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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

PEDAGOGIA - LICENCIATURA

HELOÍSA DA SILVA BARROS

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I
EDUCAÇÃO INFANTIL

Balsas, MA
2023
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HELOÍSA DA SILVA BARROS

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO DE PEDAGOGIA

Relatório apresentado à Universidade

Pitágoras Unopar, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina Estágio Curricular
Obrigatório I do Curso de Pedagogia.

Cidade
2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS......................................................5
2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).........7
3 RELATO DA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA...................9
4 RELATO DA ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE.......................11
5 RELATO DO LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS
PARA ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS 13
6 RELATO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA BNCC NA ESCOLA.........14
7 RELATO DA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS
PELO PROFESSOR.........................................................................................15
8 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO
ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA...........................................................17
9 RELATO DA OBSERVAÇÃO............................................................................19
10 PLANOS DE AULA ..........................................................................................21
11 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO.........................................................................24
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................25
REFERÊNCIAS.......................................................................................................26
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INTRODUÇÃO

O objetivo principal deste relato é apresentar experiências vividas no espaço

escolar, que auxiliam na formação do aluno porque permitem ao egresso ter contato
direto com a rotina que provavelmente terá após a formação poder observar e
adquirir novos conhecimentos e aptidões relacionados à escola profissão docente.
Foi elaborado um breve relatório não só sobre a aula supervisionada, mas
também sobre os desafios que emergiram e os aprendizados gerados dentro da sala
de aula. O estágio foi de extrema importância porque mostra como são necessárias
diferentes estratégias de ensino para atender às necessidades de cada aluno, que
são muito diversas.
Durante o período de estágio no Infantil – III foram realizadas diversas
atividades como pintura, apresentações, uso de música e, claro, tarefas de livros e
cadernos. Estas observações mostram quão importante é a relação professor-aluno
para o desenvolvimento intelectual de uma criança. Como defende Paulo Freire
(educador e filósofo brasileiro), a relação professor-aluno não pode ser caraterizada
pela coerção, mas sim pela colaboração, respeito e crescimento.
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1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS

A literatura contemporânea voltada para a educação de crianças de 0 a 6

anos suscita, desde a década de 1990, um acirrado debate sobre a especificidade
do trabalho educativo para essa faixa etária. Procuramos definir uma identidade
específica para o segmento da educação infantil, que historicamente tem estado
associada a finalidades externas, ora entendidas como dispositivos de apoio ao
cuidado (especialmente no caso do jardim de infância), ora como estratégia para
prevenir o fracasso escolar, preparar para o ensino fundamental ou mesmo predizê-
lo.
Entende-se que o ensino não deve fazer parte do cuidado das crianças
menores de 6 anos. Segundo esta perspectiva teórica, a educação pré-escolar “faz
parte da educação básica, mas o seu objetivo não é ensinar, mas educar as
crianças pequenas” (Cerisara, 2004, p. 8).
Nesse sentido, segundo Cerisara, a educação pré-escolar não terá como foco
o processo de ensino-aprendizagem, mas sim o que se denomina relação educativo-
pedagógica. Portanto, a docência é negada quando se trata da educação pré-
escolar, mas é considerada o objeto básico da escolarização.
Vygotsky abriu uma nova abordagem para o desenvolvimento infantil,
revelando o papel da cultura e das relações sociais no desenvolvimento da alma da
criança e afastando-se assim do naturalismo, do ambientalismo e do interacionismo.
O autor rejeita a compreensão do desenvolvimento como um processo
estereotipado de crescimento e maturação de forças internas previamente
adquiridas. Vygotsky (1995) acredita que o desenvolvimento infantil é uma unidade
dialética entre duas linhas genéticas: o desenvolvimento biológico e o
desenvolvimento cultural. Portanto, este é um processo de formação da
personalidade biológica e social única da criança, e não uma simples “mistura” de
níveis biológicos e sociais.
Dessa forma, a perspectiva histórico-cultural se opõe completamente a uma
visão naturalizada do desenvolvimento infantil, ou seja, aponta que o
desenvolvimento infantil não pode ser entendido como um processo natural, ocorre
de forma espontânea, como resultado de leis naturais. Isto significa que o
desenvolvimento espiritual não segue um caminho natural, determinado pelas leis da
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natureza. Vygotsky (1995) afirma que é a sociedade – e não a natureza – que

emerge como determinante do comportamento e desenvolvimento humano.
Nesse sentido, o aspecto fundamental das visões de Vygotsky, Leontiev e
Leonina é histórico. Segundo Leontiev (2001a) e Elkonin (1987b), ao estudar o
desenvolvimento infantil é necessário considerar a relação entre as crianças e a
sociedade, ou a posição que as crianças ocupam no sistema de relações sociais em
determinado momento histórico.
No mesmo sentido, Vygotsky (1996) afirma que o contexto social de
desenvolvimento, ou seja, a relação estabelecida entre a criança e o meio que a
rodeia (é específico, especializado, único e insubstituível) em cada idade ou fase do
seu desenvolvimento. É o ponto de partida de todas as mudanças dinâmicas de
ocorrerão durante o desenvolvimento durante uma determinada idade ou período,
determinando “plenamente e por inteiro” as formas e a trajetória que permitem à
criança adquirir novas características da personalidade.
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2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

