idade de alfabetização e de ingresso no
Ensino Fundamental. Em algumas situações quando a criança esta com
aproximadamente dez anos de idade ou muito grande em comparação aos
colegas de cinco ou seis anos, a família é informada de que precisará
encontrar outra escola. “Isso ocorre porque o critério de prontidão para a
alfabetização tem sido preponderante, na maioria das escolas, para a
promoção das crianças da educação Infantil para o Ensino Fundamental”
(FRELLER, FERRARI, SEKKEL, 2008, p. 88).

De acordo com Campioni, Brown e Ferrara (1982 apud COLL;


MARCHESI; PALACIOS e COLS. 2010, p.46) os alunos com deficiência
apresentam sérias limitações em seu desenvolvimento meta cognitivo e em
sua capacidade para transferir suas aprendizagens. Sendo assim o
professor precisa ser capaz de organizar e estruturar as atividades
curriculares no auxílio a tais alunos para que possam aprender de forma
significativa. Planejar a metodologia e uma das estratégias e os colegas
podem ser um poderoso estímulo na construção de aprendizagens durante o
trabalho em grupos cooperativos.

O sucesso dessa iniciativa encontra-se no respeito mútuo. “A sensibilidade


e a compreensão dos outros aumenta com o reconhecimento e a valorização
das diferenças, e não com sua ignorância” (MARAS e BROWN, 1992 apud
COLL; MARCHESI; PALACIOS e COLS. 2010, p.46). Durante este processo
de conhecimento entre os pares, onde prevalece à aceitação, a interação e o
trabalho coletivo a dimensão afetiva e a autoestima dos alunos com
deficiências são estimuladas. É sempre benéfico questionar os alunos com
deficiência a respeito do que pensam ou sentem, suas preferências,
sentimentos e os problemas que estão enfrentando no ambiente escolar.
A realidade de cada criança deficiente é única. Não existem critérios
gerais de como deve ser o seu ensino. O professor precisa observar e
perguntar, analisar e ouvir para compreender as necessidades de cada
aluno, os sentimentos e os seus pontos de vista, estando atento sempre às
relações que esses alunos estabelecem com seus colegas nos momentos
de atividades e de recreação. As ações dos colegas diante dos alunos com
deficiência se mostram como um fator decisivo para a inclusão social. As
atitudes das crianças dependem, em grande parte, das atitudes observadas
em seus pais e nos professores, mas programas educacionais que
favorecem a comunicação e o conhecimento contribuem de forma
significativa para facilitar o processo de inclusão social nas escolas.

Um dos aspectos a se considerar dentro da proposta da Educação


Inclusiva na Educação Infantil é a diminuição do número de alunos por sala,
de maneira a facilitar à interação dos seus membros e o atendimento as
especialidades de cada um. Estudos têm comprovado que a limitação do
número de crianças por grupo é fundamental para a qualidade da
abordagem aos alunos com deficiências e a realização das atividades
educativas diferenciadas. De acordo com Freller, Ferrari e Sekkel (2008) o
número máximo de alunos varia de quinze, para a Educação Infantil, até
vinte e cinco no Ensino Fundamental, limitar o número de crianças
deficientes em cada grupo é importante porque esse percentual possibilita
uma avaliação individualizada dos professores.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002), é proposto que a


distribuição dos alunos deficientes ocorra pelas diversas classes do ano
escolar onde estes forem classificados não ultrapassando 15% do total da
sala. Também é importante ressaltar que alunos com deficiências
semelhantes devem ser agrupados, de preferência, em grupos diferentes,
evitando desta forma que sejam estimulados a formarem subgrupos dentro
da sala de aula, deixando de interagir com o restante dos colegas.

3.PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE

ENSINO

3.1 LINHA DE PESQUISA E TEMA

A inclusão no processo de ensino e aprendizagem e sua metodologia no


caminho ao respeito á diversidade. O tema escolhido foi: A inclusão escolar
no contexto da educação infantil.

