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2015128685
Bebedouro 2020
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1. Sumário:
Apresentação do estudo de caso............................................................. 3
Declaração de
Salamanca.........................................................................5
Legislação de educação para
todos..........................................................7
Definição de necessidades educacionais especiais
(NEE) .......................9
Dialéticas.................................................................................................10
Método clínico de
Piaget..........................................................................14
Conclusão...................................................................................................
Referências................................................................................................
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2. Apresentação do estudo de caso:
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Em todos os anos letivos, na primeira semana de julho, as professoras
fazem reuniões pedagógicas todos os dias para debate de quais projetos
tiveram bons resultados e quais devem ser readaptados ou retirados do
PPP. Além de fechamento de semestre e programação para o semestre
seguinte.
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3. Declaração de Salamanca:
A declaração de Salamanca consiste na busca por direito a
educação de pessoas com deficiência. Sendo proclamada por
representantes governamentais, agências especializadas e
organizações inter-governamentais em uma conferência mundial,
ocorrida em Salamanca, na Espanha, entre 7 e 10 de Junho de 1994.
A declaração assegura que as crianças que possuem deficiência,
devem ter acesso à educação, mantendo o nível de aprendizagem,
considerando-se as habilidades, necessidades e características de cada
uma. Enfatizando que, as crianças com necessidades educacionais
especiais, necessitam de uma pedagogia centrada na criança, para
assim satisfazer suas necessidades do ambiente escolar. E, ainda
salienta que as escolas capazes de promover tal acolhimento,
apresentam uma educação mais efetiva do que outras escolas, sendo
capazes de produzir uma educação inclusiva, alcançando a escola para
todos.
Além disso, a declaração demanda que as instituições
educacionais se aprimorem cada vez mais da educação inclusiva, que
busquem conhecer sobre escolas que adotam a escola para todos, por
meio de intercâmbios para países que já adotam tais medidas,
elaborando a formação de professores para que saibam lidar e acolher
alunos com necessidades especiais. Além disso, os funcionários devem
estar preparados para identificar e intervir precocemente nesses casos.
Em relação aos governos com programas de cooperação
internacional e agências financiadoras internacionais, a declaração
convida-os a acolher a educação para todos, incentivando o treinamento
e aprimoramento de professores, além de pesquisas a fim de
estabelecer centros para informação e documentação da educação
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inclusiva, demonstrando resultados específicos como forma de promover
o avanço da mesma.
A educação especial possui uma estrutura, a qual foi adotada na
conferência mundial de Salamanca (1994), tal estrutura objetiva informar
ações, guias, práticas e políticas embasados em países os quais adotam
a educação inclusiva. Esta estrutura é fundamentada nas
recomendações das Nações Unidas, e outras organizações inter-
governamentais.
A estrutura atenta para o direito de que toda pessoa com
deficiência pode manifestar-se sobre os objetivos referentes à sua
educação, este direito, foi proclamado na Declaração Universal De
Diretos Humanos e Na Declaração Mundial Sobre A Educação Para
Todos.
O princípio orientador da estrutura afirma que a escola deve
acolher a todos os alunos independente de sua condição atual. A escola
deve ter espaço para crianças com deficiências físicas, intelectuais, e
com super-dotação, além de contextos sociais desvantajosos como
crianças que vivem nas ruas, advindas de populações remotas,
pertencentes às minorias e, crianças marginalizadas.
Considerando o contexto da estrutura, a questão “necessidades
especiais”, origina-se dando referência às crianças que passam por
dificuldades e deficiência na aprendizagem, necessitando de uma
educação inclusiva.
Para isso, a escola deve atentar-se para a realidade que a cerca,
deve buscar compreender a realidade dos alunos que frequentam
aquele ambiente, para assim adequar-se a eles. Não adianta, por
exemplo, o uso de computadores para a realização da lição de casa,
quando naquela escola há crianças que não possui acesso à água
potável em casa, quanto mais a um computador com acesso à internet.
