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LEGISLAÇÃO

1. LEI Nº 18.147/2015 - APROVA O PLANO II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. implementação das estratégias e o cumprimento das
metas;
O POVO DA CIDADE DO RECIFE, POR SEUS
REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM SEU § 2º A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência
NOME, SANCIONO A SEGUINTE LEI: deste PME, a Secretaria Municipal de Educação, com o
suporte de instituições de pesquisas, publicará estudos
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação da para aferir a evolução no cumprimento das metas
Cidade de Recife - PME, com vigência por 10 (dez) anos, estabelecidas no Anexo desta Lei.
a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo
Único, com vistas ao cumprimento do disposto no inciso § 3º O investimento público em educação a que se refere a
I do artigo 11 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro Meta 20 do Anexo Único desta Lei, engloba os recursos
de 1996, no artigo 8º da Lei Federal nº 13.005, de 25 de aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e
junho de 2014, e no inciso IV do art. 89 da Lei do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Orgânica do Município de Recife. Transitórias, bem como os recursos aplicados nos
programas suplementares e de expansão da educação
Art. 2º São diretrizes do PME: básica e profissional, inclusive da forma de incentivo e
isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas pelo
I - erradicação do analfabetismo; Município do Recife, os subsídios concedidos em
II - universalização do atendimento escolar; programas de financiamento estudantil e o financiamento
III - superação das desigualdades educacionais, com de creches, pré-escolas e de educação especial na forma
ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de do art. 213 da Constituição Federal.
todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade de ensino e da educação; Art. 6º Fica mantido o regime de colaboração entre o
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com Município, o Estado de Pernambuco e a União para a
ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta consecução das metas do PME e a implementação das
a sociedade; estratégias a serem realizadas.
VI - promoção da educação em direitos humanos, à
diversidade cultural e à sustentabilidade socioambiental; § 1º As estratégias definidas no Anexo Único integrante
VII - promoção humanística, cultural, científica e desta lei não excluem a adoção de medidas visando a
tecnológica do Município; formalizar a cooperação entre os entes federados,
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos podendo ser complementadas por mecanismos nacionais
públicos em educação, resultantes da receita de impostos, e locais de coordenação e colaboração recíproca.
compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental, § 2º O Sistema Municipal de Ensino do Recife deverá
da educação infantil e da educação inclusiva; prever mecanismos de acompanhamento para a
IX - valorização dos profissionais de educação; consecução das metas do PME.
X - difusão dos princípios da equidade e do respeito à
diversidade cultural. Art. 7º Para garantia da equidade educacional, o
Município deverá considerar o atendimento às
Art. 3º As metas previstas no Anexo Único integrante necessidades específicas da Educação Especial,
desta lei deverão ser cumpridas no prazo de vigência do assegurando um sistema inclusivo em todos os níveis,
PME, desde que não haja prazo inferior definido para etapas e modalidades de ensino.
metas e estratégias específicas.
Art. 8º O Plano Municipal de Educação da Cidade do
Art. 4º As metas previstas no Anexo Único integrante Recife abrangerá, prioritariamente, o Sistema Municipal de
desta lei deverão ter como referência os censos mais Ensino, definindo as metas e estratégias que atendam às
atualizados da educação básica e superior, disponíveis na incumbências que lhe forem destinadas por lei.
data da publicação desta lei.
Art. 9º Assegurar no PME a articulação das políticas
Art. 5º A execução do PME e o cumprimento de suas educacionais com as demais políticas sociais,
metas serão objeto de monitoramento contínuo e de particularmente as culturais, considerando as necessidades
avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: específicas das populações em situação de risco e de rua,
comunidades com baixos índices de IDH e diversidade
I - Secretaria Municipal de Educação; cultural.
II - Comissão de Educação da Câmara Municipal de
Educação; Art. 10 O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e
III - Conselho Municipal de Educação; os orçamentos anuais do Município deverão ser
IV - Fórum Municipal de Educação formulados de modo a assegurar a consignação de
dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes,
§ 1º Compete, ainda, às instâncias referidas no caput: metas e estratégias do PME, a fim de viabilizar sua plena
execução.
I - divulgar os resultados do monitoramento e das
avaliações nos respectivos sítios institucionais;

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Art. 11 Até o final do primeiro semestre do nono ano de 1.4) manter e ampliar, em regime de colaboração e
vigência deste PME, o Poder Executivo encaminhará à respeitadas as normas de acessibilidade, programa de
Câmara Municipal do Recife, sem prejuízo das construção e reestruturação de escolas, bem como de
prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao aquisição de equipamentos, visando à expansão e à
Plano Municipal de Educação a vigorar no período melhoria da rede física de escolas públicas de educação
subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e infantil;
estratégias para o próximo decênio.
1.5) utilizar subsídios de programas do governo federal
Parágrafo único. O processo de elaboração do projeto de para aquisição de equipamentos para a rede escolar
lei disposto no caput deverá ser precedido de consulta pública de educação infantil, voltado à expansão e à
popular com a ampla participação de representantes da melhoria da rede física de creches e pré-escolas públicas, a
comunidade educacional e da sociedade civil. partir do início da vigência desse plano;

Art. 12 O Poder Executivo promoverá a realização de, 1.6) melhorar as condições físicas das unidades de
pelo menos, 02 (duas) conferências municipais de educação infantil, equipando-as com mobiliário adequado,
educação até o final do decênio, articuladas e coordenadas e adaptação para inclusão dos alunos(as) com deficiência e
em conjunto com o Fórum Municipal de Educação, com transtornos globais do desenvolvimento, garantindo o
o objetivo de avaliar a execução deste PME. fornecimento de alimentação escolar de qualidade para
toda educação infantil;
Parágrafo único. O Fórum Municipal de Educação, além
da atribuição referida no caput, acompanhará a execução 1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em creches
do PME e o cumprimento de suas metas. certificadas como entidades beneficentes de assistência
social na área de educação para a expansão da oferta na
Art. 13 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. rede escolar pública;

Recife, 22 de junho de 2015 1.8) promover a formação continuada dos profissionais de


educação infantil, inclusive para a utilização de softwares
GERALDO JULIO DE MELLO FILHO educativos, ferramentas e interfaces tecnológicas,
Prefeito do Recife priorizando os profissionais da rede como formadores;

Projeto DE LEI ORDINÁRIA Nº 10/2015- DE 1.9) priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a
AUTORIA DO EXECUTIVO MUNICIPAL oferta do atendimento educacional especializado
complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com
ANEXO deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, oferecendo a educação
METAS E ESTRATÉGIAS DO PLANO MUNICIPAL bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da
DE EDUCAÇÃO educação especial nessa etapa da educação básica;

META 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na 1.10) preservar as especificidades da educação infantil na
pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos organização das redes escolares, garantindo o atendimento
de idade e ampliar a oferta de educação infantil em da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em
creches de forma a atender 70% (setenta por cento) da estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de
demanda das crianças de até (três) anos até o final da qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte,
vigência deste PME. visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de
idade no ensino fundamental;
ESTRATÉGIAS:
1.11) fortalecer a parceria da Secretaria de Educação com
1.1) definir, em regime de colaboração entre a União, os o Conselho Tutelar e o Ministério Público para zelar pela
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, metas de matrícula e frequência das crianças de 4 e 5 anos na
expansão e ordenamento das respectivas redes públicas de educação infantil, criando um procedimento padrão que
educação infantil segundo padrão nacional de qualidade facilite a comunicação das unidades de ensino com o
compatível com as peculiaridades locais; sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente,
tomando como referência o decreto municipal nº 01/2007
1.2) garantir novas matriculas na educação infantil, (Projeto Voltei);
contribuindo para universalização, até 2016, do
atendimento à população de 4 a 5 anos residente no 1.12) promover e estimular a parceria escola-família,
Recife, e oferecer novas vagas para, no mínimo, 70% envolvendo-a nas atividades das unidades educacionais,
(setenta por cento) da demanda das crianças de até 3 (três) com foco no desenvolvimento integral das crianças de até
anjos até o final da vigência deste PME." 5 anos de idade, e a parceria com os postos de saúde da
família e centros de referência de assistência social para
1.3) realizar, periodicamente, em regime de colaboração, acompanhamento;
levantamento da demanda por creche para a população de
até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e 1.13) estabelecer parcerias para o atendimento psicológico
verificar o atendimento da demanda manifesta; os estudantes da Rede Pública Municipal de Ensino;

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1.14) realizar chamada pública para efetivação da complementar, estudos de recuperação e progressão
matrícula universal da demanda da população de 4 e 5 parcial;
anos;
2.4) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do
1.15) realizar, com a colaboração da União e do Estado, a acesso, permanência e aproveitamento escolar dos
cada ano, levantamento da demanda manifesta por beneficiários de programas de transferência de renda,
educação infantil em creches e pré-escolas, como forma identificando motivos de ausência e baixa frequência e
de planejar e verificar o atendimento; garantir, em regime de colaboração com toda a
comunidade escolar, o apoio à aprendizagem, bem como
1.16) garantir vaga na pré-escola dos alunos oriundos das articular com a União o aperfeiçoamento dos critérios
unidades conveniadas na rede municipal de ensino, para que os estudantes do ensino fundamental recebam o
respeitando-se a legislação vigente; programa bolsa-família;

1.17) manter grupos de trabalho na Secretaria de 2.5) elaborar o mapa de localização residencial da
Educação responsáveis por acompanhar e aprimorar a demanda escolar de crianças 6 a 14 anos, em parceria com
política de ensino da história e cultura afro-brasileira e assistência social e de saúde;
indígena, ampliando a participação dos profissionais de
educação, oferecendo a formação e material pedagógico 2.6) acionar o Conselho Tutelar e o Ministério Público, no
para as unidades de educação infantil; caso em que as famílias, injustificadamente, se neguem ou
se ausentem da responsabilidade de matricula das crianças
1.18) realizar concursos públicos para profissionais de e adolescentes de 6 a 14 anos, mediante verificação da
educação, quando necessário, visando atender à demanda vaga disponibilizada pelo poder público, sempre que
proposta pela meta; possível, na área próxima ao seu domicilio;

1.19) disciplinar, com amparo na legislação educacional, 2.7) realizar chamada pública para efetivação da matrícula
no âmbito do sistema de ensino, a organização do universal da demanda de 6 a 14 anos;
trabalho pedagógico incluindo a adequação do calendário
escolar de acordo com a realidade local e as condições 2.8) promover formação continuada aos profissionais da
climáticas da região; educação não docentes em parceria com as instituições de
ensino, entidades e profissionais da área educacional;
1.20) programar no calendário encontros para a discussão
e avaliação do projeto político pedagógico pelos 2.9) promover a ampliação e melhoria da rede física
profissionais da unidade, observando-se a política de escolar a partir do padrão mínimo exigido pelo MEC;
ensino e respeitando-se os direitos dos estudantes;
2.10) promover a relação das escolas com instituições e
1.21) promover o desenvolvimento dos componentes movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de
artes e suas linguagens (artes visuais, dança, teatro e atividades culturais para os (as) alunos (as) dentro e fora
música), educação ambiental e educação física na dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se
educação Infantil. tornem polos de criação e difusão cultural;

META 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) 2.11) incentivar a participação dos pais ou responsáveis no
anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) acompanhamento das atividades escolares dos filhos por
anos e garantir que, no mínimo, 95% (noventa e cinco por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as
cento) dos alunos concluam essa etapa na idade famílias;
recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
2.12) fortalecer e ampliar parcerias com Conselho Tutelar
ESTRATÉGIAS: e agentes comunitários de saúde para assegurar a aplicação
de medidas preventivas na escola, comunicando-se o
2.1) reorganizar, em regime de cooperação com o Estado, resultado ao Conselho Escolar;
as redes estadual e municipal com um levantamento da
demanda para garantir o acesso e permanência do 2.13) garantir a superação das desigualdades educacionais,
estudante com qualidade social, criando mecanismo para com ênfase na promoção da igualdade racial, valorizando
acompanhar a sua permanência na escola; as especificidades de cada indivíduo através da construção
de políticas públicas e sua implementação;
2.2) proporcionar ao estudante do ensino fundamental,
por meio de diferentes áreas do conhecimento, a 2.14) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino
apropriação de saberes que favoreçam o exercício da fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos
cidadania e a continuidade de seu processo de e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de
escolarização; caráter itinerante;

2.3) manter e ampliar ações de correção de fluxo de 2.15) implementar e desenvolver programas públicos de
ensino fundamental com acompanhamento atividades extracurriculares no contra turno, com
individualizado do estudante com rendimento defasado e observância das especificidades dos educandos, com foco
adoção de práticas como aulas de reforço no turno na aprendizagem;

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2.16) promover, em parceria com a Secretaria de Esportes, de traçar um diagnostico acerca das possíveis causas da
atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades evasão, com vista à implementação de medidas
esportivas nas escolas, interligadas a um plano de pedagógicas voltadas às necessidades específicas para cada
disseminação do desporto educacional e de caso;
desenvolvimento esportivo municipal;
3.7) elevar, em colaboração com o Estado, os números de
2.17) ampliar o acesso da rede pública municipal a novas matrículas para a população de 15 a 17 anos que se
computadores em banda larga de alta velocidade e encontra fora da escola, nos níveis fundamental e médio, e
aumentar a relação computadores/tablets/estudante e na modalidade Educação de Jovens e Adultos - EJA.
docentes nas escolas da rede pública de educação básica,
promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da META 4: universalizar, em colaboração com o Estado, o
informação e da comunicação. acesso para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)
anos com deficiência, transtornos globais do
META 3: colaborar com a União e o Estado para desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, à
universalizar o atendimento escolar para toda a população educação básica e ao atendimento educacional
de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
período de vigência deste PME, a taxa líquida de com a garantia de sistema educacional inclusivo.
matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por
cento). ESTRATÉGIAS:

ESTRATÉGIAS: 4.1) ampliar, em colaboração com o Estado, o número de


matrículas para a população de 4 a 17 anos com
3.1) colaborar com a União e o Estado, no que for deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
necessário, para institucionalizar programa nacional de altas habilidades ou superdotação;
renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas
pedagógicas com abordagens interdisciplinares 4.2) promover a formação continuada de professores(as)
estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio do Atendimento Educacional Especializado - AEE em
de currículos escolares que organizem, de maneira flexível parceria com instituições de ensino, entidades e
e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos profissionais da educação, atendendo as especificidades do
articulados em dimensões como ciência, trabalho, atendimento às crianças, aos jovens, adultos e
linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a idosos com deficiência, transtorno global do
aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
material didático específico, a formação continuada de
professores e a articulação com instituições acadêmicas, 4.3) garantir aos estudantes com deficiência, transtornos
esportivas e culturais; globais do desenvolvimento e altas habilidades/
superdotação, a construção de Salas de Recursos
3.2) contribuir na pactuação entre União, Estados, Multifuncionais - SRM em 100% das novas unidades
Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância educacionais da rede e ampliar em 50% a adaptação das
permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, com a atuais unidades que possuam condições físicas para tanto;
elaboração de proposta de direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base 4.4) intensificar a formação continuada para os
nacional comum curricular do ensino médio; profissionais da educação da sala regular e atendimento
educacional especializado, proporcionando novas
3.3) colaborar com o Estado, no que for necessário, para a perspectivas e práticas de atuação na perspectiva da
expansão das matrículas gratuitas de ensino médio educação inclusiva;
integrado à educação profissional, das comunidades
indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência; 4.5) fomentar o Atendimento Educacional Especializado -
AEE, em salas de recursos multifuncionais, dos/das
3.4) promover a superação das desigualdades estudantes inclusos(as) na Rede de Ensino, com
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania, deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
dignidade da pessoa humana e na erradicação de todas as altas habilidades/superdotação;
formas de discriminação negativa;
4.6) ampliar o atendimento educacional nos Núcleos de
3.5) colaborar com o Estado, no que for necessário, para Apoio Especializado da Secretaria de Educação do Recife
fomentar programas de educação e de cultura para a para atender prioritariamente aos(às) estudantes
população urbana de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) matriculados(as) na rede pública;
a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social
e profissional para aqueles que estejam fora da escola e 4.7) promover parceria com a Secretaria Municipal de
com defasagem no fluxo escolar; Saúde para mapeamento da população entre 4 e 17 anos
de idade com deficiências e transtornos globais do
3.6) colaborar com o Estado na implementação de desenvolvimento, para o oferecimento de estimulação
políticas de prevenção à evasão escolar, desenvolvendo precoce e atendimento multidisciplinar;
mecanismos de monitoramento da assiduidade dos alunos,
a ser realizado por pessoal competente e capacitado, a fim

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4.8) fomentar a criação de centros multidisciplinares por desenvolvimento e altas habilidades/superdotação de


Região Político Administrativa - RPA, para apoio, modo a assegurar sua qualificação com o apoio do
pesquisa e assessoria, articulados com instituições atendimento educacional especializado;
acadêmicas, secretarias do município integrados por
profissionais das áreas de saúde, assistência social, 4.16) ampliar, em colaboração com o Estado, para a
pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos (as) população de Recife com idade entre 4 (quatro) e 17
professores da educação básica com os (as) alunos (as) (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, o
e altas habilidades/superdotação; acesso à educação básica;

4.9) ofertar Educação de Jovens e Adultos - EJA, 4.17) fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento
conforme disponibilidade da rede, nos horários em que de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e
houver demanda para estudantes com deficiência, em recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do
função de insegurança no horário noturno e em razão dos ensino e da aprendizagem, bem como das condições de
alunos fazerem uso de medicamentos sedativos, que os acessibilidade dos (as) estudantes com deficiência,
impossibilita de participar das atividades no turno da transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
noite; ou superdotação;

4.10) ampliar a oferta do transporte escolar inclusivo para 4.18) articular junto à União a distribuição suplementar de
garantia do deslocamento dos estudantes com deficiência, livros didáticos e material didático específico para
transtorno global do desenvolvimento, no percurso estudantes com necessidades educativas especiais;
casa/escola, escola/casa e para o atendimento educacional
especializado no contra turno, incluindo os 4.19) promover, em parceria com a Secretaria de Esportes,
núcleos/centros e os centros multidisciplinares; atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades
esportivas nas escolas, interligadas a um plano de
4.11) cooperar com o Programa Nacional de disseminação do;
Acessibilidade nas Escolas Públicas para adequação desporto educacional e de desenvolvimento esportivo
arquitetônica, oferta de transporte acessível, municipal contemplando estudantes com deficiência,
disponibilização de material didático acessível e recursos transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
de tecnologia assistiva e oferta da educação bilíngue em ou superdotação
língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS;
4.20) mapear a necessidade de reformas e sinalização tátil
4.12) ampliar, em colaboração com o Estado, a oferta de adequando as escolas para torná-las acessíveis a todos;
salas regulares bilíngues na rede municipal de ensino em
unidades educacionais que atendam estudantes de 4 4.21) colaborar com órgãos de saúde, assistência social e
(quatro) a 17 (dezessete) anos com surdez e com direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim
deficiência auditiva, tendo a Língua Brasileira de Sinais - de desenvolver modelos de atendimento voltados à
LIBRAS, como primeira língua e, na modalidade escrita, a continuidade do atendimento escolar, na educação de
Língua Portuguesa como segunda língua, bem como a jovens e adultos, das pessoas com deficiência e
adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdo- transtornos globais do desenvolvimento com idade
cegos; superior à faixa etária de escolarização obrigatória;

4.13) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento 4.22) firmar parcerias com hospitais de referência em
do acesso à escola e ao atendimento educacional atendimento infanto-juvenil para implantação de classes
especializado, bem como da permanência e do hospitalares;
desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 4.23) disponibilizar, nas unidades educacionais da rede
altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de pública, onde for necessário, o Agente de Apoio ao
programas de transferência de renda, juntamente com o Desenvolvimento Escolar Especial para prestar auxílio
combate às situações de discriminação, preconceito e individualizado aos (às) estudantes com deficiência e
violência, com vistas ao estabelecimento de condições transtornos globais do desenvolvimento que não realizam
adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com independência as atividades de locomoção, higiene,
com as famílias e com os órgãos públicos de assistência alimentação, buscando desenvolver a sua autonomia e o
social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à seu empoderamento;
juventude;
4.24) colaborar com a definição de indicadores de
4.14) promover o acesso e a permanência na escola dos qualidade e política de avaliação e supervisão para o
(as) estudantes com deficiência, transtornos globais do funcionamento de instituições públicas e privadas que
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; prestam atendimento a alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
4.15) fomentar, em colaboração com a Secretaria de ou superdotação;
Juventude e Qualificação Profissional, na educação
profissionalizante as condições de acesso e permanência
na escola da pessoa com deficiência, transtorno globais do

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4.25) incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos qualificando os educadores para a utilização desses
demais cursos de formação para profissionais da recursos;
educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado
o disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, 5.7) implantar, progressivamente, biblioteca nas unidades
dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e educacionais públicas, instituindo programas de estímulo à
dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao leitura promovidos pela rede pública, garantindo
atendimento educacional de alunos com deficiência, funcionamento e a atualização do seu acervo.
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação; META 6: oferecer educação em tempo integral em, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas,
4.26) promover parcerias com instituições especializadas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
visando ampliar as condições de apoio suplementar ou cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.
complementar, ao atendimento dos (as) estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e ESTRATÉGIAS:
altas habilidades ou superdotação matriculados nas
unidades educacionais; 6.1) estender progressivamente, em regime de colaboração
com a União e o Estado, o alcance do Programa Nacional
4.27) promover a distribuição suplementar de livros de ampliação da jornada escolar, mediante oferta de
didáticos e de material didático específico para estudantes educação
com deficiências, transtornos globais e altas
habilidades/superdotação. básica pública em tempo integral, por meio de atividades
de acompanhamento pedagógico e interdisciplinares,
META 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o garantindo material didático pedagógico e recurso
final do 3º ano do ensino fundamental. humano qualificado;

ESTRATÉGIAS: 6.2) garantir estruturação, nos seus aspectos físicos e


pedagógicos, de forma a construir e ampliar prédios
5.1) promover a estruturação de processos pedagógicos de escolares com equipamentos e espaços físicos necessários
alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, à escola em tempo integral;
articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-
escola, com qualificação e valorização dos (as) professores 6.3) construir e desenvolver projetos pedagógicos com
(as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a suporte teórico, metodológico, técnico e prévio, que
fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças; estimulem a permanência do aluno na unidade
educacional;
5.2) colaborar com o Ministério da Educação para a
instituição de instrumentos de avaliação nacional 6.4) incentivar a participação dos diversos segmentos da
periódicos e específicos para aferir a alfabetização das escola na construção do currículo das escolas integrais
crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os referente a parte diversificada;
sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos
instrumentos de avaliação e monitoramento, 6.5) fundamentar a concepção da educação integral como
implementando medidas pedagógicas para alfabetizar espaço privilegiado do exercício da cidadania e do
todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do protagonismo juvenil.
ensino fundamental;
META 7: fomentar a qualidade da educação básica em
5.3) selecionar, certificar e divulgar tecnologias todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo
educacionais para a alfabetização de crianças, assegurada a escolar e garantia da aprendizagem, possibilitando que os
diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem estudantes avancem em relação aos padrões de
como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de desempenho nacional.
ensino em que forem aplicadas;
ESTRATÉGIAS:
5.4) promover e estimular a formação continuada de
professores (as) para a alfabetização de crianças, com o 7.1) inserir nas avaliações contínuas descritores e
conhecimento de novas tecnologias educacionais e modelos/instrumentos utilizados nas avaliações
práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação sistêmicas;
entre programas de pós-graduação stricto sensu e de
formação continuada de professores (as) para a 7.2) induzir processo contínuo de autoavaliação das
alfabetização; escolas de educação básica, por meio da constituição de
instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a
5.5) respeitar o tempo pedagógico das pessoas com serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de
deficiência, com transtorno globais do desenvolvimento, planejamento estratégico, a melhoria contínua da
com dificuldades de aprendizagem e em situação de qualidade educacional, a formação continuada dos (as)
vulnerabilidade e altas habilidades; profissionais da educação e o aprimoramento da gestão
5.6) investir em insumos como biblioteca, laboratórios de democrática;
informática e aquisição de material de apoio didático,

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7.3) oferecer formação continuada para os (as) professores 7.14) prover, em regime de colaboração com a União, as
(as) que atuam nas unidades educacionais comunitárias, escolas públicas da educação básica com equipamentos e
filantrópicas e confessionais conveniadas; recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica
no ambiente escolar, criando, inclusive, mecanismos para
7.4) formalizar e executar os planos de ações articulados a implementação das condições necessárias para a
fim de cumprir as metas de qualidade estabelecidas para a universalização das bibliotecas nas instituições
educação básica pública e as estratégias de apoio técnico e educacionais, com acesso a redes digitais de
financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à computadores, inclusive a internet;
formação de professores e professoras e profissionais de
serviços e apoio escolares, à ampliação e ao 7.15) promover políticas de combate à violência na escola,
desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à
expansão da infraestrutura física da rede escolar; capacitação de educadores para detecção dos sinais de
suas causas, como a violência doméstica e sexual,
7.5) apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais favorecendo a adoção das providências adequadas para
pelas escolas para a melhoria de seus processos e práticas promover a construção da cultura de paz e um ambiente
pedagógicas; escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.6) desenvolver, em colaboração com a União e o 7.16) implementar políticas de inclusão e permanência na
Estado, indicadores específicos de avaliação da qualidade escola para crianças, adolescentes e jovens que sejam
da educação especial, bem como da qualidade da educação cumpridores de medidas sócio-educativa, que estejam em
bilíngue para surdos; situação de rua, trabalho infantil, exploração ou abuso
sexual, drogadição ou acolhimento em instituição,
7.7) orientar as políticas da rede e sistemas de ensino, de assegurando os princípios da Lei nº 8.069, de 13 de julho
forma a buscar atingir as metas do Ideb, diminuindo a de 1990 - Estatuto de Criança e do Adolescente;
diferença entre as escolas com os menores índices e a
média nacional, garantindo equidade da aprendizagem e 7.17) garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a
reduzindo a referida diferença pela metade, até o último história e as culturas afro-brasileira, recifense,
ano de vigência deste PME; pernambucana e indígenas e implementar ações
educacionais, nos termos das Leis nºs 10.639, de 9 de
7.8) fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008,
resultados pedagógicos dos indicadores do sistema assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes
nacional de avaliação da educação básica e do Ideb, e curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas
anualmente os resultados do sistema municipal de com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial,
avaliação da educação básica; conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade
civil;
7.9) contemplar os descritores e matrizes de habilidades
da Prova Brasil na matriz curricular de ensino; 7.18) mobilizar as famílias articulando-se ensino escolar e
educação propriamente dita que se recebe no seio familiar,
7.10) elevar o fluxo escolar da rede municipal assegurando com o propósito de que a formação seja entendida como
as condições específicas, material pedagógico, estrutura fruto do ensino e da educação, a fim de ampliar o controle
física adequada estabelecida pelo MEC, formação dos pais, mães e responsáveis sobre o cumprimento das
continuada, mediante critérios de qualidade do processo políticas públicas educacionais;
de ensino e aprendizagem;
7.19) estabelecer ações efetivas especificamente voltadas
7.11) articular junto a União o apoio técnico e financeiro à para a promoção, prevenção, atenção à saúde e à
gestão escolar mediante transferência direta de recursos integridade física, mental e emocional dos (das)
financeiros à escola, garantindo a participação da profissionais da educação, como condição para a melhoria
comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos da qualidade educacional;
recursos, visando a ampliação da transparência e ao
efetivo desenvolvimento da gestão democrática; 7.20) aderir ao sistema estadual de avaliação da educação
básica, para orientar as políticas públicas e as práticas
7.12) colaborar com os programas federais de ações de pedagógicas, com o fornecimento das informações às
atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da escolas e à sociedade;
educação básica, por meio de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e 7.21) promover, em colaboração com o Estado, a
assistência à saúde; regulação da oferta da educação básica pela iniciativa
privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento
7.13) assegurar a todas as escolas públicas de educação da função social da educação;
básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água
tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos 7.22) estabelecer políticas de estímulo às escolas que
sólidos, garantindo o acesso dos alunos a espaços para a melhorarem o desempenho no Ideb, de modo a valorizar
prática esportiva e bens culturais e artísticos, em cada o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade
edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com escolar;
deficiência, até o final da vigência deste plano;

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7.23) promover acompanhamento didático-pedagógico de rede pública;


ensino aprendizagem para discentes e docentes;
8.7) implementar políticas públicas educacionais de
7.24) promover políticas públicas de prevenção ao uso de inclusão social que promovam equidade;
álcool, crack e outras drogas nas escolas, inclusive através
do desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de 8.8) colaborar com o Estado e União para viabilizar a
educadores no intuito de realizar orientação e analisar educação profissionalizante, oferecendo uma formação
riscos potenciais no ambiente de ensino, favorecendo a que possibilite a inclusão no mercado de trabalho;
adoção das providências adequadas para evitar propagação
e incentivo ao consumo das substâncias supracitadas, além 8.9) atualizar permanentemente os dados referentes a
da realização semestral de palestras e seminários nas população nesta faixa etária;
escolas, contribuindo para a promoção de um ambiente
escolar prevenido; 8.10) promover e potencializar, em parceria com as
Secretarias de Saúde, Assistência Social, Conselhos
7.25) Fomentar programas de ensino de idiomas Tutelares e Ministério Público, o acompanhamento do
estrangeiros, contribuindo com formação de um cidadão acesso à escola para os segmentos populacionais
global; considerados na meta, identificando motivos de
absenteísmo e colaborando com o sistema e rede de
META 8: elevar, em colaboração com o Estado e a União, ensino na garantia da frequência e do apoio à
a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do
(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 atendimento desses estudantes na rede pública municipal;
(doze) anos de estudo no último ano de vigência deste
PME, nas regiões de menor escolaridade no município e 8.11) acompanhar, monitorar e avaliar, em regime de
dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres da colaboração com a União e Estado, políticas públicas de
população recifense, e igualar a escolaridade média entre inclusão social dos/das estudantes trabalhadores/as de
negros e não negros declarados à Fundação Instituto baixa renda, dos estudantes negros, indígenas,
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. quilombolas e dos estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/
ESTRATÉGIAS: superdotação;

8.1) promover acesso, permanência e êxito para a 8.12) promover busca ativa de jovens fora da escola
demanda da educação básica; pertencentes aos segmentos populacionais considerados
na meta, em parceria com as áreas de assistência social,
8.2) implementar políticas públicas educacionais de saúde e proteção à juventude;
inclusão social de promoção da equidade e de combate às
desigualdades raciais, sociais, culturais, de sexo e idade; 8.13) realizar chamada pública desta demanda, com oferta
de atendimento regular nas turmas de Educação de Jovens
8.3) ampliar programas e desenvolver tecnologias para e Adultos - EJA, na etapa ensino fundamental;
correção de fluxo escolar, para acompanhamento
pedagógico individualizado e para recuperação, bem como 8.14) promover ações voltadas ao cumprimento das
focar o acompanhamento mais efetivo dos estudantes diretrizes das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, durante o
com rendimento escolar defasado, considerando as ano letivo, de forma transdisciplinar, respeitando a política
especificidades dos segmentos populacionais de ensino da rede;
considerados;
8.15) assegurar aos segmentos escolares, sob coordenação
8.4) potencializar a reclassificação dos estudantes que já da Secretaria Municipal de Educação, uma política de
frequentam as salas de aulas de Educação de Jovens e formação continuada, ampliando os espaços para reflexão
Adultos - EJA, a fim de detectar e efetivar a progressão ao nas escolas que envolvam as famílias, a comunidade
longo do ano; escolar, as/os estudantes e as/os profissionais da
educação, docentes e não docentes, nas discussões sobre
8.5) ampliar matrícula nas turmas de Educação de Jovens questões de direitos humanos, reconhecendo a dignidade
e Adultos - EJA para os segmentos populacionais da pessoa humana, sobre ética, cidadania e erradicação de
considerados, que estejam fora da escola e com defasagem todas as formas de discriminação negativa;
idade-série, associados a outras estratégias que garantam a
continuidade da escolarização após a alfabetização inicial; 8.16) ampliar e atualizar o acervo das bibliotecas escolares,
disponibilizando documentos, textos, livros, revistas e
8.6) promover, em parceria com as áreas da saúde, recursos audiovisuais, mídias digitais que tenham como
assistência social, conselhos tutelares e Ministério Público, referência os estudos sobre direitos humanos, etnias,
o acompanhamento e o monitoramento do acesso à comunidades quilombolas e indígenas e as influencias
escola para os segmentos populacionais considerados na dessas diversidades culturais na formação da nossa
meta, identificando motivos de afastamentos e história e, sobre tudo, os grandes clássicos da literatura
colaborando com o sistema e rede de ensino na garantia universal, cujas obras já foram consagradas pelo tempo;
de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a
estimular a ampliação do atendimento dos estudantes na

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8.17) desenvolver políticas permanentes de combate ao 8.29) oferecer conteúdo da história e cultura afro-
assédio moral, sexual e todas as formas discriminatórias brasileira e indígena no currículo e ações educacionais, nos
que agridam a dignidade da pessoa humana; termos da Lei nº 10.639/2003, Lei nº 11.645/2008, de
acordo com a Lei nº 12.228/2010 do Estatuto da
8.18) implementar, acompanhar, monitorar e avaliar, em Igualdade Racial, por meio da colaboração com os setores
regime de colaboração entre a União e o Estado, de competentes da Secretaria de Educação, Instituições de
acordo com a legislação pertinente, políticas públicas de Ensino Superior-IES, juntamente com os fóruns de
inclusão social dos/das estudantes trabalhadores/as de educação para a diversidade étnico-racial e a sociedade
baixa renda, das/dos estudantes negros, indígenas, civil organizada.
quilombolas, das/dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas META 9: elevar, em colaboração com a União e o Estado,
habilidades/superdotação; a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos
ou mais, contribuindo para a redução do analfabetismo
8.19) qualificar o preenchimento no censo escolar das absoluto e analfabetismo funcional até o final deste PME.
escolas da rede municipal do quesito cor/raça em diálogo
com universidades e IES públicas e organizações da ESTRATÉGIAS:
sociedade civil, realizando a formação dos profissionais e
gestores da educação para realização dessa atividade, 9.1) garantir, sob coordenação da Secretaria Municipal de
obrigatório para todas as esferas públicas; Educação, a oferta da educação para jovens e adultos,
com a presença da equipe gestora responsável pela
8.20) fortalecer o respeito à diversidade religiosa, unidade escolar em todos os turnos;
garantindo a educação pública laica;
9.2) estabelecer programas, em parceria com a União e
8.21) estabelecer parceria com Instituições de Ensino Estado, que assegurem às escolas públicas de ensino
Superior para realização de pós-graduação lato sensu e fundamental, localizadas em bairros caracterizados por
strito sensu, tendo em vista o enriquecimento da analfabetismo e baixa escolaridade, a oferta de projetos de
formação de nível superior que abordem a temática das alfabetização, de acordo com as Diretrizes Curriculares
diversidades de culturas e povos que contribuíram para a Nacionais propostas para a Educação de Jovens e
formação da nossa história; Adultos;

8.22) fortalecer o vínculo com o Conselho Tutelar e 9.3) atualizar permanentemente os dados referentes à
outras instâncias no Município que atuam na área de população atendida na Educação de Jovens e Adultos -
proteção à infância e adolescência no que tange ao direito EJA;
do estudante no ambiente escolar e social;
9.4) realizar diagnóstico da situação dos jovens e adultos
8.23) fomentar práticas e espaços de educação para com ensino fundamental incompleto, identificando o
diversidades étnico-racial e cultural com ampla quantitativo e as necessidades dos estudantes a fim de
participação dos setores sociais historicamente conhecer a demanda ativa por vagas e assegurar o
marginalizados, a fim de que o processo educativo seja adequado planejamento da oferta, considerando a faixa
uma realidade de reinvenção permanente do que está etária, o turno adequado e a variabilidade didático-
instituído; metodológica;

8.24) promover, em regime de colaboração com a União e 9.5) estabelecer uma política municipal de formação de
Estado, formação continuada dos docentes em temas leitores, priorizando os bairros com maiores índices de
contemporâneos como os direitos humanos, os contextos analfabetismo e/ou baixa escolaridade;
sociais, culturais e ambientais;
9.6) potencializar projetos de incentivo à leitura nas
8.25) promover discussões no ensino fundamental, sobre bibliotecas das escolas da rede para Educação de Jovens e
o estatuto da criança e do adolescente e o estatuto do Adultos - EJA;
Idoso, conforme a Lei nº 11.525/2007;
9.7) articular-se com os meios de comunicação para
8.26) permitir o acesso das crianças e adolescentes com realizar chamadas públicas regulares para Educação de
deficiência nas ações desenvolvidas pelo Núcleo de Artes Jovens e Adultos - EJA;
e Cultura - NAC da Secretaria de Educação;
9.8) ampliar ações de atendimento ao estudante da
8.27) promover nas creches estimulação essencial para Educação de Jovens e Adultos - EJA por meio de
crianças com deficiência, estruturando seu trabalho com programas suplementares de transporte, alimentação
recursos humanos qualificados, como também com adequada e saúde;
equipamentos adequados, no objetivo de prevenir ou
minimizar a incidência de comprometimentos futuros; 9.9) apoiar e estimular, em parceria com as instituições e
entidades educacionais, projetos inovadores na área da
8.28) incentivar as pessoas com deficiência a participarem Educação de Jovens e Adultos - EJA que visem o
de projetos sociais desenvolvidos pela Prefeitura do Recife desenvolvimento de modelos adequados às necessidades
nas áreas de educação, esporte, cultura e lazer. específicas desses estudantes, realizando anualmente o

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levantamento e a avaliação das experiências em inclusive na modalidade de educação a distância;


alfabetização de jovens e adultos, que constituam
referências para os esforços nacional, estadual e municipal 10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e
contra o analfabetismo; adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por
meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à
9.10) colaborar com o Estado e União para implementar educação profissional;
programas de formação continuada tecnológica e inclusão
digital da população jovem e adulta, direcionados para os 10.5) sistematizar, integrar e ampliar os programas e
segmentos com baixos níveis de escolarização formal e políticas públicas de iniciação à qualificação profissional
para os (as) alunos (as) com deficiência, articulando os da EJA, através de convênios o governo federal e o
sistemas de ensino que favoreçam a efetiva inclusão social Sistema "S";
e produtiva dessa população;
10.6) colaborar com a implementação no âmbito do
9.11) oferecer estrutura física, tecnológica e profissional território do município do Recife, da estratégia do PNE:
capacitado para a Educação de Jovens e Adultos - EJA estimular a diversificação curricular da educação de jovens
respeitando as especificidades; e adultos, articulando a formação básica e a preparação
para omundo do trabalho e estabelecendo inter-relações
9.12) considerar, nas políticas públicas Educação de entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da
Jovens e Adultos - EJA, as necessidades dos idosos, com tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o
vistas à promoção de políticas de erradicação do tempo e o espaço pedagógicos adequados às
analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e características desses alunos e alunas;
atividades recreativas, culturais e esportivas, à
implementação de programas de valorização e 10.7) colaborar com a implementação no âmbito do
compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos território do município do Recife, da estratégia do PNE:
idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da fomentar a produção de material didático, o
velhice nas escolas; desenvolvimento de currículos e metodologias específicas,
os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e
9.13) priorizar que os professores que atuam nas turmas laboratórios e a formação continuada de docentes das
de Módulo I e II tenham formação e experiência em redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos
alfabetização de jovens e adultos; articulada à educação profissional;

9.14) oferecer formação continuada na área de 10.8) colaborar com a implementação no âmbito do
alfabetização de jovens e adultos para professores que território do município do Recife, da estratégia do PNE:
atuam nas turmas de Módulos I, II e III da Educação de fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada
Jovens e Adultos - EJA. para trabalhadores e trabalhadoras articulada à educação
de jovens e adultos, em regime de colaboração e com
META 10: articular em Regime de Colaboração entre a apoio de entidades privadas de formação profissional
União, o Estado de Pernambuco e a Cidade do Recife a vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins
oferta de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com
matrículas de educação de jovens e adultos, nas etapas e atuação exclusiva na modalidade;
modalidades fundamental e médio, integrada à educação
profissional. 10.9) colaborar com a implementação no âmbito do
território do município do Recife, da estratégia do PNE:
ESTRATÉGIAS: institucionalizar programa nacional de assistência ao
estudante, compreendendo ações de assistência social,
10.1) colaborar com a União o Estado na implementação financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam
do programa nacional de educação de jovens e adultos no para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a
âmbito do território do município do Recife, ofertando conclusão com êxito da educação de jovens e adultos
matrículas do ensino fundamental e médio com formação articulada à educação profissional;
profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da
educação básica; 10.10) colaborar com a União e Estado para
implementação de mecanismos de reconhecimento de
10.2) Colaborar com a União o Estado para expandir as saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem
matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a considerados na articulação curricular dos cursos de
articular a formação inicial e continuada de trabalhadores formação inicial e continuada e dos cursos técnicos de
com a educação profissional, objetivando a elevação do nível médio;
nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;
10.11) estimular, em colaboração com a União e o Estado,
10.3) fomentar, com a colaboração da União e Estado, a o acesso e a permanência dos jovens e adultos no ensino
integração da educação de jovens e adultos com a fundamental, médio e Profissional, através de Programas
educação profissional, em cursos planejados, de acordo de incentivo.
com as características do público da educação de jovens e
adultos e considerando as especificidades das populações
itinerantes e das comunidades indígenas e quilombolas,

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META 11: colaborar com a União e o Estado para a META 12: colaborar com a União e Estado no processo
ampliação das matrículas da educação profissional técnica de elevação da taxa bruta de matrícula na educação
de nível médio, assegurando a qualidade da oferta. superior para 50% (cinquenta por cento) e da taxa líquida
para 33% (trinta e três por cento) da população de 18
ESTRATÉGIAS: (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a
qualidade da oferta e expansão para, no mínimo, 40%
11.1) colaborar com a União para expansão das matrículas (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento
de educação profissional técnica de nível médio na rede público.
federal de educação profissional, científica e tecnológica,
levando em consideração a responsabilidade dos Institutos ESTRATÉGIAS:
na ordenação territorial, sua vinculação com arranjos
produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem 12.1) colaborar com a implementação no âmbito do
como a interiorização da educação profissional; território do Município do Recife da estratégia do PNE:
fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita
11.2) colaborar com a implementação no âmbito do prioritariamente
território do Município do Recife, da estratégia do PNE:
fomentar a expansão da oferta de educação profissional para a formação de professores e professoras para a
técnica de nível médio na redes pública estadual de ensino; educação básica, nas áreas de ciências e matemática, bem
como para atender ao déficit de profissionais em áreas
11.3) colaborar com a implementação no âmbito do específicas;
território do Município do Recife da estratégia do PNE:
fomentar a expansão da oferta de educação profissional 12.2) colaborar com a implementação no âmbito do
técnica de nível médio na modalidade de educação a território do Município do Recife da estratégia do PNE:
distância, com a finalidade de ampliar a oferta e ampliar as políticas de inclusão e de assistência estudantil
democratizar o acesso à educação profissional pública e dirigidas aos (às) estudantes de instituições públicas,
gratuita, assegurado padrão de qualidade; bolsistas de instituições privadas de educação superior e
beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil -
11.4) colaborar com a implementação no âmbito do FIES, de que trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001,
território do Município do Recife da estratégia do PNE: na educação superior, de modo a reduzir as desigualdades
ampliar a oferta de programas de reconhecimento de étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência
saberes para fins de certificação profissional em nível na educação superior de estudantes egressos da escola
técnico; pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
11.5) colaborar com a implementação no âmbito do altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu
território do Município do Recife da estratégia do PNE: sucesso acadêmico;
ampliar a oferta de matrículas gratuitas de educação
profissional técnica de nível médio pelas entidades 12.3) colaborar com a implementação no âmbito do
privadas de formação profissional vinculadas ao sistema território do Município do Recife da estratégia do PNE:
sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento à ampliar a oferta de estágio como parte da formação na
pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na educação superior;
modalidade;
12.4) colaborar com a implementação no âmbito do
11.6) colaborar com a implementação no âmbito do território do Município do Recife da estratégia do PNE:
território do Município do Recife da estratégia do PNE: fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade
institucionalizar sistema de avaliação da qualidade da de articulação entre formação, currículo, pesquisa e
educação profissional técnica de nível médio das redes mundo do trabalho, considerando as necessidades
escolares públicas e privadas; econômicas, sociais e culturais da Região;

11.7) colaborar com a União e o Estado para a expansão 12.5) mapear, em colaboração com o Estado e União, a
da oferta de educação profissional técnica de nível médio demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de
para as pessoas com deficiência, transtornos globais do nível superior em todas as áreas, destacadamente a que se
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, refere à formação nas áreas de ciências e matemática,
estimulando a utilização das tecnologias adequadas a sua considerando as necessidades do desenvolvimento do
inclusão; Município do Recife, a inovação tecnológica e a melhoria
da qualidade da educação básica;
11.8) colaborar com a implementação no âmbito do
território do Município do Recife da estratégia do PNE: 12.6) colaborar com a implementação no âmbito do
estruturar sistema nacional de informação profissional, território do Município do Recife da estratégia do PNE:
articulando a oferta de formação das instituições consolidar processos seletivos nacionais e regionais para
especializadas em educação profissional aos dados do acesso à educação superior como forma de superar
mercado de trabalho e a consultas promovidas em exames vestibulares isolados;
entidades empresariais e de trabalhadores.

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12.7) colaborar com a implementação no âmbito do ampliar o investimento em pesquisas com foco em
território do Município do Recife da estratégia do PNE: desenvolvimento e estímulo à inovação, bem como
estimular mecanismos para ocupar as vagas ociosas em incrementar a formação de recursos humanos, para a
cada período letivo na educação superior pública. inovação, de modo a buscar o aumento da
competitividade das empresas de base tecnológica;
META 13: colaborar com a União e o Estado, quando
pertinente, no processo de elevação da qualidade da 14.5) colaborar com a implementação no âmbito do
educação superior e da ampliação da proporção de território do Município do Recife da estratégia do PNE:
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício ampliar o investimento em pesquisas com foco em
no conjunto do sistema de educação superior para 75% desenvolvimento e estímulo à inovação, bem como
(setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, incrementar a formação de recursos humanos,
35% (trinta e cinco por cento) doutores. incentivando e respeitando o desenvolvimento de
alternativas sustentáveis de trabalho;
ESTRATÉGIAS:
14.6) colaborar com a União e o Estado para estimular a
13.1) colaborar com a implementação no âmbito do pesquisa científica e de inovação e promover a formação
território do Município do Recife da estratégia do PNE: de recursos humanos que valorize a sustentabilidade da
ampliar a cobertura do Exame Nacional de Desempenho diversidade regional e da biodiversidade do bioma da Mata
de Estudantes - ENADE, de modo a ampliar o Atlântica e da Caatinga;
quantitativo de estudantes e de áreas avaliadas no que diz
respeito à aprendizagem resultante da graduação; 14.7) colaborar com a União e o Estado para estimular a
pesquisa aplicada, no âmbito das instituições de ensino
13.2) colaborar com a implantação no âmbito do território superior e das instituições científicas e tecnológicas, de
do Município do Recife da estratégia do PNE: promover a modo a incrementar a inovação e a produção e registro de
melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e patentes.
licenciatura, por meio da ampliação de instrumento
próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de META 15: colaborar, em parceria com a União e o
Avaliação da Educação Superior - CONAES, integrando- Estado, no âmbito do território do município do Recife,
os às demandas e necessidades das redes de educação no processo da política nacional de formação dos
básica, de modo a permitir aos graduados a aquisição das profissionais da educação básica de que tratam os incisos
qualificações necessárias a conduzir o processo I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de
pedagógico de seus futuros alunos/as, combinando dezembro de 1996, assegurando que todos os
formação geral e específica com a prática didática, além da profissionais do magistério e de apoio ao magistério da
educação para as relações étnico-raciais e as necessidades rede pública municipal possam ter acesso à formação
das pessoas com deficiência. específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
META 14: colaborar com a União e Estado de
Pernambuco no processo de elevação gradual do número ESTRATÉGIAS:
de matrículas na pós-graduação stricto sensu.
15.1) estabelecer parceria com Instituições de Ensino
ESTRATÉGIAS: Superior - IES para oferecer cursos de licenciatura para os
professores de nível médio durante a vigência deste PME;
14.1) colaborar com a implementação no âmbito do
território do Município do Recife da estratégia do PNE: 15.2) colaborar com a implementação no âmbito do
estimular a integração e a atuação articulada entre a território do Município do Recife da estratégia do PNE:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível ampliar programa permanente de iniciação à docência a
Superior - CAPES e as agências estaduais de fomento à estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim
pesquisa; de aprimorar a formação de profissionais para atuar no
magistério da educação básica;
14.2) colaborar com a implementação no âmbito do
território do Município do Recife da estratégia do PNE: 15.3) colaborar com a implementação no âmbito do
expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto território do Município do Recife da estratégia do PNE:
sensu, utilizando inclusive metodologias, recursos e valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de
tecnologias da educação a distância; formação de nível médio e superior dos profissionais da
educação, visando ao trabalho sistemático de articulação
14.3) colaborar com a implementação no âmbito do entre a formação acadêmica e as demandas da educação
território do Município do Recife da estratégia do PNE: básica;
estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-
graduação stricto sensu, em particular aqueles ligados às 15.4) colaborar com a implementação no âmbito do
áreas de Engenharia, Matemática, Física, Química, território do Município do Recife da estratégia do PNE:
Informática e outros no campo das ciências; implementar cursos e programas especiais para assegurar
formação específica na educação superior, nas respectivas
14.4) colaborar com a implementação no âmbito do áreas de atuação, aos docentes com formação de nível
território do Município do Recife da estratégia do PNE: médio na modalidade normal, não licenciados ou

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licenciados em área diversa da de atuação docente, em conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente
efetivo exercício; (CONANDA), da secretaria especial de direitos humanos
(SEDH), na declaração universal dos direitos humanos e
15.5) colaborar com a implementação no âmbito do no estatuto do idoso;
território do Município do Recife da estratégia do PNE:
instituir programa de concessão de bolsas de estudos para 16.7) estabelecer mecanismos de formação continuada
que os professores de idiomas das escolas públicas de para os profissionais de educação alicerçados em
educação básica realizem estudos de imersão e concepções filosóficas emancipatórias, que supere o todas
aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma as formas de preconceito e discriminações;
nativo as línguas que lecionem; 16.8) estimular que a formação dos/as profissionais da
educação da rede municipal do Recife seja realizada pelos
15.6) oferecer formação continuada para docentes e não técnicos da Secretaria de Educação e/ou em parceria com
docentes que atuam nas unidades educacionais as instituições de ensino superior, prioritariamente
comunitárias, filantrópicas ou confessionais conveniadas públicas, e entidades ligadas à causa educacional, além de
com a Secretaria de Educação do Recife, conforme incisos convidados e profissionais que possam contribuir com a
I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de prática pedagógica;
dezembro de 1996;
16.9) colaborar com a implementação no âmbito do
15.7) incentivar publicações de caráter científico dos território do município do Recife, da estratégia do PNE:
professores da rede municipal de ensino, em articulação ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a
com instituições de ensino e seus conselhos editoriais. atuação dos professores e das professoras da educação
básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos
META 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com
(cinqüenta por cento) dos professores da educação básica, formato acessível;
até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos
(as) os (as) profissionais da educação básica formação 16.10) oferecer formação continuada para os/as auxiliares
continuada em sua área de atuação, considerando as de desenvolvimento infantil (ADI) a partir do primeiro
necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas ano de vigência deste plano;
de ensino.
16.11) informatizar integralmente a gestão da secretaria de
ESTRATÉGIAS: educação municipal e das escolas públicas na perspectiva
de democratizar e dar transparência às informações
16.1) oferecer cursos de qualificação profissional e/ou públicas do município e fornecer dados referentes à vida
especialização, atendendo aos profissionais de educação escolar do estudante e desempenho do professor;
infantil, educação de jovens e adultos, educação especial e
ensino fundamental, a partir do primeiro ano de vigência 16.12) apoiar a ampliação da plataforma Freire, do
do plano, em parceria com o Ministério da Educação; Ministério da Educação, especialmente para as áreas de
formação continuada de professores e funcionários,
16.2) estabelecer convênio com instituições de educação garantindo logística e divulgação;
superior, para oferecer cursos de extensão e participação
em pesquisas; 16.13) promover e enriquecer os processos de elaboração
de conteúdos para a formação continuada dos
16.3) estimular a articulação entre a pós-graduação, profissionais de educação, valorizando a socialização das
núcleos de pesquisa, cursos de formação e entidades práticas de ensino;
ligadas a educação, de modo a garantir a elaboração de
currículos e propostas pedagógicas capazes de incorporar 16.14) oferecer a infraestrutura adequada para disseminar
os avanços de pesquisas ligadas ao processo ensino- o uso das tecnologias e conteúdos multimidiáticos para
aprendizagem e teorias educacionais no atendimento da todos os atores envolvidos no processo educativo,
população; oferecendo formação específica para esse fim;

16.4) ampliar, em colaboração com o Estado e a União, o 16.15) disponibilizar, em parceria com o governo federal,
número de vagas para os profissionais da educação nos recursos e financiamentos para a construção de projetos
cursos de formação continuada na área da Educação elaborados pela escola com a participação dos
Inclusiva; profissionais do GOM, desde que estes estejam alinhados
com a Política de Ensino e com prioridades da rede.
16.5) ampliar, em colaboração com o Estado e a União, as
políticas e programas de formação continuada dos META 17: colaborar com a União e o Estado no processo
profissionais da educação, inclusive ampliando a oferta de de valorização dos profissionais do magistério das redes
pós-graduação para professores/as da educação básica; públicas de educação básica de forma a equiparar seu
rendimento médio ao dos demais profissionais com
16.6) promover na política de formação continuada para escolaridade equivalente.
profissionais de educação, temas contidos no estatuto da
criança e do adolescente (ECA), no sistema nacional de
atendimento socioeducativo (SINASE), nas resoluções do