3.2 JUSTIFICATIVA

Incluir alunos com deficiência na escola é, atualmente, um dos maiores


desafios educacionais. Neste propósito, faz-se necessário que a escola crie
oportunidades e também viabilize à comunidade escolar, mais
especificamente para os professores, romper com as barreiras da sala de
aula regular.
Nesse processo de Inclusão educacional muitas barreiras já foram
derrubadas. O fato de o aluno estar em sala de aula é a principal delas. Mas
é importante ressaltar que estar na escola não significa que esse aluno foi
incluído. Faz-se necessário que ele participe do processo educacional e que
seja aceito por todos como alguém que, apesar das limitações, aprende. Por
isso, a participação desse aluno nas atividades escolares deve ser
estimulada, oferecendo-se os recursos necessários para que ele se sinta
capaz de dar respostas significativas. A preocupação com a aprendizagem
desse “aluno especial” deve ser alvo de discussão, como a de qualquer
outro aluno da escola, tendo em vista que a pessoa com deficiência estará,
como os demais, aprendendo a desenvolver suas potencialidades.

Em compensação, precisamos identificar o que mais tem sido


impedimento para que esses “alunos especiais” adquiram os conhecimentos
acadêmicos. Será que a escola é de fato inclusiva? O prédio possui
acessibilidade? O currículo está adequado? A forma de ensinar está
condizente com a necessidade apresentada? Essas são algumas barreiras
físicas e espaciais, mas é importante pontuar que o grande impasse se
encontra nas barreiras atitudinais. As barreiras que estão nas mentes das
pessoas são as mais difíceis de derrubar.

É nesse contexto que surge o projeto, com o objetivo de quebrar, ou pelo


menos amenizar, essas barreiras que se levantam, em sua maioria, pela
desinformação. O processo de inclusão é um processo de aprendizado.
Conviver com o “diferente” abre espaço para que as barreiras atitudinais
sejam quebradas. A comunidade escolar (alunos, funcionários, professores,
pais) se sente comprometida com o processo inclusivo e trabalham de forma
integrada, desmistificando opiniões e colocando em prática os princípios que
ora se encontram fossilizados.
É claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido em prol da
inclusão das pessoas com deficiência nas escolas, mas ao darmos o
primeiro passo tudo se torna mais viável e executável. Os professores são
peças fundamentais nesse processo de transformação; daí a necessidade
de serem pesquisadores e executores daquilo em que acreditam. “Ensinar
para transformar Vidas” precisa ser real na vida de uma escola que se
propõe a ensinar princípios eternos.
Em contrapartida, a educação é uma tarefa muito importante para ser
executada só por professores. Todos devem fazer parte desse processo,
desempenhando cada um o seu papel. Os pais devem se sentir parceiros
nesse desafio, até por que os pais que têm filhos com necessidades
especiais não recebem treinamento para serem pais especiais. Aprendem
fazendo, pelo simples fato de precisarem fazer. Os demais pais da escola
têm muito a aprender com eles.
Tentar fazer o que precisa, com os recursos que dispõe. Olhar para o aluno
e não para a deficiência é a receita mais eficiente; as demais barreiras vão
sendo derrubadas com a disposição de fazer e a sensibilização através da
informação. É esta a principal proposta deste projeto.

3.3 PROBLEMATIZAÇÃO

Assim como a saúde, o trabalho, o lazer, a educação também é um direito


básico de cada cidadão. É fundamental iniciar a participação de cada indivíduo
na vida em sociedade. E a escola, constitui-se no primeiro espaço para que
isso ocorra, pois ensina os direitos, os deveres, o respeito ao próximo, e
também respeita a diferença de cada um, e sabendo que nunca antes se
valorizou tanto o direito de cada um se expressar, conforme suas próprias
características individuais, que hoje vivemos em um mundo onde é impossível
fechar os olhos a diferença, a diferença da igualdade e a escola mais do que
nunca precisa estar preparada para a reconstrução do ensino regular que ,
embasada em um novo paradigma educacional, respeita a diversidade de
forma humanística, democrática e percebe o sujeito aprendente a partir de sua
singularidade, tendo como objetivo principal, contribuir de forma que promova a
aprendizagem e o desenvolvimento pessoal para que cada um se construa
como um ser global ou seja precisa estar preparada para uma educação
inclusiva.