A escola deve adequar-se ao aluno, e não o contrário. As escolas
devem buscar formas acessíveis de promover aos alunos uma educação
de qualidade e, que condiz a realidade dos alunos, incluindo os que
estão em maior desvantagem social, ou física.
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O aumento de escolas que adotam a educação inclusiva, pode
colaborar para a construção de uma sociedade com menor preconceito
e mais acolhedora, minimizando o sofrimento de pessoas com
necessidades especiais. A pedagogia centrada na criança pode
colaborar para a desconstrução do conceito de normalidade, abrindo as
portas para uma educação com menor índice de abandono escolar,
diminuição de alunos repetentes. E, acima de tudo, produzir uma
comunidade que acolhe e respeita as diferenças do próximo, dando
maior atenção as potencialidades existentes em cada indivíduo.
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Por ir além do ensino de matérias curriculares, a escola ensina ao
aluno a viver em sociedade, por isso, a educação especial deve preparar
os alunos com necessidades especiais para o mercado de trabalho, para
a vida em sociedade em si, observando e fortalecendo suas
potencialidades.
Sobre essa socialização, na legislação, em 2001, há o decreto nº
3956 o qual assegura que qualquer tipo de discriminação às pessoas
portadoras de deficiência deve ser eliminado, podendo abrir-se um
processo, o que pode contribuir para uma queda nas discriminações e
preconceitos sofridos pelos alunos no ambiente escolar.
Sendo compreensível a dificuldade em adaptar-se as leis e
decretos da legislação, deve-se afirmar a importância de atualização
constante da formação do corpo docente, pois a legislação é real, e
existe para ser cumprida, com o enfoque no bem-estar dos alunos que
frequentam a instituição. A legislação aponta dúvidas, e por vezes revela
pré-conceitos existentes que não são reconhecidos como tais muitas
vezes, porém ao serem levados à luz da educação para todos podem
ser descontruídos, proporcionando uma nova forma de educar, uma
forma mais humanizada e acolhedora, que é em si, a realização da
educação inclusiva que tanto se almeja.
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5. Definição de Necessidades Educacionais Especiais (NEE):
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necessidades dos alunos, promovendo ações mais humanizadas, e sensíveis
às situações em que os alunos se encontram, com o intuito de favorecer sua
inclusão neste ambiente, minimizando o preconceito sofrido por cada um, na
busca por promover uma sociedade com um olhar mais empático para essa
população.
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Quanto à necessidade especial dos alunos com deficiências, a
dialética expor-se e resguardar-se de Amaral, coloca a própria
aceitação como fator inicial para a inclusão, essa aceitação refere-se a
“expor-se diante de si mesmo”, essa atitude pode fazer com que o
aluno se decida quanto a expor-se ou não para o outro, lembrando
que a decisão é sempre do aluno. Expor o aluno sem que o mesmo
esteja preparado, sem que haja seu consentimento, é considerado
uma forma de violência, pois pode provocar ao mesmo situações
humilhantes, para a qual o meu não estava preparado, portanto, o
aluno tem o direito de ter sua privacidade respeitada.
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menos aversivas aos alunos com deficiência, esse é um dos papéis da
escola, ajudar o aluno com necessidades especiais a se socializar.
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dar a ele algo do primeiro ano, uma vez que o mesmo está no quarto,
é papel do professor se adequar a necessidade dessa criança,
investigando: o que ela não está entendendo? Além de refletir: Como
posso ajudá-la a aprender? É necessário atualizar-se constantemente,
desafiar-se a aprender novos meios de transmitir conteúdos, novas
formas de lecionar, centrar-se na criança, e não, apenas no material
teórico o qual ela deve aprender. A construção de um vínculo
significativo com o aluno, torna possível um processo de
aprendizagem que pode transformar vidas.