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LEGISLAÇÃO

ESTRATÉGIAS: 18.5) alinhar o plano de carreira para os profissionais do


magistério da rede pública municipal de ensino às
17.1) contribuir com o Ministério da Educação para diretrizes do Plano Nacional de Educação, observados os
constituição do fórum permanente previsto na estratégia critérios estabelecidos na Lei nº 11.738, de 16 de julho de
17.1 do PNE, que terá como finalidade o 2008.
acompanhamento da atualização progressiva do valor do
piso salarial nacional para os profissionais do magistério 18.6) Assegurar incentivo de natureza remuneratória aos
público da educação básica; profissionais de educação não docentes que permaneçam
em atividade nas creches e creches-escolas durante o
17.2) articular com a União a ampliação da assistência recesso escolar, a ser pago uma vez por ano, no percentual
financeira específica ao Município para implementação de de 10% (dez por cento) do vencimento básico do cargo.
políticas de valorização dos profissionais do magistério,
em particular o piso salarial nacional profissional; 18.7) Assegurar já no 1º (primeiro) ano de vigência deste
PME, a todos os profissionais da educação os bônus para
17.3) implantar, em colaboração com a União e o Estado, Bienal e Fliporto, estendendo o bônus cultural para os
o programa de qualidade de vida e promoção à saúde dos profissionais não docentes, no mesmo valor para todos."
profissionais da educação em parceria com Centros de
Referência de saúde do trabalhador; META 19: assegurar condições para a efetivação da gestão
democrática da educação, associada a critérios técnicos de
17.4) articular convênios com universidades públicas e mérito e desempenho e a consulta à comunidade escolar,
privadas para graduação e pós graduação, mestrado e no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio
doutorado, garantindo oportunidade para estimular a técnico da União para tanto.
formação
ESTRATÉGIAS:
META 18: Implantar no âmbito do Município do Recife,
plano de cargos e carreira para todos os Profissionais da 19.1) colaborar com a implementação no âmbito do
Educação, docentes e não docentes da rede pública território do município do Recife, da estratégia do PNE:
municipal, observada a LDB em seu artigo 61, respeitadas Priorizar o repasse de transferências voluntárias da União
as especificidades de cada Cargo, tomando como base o na área da educação para os entes federados que tenham
PSPN - Piso Salarial Profissional Nacional definido em aprovado legislação específica que regulamente a matéria
Lei Federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação
Constituição Federal." nacional, e que considere,

ESTRATÉGIAS: conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras


de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem
18.1) implantar, na rede pública de educação básica, como a participação da comunidade escolar;
acompanhamento dos profissionais iniciantes,
supervisionados por equipe de profissionais de carreira 19.2) ampliar programas de formação continuada do
com mais tempo na rede, a fim de fundamentar, com base Conselho de Controle Social do Fundeb; dos conselheiros
em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após do CME; Conselho de alimentação escolar e conselheiros
o estágio probatório e oferecer, durante esse período, escolares, garantindo a esses conselhos os recursos
curso de aprofundamento de estudos na financeiros, espaço adequado e equipamento pedagógico,
área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os com vistas ao bom desempenho de suas funções;
conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino
de cada disciplina; 19.3) estimular, na rede de educação básica, a constituição
e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de
18.2) colaborar com a realização, por iniciativa do pais, provendo, inclusive, espaços adequados e condições
Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos a partir do de funcionamento nas escolas e fomentando a sua
segundo ano de vigência deste PNE, da prova nacional articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio
para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os das respectivas representações;
Municípios, mediante adesão, na realização de concursos
públicos de admissão de profissionais do magistério da 19.4) promover a constituição dos conselhos das unidades
educação básica pública; escolares, em todos os níveis de ensino como
instrumentos de participação na gestão escolar e oferecer
18.3) prever, nos planos de carreira dos profissionais da programas de formação continuada aos conselheiros;
educação do Município, incentivos para qualificação
profissional e formação continuada ofertada pela rede, 19.5) estimular formação continuada, em nível de
inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu; extensão e aperfeiçoamento, para gestores escolares;

18.4) realizar anualmente, a partir do segundo ano de 19.6) colaborar com a implementação no âmbito do
vigência deste PME, em colaboração com o Ministério da território do município do Recife, da estratégia do PNE:
Educação, o censo de todos (as) profissionais da educação desenvolver programas de formação de diretores e
básica em todos os segmentos; gestores escolares, a fim de apoiar a aplicação da prova
nacional específica, com a finalidade de subsidiar a

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LEGISLAÇÃO

definição de critérios objetivos para o provimento dos 2. LEI N° 18.769/2020 - INSTITUI O


cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão; PRIMEIRO PLANO DECENAL PARA A
PRIMEIRA INFÂNCIA DO RECIFE.
19.7) estimular a participação de estudantes, profissionais
de educação e da comunidade escolar, através do conselho O POVO DA CIDADE DO RECIFE, POR SEUS
escolar na formulação dos projetos político-pedagógicos REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM SEU
das unidade educacionais, assegurando a participação dos NOME, SANCIONO A SEGUINTE LEI:
pais na avaliação dos docentes e gestores escolares;
Art. 1º Fica instituído o Primeiro Plano Decenal para a
19.8) estimular a ampla divulgação pelos gestores escolares Primeira Infância do Recife, na forma do Anexo Único
da prestação de contas financeira da gestão das Unidades desta Lei, instrumento multissetorial que consolida as
Educacionais, para a comunidade escolar. Políticas Públicas no âmbito municipal voltadas a crianças
de 0 (zero) a 6 (seis) anos completos ou até 72 (setenta e
META 20: aplicar, no mínimo, o percentual constitucional dois) meses de vida, com vistas a garantir o seu
obrigatório de 25% (vinte e cinco por cento) da receita do desenvolvimento integral e assegurar uma Primeira
município resultante de impostos, compreendida a Infância plena, estimulante e saudável, mediante a
proveniente das transferências constitucionais, na definição de metas e estratégias, em cumprimento ao
educação pública municipal, de forma a colaborar com o disposto no art. 3º da Lei Federal nº 13.257, de 8 de
alcance da Meta do Plano Nacional de Educação, para março de 2016, e às diretrizes da Lei Municipal nº 18.491,
atingir o patamar de 7% (sete por cento) do Produto de 25 de maio de 2018 (Marco Legal da Primeira Infância
Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de do Recife).
vigência da Lei nº 13.005/2014 e o equivalente a 10% (dez
por cento) do PIB ao final do decênio. Art. 2º O Primeiro Plano Decenal para a Primeira
Infância do Recife terá vigência até 2030, a contar da data
ESTRATÉGIAS: da publicação desta Lei.
20.1) acompanhar a aplicação dos recursos do pré-sal Art. 3º São diretrizes para a elaboração do Primeiro Plano
vislumbrando e reivindicando um debate coletivo para o Decenal para a Primeira Infância do Recife:
melhor resultado na destinação dos referidos recursos
para o Município, visibilizando as metas da qualidade da I - duração decenal;
educação; II - abrangência de todos os direitos da criança nessa faixa
etária;
20.2) fortalecer os mecanismos e os instrumentos que III - concepção integral da criança como pessoa, sujeito
assegurem a transparência e o controle social na utilização de direitos e cidadã;
dos recursos públicos aplicados em educação; IV - inclusão de todas as crianças, com prioridade
absoluta às que se encontram em situação de
20.3) colaborar com a implementação no âmbito do vulnerabilidade e risco;
território do município do Recife, da estratégia do PNE: V - elaboração conjunta e participativa de todos os setores
implantar, no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste e órgãos municipais que atuam em áreas que têm
PNE, o Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi, competências diretas ou relacionadas à vida e
referenciado no conjunto de padrões mínimos desenvolvimento das crianças;
estabelecidos na legislação educacional e cujo VI - participação da sociedade, por meio de organizações
financiamento será calculado com base nos respectivos representativas, das famílias e crianças na sua elaboração;
insumos indispensáveis ao processo de ensino- VII - articulação e complementaridade com as ações da
aprendizagem e será progressivamente reajustado até a União e do Estado na área da primeira infância;
implementação plena do custo aluno qualidade - CAQ; VIII - monitoramento contínuo do processo, incluindo os
elementos que compõem a oferta dos serviços, e avaliação
20.4) colaborar com a implementação no âmbito do dos resultados.
território do município do Recife, da estratégia do PNE:
implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como Art. 4º Constituem eixos estratégicos do Primeiro Plano
parâmetro para o financiamento da educação de todas Decenal para a Primeira Infância do Recife:
etapas e modalidades da educação básica, a partir do
cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de I - Eixo Direito à Educação e Cultura:
gastos educacionais com investimentos em qualificação e Ampliação de vagas na educação infantil, garantia do
remuneração do pessoal docente e dos demais direito à permanência e qualificação do parque de
profissionais da educação pública, em aquisição, unidades escolares;
manutenção, construção e conservação de instalações e Ampliação da relação com a comunidade escolar;
equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de Valorização dos profissionais de educação;
material didático-escolar, alimentação e transporte escolar; Promoção e fortalecimento políticas educacionais;
Atenção e fortalecimento à cultura.
20.5) buscar recursos, em acréscimo aos determinados
nesta meta 20, por meio de regime de colaboração com o II - Eixo Direito à Saúde:
Estado e União, para garantir a plena execução das metas Atenção à gestação, parto, nascimento e ao recém-
e estratégias determinadas neste plano. nascido;

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LEGISLAÇÃO

Aleitamento materno e alimentação complementar § 3º O Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância e
saudável; os relatórios de monitoramento e avaliação deverão ser
Promoção e acompanhamento do crescimento e do divulgados anualmente nos sítios institucionais da
desenvolvimento integral da criança; Prefeitura do Recife, estimulando a transparência e o
Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na controle social de sua execução.
infância e com doenças crônicas;
Atenção integral a crianças em situação de violências, Art. 8º Para fins de execução das metas e implementação
prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; das estratégias delineadas neste Primeiro Plano Decenal
Atenção à saúde de crianças com deficiência, em situações para a Primeira Infância, o Poder Executivo Municipal
específicas e de vulnerabilidades; poderá firmar convênios com órgãos da Administração
Vigilância do óbito fetal e infantil; Direta ou Indireta, com outras esferas de governo, bem
Formação profissional e educação permanente; como celebrar parcerias com o setor privado e termos de
fomento e colaboração, na forma da Lei.
III - Eixo Direito à Assistência Social e Direitos
Humanos: Parágrafo único. A opção por parcerias com a iniciativa
Direito à Assistência Social e Direitos Humanos; privada ou com entidades sem fins lucrativos para
Diversidade e Inclusão; execução do previsto no "caput" deste artigo não
Proteção Contra Acidentes; substituirá o dever do poder público de manter a rede de
Cultura de Paz e Não Violência; atenção direta.
Proteção Contra a Pressão Consumista;
Art. 9º Até o final do primeiro semestre do nono ano de
IV - Eixo Direito ao Espaço Urbano: vigência deste Primeiro Plano Decenal para a Primeira
Ambiente da cidade mais acolhedor e seguro para crianças Infância, o Poder Executivo encaminhará à Câmara
de 0 a 6 anos; Municipal do Recife, sem prejuízo das prerrogativas deste
Mais cocriação e a apropriação cidadã de espaços urbanos Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal da
voltados para Primeira Infância. Primeira Infância a vigorar no período subsequente, que
incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o
V - Governança e Intersetorialidade: próximo decênio.
Governança e Recursos para a Execução do Plano;
Parágrafo único. O processo de elaboração do projeto de
Fortalecimento do Conhecimento em Primeira Infância. lei disposto no caput deverá ser precedido de ampla
participação de representantes do poder público, setor
Art. 5º As metas e estratégias previstas no Anexo Único privado, organizações não governamentais e sociedade
integrante desta Lei deverão ser cumpridas no prazo de civil, crianças e família, que deverá ser coordenado
vigência do Plano, desde que não haja prazo inferior Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos
definido para metas e estratégias específicas. da Criança e do Adolescente do Recife (COMDICA),
conforme o Marco Legal da Primeira Infância do Recife,
Art. 6º A execução do Primeiro Plano Decenal para a Lei nº 18.491/2018.
Primeira Infância do Recife e o cumprimento de suas
metas serão objeto de monitoramento e de avaliações Art. 10. Ficam incorporadas ao Plano Plurianual do
periódicas. Município, as ações constantes do Primeiro Plano
Decenal para a Primeira Infância do Recife, a fim de
Art. 7º A Prefeitura do Recife deverá elaborar relatórios viabilizar sua plena execução.
anuais de monitoramento e avaliação sobre os
investimentos e gastos com a Primeira Infância, o Art. 11. Cada Secretaria Municipal responsável pelo
progresso das ações previstas para o período em avaliação atendimento da criança na Primeira Infância terá dotação
e o avanço dos resultados das ações previstas no Plano orçamentária específica para garantir o financiamento dos
Decenal Municipal. programas, serviços e ações previstos no Primeiro Plano
Decenal para a Primeira Infância do Recife, ora instituído.
§ 1º As Secretarias com ações direcionadas à Primeira
Infância conjuntamente com a Secretaria de Planejamento Art. 12. As despesas decorrentes da execução do disposto
e Gestão deverão submeter os relatórios anuais de nesta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias
monitoramento e avaliação à Comissão de próprias.
Monitoramento do Conselho Municipal de Defesa e
Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Recife (COMDICA), órgão responsável e representativo
pelo controle de políticas públicas para crianças e Recife, 23 de dezembro de 2020
adolescentes.
GERALDO JULIO DE MELLO FILHO
§ 2º A Comissão de Monitoramento do COMDICA, para Prefeito do Recife
monitoramento e avaliação do Primeiro Plano Decenal Projeto de Lei nº 22/2020 de autoria do Poder Executivo
para a Primeira Infância, deverá ser criada em até 30
(trinta) dias após sanção desta Lei.

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LEGISLAÇÃO

3. DECRETO Nº 35.798 DE 11 DE JULHO DE II - administrar o funcionamento, manutenção e qualidade


2022 - APROVA O REGIMENTO da infraestrutura física de todas as unidades que compõem
INTERNO DA SECRETARIA DE a Rede Municipal de Educação;
EDUCAÇÃO. III - acompanhar e controlar a execução de contratos
administrativos, contratos de gestão, parcerias e convênios
O PREFEITO DO RECIFE, no uso das atribuições que celebrados pelo Município na sua área de competência;
lhe são conferidas pelo art. 54, inciso IV e VI, a, da Lei IV - promover ações articuladas com o Ministério da
Orgânica do Município do Recife, DECRETA: Educação e com a Secretaria de Educação do Estado de
Pernambuco;
Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno da Secretaria V - supervisionar instituições públicas e privadas de
de Educação do Município do Recife, nos termos do ensino do Sistema Municipal de Educação;
Anexo Único deste Decreto. VI - promover a gestão integrada e articulada com as
demais esferas do governo e com o setor privado das
Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua políticas públicas de desenvolvimento da Educação;
publicação. VII - coordenar, gerenciar e executar estudos e pesquisas,
projetos, obras e serviços atinentes à Rede Municipal de
Recife, 11 de julho de 2022. Educação;
VIII - captar e gerir os recursos voltados para a Educação;
JOÃO HENRIQUE DE ANDRADE LIMA CAMPOS IX - difundir as normas regulamentadoras das atividades
Prefeito do Recife educacionais em âmbito municipal.

FREDERICO DA COSTA AMANCIO


Secretário de Educação CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DA SECRETARIA DE
FELIPE MARTINS MATOS EDUCAÇÃO
Secretário de Planejamento, Gestão e Transformação
Digital Art. 4º Integram a Secretaria de Educação:

PEDRO JOSÉ DE ALBUQUERQUE PONTES 1 GABINETE DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO


Procurador-Geral do Município
1.1 GERÊNCIA GERAL DO GABINETE

CARLOS EDUARDO MUNIZ PACHECO 1.1.1 GERÊNCIA DE ARTICULAÇÃO


Secretário de Governo e Participação Social
DIVISÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO
1.1.2
GABINETE
ANEXO ÚNICO
REGIMENTO INTERNO DA SECRETARIA DE 1.1.3 ASSESSORIA ESPECIAL DO GABINETE
EDUCAÇÃO
1.1.4 SETOR DE GABINETE

CAPÍTULO I 1.1.5
ASSISTÊNCIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO 1.1.6 ASSISTÊNCIA DE GABINETE

Art. 1º A Secretaria de Educação é órgão integrante da


1.2 GERÊNCIA GERAL DE COMUNICAÇÃO
estrutura organizacional da Administração Direta do
Município de Recife, consoante art. 1º, I, e, da Lei
Municipal nº 18.291, de 30 de dezembro de 2016, com 1.3 GERÊNCIA GERAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS
redação pela Lei Municipal nº 18.773, de 29 de dezembro 1.3.1 GERÊNCIA JURÍDICA
de 2020.
1.3.2 GERÊNCIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS
Art. 2º A Secretaria de Educação tem como finalidade e 1.3.1.1 UNIDADE JURÍDICA
competência a gestão da Rede Pública Municipal de
Ensino, buscando a garantia do acesso da população à 1.3.1.2
NÚCLEO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO E
Educação Básica de qualidade, por meio da implantação e SINDICÂNCIA
acompanhamento de políticas educacionais voltadas para 1.3.1.3 DIVISÃO DE ASSUNTOS JURÍDICOS
a qualificação das unidades educacionais, a melhoria dos
processos de ensino, a modernização pedagógica e a
1.4 SECRETARIA EXECUTIVA DE INFRAESTRUTURA
capacitação do quadro de servidores da Rede Municipal de
Educação do Recife. 1.4.1 GERÊNCIA GERAL DE OBRAS

Art. 3º São atribuições da Secretaria de Educação: GERÊNCIA GERAL DE PROJETOS DE


1.4.2
INFRAESTRUTURA

I - formular, coordenar e acompanhar as políticas públicas 1.4.3 GERÊNCIA GERAL DE INFRAESTRUTURA


da Educação, em consonância com o Plano Municipal de
Educação e com a legislação vigente; 1.4.4 GERÊNCIA GERAL DE ORÇAMENTO E

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LEGISLAÇÃO

LICITAÇÃO DE OBRAS 1.7.2.1.1 DIVISÃO DE APOIO SOCIAL

1.7.4 DIVISÃO DO CONTROLE E ANÁLISE DE DADOS


GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E
1.4.1.1
MONITORAMENTO DE INFRAESTRUTURA DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO E
1.7.5
ACOMPANHAMENTO DA REDE
1.4.2.1 DIVISÃO DE OBRAS
1.7.6 DIVISÃO DE GABINETE
1.4.2.2 SETOR DE OBRAS
1.7.2.1.2 SETOR DE FREQUÊNCIA DE BOLSA FAMÍLIA
UNIDADE DE PLANEJAMENTO E
1.4.1.2
MONITORAMENTO 1.7.3.1 SETOR DE GERÊNCIA REGIONAL
DIVISÃO DE PLANEJAMENTO E 1.7.2.2 SETOR DE ORDENAMENTO DA REDE
1.4.2.3
MONITORAMENTO DE INFRAESTRUTURA
1.7.1.1.1 ASSISTÊNCIA DE GESTÃO DE REDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE GESTÃO 1.7.3.2 COORDENAÇÃO DE CRECHE
1.5
PEDAGÓGICA

GERÊNCIA GERAL DE DESENVOLVIMENTO DA SECRETARIA EXECUTIVA DE ADMINISTRAÇÃO E


1.5.1 1.8
EDUCAÇÃO FINANÇAS

1.5.1.1 GERÊNCIA DE APOIO PEDAGÓGICO GERÊNCIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E


1.8.1
FINANÇAS
1.5.1.2 GERÊNCIA DO PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO
1.8.2 GERÊNCIA GERAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
GERÊNCIA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO,
1.5.1.3
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS 1.8.3 GERÊNCIA GERAL DE GESTÃO DE PESSOAS

GERÊNCIA DE ANOS FINAIS E EDUCAÇÃO GERÊNCIA DE COMPRAS, ALMOXARIFADO E


1.5.1.4 1.8.1.1
INTEGRAL PATRIMÔNIO

1.5.1.5 GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 1.8.1.2 GERÊNCIA DE LOGÍSTICA

UNIDADE DE FORMAÇÃO DE LEITORES E 1.8.2.1 UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO


1.5.1.1.1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1.8.2.2 DIVISÃO DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DIVISÃO DE ANOS INICIAIS DO ENSINO
1.5.1.3.1
FUNDAMENTAL 1.8.1.2.1 DIVISÃO DE ALMOXARIFADO

1.5.2 ASSESSORIA DE GESTÃO PEDAGÓGICA 1.8.1.3 DIVISÃO DE CONVÊNIOS

DIVISÃO DE ANOS FINAIS DO ENSINO 1.8.3.1 DIVISÃO DE PESSOAL


1.5.1.4.1
FUNDAMENTAL
1.8.1.4 DIVISÃO DE TERCEIRIZADOS
1.5.1.4.2 DIVISÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1.8.2.2.1 SETOR DE ADMINISTRAÇÃO
1.5.1.3.2 DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
1.8.2.2.2 SETOR DE ADMINISTRAÇÃO

1.8.1.4.1 SETOR DE CONTRATOS


SECRETARIA EXECUTIVA DE PLANEJAMENTO E
1.6
COORDENAÇÃO 1.8.1.2.2 SETOR DE PATRIMÔNIO
GERÊNCIA GERAL DE PLANEJAMENTO, 1.8.1.3.1 SETOR DE TESOURARIA
1.6.1
ORÇAMENTO E CAPTAÇÃO
UNIDADE DE PLANEJAMENTO E
GERÊNCIA DE COORDENAÇÃO E 1.8.3.2
1.6.1.1 MONITORAMENTO
MONITORAMENTO DE PROJETOS PRIORITÁRIOS
1.8.2.2.3 SUPERVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
1.6.1.2
E CAPTAÇÃO

1.6.2 UNIDADE DE MONITORAMENTO SECRETARIA EXECUTIVA DA PRIMEIRA


1.9
INFÂNCIA
1.6.1.3 UNIDADE DE ORÇAMENTO
GERÊNCIA GERAL DE ARTICULAÇÃO DA
1.9.1
1.6.1.4 UNIDADE DE GESTÃO POR RESULTADOS PRIMEIRA INFÂNCIA

UNIDADE DE MONITORAMENTO DA PRIMEIRA


1.9.1.2
INFÂNCIA
1.7 SECRETARIA EXECUTIVA DE GESTÃO DE REDE

1.7.1 GERÊNCIA GERAL ADMINISTRATIVA DA REDE


SECRETARIA EXECUTIVA DE PROJETOS,
1.10
1.7.2 GERÊNCIA GERAL DE GESTÃO DA REDE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

1.7.1.1 GERÊNCIA ADMINISTRATIVA DA REDE GERÊNCIA GERAL DE ESTRATÉGIAS


1.10.1
EDUCACIONAIS
1.7.2.1 GERÊNCIA DE GESTÃO DE REDE
1.10.2 GERÊNCIA GERAL DE TECNOLOGIA
1.7.3 GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

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LEGISLAÇÃO

1.10.2.1 GERÊNCIA DE FINANÇAS III - Assessoria Especial do Gabinete:


a) promover a organização da agenda de audiências,
UNIDADE DE INFRAESTRUTURA DE entrevistas e reuniões do Secretário de Educação do
1.10.3
TECNOLOGIA
Recife;
DIVISÃO DE INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS EM b) atuar em assuntos administrativos do gabinete;
1.10.1.1
TECNOLOGIAS c) atender demandas atribuídas pela Coordenação de
Gabinete;
Art. 5º Todas as unidades organizacionais que compõem a d) realizar atendimento prévio às demandas de agenda com o
Secretaria de Educação atuarão de forma integrada, sob a Secretário, oriundas da gestão da unidade educacional,
orientação e direção do Secretário de Educação. professores, pais de estudantes, lideranças comunitárias e
outros;
CAPÍTULO III e) providenciar encaminhamentos para o atendimento às
DAS COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES demandas recebidas.
ORGANIZACIONAIS DA SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO IV - Setor de Gabinete:
a) gerenciar o departamento de arte e cultura;
Seção I b) representar a Secretaria de Educação do Recife nos
Da Gerência Geral do Gabinete comitês municipais e intermunicipais;
c) acompanhar as ações e eventos relacionados a artes e
educação na rede;
Art. 6º Integram a Gerência Geral do Gabinete: d) participar de congressos, seminários, palestras em
I - Gerência de Articulação; Pernambuco e outros da federação do Brasil;
II - Divisão de Apoio Administrativo do Gabinete; e) articular os movimentos artísticos e sociais da cidade para
III - Assessoria Especial do Gabinete; o acesso dos bens culturais da Secretaria de Educação;
IV - Setor de Gabinete; f) coordenar e acompanhar a execução das bandas e fanfaras
V - Assistência do Conselho Municipal de Educação da rede;
(CME); g) articular com animadores culturais do município do
VI - Assistência de Gabinete; Recife.

Art. 7º À Gerência Geral do Gabinete compete: V - Assistência do Conselho Municipal de Educação:


a) prestar assessoramento às demandas referentes a
I - coordenar as ações gerais do gabinete do Secretário de Presidência do Conselho Municipal de Educação;
Educação; b) prestar assessoramento na divulgação da pauta antes de
II - monitorar os ofícios, decretos e portarias do gabinete; reunião plenária, diante do exposto apoio à Presidência
III - coordenar as ações junto ao Gabinete do Prefeito; em formulação dos temas a serem abordados em reunião;
IV - planejar e coordenar as agendas do Secretário e das c) acompanhar semanalmente, junto à Presidência, as
ações e eventos da Secretaria de Educação; Reuniões Plenárias;
V - coordenar gerenciamento de crise; d) elaborar atas de todas as reuniões plenárias ordinárias e
VI - promover interlocução e articulação com as demais extraordinárias;
secretarias executivas da Educação, Secretarias da e) fazer devidos encaminhamentos que surgem após as
Prefeitura da Cidade do Recife, público e órgãos externos. reuniões plenárias, convites, agenda e organização de
eventos, audiências públicas e afins, para o Presidente,
Art. 8º Aos setores que compõem a Gerência Geral do Vice-presidente e conselheiros;
Gabinete compete: f) realizar inscrições em eventos e Fóruns;
I - Gerência de Articulação: g) organizar procedimentos para viagens através de ofícios
a) assessorar as articulações com as unidades educacionais; para setores responsáveis por solicitação de passagens,
b) articular e atender ao público interno da Prefeitura da hospedagem e translado;
Cidade do Recife; h) enviar frequência dos conselheiros;
c) articular e atender ao público externo; i) acompanhar os mandatos dos conselheiros;
d) coordenar gerenciamento de crise; j) organizar dos processos de credenciamento, que serão
e) apoiar o Gabinete para demandas externas, agendas e apreciados e aprovados no Pleno.
eventos.
VI - Assistência de Gabinete: prestar assistência à área
II - Divisão de Apoio Administrativo do Gabinete: administrativa do Gabinete, auxiliando em suas
a) monitorar, acompanhar e executar a elaboração dos atividades rotineiras e na organização de arquivos, gestão
ofícios, portarias e decretos; de informações, revisão de documentos e outras
b) acompanhar as publicações do Diário Oficial do atividades correlatas.
Município;
c) gerir o arquivo de documentos do Gabinete;
d) coordenar as ações do Protocolo do Gabinete da
Secretaria de Educação.

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LEGISLAÇÃO

Seção II requisições e solicitações oriundas de órgãos da


Da Gerência Geral de Comunicação administração direta e indireta em matéria jurídica e
órgãos de controle externo;
c) comparecer e dar suporte jurídico nas audiências
Art. 9º À Gerência Geral de Comunicação compete: relacionadas à Gerência Geral de Assuntos Jurídicos,
quando necessário;
d) prestar assessoramento de natureza jurídica às demandas e
I - estabelecer articulação com a imprensa local e aos processos relacionados às requisições e solicitações
nacional; oriundas de órgãos da administração direta e indireta em
matéria jurídica e órgãos de controle externo.
II - produzir pautas sobre ações e eventos da Secretaria
de Educação; II - Gerência de Assuntos Jurídicos:
a) examinar, informar e encaminhar todos os documentos e
processos que lhe sejam submetidos;
III - gerir a produção de conteúdo e monitoramento para b) prestar assessoramento de natureza técnica e jurídica ao
Redes Sociais; Gabinete do Secretário e, subsidiariamente, às demais
gerências integrantes da estrutura da Secretaria de
Educação no que tange aos processos relacionados ao
IV - produzir relatórios; Poder Judiciário, Ministério Público Estadual e Federal,
Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública
Estadual e Federal, Tribunal de Contas Estadual,
V - acompanhar a agenda do Secretário de Educação, ressalvadas as competências da Procuradoria Geral do
bem como agendas com o Prefeito do Recife; Município;
c) controlar e prestar apoio jurídico em assuntos e processos
administrativos e judiciais no âmbito da Secretaria de
VI - planejar, executar e acompanhar eventos da Educação, ressalvadas as competências da Procuradoria
Secretaria de Educação do Recife. Geral do Município;
d) acompanhar e coordenar o fluxo dos procedimentos
administrativos, notificações, inquérito civil, de interesse
Seção III da Secretaria de Educação no âmbito do Ministério
Da Gerência Geral de Assuntos Jurídicos Público Estadual, Ministério Público Federal, Ministério
Público do Trabalho, Defensoria Pública Estadual e
Art. 10. Integram a Gerência Geral de Assuntos Federal, Tribunal de Contas Estadual;
Jurídicos: e) comparecer e dar suporte jurídico nas audiências de
I - Gerência Jurídica; interesse da Secretaria de Educação no âmbito do
II - Gerência de Assuntos Jurídicos; Ministério Público Estadual e Federal, e Ministério
III - Unidade Jurídica; Público do Trabalho;
IV - Núcleo de Processo Administrativo e Sindicância; f) analisar e/ou elaborar resposta de cota a Procuradoria
V - Divisão de Assuntos Jurídicos. Geral do Município - PGM;
g) elaborar encaminhamentos, cotas e despachos relativos
aos processos judiciais e administrativos de interesse da
Art. 11. À Gerência Geral de Assuntos Jurídicos Secretaria de Educação;
compete: h) analisar acordos e sentenças judiciais;
I - processar e emitir relatório em processo i) acompanhar o andamento das ações judiciais ou processos
administrativo disciplinar de competência da Secretaria administrativos de interesse da Secretaria de Educação,
de Educação; ressalvadas as competências da Procuradoria Geral do
II - prestar assessoramento jurídico ao gabinete do Município.
Secretário de Educação e subsidiariamente às Secretarias
Executivas, quando solicitado; III - Unidade Jurídica:
III - auxiliar o gabinete do Secretário na apresentação de a) examinar, informar, responder e encaminhar documentos
respostas e manifestações às requisições e solicitações e processos que sejam submetidos ao apoio jurídico
oriundas de órgãos da administração direta e indireta em relativos aos processos administrativos;
matéria jurídica e órgãos de controle externo, ressalvadas b) comparecer e dar suporte jurídico nas audiências
as competências da Procuradoria Geral do Município. relacionadas à Gerência Geral de Assuntos Jurídicos,
quando necessário;
Art. 12. Aos setores que compõem a Gerência Geral de c) supervisionar os contratos administrativos, processos
Assuntos Jurídicos, respeitada a competência da licitatórios, no âmbito da competência da Secretaria de
Procuradoria-Geral do Município, cabe: Educação, ressalvadas as competências da Procuradoria
I - Gerência Jurídica: Geral do Município.
a) ofertar suporte jurídico ao Gerente Geral de Assuntos
Jurídicos quando demandado nos assuntos de sua IV - Núcleo de Processo Administrativo e Sindicância:
competência; a) processar e emitir relatórios em processo administrativo
b) gerenciar e coordenar a apresentação de respostas e disciplinar de competência da Secretaria de Educação;
manifestações por meio dos setores competentes às b) elaborar relatórios e decisões relacionadas à aplicação de

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LEGISLAÇÃO

penalidades ao final do Processo Administrativo d) planejar futuras demandas de manutenção preventiva e


Disciplinar. de requalificação de unidades de ensino.

V - Divisão de Assuntos Jurídicos: II - Gerência Geral de Projetos de Infraestrutura:


a) assessorar a Gerência Geral de Assuntos Jurídicos no a) coordenar a equipe de arquitetos e estagiários no
desenvolvimento das atividades de sua competência; desenvolvimento de projetos de novas unidades,
b) controlar, acompanhar e monitorar o atendimento às reformas e requalificações das unidades educacionais;
demandas encaminhadas pela Gerência Geral de Assuntos b) acompanhar as obras com a equipe técnica de
Jurídicos aos diversos setores da Secretaria de Educação; engenharia, no intuito de ajudar a resolver detalhes nas
c) coordenar os encaminhamentos, cotas e despachos obras da Secretaria;
relativos aos processos de responsabilidade da Gerência c) planejar futuras demandas de projetos de arquiteturas
Geral de Assuntos Jurídicos. para edifícios educacionais, de acordo com as
necessidades por região da cidade;
Seção IV d) gerenciar e acompanhar a execução dos projetos
Da Secretaria Executiva de Infraestrutura executivos arquitetônicos e projetos complementares
feitos por empresas contratadas para os processos de
Art. 13. Integram a Secretaria Executiva de licitação e execução das obras;
Infraestrutura: e) acompanhar os projetos conveniados com o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação, assim
I - Gerência Geral de Obras; como atendimento às visitas técnicas de fiscalização que
II - Gerência Geral de Projetos de Infraestrutura; possam ocorrer pelo ente federal.
III - Gerência Geral de Infraestrutura;
IV - Gerência Geral de Orçamento e Licitação de Obras; III - Gerência Geral de Infraestrutura:
V - Gerência de Planejamento e Monitoramento de a) gerenciar e supervisionar a execução de obras de
Infraestrutura; construção e ampliação e serviços de manutenção das
VI - Divisão de Obras; unidades educacionais em todas as Regiões Político-
VII - Setor de Obras; Administrativas, coordenando a equipe de engenheiros e
VIII - Unidade de Planejamento e Monitoramento; técnicos na fiscalização de obras;
IX - Divisão de Planejamento e Monitoramento de b) gerenciar e acompanhar os contratos de obras de
Infraestrutura. construção e ampliação nas unidades educacionais em
todas as RPA´S;
Art. 14. À Secretaria Executiva de Infraestrutura c) acompanhar medições efetuadas pelos fiscais, coordenar
compete: o lançamento no sistema e solicitar o encaminhamento
para pagamento;
I - desenvolver e executar o plano de obras, construção, d) vistoriar e elaborar pareceres, atestados, laudos e outros
ampliação, requalificação e manutenção preventiva e documentos de natureza técnica relativos a patologias e
corretiva das unidades educacionais, gerenciamento e problemas estruturais existentes nas unidades da rede
acompanhamento das obras, serviços e ações de municipal de ensino.
infraestrutura da rede municipal de educação, definidas
no planejamento global da política de expansão e IV - Gerência Geral de Orçamento e Licitação de
melhoria da infraestrutura da rede; Obras:
II - elaborar projetos arquitetônicos e complementares a) gerir os processos de licitação de serviços e obras de
das unidades educacionais e administrativas, elaboração construção civil, inclusive construções, ampliações,
de orçamentos, especificações e memoriais descritivos, requalificações e serviços de manutenção;
emissão de pareceres e notas técnicas, elaboração de b) elaborar peças técnicas, orçamento, termo de referência,
termos de referência e demais documentos relacionados a memória de cálculo, cronograma físico financeiro, Curva
infraestrutura. ABC e outros instrumentos necessários aos processos
de licitação;
Art. 15. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva c) realizar o monitoramento das documentações nas fases
de Infraestrutura compete: internas e externas dos processos licitatórios, tendo
responsabilidade sobre respostas a termo de análise,
I - Gerência Geral de Obras: diligências, recursos administrativos, e outros
a) gerenciar e acompanhar a execução de contratos e obras documentos relacionados aos setores regulamentadores.
de manutenção preventiva, corretiva e requalificação e
demais serviços de infraestrutura nas unidades V - Gerência de Planejamento e Monitoramento de
educacionais em todas as Regiões Políticas Infraestrutura: fiscalizar a manutenção, ampliação e
Administrativas; monitoramento das Unidades Educacionais da Rede,
b) coordenar a equipe de engenheiros e técnicos na bem como as obras de infraestrutura na construção e
fiscalização de obras de manutenção e requalificação das requalificação de unidades educacionais da rede
unidades educacionais em todas as Regiões Político- municipal de Ensino do Recife.
Administrativas; VI - Divisão de Obras: fiscalizar obras de infraestrutura
c) acompanhar medições efetuadas pelos fiscais, coordenar na construção e requalificação de unidades educacionais
o lançamento no sistema e solicitar o encaminhamento da rede municipal de Ensino do Recife.
para pagamento; VII - Setor de Obras:

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LEGISLAÇÃO

a) elaborar e controlar as planilhas de medição e solicitação Secretaria de Educação;


do subempenho; XII - apoiar outras secretarias executivas sempre que
b) monitorar os saldos dos serviços e obras das planilhas necessária contribuição técnica em âmbito pedagógico.
orçamentárias contratuais;
c) prestar apoio administrativo na elaboração de planilhas de Art. 18. Aos setores que compõem a Secretaria
informações gerenciais. Executiva de Gestão Pedagógica compete:

VIII - Unidade de Planejamento e Monitoramento: I - Gerência Geral de Desenvolvimento da Educação:


fiscalizar obras de infraestrutura na construção e a) apoiar o trabalho do Secretário Executivo articulando as
requalificação de unidades educacionais da rede municipal demais gerências para o cumprimento do planejamento
de Ensino do Recife. da Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica;
IX - Divisão de Planejamento e Monitoramento de b) viabilizar materiais pedagógicos para os demais gerentes;
Infraestrutura: monitorar equipes de capinação, limpeza c) assessorar a secretária executiva com relação à
de reservatórios e esgotamento de fossas. elaboração de documentos internos, bem como
publicações oficiais;
Seção V d) assessorar a Secretaria Executiva com relação às
Da Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica demandas junto à Procuradoria Geral do Município e
Gerência Geral de Assuntos Jurídicos;
Art. 16. Integram a Secretaria Executiva de Gestão e) acompanhar o Planejamento Orçamentário Anual;
Pedagógica: f) gerenciar relatórios que tratem do desempenho da
aprendizagem e outros índices pedagógicos da Secretaria
I - Gerência Geral de Desenvolvimento da Educação; de Educação.
II - Gerência de Apoio Pedagógico;
III - Gerência do Programa de Alfabetização; II - Gerência de Apoio Pedagógico:
IV - Gerência de Alfabetização e Letramento, Educação a) orientar e acompanhar as ações desenvolvidas pelas
Infantil e Anos Iniciais; equipes técnicas de formação, de apoio à coordenação
V - Gerência de Anos Finais e Educação Integral; pedagógica e à avaliação;
VI - Gerência de Educação Especial; b) orientar a elaboração de materiais pedagógicos pelas
VII - Unidade de Formação de Leitores e Educação equipes técnicas da Secretaria Executiva de Gestão
Ambiental; Pedagógica, realizando a revisão das produções;
VIII - Divisão de Anos Iniciais do Ensino Fundamental; c) propor as estratégias para o acompanhamento
IX - Assessoria de Gestão Pedagógica; pedagógico, por segmento, nas unidades educacionais;
X - Divisão de Anos Finais do Ensino Fundamental; d) supervisionar a realização dos encontros formativos
XI - Divisão de Educação de Jovens e Adultos; com os profissionais da rede municipal de Educação do
XII - Divisão de Educação Infantil. Recife;
e) elaborar instrumentos de acompanhamento a serem
Art. 17. À Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica utilizados nas rotinas de visitação dos técnicos;
compete: f) consolidar e analisar os dados referentes ao
acompanhamento;
I - assessorar o Secretário de Educação em demandas de g) propor projetos pedagógicos entre todas as gerências,
âmbito pedagógico; articulando-os para o melhor desempenho das ações
II - planejar as diretrizes pedagógicas para a rede de pedagógicas da Secretaria Executiva;
ensino; h) articular as ações pedagógicas desenvolvidas pelas
III - articular com todos os gerentes da Secretaria equipes técnicas da Secretaria Executiva de Gestão
Executiva de Gestão Pedagógica ações que visem a Pedagógica.
garantia da oferta de ensino com qualidade e equidade a
todos os estudantes matriculados na rede; III - Gerência do Programa de Alfabetização:
IV - coordenar e supervisionar o trabalho desenvolvido a) conhecer e implementar as políticas de alfabetização
por todas as Gerências vinculadas à Secretaria Executiva firmadas pelo município;
de Gestão Pedagógica; b) desenvolver e implementar as políticas de alfabetização
V - estabelecer metas e ações a serem atingidas pela propostas pelo município;
equipe da Secretaria Executiva; c) analisar, propor e desenvolver ações pedagógicas
VI - analisar e propor estratégias pedagógicas para o visando a melhoria da qualidade da educação do
cumprimento das metas estabelecidas; município, assegurando a alfabetização na idade certa;
VII - estabelecer uma relação coerente entre as ações d) incentivar e mediar a equipe a uma comunicação efetiva
pedagógicas e administrativas em âmbito de Secretaria; com os coordenadores pedagógicos e professores da
VIII - ordenar despesas consoantes à propositura Rede;
pedagógica de acordo com o planejamento da Secretaria e) distribuir, monitorar e desenvolver com a equipe, as
de Educação, em conformidade com o Planejamento ações planejadas para garantir a alfabetização na idade
Orçamentário Anual; certa;
IX - realizar ações para a expansão da Educação Infantil; f) planejar e acompanhar as atividades da equipe junto às
X - corroborar com o trabalho pedagógico para unidades educacionais;
alfabetização na idade certa; g) manter contato com gerentes de outros setores,
XI - desenvolver projetos pedagógicos de interesse da compartilhando informações, construindo proposições e

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pensando soluções; a) assessorar os profissionais das bibliotecas e salas de


h) divulgar, propor e apoiar a formação continuada da leitura com relação a projetos especiais para formação
equipe, dos professores e coordenadores da rede, na área de leitores e incentivo à Educação Ambiental;
de alfabetização. b) opinar sobre as obras paradidáticas a serem adotadas na
rede do Recife;
IV - Gerência de Alfabetização e Letramento, Educação c) visitar e acompanhar o trabalho desenvolvido nas
Infantil e Anos Iniciais: unidades educacionais;
a) consolidar e acompanhar dados referentes aos projetos d) orientar a formação continuada dos profissionais das
pedagógicos voltados para Alfabetização, em especial para bibliotecas e salas de leitura.
que esta aconteça na idade certa;
b) gerenciar e acompanhar as ações desenvolvidas nas VIII - Divisão de Anos Iniciais do Ensino Fundamental:
unidades educacionais que possuam turmas de Grupos IV a) garantir o assessoramento pedagógico às escolas de
e V da Educação Infantil (pré-escola), bem como 1º e 2º Ensino Fundamental nos Anos Iniciais;
anos do Ensino Fundamental; b) auxiliar o Gerente de Alfabetização e Letramento,
c) acompanhar os resultados das avaliações externas dos Educação Infantil e Anos Iniciais, no que tange ao
estudantes de Anos Iniciais, da Rede Municipal do Recife, planejamento pedagógico para este segmento de ensino;
cujo foco esteja concentrado na Alfabetização e na c) acompanhar equipe técnica em visitação às escolas, bem
competência Leitora; como na consolidação de atividades pedagógicas
d) coordenar Projetos e Programas relacionados com inerentes à faixa de ensino que compreende os Anos
Alfabetização; Iniciais da Educação Infantil;
e) assessorar pedagogicamente os profissionais no processo d) corroborar para a formação continuada de professores e
de Alfabetização; coordenadores pedagógicos da rede;
f) acompanhar as atividades de alfabetização desenvolvidas e) revisar o currículo anualmente, propor conteúdos
na Rede Municipal do Recife. inovadores para o referido segmento.

V - Gerência de Anos Finais e Educação Integral: IX - Assessoria de Gestão Pedagógica:


a) consolidar e acompanhar dados referentes aos projetos a) assessorar o Secretário Executivo de Gestão Pedagógica,
pedagógicos desenvolvidos nas escolas de Anos Finais e com relação à organização de reuniões, compatibilização
Educação de Jovens e Adultos; de agenda; organizar despachos;
b) gerenciar e acompanhar as ações desenvolvidas nas b) elaborar documentos internos;
escolas de Anos Finais, incluindo-se as escolas em tempo c) recepcionar visitas ao Gabinete da Secretaria Executiva
integral e Educação de Jovens e Adultos; de Gestão Pedagógica;
c) acompanhar os resultados das avaliações externas dos d) organizar relatórios mensais sobre as demandas do
estudantes de Anos Finais e Educação de Jovens e setor.
Adultos, da Rede Municipal do Recife;
d) coordenar Projetos e Programas desenvolvidos nas X - Divisão de Anos Finais do Ensino Fundamental:
escolas de Anos Finais; e) promover a socialização de experiências pedagógicas
e) assessorar pedagogicamente os profissionais das escolas significativas, desenvolvidas pelos educadores;
de Anos Finais e Educação de Jovens e Adultos; b) emitir pareceres sobre projetos pedagógicos propostos
f) acompanhar as atividades desenvolvidas na Divisão de para a fase de ensino em questão;
Anos Finais; c) articular-se com instâncias governamentais e não
g) acompanhar as atividades desenvolvidas na Divisão de governamentais tendo em vista assegurar a realização
Educação de Jovens e Adultos; plena de projetos que qualifiquem o fazer pedagógico;
h) monitorar visitas técnicas realizadas nas escolas de Anos d) garantir o desenvolvimento de projetos e programas
Finais e Educação de Jovens e Adultos. didáticos voltados para a dinamização da Política de
Ensino da rede;
VI - Gerência de Educação Especial: e) organizar, acompanhar e avaliar a sistemática de
a) garantir a oferta qualificada de serviços e atendimentos atendimento às necessidades básicas de aprendizagem e
pedagógicos junto aos estudantes com deficiência, do desenvolvimento integral dos estudantes,
transtornos e Altas Habilidades/Superdotação, assegurando o reconhecimento de sua condição cidadã
matriculados na Rede Municipal do Recife; de sujeito de direitos;
b) acompanhar e orientar na atuação/prática pedagógica e f) emitir pareceres técnicos sobre materiais e projetos
proposta de formação continuada, no que se refere aos destinados ao público de Anos Finais do Ensino
professores do Atendimento Educacional Especializado - Fundamental, tais como coleções de livros, jogos,
AEE, lotados nas unidades de ensino; plataformas, entre outros;
c) articular ações planejadas de sensibilização e quebra de g) garantir a plena articulação entre os componentes
barreiras atitudinais no espaço escolar, favorecendo a curriculares dos Anos Finais, assessorando os
construção de estrutura e condições necessárias à Coordenadores Pedagógicos e Professores das unidades
apropriação do conhecimento e direitos de aprendizagens, educacionais.
numa perspectiva inclusiva.
XI - Divisão de Educação de Jovens e Adultos:
VII - Unidade de Formação de Leitores e Educação a) planejar, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar a
Ambiental: política municipal de educação de jovens e adultos,
assegurando acesso, permanência e aprendizagem para o

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LEGISLAÇÃO

avanço na escolarização; Seção VI


b) planejar, orientar e acompanhar a implementação das Da Secretaria Executiva de Planejamento e Coordenação
diretrizes curriculares nas Escolas Municipais de Ensino
Fundamental que ofertam Educação de Jovens e Adultos Art. 19. Integram a Secretaria Executiva de Planejamento
(EJA); e Coordenação:
c) elaborar, executar e avaliar planos de trabalho, programas I - Gerência Geral de Planejamento, Orçamento e
e projetos que concretizem a política de educação de Captação;
jovens e adultos no Município; II - Gerência de Coordenação e Monitoramento de
d) assessorar, acompanhar e avaliar propostas de trabalho Projetos Prioritários;
das Unidades de Ensino, seus planejamentos e ações que III - Gerência de Planejamento Orçamentário e Captação;
garantam a efetividade da política de educação de jovens e IV - Unidade de Monitoramento;
adultos no Município; V - Unidade de Orçamento;
e) acompanhar, assessorar e avaliar a ação pedagógica das VI - Unidade de Gestão por Resultados.
escolas que ofertam a EJA;
f) participar da elaboração e socializar documentos com
informações legais, administrativas e pedagógicas que Art. 20. À Secretaria Executiva de Planejamento e
subsidiem as unidades de ensino quanto ao Coordenação compete:
funcionamento da vida escolar dos estudantes da
Educação de Jovens e Adultos; I - coordenar o planejamento estratégico e a gestão
g) analisar, selecionar e indicar aquisição de materiais orçamentária da Secretaria de Educação;
didáticos, pedagógicos, bibliográficos e de recursos II - desenvolver iniciativas de aprimoramento da gestão;
tecnológicos para o apoio às atividades do processo III - apoiar o Secretário de Educação nas discussões e
ensino aprendizagem; deliberações de interesse da educação;
h) participar do planejamento de ações integradas com as IV - promover a cooperação entre setores para execução
demais unidades administrativas da Secretaria, de projetos institucionais;
considerando objetivos comuns, com o intuito de V - manter repositório de informações estratégicas para a
racionalizar esforços administrativos, financeiros, Secretaria de Educação.
pedagógicos e educacionais;
i) avaliar os índices de aprovação, reprovação e evasão
apresentados pelas Unidades de Ensino, para subsidiar Art. 21. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva
tomada de decisões; de Planejamento e Coordenação compete:
j) planejar, acompanhar, avaliar e realizar atividades
formativas para os profissionais que atuam na Educação I - Gerência Geral de Planejamento, Orçamento e
de Jovens e Adultos; Captação:
k) planejar ações em parceria com outras secretarias, a) articular, coordenar e apoiar a elaboração e a execução do
instituições, organizações comunitárias e movimentos Plano Plurianual (Elaboração de Metas Financeiras) e da
sociais, no sentido de potencializar o atendimento e Lei Orçamentária Anual (Alocação do Orçamento e
assegurar a permanência dos estudantes; Elementação/detalhamento da natureza da despesa da
l) participar de fóruns de formulação das políticas de Secretaria de Educação;
Educação de Jovens e Adultos, em âmbito municipal, b) gerenciar ações inerentes à Unidade orçamentária de
estadual e nacional; Secretaria;
m) executar outras atividades correlatas ou que lhes venham a c) realizar estudos técnicos relativos ao orçamento da
ser atribuídas. Secretaria da Educação;
d) coordenar a elaboração do Planejamento Orçamentário
XII - Divisão de Educação Infantil: Anual;
a) garantir o assessoramento pedagógico às unidades de e) acompanhar a execução do Planejamento Orçamentário
Educação Infantil; Anual, capacitar às áreas envolvidas e realizar estudos
b) auxiliar o Gerente de Alfabetização e Letramento técnicos relacionados às ações e programas da Secretaria
Educação Infantil e Anos Finais, no que tange ao de Educação, em consonância com o PPA e a LOA;
planejamento pedagógico para este segmento de ensino; f) implantar os bloqueios orçamentários para abertura de
c) acompanhar equipe técnica em visitação às unidades processos licitatórios, renovações contratuais;
educacionais, bem como na consolidação de atividades g) gerir a Unidade Orçamentária, realizando as
pedagógicas inerentes à faixa de ensino que compreende a movimentações orçamentárias necessárias para atender as
Educação Infantil; despesas da Secretaria;
d) corroborar para a formação continuada de professores e h) gerenciar as ações de controle e planejamento
coordenadores pedagógicos da rede; orçamentário junto às demais unidades da Secretaria e
e) revisar o currículo anualmente e propor conteúdos órgãos envolvidos;
inovadores para a Educação Infantil. i) promover a captação e orientar a prestação de contas dos
recursos oriundos dos programas federais.

