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UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

KEMILY POGGERE DE MOURA

PROJETO DE ENSINO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Cidade
2020
Cidade
202

Colorado do Oeste/RO
2023
KEMILY POGGERE DE MOURA

PROJETO DE ENSINO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Projeto de ensino apresentado à


UNOPAR como requisito parcial à
conclusão do Curso de Licenciatura em
Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Ana Paula
Primon da Silva.

Colorado do Oeste/RO
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 TEMA ................................................................................................................... 4
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 5
3 PARTICIPANTES ................................................................................................. 7
4 OBJETIVOS ......................................................................................................... 8
5 PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 9
6 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 10
7 METODOLOGIA ................................................................................................ 16
8 CRONOGRAMA ................................................................................................. 19
9 RECURSOS ....................................................................................................... 20
10 AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
3

INTRODUÇÃO

Desde o nascimento, cada indivíduo é dotado de direitos e responsabilidades


como membro da sociedade. A inclusão tem a ver com a compreensão da importância
desse aspecto do ser humano.
As escolas fornecem lugares para que os alunos se desenvolvam e não apenas
aprendam; eles também podem servir como substitutos do lar quando sua função não
é exclusivamente educacional. Os profissionais da educação e o público devem
considerar o processo mais amplo de inclusão ao considerar como apoiar alunos com
deficiência e outros que lutam com problemas de saúde mental. Isso ocorre porque
as escolas precisam estar prontas para incluir abertamente esses indivíduos em suas
salas de aula.
O programa da escola se concentra em atender "crianças excepcionais" que
foram socialmente isoladas em seus primeiros anos de educação. Os programas de
inclusão escolar fornecem um lugar para os alunos com necessidades especiais
observarem sem serem notados. Pretende também responder às necessidades dos
alunos responsáveis, proporcionando-lhes espaços adaptados às suas necessidades
específicas.
Este projeto explora as lutas envolvidas no fornecimento de educação infantil
para alunos com deficiência. Também examina os benefícios e desafios da inclusão
colocados pela ideia. Começar a escola em uma idade precoce requer um foco na
construção de relacionamentos e socialização. Isso ocorre porque a primeira
experiência educacional de um aluno geralmente envolve conhecer novos colegas de
classe. Na educação infantil, há muitas novas descobertas e ideias. Isso alimenta a
necessidade de incentivar os alunos a se sentirem incluídos nessa idade.
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1 TEMA

INCLUSÃO E SOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Na sociedade atual, ouve-se, com assiduidade, falar de inclusão. Afinal, o que


significa incluir? Segundo o dicionário Aurélio (2010), incluir significa inserir algo, em
algum lugar. Isso incide em um processo de inserção. Desta forma, o termo inserção
se refere a incluir, ou seja, pode-se dizer que neste contexto faz menção à inclusão
de pessoas em algum lugar. Desse modo, podemos ponderar o lugar onde se aprende
formalmente a ler a escrever, como a escola.
No entanto, em pleno século XXI, ainda se questiona, se nossas escolas já
superaram as metodologias e práticas vivenciadas anteriormente na educação. Tudo
indica que, a despeito de apregoar mudanças, a escola ainda continua ressaltando
determinada aversão em não priorizar uma nova prática que, como uma linguagem
mais abrangente, alcançaria resultados que oportunizassem mais o processo de
ensino e aprendizagem. Respaldamos essa visão de inclusão de crianças, nas
palavras de Mittler (2000, p. 25):

(...) no campo da educação, a inclusão envolve um


processo de reforma e de reestruturação das escolas como um
todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam
ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e
sociais oferecidas pela escola.