Mas para termos um sistema educacional inclusivo, na definição ampla deste


conceito, é preciso que partir do princípio de que todas as crianças podem
aprender que se respeite e reconheça as diferenças de idade, sexo, etnia,
língua, deficiências ou inabilidades, que o sistema metodológico atenda às
necessidades de todas as crianças. Visar um processo abrangente, dinâmico,
que evolui constantemente, não limitado ou restrito por salas de aulas
numerosas, nem por falta de recursos adequados. Se pretendemos uma
educação inclusiva, é urgente que façamos uma redefinição de planos,
traçados na meta de fazermos uma escola voltada para a cidadania global,
plena livre de preconceitos, que reconhece e valoriza as diferenças. Pensando
nesta educação inclusiva que este projeto foi criado.

3.4 OBJETIVO GERAL

 Abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade


e o espírito crítico sejam exercitados na escola, por professores,
administradores, funcionários e alunos, para o exercício da verdadeira
cidadania.

3.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Lutar por uma escola inclusiva, rompendo barreiras já construídas em relação


às pessoas com deficiência, garantindo igualdade de direitos para todos.
 Promover atividades junto aos professores, viabilizando a formação em
serviço, assegurando-lhes a informação de que necessitam para trabalhar com
os alunos com necessidades educativas especiais.
 Possibilitar ao aluno o reconhecimento e a valorização da diversidade,
vivenciando situações diferentes de construir conhecimentos e conviver com
novas formas de comunicação.
3.6 CONTEÚDOS

Ética;
Respeito mútuo;
Diálogo;
Justiça;
Valores;
Desenvolvimento moral.

3.7 METODOLOGIA

Diz um velho adágio popular que “Querer é Poder”. Acrescento a isto que
o “querer” cabe ao homem carnal e o “poder” é executado pelo homem
espiritual. Quando se trata de incluir pessoas com deficiência na sociedade,
independentemente de se configurar em inclusão escolar, esse poder, de
fato, é divino. Quebrar barreiras atitudinais é algo que o ser humano não
quebra por méritos próprios. São mistérios que vão além do conhecimento e
vontade humana.
Este projeto visa informar, mas principalmente (re) formar conceitos. Daí
pensar em vários mini-projetos, que têm como finalidade atingir o maior
número de pessoas possíveis dentro do contexto escolar. A proposta é de
que seja executado no período entre 18 de julho a 18 de agosto (1 mês),
configurando-se, assim, como mais uma proposta, e não a última, de tornar
real o processo de inclusão na escola.
Atividades:
# Mural Interativo – “A Informação é a Chave para a Inclusão”: Se
a ideia é informar para incluir, o mural interativo tem como alvo não só os
alunos e funcionários da escola, mas também os pais, igreja local e
possíveis visitantes. Consiste em fazer exposições sobre informações
básicas e legais sobre as Políticas Públicas para a Educação Especial, como
também informações sobre os avanços e embaraces sobre as várias
deficiências. A proposta é que essas informações sejam mudadas a cada
semana, no período já determinado acima.
# Filmes que informam e sensibilizam – “A Minha História é Real.” –
Aquilo que é verdadeiro tende a causar mais impacto. A proposta deste mini-
projeto também se configurará em 4 semanas (4 histórias reais). Através de
filmes, dar a oportunidade para toda a comunidade escolar, principalmente
para os pais que têm filhos com deficiência na escola, para aprender,
através do visual, sobre as dificuldades enfrentadas pelo deficiente. Esta
proposta tem como objetivo principal fazer com que as pessoas se
percebam na pele daquele que enfrenta as limitações inerentes à
deficiência.
# Um Intervalo levado a sério – “Diferente, mas não Impotente!” –
Mostrar que o Deficiente é capaz é a ideia deste circuito. A pretensão é
estender o intervalo em 10 minutos, para que alguns “convidados
deficientes” possam mostrar as suas habilidades artísticas. Para se quebrar
barreiras faz-se necessário usar ferramentas convincentes. Ao se depararem
com “um deficiente” executando tarefas que aos “olhos normais” parecem
impossíveis, causará, no mínimo, uma mudança de (pré) conceito.