II - Gerência de Coordenação e Monitoramento de


Projetos Prioritários:
a) monitorar o Planejamento Estratégico da Secretaria de
Educação do Recife;

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b) apoiar as Secretarias Executivas na modernização e XI - Setor de Gerência Regional;


otimização da gestão pública; XII - Setor de Ordenamento da Rede;
c) coordenar e monitorar a gestão estratégica da Secretaria de XIII - Assistência de Gestão de Rede;
Educação; XIV - Coordenação de Creche.
d) desenvolver e aperfeiçoar o modelo de gestão e
sistematizar o gerenciamento dos projetos estratégicos da Art. 23. À Secretaria Executiva de Gestão de Rede
Secretaria de Educação. compete:

III - Gerência de Planejamento Orçamentário e Captação: I - gerenciar a gestão da Rede Municipal de Ensino em
a) planejar, articular, coordenar e acompanhar a consonância com o padrão de qualidade estabelecido;
operacionalização dos Programas Federais no âmbito da II - gerenciar o ordenamento da Rede Municipal de
Secretaria Municipal de Educação; Ensino, no que tange a matrícula, sistematização de
b) monitorar e orientar a prestação de contas dos Programas dados (CENSO) e informações de indicadores de
Federais junto ao FNDE; demandas reprimidas, para viabilizar a ampliação da
c) apoiar na elaboração dos convênios e na captação dos oferta de vagas;
Recursos Federais para subsidiar nas ações e III - elaborar o calendário letivo oficial da Rede
desenvolvimento da educação municipal. Municipal de Ensino;
IV - administrar o prédio sede do Centro Administrativo
IV - Unidade de Monitoramento: Pedagógico (CAP);
a) receber e gerir, junto às Secretarias Executivas da V - planejar e gerenciar a necessidade de materiais,
Secretaria de Educação do Recife, os pedidos de acesso à mobiliários e equipamentos;
informação, sugestões e elogios encaminhados; VI - acompanhar e monitorar as unidades educacionais,
b) monitorar, sistematicamente, os pedidos, efetuando o por meio das Gerências Regionais;
registro e controle de seus resultados. VII - gerenciar as ações da gestão escolar no que
concerne a implementação, fortalecimento e
V - Unidade de Orçamento: direcionamento dos órgãos colegiados, bem como dos
a) acompanhar sistematicamente a execução orçamentária; órgãos gerenciadores de recursos financeiros;
b) realizar o controle do fluxo dos saldos orçamentários VIII - gerenciar e elaborar normativas da Secretaria de
c) elaborar as solicitações de remanejamentos e decretos Educação;
orçamentários para atender às necessidades das IX - gerenciar e orientar sobre o processo para
Secretarias Executivas; credenciamento das unidades educacionais da Rede
d) elaborar os bloqueios orçamentários necessários para o Municipal de Ensino, bem como as instituições de
andamento dos processos licitatórios. ensino privadas de Educação Infantil, pertencentes ao
Sistema Municipal de Ensino do Recife (SMER),
VI - Unidade de Gestão por Resultados: inclusive as comunitárias (conveniadas ou não);
a) coordenar a elaboração e implementação do X - gerenciar e acompanhar o Programa Nacional do
planejamento estratégico com as demais Secretarias Livro Didático (PNLD);
Executivas; XI - acompanhar e monitorar o Projeto de Verificação
b) apoiar o Secretário Executivo de Planejamento e Oficial Limitadora das Taxas de Evasão e Infrequência
Coordenação em ações que envolvam as demais (Projeto V.O.L.T.E.I), realizado em parceria com o
executivas; Ministério Público do Estado de Pernambuco;
c) produzir, sistematizar e analisar informações estatísticas XII - gerenciar e acompanhar os programas sociais
da educação; ofertados aos estudantes, por meio da Unidade de
d) apoiar as iniciativas de Gestão por Resultados; Atendimento Social e Emocional (UASE);
e) apoiar o aprimoramento da gestão de dados e XIII - acompanhar e monitorar o Projeto do Busca Ativa
informações junto às demais Secretarias Executivas. Escolar (BAE) realizado em parceria com o Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Seção VII
Da Secretaria Executiva de Gestão de Rede Art. 24. Aos setores que compõem a Secretaria
Executiva de Gestão de Rede compete:
Art. 22. Integram a Secretaria Executiva de Gestão de
Rede: I - Gerência Geral Administrativa da Rede:
a) gerenciar o fluxo administrativo da Secretaria Executiva
I - Gerência Geral Administrativa da Rede; de Gestão de Rede;
II - Gerência Geral de Gestão da Rede; b) gerenciar as atividades relacionadas à aquisição de
III - Gerência Administrativa da Rede; materiais da gestão de rede, bem como, acompanhar e
IV - Gerência de Gestão de Rede; monitorar a execução das demandas administrativas.
V - Gerência Regional de Educação;
VI - Divisão de Apoio Social; II - Gerência Geral de Gestão da Rede:
VII - Divisão do Controle e Análise de Dados; c) acompanhar e monitorar o ordenamento da Rede
VIII - Divisão de Desenvolvimento e Acompanhamento Municipal de Ensino, nos aspectos relacionados à
da Rede; matrícula, às sistematizações de dados (CENSO) e às
IX - Divisão de Gabinete; informações de indicadores de demandas reprimidas, com
X - Setor de Frequência de Bolsa Família; vistas ao planejamento para a ampliação da oferta de

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LEGISLAÇÃO

vagas; e) gerenciar as formações continuadas para os gestores da


d) acompanhar e monitorar a gestão da Rede Municipal de Rede Municipal de Ensino de Recife, no que se refere aos
Ensino, objetivando a garantia do padrão de qualidade programas, implementação de órgão colegiados e órgão
estabelecido; gerenciadores de recursos financeiros;
e) monitorar o acompanhamento das unidades de ensino f) gerenciar e planejar ações do programa Busca Ativa
municipais, realizado pelas Gerências Regionais de Escolar, no sentido de mitigar os riscos de evasão e
Educação; abandono dos estudantes;
f) acompanhar o cumprimento e a efetivação do calendário g) gerenciar e planejar o acompanhamento da frequência
letivo oficial da Rede Municipal de Ensino, pelas unidades escolar dos estudantes beneficiários do Programa Auxílio
educacionais; Brasil e Bolsa Escola Municipal;
g) acompanhar e monitorar as ações da gestão escolar, no h) gerenciar e planejar ações que priorizam temáticas
que concerne à implementação, fortalecimento e voltadas para a saúde, cultura de paz, bullying, depressão,
direcionamento dos órgãos colegiados, bem como dos enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes
órgãos gerenciadores de recursos financeiros; e outras temáticas correlatas;
h) acompanhar e monitorar as ações do núcleo de
normatização; V - Gerência Regional de Educação:
i) acompanhar e monitorar os processos para a) gerenciar o acompanhamento das unidades educacionais
credenciamento das unidades educacionais da Rede da Rede Municipal, bem como, a articulação entre essas
Municipal de Ensino, bem como as instituições de ensino unidades e a Secretaria de Educação, no âmbito de sua
privadas de Educação Infantil, pertencentes ao Sistema jurisdição, para atendimento às demandas existentes de
Municipal de Ensino do Recife (SMER), inclusive as forma mais eficiente, realizando ajustes e/ou intervenção
comunitárias (conveniadas ou não); quando necessário;
j) acompanhar e monitorar o Programa Nacional do Livro b) gerenciar e acompanhar o trabalho administrativo
Didático (PNLD); pedagógico desenvolvido nas unidades educacionais da
k) acompanhar e monitorar o Projeto de Verificação Oficial Rede Municipal de Ensino do Recife, promovendo a
Limitadora das Taxas de Evasão e Infrequência (Projeto articulação entre as diretrizes da Secretaria de Educação e
V.O.L.T.E.I), realizado em parceria com o Ministério o contexto de cada unidade educacional, com vistas à
Público do Estado de Pernambuco; garantia do direito do estudante e a melhoria da qualidade
l) acompanhar e monitorar os programas sociais ofertados do ensino.
aos estudantes, por meio da Unidade de Atendimento
Social e Emocional (UASE); VI - Divisão de Apoio Social: coordenar os Programas
m) acompanhar e monitorar o Projeto do Busca Ativa Sociais na Secretaria de Educação, dentre os quais, o
Escolar (BAE) realizado em parceria com o Fundo das Programa Bolsa Escola Municipal (PBEM),
Nações Unidas para a Infância (UNICEF). condicionalidade do Programa Bolsa Família (BFAM);
Projeto Escola que Protege (EQP), Programa de Saúde
III - Gerência Administrativa da Rede: na Escola (PSE), Núcleo de Enfrentamento à Violência
a) elaborar termos de referência de materiais relativos à Escolar, Auxílio Brasil e Busca Ativa Escolar (BAE).
Gestão da Rede, emitir pareceres de amostras e fiscalizar VII - Divisão do Controle e Análise de Dados: coordenar
contratos; e sistematizar dados e informações administrativas e
b) gerenciar o suprimento de compras e serviços da Rede gerenciais da Secretaria Executiva de Gestão de Rede.
Municipal de Ensino; VIII - Divisão de Desenvolvimento e Acompanhamento
c) acompanhar e monitorar a equipe que gerencia a da Rede: coordenar e administrar as ações relacionadas
necessidade de materiais, mobiliários e equipamentos para ao levantamento, controle e distribuição dos materiais
Rede Municipal de Ensino; (kits dos estudantes, professores, gestão, sala de aula,
d) supervisionar a administração do prédio sede do Centro fardamento), mobiliários e equipamentos necessários ao
Administrativo Pedagógico (CAP); funcionamento das unidades educacionais e
e) acompanhar e monitorar os fluxos de tramitação de administrativas da Rede Municipal de Ensino do Recife.
processos licitatórios demandados pela Secretaria IX - Divisão de Gabinete: assessorar, direcionar,
Executiva de Gestão de Rede. organizar e controlar as atividades administrativas
correlatas às ações desenvolvidas de suporte ao gabinete
IV - Gerência de Gestão de Rede: da Secretaria Executiva de Gestão de Rede.
a) gerenciar, monitorar e acompanhar a implementação e X - Setor de Frequência de Bolsa Família: coordenar as
renovação dos órgãos colegiados das unidades ações de controle do programa, com foco na verificação
educacionais da Rede Municipal de Ensino de Recife; bimestral da frequência escolar dos estudantes
b) gerenciar as unidades educacionais, no que concerne às beneficiários do Bolsa Família.
obrigações junto à Receita Federal, das Unidades XI - Setor de Gerência Regional: gerenciar e monitorar as
Executoras; unidades educacionais e criar um fluxo de comunicação
c) gerenciar as unidades educacionais que utilizam o com a Secretaria Executiva de Gestão de Rede.
Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE Interativo e XII - Setor de Ordenamento da Rede: coordenar as ações
as unidades educacionais contempladas com os programas voltadas para o ordenamento da Rede Municipal de
PDDE Básico, Emergencial e Ações Integradas; Ensino, nos aspectos relacionados à matrícula, às
d) promover momentos de planejamento e estudo das sistematizações de dados (CENSO) e às informações de
normatizações de políticas de gestão de rede, referentes ao indicadores de demandas reprimidas, com vistas ao
processo de gestão democrática; planejamento para a ampliação da oferta de vagas.

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LEGISLAÇÃO

XIII - Assistência de Gestão de Rede: assessorar e f) acompanhar a realização do diagnóstico e avaliação


coordenar ações relacionadas à gestão administrativa de nutricional dos estudantes da rede municipal;
rede. g) elaborar plano de aceitação das dietas dos estudantes que
XIV - Coordenação de Creche: gerenciar as unidades de apresentam necessidade nutricional específica.
educação infantil que atendem as crianças da faixa etária
de creche: 0 a 3 anos de idade. III - Gerência Geral de Gestão de Pessoas:
a) responder pelo gerenciamento dos servidores e estagiários
Seção VIII da Secretaria de Educação;
Da Secretaria Executiva de Administração e Finanças b) implementar as decisões estratégicas definidas pela
Secretaria Executiva.
Art. 25. Integram a Secretaria Executiva de
Administração e Finanças: IV - Gerência de Compras, Almoxarifado e Patrimônio:
a) gerir compras, recebimento, armazenagem, distribuição,
I - Gerência Geral de Administração e Finanças; manutenção e preservação dos bens adquiridos pela
II - Gerência Geral de Alimentação Escolar; Secretaria de Educação;
III - Gerência Geral de Gestão de Pessoas; b) gerir empenhos e envio para os fornecedores;
IV - Gerência de Compras, Almoxarifado e Patrimônio; c) acompanhar o trâmite de notas fiscais para liquidação e
V - Gerência de Logística; pagamento;
VI - Unidade de Alimentação; d) acompanhar e monitorar todos os processos licitatórios
VII - Divisão de Alimentação e Nutrição; relacionados às aquisições realizadas pela Secretaria de
VIII - Divisão de Almoxarifado; Educação;
IX - Divisão de Convênios; e) acompanhar os processos e comunicação com o Tribunal
X - Divisão de Pessoal; de Contas do Estado de Pernambuco - TCE/PE.
XI - Divisão de Terceirizados;
XII - Setor de Administração; V - Gerência de Logística:
XIII - Setor de Administração; a) gerenciar o recebimento, armazenagem e logística de
XIV - Setor de Contratos; distribuição de materiais adquiridos pela Secretaria de
XV - Setor de Patrimônio; Educação;
XVI - Setor de Tesouraria; b) realizar monitoramento sistêmico, desde o recebimento
XVII - Unidade de Planejamento e Monitoramento; até a alocação final da integridade dos bens permanentes;
XVIII - Supervisão de Administração e Finanças. c) gerir o fluxo de distribuição e cubagem dos itens
armazenados em estoque;
Art. 26. À Secretaria Executiva de Administração e d) emitir relatório gerencial;
Finanças compete planejar, coordenar e supervisionar as e) produzir o inventário anual de todos os materiais e
atividades e projetos relacionados às compras de bens e emissão de relatório à Gerência Geral de Contabilidade.
contratação de serviços, à administração do Patrimônio, à
administração financeira, à política de gestão de pessoas e VI - Unidade de Alimentação:
a gestão da alimentação escolar. a) fiscalizar contratos e monitoramento nas unidades
educacionais;
Art. 27. Aos setores que compõem a Secretaria b) monitorar a execução dos contratos;
Executiva de Administração e Finanças compete: c) elaborar termos de referência, documentos para
comunicação interna e ofícios;
I - Gerência Geral de Administração e Finanças: d) elaborar estratégias de trabalho para o setor;
a) realizar o gerenciamento de administração e finanças da e) realizar a conferência e faturamento de alimentação
Secretaria Executiva nas temáticas de contratos, escolar fornecidas.
terceirização, finanças, suprimento, logística e compras;
b) implementar as decisões estratégicas definidas pela VII - Divisão de Alimentação e Nutrição: responder pelo
Secretaria Executiva; controle do fornecimento, desde a conferência de
c) exercer a função de Gerenciador Master do E-TCE. comandas até o recebimento das notas fiscais, e solicitação
do pagamento ao setor financeiro.
II - Gerência Geral de Alimentação Escolar: VIII - Divisão de Almoxarifado:
a) exercer a responsabilidade técnica pela alimentação escolar a) coordenar a sistemática de recebimento, armazenamento e
fornecida para rede municipal de ensino em Recife, distribuição de todos os materiais adquiridos pela
inclusive com recursos do Programa Nacional de Secretaria de Educação;
Alimentação Escolar do Fundo Nacional de b) gerir a equipe de apoio administrativo, subsidiando a
Desenvolvimento da Educação - PNAE/FNDE; execução das atividades dos mesmos;
b) elaborar o plano estratégico anual de trabalho da Gerência c) emitir relatórios gerenciais;
Geral de Alimentação Escolar para o FNDE; d) gerenciar o estoque virtual de todas as movimentações do
c) analisar e atender às solicitações dos órgãos fiscalizadores; sistema do Portal de Compras;
d) orientar e dar suporte ao Conselho de Alimentação e) monitorar os serviços de logística.
Escolar - CAE quanto ao cumprimento das exigências do
PNAE/FNDE; IX - Divisão de Convênios:
e) elaborar cardápios dentro dos padrões exigidos pelo a) exercer o controle Financeiro da Secretaria de Educação e
FNDE; Liquidante;

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LEGISLAÇÃO

b) executar a execução das despesas da Secretaria de a) tramitar processos referentes à readaptação,


Educação. credenciamento, licença prêmio, acréscimo de redução de
carga horária, aula atividade e titulação.
X - Divisão de Pessoal: apoiar o controle da gestão dos b) implantar e acompanhar processos de ressarcimento de
servidores da Secretaria de Educação junto à Unidade de passagens intermunicipais;
Planejamento e Monitoramento da Gerência Geral de c) enviar processos de passagens eletrônicas junto ao Grande
Gestão de Pessoas. Recife e boletos para efetivar pagamento;
XI - Divisão de Terceirizados: d) gerir, monitorar e acompanhar o absenteísmo das
a) fiscalizar os contratos de mão de obra terceirizada; unidades educacionais e administrativas;
b) gerenciar a distribuição de material de limpeza nas e) acompanhar e emitir relatórios de faltas não justificadas;
unidades educacionais e administrativas; f) responder às demandas de natureza jurídica encaminhadas
c) conferir e atestar notas fiscais dos pagamentos; à Gerência Geral de Gestão de Pessoas;
d) analisar e calcular os termos de referência; g) gerenciar a base de dados funcionais e financeiros da
e) analisar amostras de produtos adquiridos; Secretaria de Educação;
f) gerenciar a frota própria e locada de veículos. h) emitir relatórios mensais para a Folha de Pagamento;
i) acompanhar a publicação dos atos administrativos em
XII - Setor de Administração (1.8.2.2.1): Diário Oficial do Município relativos aos dados funcionais
a) responder pelo levantamento de informações relativos ao dos servidores da Secretaria;
Censo para envio aos fornecedores; j) gerenciar a adesão dos professores à aula-atividade e as
b) atender solicitações de alteração de merenda, merenda alterações nos registros funcionais com os respectivos
para reposições de aula e reposição de produto cálculos financeiros;
inadequado; k) gerenciar a tramitação e a sistematização da progressão
c) manter contato com todos os gestores da rede municipal funcional por tempo e por titulação dos servidores da
de Educação. Secretaria;
l) administrar as solicitações de férias, horas extras, difícil
XIII - Setor de Administração (1.8.2.2.2): acesso, vale transporte, autorizando acumulação dos
a) atender solicitações de dieta especial; professores.
b) realizar cálculos nutricionais por refeição;
c) analisar solicitações de equipamentos e utensílios; XVIII - Supervisor de Administração e Finanças
d) realizar análise sensorial da qualidade das amostras a) tramitar documentos recebidos e expedidos;
recebidas. b) emitir documentos internos;
c) prestar auxílio administrativo nas reuniões e
XIV - Setor de Contratos: procedimentos relativos ao Conselho de Alimentação
a) acompanhar informações gerenciais em planilhas internas Escolar.
dos contratos de locação e serviços;
b) monitorar toda tramitação dos Contratos de Engenharia, Seção IX
Serviço, Locação da Secretaria de Educação; Da Secretaria Executiva da Primeira Infância
c) gerir os pagamentos de locação, energia, abastecimento de
água e telefonia.
Art. 28. Integram a Secretaria Executiva da Primeira
XV - Setor de Patrimônio: Infância:
a) gerenciar, através de monitoramento sistémico, o
recebimento, armazenagem, distribuição e alocação final I - Gerência Geral de Articulação da Primeira Infância;
dos bens permanentes adquiridos pela Secretaria de II - Unidade de Monitoramento da Primeira Infância.
Educação;
b) zelar pela integridade dos bens permanentes adquiridos
pela Secretaria de Educação; Art. 29. À Secretaria Executiva da Primeira Infância
c) gerir a equipe de apoio técnico, subsidiando a execução compete:
das atividades da mesma;
d) emitir relatório gerenciais; I - promover e fortalecer a política pública da Primeira
e) coordenar a logística de remoção de bens inservíveis e Infância, priorizando programas voltados para o
solicitação de transferências de insumos dos órgãos desenvolvimento e crescimento de ações e
administrativos da Secretaria de Educação. monitoramento das metas constantes no Plano Municipal
da Primeira Infância, atuando na intersetorialidade das
XVI - Setor de Tesouraria: atividades direcionadas para o cumprimento da
a) efetivar o pagamento de fornecedores da Secretaria de Lei 18.769/2020;
Educação; II - coordenar e supervisionar o Comitê Executivo
b) emitir ordens de pagamento e remessas de pagamentos Intersetorial de Monitoramento do Plano Municipal, no
pelo site do Banco do Brasil; intuito de acompanhar o cumprimento das ações
c) resolver pendências bancárias relacionadas aos propostas para as Secretarias Municipais;
fornecedores; III - articular e prospectar projetos e ações com outros
d) vistar os processos de prestação de contas de suprimento. parceiros e/ou entidades que possuem trabalhos
direcionados para a Primeira infância, em áreas distintas.
XVII - Unidade de Planejamento e Monitoramento:

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LEGISLAÇÃO

Art. 30. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva sustentabilidade na educação;
da Primeira Infância compete: b) gerenciar e atestar todas as aquisições da Secretaria
Executiva relacionadas aos laboratórios de ciência e
I - Gerência Geral de Articulação da Primeira Infância: tecnologia, a robótica e sustentabilidade na educação;
a) atuar no gerenciamento da equipe da Secretaria Executiva, c) gerenciar e atestar todos os serviços prestados pelos
criando os cronogramas de atividades para o contratos de gestão da Secretaria Executiva relacionados
desenvolvimento das tarefas que devem ser aos laboratórios de ciência e tecnologia, a robótica e
desempenhadas para o andamento das ações da Primeira sustentabilidade na educação;
infância; d) acompanhar a execução de todos os contratos
b) articular junto aos diversos atores e fortalecedores das relacionados aos laboratórios de ciência e tecnologia, a
ações da Primeira Infância a realização de projetos e ações robótica e sustentabilidade na educação;
que possuem trabalhos direcionados para o tema, bem e) desenvolver, aprovar e monitorar a implantação de novas
como reforçar a promoção da política pública da Primeira estratégias e políticas relacionadas aos laboratórios de
Infância, que priorizem ao município a execução de ciência e tecnologia, a robótica e sustentabilidade na
projetos destinados ao desenvolvimento e crescimento de educação;
ações constantes no Plano Municipal da Primeira Infância; f) articular parcerias com universidades.
c) colaborar na intersetorialidade das atividades direcionadas
ao cumprimento da Lei 18.769/2020. II - Gerência Geral de Tecnologia:
a) gerenciar todas as ações e equipes da Secretaria Executiva
II - Unidade de Monitoramento da Primeira Infância: de Projetos, Tecnologia e Inovação relacionadas à
a) prestar assistência e orientação aos gestores da Secretaria inovação e tecnologia na Educação;
Executiva da Primeira Infância, no domínio e utilização b) gerenciar e atestar todas as aquisições da Secretaria
dos modelos, processos e ferramentas de planejamento e Executiva relacionadas à inovação e tecnologia na
monitoramento da gestão pública municipal; Educação;
b) atuar como facilitador e consultor interno na montagem e c) gerenciar e atestar todos os serviços prestados pelos
condução de reuniões estruturadas de trabalho; contratos de gestão da Secretaria Executiva relacionados à
c) apoiar no acompanhamento da execução do planejado inovação e tecnologia na educação;
visando garantir a obtenção dos resultados pretendidos; d) acompanhar a execução de todos os contratos da
d) elaborar relatórios de análise, críticas e sugestões para Secretaria Executiva relacionados à inovação e tecnologia
garantir a efetividade, eficácia e eficiência do modelo de na Educação;
gestão. e) aprovar novas aquisições para suprimento e atualização do
parque tecnológico;
Seção X f) desenvolver, aprovar e monitorar a implantação de novas
Da Secretaria Executiva de Projetos, Tecnologia e estratégias e políticas de inovação pedagógica e de uso da
Inovação tecnologia da Educação;
g) representar a Secretaria Executiva em reuniões estratégicas
Art. 31. Integram a Secretaria Executiva de Projetos, para desenvolvimento e execução de novas políticas de
Tecnologia e Inovação: tecnologia na Educação;
h) articular com parceiros e fornecedores para implantação
I - Gerência Geral de Estratégias Educacionais; de novos programas e tecnologias para a rede.
II - Gerência Geral de Tecnologia;
III - Gerência de Finanças; III - Gerência de Finanças:
IV - Unidade de Infraestrutura de Tecnologia; a) gerenciar ações da Gerência Geral de Tecnologia,
V - Divisão de Inovações Pedagógicas em Tecnologias. relacionadas a sistemas, infraestrutura e conectividade;
b) desenvolver e monitorar sistemas que atendem as diversas
Art. 32. À Secretaria Executiva de Projetos, Tecnologia e áreas da Secretaria de Educação;
Inovação compete: c) liberar e acompanhar entregas de equipamentos às
unidades administrativas, unidades educacionais,
I - gerenciar todas as ações, aquisições, serviços e equipes estudantes e professores;
da Secretaria Executiva de Projetos, Tecnologia e d) monitorar a utilização dos equipamentos entregues aos
Inovação; estudantes;
II - ordenar todas as despesas da secretaria executiva de e) gerenciar o suporte técnico;
projetos, tecnologia e inovação; f) gerenciar a ampliação da conectividade nas unidades
III - articular parcerias para a Secretaria de Educação; administrativas, unidades educacionais e para estudantes e
IV - coordenar projetos estratégicos a pedido do servidores.
Secretário de Educação.
IV - Unidade de Infraestrutura de Tecnologia:
Art. 33. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva a) instruir processos de aquisição por meio de compra direta,
de Projetos, Tecnologia e Inovação compete: adesão, licitação, inexigibilidade ou dispensa de licitação;
b) solicitar a elaboração de contratos e renovação de
I - Gerência Geral de Estratégias Educacionais: contratos;
a) gerenciar todas as ações e equipes da Secretaria Executiva c) autorizar a realização de despesas;
de Projetos, Tecnologia e Inovação relacionadas aos d) solicitar bloqueio, empenhos, pagamentos, anuências e
laboratórios de ciência e tecnologia, a robótica e publicações;

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LEGISLAÇÃO

e) acompanhar a execução dos objetos junto aos setores, XV - empreender esforços contínuos de eficiência e de
podendo ser equipamentos ou serviços entregues ou eficácia no desenvolvimento de suas atividades;
prestados à Secretaria; XVI - executar atividades inerentes e de interesse da
f) apoiar os setores nas questões de compras; hierarquia superior;
g) acompanhar todos os processos de compra com os XVII - subsidiar a tomada de decisão da hierarquia
demais setores da Prefeitura; superior;
h) solicitar e acompanhar a elaboração e assinatura de todos XVIII - oferecer subsídios para formulação das diretrizes
os contratos da Secretaria Executiva; da Secretaria, atendendo os prazos estabelecidos;
i) acompanhar a execução dos contratos da Secretaria XIX - velar pela transparência administrativa e pelos
Executiva, incluindo solicitação de aditivos; padrões éticos do serviço público;
j) apoiar as Gerências Gerais e a Secretaria Executiva no XX - velar pela boa performance administrativa de seus
acompanhamento dos atestos e pagamentos aos servidores;
fornecedores; XXI - velar pela segurança da informação em matéria de
k) realizar a gestão do controle de ponto, afastamentos e sigilo e de integridade;
transferências dos servidores, terceirizados e estagiários XXII - velar pelo cumprimento da legislação de referência
que compõem a Secretaria Executiva; de seus serviços;
l) elaborar documentos; XXIII - analisar, instruir e solucionar os processos
m) administrar o prédio onde está instalada a Secretaria administrativos de sua competência.
Executiva.
CAPÍTULO V
V - Divisão de Inovações Pedagógicas em Tecnologias: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
a) coordenar o trabalho e equipe dos Laboratórios de
Ciência e Tecnologia da rede; Art. 35. As competências e atribuições definidas neste
b) acompanhar o processo de estruturação dos laboratórios, Regimento não restringem e nem afastam as definidas em
projeto de infraestrutura, mobiliário, equipamentos, leis específicas.
criação de identidade visual e adesivagem;
c) acompanhar os planejamentos e atividades realizadas nos
laboratórios. Art. 36. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na
aplicação do presente Regimento Interno serão
CAPÍTULO IV solucionados pelo Gabinete da Secretaria de Educação.
DAS COMPETÊNCIAS COMUNS

Art. 34. São atribuições comuns a todos os setores da


Secretaria de Educação, no que diz respeito ao seu âmbito
de atuação:

I - administrar seus recursos humanos e materiais;


II - criar, aprimorar, divulgar e manter atualizados os
indicadores de sua área;
III - elaborar relatórios gerenciais a respeito das matérias
de sua competência;
IV - coordenar, supervisionar e controlar suas atividades
administrativas;
V - controlar, aprimorar e coordenar os sistemas e os
procedimentos de sua área;
VI - proceder à avaliação periódica dos resultados do
trabalho;
VII - interagir com as demais áreas;
VIII - participar de estudos técnicos em conjunto com as
áreas afins e elaborar relatórios técnicos quando
requisitado, atendendo os prazos estabelecidos;
IX - divulgar informações de assuntos de sua competência
com outras áreas;
X - prestar e receber informações de forma eficiente,
atendendo os prazos estabelecidos;
XI - propor, elaborar e participar das medidas de
aperfeiçoamento estrutural;
XII - propor, elaborar e participar das alterações na
legislação municipal;
XIII - propor, elaborar e participar das minutas de atos
normativos e de instruções técnicas necessárias à sua
execução;
XIV - propor e participar de programas de capacitação e
desenvolvimento de recursos humanos;

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LEGISLAÇÃO

5. LEI Nº 14.728/85 - (Vide revogações - Lei Parágrafo Único. O ato de provimento, de que trata este
nº 16.730/2001) - REFORMULA O ESTATUTO artigo, deverá conter, necessariamente, as seguintes
DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO indicações, sob pena de nulidade e responsabilidade de
MUNICÍPIO DO RECIFE E DÁ OUTRAS quem der posse:
PROVIDÊNCIAS.
I - denominação do cargo vago e demais elementos de
O PREFEITO DA CIDADE DO RECIFE FAÇO identificação, o motivo da vacância e o nome do ex-
SABER QUE O PODER LEGISLATIVO DECRETOU ocupante se ocorrer a hipótese em que possam se
E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: atendidos estes últimos elementos;
II - nome completo do interessado e forma de
Art. 1º O Estatuto dos Funcionários Públicos do provimento.
Município do Recife passa a vigorar de acordo com o III - fundamento legal;
disposto no Anexo único, desta Lei, que dela constitui VI - indicação de que o exercício do cargo se fará
parte integrante e inseparável. cumulativamente com outro cargo municipal, quando for
o caso;
Art. 2º O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 60 V - caracterização da nomeação em caráter efetivo ou em
(sessenta) dias, a presente Lei. comissão.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Seção II


Do Concurso
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário,
especialmente a Lei nº 10.147, de 30 de julho de 1969. Art. 9º A primeira investidura em cargo de provimento
efetivo efetuar-se-á mediante concurso público de provas
Recife, 08 de março de 1985. ou de provas e títulos.

JOAQUIM FRANCISCO DE FREITAS CAVALCANTI Parágrafo Único. No concurso para provimento de cargo
Prefeito de nível universitário haverá, necessariamente, prova de
títulos.
ANEXO ÚNICO
Art. 10 A aprovação em concurso público não cria direito
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO à nomeação, mas esta, quando se der, respeitará a ordem
MUNICÍPIO DO RECIFE de classificação dos candidatos habilitados.

TITULO I § 1º Terá preferência para a nomeação, em caso de empate


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES na classificação, o candidato já pertencente ao serviço
público do Município e, havendo mais de um com este
Art. 1º Este Estatuto regula o regime jurídico- requisito, aquele que contar maior tempo de efetivo
administrativo dos funcionários públicos do Município do serviço prestado ao Município.
Recife.
§ 2º Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao
Art. 4º É vedado o exercício gratuito de cargos públicos. serviço público do Município, decidir-se-á em favor
daquele de maior idade civil.
Art. 5º Os cargos referentes a profissões regulamentadas
deverão ser providos exclusivamente satisfazer os Art. 11 Observar-se-ão, na realização dos concursos, sem
requisitos legais respectivos. prejuízo de outras exigências ou condições
regulamentares, as seguintes normas gerais:
Art. 6º É vedado ao funcionário encargos ou serviços
diferentes dos próprios do seu cargo e que como tais I - não se publicará edital para provimento de qualquer
sejam definidos em leis ou regulamentos. cargo enquanto vigorar o prazo de validade de concurso
anterior para o mesmo cargo, se ainda houver candidato
TITULO II aprovado e não convocado para a investidura;
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA II - independerá de limite de idade a inscrição de servidor
federal, estadual ou municipal, em concurso público do
CAPITULO I Município;
DO PROVIMENTO IV - os editais deverão conter as qualificações e requisitos
constantes das especificações dos cargos objeto do
Seção I concurso.
Das Disposições Gerais
V - é assegurado ao candidato aprovado, mediante
requerimento realizado antes da posse, o direito de ser
Art. 8º compete ao prefeito e ao presidente da câmara reclassificado para o final da lista de aprovados do
municipal, conforme o caso, prover, por ato específico, os concurso, observado o disposto nos §§ 2º e 3º deste
cargos, respeitadas das prescrições legais. artigo. (Redação acrescida pela Lei nº 19021/2022)

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LEGISLAÇÃO

§ 1º Não será aberto concurso para o preenchimento de Seção III


cargo público enquanto houver funcionário de igual Da Posse
categoria em disponibilidade. (Redação dada pela Lei
nº 19021/2022) Art. 16 Posse é a investidura em cargo público.

§ 2º Considera-se aprovado o candidato que atingiu a Parágrafo Único. Não haverá posse nos casos previstos
pontuação mínima exigida para tal no Edital do Concurso nos incisos II a VII do Art.7º.
e classificado o candidato aprovado com colocação dentre
as vagas previstas no certame. (Redação acrescida pela Lei Art. 17 Só poderá ser empossado em cargo público quem
nº 19021/2022) satisfizer aos seguintes requisitos, cumulativamente:

§ 3º A reclassificação prevista no inciso V deste artigo I - ser brasileiro nato ou naturalizado;


acarreta a perda do direito líquido e certo à nomeação, II - ter idade compreendida entre 18 (dezoito) anos
caso a quantidade de aprovados seja superior à quantidade completos e 55 (cinqüenta e cinco) incompletos,
de vagas previstas no Edital. (Redação acrescida pela Lei ressalvadas as disposições legais;
nº 19021/2022) III - estar em gozo dos direitos políticos e não possuir
antecedentes criminais;
Art. 12 Os órgãos e entidades da Administração Pública IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
Municipal, inclusive fundações instituídas ou mantidas V - ser julgado apto em exame de sanidade física e mental;
pelo Poder Público, proporcionarão aos portadores de IV - atender aos requisitos especiais para o desempenho
deficiência fisica e limitação sensorial condições especiais do cargo e possuir a habilitação legal exigida, quando for o
para participação em concurso de provas, teste de seleção caso.
ou outras formas de recrutamento de pessoal.
§ 1º A prova das condições a que se referem os incisos I,
Parágrafo Único. As condições especiais, de que trata este II, III e IV, deste Artigo, será dispensada nos casos de
Artigo, constarão obrigatoriamente do edital de concurso reintegração, reversão e readaptação, quando se tratar de
ou de outros atos de chamamento e serão concedidas a ocupante de cargo ou emprego público do Município.
requerimento do interessado, formulado quando da (Ver art 7º deste Estatuto).
inscrição, instruído com atestado médico que indique a
natureza e o grau de deficiência física e da limitação § 2º Quando se tratar de provimento de cargo em
sensorial. comissão, o limite máximo de idade previsto no item II,
deste Artigo, será de setenta (70) anos incompletos.
Art. 13 A deficiência física e a limitação sensorial não
constituirão impedimentos à posse e ao exercício de cargo Art. 18 No ato da posse, o candidato deverá declarar, por
ou função pública, salvo quando consideradas escrito, se é titular de outro cargo, função ou emprego
incompatíveis com a natureza das atividades a serem público ou privado.
desempenhadas.
Parágrafo Único. Se a hipótese for a de que sobrevenha
§ 1º A incompatibilidade a que se refere este Artigo será ou possa sobrevir acumulação proibida com a posse, esta
declarada por Junta Médica Especial, constituída por será sustada até que, respeitados os prazos do Art. 22, se
médicos especializados e por técnicos em educação comprove inexistir aquela.
especial da área correspondente à deficiência ou à
limitação diagnosticada. Art. 19 São competentes para dar posse:

§ 2º Da decisão da Junta Médica Especial não caberá I - na Prefeitura da Cidade do Recife:


recurso. a) o Prefeito, aos Secretários;
b) o Secretário de Administração, aos demais nomeados para
Art. 14 A deficiência física e a limitação sensorial não cargos de provimento em comissão;
servirão de fundamento à concessão de aposentadoria, c) o Diretor do órgão de Administração de Pessoal, aos
salvo se adquiridas posteriormente ao ingresso no serviço nomeados para cargos de provimento efetivo;
público, observadas as disposições legais pertinentes.
II - na Câmara Municipal do Recife:
Art. 15 O Município estimulará a criação e o a) o Presidente da Câmara, aos nomeados para cargos de
desenvolvimento de programa de reabilitação profissional provimento em comissão;
para os servidores portadores de deficiência física ou b) o Diretor do órgão de Administração de Pessoal, aos
limitação sensorial. nomeados para cargos de provimento efetivo.

Art. 20 O funcionário declarará, no ato da posse, os bens


e valores que constituem seu património.

Art. 21 A autoridade que der posse verificará, sob pena de


responsabilidade, se foram satisfeitos os requisitos legais
para a investidura.

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LEGISLAÇÃO

Art. 22. A posse deverá ocorrer em até 20 (vinte) dias, § 6º O término do prazo de estágio probatório, sem
contados da publicação do ato de nomeação. exoneração do funcionário, importa em reconhecimento
automático de sua estabilidade no serviço público do
§ 1º A critério da Administração, e mediante requerimento Município.
justificado do interessado ou interesse público, o prazo de
que trata o caput deste artigo poderá ser prorrogado para Art. 26. A É permitido ao servidor em estágio probatório:
ter início em até 40 (quarenta) dias.
I - exercer qualquer cargo em comissão ou função de
§ 2º Restará automaticamente sem efeito o ato de confiança nos órgãos e entidades da Administração Direta
nomeação se a posse não ocorrer no prazo legal. e Indireta do Município;
II - ser cedido a órgão ou entidade de qualquer dos
§ 3º É facultada a posse por procuração, quando o Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou
nomeado estiver ausente do Município e, em casos Municípios.
especiais, a juízo da autoridade competente.
§ 1º Fica suspensa a contagem do tempo de estágio
§ 4º Em hipóteses excepcionais e mediante justificativa probatório:
expressa da Administração Municipal, o prazo para posse
poderá ser reduzido para, no mínimo, 5 (cinco) dias úteis. I - na hipótese prevista no inciso II do caput desde artigo
(Redação dada pela Lei nº 19021/2022) e, no caso do inciso I, quando as atribuições exercidas não
guardarem pertinência com aquelas do seu cargo de
origem;
Seção IV II - na hipótese e durante o gozo da licença:
Do Estágio Probatório (vide Decreto nº 23.131/2007) a) por incapacidade temporária;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) por convocação para o serviço militar;
Art. 23 Estágio probatório é o período inicial de 2 (dois) d) para atividade política;
anos de efetivo exercício do funcionário nomeado por
concurso público, para cargo de provimento efetivo. III - no curso do afastamento:
a) para estudo ou missão no exterior;
Art. 24 Os requisitos a serem apurados no período de b) para desempenho de mandato eletivo;
estágio probatório são os seguintes: c) para desempenho de mandato classista.

I - idoneidade moral; IV - no curso do cumprimento de penalidade de


II - disciplina; suspensão.
III - pontualidade;
IV - assiduidade; § 2º O prazo de duração do Estágio Probatório será
V - eficiência. prorrogado pelo mesmo período do afastamento ou
licença, sendo retomado a partir do término do
Art. 25 O superior imediato do funcionário sujeito ao impedimento, de modo a permitir a avaliação de
estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes do término desempenho.
deste informará ao órgão de Administração de Pessoal
sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos § 3º (VETADO). (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
enumerados no Artigo anterior.
§ 4º Não haverá suspensão da contagem de tempo de
§ 1º À vista da informação referida neste Artigo, o órgão estágio probatório quando o servidor for lotado em
de Administração de Pessoal emitirá parecer conclusivo. qualquer órgão ou Entidade da Administração Direta ou
Indireta do Município do Recife, para exercer as
§ 2º Desse parecer, se contrário à permanência do atribuições do seu cargo, sem assumir cargo em comissão
funcionário, a este dar-se-á vista, pelo prazo de 10 (dez) ou função de confiança, devendo ser avaliado pelo órgão
dias, para apresentar defesa, por escrito. ou Entidade em que estiver lotado. (Redação acrescida
pela Lei nº 19060/2023)
§ 3º O parecer e a defesa, esta última se existente, serão
julgados pela autoridade competente, procedendo-se ou Seção V
não à exoneração do funcionário. Do Exercício

§ 4º A apuração dos requisitos de que trata o Art. 24 Art. 27 Exercício é o período de efetivo desempenho das
deverá processar-se em rito sumário, de modo que a atribuições de determinado cargo.
exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o
período de estágio probatório. Art. 28 O início, a interrupção e o reinicio do exercício
serão anotados no registro cadastral do funcionário.
§ 5º O superior imediato que deixar de prestar a
informação prevista neste Artigo cometerá infração Parágrafo Único. O início do exercício e as alterações que
disciplinar, ficando sujeito à penalidade prevista no artigo neste ocorrerem serão comunicadas, pelo titular do órgão
196, deste Estatuto. em que estiver lotado o funcionário, ao órgão de

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LEGISLAÇÃO

Administração de Pessoal. afastado do exercício do cargo até sentença final transitada


em julgado.

Art. 29 Ao titular do órgão para onde for designado o Seção VI


funcionário compete dar-lhe exercício. Das Garantias

Art. 30. O exercício do cargo se dará no prazo de até 15 Art. 37 O nomeado para cargo cujo exercício exija
(quinze) dias, contados da data da posse. prestação de garantia terá assegurado, pelo Município, o
desconto do valor do prêmio de seguro de fidelidade
§ 1º Mediante requerimento do interessado ou, havendo funcional, que poderá ser mantido pela própria
interesse público, e sempre a critério da Administração administração, ou ajustado com entidade autorizada.
Municipal, o prazo estabelecido no caput deste artigo
poderá ser prorrogado por até 15 (quinze) dias. Art. 38 O responsável por alcance ou desvio de material
não ficará isento da ação administrativa ou criminal que
§ 2º Em hipóteses excepcionais e mediante justificativa couber, ainda que o valor da garantia seja superior ao
expressa da Administração Municipal, o prazo para prejuízo verificado.
exercício poderá ser reduzido para, no mínimo, 3 (três)
dias úteis. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022) Art. 39 Serão periodicamente discriminados, por decreto,
os cargos sujeitos à prestação de garantia e determinadas
Art. 31 O funcionário só poderá ter exercício no órgão as importâncias, para cada caso, revistos e atualizados os
para o qual foi designado. valores sempre que houver a elevação dos vencimentos
desses cargos.
§ 1º Atendida sempre a conveniência do serviço, a
Administração poderá alterar a lotação do funcionário ex- Seção VII
oficio ou a pedido, observada a legislação em vigor. Da Substituição

§ 2º A inobservância do disposto neste Artigo acarretará Art. 40 A substituição dependerá sempre de ato da
sanções para o funcionário e a direção ou chefia Administração.
responsável.
§ 1º O substituto perceberá a diferença entre o seu
Art. 32. O servidor não poderá se afastar para estudo ou vencimento e o do substituído, a partir do primeiro dia de
missão de qualquer natureza, com ou sem vencimento, substituição.
sem prévia autorização ou designação pelo Prefeito ou
pelo Presidente da Câmara Municipal, conforme o caso. § 2º Mesmo que não seja prevista a substituição, poderá
(Redação dada pela Lei nº 18964/2022) esta ocorrer, mediante ato da autoridade competente,
provadas a necessidade e a conveniência do serviço.
Art. 33. O servidor estável, autorizado a se afastar para
estudo ou aperfeiçoamento, com ônus para os cofres § 3º Atendido o interesse da Administração, o titular de
municipais, ficará obrigado, após a conclusão do estudo cargo de direção ou chefia poderá ser designado para
ou aperfeiçoamento, a prestar serviço ao Município pelo responder cumulativamente, por outro cargo da mesma
menos por mais 2 (dois) anos, na forma prevista neste natureza, até que se verifique a nomeação do respectivo
Estatuto. (Redação dada pela Lei nº 18964/2022) titular, e, nesse caso, perceberá o vencimento
correspondente ao cargo de maior hierarquia.
Art. 34 O funcionário, mediante sua concordância por
escrito, poderá ser colocado à disposição de qualquer Art. 41 A reassunção do cargo, pelo seu titular, faz cessar,
outro órgão da União, do Distrito Federal, dos Estados, de pronto, os efeitos da substituição.
de Territórios, de Municípios e de suas entidades de
administração indireta e fundações, com ou sem ônus para
o Município. CAPITULO II
DA VACÂNCIA
Art. 35 O número de dias que o funcionário afastado do
Município, nos termos do Artigo anterior, gastar em Art. 70 A vacância do cargo decorrerá de:
viagem para reassumir o exercício, será considerado, para
todos os efeitos, como de efetivo exercício. I - exoneração;
II - demissão;
Parágrafo Único. O prazo a que se refere este Artigo não IV - ascensão funcional;
poderá ser superior a 7 (sete) dias, contados a partir da V - aposentadoria;
dispensa ou exoneração, nesta última hipótese em se VI - readaptação;
tratando de cargo em comissão. VII - falecimento.

Art. 36 O funcionário preso preventivamente ou em Art. 71 Dar-se-á a exoneração:


flagrante, pronunciado por crime comum ou denunciado
por crime funcional, ou, ainda, condenado por crime I - a pedido;
inafiançável em processo no qual não haja pronúncia, será II - ex-officio:

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LEGISLAÇÃO

a) quando se tratar de provimento de cargo em comissão; IV - as horas extraordinárias convertidas em dias na forma
b) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; deste Estatuto;
c) quando o funcionário não assumir o exercício do cargo no V - período prestado a entidade de direito privado, ou na
prazo legal. qualidade de autônomo, devidamente comprovado pela
previdência social mediante certidão.
Art. 72 A vaga ocorrerá na data: VI - as férias não gozadas, contadas em dobro.

I - imediata à do falecimento; Parágrafo Único. O tempo de serviço não prestado ao


II - imediata àquela em que o funcionário completar 70 Município somente será computado à vista de certidão
(setenta) anos de idade; passada pelo órgão competente.
III - da publicação do ato que aposentar, demitir,
exonerar, readaptar ou conceder progressão ou ascensão Art. 78 É vedada a soma de tempo de serviço
funcionais; simultaneamente prestado. (Ver § 10 do Art. 40 da
IV - em que transitar em julgado a sentença que anule o Constituição Federal/88, com a Redação dada pela
provimento ou declare a perda do cargo. Emenda Constitucional nº 20/98).

TÍTULO III CAPÍTULO III


DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DA ESTABILIDADE

CAPÍTULO II Art. 79 O funcionário ocupante de cargo de provimento


DO TEMPO DE SERVIÇO efetivo somente adquire estabilidade após 2 (dois) anos de
efetivo exercício prestado exclusivamente ao Município.
Art. 75 O tempo de serviço computar-se-á em dias, meses
e anos, considerado o ano como de 365 dias. (Redação § 1º A estabilidade diz respeito ao serviço público e não
dada pela Lei nº 16.052/1995) ao cargo.

Art. 76 Será considerado como efetivo exercício o § 2º O disposto neste Artigo não se aplica, em qualquer
afastamento em virtude de: hipótese, aos cargos de provimento em comissão.

I - férias; Art. 80 O funcionário estável somente poderá ser


II - casamento; demitido em virtude de sentença judicial transitada em
III - luto; julgado ou mediante processo administrativo em que lhe
IV - licença por acidente em serviço ou doença tenham sido assegurados amplos meios de defesa.
profissional;
V - moléstia comprovada que, a critério da Junta Médica CAPÍTULO IV
Municipal, impeça o comparecimento ao serviço até o DA DISPONIBILIDADE
limite de dois (2) anos;
VI - licença à funcionária gestante; Art. 81 Declarada a desnecessidade do cargo, este será
VII - Serviço Militar; extinto e o funcionário estável posto em disponibilidade,
VIII - júri e outros serviços obrigatórios por lei; com retribuição pecuniária proporcional ao seu tempo de
IX - missão oficial ou estudo, quando o afastamento serviço.
houver sido autorizado pela Administração, exercício em
outro cargo, inclusive de provimento em comissão ou § 1º A extinção do cargo será feita por Lei.
emprego, em órgão da União, dos Estados, dos
Municípios e dos Territórios e respectivas administrações § 2º A retribuição pecuniária, mencionada neste Artigo,
indiretas e fundações mantidas pelo Poder Público; devida ao funcionário posto em disponibilidade, será
XI - licença-prêmio; calculada na razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por
XII - desempenho de comissões ou funções previstas em ano de serviço, se do sexo masculino, ou 1/30 (um trinta
Lei ou regulamento; avos), se do sexo feminino, acrescida do salário-família
XIII - desempenho de mandato eletivo da União, dos integral e do adicional por tempo de serviço a que fizer jus
Estados, dos Municípios e dos Territórios; o servidor, na data da disponibilidade.
XIV - expressa determinação legal;
XV - faltas abonadas; § 3º A retribuição pecuniária será calculada na razão de
1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, se do sexo
Art. 77 Para efeito de aposentadoria ou disponibilidade, masculino, e 1/25 (um vinte e cinco avos), se do sexo
computar-se-á integralmente: feminino, para os integrantes do Magistério Municipal, e
de 1/25 (um vinte e cinco avos) para os ex-combatentes,
I - tempo de serviço previsto na forma do Artigo anterior; acrescida do salário-família integral e do adicional por
II - tempo em que o funcionário esteve em tempo de serviço a que fizer jus o servidor, na data da
disponibilidade; disponibilidade.
III - período de trabalho prestado a instituição de caráter
privado que tiver sido transformada em órgão da
administração direta, indireta ou fundação mantida pelo
Poder Público;

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LEGISLAÇÃO

CAPITULO V deste artigo, se vier a ser exonerado a pedido, ou


DA APOSENTADORIA demitido, devolverá aos cofres do Tesouro Municipal as
parcelas que excederem a proporção do tempo
Art. 86 aposentar-se-á com proventos calculados na base efetivamente trabalhado. (Redação dada pela Lei
do vencimento de cargo em comissão que exerce o nº 16.938/2003)
funcionário efetivo que:
Art. 91 É vedada a acumulação de férias, salvo por
I - à data da aposentadoria venha, ininterruptamente imperiosa necessidade do serviço, até o máximo de dois
desempenhando o mesmo cargo comissionado há mais de (2) períodos, atestada, de ofício, pelo chefe do serviço do
5 (cinco) anos; órgão em que estiver lotado o funcionário.
II - à data da aposentadoria esteja desempenhado cargo
em comissão e que, antes haja desempenhado cargos Art. 92 O gozo de férias não será interrompido por
comissionados por mais de 8 (oito) anos, consecutivo ou motivo de progressão ou ascensão funcionais.
não.
Art. 92-A Mediante requerimento do servidor, a
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica aos Administração poderá autorizar que as férias sejam
casos em que o funcionário haja optado pelo vencimento gozadas em até 3 (três) períodos de, no mínimo, 5 (cinco)
do cargo efetivo. dias cada. (Redação acrescida pela Lei nº 19021/2022)

Art. 87 Computar-se-á, no calculo dos proventos, o valor Art. 92-B As regras e procedimentos a serem adotados
de gratificações que o funcionário, ao aposentar-se, vier para a concessão, indenização, parcelamento e pagamento
percebendo há mais de dois (dois) anos, sem interrupção. da remuneração de férias do servidor público da
Administração Pública Municipal Direta, Autárquica e
§ 1º Excetua-se do disposto neste Artigo a gratificação de Fundacional do Poder Executivo do Município serão
Natal, percebida anualmente. regulamentadas em Decreto. (Redação acrescida pela Lei
nº 19021/2022)

§ 2º Dispensar-se-á o período carencial, de que trata este CAPÍTULO VII


Artigo, quando o funcionário se aposentar por invalidez DAS LICENÇAS
definitiva.
Seção I
CAPÍTULO VI Disposições Gerais
DAS FÉRIAS

Art. 88 O funcionário gozará trinta (30) dias consecutivos Art. 95 Conceder-se-á licença:
de férias, por ano.
I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
Art. 89 O órgão de Administração de Pessoal fixará, III - à gestante, para repouso;
anualmente, a escala geral de férias, a vigorar no exercício IV - para serviço militar,
seguinte. V - para acompanhar o cônjuge, funcionário público civil
ou militar;
Parágrafo Único. Excepcionalmente, a critério da VI - para trato de interesses particulares;
administração, a escala geral de férias poderá ser alterada, VII - prêmio.
para atender a necessidades eventuais de serviço.
Parágrafo Único. O conceito de companheiro ou
Art. 90 O funcionário adquire direito a férias após cada companheira equipara-se ao para os efeitos deste artigo.
doze (12) meses de efetivo exercício, com direito ao
vencimento e a todas as vantagens do cargo que estiver Art. 96 São competentes para conceder licença:
ocupando.
I - para trato de interesses particulares, o Prefeito e o
§ 1º Ao servidor integrante do Grupo Ocupacional Presidente da Câmara Municipal, conforme o caso;
Magistério que, por ocasião das férias escolares coletivas, II - nos demais casos, o órgão competente da
ainda não haja completado o período aquisitivo, permitir- Administração.
se-á, naquela oportunidade, o seu gozo antecipado.
(Redação acrescida pela Lei nº 16.831/2002) Art. 97 Expirada a licença, o funcionário reassumirá o
exercício, no primeiro dia útil subseqüente, ressalvado o
§ 2º Na hipótese de que trata o parágrafo anterior, o disposto no Artigo 98, deste Estatuto.
servidor poderá perceber antecipação da gratificação
natalina na forma estabelecida em norma especifica. Art. 98 A licença poderá ser prorrogada, ex-officio ou a
(Redação dada pela Lei nº 16.938/2003) pedido.
Parágrafo Único. O pedido deverá ser apresentado por
§ 3º O Servidor que perceber o adicional de férias e /ou a escrito e até oito (08) dias antes do término do prazo de
gratificação natalina na forma dos parágrafos anteriores licença, e, se indeferido, contar-se-á, como de licença, o

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LEGISLAÇÃO

período compreendido entre a data do término e a do concessão da licença. (Redação dada pela Lei
conhecimento oficial do despacho. nº 19021/2022)

Art. 99 As licenças de que tratam os incisos I, II e III, do Seção III


Artigo 95, dependerão de inspeção realizada por Junta Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família
composta de, pelo menos, três (3) médicos do órgão
competente do Município. rt. 107. Poderá ser concedida licença ao servidor por
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,
Parágrafo Único. A licença dependente de inspeção dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
médica, na forma deste Artigo, será concedida pelo prazo dependente que viva a suas expensas e conste do seu
indicado no laudo. assentamento funcional, mediante comprovação por
perícia médica oficial.
Seção II
Da Licença Para Tratamento de Saúde § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta
do servidor for indispensável e não puder ser prestada
Art. 100 A licença para tratamento de saúde poderá ser simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
concedida a pedido ou ex-officio, dependendo de compensação de horário, na forma do disposto no inciso
inspeção médica, que deverá se realizar, sempre que II do art. 130.
necessário, onde o funcionário se encontrar.
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as
Parágrafo único. A licença deverá ser requerida no prazo prorrogações, poderá ser concedida a cada período de 48
de até 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da primeira (quarenta e oito) meses, por até 12 (doze) meses,
falta ao serviço. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022) consecutivos ou não, mantido o vencimento e vantagens
inerentes do cargo:
Art. 101 Na hipótese do funcionário se encontrar em
outro Município ou unidade da Federação, deverá instruir § 3º O início do interstício de 48 (quarenta e oito) meses
seu pedido de licença com laudo fornecido pelo órgão será contado a partir da data do deferimento da primeira
médico oficial respectivo. licença concedida. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)

Art. 102. O servidor não poderá permanecer em licença Art. 108 Em nenhuma hipótese poderá ser prorrogada a
para tratamento de saúde devido à mesma doença, ou a licença de que cogita o Artigo anterior.
doença a ela correlacionada, por período superior a 12
(doze) meses, consecutivos ou não, exceto nos casos
considerados recuperáveis, hipótese em que, mediante Seção IV
nova inspeção médica, a licença poderá, Da Licença à Gestante
excepcionalmente, ser prorrogada uma única vez, por
igual período. Art. 111 Para amamentar o próprio filho, até 6 (seis) meses
de idade, a funcionária terá direito, durante o expediente, a
Parágrafo único. Expirados os prazos previstos neste um descanso especial de 1 (uma) hora.
artigo, o servidor que não se recuperar será submetido a
nova inspeção e, quando não for possível a readaptação,
deve ser aposentado por incapacidade permanente para o Seção V
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022) Da Licença Para Serviço Militar

Art. 103 O funcionário, no curso da licença, poderá ser Art. 112 Ao funcionário convocado para o serviço militar
examinado, a requerimento ou ex-officio, ficando obrigatório e para outros encargos da segurança nacional,
obrigado a reassumir seu cargo, no primeiro dia útil será concedida licença com prazo e remuneração previstos
subseqüente, se for considerado apto para o trabalho, sob em legislação própria.
pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
§ 1º A licença será concedida à vista do documento oficial
Art. 104 Observar-se-á, no processamento da licença para que comprove a convocação.
tratamento de saúde, o devido sigilo sobre o diagnóstico.
§ 2º Descontar-se-á dos vencimentos a importância que o
Art. 105 O funcionário, no curso da licença para funcionário perceba na qualidade de incorporado, na
tratamento de saúde, abster-se-á de exercer qualquer forma regulamentada em legislação própria.
atividade remunerada, sob pena de cassação imediata da
licença, com perda total do vencimento e vantagens § 3º Ao funcionário é facultado optar pelo estipêndio
correspondentes ao período já gozado, até que reassuma o como militar.
exercício do cargo, sem prejuízo de outras penalidades
previstas neste Estatuto. Art. 113 Conceder-se-á ao funcionário desincorporado
prazo não superior a trinta (30) dias para reassumir o
Art. 106. O servidor, no curso da licença para tratamento exercício do seu cargo, sem prejuízo dos vencimentos.
de saúde, perceberá integralmente o vencimento e
vantagens inerentes do cargo que exercia à data da

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LEGISLAÇÃO

Art. 114 Ao funcionário, oficial ou aspirante a oficial da aquisitivo, ressalvado o direito conferido no § 2º do Art.
reserva, aplicar-se-ão as disposições dos Artigos 112 e 124 deste Estatuto. (Vide prorrogação dada pela Lei
113, deste Estatuto, durante os estágios previstos pela nº 18964/2022)
legislação militar.
§ 2º A licença-prêmio poderá, a requerimento do
Seção VI interessado, ser gozada em até 3 (três) períodos,
Da Licença Para Acompanhar o Cônjuge respeitados o disposto no parágrafo anterior. (Redação
dada pela Lei nº 15.054/1988)
Art. 115 Ao funcionário estável, independentemente do
sexo, será concedida licença sem vencimento para Art. 121 Para obtenção do primeiro qüinqüênio de licença
acompanhar o cônjuge, funcionário público civil ou premio computar-se-á o tempo de serviço
militar, ou servidor da administração pública direta ou ininterruptamente prestado, anteriormente à nomeação
indireta e fundações, designado, ex-officio, para servir fora efetiva, à administração direta, autarquias ou fundações do
do Município. município na qualidade de contratado sob o (...) CLT.
(Redação dada pela Lei nº 15.521/1991)
§ 1º A licença dependerá de requerimento, instruído com
documento que comprove a designação, renovável de dois Art. 122 A licença-prêmio não será concedida se houver o
(2) em dois (2) anos, até o limite máximo de quatro (4) funcionário no qüinqüênio correspondente:
anos.
I - sofrido qualquer pena disciplinar resultante de
§ 2º Assegurar-se-á, nas mesmas condições deste Artigo, inquérito administrativo, salvo se ocorrer prescrição;
licença a qualquer dos cônjuges, quando o outro exercer II - faltado ao serviço, sem justificativa, em períodos de
mandato eletivo fora do Município. tempo que, somados, atinjam mais de trinta (30) dias, III
gozado licença para trato de interesses particulares.
Seção VII
Da Licença Para Trato de Interesses Particulares Parágrafo Único. Verificando-se qualquer das hipóteses
previstas neste Artigo, será iniciada a contagem de novo
Art. 116 O funcionário estável poderá obter licença sem qüinqüênio de efetivo serviço, a partir:
vencimento, a critério da Administração, para trato de a) do dia em que o funcionário reassumiu o exercício, após
interesses particulares, pelo prazo máximo de quatro (4) cumprir a penalidade imposta, ou conclusão ou
anos. interrupção voluntária do prazo de duração de licença, no
caso dos incisos I e III, respectivamente;
Parágrafo Único. O interessado aguardará, em exercício, a b) do dia imediato ao da última falta ao serviço, a que se
concessão da licença. refere o inciso II, deste Parágrafo.