Diante dessa definição de Mittler (2000), as escolas necessitam repensar suas


ações, de forma que venham a criar um ambiente escolar que aprove a inclusão de
todos os seus alunos, respeitando suas respectivas individualidades.
A escola deve ter a preocupação de desenvolver práticas pedagógicas que
contribuam para a construção de um novo tipo de conhecimento e novas práticas,
livres de preconceitos; é preciso adotar uma postura de valorização que permeie a
diversidade. É necessário que as escolas revejam suas práticas excludentes, e que
se disponham a novas adequações, a fim de encararem o desafio da inclusão.
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2 JUSTIFICATIVA

A importância deste Projeto de Ensino se dá, pois, a Educação Especial, termo


cunhado para a educação dirigida aos portadores de deficiência, de condutas típicas
e de altas habilidades, é considerada pela Constituição brasileira, como parte
inseparável do direito à educação. A posição da UNESCO, considera a educação
especial como uma forma enriquecida de educação em geral, que deve contribuir para
a integração na sociedade dos portadores de deficiência, de condutas típicas e de
altas habilidades.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 54, III, afirma que: “É dever
do estado assegurar à criança e ao adolescente (...) atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino”. O MEC desenvolve, por intermédio de sua Secretaria de Educação Especial
(SEESP) uma política visando à integração das crianças portadoras de necessidades
especiais ao sistema de ensino, propondo a inclusão destas crianças nas instituições
de educação infantil (MEC, 1998, p. 36).
A partir da Declaração de Salamanca (1994), o conceito de necessidades
educacionais especiais passa a ser amplamente disseminado, porém as políticas
educacionais implementadas não conseguem alcançar o objetivo de levar a escola
comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os
alunos.
Incluir não consiste apenas em matricular alunos com necessidades especiais
nas escolas, ignorando suas peculiaridades. Ou seja, colocar alunos na sala de aula
e esquecer que entre eles há crianças carentes de uma atenção especial, cabe à
escola adotar um perfil de acolhida e apoio simultâneos, pois tanto o professor quanto
o aluno precisarão de tal suporte necessário à ação pedagógica; assim, com esse
apoio, efetiva-se uma aprendizagem de sucesso.
O respeito e a valorização do aluno com necessidades especiais exigem que
estabelecimentos de ensino e profissionais estudem e reflitam sobre inclusão, visando
oferecer melhores condições de acesso e permanência na escolarização.
Oferecer melhorias nas condições da escola significa preparar gerações para
viver a vida em plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos
nos permitir contradições, nem mesmo contemporizar soluções, mesmo que nos
sacrifiquemos, pois nada pode se comparar ao resgate de uma vida escolar
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marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada, sem motivos


(MANTOAN,1991).
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3 PARTICIPANTES

Este Projeto de Ensino se destina à todas as crianças portadoras de


deficiências. Uma Educação Inclusiva significa oferecer oportunidades equitativas a
todos os alunos, incluindo também aqueles com deficiências severas, e para a
realização desse atendimento especial pertinente à sua especificidade, devendo ser
levado em consideração vários aspectos, tais como: idade, localidade, etc., com a
finalidade de prepará-los para uma vida digna e participativa na sociedade vigente
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4 OBJETIVOS

GERAL:

Para demonstrar a inclusão na educação infantil, incentivar e implementar


currículos sobre educação inclusiva em escolas formais. Isso fornecerá uma
oportunidade para o processo ocorrer.

ESPECÍFICO:

Promover a participação de crianças com necessidades especiais em todas as


atividades; prestar apoio pedagógico aos professores em matérias relacionadas com
a educação inclusiva; aprofundar e ampliar abordagens inclusivas para abordar
questões de diversidade.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