Exemplos: Um surdo que canta, um cego que toca teclado, um autista que
representa e um cadeirante que dança (são algumas propostas).

Esta atividade deverá ser executada na Semana Oficial de Inclusão na


escola.

# Uma aula diferente – “Mãos que falam”. Em parceria com a Prefeitura


do Município, levar para a sala de aula alguns instrutores de Libras, para
trabalhar com os alunos e professores noções básicas da língua de sinais,
tipo alfabeto, saudações e necessidades diárias.
# Professor, você é peça fundamental neste projeto! – “Sou um

Professor Inclusivo; Faço a minha parte”. A proposta é que os


professores levem para as salas de aula textos, vídeos, documentários,
testemunhos ou qualquer outra ação que envolva, direta ou indiretamente, a
inclusão. # Culminância no Encontro de Amigos Especiais – “Sou como
você: Diferente!”. Incentivar a presença de todos os funcionários, alunos e
familiares no evento promovido, no qual a escola fará uma apresentação.
Dramatização do poema de Mário Quintana, “Deficiências”, com coreografia
de uma música.

3.8 TEMPO DE REALIZAÇÃO

A proposta é de que seja executado no período entre Julho á Setembro,


configurando-se, assim, como mais uma proposta, e não a última, de tornar
real o processo de inclusão na escola.

3.9 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Mural Interativo:
Espaço apropriado (mural), cartolinas, impressões, cópias e outros materiais
afins.
 Filmes:
Espaço (auditório), funcionário(a) para ajudar com a pipoca e o suco/refri.
 Intervalo:
Espaço físico, som e afins, outro recurso de acordo com a apresentação
(nada que não tenha na escola).
 Mãos que falam:
A sala de aula, 1 aula planejada em cada turma, possíveis materiais (cópias)
para os alunos.

 Professor inclusivo:
A cargo de cada professor (textos, entrevistas, documentários, seminários
etc).
 Alunos;
 Professores;
 Equipe gestora;
 Pais;
 Comunidade

3.10 AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através de:


 Leitura de livros infantis;
 Rodas de conversas sobre a leitura;
 Realização de desenhos sobre o livro que mais gostaram;
 Colorir gravuras do livro;
 Contar o que entenderam dos livros e qual a parte que mais gostou;
 Cada aluno deverá criar sua própria historinha e contar.

4 .CONCLUSÃO

A Educação Infantil é um processo cultural, aonde através de métodos,


didáticas e técnicas específicas conduzimos os alunos a desenvolver
relações de respeito mútuo, justiça, solidariedade, igualdade, tornando a
criança pensante e autônoma das suas ações e atitudes na sociedade.

A inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil é uma prática


nova, apesar desta modalidade educacional ter sido incorporada ao ensino
básico a mais de uma década, cresce a cada ano, mesmo com a pouca
oferta de vagas, e com esta o desafio de garantir uma educação de
qualidade a todos os alunos. Nas creches e escolas Inclusivas, sejam estas
da rede pública ou privada, os educandos e educadores aprendem a
conviver com a diversidade tornando-se cidadãos solidários. E, neste
contexto, o respeito à diversidade, as diferenças, torna-se o fundamento
para o sucesso da educação inclusiva, onde a oportunidade de acesso e
permanência é igual para todos e os métodos, estratégias e currículos são
adaptados de acordo com as necessidades de cada aluno.