Art. 117 Ao funcionário somente poderá ser concedida CAPÍTULO VIII


uma única vez nova licença para trato de interesses DO VENCIMENTO E DAS VANTAGENS
particulares, depois de decorridos dois (2) anos do
término da anterior. Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 118 O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir
da licença. Art. 125 Além dos vencimentos, somente poderão ser
concedidas as seguintes vantagens:
Art. 119 Quando o interesse do serviço o exigir, a licença
poderá ser cassada, a qualquer tempo, a critério exclusivo I - diárias;
da Administração. II - salário-família;
III - gratificações;
Parágrafo Único. Cassada a licença, o funcionário terá o IV - adicional por tempo de serviço.
prazo de trinta (30) dias para reassumir o exercício,
contados a partir da expedição oficial do ato respectivo.
Seção II
Seção VIII Do Vencimento
Da Licença Prêmio
Art. 128 Vencimento é a retribuição pecuniária básica,
Art. 120 O funcionário, após cada 5 (cinco) anos de mensal, devida ao funcionário pelo efetivo exercício de
efetivo exercício prestado exclusivamente ao Município, cargo em comissão ou efetivo, correspondente a uma
adquire direito a 3 (três) meses de licença prêmio referência na Tabela de Retribuição de Cargos
assegurada a percepção integral de vencimento e Comissionados - TRP e Tabela de Retribuição Pecuniária
vantagens do cargo que estiver ocupando na data em que Básica - TRPB, respectivamente. (Redação dada pela Lei
entrar em gozo deste benefício. nº 15.342/1990)

§ 1º Decairá do direito à licença-prêmio, o funcionária que § 1º O servidor do Município do Recife, nomeado para
deixar de exercitá-lo no decurso do qüinqüênio cargo em comissão, perceberá, além da remuneração do
imediatamente posterior ao termo final do período seu cargo efetivo ou emprego público, o valor integral do

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símbolo do cargo em comissão exercido. (Redação dada § 3º As notificações para os fins do presente artigo devem
pela Lei nº 15.194/1989) (Parágrafo Único transformado observar, no que couber, o disposto no art. 2º, §§ 2º, 3º,
em § 1º pela Lei nº 17.108/2005) 4º, 5º e 6º, da Lei Municipal nº 18.352, de 19 de julho de
2017, e alterações supervenientes.
§ 2º Os servidores do Município ou de outro ente
federado que o tenha colocado à disposição do Município § 4º No prazo estipulado para pagamento, poderá ser
do Recife e que, nessa condição, venha a ocupar o cargo apresentada defesa, que será julgada por comissão
de Secretário Municipal, poderá optar pelo subsídio desse instituída pelo órgão central da Administração de Pessoa,
cargo ou pela remuneração do cargo ocupado na origem, no prazo de até 30 (trinta) dias, cabendo recurso.
com direito, nesse caso, a perceber uma verba de
representação no valor correspondente a 80% (oitenta por § 5º O recurso de que trata o §4º será direcionado ao
cento) do valor do subsídio do cargo político ocupado. dirigente máximo do órgão central de Administração de
(Redação dada pela Lei nº 17.933/2013) Pessoal ou, conforme o caso, ao Diretor-Presidente da
entidade gestora do Regime Próprio de Previdência, e será
Art. 129 O funcionário perderá o vencimento do cargo julgado em até 30 (trinta) dias, podendo ser submetida a
efetivo quando no exercício de mandato eletivo matéria à Procuradoria-Geral do Município.
remunerado, obedecido o disposto em legislação federal.
§ 6º Durante o prazo para apresentação de defesa ou
Art. 130 O funcionário perderá: recurso e para pagamento, bem como no prazo legal para
julgamento administrativo, necessários à constituição
I - o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, definitiva do crédito, não correrá prescrição.
salvo motivo justificado ou moléstia comprovada,
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos § 7º A decisão administrativa transitará em julgado em 30
atrasos, ausências injustificadas, e saídas antecipadas, salvo (trinta) dias corridos após a notificação do interessado,
na hipótese de compensação de horário, até o mês quando não for apresentada defesa ou recurso
subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela administrativo, devendo ser encaminhado o processo
chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022) administrativo para desconto em folha, nos termos desse
artigo.
Art. 131 Nenhum funcionário, ativo ou inativo, poderá
perceber vencimento ou proventos inferiores ao salário- § 8º Em caso de não ser efetuado o desconto do indébito
mínimo em vigor no Município. em folha no prazo estabelecido, o valor devido atualizado
será inscrito em dívida ativa pelo órgão central de
Art. 132. Poderão ser abonadas, pela chefia imediata do Administração de Pessoal ou, conforme o caso, pela
servidor, até 3 (três) faltas, durante o mês, por motivo de entidade gestora do Regime Próprio de Previdência.
doença, comprovada mediante atestado médico, ou
odontológico, sem necessidade de análise pela perícia § 9º A dívida ativa regularmente inscrita goza da
médica. presunção de certeza e liquidez, competindo à
Procuradoria-Geral do Município a cobrança judicial da
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, o servidor deverá dívida inscrita nos termos deste artigo.
apresentar o atestado médico ou odontológico em até 3
(três) dias úteis, a contar, inclusive, do dia da primeira falta § 10 As reposições e indenizações ao erário serão
ao serviço. atualizadas monetariamente pelos mesmos índices
utilizados para atualização das receitas tributárias do
§ 2º Na hipótese de faltas por motivo de força maior, cabe Município.
ao órgão central de Administração de Pessoa realizar o
abono, ouvido o órgão de origem do servidor. (Redação § 11 Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
dada pela Lei nº 19021/2022) cumprimento de decisão liminar, tutela provisória ou
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão
Art. 133. As reposições e indenizações ao erário serão eles atualizados até a data da reposição.
previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado
ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de § 12 Nos casos tratados por este artigo, envolvendo
30 (trinta) dias, mediante desconto em folha de direitos patrimoniais disponíveis, poderão ser utilizados os
pagamento, podendo ser parceladas, a pedido do meios legais alternativos de prevenção e resolução de
interessado. controvérsias, devendo ser ouvida previamente a
Procuradoria-Geral do Município.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior a 10%
(dez por cento) e superior a 30% da remuneração, § 13 Em se tratando de servidor demitido, exonerado,
provento ou pensão. desligado, que teve sua aposentadoria cassada, ou outra
forma em que não seja possível a aplicação do desconto
§ 2º Ocorrendo o pagamento indevido no mês anterior ao em folha, o devedor ou responsável será notificado para,
do processamento da folha, a reposição será feita de no prazo de 30 (trinta) dias, quitar o débito com o erário,
imediato, em uma única parcela, sem prejuízo da devida ou apresentar defesa nos termos deste artigo, sob pena de
notificação. inscrição em dívida ativa, nos termos deste artigo.

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LEGISLAÇÃO

§ 14 Na hipótese do §13, mediante requerimento do artigo 76 desta Lei.


interessado, poderá ser realizado parcelamento nos
mesmos prazos estabelecidos para as receitas tributárias Art. 147 Gratificação de função é a retribuição pecuniária
do Município. mensal pelo desempenho de encargos adicionais,
representados pela execução de tarefas específicas
§ 15 O pagamento do indébito de que tratam os §§13 e 14 determinada pela administração.
será realizado através de Documento de Arrecadação
Municipal - DAM. Art. 148 A gratificação de serviço extraordinário poderá
ser:
§ 16 As restituições e indenizações devidas ao servidor
serão atualizadas na mesma data e pelos mesmos índices I - paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado;
utilizados para atualização das receitas tributárias do II - arbitrada previamento, pela administração, se não
Município. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022) puder ser aferida por unidade de tempo.

Art. 134 Não se admitirá vinculação ou equiparação, de § 1º na hipótese prevista no inciso I, a gratificação não
qualquer natureza, para efeito de vencimento dos poder exceder, no mês, a cinquenta (50) horas de trabalho.
funcionários do serviço público municipal.
§ 2º na hipótese prevista no inciso II, a gratificação não
Seção III poderá exceder a dois (2/3) do vencimento mensal do
Das Diárias funcionário.

Art. 135 Ao funcionário que se deslocar do Município, em Art. 149 O valor-hora, para efeito de pagamento da
objeto de serviço, conceder-se-ão diárias, a título de gratificação de serviço extraordinário, será obtido
indenização das despesas de viagem, assim compreendidas dividindo-se o vencimento mensal do funcionário:
as de alimentação e pousada.
I - pelo fator cento e quarenta (140), quando se tratar de
§ 1º A critério da Administração, poder-se-á aplicar o trabalho diurno;
disposto neste Artigo aos casos em que o funcionário se II - pelo fator cento e dez (110), quando se tratar de
deslocar em razão de curso ou estágio correlato com as trabalho noturno;
atribuições do respectivo cargo. III - pelo fator noventa (90), quando se tratar de trabalho
de funcionário ocupante de cargo que exija formação de
§ 2º As importâncias correspondentes às diárias serão nível universitário.
pagas antecipadamente ao funcionário.
Art. 150 A gratificação de representação será atribuída a
Art. 136 O arbitramento das diárias será estabelecido em Secretários, Chefes de Gabinete, Diretores de Diretoria,
regulamentação específica, considerados o local, a Diretores de Departamento e Assessores do Poder
natureza, as condições do serviço e o cargo do Executivo, e a titulares de órgãos equivalentes, da Câmara
funcionário. Municipal.

Art. 137 O funcionário que se deslocar do Município, na Parágrafo Único. A gratificação de representação poderá
forma do Artigo 135, fará jus, além das diárias, ao ser também atribuída a funcionários com exercício nos
pagamento das despesas correspondentes ao transporte, Gabinetes dos titulares dos órgãos mencionados neste
na forma da regulamentação no artigo anterior. Artigo, a critério da Administração.

Seção V Art. 151 Conceder-se-á a gratificação decorrente de


Das Gratificações atividades insalubres quando o servidor exercer,
efetivamente, atividades em locais ou em circunstâncias
Art. 146 Conceder-se-á gratificação: que tragam risco de vida ou saúde, observadas as
disposições da Lei Federal que disciplinam a matéria,
IV - de risco de vida e saúde; aferido mediante laudo pericial emitido por médico ou
VI - pela participação, como integrante ou auxiliar, em engenheiro do trabalho do Serviço de Segurança e Higiene
comissão em grupo especial de tabalho, em grupo de do Trabalho, da Secretaria de Administração. (Vide Leis
pesquisas, de apoio ou de assessoramento técnico e em nº 18.592/2019 e nº 19.060/2023)
órgão de deliberação coletiva; (Vide Leis nº 14.931/1986,
nº 15.054/1988 e nº 19060/2023) § 1º A gratificação de que trata o "caput" deste artigo será
VII - de produtividade; atribuída nos percentuais abaixo discriminados, calculados
VIII - de monitoragem, em curso especiais ou de sobre o vencimento do cargo efetivo:
treinamento a servidores municipais;
IX - para diferença de caixa; (Revogado pela Lei I - A partir de 1º de Novembro de 2014:
nº 15.054/1988) a) grau de insalubridade mínimo - R$ 72,40 (setenta e dois
X - de Natal; reais e quarenta centavos);
b) grau de insalubridade médio - R$ 144,80 (cento e quarenta
Parágrafo Único. não acarretará a perda da gratificação o e quatro reais e oitenta centavos);
afastamento do servidor municipal nos casos previstos no

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LEGISLAÇÃO

c) grau de insalubridade máximo - R$ 289,60 (duzentos e integral com dedicação exclusiva, é proibido exercer outro
oitenta e nove reais e sessenta centavos). (Redação dada cargo, função, profissão ou emprego, público ou
pela Lei nº 18.037/2014) particular.

II - A partir de 1º de Janeiro de 2015: § 3º Excluem-se das limitações referidas no Parágrafo


a) grau de insalubridade mínimo - R$ 77,98 (setenta e sete anterior as seguintes atividades, desde que não
reais e noventa e oito centavos); prejudiquem o exercício regular do cargo:
b) grau de insalubridade médio - R$ 155,96 (cento e a) as que se destinem à difusão de idéias e conhecimentos
cinquenta e cinco reais e noventa e seis centavos); técnicos, sem vinculação empregatícia;
c) grau de insalubridade máximo - R$ 311,92 (trezentos e b) a elaboração de pareceres científicos e de resposta a
onze reais e noventa e dois centavos). (Redação dada pela consultas sobre assuntos especializados;
Lei nº 18.037/2014) c) o exercício em órgão de deliberação coletiva, quando
resultar de indicação do governo federal, estadual ou
§ 2º A gratificação pelo exercício de atividades insalubres municipal, ou de eleição pela respectiva categoria
será concedida por Resolução da Comissão Executiva aos funcional;
funcionários que exercerem essas atividades no âmbito da d) a participação em comissão examinadora de concurso;
Câmara Municipal do Recife, devendo fazer parte e) o exercício de atividades docente, quando haja
integrante o respectivo laudo pericial. compatibilidade de horário e correlação com o cargo de
funcionário.
§ 3º Os efeitos financeiros decorrentes da gratificação de
que trata o "caput" deste artigo retroagirão à data dos § 4º Fica assegurada a estabilidade financeira, quanto a
respectivos requerimentos. gratificações, de qualquer natureza, percebidas
ininterruptamente há oito (8) anos pelo funcionário.
§ 4º O direito à gratificação de insalubridade cessa com a
eliminação ou neutralização das condições ou dos riscos Art. 153 A gratificação pela participação, como integrante
que deram causa à sua concessão. ou auxiliar, em comissão, em grupo especial de trabalho,
em grupo de pesquisa, de apoio ou de assessoramento
§ 5º Haverá permanente controle da atividade de técnico e em órgão de deliberação coletiva é a vantagem
servidores em operações em locais considerados contingente e acessória do vencimento, atribuída por
insalubres. tempo certo e na forma disposta em regulamentação.

§ 6º A servidora gestante ou lactante será afastada, Art. 154 A gratificação de produtividade destina-se a
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e estimular as atividades de tributação, arrecadação e
locais previstos no parágrafo anterior, exercendo suas fiscalização fazendária, na forma prevista em sua
atividades em local salubre. regulamentação.

§ 7º Os locais de trabalho e os servidores que operam com Art. 155 A gratificação de monitoragem em cursos
Raio X ou substâncias radioativas serão mantidos sob especiais ou de treinamento a servidores municipais será
controle permanente, de modo que as doses de radiação concedida, por tempo determinado a funcionário, desde
ionizante não ultrapassem o nível previsto na legislação que esta atividade não seja inerente ao exercício do seu
própria. cargo.

§ 8º Os servidores a que se refere o parágrafo anterior Art. 156 A gratificação para diferença de caixa, no valor
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. mensal de até 20% vinte por cento) do respectivo
(Redação dada pela Lei nº 15.076/1988 por arrastamento vencimento, será atribuída ao funcionário que pagar ou
da Lei nº 15.620/1992 ) receber em moeda corrente, como decorrência de suas
atribuições.
Art. 152 A gratificação de regime especial de trabalho, que
compreende a prestação de serviço em tempo Art. 157 Os servidores do município, inclusive os
complementar, tempo integral ou em tempo integral com ocupantes de cargo de provimento em comissão, os
dedicação exclusiva, é a retribuição pecuniária mensal inativos, pensionistas e beneficiários, perceberão uma
destinada a incrementar o funcionamento dos órgãos da Gratificação de Natal, correspondente a um doze (1/12)
Administração e se destina a cargos que, por natureza, avos do vencimento e vantagens por mês de serviços
exijam o desempenho de atividades técnicas, científicas ou prestado durante o respectivo exercício.
de pesquisa, bem como aos de direção, chefia,
assessoramento e fiscalização. § 1º A gratificação natalina será paga considerando os
valores das tabelas de vencimento básico e gratificações
§ 1º A gratificação prevista neste Artigo poderá ser vigentes no mês de dezembro de cada ano.
concedida a outros funcionários, em casos especiais e por
prazo determinado, a critério exclusivo da Administração § 2º Cada parcela remuneratória recebida durante o
e na forma prevista em sua regulamentação. exercício integrará a gratificação natalina na proporção de
um doze (1/12) avos por mês de serviço a que o servidor
§ 2º Ao funcionário, inclusive ocupante de cargo de fez jus ao seu recebimento.
provimento em comissão, sujeito ao regime de tempo

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LEGISLAÇÃO

§ 3º O servidor exonerado antes do mês de dezembro § 1º Em caso de acumulação, o auxílio-funeral será pago
perceberá sua gratificação natalina proporcionalmente aos somente em razão do cargo de maior remuneração do
meses de exercício, considerando os valores das tabelas de funcionário falecido.
vencimento básico e gratificações do mês da exoneração.
(Redação dada pela Lei nº 16.831/2002) § 2º O processo de pagamento de auxílio-funeral terá
tramitação sumária, devendo estar concluído no prazo
§ 4º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de máximo de quarenta e oito (48) horas, contado da
trabalho será havida como mês integral para os efeitos apresentação do atestado de óbito no órgão de pessoal,
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 17.885/2013) incorrendo em pena de suspensão o responsável pelo
retardamento.
Art. 158 Os encargos previstos no inciso XI do artigo 146
deste Estatuto, destinam-se exclusivamente a casos Art. 167 Ao funcionário estudante, de curso regular
especiais e são concedidos a funcionários na forma que ministrado em estabelecimento de ensino médio ou
dispõe a Lei. superior, permitir-se-á faltar ao serviço, sem prejuízo do
vencimento e das vantagens, nos dias de exames parciais,
Parágrafo Único. A gratificação especial referido no inciso finais ou vestibulares, mediante comprovação fornecida
XI do Artigo 146 deste Estatuto, é inerente aos cargos de pelo respectivo órgão de ensino.
procurador Judicial.
Parágrafo Único. Ao funcionário de que trata este Artigo
Art. 159 As gratificações de função e de serviços conceder-se-á, sem prejuízo da duração semanal de
extraordinários não poderão ser atribuídas a ocupante de trabalho, horário que lhe permita freqüência regular às
cargo de provimento em comissão. aulas.

Art. 160 As gratificações previstas neste Estatuto são


vantagens contingentes e acessórias do vencimento e sua Art. 168. O servidor poderá ser afastado, a critério da
concessão condiciona-se ao interesse da Administração e Administração, para missão oficial ou estudo que guarde
aos requisitos fixados em Lei, somente podendo ser correlação com a atividade que exerça:
percebidas cumulativamente, na forma em que dispuserem
suas respectivas regulamentações. § 1º Na hipótese de estudo, deverão ser comprovados a
frequência e o aproveitamento.
Art. 161 Os afastamentos decorrentes de férias, licença-
prêmio, licenças à gestante ou para tratamento de saúde § 2º O afastamento, em qualquer hipótese, não poderá
não interromperão a percepção das gratificações previstas exceder dois (2) anos e somente após o transcurso de igual
neste Estatuto. período poderá ser autorizado novo afastamento da
mesma natureza.
Parágrafo Único. Na hipótese de casos especiais, a critério
da Administração, poder-se-ão estabelecer outros tipos de § 3º Decreto do Poder Executivo regulamentará as
afastamento não motivadores de interrupção da percepção hipóteses de afastamento previstas neste artigo. (Redação
das gratificações. dada pela Lei nº 18964/2022)

CAPÍTULO X Art. 169 O funcionário efetivo poderá, na forma em que


DAS CONCESSÕES lei específica dispuser, optar pelo regime da legislação
trabalhista.
Art. 164 O funcionário poderá faltar ao serviço até oito
(8) dias consecutivos, sem prejuízo do vencimento ou de Art. 170 O funcionário efetivo que ocupar, durante oito
qualquer direito ou vantagem legal por motivo de: (8) anos ininterruptos, cargo de provimento em comissão,
terá assegurado o direito à remuneração correspondente
I - casamento, a contar da data da realização da cerimônia ao cargo que assim exercia, ao completar o mencionado
civil, ou religiosa com efeitos civis; período de tempo.
II - falecimento do cônjuge ou companheira, ascendentes,
descendentes ou irmãos; § 1º Na hipótese de ser exonerado do cargo em comissão,
o funcionário de que trata este artigo voltará a exercer o
cargo efetivo de que é titular.
Art. 165 O Município custeará as despesas com
transladação do corpo do funcionário que falecer no § 2º O disposto neste Artigo aplica-se apenas aos
desempenho de missão oficial fora do Município, desde funcionários do Quadro Permanente da Prefeitura e à
que solicitada pela família. disposição da Câmara Municipal, bem como aos do
Quadro Permanente da Câmara Municipal à disposição da
Art. 166 À família do funcionário falecido, inclusive a do Prefeitura.
inativo, conceder-se-á auxílio-funeral correspondente a
um mês de remuneração ou provento, quando requerido
pelos herdeiros ou, na ausência destes, pela pessoa que
houver efetuado a despesa do sepultamento. (Vide Lei
nº 19021/2022)

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LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO XI I - em 5 (cinco) anos quanto aos atos de que decorram


DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA demissão, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade e decesso de vencimentos e vantagens;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.
Art. 171 O Município prestará assistência ao funcionário e
à sua família. Art. 180 O prazo de prescrição contar-se-á da data da
publicação do ato impugnado e, quando este for de
Art. 172 Entre as formas de assistência, incluem-se: natureza reservada, da data em que o interessado dele tiver
ciência oficial.
I - assistência médica, dentária, hospitalar e alimentar;
além de outras julgadas necessárias; Art. 181 O pedido de reconsideração e o recurso, quando
II - previdência, seguro e assistência jurídica; cabíveis, interrompem a prescrição uma única vez.
III - financiamento para aquisição de imóvel destinado à
residência; Parágrafo Único. A prescrição interrompida recomeçará a
IV - cursos de aperfeiçoamento e especialização viger da data do ato que a interrompeu, ou do último ato
profissional; ou termo do respectivo processo.
V - centros comunitários e outras formas de
desenvolvimento cívico e cultural. Art. 182 Os prazos estabelecidos neste Estatuto contam-
se continuamente, com exclusão do dia do começo e
CAPITULO XII inclusão do dia do termo final.
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Parágrafo Único. Os prazos que se vencerem em sábado,
Art. 174 É assegurado ao funcionário o direito de requerer domingo, dia feriado, santificado ou considerado de
ou representar. freqüência facultativa, terminarão no primeiro dia útil
subseqüente.
Art. 175 O requerimento, dirigido à autoridade
competente para decidi-lo, será obrigatoriamente TÍTULO IV
examinado pelo órgão de Pessoal, que o encaminhará à DO REGIME DISCIPLINAR
decisão final.
CAPITULO I
Parágrafo Único. O requerimento deverá ser decidido no DA ACUMULAÇÃO
prazo de 30 (trinta) dias, improrrogáveis.
Art. 183 É vedada a acumulação remunerada de cargos
Art. 176 O pedido de reconsideração será dirigido, no públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
prazo de 30 (trinta) dias, à autoridade que houver horários, nas seguintes hipóteses:
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, vedada
sua renovação. I - dois cargos de professor;
II - um cargo de professor com outro técnico ou
científico;
Parágrafo Único. O pedido de reconsideração deverá ser III - dois cargos ou empregos privativos de profissionais
decidido dentro do prazo de 20 (vinte) dias de saúde, com profissões regulamentadas.
improrrogáveis.
§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou
Art. 177 Caberá recurso: científica, para os fins do inciso II, qualquer cargo público
para o qual se exija educação superior ou educação
I - quando o pedido de reconsideração não for decidido profissional, ministrada na forma e nas condições
no prazo legal; previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
II - do indeferimento do pedido de reconsideração; Nacional.
III - das decisões sobre os recursos sucessivamente
interpostos. § 2º A proibição de acumular estende-se:

Parágrafo Único. O recurso será dirigido, no prazo de 30 I - a empregos e funções, inclusive contratos temporários,
(trinta) dias, à autoridade imediatamente superior àquela e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
sucessivamente, em escala ascendente, às demais sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder
autoridades. público; e
II - aos proventos de aposentadoria pagos pelo regime
Art. 178 O pedido de reconsideração e o recurso não próprio de previdência social do município do Recife e de
terão efeito suspensivo e retroagirão, se providos nos seus outros entes da federação, ressalvados os proventos
efeitos parciais ou totais, à data do ato impugnado. decorrentes de cargo acumulável na forma deste artigo.

Art. 179 O direito de pleitear na esfera administrativa § 3º O servidor que acumular licitamente cargos públicos
prescreverá: fica obrigado a comprovar a compatibilidade de horários.
(Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)

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Art. 184 O funcionário não poderá exercer mais de um ao cargo exercido no município do Recife, sem prejuízo
cargo em comissão, ou integrar mais de um órgão de da restituição ao erário dos valores indevidamente
deliberação coletiva, salvo, neste último caso, quando for percebidos sem a prestação do serviço e da ação penal
integrante nato. cabível. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)

§ 1º O servidor poderá participar de forma remunerada de CAPÍTULO II


até 2 (duas) comissões, ou grupos ou órgãos de DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
deliberação coletiva, desde que seja membro nato de um
deles.
Art. 186 O funcionário efetivo, investido em mandato
§ 2º O servidor do município do Recife que exercer cargo eletivo, ficará afastado do exercício do cargo.
em comissão ou função gratificada pode participar de
forma remunerada de 01 (uma) comissão, grupo ou órgão § 1º Tratando-se de vereança do Município do Recife, o
de deliberação coletiva, desde que seja membro funcionário efetivo poderá exercê-la cumulativamente
permanente ou integrante nato do órgão colegiado, e que com o cargo, desde que haja compatibilidade de horário,
as atribuições a ser desempenhadas na comissão, grupo ou optando, em caso contrário, pela remuneração do cargo
órgão de deliberação coletiva não sejam privativas do ou pelos subsídios.
cargo ou função ocupada. (Redação acrescida pela Lei
nº 18.441/2017) § 2º O funcionário efetivo, quando no exercício do
mandato de Prefeito, deverá afastar-se do seu cargo,
optando pela sua remuneração, sem prejuízo da verba de
Art. 185 Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal representação que couber ao Chefe do Executivo.
de cargos, empregos, funções públicas ou proventos de
aposentadoria, a Comissão de Acumulação de Cargos - CAPÍTULO III
CAC notificará o servidor para apresentar defesa ou fazer DOS DEVERES
opção, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da
ciência da notificação. Art. 187 São deveres básicos do funcionário:

§ 1º Apresentada ou não a defesa, a Comissão de I - exação administrativa;


Acumulação de Cargos - CAC decidirá quanto à legalidade II - assiduidade;
da acumulação. III - pontualidade;
IV - discrição;
§ 2º Em decorrência da opção, o servidor será exonerado V - urbanidade;
do cargo, emprego ou função exercido no município do VI - observância às normas legais e regulamentares;
Recife ou no outro ente federado, hipótese em que deverá VII - obediência às ordens superiores, salvo quando
fazer a comprovação com cópia da portaria do ato de manifestamente ilegais. (Redação dada pela Lei
exoneração e o processo será arquivado no âmbito da nº 19082/2023)
Comissão de Acumulação de Cargos - CAC. VIII - representação à autoridade superior sobre
irregularidades de que tiver ciência, em razão do cargo;
§ 3º Com a opção pela renúncia aos proventos da IX - observância, nas relações de trabalho e na sociedade,
aposentadoria, o seu pagamento cessa imediatamente. de comportamento condizente com a sua qualidade de
servidor público e de cidadão; (Redação dada pela Lei
§ 4º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, nº 18.441/2017)
a Comissão de Acumulação de Cargos - CAC solicitará à X - Colaboração para o aperfeiçoamento dos serviços,
autoridade competente a instauração de processo sugerindo à direção ou chefia imediatas as medidas que
administrativo disciplinar para apuração da julgar necessárias;
responsabilidade funcional. XI - manutenção de sigilo sobre documentos e fatos de
que tenha conhecimento, em razão do cargo;
§ 5º Instaurado o processo administrativo disciplinar, se o XII - zelar pela economia do material e a conservação do
servidor, até o último dia de prazo para defesa escrita, patrimônio público; (Redação acrescida pela Lei
fizer a opção de que trata este artigo, comprovando a nº 18.441/2017)
exoneração do cargo ou a dispensa de emprego ou função XIII - atender com presteza ao público, às requisições
objeto da acumulação, presume-se a sua boa-fé e o para defesa da Fazenda Pública e aquelas necessárias a
processo será arquivado. subsidiar procedimentos administrativos disciplinares;
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
§ 6º O disposto no § 5º não se aplica se o servidor houver XIV - prestar à autoridade ou órgão competente
feito declaração falsa sobre acumulação de cargos por informação não sigilosa de que tenha conhecimento em
ocasião de sua posse ou for reincidente na acumulação razão do exercício de suas atribuições; (Redação acrescida
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas. pela Lei nº 18.441/2017)
§ 7º Caracterizada no processo administrativo disciplinar a XV - comparecer, quando convocado, à inspeção ou
acumulação ilegal e provada a má-fé, a Comissão Central perícia médica e ao censo previdenciário. (Redação
de Inquérito - CCI concluirá o relatório pela aplicação da acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
pena de demissão, destituição de cargo comissionado,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, em relação

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LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO IV pela Lei nº 18.441/2017)


DAS PROIBIÇÕES XX - manter, sob sua chefia imediata, em cargo
comissionado ou função gratificada, cônjuge,
Art. 188 Ao funcionário é proibido: companheiro ou parentes fora dos casos permitidos em
lei; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
I - acumular dois ou mais cargos, funções ou empregos XXI - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
públicos, salvo as exceções previstas em Lei; cargo que ocupa, exceto quando este for designado, pela
II - referir-se, à autoridade ou a atos da Administração autoridade competente, para compor comissão, grupo de
Pública de modo depreciativo, em informação, parecer ou trabalho ou para atuar como perito ou assistente técnico
despacho, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá- em processo administrativo ou judicial, ou, ainda, em
los do ponto de vista doutrinário ou da organização do situações transitórias ou de emergência, observado o
serviço; interesse do serviço público; (Redação acrescida pela Lei
III - retirar, sem autorização da autoridade competente, nº 18.441/2017)
documento ou objeto de trabalho que não lhe pertença; XXII - exercer quaisquer atividades que sejam
IV - promover manifestação de apreço ou desapreço e incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com
fazer circular ou subscrever listas de donativos no recinto o horário de trabalho; (Redação acrescida pela Lei
do trabalho; nº 18.441/2017)
V - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal, em XXIII - acessar, armazenar ou transferir,
detrimento da dignidade da função; intencionalmente, com recursos eletrônicos da
VI - coagir ou aliciar subordinados, com objetivo de administração pública ou postos à sua disposição,
natureza político-partidária; informações de conteúdo pornográfico ou erótico, ou que
VII - participar de gerência ou administração de sociedade incentivem a violência ou a discriminação em quaisquer de
privada, personificada ou não personificada, não se suas formas; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
aplicando esse dispositivo ao servidor em gozo de licença XXIV - discriminar qualquer pessoa, no recinto da
sem vencimentos, aposentados ou em se tratando de repartição, com a finalidade de expô-la a situação
instituições ou entidades beneficentes, filantrópicas, de humilhante, vexatória, angustiante ou constrangedora, em
caráter social e humanitário e sem fins lucrativos, quando relação à origem, idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil,
compatíveis com a jornada de trabalho; (Redação dada trabalho, religião, convicções políticas ou filosóficas,
pela Lei nº 18.441/2017) orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial
VIII - exercer o comércio ou participar de sociedade ou mental; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
empresária, exceto como acionista, cotista ou XXV - usar recursos computacionais da administração
comanditário, não se aplicando este dispositivo ao pública para, intencionalmente:
servidor em gozo de licença sem vencimentos ou aos a) violar sistemas ou exercer outras atividades prejudiciais a
aposentados; (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017) sites públicos ou privados;
IX - pleitear, como procurador ou intermediário, junto às b) disseminar vírus, cavalos de tróia, spyware e congêneres;
repartições públicas municipais, salvo quando se tratar de c) disponibilizar, em sites do serviço público, propaganda ou
percepção de vencimentos, proventos, remuneração ou publicidade de conteúdo privado, político-partidário ou
vantagens de parente consanguíneo ou afim até o segundo sindical, informações e outros conteúdos incompatíveis
grau, ou de cônjuge ou companheiro; (Redação dada pela com os fundamentos e os princípios da administração
Lei nº 18.441/2017) pública;
X - praticar usura, em qualquer das suas formas; d) repassar dados cadastrais e informações de servidores
XI - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens públicos ou da repartição para terceiros, sem autorização e
ilícitas, em razão do cargo ou função; fora dos casos previstos em lei;
XII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos e) permitir ou facilitar o acesso a recursos computacionais,
casos previstos em lei, desempenho de encargos que lhe sistemas de informações ou banco de dados da
competir ou a seus subordinados; administração pública de pessoa não autorizada, mediante
XIII - promover, direta ou indiretamente, a paralisação atribuição, fornecimento ou empréstimo de senha ou
dos serviços públicos, ou dela participar; qualquer outro meio; (Redação acrescida pela Lei
XIV - aceitar comissão, emprego ou pensão de Governo nº 18.441/2017)
estrangeiro, sem prévia autorização do Presidente da XXVI - usar conhecimentos e informações adquiridos no
República; exercício de suas atribuições para violar ou tornar
XV - aceitar contrato com a Administração Municipal, vulnerável a segurança, os sistemas de informática, sites
quando não autorizado em lei ou regulamento; ou qualquer outra rotina ou equipamento da repartição.
XVI - comparecer ao serviço em estado de embriaguez ou (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
apresentar-se nesse estado, habitualmente, em público;
XVII - proceder de forma desidiosa, incorrendo,
repetidamente, em descumprimento de deveres e CAPÍTULO V
atribuições funcionais; (Redação acrescida pela Lei DA RESPONSABILIDADE
nº 18.441/2017)
XVIII - opor resistência injustificada ao andamento de Art. 189 O funcionário responde administrativa, civil e
documentos e processo ou à execução de serviço; penalmente pelo exercício irregular de suas atribuições.
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
XIX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição Art. 190 A responsabilidade administrativa resulta de atos
em serviços ou atividades particulares; (Redação acrescida ou omissões que contravenham o cumprimento dos

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deveres, atribuições e responsabilidades que as leis e os XXII e XXIV do artigo 188. (Redação dada pela Lei
regulamentos cometam ao funcionário, e não será elidida nº 18.441/2017)
pelo ressarcimento do dano.
§ 1º O funcionário, enquanto suspenso, perderá todos os
Art. 191 A responsabilidade civil decorre de direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo,
procedimento doloso ou culposo, que importe em exceto o salário-família.
prejuízo à Fazenda Municipal ou a terceiros.
§ 2º Quando houver conveniência do serviço, a pena de
§ 1º Por dano causado a terceiros, o funcionário suspensão poderá ser convertida em multa, na base de
responderá perante a Fazenda Municipal em ação 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento,
regressiva, proposta depois de transitar em julgado a obrigado o funcionário a permanecer em exercício.
decisão de última instância que houver condenado a
Fazenda a indenizar os terceiros prejudicados. § 3º Ao servidor aposentado que vier a ser aplicada a
pena de suspensão, em razão de fatos praticados
§ 2º Se o prejuízo resultar de alcance, desfalque, remissão enquanto estava na atividade, a penalidade será comutada
ou omissão em efetuar recolhimentos ou entradas, nos para multa, na razão de 100% (cem por cento) por dia,
prazos legais, o funcionário será obrigado a repor a calculado sobre os proventos da aposentadoria, revertida
importância respectiva de uma só vez, ao Tesouro Municipal. (Redação acrescida pela Lei
independentemente de outras cominações legais, nº 18.441/2017)
estatutárias ou regulamentares.
Art. 198 São motivos determinantes da destituição de
Art. 192 A responsabilidade penal abrange os crimes e as cargo em comissão: (Redação dada pela Lei
contravenções imputadas ao funcionário. nº 18.441/2017)

Art. 193 Considera-se infração disciplinar o ato praticado I - atestar falsamente a prestação de serviço
pelo funcionário com violação dos deveres e das extraordinário;
proibições decorrentes do cargo que exerce e deste II - não cumprir ou tolerar que não se cumpra a jornada
Estatuto. de trabalho;
III - promover ou tolerar o desvio irregular de função;
Parágrafo Único. A infração é punível, por ação ou IV - retardar a instrução ou o andamento do processo;
omissão, independentemente de haver produzido ou não V - coagir ou aliciar subordinados, com objetivo de
resultado prejudicial ao serviço. natureza político-partidária;
VI - deixar de prestar ao órgão de pessoal a informação
Art. 194 São penas disciplinares: (Redação dada pela Lei de que trata o Artigo 25 deste Estatuto;
nº 18.441/2017) VII - a prática de infrações sujeitas às penas de suspensão
e de demissão. (Redação acrescida pela Lei
I - advertência verbal; nº 18.441/2017)
II - repreensão;
III - multa; § 1º Constatada a hipótese de que trata este artigo, se o
IV - suspensão; servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da
V - destituição de cargo em comissão; (Redação dada sanção, a exoneração será convertida em destituição de
pela Lei nº 18.441/2017) cargo em comissão. (Redação acrescida pela Lei
VI - demissão; nº 18.441/2017)
VII - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.
§ 2º A aplicação da pena de destituição de cargo em
Parágrafo Único. Na aplicação das penas disciplinares comissão não elide, quando couber, o dever de
serão consideradas a natureza e a gravidade da infração ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação cível ou
além de danos que dela provierem para o serviço público penal cabível e demais medidas administrativas. (Redação
e os antecedentes do funcionário. acrescida pela Lei nº 18.441/2017)

Art. 195 Não se aplicará ao funcionário mais de uma Art. 199 A pena de demissão será aplicada nos casos de:
pena disciplinar por infração ou infrações acumuladas
que sejam apreciadas em um só processo, mas a I - crimes contra a administração pública; (Redação dada
autoridade competente poderá decidir, entre as penas pela Lei nº 18.441/2017)
cabíveis, a que melhor atenda aos interesses da disciplina
e o serviço.
Art. 196 A pena de repreensão será aplicada por escrito, II - abandono de cargo;
em caso de desobediência ou falta de cumprimento dos III - incontinência pública e conduta escandalosa;
deveres funcionais. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
IV - insubordinação grave em serviço;
Art. 197 A pena de suspensão, que não excederá a 30 V - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
(trinta) dias, será aplicada nos casos de falta grave ou salvo em legítima defesa própria ou de outrem; (Redação
reincidência, bem como transgressão dos incisos II, III, dada pela Lei nº 18.441/2017)
IV, IX, XII, XIII, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, VI - aplicação irregular dos dinheiros públicos;

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VII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do IV - prática de advocacia administrativa ou usura, em
patrimônio público; qualquer de suas formas.
VIII - revelação de segredo de que tenha conhecimento
em razão de suas atribuições; Art. 202 São competentes para aplicação das penas
IX - ao ocupante do cargo de Agente Comunitário de disciplinares:
Saúde que deixar de residir na comunidade onde atua.
(Redação dada pela Lei nº 17.233/2006) I - Prefeito ou Presidente da Câmara Municipal,
X - reincidência em falta que deu origem à aplicação da dependendo da vinculação funcional, em qualquer caso,
pena de suspensão por trinta (30) dias; e, privativamente, nos casos de demissão, destituição de
XI - transgressão ao disposto nos incisos I, V, VI, VII, cargo em comissão e cassação de aposentadoria ou
VIII, X, XI, XIV, XV, XXIII, XXV e XXVI do artigo disponibilidade; (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
188 deste Estatuto; (Redação dada pela Lei II - O Procurador Geral do Município, o Controlador
nº 18.441/2017) Geral, os Secretários e dirigentes de órgãos a estes
XII - perda da nacionalidade brasileira, na forma da lei; equiparados, em todos os casos, exceto os previstos
(Redação dada pela Lei nº 18.441/2017) como competência privativa do inciso I; (Redação dada
XIII - inassiduidade habitual; (Redação dada pela Lei pela Lei nº 18.441/2017)
nº 18.441/2017) III - Os Secretários Executivos, os Diretores Executivos,
XIV - reincidência em proceder de forma desidiosa; os Gerentes Gerais e o Corregedor da Guarda Municipal
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017) do Recife, nos casos de advertência, repreensão e
XV - corrupção; (Redação acrescida pela Lei suspensão de até 08 (oito) dias. (Redação dada pela Lei
nº 18.441/2017) nº 18.441/2017)
XVI - improbidade administrativa. (Redação acrescida
pela Lei nº 18.441/2017) § 1º Da aplicação de penalidade caberá pedido de
reconsideração e recursos, na forma deste Estatuto.
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência
intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) § 2º À autoridade superior cabe a faculdade de agravar,
dias consecutivos. (Redação dada pela Lei atenuar ou cancelar a pena imposta por autoridade
nº 18.441/2017) subordinada.

§ 2º A reassunção das atribuições, depois de consumado § 3º A pena de multa será aplicada pela autoridade que
o abandono de cargo, não afasta a responsabilidade impuser a suspensão.
administrativa, nem caracteriza perdão tácito da
administração pública. (Redação acrescida pela Lei Art. 203 As penalidades aplicadas deverão constar do
nº 18.441/2017) assentamento individual do funcionário.

§ 3º Considera-se inassiduidade habitual a falta ao Parágrafo único. Extinta a punibilidade pela prescrição, o
serviço, sem causa justificada, por período igual ou órgão competente promoverá apenas o registro do fato
superior a 60 (sessenta) dias interpoladamente, durante o nos assentamentos individuais do servidor. (Redação
período de 12 (doze) meses. (Redação acrescida pela Lei acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
nº 18.441/2017)
Art. 204 Prescreverão:
Art. 200 O ato de demissão mencionará sempre a causa
da aplicação da penalidade e o dispositivo legal em que se I - em um (1) ano, as infrações sujeitas às penas de
fundamentou. advertência e de repreensão;
II - em dois (2) anos, as infrações sujeitas à pena de
§ 1º O servidor indiciado em inquérito não poderá ser suspensão;
exonerado a pedido, enquanto não for concluído o
processo administrativo em que se comprove a sua III - em 05 (cinco) anos, as infrações sujeitas às penas de
inocência. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017) destituição de cargo em comissão, demissão e cassação
de aposentadoria ou disponibilidade. (Redação dada pela
§ 2º Se o servidor já tiver sido exonerado quando da Lei nº 18.441/2017)
aplicação da sanção prevista neste artigo, a exoneração
será convertida em demissão. (Redação acrescida pela Lei § 1º Os prazos de prescrição previstos na lei penal
nº 18.441/2017) aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
como crime. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 201 Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade, § 2º O curso da prescrição começa a fluir da data que o
nos seguintes casos: fato se tornou conhecido pela autoridade competente
para instaurar a sindicância ou processo disciplinar e se
I - falta punível com a pena de demissão, quando interrompe pelo ato que determinar a instauração do
praticada ainda no efetivo exercício do cargo; inquérito administrativo. (Redação dada pela Lei
II - aceitação ilegal de cargo, provada a má-fé; nº 18.441/2017)
III - aceitação de comissão, emprego ou pensão de
Governo estrangeiro, sem prévia autorização do § 3º Interrompida a prescrição, sua contagem é reiniciada
Presidente da Republica; depois de esgotados os prazos para conclusão e

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julgamento do processo disciplinar, incluído o prazo de Comissão adotar o rito ordinário. (Redação acrescida pela
prorrogação. (Redação acrescida pela Lei Lei nº 18.441/2017)
nº 18.441/2017)
§ 6º Na apuração das infrações sujeitas ao procedimento
§ 4º O prazo de prescrição fica suspenso enquanto a sumário, a Comissão lavrará, até 10 (dez) dias após a
instauração ou a tramitação do processo disciplinar ou a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação
aplicação de sanção disciplinar estiver obstada por em que serão transcritas as informações relativas à
determinação judicial. (Redação acrescida pela Lei autoria, correspondente ao nome, cargo, matrícula e
nº 18.441/2017) lotação do servidor, e materialidade, mediante descrição
dos fatos, bem como promoverá a citação pessoal
Art. 205 Será obrigatoriamente precedida de inquérito investigado, ou por intermédio de sua chefia imediata,
administrativo a aplicação das penas de suspensão por para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa escrita,
mais de 15 (quinze) dias, de destituição de cargo em assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
comissão, demissão e cassação de aposentadoria e (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
disponibilidade.
§ 7º Apresentada a defesa, a Comissão elaborará relatório
Parágrafo único. A demissão, a cassação de conclusivo quanto à inocência ou a responsabilidade do
aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
cargo em comissão implicam a incompatibilização para opinará sobre a licitude da conduta em exame, indicará o
nova investidura em cargo público, no Município do respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à
Recife, pelo prazo de 03 (três) anos, sem prejuízo de ação autoridade instauradora, para julgamento. (Redação
cível ou penal e das demais medidas administrativas. acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
(Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 8º No prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento
TITULO V do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua
DO PROCESSO DISCIPLINAR decisão, observado o disposto no art. 202. (Redação
acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
CAPÍTULO I
DO RITO PROCESSUAL § 9º Na apuração das infrações de abandono de cargo ou
inassiduidade habitual, observar-se-á que:
Art. 206 A autoridade administrativa ou o funcionário
que tiver ciência de irregularidade no serviço público I - a indicação da materialidade ocorrerá:
municipal deverá tomar as providências necessárias para a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa
sua apuração. do período de ausência intencional do servidor ao serviço
superior a 30 (trinta) dias;
Art. 207 O processo administrativo compreende a b) no caso de inassiduidade habitual, pela relação dos dias
sindicância e o inquérito administrativo. de falta ao serviço sem causa justificada, por período
igual ou superior a 60 (sessenta) dias interpoladamente,
§ 1º O Inquérito Administrativo Disciplinar deverá ser durante 12 (doze) meses.
conduzido sob o rito ordinário ou sumário. (Redação
acrescida pela Lei nº 18.441/2017) II - a Comissão, ao elaborar o relatório conclusivo de que
trata este artigo sobre a inocência ou a responsabilidade
§ 2º O rito sumário será adotado para apuração das do servidor opinará, no caso de abandono de cargo,
infrações de abandono de cargo, inassiduidade habitual e sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a
acumulação ilícita de cargos. (Redação acrescida pela Lei 30 (trinta) dias, e, na hipótese de inassiduidade habitual,
nº 18.441/2017) se houve justa causa para as faltas ao serviço no período
considerado. (Redação acrescida pela Lei
§ 3º O processo administrativo disciplinar submetido ao nº 18.441/2017)
rito sumário se desenvolverá nas seguintes fases:
Art. 208 São competentes para determinar a instauração
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a do processo administrativo.
Comissão na forma do § 1º do artigo 211;
II - instrução sumária, que compreende a indiciação, I - o Prefeito, o Procurador Geral do Município, o
defesa e relatório; Controlador Geral, os Secretários Municipais, dirigentes
de órgãos a estes equiparados ou autoridades de mesmo
III - julgamento. (Redação acrescida pela Lei nível da Câmara Municipal do Recife, quando se tratar de
nº 18.441/2017) inquérito administrativo; (Redação dada pela Lei
nº 18.441/2017)
§ 4º Ao procedimento sumário se aplicam, II - as mesmas autoridades referidas no inciso anterior,
subsidiariamente, as disposições do rito ordinário. os Secretários Executivos, os Diretores Executivos,
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017) dirigentes de órgãos a estes equiparados, o Corregedor da
Guarda Municipal, os Gerentes Gerais ou autoridades de
§ 5º Nas infrações sujeitas ao rito sumário, achando-se o igual nível da Câmara Municipal quando se tratar de
indiciado em lugar incerto ou não sabido, poderá a sindicância. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)

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Parágrafo único. O órgão central de Administração de deslinde dos processos de inquérito, podendo fixar prazo
Pessoal do Município poderá instaurar inquérito para resposta, cabendo aos servidores e empregados
administrativo quando verificados indícios de abandono responsáveis pela prestação das informações atender ao
de cargo ou inassiduidade habitual, além de outras faltas pedido de forma diligente e escorreita, sob pena de
funcionais relativas à frequência dos servidores ou ao responsabilidade funcional.
pagamento dos vencimentos e salários. (Redação
acrescida pela Lei nº 19021/2022) § 6º São requisitos necessários à composição da
Comissão de Inquérito, além de ser servidor efetivo e
Art. 209 A sindicância será instaurada quando a falta estável do Município:
funcional não se revelar evidente ou for incerta a autoria.
I - para o Presidente da Comissão Central de Inquérito
§ 1º A sindicância será procedida por 3 (três) servidores ser servidor de Nível Superior e Bacharel em Direito;
efetivos e estáveis designados pela autoridade que II - para os membros permanentes ser Bacharel em
determinar sua instauração, sendo um deles nominado Direito;
presidente, que indicará o secretário. (Redação dada pela III - para os membros de Apoio I, ter concluído curso de
Lei nº 18.441/2017) nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação -
MEC;
§ 2º A sindicância deverá ser concluída no prazo de 15 IV - para os membros de Apoio II, ensino médio
(quinze) dias, podendo ser prorrogada uma única vez, concluído. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
por igual período.
Art. 212 O inquérito administrativo disciplinar conduzido
Art. 210 Da sindicância poderá resultar: sob o rito ordinário deverá ser concluído no prazo de
180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação do ato
I - seu arquivamento, quando comprovada a inexistência que determinar sua instauração, prorrogável uma única
da irregularidade; vez, por 30 (trinta) dias, por solicitação fundamentada do
II - aplicação de pena de advertência, repreensão, multa e Presidente da Comissão, antes de findo o prazo inicial,
suspensão, quando comprovado descumprirnento do sendo competente para autorizar a prorrogação a
dever por parte do funcionário, ressalvada a hipótese de autoridade que houver determinado a instauração do
que este descumprirnento implique em penalidade mais inquérito.
grave;
III - instauração de inquérito administrativo, nos demais Parágrafo único. Quando se tratar de rito sumário, o
casos. prazo para a conclusão não excederá 45 (quarenta e
cinco) dias, contados da data de publicação do ato que
Parágrafo Único. Na hipótese do inciso II, deste Artigo, constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até
antes da aplicação da pena será aberto ao funcionário 15 (quinze) dias, por solicitação fundamentada do
prazo de três (3) dias para oferecimento da defesa. Presidente da Comissão, antes de findo o prazo inicial,
sendo competente para autorizar a prorrogação a
Art. 211. A Comissão Central de Inquérito, de natureza autoridade que houver determinado a instauração do
permanente, será constituída por 4 (quatro) membros inquérito. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
permanentes, sendo 01 (um) como Presidente, e
membros de apoio I e II, na forma do § 4º deste artigo, Art. 213 O servidor designado para integrar a Comissão
todos designados pelo Controlador-Geral do Município. poderá arguir, por escrito, sua suspeição junto à
(Redação dada pela Lei nº 19082/2023) autoridade que o tiver designado, dentro do prazo de 48
(quarenta e oito) horas, contadas da publicação do ato de
§ 1º O inquérito, sob o rito ordinário ou sumário, será designação. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
conduzido por pelo menos 03 (três) membros, sendo 01
(um) deles membro permanente. § 1º O prazo será contato a partir da publicação do ato
que determinar a instauração do inquérito, quando o
§ 2º As audiências no Processo Administrativo funcionário for integrante ou auxiliar de Comissão
Disciplinar, sempre que for conveniente para o serviço, Permanente.
podem ser presididas por um membro permanente.
§ 2º Considerar-se-á procedente a argüição quando o
§ 3º Fica limitado a 7 (sete) o número de servidores funcionário designado alegar ser parente consangüíneo
designados como membros de Apoio I e a 7 (sete) o ou afim, até o terceiro (3º) grau, ou amigo íntimo ou
número de servidores designados como membros de inimigo capital de qualquer dos indiciados.
Apoio II da Comissão Central de Inquérito.
Art. 214 Caberá argüir, de imediato, a suspeição de
§ 4º O Presidente da Comissão Central de Inquérito qualquer membro da comissão, desde que se configure,
designará um dos membros de Apoio I (um) para o com relação ao arguinte, qualquer das hipóteses previstas
exercício da função de Escrivão. no § 2º, do Artigo anterior.