Escolas em todo o mundo se deparam com um grande número de alunos com


necessidades especiais. Isso se deve à grande variedade de casos que precisam ser
estudados e estudados. Este é um grande empreendimento dado o grande número
de alunos com necessidades especiais em escolas ao redor do mundo.
A etapa da educação básica da constituição de 1988 coincide com a idade da
educação infantil. A LDB nº 9.394/1994 acrescenta uma faixa etária para a educação
infantil. As etapas subsequentes estão abaixo da educação básica e acima da idade
acrescentada pela LDB nº 9.394/1994. Outras questões relacionadas a acomodações
em sala de aula para alunos com necessidades especiais permanecem. Isso inclui
crianças pequenas com deficiência.
Aqueles com necessidades educativas especiais ajudam a compreender novas
informações e informações que não foram aprendidas. Isso se deve à falta de
desenvolvimento normal.
Outros desafios diários incluem dificuldades em diagnosticar alunos com
dificuldades de aprendizagem, treinamento limitado de professores e escolas sem
instalações físicas. Outras dificuldades incluem a falta de instituições públicas de
ensino com professores e escolas sem infraestrutura física que considere a
acessibilidade.
Como a educação infantil afeta as crianças com necessidades especiais? A
escola adaptou seu currículo para atender efetivamente a esses públicos? Os
professores estão adequadamente preparados para acomodar o aumento do número
de alunos nas salas de aula? Além disso, os professores estão interagindo
adequadamente com crianças com necessidades especiais?
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6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 Histórico da Inclusão

Segundo Correa, a velhice na Grécia é considerada uma época de extrema


exclusão social porque as crianças deficientes foram abandonadas ou até mesmo
eliminadas da sociedade. Isso porque a inclusão passou por diferentes fases em
diferentes épocas e culturas.
Foram encontradas razões extraordinárias pelas quais as pessoas com
deficiência foram perseguidas e até mortas durante a Idade Média. Isso se deveu à
crença de que as pessoas com deficiência eram indivíduos sofredores e doentes.
Consequentemente, muitas famílias procuravam manter seus filhos
escondidos.
Então, eles lhes negariam qualquer interação social ou interação com o mundo
exterior.
O “Papiro Ebers”, descoberto por um egiptólogo chamado Georg Ebers, fornece
informações precisas sobre o sistema circulatório. O documento data de 1500 aC e
contém fórmulas mágicas para o tratamento de doenças oculares como glaucoma,
conjuntivite e catarata (FINGER, 1994). Antes dessa descoberta, a “Terra dos Cegos”
era o Egito; um volume incomumente alto de indivíduos que sofriam de doenças
oculares morava lá.
As pessoas com necessidades especiais desenvolveram ideias sobre como
cuidar de si mesmas com o passar do tempo. Ao mesmo tempo, muitos foram
excluídos da sociedade devido à natureza extrema de algumas dessas mudanças.
Em Aranha (2000), a deficiência é retratada como de natureza religiosa.
Algumas pessoas acreditam que os deficientes são possuídos pelo diabo,
enquanto outros os consideram demoníacos. Eles acreditam que a deficiência expia
os pecados dos ancestrais da pessoa com deficiência e lhes proporciona uma espécie
de vingança.
Corrêa afirmou em 2005 que as atitudes das pessoas em relação às pessoas
com deficiência nessa época incluíam a confusão entre proteção, segregação e
caridade. Mendes afirma em 1995 que as pessoas com deficiência eram segregadas
e protegidas em instituições residenciais durante esse período.
Um tratamento diferenciado foi dado com base nas ideias predominantes de
caridade ou punição para a pessoa com deficiência na comunidade em que foi
11