O Projeto Político Pedagógico instituído pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

e pela Lei Nº 9394/96, é um documento obrigatório que reúne os objetivos, metas e
diretrizes de uma escola. O PPP fortalece a identidade escolar por registrar objetivos
de maneira clara e definir como a escola e outros agentes dessa comunidade
(professores, gestores, alunos, pais) podem trabalhar para alcançá-los. O
documento também ajuda a definir as políticas de ensino, a gestão escolar e a
formação dos professores, e ainda serve como base para a avaliação da qualidade
da educação oferecida na escola.
Na escola em que foi realizado o estágio a organização do currículo se dar
por meio dos eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeiras).
Tem como objetivo desenvolver as habilidades inerentes ao aluno, buscando
promover a interação, a socialização, a noção de limites necessários para uma
convivência harmoniosa visando a independência de cada criança. A escola adota a
concepção construtiva, mediadora e emancipatória como já indicada em Luckesi
(2006) e também em Hoffmann (2007) – sendo, acompanhamento contínuo da
interação e vivência das crianças no decorrer do processo, considerando as
especificidades das etapas, consistido assim em uma avaliação formativa.
O total de dias letivos das séries iniciais da educação infantil é de 200 dias –
800 horas – organizada em 4 bimestres anuais. Conselho de classe ocorre 5 (cinco)
vezes durante o ano letivo, sempre após o término de cada bimestre. Podendo ainda
serem realizadas reuniões pedagógicas no caráter extraordinário, conforme a
necessidade e seguindo calendário escolar anual.
Durante o ano são realizadas diversas atividades culturais e cívicas na escola
como Homenagem ao dia dos Indígenas em que além de abordados a história são
feitos desenhos e pintura, Independência do Brasil, Dia da Árvore onde as crianças
são conscientizadas sobre a importância - momentos para que os alunos venham
aprender mais sobre. É desenvolvido também a feira do empreendedor, na qual
cada mês uma série é encarregada da venda de produtos, desenvolvendo noções
de administração e financeiras.
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A escola abordada além de prezar a formação contínua dos professores e

demais profissionais que atuam na instituição, oferecendo palestras e formações,
valoriza a inclusão dos alunos com necessidades especiais.
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3 RELATO DA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA

Material didático é um instrumento pedagógico que serve como base, apoio e

orientação ao aluno. Ele é como um manual de instrução sobre determinado
assunto. Esse material de apoio pode ser qualquer recurso que esteja associado ao
contexto educativo, ou seja, que aborde o objeto de estudo e o apresente de forma
explicativa para a aquisição do conhecimento.
É considerado material didático todo o material que tem por objetivo apoiar a
atividade pedagógica, de modo que o seu conteúdo esteja relacionado à
transmissão do conhecimento de forma sistematizada e de acordo com o
planejamento pedagógico.
Com base na análise do material didático que foi realizada, foi possível
observar que a escola possui recursos como mural, histórias em quadrinhos,
cartazes, jogos educativos, desenhos, uso da música e o material didático utilizado.
O livro didático utilizado para a Educação Infantil é o Maxi, divididos em
quatro volumes para cada bimestre. O Sistema Maxi oferece também o uso da
plataforma Plurall, onde são encontrados cursos, sugestões de atividades
simulados/atividades. Proporcionando ao professor conjunto de soluções para
transformar a experiência de estudos dos alunos, facilitando a rotina dos
professores.
O material está completamente alinhado à proposta da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), está preparado para acompanhar o desenvolvimento
das crianças e despertar seu entusiasmo em aprender. Pautado na Pedagogia
Afetiva, conta com práticas inspiradas na proposta fônica da alfabetização, além de
trabalhar contos clássicos.
No planejamento diário sempre tem o uso do livro didático ou uma atividade
produzida pela professora – além de enviar para casa uma atividade extraclasse no
livro Maxi ou na apostila de autoria da própria escola. A sala de aula é repleta de
cartazes interativos com as letras do alfabeto, números, palavras mágicas,
combinados e aniversariantes do mês. Na sala também têm um armário onde é
mantido matérias para auxiliar no decorrer das aulas.
A maioria das atividades são realizadas em sala de aula com a professora e
as auxiliares, usando recursos do quadro branco, folhas impressas, aparelho de
som, tinta guache, giz de cera – de acordo com o conteúdo que deve ser trabalhado,
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bem como a faixa etária e manipulação do aluno. Os resultados alcançados pela

equipe escolar na prática docente são qualificados e atendem às necessidades
dos alunos de educação e cuidado, pois os dois são indissociáveis.
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4 RELATO DA ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE