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Nessa questão das famílias menos favorecidas, faz-se necessária
uma intervenção na qual os membros da escola devem atentar-se
para o estigma e os pré-conceitos existentes quanto aos alunos
marginalizados. Observa-se que há uma exclusão, intitulada inclusão,
na qual tais alunos são tratados de forma diferente aos outros, por
vezes a escolha das turmas são feitas embasadas na condição
econômica dos alunos. Tal atitude é extremamente preconceituosa, e
foge da declaração de Salamaca, assim como a legislação.
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O método foi criado com o intuito de prevenir e tratar as
anomalias apresentadas por sujeitos que apresentavam dificuldades
escolares. Piaget, diferente de outros pesquisadores, despertou o
interesse por compreender o porquê das crianças apresentarem erros,
tirando o foco apenas dos erros, e partindo para o motivo. Assim, sua
pesquisa mantinha o foco na justificativa das respostas, e não o certo
ou errado em si, dando origem as provas Piagetianas.
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4) Crença desencadeada: resposta com reflexão, porém a pergunta é
influenciada pelo interrogatório, deve ser aprofundada na busca,
buscar conhecer o que gerou aquela resposta;
5) Crença espontânea: a criança busca a reflexão em situações
anteriores, pois a pergunta realizada não é uma pergunta nova.
Tal teoria foi nesta proposta exposta, pois tal meio será
responsável pela formação de professores na instituição, onde serão
realizadas atualizações frequentes embasadas no método de Piaget,
no qual buscar-se-á, compreender o porquê das respostas dos alunos
frente ao estímulo das aulas, podendo assim questionar-se a
utilização de novos meios para ensiná-los, pois os educares terão
acesso ao pensamento da criança. Além de reuniões periódicas com
pais e professores com o intuito de orientá-los sobre o desenvolvimento
dos filhos/alunos, deixando de forma clara que tais orientações estarão
pautadas no método clínico-crítico de Piaget, pois nesta instituição
haverá uma educação inclusiva que busca compreender e auxiliar as
dificuldades dos alunos com NEE, possuindo um olhar humano e não
rotulado.
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8. Conclusão:
Por meio da execução do trabalho foi possível perceber a
dificuldade de propor uma educação inclusiva nos dias atuais, mesmo
sendo algo proposto em uma declaração há anos atrás. Por mais
necessário que o papel do psicólogo seja dentro do ambiente escolar,
tal profissional ainda recebe pouca atenção, visto que muitas vezes o
corpo docente possui um enfoque maior na matéria teórica a ser
passada ao aluno, cremos que o psicólogo pode fazê-los tomar
consciência ao papel fundamental que a escola possui de socializar o
aluno, prepará-lo para a vida em comunidade.
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No caso da educação inclusiva, o psicólogo pode proporcionar
aos outros profissionais um olhar atento e sensível as necessidades
dos alunos daquela instituição, proporcionando atualizações
frequentes aos professores quanto a estudos e práticas que possam
favorecer o processo de aprendizagem e socialização das crianças.
9. Referencias:
AMARAL, L. A. Resgatando o passado: deficiência como figura e
vida como fundo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei
número 9394, 20 de dezembro de 1996.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e
Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, 1994,
Salamanca-Espanha.
DELVAL, J. Introdução ao método clínico: descobrindo o
pensamento das crianças. Porto Alegre: Artmed, 2002.
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MACEDO, L. Ensaios Pedagógicos: como construir uma escola
para todos? Porto Alegre: Artmed, 2004.
PIAGET, J. A Representação do mundo na criança: com o
concurso de onze colaboradores. Aparecida, SP: Idéias & Letras,
2005
SAWAIA, B. B.; NAMURA, M R. Dialética exclusão/inclusão:
reflexões metodológicas e relatos de pesquisa na perspectiva da
Psicologia Social Crítica. Taubaté, SP: Cabral Editora Universitária,
2002.
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