inserida.
6.2 Inclusão no Brasil

A criação de classes especiais em uma escola primária no Brasil — Santa Casa


de Misericórdia — deu início ao interesse do país pelas pessoas com deficiência e
suas necessidades. O foco do país nessa questão começou no século 19; influenciou
os sistemas educacionais de muitos países, incluindo os EUA e a Europa. Em 1931 e
1932, a primeira turma foi estabelecida nesta escola; classes adicionais foram criadas
em 1948, 1950 e 1969.
Segundo o livro Bueno, de 1999, de seu autor, a Escola de Surdos-Mudos de
Laranjeiras é considerada um importante marco histórico da educação no Brasil. Foi
inaugurado no final do século XIX; inspirou-se na experiência europeia com o instituto
dos Cegos — crianças cegas — em 1854 e o instituto dos Surdos-Mudos — crianças
surdas — em 1857. Ambos os institutos foram dirigidos por Benjamin Constant e
Edouard Huet, respectivamente.
A inclusão de alunos surdos motiva questões sobre a adaptação dos currículos
da educação formal para se adequar aos padrões de inclusão.
As escolas devem fornecer recursos para os professores usarem ao ensinar
alunos surdos. Isso inclui proporcionar aos alunos surdos a oportunidade de completar
reflexões e discursos sobre as limitações que enfrentam em suas interações com seus
professores. Os alunos surdos precisam ser vistos como adultos capazes e confiáveis
quando chegam à escola.
As escolas fornecem a todos os alunos de um indivíduo um direito adquirido ao
longo do tempo. Este direito aplica-se tanto às crianças como aos adultos que
frequentam a escola. Há uma série de documentos legais que confirmam que esse
direito existe.
Nas escolas, os educadores se esforçam para criar um senso de comunidade
e inclusão para todos os alunos. Isso é feito por meio de um processo de educação
inclusiva, que muda as políticas, a cultura e as práticas da escola. Ao considerar a
perspectiva única de cada aluno, o processo se esforça para criar uma vida feliz e
realizada e um sentimento de pertencimento.
As necessidades especiais são definidas pelos requisitos de ampla
acessibilidade, não pelas limitações específicas apresentadas pelos indivíduos. Isso
significa que as pessoas com necessidades especiais geralmente requerem
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autonomia e independência.
6.3 Inclusão na educação infantil

A educação especial e a educação infantil possuem uma relação com a


filantropia. Ambos os sistemas de ensino continham muitos traços semelhantes ao
analisar seus caminhos. Acredita-se que tanto o poder público quanto a
responsabilidade pela educação especial passaram para instituições filantrópicas por
meio do auxílio da educação infantil.
Com a Lei de Diretrizes e Bases, ou LDB nº 9.394/1994, a Educação Infantil
cresceu em popularidade. Seu status de destaque deveu-se à integração dos
requisitos de educação básica da Constituição de 1988 ao programa. Devido a esses
desafios, os programas de educação infantil ainda enfrentam dificuldades para
integrar os alunos com necessidades especiais às aulas regulares.
Com a criação da LDB pela Lei nº, a obrigatoriedade da matrícula de crianças
de 4 a 5 anos em programas de educação infantil tornou-se mais popular.
Isso se deve ao fato de que os alunos com necessidades especiais muitas
vezes não conseguem encontrar uma vaga na escola que os acomode. Eles também
descobrem que os programas não estão fornecendo uma educação de alta qualidade.
Escolas sem instalações físicas como ginásio dificultam a participação dos
alunos no processo de inclusão. Também é um problema ter professores sem
nenhuma estrutura física. Além disso, encontrar um déficit diagnosticado na formação
das escolas públicas é um desafio. Além disso, muitas dessas escolas não têm
professores treinados.
A pesquisa de Hines, realizada em 2008, confirma que uma educação inclusiva
bem-sucedida requer muita atenção na direção da escola. Por isso, os educadores
precisam de apoio para desenvolver estratégias de atuação com os profissionais da
educação e considerar a formação como um obstáculo que impede seus esforços de
inclusão dos alunos. Além disso, esta pesquisa sugere que os pais e toda a
comunidade escolar devem ser envolvidos nos esforços de conscientização sobre a
inclusão.
Drago (2011) afirma que existem duas definições diferentes de educação
infantil. A primeira enfoca a criança de 0 a 5 anos e considera seu período de
desenvolvimento. Está focado na educação voltada para a criança com base em
mandatos legais e pesquisas acadêmicas realizadas nesta área. A segunda definição
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considera a educação para crianças entre 5 e 10 anos de idade. Esta se concentra


mais no desenvolvimento de bons cidadãos. Na segunda consideração, entende-se
que a criança continua a se desenvolver como sujeito ativo. Eles também são
considerados produtores de seus conhecimentos como participantes ativos da cultura.
Ao considerar a inclusão na Educação Infantil, entende-se que esse espaço de
educação infantil é um direito da criança conforme a primeira etapa da Educação
Básica.