Devemos considerar que a faixa etária de zero a cinco anos é um


momento crucial e importante do desenvolvimento humano é que a
educação infantil por isso deveria receber uma maior atenção do poder
público no que diz respeito à valorização, a formação e a qualidade dos
professores, garantindo desta forma o cuidado e a educação necessária a
estas crianças, incluindo as que possuem algum tipo de deficiência.
Na questão da formação e capacitação dos professores que trabalham
com alunos deficientes na educação infantil, consideramos que atuar com a
diversidade em sala de aula pressupõe conhecimentos e disponibilidade
para aceitar o novo, o diferente. Esta formação deve incluir conteúdos sobre
os fatores que levam a deficiências e as necessidades especiais
apresentadas pelos alunos, temas estes que devem fazer parte de cursos de
capacitação, graduação e pós-graduação, assim como vincularem-se a
prática destes profissionais.
O que podemos concluir na pesquisa realizada é que a realidade
educacional referente à inclusão da criança deficiente na educação infantil,
ainda é ambígua, paradoxal e mal entendida pelos atores do processo
educativo nos aspectos social, afetivo e cognitivo. Quanto ao paradigma da
Inclusão este processo muitas vezes não tem se refletido na prática
pedagógica nestes espaços educacionais, pois conceitos como “Inclusão”,
“Integração” e “Educação Especial” tem se confundido no cotidiano destas
creches, escolas e EMEIs revelando ações que conotam o exercício da
integração nestas unidades; ressaltamos como um dos empecilhos a
educação inclusiva a discriminação e o preconceito presente muitas vezes
nos atos e palavras dos educadores infantis, atitudes estas, resultado da
ignorância sobre a deficiência do aluno e do medo e incapacidade de lidar
com uma situação de inclusão na sala de aula.
A inclusão escolar no contexto da Educação Infantil é possível, contudo,
este é um caminho repleto de desafios a serem enfrentados por nós
cidadãos, educadores e pais, com conhecimento, determinação e amor.

Essas revisões teóricas, em conjunto com a legislação vigente e os


estudos acerca da educação infantil e as concepções de criança, podem
contribuir para que a criança deficiente assume seu papel de cidadão de
direitos, afinal, “como nos ensinou Arendt (1997), a criança é a possibilidade
de que esse amanhã seja melhor, desde que não a abandonemos e a
excluamos, com tudo o que ela traz de novo e surpreendente, na
originalidade de seu ser e na singularidade imprevista de seu viver”
(MANTOAN, 2006, p.185 apud DRAGO, 2011, p. 72).

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Paulo, 2012 FLECK, Beatriz Vergas, Caderno Pedagógico 2ª ed.
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DRAGO, Rogério. Inclusão na Educação Infantil. Rio de Janeiro: Wak


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ZÓRTEA, Ana M. Inclusão na Educação Infantil: as crianças nos (des)


encontros com seus pares. 2007. 237 f. Dissertação (Mestrado em
Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre. 2007.
RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Descrever em forma de texto como foi a aplicação do projeto de intervenção


na prática. Lembre-se de relatar dia da aplicação, problemas encontrados,
participação dos envolvidos, etc.
OBS: Registre através de fotos, depoimentos, etc.
O relatório final deverá ter no máximo 3 laudas (incluindo as fotos).

O aluno deverá enviar uma declaração da instituição onde a Prática


Profissional foi aplicada.
CARTA DE APRESENTAÇÃO

________________, ____ de ________________ de 20__.

Ilmo. (a) Sr. (a) Diretor (a)


_______________________________________________

Servimo-nos desta para apresentar o (a) Sr (a).


__________________________________________, aluno (a) do (a) Curso de
_______________________________________________________________.

Solicitamos a colaboração de V.Sa. no sentido de que seja autorizada a


realização das Atividades Práticas nesta Instituição, em cumprimento das
exigências curriculares, facilitando-lhe a oportunidade de vivenciar a realidade
educacional, condição imprescindível para futura atuação profissional.

Sem mais para o momento,


DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO

Declaramos para devido fins que


__________________________________________, inscrito (a) no CPF
nº__________________________, portador (a) do RG
nº___________________, realizou a Prática Pedagógica nos dia (s)_________
no mês de _____________ de 20______ na
instituição_________________________________________________, CNPJ
ou Número da portaria____________________________________.

_______________________________________________________________
Assinatura por extenso do (a) responsável da instituição.

Carimbo do responsável Carimbo oficial da instituição


(Diretor (a), Vice-diretor (a) ou Coordenador)

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