§ 5º A Comissão Central de Inquérito, por intermédio de § 1º A arguição será dirigida, por escrito, ao presidente da
seu Presidente, poderá requerer dos órgãos e entidades Comissão, que dela dará imediato conhecimento ao
municipais documentos e informações necessários ao argüido, para confirmá-la, por escrito, dentro do prazo de

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vinte e quatro (24) horas. Art. 222 Nenhum documento será anexado aos autos
sem despacho do presidente da comissão.
§ 2º O presidente, julgada, procedente a suspeição,
solicitará da autoridade que houver determinado a Parágrafo Único. Somente por decisão fundamental
instauração do inquérito a substituição do funcionário poderá ser recusada a anexação de documentos aos
suspeito. autos.

§ 3º O presidente dará conhecimento do incidente à Art. 223 O presidente da Comissão, cumprindo o


autoridade referida no Parágrafo anterior, para decisão disposto no Artigo 218, determinará a citação do
final, quando julgada improcedente a suspeição, em razão indicado, para no prazo de 10 (dez) dias, apresentar
de recurso interposto pelo arguinte. defesa, sendo-lhe facultada vista do processo, na
repartição.
§ 4º Se o arguido de suspeição for o Presidente, será
substituído por outro membro permanente, no prazo de § 1º O prazo comum será de 20 (vinte) dias, no caso de
48 (quarenta e oito) horas, observado o disposto no dois ou mais indiciados.
inciso I do § 6º do art. 211. (Redação dada pela Lei
nº 18.441/2017) § 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não
sabido, será chamado por edital, com prazo de 15
§ 5º O incidente da suspeição suspenderá o curso do (quinze) dias.
processo e será autuado em separado ao inquérito
administrativo. § 3º O edital a que se refere o Parágrafo anterior, além de
publicação no órgão oficial do Município, será fixado em
Art. 215 A autoridade competente decidirá da suspeição lugar acessível ao público, no edifício onde a Comissão
no prazo máximo de setenta e duas (72) horas. habitualmente se reunir.

Art. 216 Compete ao secretário da Comissão de inquérito § 4º Mediante requerimento do indiciado, o prazo da
administrativo organizar os autos do processo, lavrar defesa poderá ser prorrogada pelo dobro, para as
termos e atas, bem como executar as determinações do diligências consideradas indispensáveis.
presidente.
Art. 224 No caso de indiciado revel, será designada para
Art. 217 A Comissão de inquérito administrativo é defendê-lo, um funcionário, sempre que possível de
competente para proceder a qualquer diligência mesma classe e categoria funcional.
necessária à instrução processual, inclusive sem exclusão
de outras inquirições, bem como requerer a participação Art. 225 Com a defesa, o indiciado oferecerá as provas
técnica de profissionais especializados e peritos, quando que tiver, podendo ainda requerer as diligências
entender conveniente. necessárias à comprovação de suas alegações.

Art. 218 Antes de encerrar a instrução e a f m de permitir Art. 226 Depois de recebida a defesa de todos os
ao indiciado ampla defesa, a Comissão indicará as indiciados e realizadas as diligências requeridas, a
irregularidades e infrações a ele atribuídas, fazendo Comissão elaborará o relatório.
remissão aos documentos, depoimentos e às
correspondentes folhas dos autos. § 1º O relatório concluirá pela inocência ou culpabilidade
do indiciado ou indiciados, indicando, neste caso, as
Art. 219 As testemunhas que forem convocadas a depor, disposições legais transgredidas e propondo as
sê-lo-ão mediante oficio, registrando-se o assunto, dia, penalidades cabíveis.
hora e local de comparecimento, vedada a recusa
injustificada. § 2º O relatório determinará o montante e indicará os
modos de ressarcimento, na hipótese de prejuízo à
Parágrafo Único. O oficio será dirigido ao titular da Fazenda Municipal.
repartição, quando a testemunha for servidor público.
§ 3º Concluído o relatório, o processo será remetido, sob
Art. 220 As perícias serão realizadas por perito oficial ou protocolo, à autoridade que determinou a sua
funcionário municipal que tiver a necessária habilidade instauração, que proferirá decisão que preferirá decisão
técnica. no prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo Único. Ressalvada a hipótese do perito oficial, Art. 227 Será permitida a intervenção de advogado
os demais prestarão, perante o presidente da Comissão, o constituído pelo indiciado, em qualquer fase do inquérito.
compromisso de bem e fielmente desempenhar a função,
sob pena de responsabilidade. Art. 228 A autoridade que determinou a instauração do
processo administrativo comunicará o fato à autoridade
Art. 221 Dependerá do assentimento prévio da policial, na hipótese de crimes de ação pública.
autoridade competente, desde que acarrete despesas para
os cofres da Edilidade, a realização da perícia por perito Art. 229 A decisão que reconhecer a prática de infração
não oficial. (Vide Lei nº 15.342/1990) capitulada na legislação penal determinará, sem prejuízo
dos procedimentos administrativos e civis, a remessa do

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translado do inquérito à autoridade competente, ficando Art. 238 O pedido de revisão, devidamente instruído,
o original dos autos arquivado na repartição. será dirigido à autoridade que houver determinado a
aplicação da penalidade.
Art. 230 Ao processo administrativo aplicar-se-á,
subsidiariamente, as disposições da legislação processual Parágrafo Único. Compete ao órgão de Pessoal informar
civil e penal vigente. o pedido e apensá-lo aos outros do inquérito
administrativo originário.
Art. 231 O presidente da Comissão, constatando que o
indiciado foi afastado do exercício do seu cargo, Art. 239 A revisão será procedida por uma Comissão de
determinará a sua imediata reassunção, salvo se o 03 (três) integrantes, sendo 01 (um) o presidente e 02
afastamento decorreu de suspensão preventiva. (dois) servidores, todos efetivos e estáveis, de categoria
igual ou superior à do servidor punido, designados pelo
CAPÍTULO II Procurador Geral do Município.
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA
Parágrafo único. Não pode integrar a Comissão revisora
CAPÍTULO III o servidor que tenha atuado na sindicância ou no
DA SUSPENSÃO ADMINISTRATIVA processo disciplinar cujo julgamento se pretende revisar.
(Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 234 O prefeito e o Presidente da Câmara Municipal,
em suas respectivas áreas de atuação, poderão determinar Art. 240 Serão aplicadas à revisão, no que for compatível,
a suspensão preventiva do funcionário indiciado em as normas referentes ao inquérito administrativo.
inquérito, até sessenta (60) dias, para que este não venha
a influir na apuração da falta cometida. Art. 241 Concluída a revisão, em prazo não superior a
sessenta (60) dias, serão os autos remetidos à autoridade
§ 1º A suspensão preventiva poderá ser prorrogada por competente, para decisão final.
mais trinta (30) dias, por solicitação do presidente da
Comissão de inquérito administrativo. Art. 242 Reconhecida a inocência do funcionário, será
tornada sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-
§ 2º Exauridos os prazos de que trata este Artigo, se todos os direitos por ela atingidos.
cessarão os efeitos da suspensão preventiva, ainda que o
inquérito administrativo não esteja concluído. TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 235 O funcionário terá direito à contagem do tempo
de serviço correspondente ao período de suspensão Art. 243 O regime Jurídico-administrativo deste Estatuto
administrativa, nas seguintes hipóteses: é extensivo aos funcionários de qualquer autarquia
municipal não regidos pela legislação trabalhistas.
I - quando reconhecida a inocência, recebendo a
remuneração do seu cargo, Art. 244 O funcionário municipal, candidato a cargo
II - quando a pena disciplinar se limitar à suspensão; efetivo, que exercer função de direito, chefia, fiscalização
III - quando a suspensão exceder os prazos previstos no ou arrecadação, será afastado do exercício, com direito à
Artigo Anterior. remuneração mensal que venha percebendo, desde a data
de registro na Justiça Eleitoral até o dia seguinte ao
CAPÍTULO IV pleito.
DA REVISÃO
Art. 245 Cabe a Prefeitura da Cidade do Recife arcar com
Art. 236 A revisão do inquérito administrativo de que ônus de recolhimento das contribuições previdenciárias
resultou pena disciplinar poderá ser requerida a qualquer que lhe cabem e ao funcionário ou servidor municipal
tempo, quando forem aduzidos fatos novos ou inativo, quando este haja optar pela pensão especial de
circunstâncias não apreciadas no processo originário, que tratam as Leis Federais nºs 4243/63, 5315/67
capazes de justificar a inocência do servidor. (Redação e 6592/78.
dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 1º Não se constitui fundamento para revisão a simples Parágrafo Único. O recolhimento de que trata este Artigo
alegação de injustiça da penalidade. efetiva-se junto ao órgão previdenciário federal ou
estadual, conforme o beneficiado seja regido pelo regime
§ 2º A revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa trabalhista ou estatutário, respectivamente.
da família ou outras constante do registro cadastral,
tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou Art. 247 O pagamento a que se refere o Artigo 123, deste
incapacitado de requerer. Estatuto, será calculado com base no vencimento em
vigor à época em que for deferida a solicitação respectiva.
§ 3º No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
requerente. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017) Art. 250 Todos os beneficiários terão direito a treze (13)
Art. 237 A revisão tramitará em apenso ao inquérito pensões mensais por ano, exceto aqueles de que trata o
administrativo originário. Artigo 248, deste Estatuto.

nuceconcursos.com.br 51
LEGISLAÇÃO

Art. 251 É assegurada ao funcionário municipal o direito


de associação para defesa, assistência e representação
coletiva da classe inclusive perante os Poderes Públicos.

§ 1º Para cumprimento do disposto neste artigo, as


entidades representativas dos funcionários deverão ter
personalidade jurídica própria.

§ 2º A representação por parte das entidades referidas


não impede que o funcionário exerça, diretamente,
qualquer ato em defesa de seus direitos.

§ 3º É vedada a exoneração, a suspensão, a destituição de


função ou a demissão do funcionário investido em cargo
de direção de entidade representativa da classe, até um
(1) ano após o final do seu mandato, salvo se cometer
falta grave prevista no Artigo 199, devidamente apurada
em inquérito administrativo com direito a ampla defesa.

Art. 252 É permitido o afastamento de funcionário


municipal para exercício de mandato eletivo de
Presidente, Secretário Geral ou Tesoureiro de entidade
representativa de funcionários que congreguem, no
mínimo 500 (quinhentos) associados.

§ 1º O afastamento dar-se-á sem prejuízo dos


vencimentos e demais vantagens do cargo e função
exercidos.

§ 2º Enquanto durar o afastamento, é vedada a


exoneração e demissão do funcionário.

§ 3º A permissão concedida no caput deste Artigo é


extensiva no caso de entidades federativas ou central de
entidades que congreguem, no mínimo, 10 (dez)
entidades de classe.

Art. 253 O dia vinte e oito (28) de outubro será


consagrado ao funcionário público municipal.

Art. 254 O presente Estatuto entrará em vigor na data da


publicação da Lei que o aprovar

Recife, 8 março de 1985.

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CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE
RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DO RECIFE

Promulgada em 4 de abril de 1990.

Atualizada em 19 de maio de 2023.

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CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE
RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO

PREÂMBULO

NÓS, REPRESENTANTES DO POVO


RECIFENSE, INVESTIDOS EM PODERES
OUTORGADOS PELA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E
LEGITIMADOS PELA VONTADE
POPULAR, AFIRMANDO O PROPÓSITO
DE FAVORECER O PROGRESSO
ECONÔMICO E CULTURAL,
ESTABELECER AS BASES DE UMA
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA,
PROTEGER E ESTIMULAR A PRÁTICA DA
CIDADANIA, SOB O FUNDAMENTO DOS
IDEAIS DE LIBERDADE E JUSTIÇA
SOCIAL, EM CONSONÂNCIA COM A
CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE DIREITO
E DE UMA CIDADE SOLIDÁRIA E
HUMANA, DECRETAMOS E
PROMULGAMOS, SOB A PROTEÇÃO DE
DEUS, A SEGUINTE LEI ORGÂNICA
MUNICIPAL:

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RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO

TÍTULO I

DO MUNICÍPIO

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - O Município do Recife, parte integrante da República Federativa do


Brasil, capital do Estado de Pernambuco, é uma unidade do território do Estado,
com personalidade jurídica de direito público e autonomia nos termos
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil e na Constituição
do Estado de Pernambuco, organizando-se nos termos desta Lei Orgânica.

Art. 2º - É mantido o atual território do Recife, cujos limites só podem ser


alterados na forma estabelecida pela Constituição do Estado de Pernambuco.

Art. 3º - São símbolo do Município do Recife a bandeira, o escudo, o hino e outros


estabelecidos pela Lei Municipal.

Art. 4º - O Município assegurará o pleno exercício da cidadania, bem como criará


os instrumentos adequados à sua proteção.

Art. 5º - São instrumentos básicos de conscientização e defesa da cidadania:

I - o Conselho de Defesa dos Direitos Humanos;

II - o Conselho de Defesa do Consumidor;

III - o Conselho de Comunicação Social;

IV - Revogado (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - O Conselho de Defesa do Consumidor será instituído, organizado e


terá suas atribuições definidas em Lei.

§ 2º - O Conselho de Comunicação Social será vinculado ao Poder


Legislativo e assegurará, na sua composição, a participação das
entidades representativas da Comunicação Social.

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§ 3º - Revogado (alterado pela Emenda nº 21/07)

I - o Defensor do Povo será escolhido por 2/3 (dois terços) dos


Vereadores, em lista tríplice, subscrita, no mínimo, por 1/3, (um terço) dos
componentes da câmara, entre cidadões maiores de 30 (trinta) anos e
que não integrem os poderes locais;

II - o prazo de duração do mandato do Defensor do Povo é de 1 (um) ano,


permitida a sua renovação, por igual período, uma única vez, vedada
remuneração a qualquer título;

III - o Defensor do Povo poderá ser destituído por decisão de 2/3 (dois
terços) dos Vereadores.

Capítulo II

DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Seção I

Da Competência Privativa

Art. 6º - Compete ao Município:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como aplicar


suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou


permissão , os serviços públicos de interesse local;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,


os programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do


Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

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VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,


mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, observada a


legislação e ação fiscalizadora federal e estadual;

X - elaborar e alterar a Lei Orgânica na forma e dentro dos limites fixados


nas Constituições da República e do Estado de Pernambuco;

XI - elaborar a lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana, o


plano diretor e executar as Políticas e Diretrizes de Desenvolvimento
Urbano do Município;

XII - organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal


e estadual;

XIII - elaborar o estatuto dos seus servidores, observados os princípios da


Constituição da República e do Estado de Pernambuco;

XIV - promover e criar mecanismos de participação popular na gestão


pública do Município;

XV - disciplinar o transporte público de passageiros bem como os serviços


de táxi e autocarga, realizando o planejamento técnico, a fiscalização e o
controle de trânsito;

XVI - ordenar, regulamentar atividades urbanas e exercer o seu poder de


polícia administrativa, visando preservar as normas de saúde, segurança
e outras de interesse coletivo.

XVII - dispor, em relação aos estabelecimentos comerciais, industriais ou


de prestação de serviços, quanto ao horário de funcionamento, sobre a
concessão, renovação ou revogação de licença de localização ou de
funcionamento, e sobre isenção de tributos e declaração de utilidade
pública. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Seção II

Da Competência Comum

Art. 7º - Sem prejuízo da competência privativa de que trata o Artigo anterior,


cabe ao Município, em conjunto com a União e o Estado:

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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições


democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, bem como da proteção e


garantia das pessoas com deficiência; (alterado pela Emenda nº 21/07)

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,


artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais e sítios
arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de


arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar à população meios de acesso à cultura, à educação, à


ciência e à tecnologia;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas


formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento;

IX - promover programas de construção de moradias e de melhoria das


condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,


promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de


pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais;

XII - estabelecer e implantar a política de educação para a segurança do


trânsito.

XIII - estabelecer políticas de prevenção e combate à violência e a


discriminação, particularmente contra a mulher, o negro e as minorias na
forma da lei. (acrescido pela Emenda nº 21/07).

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TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 8º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo e o Executivo. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 9º- O Poder Municipal será exercido pelo povo, nos termos da Constituição
da República, da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica.

§ 1º - O exercício indireto do poder pelo povo far-se-á através de


representantes eleitos, mediante sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, na forma da Constituição da República.

§ 2º - O exercício direto do poder pelo povo far-se-á através dos seguintes


instrumentos:

I - iniciativa popular no processo legislativo;

II - plebiscito;

III - referendo.

§ 3º - A convocação de plebiscito e a autorização de referendo


dependerá da solicitação:

I - da maioria dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito;

III - de 5% (cinco por cento) do eleitorado alistado no Município,


obedecido o disposto no § 1º do Artigo 30 desta Lei Orgânica.

§ 4º - Convocado o plebiscito e autorizado o referendo, caberá à Câmara


Municipal manter entendimentos com a Justiça Eleitoral para viabilizar o
processo de votação no prazo de 90 (noventa) dias.

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§ 5º - O Município criará instrumentos de participação popular nas


decisões, na gestão e no controle da administração pública, na forma da
lei. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Capítulo II

DO PODER LEGISLATIVO

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 10 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal. (caput,


parágrafos, incisos e alíneas acrescidos pela Emenda nº 24/11)

§ 1° - Para fins de sua composição a Câmara Municipal do Recife


observará os seguintes limites inerentes a sua população:

a) 37 (trinta e sete) Vereadores, quando a população do Município for de


1.350.000 (um milhão e trezentos e cinqüenta mil) habitantes até
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;

b) 39 (trinta e nove) Vereadores, quando a população do Município for


de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;

c) 41 (quarenta e um) Vereadores, quando a população do Município for


de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;

d) 43 (quarenta e três) Vereadores, quando a população do Município for


de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de
até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;

e) 45 (quarenta e cinco) Vereadores quando a população do Município


for de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000
(quatro milhões) de habitantes;

f) 47 (quarenta e sete) Vereadores, quando a população do Município for


de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000
(cinco milhões) de habitantes;

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g) 49 (quarenta e nove) Vereadores, quando a população do Município


for de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
6.000.000 (seis milhões) de habitantes;

h) 51 (cinqüenta e um) Vereadores quando a população do Município for


de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
(sete milhões) de habitantes;

i) 53 (cinqüenta e três) Vereadores, nos quando a população do


Município for de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e

j) 55 (cinqüenta e cinco) Vereadores, quando a população do Município


for de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;

§ 2° - A população do município, para os fins deste artigo, será a


constante da estimativa mais atualizada do órgão oficial de estatística.

§ 3° - Sobrevindo emenda constitucional que altere o art. 29, da


Constituição Federal, de modo a modificar os critérios ora estabelecidos,
a Câmara Municipal do Recife proverá a observância das novas regras.

§ 4° - A Câmara Municipal obedece ao princípio da transparência em


todos seus atos, sendo vedada a reunião secreta. (acrescido pela
Emenda nº 28/14)

Art. 11 - A Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano da


legislatura, para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger sua
comissão executiva, para mandato de 2 (dois) anos, em votação aberta, por meio
de procedimento que garanta o conhecimento público de cada voto, podendo ser
reconduzido por mais um mandato. (alterado pela Emenda nº 28/14).

Art. 12. A Câmara Municipal do Recife reunir-se-á anualmente de:

I - 1º de fevereiro a 5 de julho; e

II - 1º de agosto a 22 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o


primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em:

I - sábados;

II - domingos; ou
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III - feriados.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do


projeto de:

I - lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e

II - lei orçamentária anual (LOA).

§3º Serão considerados como recesso legislativo os períodos de:

I - 6 a 31 de julho; e

II - 23 de dezembro a 31 de janeiro. (Alterado pela Emenda nº 33, de 25


de maio de 2020)

Seção II

Da Organização e do Funcionamento Da Câmara Municipal

Art. 13 - Compõe a estrutura organizacional da Câmara Municipal:

I - o plenário da Câmara Municipal, constituído pelos Vereadores, a quem


cabe deliberar sobre o processo legislativo;

II - a comissão executiva, a quem cabe examinar e executar os


procedimentos administrativos e regimentais necessários ao
funcionamento da instituição e do processo legislativo;

III - as comissões parlamentares permanentes, temporárias e de inquérito,


as quais cabe emitir pareceres técnicos sobre matérias de competência
da Câmara Municipal, constituídas na forma e com atribuições previstas
nesta Lei Orgânica, no Regimento Interno e no ato de sua criação;

IV - o conselho de cidadãos, cuja composição, funcionamento e


atribuições serão definidas em lei;

V - a tribuna popular, mecanismo de participação da sociedade civil


organizada, que será utilizada no plenário nos termos do regimento
interno.

Art. 14. A Comissão executiva da Câmara Municipal do Recife será composta por
1 (um) Presidente, 3 (três) Vice-Presidentes e 3 (três) Secretários e deverá ser
eleita para o mandato de 2 (dois) anos, conforme dispuser o Regimento Interno.
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§ 1º Quando da eleição da Comissão Executiva, serão eleitos 2 (dois)


Suplentes, que substituirão os membros titulares de acordo com o
preceituado no Regimento Interno.

§ 2º Os Suplentes da Comissão Executiva só terão direito a voto quando


em exercício da função de membro titular.

§ 3º Qualquer membro da Comissão Executiva poderá ser destituído pelo


voto de 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara, quando faltoso,
omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais,
elegendo-se outro Vereador para completar o mandato. (substituído pela
Emenda nº 31/18)

Art.15 - Na composição das comissões, será assegurada, tanto quanto possível,


a participação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares oficialmente
representados na Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A participação popular nos trabalhos das comissões


técnicas será viabilizada através de audiências públicas e ou reuniões
públicas, por solicitação de qualquer Vereador, comissão permanente ou
entidades representativas da sociedade civil, na forma do regimento
interno. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art.16 - As reuniões do plenário e das comissões serão, obrigatoriamente,


abertas ao público.

Art.17 - As comissões parlamentares de inquérito, observada a legislação


específica, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros previstos no regimento interno, e serão criadas a requerimento de 1/3
(um terço) dos Vereadores, para apuração de fato determinado e por prazo certo,
e suas conclusões, se for o caso, encaminhadas aos órgãos competentes para
que promovam a responsabilidade civil, criminal ou administrativa do infrator.

Art.18 - No período de recesso, a Câmara Municipal poderá ser convocada


extraordinariamente para tratar de matéria urgente ou de interesse público
relevante, por iniciativa:

I - do Prefeito;

II - do Presidente da Câmara Municipal;

III - da maioria absoluta dos Vereadores; e


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IV - popular, de 1% (um por cento) dos eleitores alistados no Município,


obedecido o disposto no § 1º do art. 30.

Parágrafo único. Nas reuniões extraordinárias, não serão tratadas


matérias estranhas às que motivaram sua convocação, exceto na
vigência das seguintes situações:

I - Estado de Defesa;

II - Estado de Sítio;

III - Calamidade Pública; e

IV - Intervenção. (Alterado pela Emenda nº 35, de 24 de abril de 2023)

Art.19 - Não poderá ser realizada mais de uma reunião ordinária ou mais de uma
extraordinária por dia e, salvo motivo de força maior, devidamente caracterizado,
todas deverão realizar-se no recinto destinado a seu funcionamento, sendo nulas
as que se realizarem em desacordo com o estabelecido neste artigo.

Parágrafo único. As reuniões ordinárias e extraordinárias poderão ocorrer


de forma remota, com a utilização dos recursos tecnológicos de áudio e
vídeo disponíveis, em situações tais como as elencadas no §3º do art. 18.
(Alterado pela Emenda nº 33, de 25 de maio de 2020)

Art. 20 - O Presidente da Câmara Municipal só terá voto nos casos de eleição da


comissão executiva e de empate nas demais votações, ou quando a matéria
exigir quorum especial.

Art. 21 - Anualmente, até 60 (sessenta) dias após o início da sessão legislativa, a


Câmara Municipal receberá, em sessão especial, o Prefeito que, através de
relatório escrito, prestará contas da administração municipal.

Seção III

Da Competência

Art. 22 - Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre:

I - lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana;

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II - plano diretor;

III - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais;

IV - matéria tributária, arrecadação e distribuição de rendas; (alterado


pela Emenda nº 21/07)

V - dívida pública e autorização para contratação de operação de crédito;

VI - organização, concessão e permissão de serviços públicos municipais;

VII - criação, organização, fixação e modificação dos efetivos da Guarda


Municipal;

VIII - criação, transformação e extinção de cargos, funções e empregos


públicos na administração direta, autárquica e fundacional e fixação de
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e no artigo 54, VI desta Lei Orgânica; (alterado
pela Emenda nº 21/07)

IX - fixação do quadro de empregados das empresas públicas,


sociedades de economia mista e demais entidades sobre controle direto
ou indireto do Município;

X - servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu


regime jurídico único, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

XI - criação e extinção das secretarias municipais e demais órgãos e


entidades da administração pública; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XII - divisão regional da administração pública;

XIII - divisão territorial do Município, respeitadas as legislações federal e


estadual;

XIV - bens do domínio público;

XV - alienação e oneração de bens imóveis pertencentes ao Município e


às entidades da administração indireta;

XVI - cancelamento da dívida ativa do Município, autorização de


suspensão de sua cobrança e de elevação de ônus e juros;

XVII - denominação de próprios e logradouros públicos;

XVIII - servidões administrativas;

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XIX - instituição de penalidades administrativas;

XX - autorização da participação do Município em entidade intermunicipal


destinada à gestão, prestação ou execução de serviço público relevante
de interesse comum;

XXI - normatização dos mecanismos de participação popular e da


transparência no Governo Municipal. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 23 - Compete privativamente à Câmara Municipal:

I - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito;

II - eleger e destituir a Comissão Executiva e constituir comissões;

III - elaborar regimento interno;

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento e política;

V - dispor sobre criação, transformação ou extinção de cargo, emprego ou


função de seus serviços e a iniciativa de leis para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias; (alterado pela Emenda nº 21/07)

VI - aprovar crédito suplementar ao orçamento de sua secretaria, nos


termos desta Lei Orgânica;

VII - fixar o subsídio do Vereador, Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Secretários Municipais; (alterado pela Emenda nº 21/07)

VIII - conhecer da renúncia do Prefeito e do Vice-Prefeito;

IX - conceder licença ao Prefeito para interromper o exercício de suas


funções;

X - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a ausentar-se do Município por


mais de 15 (quinze) dias e do País por mais de 8 (oito) dias; ( alterado
pela Emenda Nº 01/93)

XI - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários


Municipais nas infrações político-administrativas;

XII - aplicar as seguintes sanções ao Prefeito, Vice-Prefeito e seus


auxiliares:

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a) censura pública, nos casos previstos nos incisos IX e X do Artigo 59


desta Lei Orgânica, deliberada por maioria absoluta;

b) suspensão temporária do mandato ou do exercício das funções, nos


casos previstos nos incisos II, III IV e V do Artigo 59 desta Lei
Orgânica, deliberada por 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara
Municipal; (alterado pela Emenda nº 07/98)

c) cassação de mandato, conforme o caso, nas hipóteses previstas nos


incisos I, VI, VII, VIII do Artigo 59 desta Lei Orgânica, ou por infração
político-administrativa, por 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara
Municipal; (alterado pela Emenda nº 07/98)

XIII - proceder à tomada de contas do Prefeito não apresentadas dentro


de 60(sessenta) dias da sessão legislativa;

XIV - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os


relatórios sobre a execução dos planos do governo;

XV - autorizar, previamente, convênio intermunicipal para modificação de


limites;

XVI - solicitar, por deliberação da maioria absoluta, a intervenção do


Município para assegurar o cumprimento da Constituição da República,
da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica, bem como para assegurar
o livre exercício de suas atribuições;

XVII - suspender, no todo ou em parte, a execução de qualquer ato


normativo municipal que haja sido, por decisão definitiva do Poder
Judiciário, declarado infringente desta Lei Orgânica;

XVIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do


poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa;

XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da


administração indireta, observado o disposto no artigo 39; (alterado pela
Emenda nº 21/07)

XX - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia do


município em operações de crédito;

XXI - autorizar a realização de empréstimo, operação ou acordo externo,


de qualquer natureza, de interesse do Município, regulando as suas
condições e respectiva aplicação, observada e legislação federal;

XXII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

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XXIII - criar comissões parlamentares de inquérito;

XXIV - solicitar, através da Comissão Executiva, informações ao Prefeito,


Secretário, dirigentes de entidades da administração indireta ou
autoridade municipal, na forma desta Lei Orgânica;

XXV - apreciar, por maioria absoluta, os vetos do Poder Executivo;

XXVI - conceder honrarias a pessoas cujos serviços ao Município sejam


reconhecidos e relevantes, na forma do regimento interno;

XXVII - Revogado (alterado pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - A deliberação sobre as matérias constantes nos incisos


II, III, IV, V, X, XIV e XV processar-se-á mediante resolução e, nos demais
casos, através de decreto legislativo, excetuados os itens I, XI, XIII, XVII,
XX e XXV.

Seção IV

Do Processo Legislativo

Art. 24 - O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

III - leis ordinárias;

IV - decretos legislativos;

V - resoluções.

§ 1º A legislação municipal será, obrigatoriamente, publicada no Diário


Oficial do Município e disponibilizada na rede mundial de computadores
(Internet). (alterado pela Emenda nº 32/19)

§ 2º Lei complementar disporá sobre a legística e a consolidação das leis


municipais. (alterado pela Emenda nº 32/19)

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Subseção I

Das Emendas à Lei Orgânica

Art. 25 - A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - de 1/3 (um terço), no mínimo, da Câmara Municipal;

II - do Prefeito;

III - de iniciativa popular, subscrita por, no mínimo, 5% (cinco por cento)


dos eleitores alistados no Município, obedecido o disposto no § 1º do Artigo
30 desta Lei Orgânica.

§ 1º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício


mínimo de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos,
3/5 (três quintos) dos votos dos membros da Câmara Municipal. (alterado
pela Emenda nº 07/98)

§ 2º - A emenda será promulgada pela Comissão Executiva da Câmara


Municipal.

§ 3º - A Lei Orgânica não pode ser emendada na vigência de estado de


sítio ou estado de defesa, nem quando o Município estiver sob intervenção
estadual.

§ 4º - Na discussão de projeto de iniciativa popular é assegurado a sua


defesa, na tribuna popular, por um dos signatários, na forma em que
dispuser o regimento interno.

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa.

Subseção II

Das Leis

Art. 26 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, a


qualquer membro ou comissão da Câmara Municipal e aos cidadãos, mediante

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iniciativa popular, observado o disposto nesta Lei Orgânica. (alterado pela


Emenda nº 21/07)

Parágrafo único - São objeto de lei complementar, aprovadas mediante


maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, observadas, no que
couber, as normas da Constituição Federal: (acrescido pela Emenda nº
21/07)

I. a lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana e do plano


diretor; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II. a organização da Procuradoria Geral do Município. (acrescido pela


Emenda nº 21/07)

Art. 27 - Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que


disponham sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos


públicos na administração direta, autárquica e fundacional;

II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores;

III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria


dos servidores;

IV - matéria orçamentária. (alterado pela Emenda nº 21/07)

V - criação e extinção de secretarias e órgãos da administração pública


municipal. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo único - O Prefeito poderá solicitar à Comissão Executiva a


devolução de projeto de lei de autoria do Poder Executivo, em qualquer
fase de sua tramitação, excetuando-se a de votação, no que será, de
pronto, atendido.

Art.28 - É da competência exclusiva da Câmara Municipal a iniciativa dos projetos


que disponham sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos do


Poder Legislativo;

II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores;

III - organização e funcionamento dos seus serviços, dispondo sobre


estrutura administrativa de apoio e junta médica no âmbito da Câmara
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Municipal, que proporcione a eficiência da produção normativa. (alterado


pela Emenda nº 21/07)

IV - regime fechado de previdência complementar, que oferecerá aos


Vereadores planos de benefícios somente na modalidade de contribuição
definida, decorrentes do pagamento de contribuições previdenciárias dos
parlamentares, com adesão de modo opcional, o qual será regulamentado
por lei municipal, de acordo com as regras estabelecidas na legislação
federal de que trata a matéria. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art.29 - Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da


Câmara Municipal;

Art. 30 - A iniciativa popular de lei será exercida mediante a apresentação, à


Câmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por
cento) do eleitorado alistado no Município.

§ 1º - A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para seu


recebimento, a identificação dos assinantes, mediante indicação do
número do respectivo título eleitoral.

§ 2º - A tribuna popular poderá ser utilizada, por um dos subscritores da


iniciativa do projeto de lei.

§ 3º - O projeto de lei de iniciativa popular, decorridos 60 (sessenta) dias


de seu recebimento, será incluído na ordem do dia, mesmo sem os
pareceres das comissões técnicas permanentes, sobrestando-se os
demais assuntos até ultimada a sua votação, ressalvado o caso previsto
no § 1º do Artigo 32 desta Lei Orgânica.

§ 4º - A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às


normas relativas ao processo legislativo estabelecido nesta lei.

Art. 31 - As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da


maioria simples dos membros da Câmara Municipal.

§ 1º - Na hipótese de apreciação da lei de diretrizes gerais em matéria de


política urbana e do plano diretor, exigir-se-á, para aprovação, o voto da
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

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§ 2º - Decorridos 60 (sessenta) dias do recebimento de projeto de lei, sem


deliberação da Câmara Municipal, aplicar-se-á o disposto no § 1º do
Artigo 32 desta Lei Orgânica.

Art. 32 - O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua


iniciativa considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de
45 (quarenta e cinco) dias.

§ 1º - Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no "caput" deste Artigo,


o projeto será obrigatoriamente incluído na ordem do dia com ou sem
parecer, para que se ultime sua votação, sobrestando-se a deliberação
quanto aos demais assuntos, com exceção do disposto no § 3º do Artigo
34 desta Lei Orgânica.

§ 2º O prazo referido neste Artigo não corre nos períodos de recesso da


Câmara Municipal e não se aplica aos projetos de codificação.

Art. 33 - O projeto aprovado em 02 (dois) turnos de votação será, no prazo de 10


(dez) dias úteis, enviado pelo Presidente da Câmara Municipal ao Prefeito que,
concordando, sanciona-lo-á, no prazo de 15(quinze) dias úteis.

Parágrafo Único - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio


do Prefeito importará sanção.

Art.34 - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou


contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15
(quinze) dias úteis contados da data do recebimento e comunicará, dentro de 48
(quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara Municipal, os motivos do veto.

§ 1º - O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o


texto integral de Artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 2º - As razões aduzidas no veto serão apreciadas em uma única


discussão, no prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento, exceto
nos períodos de recesso.

§ 3º - Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo anterior


deste Artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

§ 4º - O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos membros


da Câmara Municipal, em votação aberta, por meio de procedimento que
garanta o conhecimento público de cada voto. (alterado pela Emenda nº
28/14)
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§ 5º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito em 48


(quarenta e oito) horas, para promulgação.

§ 6º - Se o Prefeito não promulgar a lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos


casos de sanção tácita ou rejeição de veto, o Presidente da Câmara
Municipal promulga-la-á e, se este não o fizer, caberá ao Vice-Presidente,
em igual prazo, fazê-lo.

§ 7º - Na apreciação do veto, a Câmara Municipal não poderá introduzir


qualquer modificação no texto vetado.

Art. 35 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir


objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Art. 36 - O projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de


todas as comissões, será tido como rejeitado.

Parágrafo Único - Será facultada a reapresentação do projeto a


requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores.

Subseção III

Dos Decretos Legislativos e das Resoluções

Art. 37 - Os projetos de decreto legislativo e resolução, aprovados pelo plenário


em um só turno de votação, serão promulgados pelo Presidente da Câmara.

Seção V

Dos Vereadores

Art. 38 - Os Vereadores tomarão posse no dia 1º de janeiro do primeiro ano de


cada legislatura, em sessão solene presidida pelo Vereador mais votado pelo
povo, entre os presentes.

Parágrafo Único - No ato da posse, o Vereador fará declaração de bens e


renova-la-á, anualmente, no prazo de que trata o Artigo 21 desta Lei
Orgânica.

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Art. 39 - Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no


exercício do mandato e na circunscrição do Município, podendo, no exercício de
sua atividade fiscalizadora, ter acesso as repartições públicas, seus documentos
e as informações relevantes só no interesse do município. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

Art. 40 - O Vereador poderá licenciar-se somente:

I - por doença devidamente comprovada ou por gravidez, pelo prazo


previsto para a licença-gestante ou licença-paternidade nos termos
previstos no artigo 7º, incisos XVIII e XIX, da Constituição Federal;
(alterado pela Emenda nº 21/07)

II - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de


interesse do Município;

III - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, por prazo


determinado que não ultrapasse a 120 (cento e vinte) dias por sessão
legislativa, podendo reassumir o exercício e a titularidade do mandato do
término da licença; (alterado pela Emenda nº 10/99)

IV - nos casos previstos no Artigo 43, inciso I, desta Lei Orgânica.

§ 1º - para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício, o


Vereador licenciado nos termos dos incisos I e II.

§ 2º - a licença, em qualquer hipótese, depende de autorização da


Câmara Municipal.

Art. 41 - O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,


autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundações
instituídas ou mantidas pelo poder público, ou empresa concessionária de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar e tomar posse em cargo, função ou emprego remunerado,


inclusive os de livre exoneração, nas entidades constantes da alínea
anterior.

II - desde a posse:

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a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor


decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de livre exoneração nas entidades referidas


no inciso I, a;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a


que se refere o inciso I, a;

d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Parágrafo Único - Quanto ao Vereador investido em cargo ou emprego


público, observar-se-á o seguinte:

I - havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu


cargo, emprego ou função, sem prejuízo dos subsídios a que faz jus;

II - não havendo compatibilidade de horário, ficará afastado do seu cargo,


emprego ou função, contando-se-lhe o tempo de serviço para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

III - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os


valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Art. 42 - Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no Artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro


parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte


das reuniões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a justiça eleitoral, nos casos previstos na


Constituição da República;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.


(alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos


no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao

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Vereador ou a percepção de vantagens indevidas. (alterado pela


Emenda nº 21/07)

§ 2º Nos casos dos incisos I, II, e VI, a perda do mandato será decidida
pela Câmara Municipal, por maioria absoluta e voto aberto, mediante
provocação da Comissão Executiva ou de partido político, assegurada a
ampla defesa. (alterado pela Emenda nº 27/13)

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela
Comissão Executiva da Câmara Municipal, de ofício ou mediante
provocação de qualquer de seus membros ou de partido político,
assegurada ampla defesa. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 4º - Em todos os casos, o Vereador terá assegurado o direito de plena


defesa.

Art. 43 - Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,


Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Município, de Presidente ou
equivalente de Autarquias, Empresas Públicas, Fundações e Sociedades
de Economias Estaduais e Federais ou desempenhando, com prévia
licença da Câmara Municipal, missão temporária de caráter diplomático;
(alterado pela Emenda nº 04/94)

II - licenciado pela Câmara Municipal nos casos previstos no Artigo 40


desta Lei Orgânica.

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga pela investidura do


titular nas funções previstas neste Artigo ou de licença superior a 120
(cento e vinte) dias.

§ 2º - O vereador investido em qualquer dos cargos previstos no inciso I


poderá optar pela remuneração do mandato.

Art. 44 - No caso de vaga ou de licença de Vereador, o Presidente convocará


imediatamente o suplente.

§ 1º - O suplente convocado deverá tomar posse, dentro do prazo de 15


(quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.

§ 2º - Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará


o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, diretamente ao Tribunal
Regional Eleitoral.

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Art. 45 - O Vereador perceberá a remuneração fixada pela Câmara Municipal,


observados os critérios estabelecidos nesta Lei Orgânica e os limites definidos
nos artigos 29, Inciso VI e 37, Inciso XI, respectivamente, da Constituição Federal.
(alterado pela Emenda nº. 20/06)

§ 1º - É vedada a concessão de gratificações, de qualquer natureza,


inclusive pelas convocações extraordinárias, ressalvadas as gratificações
de representações atribuídas aos Membros da Comissão Executiva, aos
Presidentes das Comissões Permanentes e aos Líderes Partidário,
observado o disposto no artigo 37, inciso XI da Constituição Federal, na
redação dada pela Emenda Constitucional nº. 41, de 19 de dezembro de
2003. (alterado pela Emenda nº 17/06)

§ 2º. considerar-se-á alterado o subsídio vigente, no valor correspondente


a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais, sempre
que a Assembléia Legislativa Estadual promova, a qualquer tempo, nova
fixação dos subsídios dos seus respectivos Deputados; . (alterado pela
Emenda nº 20/06)

§ 3º. considera-se mantido o subsídio vigente, na hipótese de não se


proceder à respectiva fixação na época própria, atualizado o valor
monetário conforme estabelecer norma municipal específica. (alterado
pela Emenda nº 20/06)

Seção VI

Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e


Patrimonial

Art. 46 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial do Município e das entidades de sua administração direta ou indireta
será exercida pela Câmara Municipal, mediante controles, externos e interno, de
cada poder e entidade.

§ 1º - Quanto ao controle externo, observar-se-á o que dispõe o Artigo 86


da Constituição Estadual.

§ 2º - Quanto ao controle interno, os Poderes Executivo e Legislativo


atuarão de forma integrada, nos termos do Artigo 74 e parágrafos, da
Constituição da República.

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Art. 47 - A Câmara Municipal editará, em linguagem acessível, a prestação de


contas do Município, para dar cumprimento ao disposto no §3º do Artigo 86 da
Constituição Estadual. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - A versão popular da prestação de contas ficará exposta ao público,


durante 60 (sessenta) dias, nas repartições municipais e nos
equipamentos coletivos municipais.

§ 2º - No período de que trata o parágrafo anterior, o Poder Executivo e a


Câmara Municipal designarão equipes técnicas especializadas para
prestar informações aos interessados.

§ 3º - Lei ordinária definirá os procedimentos e os prazos a serem


observados pelos contribuintes para o questionamento quanto as contas
municipais.

Art. 48 - O Presidente da Câmara remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, até


30 (trinta) de abril do exercício seguinte, as contas do Poder Legislativo e do
Poder Executivo, sendo, as do Poder Executivo entregues à Câmara Municipal,
pelo Prefeito, até o dia 30 de março.

Capítulo III

DO PODER EXECUTIVO

Seção I

Do Prefeito e Do Vice-Prefeito

Art. 49 - O Poder Executivo do Município é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos


Secretários Municipais.

Art. 50 - A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para um mandato de 04 (quatro)


anos, será realizada em pleito direto, mediante voto secreto e universal,
obedecidas as regras constantes do Artigo 29, incisos I e II, e Artigo 77 da
Constituição da República.

Parágrafo Único - Perderá o mandato, o Prefeito que assumir outro cargo


ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse

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em virtude de concurso público e observado o disposto no Artigo 38,


incisos I, II, IV e V da Constituição da República.

Art. 51 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara Municipal,


no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição.

§ 1º - Se, decorridos 10(dez) dias da data fixada para posse, o Prefeito ou


o Vice-Prefeito não tiver assumido o cargo, salvo motivo de força maior,
este será declarado vago pela Câmara Municipal.

§ 2º - O Prefeito será substituído, no caso de impedimento ou ausência do


Município e sucedido, no caso de vaga, pelo Vice-Prefeito ou, na
ausência de ambos ou vacância de seus cargos, pelo Presidente da
Câmara Municipal.

§ 3º - Na hipótese de vacância dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito,


serão obedecidas as seguintes regras:

I - se a vacância ocorrer antes dos últimos 15 (quinze) meses de mandato


será realizada eleição após 90 (noventa) dias, contados a partir da
abertura da última vaga.

II - se a vacância ocorrer nos últimos 15 (quinze) meses de mandato


assumirá o Presidente da Câmara e, no caso do impedimento deste,
aquele que a Câmara Municipal eleger, entre os seus membros;

III - em qualquer dos casos, os substitutos completarão o período dos


seus antecessores.

§ 4º - No ato de posse, o Prefeito, o Vice-Prefeito, bem como todos os


ocupantes dos cargos em comissão ou de direção das entidades da
administração, farão declaração de bens e renová-la-ão anualmente, no
prazo de que trata o Artigo 21 desta Lei Orgânica.

5º - São extensivas ao Prefeito e ao Vice-Prefeito as vedações constantes


do Artigo 41 desta Lei Orgânica.

Art. 52 - O Prefeito, o Vice-Prefeito e Vereadores, não poderão ausentarem-se do


Município, por mais de 15 (quinze) dias consecutivos ou do País, por mais de
8(oito) dias consecutivos, sem licença da Câmara Municipal. (alterado pela
Emenda nº 01/93)

Art. 53 - A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixada, observado o


disposto no Artigo 45 desta Lei Orgânica.
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Seção II

Das Atribuições do Prefeito

Art. 54 - Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - nomear e exonerar seus auxiliares diretos;

III - iniciar o processo legislativo, nos termos desta Lei Orgânica;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como expedir decretos


e/ou regulamentos para sua fiel execução, os dois últimos no prazo de
01(um) ano ou na forma definida na lei; (alterado pela Emenda nº 21/07)

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor mediante decreto sobre: (alterado pela Emenda nº 21/07)

a) organização e funcionamento da administração municipal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (acrescido


pela Emenda nº 21/07)

VII - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal, por


ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do
Município;

VIII - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o projeto de lei de


diretrizes orçamentárias e a proposta de orçamentos previstos nesta Lei
Orgânica;

IX - enviar à Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do Estado, dentro


de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa, as contas e o
balanço geral referentes ao exercício anterior;

X - prover e extinguir cargos públicos municipais, na forma da lei,


ressalvada a competência da Câmara Municipal;
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XI - declarar a necessidade, a utilidade pública ou o interesse social, para


fins de desapropriação nos termos da lei federal;

XII - prestar dentro de 30 (trinta) dias, as informações solicitadas pela


Câmara Municipal;

XIII - solicitar o concurso das autoridades policiais do Estado para


assegurar o cumprimento das normas da administração municipal;

XIV - celebrar convênios, ajustes e contratos de interesse municipal;

XV - contrair empréstimos, externo ou interno, mediante prévia


autorização da Câmara Municipal, observados os parâmetros de
endividamento regulados em lei, segundo os princípios da Constituição da
República;

XVI - participar da formação de juntas militares, através de sua instalação


e nomeação de um seu representante, nos termos da lei que regula o
serviço militar;

XVII - exercer outras atribuições prevista nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar aos Secretários Municipais


as atribuições contidas no itens XIII e XIV, podendo haver subdelegação
com consentimento expresso daquele.

Art. 55 - Até 45 (quarenta e cinco) dias depois das eleições municipais, o


Prefeito deverá definir equipe de transição, que preparará, para entrega ao
sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da administração
municipal que conterá, entre outras, informações atualizadas sobre: (alterado
pela Emenda nº 21/07)

I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos


vencimentos, inclusive das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes
de operações de crédito, informando sobre a capacidade da
administração municipal realizar operações de crédito de qualquer
natureza;

II - medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o


Tribunal de Contas ou órgão equivalente, se for o caso;

III - prestações de contas de contratos celebrados com organismos da


União e do Estado, bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;

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IV - situação dos contratos com concessionários e permissionários de


serviços públicos;

V - situação dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas


formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por
executar e pagar, com os prazos respectivos;

VI - transferência a serem recebidas da União e do Estado, por força de


mandamento constitucional ou de convênios;

VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara


Municipal;

VIII - situação dos servidores do Município, seu custo global, quantidade e


órgãos em que estão lotados.

Parágrafo único - o disposto no caput não se aplica ao caso de reeleição


do Prefeito. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 56 - Até 30 (trinta) dias antes da posse do Prefeito eleito, o Prefeito publicará
no Diário Oficial e nos jornais de grande circulação, o balancete da administração
direta e indireta do Município, relativo ao período compreendido entre 1º de
janeiro e 31 de outubro do exercício em curso.

Seção III

Das Responsabilidade

Art. 57 - São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito definidos em lei


federal e, em especial, nos termos do artigo 85 da Constituição Federal, os que
atentem contra: (alterado pela Emenda nº 21/07)

I - a existência do Município; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - o livre exercício do Poder Legislativo; (acrescido pela Emenda nº


21/07)

III - a probidade na administração; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

IV - a lei orçamentária; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

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V - o cumprimento das leis e decisões judiciais. (acrescido pela Emenda


nº 21/07)

Art. 58 - Admitida a acusação contra o Prefeito, por 2/3 (dois terços) da Câmara
Municipal, será ele submetido a julgamento pelos crimes comuns e de
responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

§ 1º - O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa - crime


pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo


Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

§ 2º - Se decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, o julgamento


não estiver concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo de
regular o prosseguimento do processo

Art. 59 - São infrações político-administrativas do Prefeito, Vice-Prefeito e seus


auxiliares:

I - impedir o funcionamento regular da Câmara Municipal, bem como o


cerceamento do exercício da atividade fiscalizadora do Vereador, nos
termos do artigo 39 desta Lei Orgânica; (alterado pela Emenda nº 21/07)

II - impedir o exame de livros e documentos que devam constar dos


arquivos da Prefeitura;

III - desatender as convocações ou não responder integralmente os


pedidos de informações da Câmara Municipal do Recife, sem motivo justo
e comunicado no prazo de 30(trinta) dias; (alterado pela Emenda nº
21/07)

IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a


essa formalidade;

V - deixar de apresentar à Câmara Municipal, no devido tempo e em


forma regular, as propostas de diretrizes orçamentárias, dos orçamentos
anuais e do plano plurianual;

VI - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;

VII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato da sua competência


ou omitir-se de sua prática, inclusive, quando necessária a expedição de
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decretos e/ou regulamentos no prazo fixado nesta Lei Orgânica; (alterado


pela Emenda nº 21/07)

VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou


interesse do Município, sujeitos à administração da Prefeitura;

IX - ausentar-se do Município, por tempo superior a 15 (quinze) dias, sem


autorização da Câmara Municipal;

X - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

§ 1º. - A denúncia das infrações definidas neste artigo, escrita e assinada,


poderá ser formulada por qualquer Vereador ou cidadão com a exposição
dos fatos, devidamente comprovada. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 2º - Por convocação de qualquer Vereador, será submetido ao Plenário


requerimento de rejeição de informações prestadas pelo Prefeito a pedido
formulado pela Câmara Municipal, que deliberará, com aprovação de 3/5
(três quintos) dos seus membros, pelo envio de solicitação de abertura de
processo especial ao Tribunal de Contas do Estado. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Seção IV

Dos Secretários Municipais

Art. 60 - Os Secretários Municipais, nomeados e exonerados pelo Prefeito, estão


sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições
estabelecidas para os Vereadores.

Art. 60. A - Fica vedado o exercício de cargos de secretários municipais ou


equiparados por quem for considerado inelegível nos termos da Lei
Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010, sob pena de nulidade do ato de
nomeação. (acrescido pela Emenda nº 26/12)

Art. 61 - Além de outras atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários


Municipais:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e


entidades da administração municipal, na área de sua competência;

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II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, relativos à sua


área de competência;

III - apresentar ao Prefeito, relatório semestral dos serviços realizados na


Secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem outorgadas


ou delegadas pelo Prefeito;

V - expedir portarias e instruções para a execução das leis, regulamentos


e decretos;

VI - comparecer à Câmara Municipal e prestar as informações solicitadas,


nos casos previstos em lei;

VII - delegar atribuições a seus subordinados.