6.4 Inclusão na Educação Infantil por meio da prática pedagógica

Para trabalhar a inclusão na Educação Infantil na prática, é essencial que a


equipe pedagógica realize um planejamento das atividades que são expressivas para
os discentes e que promovam a integração. Torna-se relevante ainda considerar o
ritmo de cada estudante e as suas particularidades, apenas assim a educação será
realmente inclusiva.
Surgem na segunda metade do século XIX no Brasil as creches, como guarda
diária de crianças pequenas, aliadas as demandas do mercado de trabalho feminino
no modelo segmento industrial, além disso, estas trazem respostas aos aspectos
como o abandono, a desnutrição e mortalidade infantil, a formação de hábitos
higiênicos e a moralização das famílias das classes trabalhadoras.
Transformações expressivas ocorrem somente em 1988, no plano de
legislação educacional, resultado de anos de lutas e reivindicações. A Constituição
Federal reconhece o direito da criança menor de sete anos a educação e compete
como dever do Estado à garantia de “atendimento em creches e pré-escolas as
crianças de zero a seis anos de idade”.
Segundo Drago (2011) “é papel da educação formal proporcionar ao educando
o desenvolvimento de todas as suas potencialidades para superar o meio social já
existente”, sendo assim, as unidades escolares necessitam viabilizar uma educação
de qualidade que respeite a singularidade de cada aluno, buscando a formação de
indivíduos críticos, reflexivos e participativos.
Ao se considerar à Inclusão na Educação Infantil, tal questão fica mais
complexo, já que muitas crianças que chegam à Educação Infantil e apresentam
alguma necessidade especial não possuem diagnóstico. Entretanto, cabe à escola
promover essa inclusão, buscando estabelecer estratégias que facilitem o processo
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de aprendizagem, pois:

A inclusão é um desafio, que ao ser devidamente


enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria na qualidade
da educação básica e superior, pois para que os alunos com e
em deficiência possam exercer o direito à educação em sua
plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas
práticas, a fim de atender as diferenças. (MONTOAN, 2007, p. 45)

Desse modo, é preciso que o docente esteja sempre em formação, levando em


consideração que cada turma tem suas peculiaridades e não cabe mais esperar
receitas prontas.
De acordo com Viana (2002), “a criança ao contrário do que era considerado
no passado, mostra-se como um ser que pensa, tem sentimentos e emoções e,
portanto, é participante ativo do mundo”. Dessa forma, a escola, em parceria com a
comunidade escolar, necessita estimular a criança dentro deste processo de
aprendizagem, respeitando as diferenças.
Segundo Freire (1997):

Aprendemos a pensar com o outro.... Aprendemos a ler


construindo hipóteses na interação com o outro. Aprendemos a
escrever organizando nossas hipóteses no confronto com as
hipóteses do outro... A ação, interação e troca, movem o processo
de aprendizagem. (Freire, 1997, p. 7)

Um dos pontos a serem enfatizados dentro da proposta da Educação Inclusiva


na Educação Infantil refere-se à redução da quantidade de discentes por sala, de
forma a facilitar à interação dos seus membros e o atendimento as especialidades de
cada um.
Estudos têm comprovado que a limitação do número de crianças por grupo é
essencial para a qualidade da abordagem aos alunos com deficiências e a execuções
das atividades educativas diversificadas.
Ainda conforme Freller, Ferrari e Sekkel (2008) a quantidade máxima de alunos
varia de quinze, para a Educação Infantil, até vinte e cinco no Ensino Fundamental,
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limitar o número de crianças deficientes em cada grupo é relevante pois esse


percentual torna possível uma avaliação individualizada dos docentes.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002), é proposto que a
distribuição dos discentes deficientes aconteça pelas inúmeras classes do ano escolar
onde estes forem classificados não ultrapassando 15% do total da sala.
Torna-se relevante salientar que alunos com deficiências semelhantes devem
ser agrupados, de preferência, em grupos diferentes, evitando desse modo que sejam
estimulados a formarem subgrupos dentro da sala de aula, deixando de interagir com
o restante dos colegas.
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7 METODOLOGIA
O projeto aqui apresentado traz a metodologia ativa “gamificação” que se divide
em algumas etapas, que são apresentadas detalhadamente abaixo:
Etapa 01: Apresentação do projeto
O projeto será apresentado para o grupo de alunos, durante a apresentação o
professor falará a respeito da importância de se trabalhar a inclusão dentro, para isso
o professor pode realizar dinâmicas com os pequenos, além de destacar os tipos de
necessidades especiais existentes, também será abordado sobre a importância de
respeitar as diferenças e individualidades de cada um, sempre se atentando a fazer
uso de uma linguagem que os pequenos compreendam. Passar para os alunos o
vídeo: Viva às diferenças da turma da Mônica, que pode ser acessado em:
https://www.youtube.com/watch?v=Ple5NR5hbZ4.
Etapa 02: Roda de Conversa
Aqui o professor irá fazer uma roda de conversa com os alunos, buscando
nessa conversa fazer com que os alunos interajam, conheçam um pouco da realidade
e dificuldades dos colegas. Nesta etapa o professor poderá fazer algumas
brincadeiras para facilitar a socialização dos alunos.
Etapa 03: Passa 10
Nesta etapa do projeto, os alunos irão brincar de passa 10, um jogo que pode
ser disputado por alunos com deficiência física, desta forma o professor deverá
colocar todos os alunos sentados na quadra, independente destes terem ou não
comprometimento motor. A turma será dividida em dois grupos, onde cada grupo
deverá usar coletes de cores diferentes para se distinguir melhor. A delimitação do
espaço será de acordo com o número de participantes. O grupo que tiver com a posse
de bola deverá tentar realizar 10 passes jogando com as mãos, conseguindo, marcará
ponto. Caso a bola caia no chão, ou seja, interceptada pelo grupo adversário, a
contagem será zerada. Vence o grupo que fizer mais pontos.
O tempo do jogo será determinado pelo professor. Caso na turma houver um
cadeirante, o grupo adversário deverá ter um participante de sua equipe sentado em
uma cadeira. Caso tenha mais de um cadeirante, o número de participantes em
cadeiras deverá ser aumentado, durante o jogo é interessante um revezamento de
todos os alunos para que todos sentem na cadeira.
Etapa 04: Passa a Bola
Nesta etapa os alunos irão praticar uma atividade que os coloca dentro da
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realidade de um portador de deficiência visual, para tanto é preciso que a escola


disponibilize de uma bola com guizo. Serão feitas duas ou mais colunas com o mesmo
número de participantes. O primeiro integrante de cada coluna deverá estar com a
bola que deverá ser passada entre as pernas ao colega de trás até chegar o ultimo da
coluna; este irá devolver por cima da cabeça até chegar ao primeiro da coluna. Na
mesma ordem, logo em seguida passar a bola pelo lado direito, retornando pelo lado
esquerdo. Marca um ponto coluna que terminar a sequência primeiro gritando o nome
de sua equipe. É interessante que o professor coloque uma venda em alguns alunos,
venda essa que será usada por todos com o passar das jogadas, os alunos videntes
auxiliarão os alunos cegos e com baixa visão a pegar a bola, através de comunicação
verbal.
Etapa 05: Dança as surdas
Nesta etapa do projeto os alunos irão ter a oportunidade de vivenciar um pouco
da maneira como os alunos surdos se conectam com o mundo, desta forma o
professor irá trabalhar a dança com os alunos a partir de ilustrações, desta forma os
alunos serão guiados pelos outros sentidos, além da audição, os alunos deverão
dançar seguindo os ritmos presentes nas figuras mostradas pelo professor, o
professor poderá orientar seus alunos por meio de gestos e outros mecanismos.
Etapa 06: Boliche Adaptado
Nesta etapa os alunos irão brincar de um jogo bastante inclusivo, chamado de
boliche adaptado, o jogo é confeccionado com garrafas plásticas e bolinha, o
professor pode pedir que a turma o ajude na confecção dos materiais do jogo. Com
os materiais prontos o professor deixará com que todos os alunos brinquem com o
boliche adaptado, esse jogo é ótimo para cadeirantes e pessoas com outras
deficiências físicas, como o material é leve facilita a dosagem da força utilizada para
derrubar as garrafas, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Etapa 07: Pega ajuda com passes
Nesta etapa do projeto os alunos terão novamente a oportunidade de
participarem de uma atividade que pode ser desenvolvida com pessoas com baixa
locomoção, ou sem movimentos das pernas. Deste modo um dos alunos será
designado a ser o pegador, os demais serão os fugitivos, todos deverão estar
sentados de forma dispersa pela quadra. Todos os alunos deverão se locomover
sentados. O pegador terá uma bola na mão, onde tentará arremessar nos colegas.
Aquele que for atingido pela bola passará a ser pegador, aumentando o número
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de caçadores e assim podendo trocar passe entre eles para chegar mais perto dos
alvos.
Etapa 08: Conclusão do projeto
Nesta última etapa o professor juntamente com os alunos fará um debate
acerca da importância da inclusão dentro do ambiente escolar, os alunos irão
demonstrar o que aprenderam durante o projeto e poderão dar sugestões de
atividades para serem desenvolvidas dentro da escola para melhorar a qualidade de
vida dos alunos com necessidades especiais, nesta etapa o professor poderá junto
dos alunos avaliar o projeto, buscando sempre formas de melhorar o mesmo.
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8 CRONOGRAMA