§ 1º - A Câmara Municipal, ou qualquer de suas comissões, poderão


convocar Secretários do Município ou quaisquer titulares e servidor
público de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando em crime de responsabilidade, nos termos da legislação
federal, a ausência sem justificação adequada. (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

§ 2º - A Mesa da Câmara Municipal poderá encaminhar pedidos escritos


de informação aos Secretários do Município ou a qualquer das pessoas
referidas no parágrafo anterior, importando em crime de responsabilidade,
nos termos da legislação federal, a recusa ou o não atendimento no prazo
de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

TÍTULO III

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Capítulo I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 62 - A administração pública municipal compreende:

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I - a administração direta, integrada pelas secretarias municipais e outros


órgãos públicos de natureza equivalente;

II - a administração indireta, integrada pelas autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista e outros órgãos
dotados de personalidade jurídica própria.

Art. 63 - A administração pública municipal direta, indireta ou fundacional


obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
eficiência e também ao seguinte: (alterado pela Emenda nº 21/07)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros


que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão,
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

III - o prazo de validade do concurso público será de até 02 (dois) anos,


prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,


aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira, nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento, sendo vedada a ocupação por
aqueles considerados inelegíveis nos termos da Lei Complementar nº
135, de 04 de junho de 2010; (acrescido pela Emenda nº 26/12)

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação


sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

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VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as


pessoas com deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado,


para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
observadas as seguintes normas: (alterado pelas Emendas nºs. 13/02,
16/05 e 21/07)

a) realização de seleção pública simplificada, ressalvados os casos de


calamidade pública; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

b) as contratações serão feitas por tempo predeterminado, admitida a


prorrogação, observados os prazos máximos estabelecidos em Lei.
(alterado pela Emenda nº 30/18)

c) proibição de contratação de serviços para realização de atividades


que possam ser, regularmente, exercidas por servidores públicos.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

X - as leis de fixação das remunerações e dos subsídios dos servidores


públicos municipais deverão observar a especificidade de cada cargo e
carreira e buscar, quando possível, a eficiência através de metas de
desempenho, sendo vedada a percepção de remuneração ou subsídio,
incluídas as vantagens pessoais ou outras de qualquer natureza, acima
do limite de que trata o § 6º, art. 97, da Constituição Estadual. (alterado
pela Emenda nº 34/2021)

XI - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser


superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do servidor
público; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XIII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não


serão computados nem acumulados, para fins de concessão de
acréscimos ulteriores; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XIV - a remuneração dos servidores públicos e os subsídios são


irredutíveis, com as ressalvas da Constituição Federal, e somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices; (alterado pela Emenda nº
21/07)

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XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto


quando houver compatibilidade de horários:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,


com profissões regulamentadas; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XVI - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XVII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro


de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais
setores administrativos, na forma da lei;

XVIII - somente por lei específica poderá ser criada ou extinta autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XIX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de


subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada;

XX - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,


serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública, sempre que possível na modalidade de pregão
eletrônico, o que assegurará igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica,
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

XXI - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as


pessoas da raça negra e definirá os critérios de garantia de sua fruição.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

XXII - REVOGADO (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - As ações do Poder Público, no campo da comunicação social,


inclusive a programação visual e sonora, deverão ter caráter educativo,
informativo e de orientação social, e basear-se, exclusivamente, nos
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elementos da identidade oficial do Município, não podendo, em hipótese


alguma, conter nomes, símbolos, imagens, cores ou sons característicos
de outras instituições, idéias, fatos ou pessoas.

§ 2º - Os bens imóveis e móveis e o material de consumo do Município ou


das entidades da administração indireta serão identificados pelos escudo
oficial seguido do nome do órgão ou entidade a que pertençam, vedada a
utilização de qualquer outro símbolo.

§ 3º - A não-observância do disposto nos incisos II e III implicará na


nulidade do ato e na punição da autoridade responsável, nos termos da
lei.

§ 4º - As reclamações relativas a prestação de serviços públicos serão


disciplinadas em lei.

§ 5º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos


direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens
e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível.

§ 6º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados


por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 7º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.

§ 8º - O servidor e o empregado público gozarão de estabilidade no cargo


ou emprego desde o registro da candidatura para o exercício de cargo de
representação sindical ou nos casos previstos no inciso II deste Artigo,
ainda que suplente, até 01 (um) ano após o término do mandato, se eleito
salvo se cometer falta grave definida em lei.

§ 9º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e


entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

I - o prazo de duração do contrato; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,

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obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (acrescido pela Emenda


nº 21/07)

III - a remuneração do pessoal. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 10. O limite máximo remuneratório do pessoal do Município aplica-se às


empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos do Município para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral. (acrescido pela Emenda nº
21/07)

§ 11. Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições: (acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará


afastado de seu cargo, emprego ou função; (acrescido pela Emenda nº
21/07)

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou


função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de


horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de


mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento; (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os


valores serão determinados como se no exercício estivesse. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

§ 12. A administração tributária do Município, atividade essencial ao seu


funcionamento, exercida por servidores de carreira específica, terá
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuará de
forma integrada às administrações tributárias da União e do Estado,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais,
na forma da lei ou convênio. (acrescido pela Emenda nº21/07)

§ 13. Os doadores de sangue que contarem o mínimo de 02 (duas)


doações, num período de 01 (um) ano, estarão isentos do pagamento da
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taxa de inscrição em concursos públicos promovidos pelo Município,


realizados num prazo de até 12 (doze) meses decorridos da última
doação. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 64 - As ações decorrentes da administração pública municipal, além dos


princípios estabelecidos no Artigo anterior, obedecerão aos seguintes processos:

I - participação popular;

II - democratização das informações;

III - cooperação intergovernamental e intermunicipal;

Capítulo II

DO PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 65 - O Município, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia


participativa, dispondo, mediante lei, sobre a criação dos Conselhos Municipais
nas diversas áreas, integrados por representantes do Poder Publico e dos
usuários e concessionários dos serviços públicos, disciplinando a sua composição
e funcionamento, compreendidas nas suas prerrogativas, entre outras:
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - na formulação das políticas e diretrizes da ação pública global e


setorial;

II - no estabelecimento de estratégias de ação e encaminhamento de


soluções dos problemas municipais;

III - na elaboração da lei de diretrizes gerais em matéria de política


urbana, do plano diretor, plano plurianual, dos projetos de lei de diretrizes
orçamentárias e orçamento anual dos planos, programas e projetos
setoriais;

IV - na fiscalização e controle da administração municipal.

Art. 66 - O processo de participação popular será exercido através dos seguintes


instrumentos:

I - plebiscito, referendo e iniciativa popular na processo legislativo;

II - conselho de cidadãos;

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III - tribuna popular;

IV - conselhos e câmaras setoriais institucionais;

V - audiências públicas;

§ 1º O Município, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia


participativa, dispondo, mediante lei específica, sobre a criação dos
conselhos e câmaras setoriais institucionais de que trata o inciso IV.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 2º. Os conselhos e as câmaras setoriais institucionais terão caráter


opinativo e compõem-se de representantes do Poder Público e da
sociedade civil, em regra de modo paritário e, quando possível, com a
maioria de membros representantes da sociedade civil, na forma em que
prever a lei específica. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 3º. Os Conselhos Municipais terão, obrigatoriamente, em sua


composição, no mínimo, a participação de dois (02) Vereadores na
qualidade de representantes do Poder Legislativo. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Capítulo III

DO PROCESSO DE DEMOCRATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

Art. 67 - É assegurado aos cidadãos amplo acesso às informações relativas à


ação da administração pública municipal, através dos instrumentos previstos no
art. 66, conforme regulamentado em legislação específica. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

I - será garantido o acesso, a disponibilização e a divulgação das


informações, inclusive referentes à legislação municipal, em linguagem
acessível e material especifico para os deficientes visuais; (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

II - os instrumentos e informações referidos no inciso anterior serão


obrigatórios para os Poderes Executivo e Legislativo. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - Para efeito do cumprimento do disposto neste Artigo,


será facilitado o acesso e a compreensão das referidas informações,
especialmente através da informatização dos arquivos de dados do poder
público municipal.

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Art. 68 - Toda entidade da sociedade civil com sede ou representação no território


do Município, desde que requeira, terá assegurada audiência pública com o
Prefeito ou outra autoridade do Município, para que se esclareça determinado ato
ou projeto da administração municipal.

Art. 69 - A lei disciplinará os gastos com publicidade no caso dos órgãos da


administração direta, da indireta e da Câmara Municipal, cujas despesas não
poderão ultrapassar 1% (um por cento) da receita efetiva realizada no exercício
anterior, excluídas as operações de crédito e as transferências de capital.

Capítulo IV

DO PROCESSO DE COOPERAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL E


INTERMUNICIPAL

Art. 70 - O Município, objetivando a execução de funções públicas e soluções de


interesse comum, poderá articular-se para cooperação com a União, o Estado de
Pernambuco e os Municípios, principalmente aqueles que integrem a Região
Metropolitana do Recife.

Parágrafo Único - A cooperação intermunicipal e intergovernamental far-


se-á sob a forma de convênios, acordos, consórcios, contratos
multilaterais e outros instrumentos, firmados mediante autorização da
Câmara Municipal, obedecidas as legislações federal, estadual e
municipal, para as finalidades de:

I - planejamento, programação e execução de atividades necessárias,


convenientes ou úteis à comunidade, de interesse local e metropolitano;
(alterado pela Emenda nº 21/07)

II - planejamento urbano;

III - criação, implantação, operação e manutenção de obras e serviços


locais de transportes, abastecimento, saneamento básico, saúde e outros
equipamentos sociais e serviços públicos de natureza intermunicipal ou
regional;

IV - planejamento e execução de atividades turísticas;

V - proteção do patrimônio histórico e cultural, do meio ambiente e de


programas de ação cultural.

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VI - defesa civil permanente. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Capítulo V

DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 71 - A realização de obras públicas adequar-se-á ao Estatuto das Cidades, à


Lei de Diretrizes Gerais em matéria de política urbana, ao Plano Diretor, ao Plano
Plurianual de Investimentos e à Lei de Orçamento Anual, com plano de metas
para as obras de natureza estruturadora e plano por Região Político
Administrativa. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - O Poder Público é impedido de contratar, sob qualquer modalidade,


empresas condenadas em crimes de corrupção ou ambientais, por um
período de 8 (oito) anos à contar trânsito em julgado. (acrescido pela
Emenda nº 26/12)

§ 2º A proibição de que trata o § 1º estende-se aos sócios com poderes


de administração. (acrescido pela Emenda nº 26/12)

Art. 72 - Os serviços públicos municipais serão prestados, preferencialmente,


pela administração direta e indireta ou mediante concessão ou permissão dos
referidos serviços.

Art. 73 - A lei disporá sobre o regime das empresas concessionárias e


permissionárias de serviços públicos ou de utilidade pública, regulando a política
tarifária, estabelecendo as obrigações dos concessionários e permissionários
para a manutenção de serviços adequados e assegurando os direitos dos
usuários, inclusive o de participação paritária nos órgãos colegiados de
fiscalização dos serviços concedidos ou permitidos.

§ 1º. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,


asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações


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sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da


Constituição Federal; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo


de cargo, emprego ou função na administração pública; (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

§ 2º. - As empresas qualificadas como de utilidade pública terão a revisão


de sua qualificação procedida pelo Município, a partir da promulgação
desta Lei Orgânica, para renovação em até 10 (dez) anos, revogando-se
o benefício daquelas que não estiverem mais atendendo aos requisitos
legais ou sem cumprir suas funções. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Capítulo VI

DA GESTÃO DOS BENS PATRIMONIAIS

Art. 74 - Constituem o patrimônio público municipal todos os bens móveis e


imóveis, semoventes, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao
Município.

Art. 75 - Os bens públicos municipais podem ser:

I - de uso comum do povo - tais como estradas municipais, ruas, praças,


logradouros públicos e outros da mesma espécie;

II - de uso especial - os destinados à administração, tais como os edifícios


das repartições públicas, os terrenos destinados ao serviço público e
outras serventias da mesma espécie;

III - bens dominiais - aqueles sobre os quais o Município exerce os


direitos de proprietário e são considerados como bens patrimoniais
disponíveis.

§ 1º. É obrigatório o cadastramento dos bens que integram o patrimônio


público municipal. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 2º. A conservação e manutenção dos bens públicos municipais serão


exercidas pelo Poder Executivo, o qual prestará contas a cada 4 (quatro)
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anos, das condições de conservação, manutenção, estabilidade e


segurança desses bens, através de relatório técnico a ser encaminhado à
Câmara Municipal e providenciada sua ampla divulgação. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

Art. 76 - Toda alienação ou oneração de bens imóveis, a qualquer título,


dependerá de autorização legislativa, avaliação prévia e licitação.

Art. 77 - A alienação através de investiduras aos proprietários lindeiros de imóveis


remanescentes, resultantes de obras públicas ou de modificações de
alinhamentos, inaproveitáveis para edificações, dependerá de prévia autorização
legislativa.

Art. 78 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante
concessão, permissão ou autorização, quando houver interesse público,
devidamente justificado.

§ 1º - A concessão para administração de bens públicos de uso especial


ou dominial dependerá de autorização legislativa e licitação, dispensada
esta quando o uso se destinar ao concessionário de serviço público ou
quando houver interesse público, devidamente justificado.

§ 2º - A concessão administrativa de bens de uso comum do povo fica


condicionada à desafetação mediante prévia autorização legislativa.

§ 3º - A Prefeitura revisará as concessões, permissões e autorizações de


uso de bens municipais a cada 02 (dois) anos, revogando aquelas que
não estiverem cumprindo suas funções contratuais.

Capítulo VII

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 79 - O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira, salários


e benefícios para os servidores da administração direta, das autarquias e
fundações públicas.

§ 1º - A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia


de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do
mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza e
ao local de trabalho.
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§ 2º - São direitos desses servidores:

I - garantia de vencimentos nunca inferior ao mínimo;

II - irredutibilidade de vencimentos;

III - gratificação anual a título de décimo terceiro, com base na


remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IV - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

V - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei; (alterado pela Emenda nº 21/07)

VI - duração do trabalho não-superior a 08 (oito) horas diárias e 44


(quarenta e quatro) semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho,
nos termos da lei ;

VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

VIII - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, a 50%


(cinqüenta por cento) a do normal;

IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um terço) a
mais do que o vencimento normal;

X - licença-maternidade à servidora e empregada municipal que gerar


criança, sem prejuízo do emprego e do vencimento, com duração de 180
(cento e oitenta) dias. (alterado pela Emenda nº 21/07)

XI - licença paternidade, nos termos fixados em lei;

XII - proteção ao mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei;

XIII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saúde, higiene e segurança;

XIV - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou


perigosas, na forma da lei;

XV - proibição de diferenças de vencimento, de exercício de funções e de


critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor, estado civil, religião
ou concepção política e filosófica;

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XVI - condições de trabalho apropriadas para as pessoas com deficiência;


(alterado pela Emenda nº 21/07)

XVII - licença-maternidade à servidora e empregada municipal em caso


de adoção judicial de criança com deficiência, sem prejuízo do emprego e
do vencimento, com duração de 180 (cento e oitenta) dias, cabendo ao
Poder Executivo regulamentar e disciplinar a adoção e os tipos de
deficiência para efeito do exercício do direito previsto no presente inciso.
(alterado pela Emenda nº 21/07)

XVIII - revogado (revogado pela Emenda nº15/04)

XIX - licença-prêmio de 03 (três) meses por qüinqüênio de serviço


prestado ao Município, na forma da lei;

XX- revogado (revogado pela Emenda nº 34/2021)

XXI - revogado (revogado pela Emenda nº 08/99)

XXII - promoção por merecimento e antigüidade, alternadamente, nos


cargos organizados em carreira;

XXIII - aposentadoria:

a) por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver


investido, quando insuscetível da readaptação prevista no §13 do art. 37,
da Constituição Federal, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que
ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei;

b) compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma da lei
complementar federal;

c) aos 61 (sessenta e um) anos de idade, se mulher, e aos 64 (sessenta e


quatro) anos de idade, se homem, com redução de 5 (cinco) anos para os
titulares do cargo de professor que comprovarem exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio, inclusive para os ocupantes de função de
coordenação, assessoramento pedagógico e direção em unidade
escolar, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar; (alterado pela Emenda nº 34/2021)

XXIV - utilização, para fins de cálculo dos benefícios do Regime Próprio


de Previdência Social, da média aritmética simples das maiores
remunerações ou subsídios utilizados como base para as contribuições
do servidor ao regime de previdência a que esteve vinculado,
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correspondentes a 90% (noventa por cento) de todo o período contributivo


desde a competência de julho de 1994 ou desde a do início da
contribuição, se posterior àquela competência, na forma da Lei Municipal;
(alterado pela Emenda nº 34/2021)

XXV - os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua


concessão, não poderão exceder à remuneração do respectivo servidor,
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, entendendo-se como
remuneração o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter
individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas aquelas que possuem
vedação legal, para integrar a base de calculo da contribuição
previdenciária; (alterado pela Emenda nº 21/07)

XXVI - valor de proventos, pensão ou benefício de prestação continuada


nunca inferior ao salário mínimo vigente, quando de sua percepção;

XXVII - pensão especial, na forma que a lei estabelecer, à sua família, se


vier a falecer em conseqüência de acidente em serviço ou de moléstia
dele decorrente;

XXVIII - participação de seus representantes sindicais nos órgãos


normativos e deliberativos de previdência social;

XXIX - revogado (revogado pela Emenda nº 21/07)

XXX - revogado (revogado pela Emenda nº 09/99)

XXXI - revogado (revogado pela Emenda nº 21/07)

XXXII - revogado (revogado pela Emenda nº 08/99)

XXXIII - Os servidores da Administração Direta ou Indireta, fundacional,


autárquica ou economia mista, ativos e inativos, detentores da vantagem
pessoal da estabilidade financeira, em valores correspondentes a cargos,
extintos ou não, terão assegurados os mesmos percentuais de reajuste
concedidos aos símbolos dos existentes cargos comissionados e funções
gratificadas, nos termos que a lei complementar, de iniciativa do Poder
Executivo, dispuser. (alterado pela Emenda nº 21/07)

XXXIV - pagamento, pelo Município, com correção monetária, dos valores


atrasados devidos, a qualquer título;

XXXV - creche para os filhos e dependentes, na faixa de 0 (zero) a 06


(seis) anos, dos servidores públicos da administração direta e indireta,
nas repartições públicas ou proximidades, onde houver mais de 50
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(cinquenta) servidores, sendo obrigatório sua criação e manutenção pelo


Poder Público e concessão de auxílio-creche e instalação de lactários,
quando não atingido este número;

XXXVI - mudança de função, na forma da lei, à servidora gestante, nos


casos em que houver recomendação médica, sem prejuízo de
vencimentos e demais vantagens do cargo ou função;

XXXVII - transferência para locais ou atividades compatíveis com sua


situação, ao servidor e empregado público que tiver sua capacidade de
trabalho reduzida, em decorrência de acidente ou doença em trabalho;

§ 3º - Os titulares de cargo efetivo na administração direta, autárquica e


fundacional do Município terão computado todo o tempo de serviço
prestado à administração pública municipal, no exercício de cargos
comissionados anteriores à titularidade, para efeito de licença-prêmio.

§ 4º. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do regime próprio dos servidores públicos com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
cargos acumuláveis, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

§ 5º. Para efeito da aplicação do disposto no § 2º, inciso XXXIII deste


artigo, na hipótese de extinção ou transformação dos cargos
comissionados ou funções gratificadas e símbolos, observar-se-á a
paridade ou similitude com aqueles que resultarem da extinção ou
transformação, ou ainda com aqueles que forem criados, nos termos que
a lei complementar, de iniciativa do Poder Executivo, dispuser.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 6º A concessão de aposentadoria ao servidor público vinculado a


regime próprio de previdência social e de pensão por morte aos
respectivos dependentes, bem como o cálculo e o reajuste desses
benefícios, serão assegurados, a qualquer tempo, observando-se os
critérios da legislação vigente na data em que foram atendidos os
requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão por morte.
(acrescido pela Emenda nº 34/2021)

Art. 79-A - O Município do Recife instituirá, na forma da lei, regime de previdência


complementar, de caráter facultativo, para os servidores públicos municipais,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
para o valor das aposentadorias e das pensões do Regime Próprio de Previdência
Social.

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§ 1º O regime de previdência complementar de que trata o caput deste artigo


oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida,
observará o disposto no art. 202 da Constituição Federal, e será efetivado por
intermédio de entidade aberta ou fechada de previdência complementar.

§ 2º Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto neste artigo


poderá ser aplicado ao servidor público que tiver ingressado no serviço público
municipal até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência
complementar. (acrescido pela Emenda nº 34/2021)

Art. 80 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores


nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público:
(alterado pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo único - O servidor público estável só perderá o cargo:


(acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (acrescido pela


Emenda nº 21/07)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla


defesa; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Art. 81 - O servidor Municipal será responsável civil, criminal e


administrativamente pelos os atos que praticar no exercício do cargo ou função.

TÍTULO IV

DA TRIBUTAÇÃO, PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

Capítulo I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 82 - O Município poderá instituir os seguintes tributos:


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I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,


efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;

III - contribuições de melhoria, pelas ações decorrentes de obras públicas;

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão


graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo
facultado à administração municipal, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º - As taxas não poderão ter base da cálculo própria de impostos.

§ 3º. O município poderá instituir contribuição, cobrada de seus


servidores, em benefício destes, para o custeio do regime previdenciário
de que trata a Constituição Federal, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição de servidores titulares de cargos efetivos da União. (alterado
pela Emenda nº 21/07)

§ 4º - Nenhum tributo incidente sobre a propriedade predial e territorial


urbana, receita ou contrapartida decorrente de bens imóveis ultrapassará
o percentual de até 3,0% (três por cento) do valor venal do imóvel
existente no Documento de Inscrição Imobiliária - DIM, ressalvado o
imposto predial e territorial urbano - IPTU. (acrescido pela Emenda nº
21/07)

Art. 83 - É vedado ao Município, sem prejuízo de outras garantias asseguradas


ao contribuinte:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer


natureza, em razão de sua procedência ou destino;

IV - cobrar tributos:

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a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência


da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que


os instituiu ou aumentou;

V - utilizar tributo com efeito de confisco;

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio ou serviço da União, Estado, Distrito Federal ou


Município;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas


fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

§ 1º- A vedação do inciso VI, alínea "a", é extensiva às autarquias e às


fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou
às delas decorrentes.

§ 2º - As vedações do inciso VI, alínea "a", e do parágrafo anterior não se


aplicam ao patrimônio e aos serviços relacionados com exploração de
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação, ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonerem o promitente
comprador da obrigação de pagar impostos relativamente ao bem imóvel.

§ 3º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a


condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 4º - As isenções e anistias fiscais concedidas por lei e o reconhecimento


das imunidades em favor das instituições de ensino, saúde e de
assistência social, sem fins lucrativos, considerados de utilidade pública,
serão revistas, nos termos do § 2º do art. 73. (alterado pela Emenda nº
21/07)

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Art. 84 - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão


de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

§1º - Quando for concedida, pelo Município, anistia ou remissão de crédito


tributária envolvendo principal, multas e acessórios, fica assegurado aos
contribuintes que tenham pago seus débitos regularmente, por ocasião
dos respectivos vencimentos, o direito a obter o recebimento, a título de
ressarcimento financeiro compensatório, dos valores correspondentes à
atualização monetária relativa à diferença entre o montante recolhido e do
benefício financeiro que seja resultante de anistia ou remissão.

§ 2º A lei poderá conceder isenção de impostos para as pessoas com


deficiência e portadores de doenças incapacitantes previstas na
legislação federal, quando adquirirem único imóvel para sua residência e
de sua família, desde que atendidos os requisitos para o gozo do
beneficio. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 3º Os Servidores Municipais e os ex-combatentes poderão ter isenção


parcial ou total do IPTU conforme a lei indicar. (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

Art. 85 - Compete ao Município instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter-vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens


imóveis por natureza ou cessão de direitos reais sobre imóveis, exceto os
de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;

III - revogado (revogado pela Emenda nº 21/07)

IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no Artigo 155,


inciso I, alínea "b" da Constituição da República, definidos em lei
complementar;

§ 1º. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.


105, II, o imposto previsto no inciso I poderá: (acrescido pela Emenda nº
21/07)

I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (acrescido pela


Emenda nº 21/07)

II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.


(acrescido pela Emenda nº 21/07)
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§ 2º - O imposto a que se refere o inciso II incide sobre transmissões


relativas a imóveis localizados no território do Município.

§ 3º - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de


bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrentes da fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoas
jurídicas, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil.

§ 4º - O Município poderá instituir contribuição, na forma da lei, para o


custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 83,
I e III, sendo facultada a cobrança da contribuição na fatura de consumo
de energia elétrica. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 86 - O Município dispensará às micro-empresas e às empresas de pequeno


porte assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-
las pela simplificação de suas obrigações administrativas e tributárias, ou pela
eliminação ou redução destas, por meio de lei.

Capítulo II

DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO EM RECEITA TRIBUTÁRIA DA UNIÃO E


DO ESTADO

Art. 87- O município participa do produto da arrecadação dos tributos federais e


estaduais, na forma prevista na Constituição da República.

Capítulo III

DO PLANEJAMENTO

Art. 88 - As ações governamentais obedecerão a processo permanente de


planejamento, com a finalidade de garantir a unidade de intenção e de atuação
dos órgãos e entidades municipais e integrá-los às ações da União, Estado e de
organismo regionais ou metropolitano que se relacionem com o Município.

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§ 1º - Para efeito de formulação, execução e avaliação permanente das


políticas e do planejamento governamental, o Município será dividido em
regiões político-administrativas, na forma da lei.

§ 2º - Na definição das regiões político-administrativas devem ser


observadas as legislações pertinentes e assegurada a unidade histórico-
cultural, demográfica, social e econômica do ambiente urbano.

Art. 89 - São instrumentos de planejamento da ação pública municipal:

I - a lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana;

II - o plano diretor;

III - o plano plurianual orçamentário;

IV - a lei de diretrizes orçamentárias;

V - a lei de orçamento anual;

VI - os planos e programas setoriais.

Capítulo IV

DOS ORÇAMENTOS

Art. 90 - As normas orçamentárias do Município obedecerão às disposições da


Constituição da República, às normas gerais de direito financeiro e às da
Constituição Estadual.

Art. 91 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

Art. 92 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes políticas,


os objetivos, as estratégias de ação, as metas e identificará as formas de

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financiamento das despesas públicas, inclusive aquelas relativas aos programas


de duração continuada.

Art. 93 - Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com


o plano plurianual.

Art. 94 - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá metas e prioridades da


administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as
alterações na legislação tributária.

Parágrafo Único - A lei de diretrizes orçamentárias observará as diretrizes


e metas estabelecidas no plano plurianual, adaptando-se diante da
realidade política, econômica e social do Município.

Art. 95 - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos poderes municipais, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas ou mantidas pelo poder público;

II - o orçamento de investimentos de empresas em que o Município, direta


ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

§ 1º - O orçamento fiscal abrangerá todas as receitas e despesas dos


poderes municipais, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta, das autarquias e das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público, além das empresas públicas e sociedades de economia mista
que recebam transferências à conta do Tesouro.

§ 2º - O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o


encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária contendo, inclusive, o efeito sobre a receita e despesa
pública decorrente das isenções, anistias, remissões, subsídios e
quaisquer outros benefícios de natureza financeira ou tributária, bem
como o montante de cada um dos tributos arrecadados e de outras
receitas, inclusive as transferências federal e estadual.

Art. 96 - A lei de orçamento anual não conterá dispositivos estranhos à previsão e


à fixação da despesa, não incluindo na proibição, a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação da receita, nos termos da lei.

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Art. 97 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias e ao orçamento anual serão enviados, à Câmara Municipal, nos
prazos fixados em lei complementar federal.

Art. 98 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pela Câmara Municipal através de comissão permanente, na forma regimental.

§ 1º - A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação de lei de


diretrizes orçamentárias.

§ 2º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos


que o modifiquem, somente podem ser aprovados nos casos em que:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes


da anulação de despesas, excluídas as que incidem sobre dotações para
pessoal e seus encargos e serviços da dívida;

III - sejam relacionadas com correções de erros ou omissões ou com os


dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não


poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 4º - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para


propor modificações nos projetos a que se refere este Artigo, enquanto
não iniciada a votação, na comissão permanente, da parte cuja alteração
é proposta.

§ 5º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste Artigo, no que não


contrariar o disposto neste Capítulo, as demais normas relativas ao
processo legislativo.

Art. 99 - São vedados:

I - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de


uma categoria para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;

II - a concessão ou utilização de créditos ilimitados:

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III - a abertura de créditos suplementar ou especial, sem prévia


autorização legislativa, e sem indicação dos recursos correspondentes;

IV - a realização de operações de crédito que excedam o montante das


despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta;

V - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária


anual;

VI - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que


excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

VII - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas,


ressalvada a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de
saúde, manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades de administração tributária, como determinado respectivamente
pelos arts. 198, § 2º, 212 e art. 37, XXII da Constituição da República e à
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita; (alterado pela Emenda nº 21/07)

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do


orçamento fiscal para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos, inclusive os instituídos ou mantidos pelo Poder
Público;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização


legislativa.

§ 1º - Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse o exercício


financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício


financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos 04 (quatro) meses daquele exercício, caso em
que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário, somente será admitida, para


atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública.

§ 4º. É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos


impostos a que se refere o art. 85, e dos recursos de que trata o art. 87,

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para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento


de débitos para com esta. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 100 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,


compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados aos órgãos do
Poder Legislativo, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês, na
forma da lei complementar federal.

Art. 101 - A proposta orçamentária parcial do Poder Legislativo será entregue ao


Poder Executivo até 60 (sessenta) dias antes dos prazos a serem fixados em lei
complementar federal, para efeito de compatibilização dos programas do
Município.

Art. 102 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal.

Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de


remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver dotação orçamentária suficiente para atender às projeções


de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,


ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

TÍTULO V

DO DESENVOLVIMENTO URBANO E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS


MUNICIPAIS

Capítulo I

DA POLÍTICA URBANA

Art. 103 - A Política Urbana será instituída e implementada pelo Município de


acordo com as diretrizes gerais fixadas nas legislações federal e estadual, com o
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objetivo de organizar, ordenar e dinamizar as funções sociais da Cidade e da


propriedade urbana, no contexto da região metropolitana, em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - São Instrumentos de política urbana os elencados nesta Lei e


os contidos no Estatuto da Cidade, dentre outros: (acrescido pela Emenda nº
21/07)

I - lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana;

II - plano diretor;

III - área pública de uso temporário;

IV - legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo, de edificações e


de posturas e o plano de regularização das zonas especiais de interesse
social-PREZEIS;

V - parcelamento ou edificação, compulsórios;

VI - legislação financeira e tributária;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - concessão do direito real de uso;

IX - servidão administrativa;

X - tombamento;

XI - desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública;

XII - fundos destinados ao desenvolvimento urbano;

XIII - usucapião urbano;

Art. 104 - O plano diretor será instrumento para ordenar a ação do Município no
sentido de promover: (alterado pela Emenda nº 21/07)

I - o desenvolvimento do sistema produtivo com a devida integração das


parcelas marginalizadas da população, objetivando uma justa
redistribuição de renda e dos recursos públicos;

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II - a participação e o controle social nas ações da municipalidade e o


amplo acesso da população à informação, no que se refere a
planejamento, programas, projetos e orçamento municipal;

III - a definição da configuração urbanística da cidade, orientando a


produção e uso do espaço urbano, tendo em vista a função social da
propriedade;

IV - a criação de uma política de incentivo à desconcentração urbana,


buscando, gradativamente, gerar outros pólos de interesse, capazes de
dividir, com o seu núcleo central, as atividades a ele restritas, equilibrando
assim a distribuição da população, atividades econômicas e infra-
estrutura no espaço do Município e considerando a realidade
metropolitana.

V - a aplicação dos instrumentos legais de uso do solo, de que trata o


Artigo 105 desta Lei Orgânica, visando equilibrar a distribuição da
população, de atividades econômicas e de infra-estrutura no espaço físico
municipal, considerando a realidade metropolitana.

VI - a integração das infra-estruturas físicas e naturais, como também a


implementação de determinados serviços com os municípios conurbados
e demais municípios da Região Metropolitana; (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

VII - a elevação da qualidade de vida da população assegurando o


atendimento às suas necessidades que propiciem a inclusão social.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - São objetivos específicos do plano diretor:

I - estabelecer parâmetros de equilíbrio ambiental e mecanismos de


controle para seu cumprimento;

II - fixar padrões de urbanização, adaptados aos aspectos físicos do


território e sociais da população;

III - instituir referenciais de desempenho dos serviços urbanos,


assegurando programas de estímulo ao desenvolvimento;

IV - identificar vocações e potencialidades econômicas, estimulando a


criação de microempresas e empresas de pequeno porte;

V - definir fatores sociais de promoção e participação da cultura;

VI - prover o Poder Executivo de padrões apropriados de gestão urbana,


de acordo com os princípios da função social da cidade;
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VII - fixar os parâmetros de avaliação permanente da evolução urbana.

§ 2º - Para a operacionalização do plano diretor será necessária a


implantação de um sistema de planejamento e informação que permita o
acompanhamento e o controle das ações setoriais.

§ 3º - O plano diretor definirá áreas especiais de urbanização preferencial,


de reurbanização, de urbanização restrita, de regularização, de
implantação de programas habitacionais e de transferência do direito de
construir.

§ 4º - O plano diretor deverá ser revisto e atualizado a cada 10 (dez)


anos. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 105 - O plano diretor indicará as zonas de adequado aproveitamento do solo


urbano não-edificado, subutilizado ou não-utilizado, sob pena, sucessivamente,
de:

I - parcelamento, utilização ou edificação compulsórios; (alterado pela


Emenda nº 21/07)

II - taxação progressiva, no tempo, do imposto sobre a propriedade


predial e territorial urbana;

III - desapropriação, com o pagamento mediante título da dívida pública,


de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com o prazo de
resgate de até 10(dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

§ 1º - A lei fixará os prazos máximos para a efetiva execução das medidas


referidas neste Artigo.

§ 2º - A venda ou transferência de titularidade para terceiros não


interrompe o prazo para o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsória nem isenta da aplicação das penalidades de que fala este
Artigo. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 106 - Na elaboração, execução, controle e revisão do plano diretor será


assegurada, paritariamente, na forma da lei, a participação popular, através das
entidades da sociedade civil organizada, habilitadas para esse fim, e dos órgãos
públicos.

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Art. 107 - A organização do espaço urbano do Município será normatizada em lei


pertinente ao parcelamento, uso e ocupação do solo.

§ 1º - A lei de uso do solo abrangerá todo o território municipal,


estabelecendo as regras de localização das funções e atividades urbanas,
em consonância com as diretrizes do plano diretor.

§ 2º - A utilização adequada do território e dos recursos naturais será


objeto de lei, mediante a criação de mecanismo de controle, entre outros,
a localização e funcionamento de empreendimentos industriais,
comerciais, habitacionais e institucionais.

§ 3º - O controle do parcelamento, uso e ocupação do solo urbano


implica, dentre outras, as seguintes medidas:

I - regulamentação do zoneamento;

II - especificação e controle do uso do solo, em relação a cada área, zona


ou bairro da cidade, em especial dos usos tolerados, fixando-se em lei os
limites e parâmetros respectivos;

III - regulamentação, aprovação ou restrição do parcelamento do solo;

IV - controle das construções urbanas;

V - proteção estética da cidade;

VI - preservação paisagística, monumental, histórica e cultural da cidade;

VII - controle da poluição;

VIII - integração do Município com a Região Metropolitana.

Art. 108 - O direito de propriedade sobre o solo urbano não acarreta,


obrigatoriamente, o direito de construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo
Poder Executivo, segundo os critérios estabelecidos em lei municipal.

§ 1º - A lei disporá sobre a transferência do direito de construir que deverá


contemplar, prioritariamente, o proprietário do imóvel considerado de
interesse do patrimônio histórico, cultural, arqueológico e ambiental ou
destinado à implantação de programas sociais.

§ 2º - A transferência do direito de construir pode ser autorizada ao


proprietário que doar, ao Município, o imóvel para fins de implantação de
equipamentos urbanos ou comunitários, bem como de programa
habitacional.
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§ 3º - Uma vez exercida a transferência do direito de construir, o índice de


aproveitamento não poderá ser objeto de nova transferência.

§ 4º - Quando a lei exigir regulamentação específica do Zoneamento


Especial, exceto nas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, e o
decreto ou regulamento não for expedido no prazo de um ano, não será
obstado o direito de construir, aplicando-se os parâmetros urbanísticos
previstos para a localidade onde o imóvel e a respectiva Zona Especial
estiverem situados. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 5º - Nas zonas Especiais já existentes, o prazo a que se refere o


parágrafo anterior, contar-se-á e entrará em vigor a partir da publicação
desta lei. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 109 - Executada a hipótese prevista no Artigo 105, inciso III, desta Lei
Orgânica, as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.

Art. 110 - A lei disporá sobre a isenção, redução, majoração e progressividade do


imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, em especial, quando
incidente nas hipóteses previstas nos incisos I e II do Artigo 105, desta Lei
Orgânica, sobre as habitações residenciais da população de baixa renda.

Art. 111 - A construção no espaço urbano, especialmente no que se refere às


edificações, serão tratadas em lei específica, objetivando regular a estrutura,
função, forma e demais aspectos inerentes às normas edifíciais e ao traçado
urbano.

Parágrafo Único - A lei garantirá o acesso adequado às necessidades


especiais de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida em espaços
públicos e privados de uso individual e coletivo, bem como nas
edificações destinadas ao uso industrial, comercial e de serviços.
(alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 112 - A propriedade urbana cumpre sua função social quando:

I - atende a função social da cidade, nos termos do Artigo 145, da


Constituição Estadual;

II - responde aos princípios e normas definidas no plano diretor.

Art. 113 - O Conselho de Desenvolvimento Urbano, órgão colegiado de


composição paritária entre representantes do Município, da FIDEM (Fundação de
Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife), Caixa Econômica Federal,
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Universidade Federal de Pernambuco, através do Mestrado de Desenvolvimento


Urbano e a sociedade civil, exercerá as funções de acompanhamento, avaliação e
controle do Plano Diretor. (alterado pela Emenda nº 05/96)

§ 1º - Integrará o Conselho de Desenvolvimento Urbano as Câmaras


setoriais de desenvolvimento econômico e de desenvolvimento social.

§ 2º - A lei regulamentará o funcionamento do Conselho de


Desenvolvimento Urbano.

Capítulo II

DA POLÍTICA DA HABITAÇÃO

Art. 114 - O Município estabelecerá, de acordo com as diretrizes do plano diretor


e de forma integrada à Região Metropolitana, programas destinados a facilitar o
acesso da população de baixa renda à habitação, bem como melhoria das
habitações, como condição essencial ao atendimento do princípio da função
social da cidade.

Parágrafo Único - A ação do Município deverá orientar-se para:

I - executar programas de construção de moradias populares;

II - promover o acesso da população a lotes urbanizados, dotados de


infra-estrutura urbana básicas e serviços de transportes coletivo;

III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por populações de


baixa renda, passíveis de urbanização.

IV - cadastrar os beneficiários de programas habitacionais,


proporcionando um controle desses programas, especialmente, os
financiados com recursos do sistema nacional de habitação vigente.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 115 - Na promoção de seus programas de habitação popular, o Município,


em observância às legislações federal e estadual, deverá articular-se com os
órgãos estaduais, regionais e federais competentes e, quando couber, estimular a
iniciativa privada a contribuir para promover a melhoria das condições
habitacionais e aumentar a oferta de moradias adequadas e compatíveis com a
capacidade econômica da população.

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Art. 115 - A - O Município integrará o Sistema Nacional de Habitação de Interesse


Social - SNHIS, segundo recomendações contidas na Lei Federal vigente.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 116 - Na desapropriação de área habitacional de baixa renda, decorrente de


obra pública ou na desocupação de áreas de risco, o Município promoverá o
reassentamento da população desalojada, em locais dotados de infra-estrutura,
equipamentos coletivos e serviços urbanos, prioritariamente em áreas
circunvizinhas.

Art. 117 - As áreas públicas não-utilizadas ou subutilizadas serão destinadas,


prioritariamente, obedecido o plano diretor do Município, a programas e projetos
habitacionais de interesse social e/ou amenização ambiental. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

Art. 118 - É obrigatória a apresentação de relatório de impacto ambiental e


econômico-social, na implantação de conjuntos habitacionais com mais de 500
(quinhentas) unidades.

Capítulo III

DA POLÍTICA DO TRANSPORTE E SISTEMA VIÁRIO

Art. 119 - Cabe ao Município, respeitadas as legislações federal e estadual,


especialmente no que concerne à Região Metropolitana, planejar, organizar,
dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de serviços públicos
ou de utilidade pública, relativos ao transporte público e privado de passageiros,
tráfego, trânsito e sistemas viários municipais.

§ 1º - Os serviços de transporte público de passageiros serão prestados


necessariamente pelo Município, de forma direta e sob regime de
concessão, permissão e autorização, nos termos da lei. (alterado pela
Emenda nº 06/97)

§ 2º - O Poder Público Municipal definirá, na forma da lei, mecanismos de


avaliação e estudos periódicos, no que diz respeito à qualidade, ao
desenvolvimento e à eficiência do transporte público de passageiros.
(alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 3º - O Poder Público Municipal adotará medidas que visem melhorias no

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sistema de transporte público de passageiros para as pessoas com


deficiência, na forma da lei. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 4º - O Poder Público Municipal regulamentará a carga, descarga e


tráfego nas vias urbanas do Município, na forma da lei.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 120 - A lei municipal disporá sobre a organização, funcionamento e


fiscalização dos serviços de transporte público de passageiros e de táxi, devendo
fixar diretrizes sobre a compatibilização do interesse público municipal no
planejamento, operação e gestão do sistema de transporte público de
passageiros de âmbito metropolitano.

Parágrafo Único - O planejamento dos serviços de transporte público de


passageiros deve ser feito com observância aos seguintes princípios:

I - garantir o transporte público de passageiros como serviço público de


caráter essencial, com qualidade, conforto e segurança para a população;
(alterado pela Emenda nº 21/07)

II - dar prioridade à circulação de pedestres e de coletivos urbanos;

III - compatibilizar o serviço de transporte e uso do solo;

IV - promover integração física, operacional e tarifária entre as diversas


modalidades de transportes, em consonância com o sistema de gestão
metropolitana.

V - pesquisar alternativas mais eficientes ao sistema;

VI - compatibilizar as diretrizes do transporte público municipal de


passageiros com o sistema de gestão do transporte público de
passageiros da Região Metropolitana.

VII - regulamentar e fiscalizar o uso dos sistemas viário.

Art. 121 - A concessão, permissão e autorização para prestação de serviços


públicos de transporte coletivo de passageiros, no âmbito do território do
Município do Recife é de competência privativa do Poder Executivo. (alterado
pela Emenda nº 06/97)

§ 1º - A competência para outorga de concessão é indelegável. (alterado


pela Emenda nº 06/97)

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§ 2º - O Município não poderá instituir novas gratuidades ou abatimentos


no preço das tarifas de transporte coletivo de passageiros. (alterado pela
Emenda nº 06/97)

Art. 122 - A implantação e conservação de infra-estrutura viária será de


competência do Município, incumbindo-lhe a elaboração de programas gerencial
das obras respectivas, bem como a participação no planejamento de programas
viários de caráter metropolitano.

Parágrafo Único - As vias integrantes dos itinerários das linhas de


transporte público de passageiros terão prioridade para pavimentação e
conservação.

Capítulo IV

DA POLÍTICA DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO

Art. 123 - O Município, em consonância com a sua política urbana e segundo o


disposto em seu plano diretor, deverá promover programas de saneamento
básico destinados a melhorar as condições sanitárias e ambientais das áreas
urbanas e os níveis de saúde da população.

Parágrafo Único - A ação do Município deverá orientar-se para:

I - ampliar progressivamente a sua responsabilidade local pela prestação


de serviços de saneamento básico;

II - executar, juntamente com o Estado, programas de saneamento em


áreas de baixa renda, com soluções adequadas para o abastecimento de
água e o esgoto sanitário;

III - executar programas de educação sanitária e promover a participação


das comunidades na solução de seus problemas de saneamento;

IV - executar a coleta e promover a destinação final dos resíduos sólidos.

Art. 124 - Os serviços de saneamento ambiental integrado relativos a


abastecimento de água, coleta e disposições de esgotos e de resíduos sólidos,
limpeza pública, drenagem e controle de vetores serão planejados, organizados,
coordenados, executados e controlados de modo integrado ou unificado com o
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sistema de saneamento de âmbito metropolitano, observadas as legislações


federal e estadual. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - Os serviços a que se refere este Artigo serão


prestados, mediante execução direta ou indireta, através de concessão ou
permissão, nos termos da lei e ouvidativamente o Conselho Municipal de
Saneamento. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Capítulo V

DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Art. 125 - Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao
Município e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações
presentes e futuras, garantindo-se a proteção dos ecossistemas e o uso racional
dos recursos naturais.

Parágrafo Único - Para assegurar a efetividade deste direito, cabe ao


Município observar os preceitos enumerados nas Constituições da
República e do Estado de Pernambuco, e legislação municipal pertinente,
assumindo, entre outras, as seguintes atribuições: (alterado pela
Emenda nº 21/07)

I - efetivar a participação dos diversos segmentos sociais no


desenvolvimento da política ambiental, através de instrumentos de
participação popular definidos nesta lei e em legislação especifica, para
promover a conscientização e divulgar normas técnicas pertinentes ao
saneamento ambiental integrado;
(alterado pela Emenda nº 21/07)

II - fiscalizar, proteger, recuperar e preservar as florestas, a fauna, a flora


e os recursos hídricos, conforme diretrizes da legislação ambiental de
âmbito federal, estadual e municipal; (alterado pela Emenda nº 21/07)

III - prevenir e controlar a poluição em todas as suas formas,


particularmente a poluição do ar, a erosão do solo, o assoreamento, a
contaminação dos cursos d’água e o deslizamento de encostas;

IV - consolidar a conservação da biodiversidade, como valor para o


desenvolvimento sustentável, promovendo pesquisas, regulamentando o
manejo dos recursos naturais para atividades empresariais, a exemplo da
produção fitoterápica; (alterado pela Emenda nº 21/07)

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V - fiscalizar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,


métodos e substâncias que importem em riscos para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente, bem como o transporte e armazenamento
dessas substâncias;

VI - criar hortos florestais, parques, reservas, estações ecológicas e


outras unidades de conservação, mantendo-os sobre especial proteção e
dotando-os de infra-estrutura indispensáveis às suas finalidades;

VII - assegurar, defender e recuperar as áreas sob proteção legal de


caráter ambiental e histórico-cultural, em especial os manguezais, os
estuários, a mata atlântica, os recifes e as praias, cujas intervenções será
sempre objeto de estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;

VIII - estabelecer diretrizes, observando as peculiaridades dos estudos e


relatórios de impacto ambiental, de obras ou atividades potencialmente
causadoras de degradação do meio ambiente;

IX - exigir o licenciamento ambiental do órgão competente para


implantação, construção ou ampliação de obras ou atividades efetivas ou
potencialmente poluidoras, em especial edificações, indústrias,
parcelamento, remembramento do solo e outras atividades urbanas;

X - fiscalizar a emissão de poluentes por veículos automotores e a


poluição sonora, estimulando a implantação de medidas e uso de
tecnologias que venham a minimizar seus impactos;

XI - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de


energia alternativas não-poluentes, bem como de tecnologias poupadoras
de energia;

XII - preservar rigorosamente a orla marítima, protegendo a vegetação, os


coqueirais e a faixa de praia, desde a atual linha do meio-fio da faixa de
rolamento até a linha de preamar;

XIII - exercer o poder de polícia nos casos de infração da legislação de


proteção ao meio ambiente.

XIV - promover a política municipal de educação ambiental, em


conformidade com a legislação Federal, Estadual e Municipal. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

Art. 126 - O Município deverá implantar e manter áreas verdes de preservação


permanente, assegurando, nas áreas urbanas e de expansão urbana,
progressivamente, a proporção de 12,00 m2 (doze metros quadrados) de área
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verde por habitante excluídas, nesta hipótese, aquelas existentes nas


propriedades privadas.

Art. 127 - O Município disporá, em lei, sobre atividades poluidoras, definindo as


responsabilidades e as medidas a serem adotadas com relação aos resíduos por
elas produzidos.

§ 1º - Consideram-se atividades poluidoras, além das discriminadas nas


legislações federal e estadual, aquelas que infrinjam as normas
estabelecidas para o tratamento e a deposição dos resíduos produzidos
pela comunidade.

§ 2º - As infrações ao disposto na legislação prevista no parágrafo


anterior, bem como os atos lesivos ao meio ambiente, sujeitarão o infrator
à interdição temporária ou definitiva das atividades, sem prejuízo de
demais sanções administrativas e penais, bem como da obrigação de
reparar o dano causado.

§ 3º - É vedado ao Município contratar e conceder benefício, incentivo


fiscal ou creditício a pessoa física ou jurídica que estiver em situação de
irregularidade face às normas de proteção ambiental.

§ 4º - Não será admitida a renovação de concessão ou permissão às


concessionárias ou permissionárias que tenham infringido as normas de
proteção ambiental, na forma da lei.

§ 5º - É da responsabilidade do Município informar a população sobre os


níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações de risco e
acidentes e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde,
na água potável e nos alimentos.

Art. 128 - O Município deve assegurar as condições de coleta, transporte,


tratamento e deposição final do lixo dentro de condições técnicas que não tragam
malefícios ou inconveniente à saúde, ao bem estar público ou ao meio ambiente.

Parágrafo Único - O Município promoverá desenvolvimento de programas


de pesquisas às tecnologias alternativas para tratamento do lixo.

Art. 129 - É vedado ao Município a utilização das áreas verdes existentes para a
implantação de equipamentos públicos ou comunitários, bem como a cessão, a
qualquer título, para instalações de equipamentos privados.

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Art. 130 - O Conselho Municipal do Meio Ambiente, órgão colegiado de


composição paritária entre representantes do Município e da sociedade civil,
estabelecerá as diretrizes políticas relativas ao meio ambiente.

Parágrafo Único - A lei regulamentará e adequará o funcionamento do


Conselho Municipal do Meio Ambiente às normas da legislação
pertinente.

Capítulo VI

DA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO

Art. 131 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada pelo Município em colaboração com a União, o Estado
de Pernambuco e a sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 132 - O ensino, nos estabelecimento municipais, será ministrado com base
nos seguinte princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a


arte e o saber;

III - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

IV - valorização dos profissionais do ensino público, inclusive através das


condições de trabalho e remuneração condigna;

V - garantia do padrão de qualidade;

VI - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de


instituições públicas e privadas de ensino;

VII - gestão democrática nas escolas públicas, com participação de


docentes, pais, alunos, funcionários e representantes da comunidade nos
conselhos escolares, na forma em que dispuser a lei;

Art. 133 - O Município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências governamentais, na manutenção e desenvolvimento do ensino, nas
escolas públicas municipais e nas escolas comunitárias conveniadas.
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§ 1º - Não se incluem no percentual previsto neste Artigo as verbas do


orçamento municipal destinadas a atividades culturais, desportivas,
recreativas, programas suplementares de alimentação escolar,
assistência à saúde, vestuário e transporte.

§ 2º - É vedada a transferência de recursos públicos, sob qualquer título,


às instituições privadas de ensino com fins lucrativos.

Art. 134 - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a


garantia de:

I - ensino regular fundamental, obrigatório e gratuito, na rede escolar


municipal, inclusive para os que a ela não tiverem acesso na idade
própria;

II - atendimento em creche pré-escolar às crianças de 0(zero) a 06 (seis)


anos de idade, em regime de tempo integral;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência


e superdotados, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do


educando;

V - atendimento ao educando, nas creches, no ensino fundamental e na


educação infantil, profissionalizantes e alunos especiais através de
programas suplementares de material didático-pedagógico, fardamento,
alimentação e assistência à saúde e transporte, mediante assistência
técnica e financeira do governo federal e estadual, conforme a
Constituição Federal; (alterado pela Emenda nº 21/07)

VI - oferta de cursos técnicos de nível médio;

VII - currículo básico que, respeitadas as diretrizes e base da educação


nacional e resguardada a dimensão universal do conhecimento, assegure
o estudo da realidade sócio-econômica e cultural nacional e local, na
perspectiva da democracia, da justiça social, dos direitos humanos e da
preservação do meio ambiente;

VIII - normas que assegurem ao educando a matrícula facultativa no


ensino religioso;

IX - continuidade da escolarização a nível do ensino médio, para os


educandos concluintes do ensino fundamental da rede municipal, em
cooperação com o Estado;
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X - programa de orientação técnico-científica sobre a prevenção do uso


de drogas e orientação sexual.

XI - criação e execução de programas que visem à coibição da violência e


da discriminação sexual, racial, social ou econômica, na forma da lei.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua


oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º - O Município, em cooperação com o Estado, procederá ao


recenseamento e à chamada dos educandos para o ensino fundamental e
zelará, junto aos pais e responsáveis, pela frequência à escola.

Art. 135 - A lei regulamentará o Conselho Municipal de Educação.

Capítulo VII

DA POLÍTICA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO


ECONÔMICO

Art. 136 - O Município realizará estudos com vistas à criação, baseado nos
princípios de acessibilidade universal e na política de ciência e tecnologia
municipal em parceria com as Universidades, Centros Tecnológicos, Porto Digital,
Escolas Técnicas, Fundações de Apoio à Ciência e entidades congêneres, de
escolas municipais incubadoras, para incentivo ao desenvolvimento científico e
tecnológico. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - O Poder Executivo implantará política da formação de


recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia e
concederá, aos que dela se ocupem, meios e condições especiais de
trabalho.