ETAPAS DO PROJETO DESCRIÇÃO PERÍODO


1- Planejamento Revisão bibliográfica e teórica sobre 04 (quatro) dias
o tema metodologias ativas
gamificadas.
2- Execução Análise da teoria elencada e 03 (três) dias
aplicabilidade teórica da mesma
numa aula.
3- Avaliação Reflexão sobre a teoria associada à 02 (dois) dias
prática, elencando seus eventuais
resultados, prevendo possíveis
dificuldades, mas principalmente
focando da aprendizagem.
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9 RECURSOS

Humanos: Professores, pais, alunos, pedagogo, secretária escolar, diretor e


demais funcionários da escola.

Materiais: Livros, DVD, TV, internet, bolas, quadra, garrafas plásticas, pincel,
tinta, lápis, folhas.
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10 AVALIAÇÃO

Avaliar por intermédio de um diagnóstico quais são as principais dificuldades


de aprendizagem apresentadas pelas crianças. Verificar se as crianças que estão
sendo acompanhadas conseguem assimilar as propostas das atividades e analisar
seus avanços, não se esquecendo da capacidade do aluno com relação a
aprendizagem.
Esse tipo de avaliação permite que o professor detecte as dificuldades da
criança e possa ajudá-la durante e depois de cada atividade aplicada.
O profissional deve levar em consideração as atividades de diagnóstico
individual e também com outros acompanhamentos, verificando o desempenho
individual e no coletivo.
Mediante essas observações, o profissional deve fazer os registros em
portfólios individuais de cada criança, organizando o passo a passo desse
acompanhamento, expondo os resultados alcançados e o que ainda precisa ser feito
para melhores resultados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A criação de um sistema de gestão que integre a escola com as turmas da pré-


escola é importante para fins educacionais. Isso incentiva professores e
administradores a criar atividades acessíveis a todos os alunos.
Fundamental para as necessidades de todos é a necessidade de ser incluído
na vida diária. Muitos acadêmicos descobriram através de seus estudos que a
inclusão é necessária. Isso porque permite que pessoas com necessidades
particulares sejam consideradas parte do cotidiano da sociedade.
Atualmente, o treinamento eficaz não é totalmente alcançado. Ainda são
necessários progressos adicionais. Mudanças no processo de inscrição tornam isso
possível.
As escolas precisam implementar estratégias pedagógicas diferenciadas e
mudar seus currículos para incluir com sucesso qualquer faixa etária. Também é
necessário fornecer recursos como recursos materiais e humanos.
É crucial que todos os funcionários da escola colaborem para implementar a
inclusão de forma adequada e com sucesso.
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REFERÊNCIAS

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24

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