Art. 136-A - O Município atuará no processo de desenvolvimento econômico e


social, por meio de políticas públicas municipais que estimulem as ações dos
agentes públicos e privados na implementação de planos, programas e projetos
voltados para o desenvolvimento local sustentável: (acrescido pela Emenda nº
21/07)

I - apoiando a consolidação do Município do Recife como membro


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regional de serviços e comércio; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - estimulando iniciativas de caráter produtivo que gerem emprego e


renda para a população; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

III - incentivando as cadeias produtivas locais; (acrescido pela Emenda


nº 21/07)

IV - estimulando o empreendedorismo nos bairros periféricos como forma


de promover a equidade social; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

V - incentivando a instalação de empreendimentos de interesse local e


metropolitano, em consonância com o princípio da autonomia dos
municípios nos termos da Constituição Federal. (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

Capítulo VIII

DA POLÍTICA DA CULTURA

Art. 137 - O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais,
observados os seguintes preceitos:

I - unificação das ações culturais em todo o Município, de modo a superar


paralelismos e superposições, respeitadas as particularidades culturais
locais;

II - descentralização de programas, espaços, serviços e equipamentos


culturais;

III - informação sobre os valores culturais regionais, nacionais e


universais;

IV - apoio à produção cultural local;

V - respeito à autonomia, à criticidade e ao pluralismo culturais;

VI - participação das entidades representativas dos produtores culturais e


da sociedade civil na discussão de planos e programas de ação cultural;

VII - tratamento da cultura em sua totalidade, considerando as expressões


artísticas e não-artísticas;

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VIII - compromisso com a formação técnico-cultural, o estudo e a


pesquisa;

IX - integração das ações culturais e educacionais;

X - articulação permanente com a comunidade, as entidades e grupos


culturais;

XI - animação cultural em locais de moradia, praças e logradouros,


sindicatos e entidades civis;

XII - participação das entidades representativas da produção cultural no


Conselho Municipal de Cultura, em conselhos e câmaras setoriais da
administração direta e indireta e autárquica, bem como em conselhos
editoriais e comissões julgadoras de concursos, salões e eventos afins,
segundo a lei.

XIII - incentivo e apoio às comemorações das datas importantes para a


cultura negra, da mulher e minorias. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - Todo cidadão é um agente cultural e o Município incentivará, de


forma democrática, os diferentes tipos de manifestação cultural
existentes.

§ 2º - O Município, com a colaboração da comunidade, promoverá e


protegerá o patrimônio cultural recifense, por meio de inventários, registro,
vigilância, tombamento, desapropriação e de outras formas de
acautelamento e preservação.

§ 3º - Cabe à administração pública municipal, na forma da lei, a gestão


da documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitem.

§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma


da Lei.

§ 5º - Todas as áreas públicas, especialmente os parques, jardins e


praças públicas serão abertas às manifestações culturais.

§ 6º - O plano diretor observará a obrigatoriedade de constar, em todos os


edifícios ou praças públicas, obra de arte, escultura, mural ou relevo
escultórico de autor ou artista plástico, preferencialmente, brasileiro.

Art. 138 - O Município promoverá a pesquisa, a difusão e o ensino de disciplinas


relativas à cultura afro-brasileira, indígena e outras vertentes, nas escolas
públicas municipais.
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Capítulo IX

DA POLÍTICA DO LAZER

Art. 139 - O Município fomentará as atividades de lazer ativo e contemplativo,


favorecendo a sua realização individualizada e grupal, observando:

I - o atendimento a todas as faixas etárias de trabalhadores ativos e


inativos, estudantes, idosos, pessoas com deficiência e enfermos;
(alterado pela Emenda nº 21/07)

II - as programações específicas para períodos de férias, fins de semana,


feriados e dias santificados;

III - a atuação de praças e logradouros, locais de moradia e entidades


civis sem fins lucrativos;

IV - o incentivo às atividades recreativas, aos jogos e às brincadeiras


infanto-juvenis característicos do Nordeste Brasileiro.

Capítulo X

DA POLÍTICA DO DESPORTO

Art. 140 - O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática


desportiva e a atividade física sistematizada, cabendo-lhe:

I - estabelecer, nos projetos urbanísticos e nas unidades escolares


públicas, bem como na aprovação dos novos conjuntos habitacionais,
reserva de área destinada a praça ou campo de esporte e lazer
comunitário, nos termos da lei.

II - utilizar-se de terreno próprio, cedido ou desapropriado, para


desenvolvimento de programa de construção de centro esportivo, praça
de esporte, ginásio, área de lazer e campos de futebol, necessários à
demanda do esporte amador nos bairros da cidade;

III - destinar recursos para esse fim;

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IV - apoiar as manifestações espontâneas da comunidade e preservar as


áreas por ela utilizadas;

V - ampliar as áreas públicas destinadas a pedestres.

VI - fomentar a integração de projetos pedagógicos e lúdicos à prática


esportiva da população. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - O Município, por meio de rede pública de saúde, propiciará


acompanhamento médico e exames ao atleta integrantes de quadros de
entidade amadorística carente de recursos.

§ 2º - O Município garantirá, as pessoas com deficiência, atendimento


especial no que se refere à educação física e à prática de atividade
esportiva sobretudo no âmbito escolar. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Capítulo XI

DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 141 - A assistência social é direito do cidadão, cabendo ao Município prestar


assistência às crianças, aos adolescentes, às crianças em situação de rua
desassistidas de qualquer renda ou de benefício previdenciário, à maternidade
desamparada, aos desabrigados, aos portadores de deficiência, aos idosos, aos
desempregados e aos doentes, independentemente de contribuição à seguridade
social. (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 142 - A coordenação da assistência social do Município deve ser exercida


por um Conselho Municipal de Assistência Social, integrado por entidades
representativas dos usuários, dos técnicos envolvidos nas ações de assistência e
por representantes das entidades prestadoras de serviços assistências,
governamentais e não-governamentais.

Art. 143 - O Município promoverá convênios com entidade particulares e


comunitárias, reconhecidas de utilidade pública, que se dediquem ao trabalho
assistencial com crianças, adolescentes, idosos e dependentes de entorpecentes
ou drogas afins, subvencionando-as com amparo técnico e auxílio financeiro.

Art. 144 - O Município prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos, na forma da lei.

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Parágrafo Único - A assistência jurídica integral incluirá a orientação


preventiva e a conscientização dos direitos individuais e coletivos.

Art. 145 - O Município criará o Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos


Direitos da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único - O Conselho referido neste Artigo, de natureza


deliberativa e de composição paritária, entre representantes das políticas
públicas e das entidades representativas da sociedade, definirá as
políticas relativas à criança e ao adolescente, o controle das ações e a
aplicação dos recursos previstos no parágrafo único, Artigo 227, da
Constituição Estadual.

Art. 145-A - O Poder Público Municipal, por meio de ação descentralizada e


articulada com entidades governamentais e não-governamentais, viabilizará:
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - o atendimento à criança e ao adolescente, em caráter suplementar,


mediante programas que incluam sua proteção, garantindo-lhes a
permanência em seu próprio meio; (acrescido pela Emenda nº 21/07)

II - condições para que a criança ou adolescente possa conciliar suas


obrigações com a satisfação de suas necessidades lúdicas, de saúde e
educação. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 145-B - O Poder Público Municipal apoiará a criação de associações civis de


defesa dos direitos da criança e do adolescente, que busquem a garantia de seus
direitos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Art. 145-C - O Poder Público Municipal assegurará o integral cumprimento das


determinações contidas no Estatuto do Idoso, criando uma Política Municipal da
Pessoa Idosa, nos termos da lei. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 145-D - O Poder Público incentivará as entidades não-governamentais, sem


fins lucrativos, atuantes na política de amparo e bem-estar do idoso, devidamente
registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio financeiro e
apoio técnico, na forma da lei. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 145-E - O Poder Público Municipal assegurará o cumprimento prioritário das


legislações em vigor federal, estadual e municipal, no que se refere à pessoa com
deficiência. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

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Art. 145-F - Criação e manutenção de centros de atendimento integral para


mulheres vítimas de violência doméstica, na forma da lei. (acrescido pela
Emenda nº 21/07)

Capítulo XII

DA POLÍTICA DE SAÚDE

Art. 146 - A saúde é um direito de todos e dever do Poder Público, cabendo ao


Município, com a cooperação da União e do Estado, assegurar, mediante políticas
sociais, econômicas e ambientais, a diminuição do risco de doenças, bem como o
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - Para atingir os objetivos estabelecidos no "caput" deste Artigo, o


Município promoverá:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação,


educação, transportes e lazer; (alterado pela Emenda nº 21/07)

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

III - acesso a informação e aos métodos de planejamento familiar que não


atentem contra à saúde, respeitando o direito de opção pessoal e da
autonomia quanto ao tamanho da prole; (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 2º - O não-oferecimento de atendimento especializado que se fizer


necessário às pessoas com deficiência ou sua oferta irregular importará
responsabilidade da autoridade competente. (alterado pela Emenda nº
21/07)

Art. 147 - As ações e serviços de saúde são de natureza pública, cabendo ao


Município exercê-los em seu território e bem assim proceder regulamentação,
fiscalização, controle, planejamento e execução que, na forma da lei, dar-se-á:

I - com prioridade para as atividades preventivas e sem prejuízo dos


serviços assistenciais;

II - preferencialmente através de serviços públicos e complementarmente


de serviços de terceiros, este mediante contrato ou convênio, observadas
as normas do direito público, tendo preferência as entidades filantrópicas
e as sem fins lucrativos;

III - com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado.


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IV - O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver


insuficiência de serviços públicos, para assegurar a plena cobertura de
assistência à população, segundo as normas de direito público e
mediante autorização do órgão competente; (acrescido pela Emenda nº
21/07)

V - as instituições privadas na condição de contratadas e/ou conveniadas


ficarão sujeitas às diretrizes e normas do SUS de âmbito municipal;
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

VI - é assegurado, na gestão do SUS municipal, o direito de intervir na


execução do contrato de prestação de serviço, quando ocorrer infração de
normais contratuais e regulamentares; (acrescido pela Emenda nº
21/07)

VII - caso a intervenção prevista no inciso anterior não restabeleça a


normalidade da prestação do atendimento a saúde da população, poderá
o Poder Executivo rescindir o convênio e/ou contrato, na forma da lei;
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

VIII - a instalação de qualquer novo serviço público de saúde deve levar


em consideração a demanda, cobertura, o território, o grau de
complexidade da rede e articulação do sistema; (acrescido pela Emenda
nº 21/07)

Parágrafo Único - É vedada a cobrança ao usuário pela prestação das


ações e serviços de assistência a saúde, nas instituições mantidas pelo
Município ou aos serviços contratados e/ou conveniados com o SUS,
quando no atendimento dos usuários do sistema único de saúde.
(alterado Emenda nº 21/07)

Art. 148 - As ações e serviços de saúde, realizados no Município, constituem uma


rede regionalizada e hierarquizada, integrando o Sistema Único de Saúde, no
âmbito do Município, respeitadas as seguintes diretrizes:

I - descentralização dos recursos financeiros, serviços e ações de saúde,


através da organização dos distritos sanitários, que constituem uma área
geográfica delimitada, conformando uma unidade básica de
planejamento, execução e avaliação do sistema municipal de saúde;
(alterado Emenda nº 21/07)

II - integralidade na prestação das ações de saúde, adequadas às


realidades epidemiológicas;

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III - universalização da assistência de igual qualidade e sem qualquer


discriminação, com instalação e acesso a todos os níveis de serviços de
saúde, à população;

IV - participação dos usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de


serviços na formulação, gestão e controle das políticas e ações de saúde,
no Município, através do fortalecimento do controle social nas instâncias
do Conselho Municipal de Saúde, Conselho Distrital de Saúde e nos
Conselhos de Unidade; (alterado pela Emenda nº 21/07)

V - participação direta do usuário, a nível das unidades prestadoras de


serviços de saúde, no controle de suas ações e serviços.

Art. 149 - Ao Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, compete, além de


outras atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de


interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,
equipamentos imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar e planejar as ações de vigilância sanitária, epidemiológica e


ambiental bem como as de saúde do trabalhador; (alterado pela Emenda
nº 21/07)

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de


saneamento básico;

V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e


tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu


teor nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda,


utilização e destinação de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos;

VIII - participar do planejamento e execução das ações de controle do


meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

IX - incentivar a pesquisa, o uso e a difusão de medicamentos


fitoterápicos;

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X - executar ações de prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas


com deficiências física, mental e sensorial; (alterado pela Emenda nº
21/07)

XI - promover, no âmbito do Município, a pesquisa e o desenvolvimento


de novas tecnologias e a produção de medicamentos, matérias primas
insumos e equipamentos para prevenção e controle de doenças e
deficiências físicas, mentais e sensoriais;

XII - garantir medidas que visem à eliminação de riscos de acidentes,


doenças profissionais e do trabalho, e que ordenem o processo produtivo
de modo a assegurar a saúde e a vida dos trabalhadores;

XIII - assegurar assistência integral a saúde da mulher, dentro dos


melhores padrões técnicos, éticos e científicos, nas diferentes fases de
sua vida, bem como que seja garantida assistência, no âmbito do
município, para o atendimento ao abortamento, nos termos previsto em
lei; (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º. - Revisar o Código Sanitário Municipal a cada 10 (dez) anos.


(acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 2º - O Município criará instrumentos de fiscalização e controle da


infecção hospitalar, na forma da lei. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

§ 3º - O gestor municipal de saúde poderá realizar intervenção nos


serviços contratados e/ou conveniados ou não com o SUS, a partir da
estrita necessidade da saúde publica municipal, ouvido opinativamente o
Conselho Municipal da Saúde. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 150 - Ficam criadas duas instâncias colegiadas de caráter deliberativo, a


Conferência Municipal de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde, na forma da
lei.

§ 1º - A Conferência Municipal de Saúde contará com ampla


representação da comunidade e objetivará avaliar a situação de saúde no
Município e fixar diretrizes e políticas.

§ 2º - O Conselho Municipal de Saúde composto, paritariamente, por


representantes de órgãos públicos, entidades prestadoras de serviços de
saúde, usuários e trabalhadores do SUS, terá como objetivo formular e
controlar a execução da política municipal de saúde.

§ 3º - A instalação de quaisquer novos serviços públicos ou privados de


saúde será apreciada no âmbito do SUS, aprovada pelo Conselho

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Municipal de Saúde, levando-se em consideração a demanda, cobertura,


distribuição geográfica e grau de complexidade e articulação do sistema.

Art. 151 - A direção do Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será


exercido pela Secretaria Municipal competente.

Art. 152 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado


com recursos próprios do Tesouro Municipal, do orçamento Estadual, da União e
da Seguridade Social, além de outras fontes.

Parágrafo Único - É vedada a destinação de recursos públicos, bem como


qualquer incentivo fiscal ou financeiro, para auxílio ou subvenção às
instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 153 - A gestão do Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município,


observará critérios de compromisso com o caráter público dos serviços e com a
eficácia do seu desempenho, não podendo, o respectivo titular, ter dupla
militância profissional com o setor privado. (alterado pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - A gestão do sistema único de saúde poderá admitir agentes


comunitários de saúde e agentes de combate as endemias por meio de
processo seletivo publico, de acordo com a natureza e complexidade de
suas atribuições e requisitos específicos para a sua atuação. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

§ 2º - As atividades dos agentes comunitários de saúde e os agentes de


combate as endemias, serão regulamentadas na forma da lei. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

§ 3º - Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate as


endemias, somente poderão ser contratados diretamente pelo município
na forma do § 1º deste artigo. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

I - Os profissionais que na data de 14 de fevereiro de 2006, e a qualquer


titulo desempenhavam as atividades de agentes comunitárias de saúde
ou agentes de combate as endemias, na forma da lei, ficam dispensados
de se submeter ao processo seletivo publico a qual se refere o § 1º deste
artigo, desde que tenham sido contratados a partir de anterior processo
de seleção publica, efetuado pelo município ou outras instituições com a
efetiva supervisão e autorização da administração direta municipal.
(acrescido pela Emenda nº 21/07)

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Art. 154 - Os profissionais de nível superior da área de saúde admitidos pelo


Poder Público poderão ter regime de tempo integral de acordo com as
determinações do plano de cargos, carreiras e vencimentos. (alterado pela
Emenda nº 21/07)

§ 1º - O Poder executivo formulará e implantará política de recursos


humanos, instituirá planos de carreira e possibilitará capacitação e
reciclagem apropriadas para o exercício de suas atividades.

§ 2º - Os atuais profissionais da área de saúde, de nível superior,


integrantes do quadro de pessoal do Poder Público Municipal, poderão
optar pelo que trata o "caput" deste Artigo, com suas vantagens
pecuniárias.

Capítulo XIII

DA POLÍTICA DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 155 - O Município promoverá, inclusive em coordenação com a União e o


Estado, medidas de defesa do consumidor, visando:

I - à conscientização do cidadão, habilitando-o para a autodefesa ante os


abusos do poder econômico;

II - à promoção de ações que assegurem os interesses e direitos dos


consumidores;

III - à promoção do acesso a bens e serviços por parte da população,


especialmente a de menor poder aquisitivo;

IV - à fiscalização de preços, pesos e medidas e da qualidade dos bens e


serviços;

V - à pesquisa, à informação e à divulgação de dados sobre consumo,


preços e qualidade de bens e serviços, em especial sobre a cesta básica
de alimentos, para a orientação do consumidor;

VI - ao atendimento, à mediação e ao encaminhamento do consumidor


aos órgãos especializados, inclusive de prestação de assistência jurídica.

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Capítulo XIV

DA POLÍTICA DO ABASTECIMENTO

Art. 156 - O Município atuará na normalização, organização e promoção direta ou


indireta das atividades de abastecimento alimentar da sua população, com as
seguintes atribuições principais:

I - planejar e executar programas de abastecimento alimentar, de forma


integrada com os programas especiais de nível federal, estadual,
metropolitano e intermunicipal;

II - estimular a formação de centros de abastecimento de micros e


pequenos empresários, em conjuntos habitacionais e outras áreas de
concentração populacional;

III - incentivar relações diretas entre as entidades associativas dos


produtores e dos consumidores, mediante apoio à criação de centrais
comunitários de compras;

IV - implantar, ampliar e recuperar os equipamentos de mercados


públicos, feiras livres e similares;

V - regulamentar as atividades de abastecimento alimentar e fiscalizar e


controlar o cumprimento das técnicas de operação.

§1º - O Município assegurará, no âmbito das atividades, sob sua


execução direta ou através de empresa pública, a oferta de alimentos a
preços subsidiados para a população de baixa renda.

§2º Os mercados municipais, que tenham sido instalados em prédios


próprios do município e tenham entrado em funcionamento até 31 de
dezembro de 1999, não poderão ser privatizados. (alterado pela Emenda
nº 11/00)

Capítulo XV

DA POLÍTICA DO TURISMO

Art. 157 - O Município incentivará e apoiará o desenvolvimento do turismo através


de:
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I - definição, com os municípios da região metropolitana e órgãos públicos


privados que atuam no setor, de diretrizes políticas e estratégias de ação
para o turismo regional e municipal;

II - criação e regulamentação do uso e fruição dos bens naturais,


históricos e culturais relacionados às áreas de interesse turístico definidas
no plano diretor;

III - implantação de infra-estrutura necessária ao desenvolvimento das


atividades turísticas, observadas as estratégias de ação definidas;

IV - incentivo à formação de pessoal especializado para o setor turístico,


com cadastramento dos guias de turismo e dos profissionais e entidades
relacionadas com o setor;

V - promoção, sensibilização e conscientização do público para


valorização e preservação dos bens históricos, culturais e naturais;

VI - incentivo e apoio à produção artesanal e às tradições culturais e


folclóricas da região;

VII - promoção e apoio à realização de feiras, exposições e outros


eventos, com prioridade para os projetos que utilizem e preservem os
valores artísticos populares, bem como à realização de campanhas
promocionais que concorram para a divulgação das potencialidades
turísticas do Município.

VIII - incentivo à exploração sustentável dos recursos naturais do


Município para a prática de turismo ecológico e subaquático. (acrescido
pela Emenda nº 21/07)

§ 1º - No incentivo e no apoio ao desenvolvimento do turismo, de que


trata este Artigo, o Município criará o Conselho de Turismo - CONTURE,
com atribuições de definir as diretrizes da política de desenvolvimento do
turismo.

§ 2º - O Município instituirá bairro turístico da Cidade do Recife, de forma


a redefinir, na área, as funções urbanas e a vocação econômica,
submetendo-se à aprovação da Câmara Municipal.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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Art. 158 - Os quadros de Assessor Jurídico do Município do Recife, no âmbito dos


Poderes Executivo e Legislativo, serão reestruturados mediante diplomas
normativos próprios. (alterado pela Emenda nº 02/93)

Art. 159 - Na hipótese de alienação de participação societária de sociedade de


economia mista, pertencentes ao Município, que importe transferência do
respectivo controle, assegurar-se-á a distribuição, aos empregados, a título de
gratificação, na proporção do salário percebido e do tempo de serviço, de valor
correspondente a 1/3 (um terço) do preço total de venda.

Art. 160 - A Guarda Municipal, órgão de caráter civil, será organizada com base
nos princípios democráticos e no respeito aos direito humanos, devendo ser o seu
chefe nomeado, pelo Prefeito, dentre cidadãos de moral irrepreensível e de
conduta ilibada.

Parágrafo Único - Será estimulado o respeito aos valores democráticos e


aos direitos da cidadania no processo de formação dos guardas
municipais, conforme dispuser a lei.

Art. 161 - As entidades da administração indireta deverão, no que couber,


estender, aos servidores, os direitos e vantagens previstos no Artigo 79, § 2º,
desta Lei Orgânica.

Art. 162 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, o Vereador e os Secretários Municipais,


proferirão no ato de posse nos respectivos cargos, o seguinte compromisso:
“Invocando a proteção de Deus, prometo manter, defender e cumprir a
Constituição da República Federativa do Brasil, a do Estado de Pernambuco, a
Lei Orgânica do Município do Recife, observar as demais Leis, promover o bem
coletivo, a igualdade social e exercer o meu (mandato ou cargo) sob a inspiração
das tradições democráticas, históricas, libertárias e heróicas do bravo povo
recifense”. (alterado pela Emenda nº 12/01)

Art. 163 - A família, base da sociedade, tem proteção especial do Município, a


quem competirá assisti-la de todas as formas, criando mecanismos para coibir a
violência no âmbito de suas relações.

Art. 164 - Não se dará nome de pessoa viva a qualquer logradouro ou


estabelecimento público, nem se dará nova designação aos que tiverem
denominação tradicional.

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Parágrafo Único - Qualquer mudança de denominação de logradouro


público deverá ser precedida de consulta ao Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano.

Art. 165 - Fica proibida a instalação de usinas nucleares no território do Município


do Recife.

Art. 166 - Os prazos de vigência dos contratos de comodato, firmados pelo


Município, não poderão ultrapassar o período do mandato do Prefeito, salvo
quando houver prévia autorização da Câmara Municipal.

Art. 167 - O Município usará prioritariamente, na realização de obras, a mão-de-


obra da comunidade beneficiária da ação pública.

Parágrafo Único - O disposto no "caput" deste Artigo constará,


obrigatoriamente, dos editais de licitação e concorrência pública.

Art. 168 - A lei estabelecerá condições e incentivos que assegurem a


preservação plena das áreas da chamada Mata Atlântica permanente.

Art. 169 - O Município, através da rede de saúde, fará obrigatoriamente, o exame


preventivo em relação às patologias de mama e colo de útero.

Art. 170 - O Município obriga-se a fornecer, sempre que solicitado, os meios


físicos necessários e indispensáveis para instalação de postos avançados de
segurança.

Art. 171 - O Município criará Casas de Trabalho nos bairros, oferecendo


orientação profissional, máquinas e ferramentas, em locais adequados, visando a
possibilitar o desenvolvimento de trabalho autônomo, sem vínculo empregatício.

Art. 172 - O Município promoverá a guarda, organização e gestão, através de


arquivo público, da documentação oficial da municipalidade.

Art. 173 - O Município considerará como manifestação cultural a revista


"ARRECIFES", de responsabilidade do Conselho Municipal de Cultura,
assegurando, no mínimo, edição semestral, sem prejuízo das subvenções
financeiras que possam ser atribuídas a esta instituição.
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Art. 174 - O Município, na forma da lei, promoverá a instalação da Rádio Frei


Caneca, para divulgação dos atos oficiais, informações e campanhas educativas
do interesse público.

Art. 175 - É feriado municipal a data de 06 de março, em comemoração e


homenagem aos heróis e mártires da Revolução Republicana Constitucionalista
de 1817.

Art. 175-A - O Município obrigatoriamente, promoverá a "Semana Frei Caneca",


no mês de março de cada ano, em homenagem a figura do mártir recifense, uma
das maiores expressões humanas da Pátria, o carmelita "Frei Joaquim do Amor
Divino Caneca".(acrescido pela Emenda nº 21/07)

Parágrafo Único - O evento a que se refere o "caput" será realizado através de


palestras nas escolas municipais e amplamente veiculado com impressos sobre a
história da vida e luta do herói recifense e divulgado por todos os meios de
comunicação, de modo que venha a ultrapassar as fronteiras do Recife e do
Estado de Pernambuco, em referência ao dia 13 de janeiro de 1825, quando foi
covardemente arcabuzado. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art. 176 - É declarado o dia 12 de março de 1537 como data histórica da


fundação do Recife.

Art. 177 - Lei ordinária definirá os critérios para reconhecimento, como de


utilidade pública, das entidades sem fins lucrativos, no âmbito do Município.

Art. 178 - revogado (alterado pela Emenda nº 06/97)

Art. 179 - revogado (alterado pela Emenda nº 21/07)

Art. 180 - O Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, previsto no inciso I do


Artigo 5º desta Lei Orgânica, manterá sua organização, composição e atribuições
atuais.

Art. 181 - Será garantida, às pessoas com deficiência, a participação em


concursos públicos municipais, através da adaptação dos recursos materiais e

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ambientais, bem como do provimento de recursos humanos de apoio. (alterado


pela Emenda nº 21/07)

Art. 182 - Fica proibida a realização de testes ou exames, de qualquer natureza,


ou uso de qualquer meio para constatação de gravidez em candidatas a emprego
na administração direta e indireta, bem como nas empresas onde o Município seja
acionista majoritário.

Art. 183 - O Município criará o Salão de Arte da Cidade do Recife, de modo a


permitir que os artistas plásticos exponham e divulguem os seus trabalhos.

Art. 184 - O Hino Nacional Brasileiro deverá ser cantado, obrigatoriamente, pelas
unidades escolares da rede municipal de ensino da Cidade do Recife, inclusive as
subvencionadas pela Prefeitura.

Art. 185 - A lei estabelecerá estímulos e incentivos aos órgãos, empresas,


entidades ou sociedades pertencentes aos sistema de comunicação, radiodifusão,
televisão e imprensa escrita que divulguem músicas pernambucanas,
principalmente carnavalescas e juninas, e promovam programas evidenciando a
história e a cultura recifenses.

Art. 186 - O Município pleiteará do Estado de Pernambuco a volta ao seu


território, do Arquipélago de Fernando de Noronha, antigo 2º Distrito da Capital e
atual Distrito Estadual.

ATOS DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - É assegurada ao servidor inativo a revisão dos proventos da


aposentadoria, na mesma proporção e a partir da mesma data em que se
modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 1º - Os proventos de aposentadoria, quando originalmente compostos


por um ou mais valores básicos e por parcelas sobre os mesmos
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incidentes, serão sempre atualizados toda vez que forem os valores


básicos ou, individualmente, qualquer parcela integrante da remuneração
do servidor da ativa, mantendo-se, em qualquer hipótese, os direitos e
vantagens assegurados no ato que homologou a aposentadoria.

§ 2º - Os proventos dos funcionários aposentados até o dia 07 de março


de 1998 serão recalculados, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a
partir da promulgação desta Lei Orgânica, através da restauração de
todas as vantagens relacionadas nos atos de suas aposentadorias ou
posteriormente obtidas.

§ 3º - Fica assegurada, aos servidores aposentados até a data prevista no


parágrafo anterior e que se encontravam, há mais de 02 (dois) anos, sem
interrupção, percebendo gratificação em órgãos da administração indireta,
incorporação destas vantagens aos proventos da inatividade.

§ 4º - Fica vedada a percepção de quaisquer atrasados decorrentes da


aplicação deste Artigo.

Art. 2º - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal do Recife, no prazo


de 14(quatorze) meses, a contar da data da promulgação da presente Lei
Orgânica, projetos da lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana e do
plano diretor.

Parágrafo Único - Os projetos de lei, referidos no "caput" deste Artigo,


deverão ser apreciados e votados, pelo Poder Legislativo, no prazo de
120 (cento e vinte) dias, contados a partir da data de suas recepções.

Art. 3º - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal do Recife, no prazo


de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da publicação oficial da lei do plano
diretor, os projetos de lei pertinente a:

I - uso e ocupação do solo;

II - parcelamento do solo;

III - edificações e instalações;

IV - posturas.

Parágrafo Único - Os projetos de lei referidos no "caput" deste Artigo


deverão ser apreciados e votados pelo Poder Legislativo, no prazo de 120
(cento e vinte) dias, contados a partir da data de suas recepções.

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Art. 4º - Até a entrada em vigor de lei complementar federal a que se refere o


Artigo 165, § 9º, incisos I e II da Constituição da República, serão obedecidas as
seguintes normas:

I - o projeto do plano diretor plurianual, para vigência até o final do


primeiro exercício financeiro do mandato do Prefeito subsequente, será
encaminhado até o dia 30 (trinta) de setembro do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até 30 (trinta) de novembro do mesmo
ano;

II - o projeto da lei de diretrizes orçamentaria será encaminhado até 30


(trinta) de abril da cada ano e devolvido para sanção até o dia 15 (quinze)
de junho, não sendo interrompida a sessão legislativa sem sua
aprovação;

III - o projeto de lei orçamentária do Município será encaminhado até o dia


30 (trinta) de setembro de cada ano e devolvido para sanção até o dia 30
(trinta) de novembro.

Art. 5º - no prazo de 120(cento e vinte ) dias, a contar da promulgação desta Lei


Orgânica, a Câmara Municipal aprovará lei de regulamentação do Conselho de
Desenvolvimento Urbano de que trata o Artigo 113 desta Lei Orgânica.

Art. 6º - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da promulgação desta


Lei Orgânica, o Poder Público Municipal regulamentará:

I - a política municipal de apoio às pessoas portadoras de deficiência:

II - os mecanismos de participação popular;

III - o código de defesa do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

IV - a política de incentivos à cultura, considerando estímulos fiscais,


cadastramento, formação e difusão cultural;

V - o Conselho Municipal para Assuntos do Doador e do Receptor de


órgãos.

Parágrafos Único - A política a que se refere o inciso I deste Artigo, será


executada pela Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, vinculada ao Poder Executivo.

Art. 7º - No prazo de que trata o Artigo anterior, o Poder Executivo, para efeito do
disposto no Artigo 105, fará um recenseamento dos campos de futebol amador.
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Art. 8º - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da promulgação


desta Lei Orgânica e de acordo com o estabelecido em seu Artigo 63, § 2º, o
Poder Executivo procederá a identificação dos bens da Prefeitura.

Art. 9º - A lei disporá sobre a organização e as funções da Comissão de Defesa


Civil do Município.

Parágrafo Único - Enquanto não for disciplinada por lei, a organização de


funções da Comissão de Defesa Civil do Município do Recife,
permanecerá a norma vigente no momento da promulgação desta Lei
Orgânica.

Art. 10 - Será criada uma comissão de Sistematização Legislativa, composta de


09 (nove) membros, 06 (seis) indicados pela Câmara Municipal e 03 (três) pelo
Prefeito, com a finalidade de propor à Câmara Municipal e ao Prefeito, até o final
da presente legislatura, as medidas legislativas e administrativas previstas na
Constituição do Estado e nesta Lei Orgânica, sem prejuízo das iniciativas desses
Poderes, na esfera de sua competência.

Art. 11 - A revisão da Lei Orgânica Municipal será realizada no prazo de 90


(noventa) dias após a publicação do Texto revisado da Constituição do Estado de
Pernambuco.

Art. 12 - O Município promoverá edição popular desta Lei Orgânica que será
distribuída nas repartições públicas e entidades representativas da sociedade
civil.

Art. 13 - Os contratos por tempo determinado destinados à implementação de


programas e projetos na área de saúde, vigentes quando da promulgação da
Emenda à Lei Orgânica do Município do Recife nº 21, de 3 de julho de 2007,
poderão ser prorrogados pelo prazo máximo de 1 (um) ano, vedada qualquer
recontratação, devendo o instrumento de prorrogação em caráter excepcional,
conter cláusula específica prevendo a sua rescisão a partir do provimento de
cargo de idênticas atribuições existentes na estrutura da Secretaria de Saúde.
(alterado pela Emenda nº 22/07)

Art. 13-A - Institui a obrigatoriedade da consolidação da Legislação Municipal do


Recife. (acrescidos Caput, Incisos, Parágrafos e Alíneas pela Emenda nº
21/07)
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I. O Poder Executivo publicará, a cada dois anos, coletânea contendo a


consolidação das Leis vigentes do município do Recife.

II. Fica instituído, conjuntamente, no âmbito dos Poderes Executivo e


Legislativo, Grupo de Trabalho Especial, para realizar a Consolidação da
Legislação Municipal.

§ 1º - O Grupo de Trabalho Especial, definido no caput deste artigo, será


constituído por 10 (dez) membros, com a seguinte composição:

a.-05 (cinco) membros do Poder Executivo Municipal, sendo um deles o


Secretário de Assuntos Jurídicos e os demais membros integrantes do
Quadro de Pessoal da Procuradoria Geral do Município;

b.-05 (cinco) membros do Poder Legislativo Municipal, sendo 02 (dois)


Vereadores e os demais membros integrantes do Quadro de Pessoal das
áreas Jurídicas e Legislativas da Câmara Municipal do Recife.

§ 2º - Todos os membros do Grupo de Trabalho Especial serão


designados por Ato do Chefe do Poder Executivo, observadas,
obrigatoriamente, as indicações do Presidente da Câmara Municipal do
Recife no que concerne aos seus representantes.

§ 3º - O Grupo de Trabalho Especial poderá realizar as gestões


necessárias à obtenção de colaboração dos órgãos jurídicos, técnicos e
administrativos dos Poderes Executivo e Legislativo do Município,
mediante convênio a ser firmado entre os Chefes dos respectivos
Poderes.

§ 4º - Os trabalhos da Consolidação da Legislação Municipal serão


desenvolvidos com o apoio de todos os órgãos administrativos e técnicos
da Prefeitura da Cidade do Recife e Câmara Municipal do Recife, que
deverão contribuir, quando solicitados, com recursos humanos e materiais
para a realização dos trabalhos propostos na presente Lei.

III. Ao Grupo de Trabalho de que trata este artigo cabe promover estudos
e realizar anteprojetos de leis consolidando as Leis municipais, por área
temática, nos termos das Leis complementares federais nº 95/98 e nº
107/01, observadas as disposições concernentes às iniciativas
legislativas.

IV - O prazo para o término do trabalho do Grupo ora instituído é de 120


(cento e vinte) dias contados da data da publicação desta Lei.

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Art.- 13-B. A legislação complementar, objeto de regulamentação desta Lei


Orgânica, deverá, obrigatoriamente, ser encaminhada ao Poder Legislativo no
prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar da data de
promulgação desta Lei Orgânica. (acrescido pela Emenda nº 21/07)

Art.- 13-C - Para a próxima Legislatura, a iniciar-se na data de 1º de janeiro de


2013, o Poder Legislativo Municipal do Recife será composto por 39 (trinta e
nove) Vereadores, observado o critério populacional, nos termos da previsão
constante do Art. 29, da Constituição da República Federativa do Brasil, com nova
redação dada pela Emenda nº 58, de 23/09/2009 e, do Art. 10 desta Lei Orgânica,
(acrescido pela Emenda nº 23/08 e alterado pela Emenda nº 24/11)

Art. 14. A Câmara Municipal do Recife funcionará em regime extraordinário no


período de 6 a 31 de julho de 2020.

Parágrafo único. O funcionamento de que trata o caput implica cancelamento do


recesso, em conformidade com os §§ 3º, 4º e 5º do art. 18 desta Lei Orgânica do
Município do Recife. (Acrescido pela Emenda nº 33, de 25 de maio de 2020)

CÂMARA CONSTITUINTE MUNICIPAL DO RECIFE

José Cavalcanti Neves Filho


Presidente

Eclésio Meneses de Lima


1º. Vice-Presidente

Cláudio Antônio Delgado de Borba Carvalho


2º Vice-Presidente

Alpheu Rosa Cesse Neto


1º Secretário

José Carolino Corrêa de Oliveira Andrade


3º Secretário

Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho


Relator

André Carlos Alves de Paula Filho

André Wilson de Queiroz Campos

Antônio de Lima Santana

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Antônio Rafael de Menezes

Augusto Carlos Diniz Costa

Augusto da Silva Lucena

Byron de Paula Travasso Sarinho

Carlos Eduardo Cintra da Costa Pereira

Carlos Frederico Gomes Fred Oliveira

Homero Moura Lacerda de Melo

João Batista Meira Braga

João Paulo Lima e Silva

Liberato Pereira da Costa Júnior

Manoel Gilberto Silveira Holanda Cavalcanti

Maria Geralda Heráclio do Rêgo Farias

Mauro Ribeiro de Godoy

Miguel Batista

Murilo Vitoriano de Mendonça

Newton Carneiro Filho

Otávio Augusto Cavalcanti

Renildo Vasconcelos Calheiros

Ricardo Sérgio de Magalhães Melo

Rivaldo Allain Ferreira Teixeira

Romário de Castro Dias Pereira

Romildo José Ferreira Gomes Filho

Sílvio Tavares de Amorim

Vicente Manoel Leite André Gomes


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Waldemar Alberto Borges Rodrigues Neto

Waldomiro Ferreira da Silva

Participou integralmente dos trabalhos da Lei Orgânica Aristófanes de Andrade


Silva, inclusive como 2º Secretário da Mesa Dirigente.

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EMENDAS À LEI ORGÂNICA DO RECIFE


(Da Emenda nº 01/1993 à Emenda 35/2023)

Emenda nº 01/1993
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Acrescenta-se na parte final do item “X”, do Art. 23, após a palavra “dias”,
a seguinte expressão:

“ .......... e do País por mais de 8 (oito) dias”

Art. 2º - Dê-se ao Art. 52, a seguinte redação:

Art. 52 - O Prefeito, o Vice-Prefeito e Vereadores , não poderão ausentarem-se do


Município, por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, ou do País, por mais de 8
(oito) dias consecutivos sem licença da Câmara Municipal.

Emenda nº 02/1993
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - O Art. 158 da Lei Orgânica do Município do Recife, promulgada em 04 de


abril de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 158. Os quadros de Assessor Jurídico do Município do Recife, no âmbito dos


Poderes Executivo e Legislativo, serão reestruturados mediante diplomas
normativos próprios.

Art. 2º - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal do Recife, no prazo


de 30 (trinta) dias, a contar da publicação da presente Emenda à Lei Orgânica,
projeto de lei reestruturando o Quadro de Assessor Jurídico da Administração
Direta do Município.

Emenda nº 03/1993
Ementa: Dá nova redação aos artigos 178 e 179 da Lei Orgânica do Município,
promulgada em 04/04/90.

Art. 1º - Os artigos 178 e 179 da Lei Orgânica do Município, promulgada em


04/04/90, passarão a vigorar com as seguintes redações.

Art. 178 - Os convênios firmados em 07/02/75 e 13/03/80 entre o Município e o


Estado de Pernambuco, o primeiro objetivando a questão de trânsito e o segundo,
do transporte coletivo de passageiros, deverão ser denunciados até 120 (cento e
vinte) dias contados à partir da promulgação desta e substituídos por outros
atualizados nos termos da Lei Orgânica vigente e que reservem ao Município,
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formas de atuação na gestão desses sistemas, com a participação do Executivo e


do Legislativo Municipal.

Parágrafo Único - No prazo de 30 (trinta) dias a contar da promulgação desta, o


Poder Legislativo indicará ao Prefeito, 04 (quatro) Vereadores para que dois a
dois, participem da elaboração dos novos convênios.

Art. 179 - Até que entre em vigor o novo Convênio que objetivará a gestão do
sistema de transportes coletivo de passageiros, a comercialização do “Vale
Transporte” e do “passe estudantil municipal”, será realizada pelo órgão gestor do
sistema.

Parágrafo Único - Todo e qualquer resultado financeiro dessa comercialização,


será destinado à diminuição do custo da tarifa a ser paga pelo usuário do sistema,
devendo a síntese do movimento financeiro ser publicada no diário oficial ou em
jornal de grande circulação, mensalmente, até o dia 15 (quinze) do mês seguinte.

Emenda nº 04/1994
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Modifique-se o inciso I do Art. 43 da Lei Orgânica do Recife, que passará


a ter a seguinte redação:

Art. 43 - Não perderá o mandato o vereador:

I - Investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de território, Secretário


de Estado, Distrito Federal, de Município, de Presidente ou equivalente de
Autarquias, Empresas Públicas, Fundações e Sociedades de Economia Estaduais
e Federais ou desempenhando, com prévia licença da Câmara Municipal, missão
temporária de caráter diplomático.

Emenda nº 05/1996
Ementa: Dá nova redação ao Art. 113 da Lei Orgânica do Município do Recife.

Art. 1º - O “Caput” do Art. 113 da Lei Orgânica do Município do Recife passa a ter
a seguinte redação, mantidos os seus respectivos parágrafos:

Art. 113 - O Conselho de Desenvolvimento Urbano, órgão colegiado de


composição paritária entre representantes do Município, da FIDEM (Fundação de
Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife), Caixa Econômica Federal,
Universidade Federal de Pernambuco através do Mestrado de Desenvolvimento
Urbano e a sociedade civil, exercerá as funções de acompanhamento, avaliação e
controle do Plano Diretor.

§ 1º - (....)
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§ 2º - (....)

Emenda nº 06/1997
Ementa: Altera o Art. 121 e revoga os Arts. 178 e 179 da Lei Orgânica do
Município do Recife.

Art. 1º - O § 1º do Art.119 e o Art 121 da Lei Orgânica do Município do Recife,


promulgada em 04 de abril de 1990, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art.(....)

§ 1º - Os serviços de transporte público de passageiros serão prestados


necessariamente pelo Município, de forma direta e sob o regime de concessão,
permissão e autorização, nos termos da Lei.

Art. 121 – A concessão, permissão e autorização para prestação de serviços


públicos de transporte coletivo de passageiros, no âmbito do território do
Município do Recife é de competência privativa do Poder Executivo.

§ 1º - A competência para outorga de concessão é indelegável.

§ 2º – O Município não poderá instituir novas gratuidades ou abatimentos no


preço das tarifas de transporte coletivo de passageiros.

Art. 2º - Ficam revogados os artigos 178 e 179 da Lei Orgânica do Município do


Recife, promulgada em 04 de abril de 1990, alterados pela Emenda nº 03/93 de
06 de dezembro de 1993, ficando assim o Art. 179 com a seguinte redação:

“Art. 179 –A comercialização do vale-transporte será realizada diretamente pelo


Poder Público.”

Emenda nº 07/1998
Ementa: Altera o quorum das votações qualificadas, constantes nas alíneas “b” e
“c” do artigo 23 e o § 1º do Art. 25 da LEI ORGÂNICA DO RECIFE.

Art. 1º- As alíneas “b” e “c” do artigo 23 e, bem assim, o parágrafo 1º do Art. 25 da
LEI ORGÂNICA DO RECIFE, onde estabelece o quorum para aprovação por
deliberação do Plenário das matérias em fase de votação, for exigido o mínimo de
2/3 (dois terços), do total dos membros da Câmara Municipal do Recife, passa a
vigorar com o quorum mínimo de 3/5 (três quintos) do referido Colegiado.

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Emenda nº 08/1999
Ementa: Revoga os incisos XXI e XXXII do § 2º, Art. 79 da Lei Orgânica do
Recife.

Art. 1º - Fica revogado o inciso XXI do § 2 º do Art. 79 da Lei Orgânica do Recife,


bem como o Art. 123 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Município do
Recife, com a redação que lhe foi dada pela Lei nº 15.054 de 07 de março de
1988.

Art. 2º - Fica revogado o inciso XXXII do § 2º, do Art. 79 da Lei Orgânica do


Recife.

Emenda nº 09/1999
Ementa: Revoga o inciso XXX do § 2º do Art. 79 da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Fica revogado o inciso XXX do § 2º do Art. 79, da Lei Orgânica do Recife.

Art. 2º - Aos servidores municipais que, na data de vigência desta Emenda,


preencham os requisitos previstos no dispositivo ora revogado, é assegurado o
direito adquirido de requerer a estabilidade financeira que lhes couber, nos termos
da legislação anterior.

Art. 3º - Os servidores municipais que, na data de vigência desta Emenda, contem


mais de 02 (dois) e menos de 03 (três) anos ininterruptos de exercício em cargo
comissionado ou função gratificada terão direito, se completarem os prazos
previstos no inciso ora revogado, a uma estabilidade financeira de valor
correspondente a 20% (vinte por cento) do valor do cargo comissionado ou
função gratificada por maior tempo exercido.

Art. 4º - Os servidores municipais que, na data de vigência desta Emenda, contem


de03 (três) e menos de 05 (cinco) anos ininterruptos de exercício em cargo
comissionado ou função gratificada terão direito, se completarem os prazos
previstos no inciso ora revogado, a uma estabilidade financeira de valor
correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor do cargo comissionado ou
função gratificada por maior tempo exercido.

Art. 5º - O Poder Executivo deverá apresentar ao Poder Legislativo, no prazo


máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação desta
Emenda, a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores
Municipais.

§ 1º - Na elaboração da proposta mencionada no “caput”, devem participar


representante do Sindicato dos Servidores Municipais e da Câmara Municipal do
Recife.

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§ 2º - O Plano de Cargos, Carreira e Salários deve ser implementado no prazo


máximo de 01 (um) ano, a contar da publicação desta Emenda.

Art. 6º - As disposições desta Emenda aplicam-se aos servidores das fundações,


autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista do município do
Recife.

Emenda nº 10/1999
Ementa: Dá nova redação ao inciso III do artigo 40 da Lei Orgânica do Município.
A COMISSÃO EXECUTIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE, nos termos
do art. 25 § 2º da Lei Orgânica, faz saber que o Poder Legislativo do Município
aprovou, e ela promulga a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA:

ART. 1º O inciso III do artigo 40 da Lei Orgânica do Recife, passa a vigorar com a
seguinte redação:

“Art. 40 ...........................

I -....................................

II -..................................

III – para tratar, sem remuneração, de interesse particular, por prazo


determinado que não ultrapasse a120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa,
podendo reassumir o exercício e a titularidade do mandado do término da
licença,”.

Emenda nº 11/2000
Ementa: Inclui texto na Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Fica acrescentado à Lei Orgânica do Recife, no Artigo 156, um parágrafo


com a seguinte redação:

Art. 156 - (....)

§ 1º - (....)

§ 2º - Os Mercados Municipais, que tenham sido instalados em prédios próprios


do Município e tenham entrado em funcionamento até 31 de dezembro de 1999,
não poderão ser privatizados.

Art. 2º - Em conseqüência o Parágrafo Único do Art. 156, passa a vigorar como §


1º.

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Emenda nº 12/2001
Ementa: Dá nova redação ao Art. 162 da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - O Art. 162 da Lei Orgânica do Recife, passa a vigorar com a seguinte
redação:

Art. 162 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, o Vereador e os Secretários Municipais,


proferirão no ato de posse nos respectivos cargos, o seguinte compromisso:
“Invocando a proteção de Deus, prometo manter, defender e cumprir a
Constituição da República Federativa do Brasil, a do Estado de Pernambuco, a
Lei Orgânica do Município do Recife, observar as demais Leis, promover o bem
coletivo, a igualdade social e exercer o meu (mandato ou cargo) sob a inspiração
das tradições democráticas, históricas, libertárias e heróicas do bravo povo
recifense”.

Emenda nº 13/2002
Ementa: Dá nova redação ao inciso IX do Art. 63 da Lei Orgânica do Município do
Recife.

Art. 1º - O inciso IX do Art. 63 da Lei Orgânica do Município do Recife passa a


vigorar com a seguinte redação:

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para


atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, cujo prazo
será de 1 (um) ano, prorrogável no máximo por mais 2 (dois) anos, vedada
qualquer recontratação;

Art. 2º - As contratações temporárias na área da saúde, vigentes em 31 de


dezembro de 2001, relativas a programas e projetos cujos recursos financeiros
sejam oriundos de convênios e transferências federais, poderão ser mantidas
e/ou renovadas, excepcionalmente, pelo prazo de 1 (um) ano prorrogável no
máximo, por mais 2 (dois) anos.

Emenda n º 14/2004
Ementa: Altera a redação do Art. 45 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04
de abril de 1990.

Art. 1º - O Art. 45 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril de 1990,


passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 45 - O Vereador perceberá a remuneração fixada pela Câmara Municipal, em


cada legislatura para a subsequente, na forma do Art. 29, inciso VI, da
Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 25
de 15 de fevereiro de 2000.

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§ 1º - É vedada a concessão de gratificações, de qualquer natureza, inclusive


pelas convocações extraordinárias, ressalvadas às solicitadas pelo Prefeito e as
gratificações de representação atribuídas aos Membros da Comissão Executiva,
aos Presidentes das Comissões Permanentes e aos Lideres Partidários,
observado o disposto no Art. 37, inciso XI da Constituição Federal, na redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

§ 2º - As Reuniões Extraordinárias da Câmara Municipal quando convocadas por


iniciativa popular, não serão remuneradas.

Emenda nº 15/2004:
Ementa: Revoga o inciso XVIII, do § 2º, do Art. 79 da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Ficam revogados o inciso XVIII, do § 2º, do Art. 79 da Lei Orgânica do


Município do Recife e o Art. 68 da Lei nº 15.127 de 25 de outubro de 1988.

§ 1º - Na data em que completaria novo qüinqüênio, será assegurado ao Servidor


o valor correspondente a 1/60 (um sessenta avos) do qüinqüênio por cada mês
trabalhado entre o início do período aquisitivo corrente e a promulgação desta
Emenda;

§ 2º - Os PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) de todas as categorias de


servidores municipais, deverão ser implementados pelo Poder Executivo até 31
de dezembro de 2008.

Emenda nº 16/2005:
Modifica o inciso IX do art. 63 e cria novo artigo aos Atos das Disposições
Transitórias da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - Modifica o inciso IX do art. 63 da Lei Orgânica do Recife, que passa a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 63. (......)

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para


atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, cujo prazo
máximo será de 01 (um) ano, vedada qualquer recontratação.”

Art. 2º - Cria novo artigo aos Atos das Disposições Transitórias da Lei Orgânica
do Recife, com a seguinte redação:

“Art. 13 - As contratações temporárias destinadas à implementação de programas


e projetos na área de saúde, vigentes no período de 31 de dezembro de 2004 até
28 de junho de 2005, poderão ser mantidas e/ou renovadas pelo prazo máximo
de 1 (um) ano contado a partir da data da promulgação desta proposição.
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Parágrafo Único - Fica o Poder Executivo obrigado a enviar à Câmara Municipal


do Recife, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, proposta inerentes ao
processo seletivo unificado para preenchimento das vagas referentes aos
contratos constantes do caput deste artigo”.

Emenda nº 17/2006:
Altera a redação dos Art. 12 e 18 e dos § 1º e 2º do Art. 45 da Lei Orgânica do
Recife promulgada em 04 de abril de 1990.

Art.1º - O Parágrafo Único do Art. 10 da Lei Orgânica do Recife passa a vigorar


com a seguinte redação:

Parágrafo Único - A Câmara Municipal, atualmente constituída de 36 (trinta e seis)


Vereadores, eleitos em pleito direto e proporcional, para uma legislatura de 4
(quatro) anos, terá sua composição elevada na forma que dispuser a Constituição
Federal.

Art. 2º - O Caput e o Parágrafo 2º do Art. 12 da Lei Orgânica do Recife


promulgada em 04 de abril de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 12-A Câmara Municipal do Recife reunir-se-á, anualmente, de 01 de


fevereiro a 05 de julho e de 01 de agosto a 28 de dezembro."

Continuação da Emenda à Lei Orgânica do Recife - Executivo.

§ 2º "A Sessão Legislativa não será interrompida sem a aprovação do Projeto de


Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Projeto de Lei Orçamentária Anual
(LOA)."

Art. 3º- O Art. 18 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril de 1990,


passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 18 - A Câmara Municipal poderá ser convocada extraordinariamente, no


período de recesso, para tratar de matéria urgente ou de interesse público
relevante".

Parágrafo 1º - A convocação extraordinária da Câmara Municipal, referida no


Caput deste artigo, far-se-á a requerimento do Prefeito, do Presidente da Câmara,
da maioria dos seus membros, e da iniciativa popular de 1% (um por cento) dos
eleitores alistados no Município, obedecido o disposto no parágrafo 1º do Art. 30
da Lei Orgânica do Município e, em todas as hipóteses deste Parágrafo, coma
aprovação da maioria absoluta do Colegiado da Câmara Municipal.

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Parágrafo 2º - Nas sessões extraordinárias não serão tratadas matérias estranhas


às que motivaram sua convocação."

Art. 4º-O Art. 45 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril de 1990,


passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 45 - O vereador perceberá remuneração fixada pela Câmara Municipal, em


cada legislatura para a subseqüente, na forma do art. 29 inciso VI, da
Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº.
25 de 15 de fevereiro de 2000 (alterados caput e parágrafos pela Emenda nº. 14
/2004).

Parágrafo Único - É vedada a Concessão de gratificações, de qualquer natureza,


inclusive pelas convocações extraordinárias, ressalvadas as gratificações de
representações atribuídas aos Membros da Comissão Executiva aos Presidentes
das Comissões Permanentes e aos Líderes Partidários observado o disposto no
artigo 37, inciso XI da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº. 41, de 19 de dezembro de 2003.

Art. 5º- Fica revogado o Parágrafo 2º do Art. 45 da Lei Orgânica do Recife


promulgada em 04 de abril de 1990.

Art. 6º- Esta Emenda à Lei Orgânica do Recife entrará em vigor na data de sua
publicação.

Emenda nº 18/2006:
Altera a redação do Art. 11 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril
de 1990.

Art. 1º - O Art. 11 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril de 1990,


passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 11 - A Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano da


legislatura, para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger sua
comissão executiva, para mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzido por
mais um mandato.\"

Art. 2º - Esta Emenda à Lei Orgânica do Recife entrará em vigor na data de sua
publicação.

Emenda nº 19/2006:

Art. 1º - O Art. 13 do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do


Município do Recife, inserido na Emenda nº. 16, de 19 de setembro de 2005,
passa a vigorar com a seguinte redação:
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"Art. 13 As contratações temporárias destinadas à implementação de programas e


projetos na área de saúde, vigentes no período de 29 de junho a 30 de setembro
de 2006, poderão ser mantidas e/ou renovadas pelo prazo máximo de 1 (um)
ano).\"

Art. 2º - Esta Emenda a Lei Orgânica do Município do Recife passa a vigorar na


data de sua publicação.

Sala da Sessões da Câmara Municipal do Recife, 09 de outubro de 2006.

Emenda nº 20/2006:

Art. 1º - Modifica o caput do art. 45 e insere os § 2º e 3º ao referido artigo da Lei


Orgânica do Município do Recife, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 45. O Vereador perceberá a remuneração fixada pela Câmara Municipal,


observados os critérios estabelecidos nesta Lei Orgânica e os limites definidos
nos artigos 29, Inciso VI e 37, Inciso XI, respectivamente, da Constituição Federal.

§1º. .........................................................................................................

§ 2º. considerar-se-á alterado o subsídio vigente, no valor correspondente a


setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais, sempre que a
Assembléia Legislativa Estadual promova, a qualquer tempo, nova fixação dos
subsídios dos seus respectivos Deputados;

§ 3º. considera-se mantido o subsídio vigente, na hipótese de não se proceder à


respectiva fixação na época própria, atualizado o valor monetário conforme
estabelecer norma municipal específica;

Art. 2º Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 21/2007:

Art. 1º - Modifica e cria artigos, incisos e parágrafos da atual Lei Orgânica do


Recife, abaixo relacionados:

Art. 5º -...

IV - Revogado.

§ 3º- Revogado.

Art. 6º -...
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XVII - dispor, em relação aos estabelecimentos comerciais, industriais ou de


prestação de serviços, quanto ao horário de funcionamento, sobre a concessão,
renovação ou revogação de licença de localização ou de funcionamento, e sobre
isenção de tributos e declaração de utilidade pública.

Art. 7º -...

II - cuidar da saúde e assistência pública, bem como da proteção e garantia das


pessoas com deficiência;

XIII - estabelecer políticas de prevenção e combate à violência, e à discriminação,


particularmente, contra a mulher, o negro e as minorias, na forma da lei.

Art. 8º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo e o Executivo.

Art. 9º-...

§ 5º - O Município criará instrumentos de participação popular nas decisões, na


gestão e no controle da administração pública, na forma da lei.

Art. 10 -...

§ 1° - Para fins de sua composição a Câmara Municipal do Recife observará os


seguintes limites inerentes a sua população:

I. 36 (trinta e seis) Vereadores, quando a população for igual ou


superior a 1.365.855 até o limite de 1.487.805 habitantes.

II. 37 (trinta e sete) Vereadores, quando a população for igual ou


superiora 1.487.806 até o limite de 1.609.756 habitantes.

III. 38 (trinta e oito) Vereadores, quando a população for igual ou


superior a 1.609.757 até o limite de 1.731.707 habitantes.

IV. 39 (trinta e nove) Vereadores, quando a população for igual ou


superior a 1.731.708 até o limite de 1.853.658 habitantes.

V. 40 (quarenta) Vereadores, quando a população for igual ou


superior a 1.853.659 até o limite de 1.975.609 habitantes.

VI. 41 (quarenta e um) Vereadores, quando a população for igual ou


superior a 1.975.610 até o limite de 4.999.999 habitantes.

§ 2° - A população do município, para os fins deste artigo, será a constante da


estimativa mais atualizada do órgão oficial de estatística.
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§ 3° - Sobrevindo emenda constitucional que altere o art. 29, IV, da Constituição


Federal, de modo a modificar os critérios ora estabelecidos, a Câmara Municipal
do Recife proverá a observância das novas regras.’’

Art.14 - A comissão executiva da Câmara Municipal será composta por 1 (um)


Presidente, 3 (três) Vice-Presidentes e 3 (três) Secretários e 2 (dois) Suplentes de
Secretários e deverá ser eleita para um mandato de 2 (dois) anos, conforme
dispuser o regimento interno.

Parágrafo Único - Qualquer membro da comissão executiva poderá ser destituído


pelo voto de 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso
ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro
Vereador para completar o mandato.

Art.15 -...

Parágrafo Único - A participação popular nos trabalhos das comissões técnicas


será viabilizada através de audiências públicas e/ou reuniões públicas, por
solicitação de qualquer Vereador, comissão permanente ou entidades
representativas da sociedade civil, na forma do regimento interno.

Art. 22 -...

IV - matéria tributária, arrecadação e distribuição de rendas;

VIII - criação, transformação e extinção de cargos, funções e empregos públicos


na administração direta, autárquica e fundacional e fixação de remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e no
art. 54, VI desta Lei Orgânica;

XI - criação e extinção das secretarias municipais e demais órgãos e entidades da


administração pública;

XXI - normatização dos mecanismos de participação popular e da transparência


no Governo Municipal.

Art. 23 -...:

V - dispor sobre criação, transformação ou extinção de cargo, emprego ou função


de seus serviços e a iniciativa de leis para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

VII - fixar o subsídio do Vereador, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários


Municipais;

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XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da


administração indireta, observado o disposto no art. 39;

XXVII - Revogado.

Art. 24 -...

...

II - leis complementares; APROVADO

III - leis ordinárias;

IV - decretos legislativos;

V - resoluções.

Parágrafo Único - A legislação municipal será, obrigatoriamente, publicada no


órgão oficial do Município e disponibilizada na rede mundial de computadores-
internet.

Art. 26 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, a


qualquer membro ou comissão da Câmara Municipal e aos cidadãos, mediante
iniciativa popular, observado o disposto nesta Lei Orgânica.

Parágrafo único - São objeto de lei complementar, aprovadas mediante maioria


absoluta dos membros da Câmara Municipal, observadas, no que couber, as
normas da Constituição Federal:

I. a lei de diretrizes gerais em matéria de política urbana e do plano diretor;

II. a organização da Procuradoria Geral do Município.

Art. 27-...
...

IV - matéria orçamentária; APROVADO

V - criação e extinção de Secretarias e órgãos da administração pública


municipal. APROVADO

Art.28 -...
...

III - organização e funcionamento dos seus serviços, dispondo sobre estrutura


administrativa de apoio e Junta Médica no âmbito da Câmara Municipal, que
proporcione a eficiência da produção normativa.
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IV - regime fechado de previdência complementar, que oferecerá aos Vereadores


planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida,
decorrentes do pagamento de contribuições previdenciárias dos parlamentares,
com adesão de modo opcional, o qual será regulamentado por lei municipal, de
acordo com as regras estabelecidas na legislação federal de que trata a matéria.

Art. 39 - Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no


exercício do mandato e na circunscrição do Município, podendo, no exercício de
sua atividade fiscalizadora, ter acesso às repartições públicas, seus documentos
e às informações relevantes só no interesse do Município.

Art. 40 -...

I - por doença devidamente comprovada ou por gravidez, pelo prazo previsto para
a licença-gestante ou licença-paternidade nos termos previstos no art. 7º, incisos
XVIII e XIX, da Constituição Federal;

Art.42 -...
...

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no


regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a
percepção de vantagens indevidas.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida


pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante
provocação da Comissão Executiva ou de partido político, assegurada ampla
defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela
Comissão Executiva da Câmara Municipal, de ofício ou mediante provocação
de qualquer de seus membros, ou de partido político, assegurada ampla
defesa.

Art. 47 - A Câmara Municipal editará, em linguagem acessível, a prestação


de contas do Município, para dar cumprimento ao disposto no §3º do Artigo
86 da Constituição Estadual.

Art. 54-...
...

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como expedir decretos e/ou
regulamentos para sua fiel execução, os dois últimos no prazo de 01 (um) ano ou
na forma definida na lei.
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VI- dispor mediante decreto sobre:

a) organização e funcionamento da administração municipal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Art. 55- Até 45 (quarenta e cinco) dias depois das eleições municipais, o Prefeito
deverá definir equipe de transição, que preparará, para entrega ao sucessor e
para publicação imediata, relatório da situação da administração municipal que
conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:

Parágrafo Único. O disposto no caput não se aplica ao caso de reeleição do


Prefeito.

Art. 57 - São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito definidos em lei


federal e, em especial, nos termos do art. 85 da Constituição Federal, os que
atentem contra:

I - a existência do Município;

II - o livre exercício do Poder Legislativo;

III - a probidade na administração;

IV - a lei orçamentária;

V - o cumprimento das leis e decisões judiciais.

Art. 59-...

I - impedir o funcionamento regular da Câmara Municipal, bem como o


cerceamento do exercício da atividade fiscalizadora do Vereador, nos termos do
art. 39 desta Lei Orgânica;

III – desatender as convocações ou não responder integralmente os pedidos de


informações da Câmara Municipal, sem motivo justo e comunicado no prazo de
trinta (30) dias;

VII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato da sua competência ou omitir-
se de sua prática, inclusive, quando necessária, a expedição de decretos e/ou
regulamentos no prazo fixado nesta lei orgânica;

§ 1º - A denúncia das infrações definidas neste Artigo, escrita e assinada, poderá


ser formulada por qualquer Vereador ou cidadão com a exposição dos fatos,
devidamente comprovada.
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§ 2º - Por convocação de qualquer Vereador, será submetido ao Plenário


requerimento de rejeição de informações prestadas pelo Prefeito a pedido
formulado pela Câmara Municipal, que deliberará, com aprovação de 3/5 (três
quintos) dos seus membros, pelo envio de solicitação de abertura de processo
especial ao Tribunal de Contas do Estado.

Art. 61-...
...

§ 1º - A Câmara Municipal, ou qualquer de suas comissões, poderão convocar


Secretários do Município ou quaisquer titulares e servidor público de órgãos
diretamente subordinados ao Prefeito para prestarem, pessoalmente, informações
sobre assunto previamente determinado, importando em crime de
responsabilidade, nos termos da legislação federal, a ausência sem justificação
adequada.

§ 2º - A Mesa da Câmara Municipal poderá encaminhar pedidos escritos de


informação aos Secretários do Município ou a qualquer das pessoas referidas no
parágrafo anterior, importando em crime de responsabilidade, nos termos da
legislação federal, a recusa ou o não atendimento no prazo de trinta dias, bem
como a prestação de informações falsas.

Art. 63 - A administração pública municipal direta, indireta ou fundacional


obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
eficiência e também ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei;

II- a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;

...

V- as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

...

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VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica

VIII- a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
com deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para


atender necessidade temporária de excepcional interesse público, observadas
as seguintes normas:

a) realização de seleção pública simplificada, ressalvados os casos de


calamidade pública;

b) contrato com prazo máximo de 1 (um) ano, prorrogável por igual período
vedada qualquer recontratação, após este prazo;

c) proibição de contratação de serviços para realização de atividades que possam


ser, regularmente, exercidas por servidores públicos.

XII- é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão


computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XIV- a remuneração dos servidores públicos e os subsídios são irredutíveis, com


as ressalvas da Constituição Federal, e somente poderão ser fixados ou alterados
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XV-...

c - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com


profissões regulamentadas;

XVI - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;

XVII-...

XVIII - somente por lei específica poderá ser criada ou extinta autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;

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XIX -...

XX - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública,
sempre que possível na modalidade de pregão eletrônico, o que assegurará
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica, indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;

XXI – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
da raça negra e definirá os critérios de garantia de sua fruição.

XXII–REVOGADO

§ 9º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser
firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e


responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

§ 10. O limite máximo remuneratório do pessoal do Município aplica-se às


empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
receberem recursos do Município para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral.

§ 11. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no


exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de


seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

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IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato


eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores


serão determinados como se no exercício estivesse.

§ 12. A administração tributária do Município, atividade essencial ao seu


funcionamento, exercida por servidores de carreira específica, terá recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuará de forma integrada às
administrações tributárias da União e do Estado, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.

§ 13. Os doadores de sangue que contarem o mínimo de 02 (duas) doações, num


período de 01 (um) ano, estarão isentos do pagamento da taxa de inscrição em
concursos públicos promovidos pelo Município, realizados num prazo de até 12
(doze) meses decorridos da última doação.

Art. 65- O Município, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia


participativa, dispondo, mediante lei, sobre a criação dos Conselhos Municipais
nas diversas áreas, integrados por representantes do Poder Publico e dos
usuários e concessionários dos serviços públicos, disciplinando a sua composição
e funcionamento, compreendidas nas suas prerrogativas, entre outras:

Art. 66 -...

...

§ 1º O Município, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia


participativa, dispondo, mediante lei específica, sobre a criação dos conselhos e
câmaras setoriais institucionais de que trata o inciso IV.

§ 2º Os conselhos e as câmaras setoriais institucionais terão caráter opinativo e


compõem-se de representantes do Poder Público e da sociedade civil, em regra
de modo paritário e, quando possível, com a maioria de membros representantes
da sociedade civil, na forma em que prever a lei específica.

§ 3º Os Conselhos Municipais terão, obrigatoriamente, em sua composição, no


mínimo, a participação de dois (02) Vereadores na qualidade de representantes
do Poder Legislativo.

Art. 67 - É assegurado aos cidadãos amplo acesso às informações relativas à


ação da administração pública municipal, através dos instrumentos previstos no
art. 66, conforme regulamentado em legislação específica.

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I - será garantido o acesso, a disponibilização e a divulgação das informações,


inclusive referentes à legislação municipal, em linguagem acessível e material
especifico para os deficientes visuais;

II - os instrumentos e informações referidos no inciso anterior serão obrigatórios


para os Poderes Executivo e Legislativo.

Art. 70 -...

I- planejamento, programação e execução de atividades necessárias,


convenientes ou úteis à comunidade, de interesse local e metropolitano;

...

VI – defesa civil permanente.

Art. 71 - A realização de obras públicas adequar-se-á ao Estatuto das Cidades, à


Lei de Diretrizes Gerais em matéria de política urbana, ao Plano Diretor, ao Plano
Plurianual de Investimentos e à Lei de Orçamento Anual, com plano de metas
para as obras de natureza estruturadora e plano por Região Político
Administrativa.

Art. 73 -...

§ 1º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração


pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,


asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos


de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de


cargo, emprego ou função na administração pública;

§ 2º. - As empresas qualificadas como de utilidade pública terão a revisão de sua


qualificação procedida pelo Município, a partir da promulgação desta Lei
Orgânica, para renovação em até 10 (dez) anos, revogando-se o benefício
daquelas que não estiverem mais atendendo aos requisitos legais ou sem cumprir
suas funções.

Art. 75-...

§ 1º É obrigatório o cadastramento dos bens que integram o patrimônio público


municipal.
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§ 2º A conservação e manutenção dos bens públicos municipais serão exercidas


pelo Poder Executivo, o qual prestará contas a cada 4 (quatro) anos, das
condições de conservação, manutenção, estabilidade e segurança desses bens,
através de relatório técnico a ser encaminhado à Câmara Municipal e
providenciada sua ampla divulgação.

Art. 79 -...

V - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda


nos termos da lei;

X- licença-maternidade à servidora e empregada municipal que gerar criança,


sem prejuízo do emprego e do vencimento, com duração de 180 (cento e oitenta)
dias.

XVI- condições de trabalho apropriadas para as pessoas com deficiência;

XVII- licença-maternidade à servidora e emprega municipal em caso de adoção


judicial de criança com deficiência, sem prejuízo do emprego e do vencimento,
com duração de 180 (cento e oitenta) dias, cabendo ao Poder Executivo
regulamentar e disciplinar a adoção e os tipos de deficiência para efeito do
exercício do direito previsto no presente inciso.

XVIII - Revogado

XXI- Revogado

XXIV- para os cálculos dos proventos de aposentadorias e pensões, serão


consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do
servidor ao regime próprio de previdência, inclusive as vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual, ou
quaisquer outras vantagens, desde que tenha incidido sobre os mesmos a
cobrança da alíquota previdenciária, facultativa ou obrigatória, sendo
incorporados aos proventos à medida que o cálculo contempla a média dos 80%
das maiores remunerações;

XXV- os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua


concessão, não poderão exceder à remuneração do respectivo servidor, no cargo
efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão, entendendo-se como remuneração o vencimento
do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras
vantagens, excluídas aquelas que possuem vedação legal, para integrar a
base de calculo da contribuição previdenciária;

XXIX - revogado
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XXX - revogado.

XXXI - revogado.

XXXII - revogado

XXXIII- Os servidores da Administração Direta ou Indireta, fundacional, autárquica


ou economia mista, ativos e inativos, detentores da vantagem pessoal da
estabilidade financeira, em valores correspondentes a cargos, extintos ou não,
terão assegurados os mesmos percentuais de reajuste concedidos aos símbolos
dos existentes cargos comissionados e funções gratificadas, nos termos que a
lei complementar, de iniciativa do Poder Executivo, dispuser.

§ 4º. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do regime próprio dos servidores públicos com a remuneração de
cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

§ 5º. Para efeito da aplicação do disposto no § 2º, inciso XXXIII deste artigo, na
hipótese de extinção ou transformação dos cargos comissionados ou funções
gratificadas e símbolos, observar-se-á a paridade ou similitude com aqueles que
resultarem da extinção ou transformação, ou ainda com aqueles que forem
criados, nos termos que a lei complementar, de iniciativa do Poder Executivo,
dispuser.

Art. 80 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público:

Parágrafo único - O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de


lei complementar, assegurada ampla defesa.

Art. 82 -...

§ 3º. O município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, em


benefício destes, para o custeio do regime previdenciário de que trata a
Constituição Federal, cuja alíquota não será inferior à da contribuição de
servidores titulares de cargos efetivos da União.

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§ 4º - Nenhum tributo incidente sobre a propriedade predial e territorial urbana,


receita ou contrapartida de corrente de bens imóveis ultrapassará o percentual de
até 3,0% (três por cento) do valor venal do imóvel existente no Documento de
Inscrição Imobiliária – DIM, ressalvado o imposto predial e territorial urbano –
IPTU.

Art. 83 -...

§ 3º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de


responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

§ 4º - As isenções e anistias fiscais concedidas por lei e o reconhecimento das


imunidades em favor das instituições de ensino, saúde e de assistência social,
sem fins lucrativos, considerados de utilidade pública, serão revistas, nos termos
do § 2º do art. 73.

Art. 84-Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de


crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica.

§ 2º A lei poderá conceder isenção de impostos para as pessoas com deficiência


e portadores de doenças incapacitantes previstas na legislação federal, quando
adquirirem único imóvel para sua residência e de sua família, desde que
atendidos os requisitos para o gozo do beneficio.

§ 3º Os Servidores Municipais e os ex-combatentes poderão ter isenção parcial


ou total do IPTU conforme a lei indicar.

Art. 85 -...

...

III– revogado; APROVADO

§ 1º. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 105, II, o
imposto previsto no inciso I poderá:

I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

...

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§ 4º - O Município poderá instituir contribuição, na forma da lei, para o custeio do


serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 83, I e III, sendo
facultada a cobrança da contribuição na fatura de consumo de energia elétrica.

Art. 99 -...

VII - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas,


ressalvada a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde,
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades de
administração tributária, como determinado respectivamente pelos arts. 198, § 2º,
212 e art. 37, XXII da Constituição da República e à prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita;

§ 4º. É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que


se refere o art. 85, e dos recursos de que trata o art. 87, para a prestação de
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.

Art. 103. A Política Urbana será instituída e implementada pelo Município de


acordo com as diretrizes gerais fixadas nas legislações federal e estadual, com o
objetivo de organizar, ordenar e dinamizar as funções sociais da Cidade e
da propriedade urbana, no contexto da região metropolitana, em prol do
bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do
equilíbrio ambiental.

Parágrafo Único - São Instrumentos de política urbana os elencados nesta Lei e


os contidos no Estatuto da Cidade, dentre outros:

Art. 104 - O plano diretor será instrumento para ordenar a ação do Município no
sentido de promover:

...

VI – a integração das infra-estruturas físicas e naturais, como também a


implementação de determinados serviços com os municípios conurbados e
demais municípios da Região Metropolitana;

VII – a elevação da qualidade de vida da população assegurando o atendimento


às suas necessidades que propiciem a inclusão social.

§ 4º - O plano diretor deverá ser revisto e atualizado a cada 10 (dez) anos.

Art. 105 -...

I - parcelamento, utilização ou edificação compulsórios;

...

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§ 2º - A venda ou transferência de titularidade para terceiros não interrompe o


prazo para o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsória nem isenta
da aplicação das penalidades de que fala este Artigo.

Art. 108 -...

...

§ 4º - Quando a lei exigir regulamentação específica do Zoneamento Especial,


exceto nas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, e o decreto ou
regulamento não for expedido no prazo de um ano, não será obstado o direito de
construir, aplicando-se os parâmetros urbanísticos previstos para a localidade
onde o imóvel e a respectiva Zona Especial estiverem situados.

§ 5º - Nas zonas Especiais já existentes, o prazo a que se refere o parágrafo


anterior, contar-se-á e entrará em vigor a partir da publicação desta lei.

Art. 111 -...

Parágrafo Único - A lei garantirá o acesso adequado às necessidades especiais


de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida em espaços públicos e
privados de uso individual e coletivo, bem como nas edificações destinadas ao
uso industrial, comercial e de serviços.

Art. 114 -...

...

IV – cadastrar os beneficiários de programas habitacionais, proporcionando um


controle desses programas, especialmente, os financiados com recursos do
sistema nacional de habitação vigente.

Art. 115-A - O Município integrará o Sistema Nacional de Habitação de Interesse


Social – SNHIS, segundo recomendações contidas na Lei Federal vigente.

Art. 117. As áreas públicas não-utilizadas ou subutilizadas serão destinadas,


prioritariamente, obedecido o plano diretor do Município, a programas e projetos
habitacionais de interesse social e/ou amenização ambiental.

Art. 119 -...

...

§ 2º – O Poder Público Municipal definirá, na forma da lei, mecanismos de


avaliação e estudos periódicos, no que diz respeito à qualidade, ao
desenvolvimento e à eficiência do transporte público de passageiros.

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§ 3º - O Poder Público Municipal adotará medidas que visem melhorias no


sistema de transporte público de passageiros para as pessoas com deficiência, na
forma da lei.

§ 4º - O Poder Público Municipal regulamentará a carga, descarga e tráfego nas


vias urbanas do Município, na forma da lei.

Art. 120 -...

I – garantir o transporte público de passageiros como serviço público de caráter


essencial, com qualidade, conforto e segurança para a população;

Capítulo IV
DA POLÍTICA DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO

Art. 124 - Os serviços de saneamento ambiental integrado relativos a


abastecimento de água, coleta e disposições de esgotos e de resíduos
sólidos, limpeza pública, drenagem e controle de vetores serão planejados,
organizados, coordenados, executados e controlados de modo integrado ou
unificado com o sistema de saneamento de âmbito metropolitano,
observadas as legislações federal e estadual.

Parágrafo Único - Os serviços a que se refere este Artigo serão prestados,


mediante execução direta ou indireta, através de concessão ou permissão, nos
termos da lei e ouvidativamente o Conselho Municipal de Saneamento.

Art. 125 -...

Parágrafo Único - Para assegurar a efetividade deste direito, cabe ao Município


observar os preceitos enumerados nas Constituições da República e do Estado
de Pernambuco, e legislação municipal pertinente, assumindo, entre outras, as
seguintes atribuições:

I - efetivar a participação dos diversos segmentos sociais no desenvolvimento da


política ambiental, através de instrumentos de participação popular definidos
nesta lei e em legislação especifica, para promover a conscientização e divulgar
normas técnicas pertinentes ao saneamento ambiental integrado;

II - fiscalizar, proteger, recuperar e preservar as florestas, a fauna, a flora e os


recursos hídricos, conforme diretrizes da legislação ambiental de âmbito federal,
estadual e municipal;

III -...

IV - consolidar a conservação da biodiversidade, como valor para o


desenvolvimento sustentável, promovendo pesquisas, regulamentando o manejo

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dos recursos naturais para atividades empresariais, a exemplo da produção


fitoterápica;

...

XIV - promover a política municipal de educação ambiental, em conformidade com


a legislação Federal, Estadual e Municipal.

Art. 134 -...

...

V - atendimento ao educando, nas creches, no ensino fundamental e na educação


infantil, profissionalizantes e alunos especiais através de programas
suplementares de material didático-pedagógico, fardamento, alimentação e
assistência à saúde e transporte, mediante assistência técnica e financeira do
governo federal e estadual, conforme a Constituição Federal;

...

XI - criação e execução de programas que visem à coibição da violência e da


discriminação sexual, racial, social ou econômica, na forma da lei.

Capítulo VII
DA POLÍTICA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO

Art. 136 - O Município realizará estudos com vistas à criação, baseado nos
princípios de acessibilidade universal e na política de ciência e tecnologia
municipal em parceria com as Universidades, Centros Tecnológicos, Porto Digital,
Escolas Técnicas, Fundações de Apoio à Ciência e entidades congêneres,
de escolas municipais incubadoras, para incentivo ao desenvolvimento
científico e tecnológico.

Art. 136-A - O Município atuará no processo de desenvolvimento econômico e


social, por meio de políticas públicas municipais que estimulem as ações dos
agentes públicos e privados na implementação de planos, programas e projetos
voltados para o desenvolvimento local sustentável:

I - apoiando a consolidação do Município do Recife como membro regional de


serviços e comércio;

II - estimulando iniciativas de caráter produtivo que gerem emprego e renda para


a população;

III - incentivando as cadeias produtivas locais;

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IV - estimulando o empreendedorismo nos bairros periféricos como forma de


promover a equidade social;

V - incentivando a instalação de empreendimentos de interesse local e


metropolitano, em consonância com o princípio da autonomia dos municípios nos
termos da Constituição Federal.

Art. 137 -...

...

XIII - incentivo e apoio às comemorações das datas importantes para a cultura


negra, da mulher e minorias.

Art. 139 -...

I - o atendimento a todas as faixas etárias de trabalhadores ativos e inativos,


estudantes, idosos, pessoas com deficiência e enfermos;

Art. 140 -...

...

VI - fomentar a integração de projetos pedagógicos e lúdicos à prática esportiva


da população.

...

§ 2º - O Município garantirá, as pessoas com deficiência, atendimento especial no


que se refere à educação física e à prática de atividade esportiva sobretudo no
âmbito escolar.

Art. 141 - A assistência social é direito do cidadão, cabendo ao Município prestar


assistência às crianças, aos adolescentes, às crianças em situação de rua
desassistidas de qualquer renda ou de benefício previdenciário, à maternidade
desamparada, aos desabrigados, aos portadores de deficiência, aos idosos, aos
desempregados e aos doentes, independentemente de contribuição à seguridade
social.

Art. 145-A - O Poder Público Municipal, por meio de ação descentralizada e


articulada com entidades governamentais e não-governamentais, viabilizará:

I - o atendimento à criança e ao adolescente, em caráter suplementar, mediante


programas que incluam sua proteção, garantindo-lhes a permanência em seu
próprio meio;

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II - condições para que a criança ou adolescente possa conciliar suas obrigações


com a satisfação de suas necessidades lúdicas, de saúde e educação.

Art. 145-B - O Poder Público Municipal apoiará a criação de associações civis de


defesa dos direitos da criança e do adolescente, que busquem a garantia de seus
direitos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 145-C - O Poder Público Municipal assegurará o integral cumprimento das


determinações contidas no Estatuto do Idoso, criando uma Política Municipal da
Pessoa Idosa, nos termos da lei.

Art. 145-D - O Poder Público incentivará as entidades não-governamentais, sem


fins lucrativos, atuantes na política de amparo e bem-estar do idoso, devidamente
registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio financeiro e
apoio técnico, na forma da lei.

Art. 145-E - O Poder Público Municipal assegurará o cumprimento prioritário das


legislações em vigor federal, estadual e municipal, no que se refere à pessoa com
deficiência.

Art. 145-F - Criação e manutenção de centros de atendimento integral para


mulheres vítimas de violência doméstica, na forma da lei.

Art. 146 - A saúde é um direito de todos e dever do Poder Público, cabendo ao


Município, com a cooperação da União e do Estado, assegurar, mediante políticas
sociais, econômicas e ambientais, a diminuição do risco de doenças, bem como o
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação,


transporte e lazer;

II -...

III - acesso a informação e aos métodos de planejamento familiar que não


atentem contra à saúde, respeitando o direito de opção pessoal e da autonomia
quanto ao tamanho da prole;

...

§ 2º - O não-oferecimento de atendimento especializado que se fizer necessário


às pessoas com deficiência ou sua oferta irregular importará
responsabilidade da autoridade competente.

Art. 147 -...

...
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IV - O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver insuficiência


de serviços públicos, para assegurar a plena cobertura de assistência à
população, segundo as normas de direito público e mediante autorização do
órgão competente;

V - as instituições privadas na condição de contratadas e/ou conveniadas ficarão


sujeitas às diretrizes e normas do SUS de âmbito municipal;

VI - é assegurado, na gestão do SUS municipal, o direito de intervir na execução


do contrato de prestação de serviço, quando ocorrer infração de normais
contratuais e regulamentares;

VII - caso a intervenção prevista no inciso anterior não restabeleça a normalidade


da prestação do atendimento a saúde da população, poderá o Poder Executivo
rescindir o convênio e/ou contrato, na forma da lei;

VIII - a instalação de qualquer novo serviço público de saúde deve levar em


consideração a demanda, cobertura, o território, o grau de complexidade da rede
e articulação do sistema;

Parágrafo Único - É vedada a cobrança ao usuário pela prestação das ações e


serviços de assistência a saúde, nas instituições mantidas pelo Município ou aos
serviços contratados e/ou conveniados com o SUS, quando no atendimento dos
usuários do sistema único de saúde.

Art. 148 -...

I - descentralização dos recursos financeiros, serviços e ações de saúde, através


da organização dos distritos sanitários, que constituem uma área geográfica
delimitada, conformando uma unidade básica de planejamento, execução e
avaliação do sistema municipal de saúde;

...

IV - participação dos usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços


na formulação, gestão e controle das políticas e ações de saúde, no Município,
através do fortalecimento do controle social nas instâncias do Conselho Municipal
de Saúde, Conselho Distrital de Saúde e nos Conselhos de Unidade;

Art. 149 -...

...

II - executar e planejar as ações de vigilância sanitária, epidemiológica e


ambiental bem como as de saúde do trabalhador;

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X - executar ações de prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com


deficiências física, mental e sensorial;

XIII - assegurar assistência integral a saúde da mulher, dentro dos melhores


padrões técnicos, éticos e científicos, nas diferentes fases de sua vida, bem como
que seja garantida assistência, no âmbito do município, para o atendimento ao
abortamento, nos termos previsto em lei;

§ 1º - Revisar o Código Sanitário Municipal a cada 10 (dez) anos.

§ 2º - O Município criará instrumentos de fiscalização e controle da infecção


hospitalar, na forma da lei.

§ 3º - O gestor municipal de saúde poderá realizar intervenção nos serviços


contratados e/ou conveniados ou não com o SUS, a partir da estrita necessidade
da saúde publica municipal, ouvido opinativamente o Conselho Municipal da
Saúde.

Art.153 - A gestão do Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município,


observará critérios de compromisso com o caráter público dos serviços e com a
eficácia do seu desempenho, não podendo, o respectivo titular, ter dupla
militância profissional com o setor privado.

§ 1º - A gestão do sistema único de saúde poderá admitir agentes comunitários de


saúde e agentes de combate as endemias por meio de processo seletivo publico,
de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos
específicos para a sua atuação.

§ 2º - As atividades dos agentes comunitários de saúde e os agentes de


combate as endemias, serão regulamentadas na forma da lei.

§ 3º - Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate as endemias,


somente poderão ser contratados diretamente pelo município na forma do § 1º
deste artigo.

I - Os profissionais que na data de 14 de fevereiro de 2006, e a qualquer titulo


desempenhavam as atividades de agentes comunitárias de saúde ou agentes de
combate as endemias, na forma da lei, ficam dispensados de se submeter ao
processo seletivo publico a qual se refere o § 1º deste artigo, desde que tenham
sido contratados a partir de anterior processo de seleção publica, efetuado pelo
município ou outras instituições com a efetiva supervisão e autorização da
administração direta municipal.

Art.154 – Os profissionais de nível superior da área de saúde admitidos pelo


Poder Público poderão ter regime de tempo integral de acordo com as
determinações do plano de cargos, carreiras e vencimentos.

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Art. 157 -...

...

VIII - incentivo à exploração sustentável dos recursos naturais do Município para a


prática de turismo ecológico e subaquático.

Art. 175-A - O Município obrigatoriamente, promoverá a “Semana Frei Caneca”,


no mês de março de cada ano, em homenagem a figura do mártir recifense, uma
das maiores expressões humanas da Pátria, o carmelita “Frei Joaquim do Amor
Divino Caneca”.

Parágrafo Único - O evento a que se refere o “caput” será realizado através de


palestras nas escolas municipais e amplamente veiculado com impressos sobre a
história da vida e luta do herói recifense e divulgado por todos os meios de
comunicação, de modo que venha a ultrapassar as fronteiras do Recife e do
Estado de Pernambuco, em referência ao dia 13 de janeiro de 1825, quando foi
covardemente arcabuzado.

Art. 179 - Revogado.

Art.181 - Será garantida as pessoas com deficiência, a participação em concursos


públicos municipais, através da adaptação dos recursos materiais e ambientais,
bem como do provimento de recursos humanos de apoio.

ATOS DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

ART. 13-A Institui a obrigatoriedade da consolidação da Legislação Municipal do


Recife.

I. O Poder Executivo publicará, a cada dois anos, coletânea contendo a


consolidação das Leis vigentes do município do Recife.

II. Fica instituído, conjuntamente, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo,


Grupo de Trabalho Especial, para realizar a Consolidação da Legislação
Municipal.

§ 1º - O Grupo de Trabalho Especial, definido no caput deste artigo, será


constituído por 10 (dez) membros, com a seguinte composição:

a. 05 (cinco) membros do Poder Executivo Municipal, sendo um deles o


Secretário de Assuntos Jurídicos e os demais membros integrantes do Quadro de
Pessoal da Procuradoria Geral do Município;

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b. 05 (cinco) membros do Poder Legislativo Municipal, sendo 02 (dois)


Vereadores e os demais membros integrantes do Quadro de Pessoal das
áreas Jurídicas e Legislativas da Câmara Municipal do Recife.

§ 2º - Todos os membros do Grupo de Trabalho Especial serão designados por


Ato do Chefe do Poder Executivo, observadas, obrigatoriamente, as
indicações do Presidente da Câmara Municipal do Recife no que concerne aos
seus representantes.

§ 3º - O Grupo de Trabalho Especial poderá realizar as gestões necessárias à


obtenção de colaboração dos órgãos jurídicos, técnicos e administrativos dos
Poderes Executivo e Legislativo do Município, mediante convênio a ser firmado
entre os Chefes dos respectivos Poderes.

§ 4º - Os trabalhos da Consolidação da Legislação Municipal serão desenvolvidos


com o apoio de todos os órgãos administrativos e técnicos da Prefeitura da
Cidade do Recife e Câmara Municipal do Recife, que deverão contribuir, quando
solicitados, com recursos humanos e materiais para a realização dos trabalhos
propostos na presente Lei.

III. Ao Grupo de Trabalho de que trata este artigo cabe promover estudos e
realizar anteprojetos de leis consolidando as Leis municipais, por área temática,
nos termos das Leis complementares federais nº 95/98 e nº 107/01, observadas
as disposições concernentes às iniciativas legislativas.

IV. O prazo para o término do trabalho do Grupo ora instituído é de 120 (cento e
vinte) ias contados da data da publicação desta Lei.

Art. 13-B. A legislação complementar, objeto de regulamentação desta Lei


Orgânica, deverá, obrigatoriamente, ser encaminhada ao Poder Legislativo no
prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar da data de
promulgação desta Lei Orgânica.

Emenda nº 22/2007
Dá nova redação ao art. 13 do Ato das Disposições Transitória da Lei Orgânica do
Município do Recife.

Art. 1º - O art. 13 do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do


Município do Recife, com redação dada pela Emenda nº 19, de 09 de outubro de
2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 13 - Os contratos por tempo determinado destinados à implementação de


programas e projetos na área de saúde, vigentes quando da promulgação da
Emenda à Lei Orgânica do Município do Recife nº. 21, de 3 de julho de 2007,
poderão ser prorrogados pelo prazo máximo de 1 (um) ano, vedada qualquer
recontratação, devendo o instrumento de prorrogação em cárater excepcional,
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conter cláusula específica prevendo a sua rescisão a partir do provimento de


cargo de idênticas atribuições existente na estrutura da Secretaria de Saúde."
(NR)

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as


disposições em contrário.

Emenda nº 23/2008
Fixa a composição da Câmara Municipal do Recife para próxima Legislatura a
iniciar-se na data de 1º de janeiro de 2009.

Art. 1° - Acrescenta o Art. 13-c aos Atos das Disposições Transitórias, da Lei
Orgânica da Cidade do Recife, com a seguinte redação:

"Art. 13-c - Para a próxima Legislatura, a iniciar-se na data de 1º de janeiro de


2009, o Poder Legislativo Municipal do Recife será composto por 37 (trinta e sete)
Vereadores, nos termos da previsão constante da Constituição da República
Federativa do Brasil, do Art. 10 desta Lei Orgânica e, observado o critério
populacional de acordo com o entendimento fixado pelo Supremo Tribunal
Federal - STF."

Art. 2° - Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões da Câmara Municipal do Recife, 16 de junho de 2008.

PROPOSTA Nº. 43/2008 DE AUTORIA DA COMISSÃO EXECUTIVA

Emenda nº 24/2011
Da nova redação ao Artigo 10 e ao Artigo 13-C, dos Atos das Disposições
Transitórias, ambos, da Lei Orgânica do Município do Recife.

Art. 1º - O Artigo 10, da Lei Orgânica do Município do Recife, passa a vigorar com
a seguinte redação:

"Art. 10 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal.


§ 1° - Para fins de sua composição a Câmara Municipal do Recife observará os
seguintes limites inerentes a sua população:

a) 37 (trinta e sete) Vereadores, quando a população do Município for de


1.350.000 (um milhão e trezentos e cinqüenta mil) habitantes até 1.500.000 (um
milhão e quinhentos mil) habitantes;

b) 39 (trinta e nove) Vereadores, quando a população do Município for de mais de


1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão
e oitocentos mil) habitantes;
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c) 41 (quarenta e um) Vereadores, quando a população do Município for de mais


de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois
milhões e quatrocentos mil) habitantes;

d) 43 (quarenta e três) Vereadores, quando a população do Município for de mais


de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três
milhões) de habitantes;

e) 45 (quarenta e cinco) Vereadores quando a população do Município for de mais


de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de
habitantes;

f) 47 (quarenta e sete) Vereadores, quando a população do Município for de mais


de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões)
de habitantes;

g) 49 (quarenta e nove) Vereadores, quando a população do Município for de


mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes;

h) 51 (cinqüenta e um) Vereadores quando a população do Município for de mais


de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de
habitantes;

i) 53 (cinqüenta e três) Vereadores, nos quando a população do Município for de


mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões)
de habitantes; e

j) 55 (cinqüenta e cinco) Vereadores, quando a população do Município for de


mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;

§ 2° - A população do município, para os fins deste artigo, será a constante da


estimativa mais atualizada do órgão oficial de estatística.

§ 3° - Sobrevindo emenda constitucional que altere o art. 29, da Constituição


Federal, de modo a modificar os critérios ora estabelecidos, a Câmara Municipal
do Recife proverá a observância das novas regras.''

Art. 2º - O Artigo 13-C, dos Atos das Disposições Transitórias, da Lei Orgânica do
Município do Recife, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.- 13-C - Para a próxima Legislatura, a iniciar-se na data de 1º de janeiro de


2013, o Poder Legislativo Municipal do Recife será composto por 39 (trinta e
nove) Vereadores, observado o critério populacional, nos termos da previsão
constante do Art. 29, da Constituição da República Federativa do Brasil, com nova
redação dada pela Emenda nº 58, de 23/09/2009 e, do Art. 10 desta Lei Orgânica"
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Art. 3º Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 25/2011
Dá nova redação ao artigo 12, da Lei Orgânica do Município do Recife.

Art. 1º O Artigo 12, da Lei Orgânica do Município do Recife, passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 12 - A Câmara Municipal do Recife reunir-se-á anualmente, de 01 de


fevereiro a 05 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro."

Art. 2º Está emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 26/2012
ALTERA A LEI ORGÂNICA DO RECIFE PARA VEDAR O EXERCÍCIO DE
CARGOS COMISSIONADOS, FUNÇÕES GRATIFICADAS E OS CARGOS DE
SECRETÁRIOS MUNICIPAIS POR QUEM FOR CONSIDERADO INELEGÍVEIS
NOS TERMOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 135/2010.

Art.1º - Fica criado um novo artigo na Lei Orgânica do Município do Recife de nº


60-A, modificado o inciso V do Art. 63 pela redação abaixo e acrescido ao Art. 71
os §§ 1º e 2º, com as seguintes redações:

"Art. 60. A - Fica vedado o exercício de cargos de secretários municipais ou


equiparados por quem for considerado inelegível nos termos da Lei
Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010, sob pena de nulidade do ato de
nomeação."

"Art. 63 -...
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo
vedada a ocupação por aqueles considerados inelegíveis nos termos da Lei
Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010."

"Art. 71 -
§ 1º - O Poder Público é impedido de contratar, sob qualquer modalidade,
empresas condenadas em crimes de corrupção ou ambientais, por um período de
8 (oito) anos à contar trânsito em julgado.

§ 2º A proibição de que trata o § 1º estende-se aos sócios com poderes de


administração."

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Art.2º - Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 27/2013
ALTERA O § 2,º DO ARTIGO 42, DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DO
RECIFE

Art.1º - O § 2, do artigo 42, da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a


seguinte redação:

"Art. 42 -. . § 2º - Nos casos dos incisos I, II, e VI, a perda do mandato será
decidida pela Câmara Municipal, por maioria absoluta e voto aberto, mediante
provocação da Comissão Executiva ou de partido político, assegurada a ampla
defesa.."

Art. 2º - Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 28/2014
Altera o art. 10, §4º, art. 11 e o art. 34, §4º da Lei Orgânica, para extinguir o voto
secreto nos casos que específica.

Art. 1º Esta Emenda adiciona um parágrafo ao art. 10 da Lei Orgânica, tendo a


Câmara por princípio a transparência e proibindo a reunião secreta:

"Art. 10...
§ 4° - A Câmara Municipal obedece ao princípio da transparência em todos seus
atos, sendo vedada a reunião secreta

" Art. 2º Esta Emenda modifica o art. 11 da Lei para substituir o voto secreto pelo
voto aberto, passando a vigorar com a seguinte redação: Art. 11 A Câmara
Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano da legislatura, para dar
posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger sua comissão executiva,
para mandato de 2 (dois) anos, em votação aberta, por meio de procedimento que
garanta o conhecimento público de cada voto, podendo ser reconduzido por mais
um mandato.

"Art. 34...
§ 4º - O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos membros da
Câmara Municipal, em votação aberta, por meio de procedimento que garanta o
conhecimento público de cada voto."

Art. 2º Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

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Emenda nº 29/2015
Ementa: ALTERA o artigo 63, inciso IX, alínea “b” da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º - O art. 63, inciso IX, alínea “b” da Lei Orgânica do Recife, com redação
dada pela Emenda nº 21/07, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 63 (...)

IX (...)

b) contrato com prazo máximo de 2 (dois anos, prorrogável, por igual período”

Art. 2º - O disposto na alínea “b” do inciso IX do art. 63 da Lei Orgânica do


Município do Recife, nos termos do art, 1º, aplica-se aos contratos em fruição na
data de publicação desta Emenda.

Art. 3º - Esta emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 30/2018
Ementa: Altera a alínea “b”, do inciso IX, do artigo 63, da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º A alínea “b” do inciso IX, do artigo 63, da Lei Orgânica do Recife, com
redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/07, passa a ter a seguinte
redação:

“Art. 63 (...)

IX (...)

b) as contratações serão feitas por tempo predeterminado, admitida a


prorrogação, observados os prazos máximos estabelecidos em Lei.”

Art. 2º Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 31/2018
Ementa: Substitui o artigo 14 da Lei Orgânica do Município do Recife.

Art. 1º Substitua-se o artigo 14 da Lei Orgânica do Município do Recife, que passa


a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 14. A Comissão executiva da Câmara Municipal do Recife será composta por
1 (um) Presidente, 3 (três) Vice-Presidentes e 3 (três) Secretários e deverá ser
eleita para o mandato de 2 (dois) anos, conforme dispuser o Regimento Interno.

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§ 1º Quando da eleição da Comissão Executiva, serão eleitos 2 (dois) Suplentes,


que substituirão os membros titulares de acordo com o preceituado no Regimento
Interno.

§ 2º Os Suplentes da Comissão Executiva só terão direito a voto quando em


exercício da função de membro titular.

§ 3º Qualquer membro da Comissão Executiva poderá ser destituído pelo voto de


3/5 (três quintos) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente
no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador
para completar o mandato.” (NR)

Art. 2º Esta emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

Emenda nº 32/2019
Ementa: Altera o art. 24 da Lei Orgânica do Recife.

Art. 1º Fica alterado o art. 24 da Lei Orgânica do Recife, o qual passa a vigorar
com o seguinte texto:

“Art. 24 ....................................................................................................

§ 1º A legislação municipal será, obrigatoriamente, publicada no Diário Oficial do


Município e disponibilizada na rede mundial de computadores (Internet). (NR)

§ 2º Lei complementar disporá sobre a legística e a consolidação das leis


municipais. (NR)”

Art. 2º A presente Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua


publicação.

Emenda Nº 33, de 25 de maio de 2020

Substitui os arts. 12, 18 e 19 da Lei


Orgânica do Município do Recife.

Art. 1º Substitua-se art. 12 da Lei Orgânica do Recife, que passa a vigorar


com a seguinte redação:

“Art. 12 A Câmara Municipal do Recife reunir-se-á anualmente de:

I - 1º de fevereiro a 5 de julho; e

II - 1º de agosto a 22 de dezembro.
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§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o


primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em:

I - sábados;

II - domingos; ou

III - feriados.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto


de:

I - lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e

II - lei orçamentária anual (LOA).

§3º Serão considerados como recesso legislativo os períodos de:

I - 6 a 30 de julho; e

II - 23 de dezembro a 31 de janeiro.”(NR)

Art. 2º Substitua-se o art. 18 da Lei Orgânica do Município do Recife, que


passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18. A Câmara Municipal poderá ser convocada extraordinariamente no


período de recesso, para tratar de matéria urgente ou de interesse público
relevante, por iniciativa:

I - do Prefeito;

II - do Presidente da Câmara Municipal;

III - da maioria absoluta dos Vereadores;

IV - iniciativa popular de 1% (um por cento) dos eleitores alistados no


Município, obedecido o disposto no § 1º do art. 30 desta Lei Orgânica.

§1º A convocação extraordinária da Câmara Municipal, referida no caput,


far-se-á:

I - a requerimento; e

II - com a aprovação da maioria absoluta do Colegiado da Câmara


Municipal, em todas as hipóteses elencadas no caput.

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§ 2º Nas sessões extraordinárias não serão tratadas matérias estranhas às


que motivaram sua convocação.

§3º A Câmara Municipal estará automaticamente convocada para reuniões


extraordinárias durante o período de recesso na vigência das seguintes situações:

I - Estado de Defesa;

II - Estado de Sítio;

III - Calamidade Pública; e

IV - Intervenção.

§ 4º As reuniões extraordinárias ocorridas em função das situações


elencadas no §3º excetuam-se do disposto no §§1º e 2º.

§ 5º A convocação automática de que trata o §3º poderá ser cancelada de


acordo com o procedimento do §1º. ”(NR)

Art. 3º Substitua-se o art. 19 da Lei Orgânica do Município do Recife, que


passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.19 Não poderá ser realizada mais de uma reunião ordinária ou mais de
uma extraordinária por dia e, salvo motivo de força maior, devidamente
caracterizado, todas deverão realizar-se no recinto destinado a seu
funcionamento, sendo nulas as que se realizarem em desacordo com o
estabelecido neste artigo.

Parágrafo único. As reuniões ordinárias e extraordinárias poderão ocorrer de


forma remota, com a utilização dos recursos tecnológicos de áudio e vídeo
disponíveis, em situações tais como as elencadas no § 3º do art. 18.”(NR)

Art. 4º Adicione-se ao ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS da Lei


Orgânica do Município do Recife o seguinte art. 14:

“Art. 14. A Câmara Municipal do Recife funcionará em regime extraordinário


no período de 6 a 31 de julho de 2020.

Parágrafo único. O funcionamento de que trata o caput implica


cancelamento do recesso, em conformidade com os §§ 3º, 4º e 5º do art. 18 desta
Lei Orgânica do Município do Recife.” (NR)

Art. 5º Esta Emenda à Lei Orgânica do Município do Recife entra em vigor


na data de sua publicação.

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Emenda à Lei Orgânica do Recife nº 34, de 7 de julho de 2021.

Revisa, nos termos da Emenda


Constitucional nº 103, de 12 de novembro
de 2019, as normas previdenciárias do
Regime Próprio de Previdência dos
servidores municipais, e dá outras
providências.

Art. 1º Substitua-se os incisos XXIII e XXIV do §2º do art. 79 da Lei Orgânica do


Município do Recife, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 79. ........................................................................................................


§2º..................................................................................................................
XXIII - aposentadoria:

a) por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver


investido, quando insuscetível da readaptação prevista no §13 do art. 37, da
Constituição Federal, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei;

b) compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos


75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma da lei complementar federal;

c) aos 61 (sessenta e um) anos de idade, se mulher, e aos 64 (sessenta e quatro)


anos de idade, se homem, com redução de 5 (cinco) anos para os titulares do
cargo de professor que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio,
inclusive para os ocupantes de função de coordenação, assessoramento
pedagógico e direção em unidade escolar, observados o tempo de contribuição e
os demais requisitos estabelecidos em lei complementar;

XXIV - utilização, para fins de cálculo dos benefícios do Regime Próprio de


Previdência Social, da média aritmética simples das maiores remunerações ou
subsídios utilizados como base para as contribuições do servidor ao regime de
previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 90% (noventa por cento)
de todo o período contributivo desde a competência de julho de 1994 ou desde a
do início da contribuição, se posterior àquela competência, na forma da Lei
Municipal; (NR)
......................................................................................................................"

Art. 2º Adicione-se o art. 79-A à Lei Orgânica do Município do Recife, com a


seguinte redação:

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"Art. 79-A. O Município do Recife instituirá, na forma da lei, regime de previdência


complementar, de caráter facultativo, para os servidores públicos municipais,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
para o valor das aposentadorias e das pensões do Regime Próprio de Previdência
Social.

§ 1º O regime de previdência complementar de que trata o caput deste artigo


oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida,
observará o disposto no art. 202 da Constituição Federal, e será efetivado por
intermédio de entidade aberta ou fechada de previdência complementar.

§ 2º Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto neste artigo


poderá ser aplicado ao servidor público que tiver ingressado no serviço público
municipal até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência
complementar.
...................................................................................................................."

Art. 2º-A Modifica-se a redação do inciso X do art. 63 da Lei Orgânica do


Município do Recife, que passará a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 63.................................................................................................................
X - as leis de fixação das remunerações e dos subsídios dos servidores públicos
municipais deverão observar a especificidade de cada cargo e carreira e buscar,
quando possível, a eficiência através de metas de desempenho, sendo vedada a
percepção de remuneração ou subsídio, incluídas as vantagens pessoais ou
outras de qualquer natureza, acima do limite de que trata o § 6º, art. 97, da
Constituição Estadual."

Art. 3º Revoga-se o inciso XX do § 2º do art. 79 da Lei Orgânica do Município,


incumbindo à lei ordinária dispor sobre regras de transição relativas ao inciso XX
ora revogado.

Art. 3º-A Adicione-se o § 6º ao art. 79 da Lei Orgânica do Município do Recife,


com a seguinte redação:

"Art. 79........................................................................................................
§ 6º A concessão de aposentadoria ao servidor público vinculado a regime próprio
de previdência social e de pensão por morte aos respectivos dependentes, bem
como o cálculo e o reajuste desses benefícios, serão assegurados, a qualquer
tempo, observando-se os critérios da legislação vigente na data em que foram
atendidos os requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão por
morte.”

Art. 4º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data da sua publicação.

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Emenda à Lei Orgânica do Recife nº 35, de 24 de abril de 2023.

A COMISSÃO EXECUTIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE faz saber que


o PODER LEGISLATIVO, APROVOU, e de acordo com o § 2º do artigo 25 da Lei
Orgânica do Recife, PROMULGA a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Substitui o art. 18 da Lei Orgânica do


Município do Recife.

Art. 1º Substitua-se o art. 18 da Lei Orgânica do Município do Recife, que passa a


vigorar com a seguinte redação.

“Art. 18. No período de recesso, a Câmara Municipal poderá ser convocada


extraordinariamente para tratar de matéria urgente ou de interesse público
relevante, por iniciativa:

I - do Prefeito;

II - do Presidente da Câmara Municipal;

III - da maioria absoluta dos Vereadores; e

IV - popular, de 1% (um por cento) dos eleitores alistados no Município,


obedecido o disposto no § 1º do art. 30.

Parágrafo único. Nas reuniões extraordinárias, não serão tratadas matérias


estranhas às que motivaram sua convocação, exceto na vigência das seguintes
situações:

I - Estado de Defesa;

II - Estado de Sítio;

III - Calamidade Pública; e

IV - Intervenção.” (NR)

Art. 2º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data da sua publicação.

Sala das Sessões da Câmara Municipal do Recife, 24 de abril de 2023.

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