Como estipulado no Plano de Trabalho do Estágio Orientado I foi realizado

uma entrevista com professora regente, graduada em Pedagogia – Licenciatura.
Começou a trabalhar na escola abordada em 2021 como Auxiliar de Sala ficando até
o fim do ano nessa função. Em 2022, passou para função de Professora de
Educação Infantil e atua até hoje.
Quando questionada sobre qual é a sua visão sobre o ensino na Educação
Infantil, a professora respondeu que acredita que é essencial para que as crianças
tenham um convívio além do núcleo familiar. Ou seja, é um momento muito
importante para que o indivíduo aprenda a se relacionar e viver em sociedade,
desenvolvendo habilidades fundamentais à formação humana, além das
capacidades cognitivas e motoras.
Complementa ainda, que ser professor é ter a honra de ser lembrado,
reconhecido pela inspiração e pela possibilidade de marcar a vida e o futuro das
novas gerações. Sem dúvida uma profissão que a mesma sente muito amor pelo
que faz.
Sobre a rotina de trabalho, a docente explica que as aulas iniciam às 7:15 e
se encerram às 11:30. Na Educação Infantil não há disciplinas específicas, porém
são elaborados um planejamento de acordo com os Campos de Experiências
estabelecidos pela BNCC: O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e movimentos.
Traços, sons, cores e formas. Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Portanto, dividem os horários da semana seguindo os seguintes conteúdos:
Artes, Brincar, Educação Matemática, Educação Socioemocional, Natureza e
Sociedade, Oralidade e Escrita e Oficina Mão na Massa.
Além disso, os alunos também participam de aulas ministradas por outros
professores: Língua Inglesa – Segunda á Sexta das 10:30 às 11:00; Futebol e Balé –
Quarta-feira das 10:20 às 10:50.
Em relação a como desenvolve atividades de ensino, a docente comenta que
faz o uso da apostilha que contém atividades lúdicas e utilizam o material didático do
Sistema Maxi. Além da lousa da escola, também faz o uso da televisão do colégio
onde exploram vídeos, filmes, desenhos e jogos pedagógico para complementar a
aula.
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Além do material didático, demais materiais de apoio são confeccionados

pelos próprios professores, não recebendo de alguma Secretaria Estadual ou
Municipal da Educação por ser uma escola particular. Portanto, são fornecidos pela
Mantenedora.
Sobre como trabalham os temas contemporâneos transversais em
sala de aula, destaca que são trabalhados de maneira lúdica e sempre considerando
o conhecimento prévio de cada criança.
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5 RELATO DO LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS

PARA ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS

De acordo com o MEC, os Temas Contemporâneos Transversais têm como

objetivo “explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma
integrada, bem como fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos
estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e
contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC).”
A transversalidade que, segundo Ribeiro (2013, p.66), é proposta pela
compreensão social da educação escolar, parece aproximar os conteúdos dos
componentes curriculares convencionais da situação do aluno. É uma forma de
integrar o conhecimento extracurricular aos problemas encontrados nas aulas
escolares e de infundir nas disciplinas incluídas no currículo dessas incompetências
conteúdos de interesse coletivo.
Para isso, os TCTs estão divididos em seis macro áreas temáticas:
 Meio Ambiente
 Ciência e Tecnologia
 Multiculturalismo
 Cidadania e Civismo
 Economia
 Saúde
Vista desta perspectiva, a abordagem escolar também se aplica a questões
cotidianas. Por exemplo, há seminários que falam sobre culturas estrangeiras como
Espanha, Holanda e Itália. Os alunos discutiram a diversidade cultural e suas
singularidades em relação à alimentação e aos costumes. Através dos estudos, os
alunos têm a oportunidade de aprender algo sobre a diversidade e a estranheza do
mundo. Outro exemplo é a referida feira de empreendedorismo onde os alunos têm
a oportunidade de gerir as suas finanças.
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6 RELATO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA BNCC NA ESCOLA

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter

normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica. Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos
dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as
propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.
A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se
espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica.
Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que
direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Na escola, foram realizadas reuniões para a leitura do documento, e no início
de cada ano letivo é realizada a semana Pedagógica para reforçar alguns pontos e
melhorar os processos de ensino-aprendizagem. Juntamente, ao adotar o material
Maxi, foram realizados encontros de formação e palestras, para compreender a
proposta da BNCC alinhada como o novo material – utilizado desde de 2022,
portanto já incorporado na prática docente.
É fundamental a conversa com o sistema de educação empregue pela
instituição, com o fim de esta, além de possuir um utensilio atualizado,
possa remover dele ações mais plausíveis e com maior aptidão para essa
nova fase educacional.

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7 RELATO DA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS

PELO PROFESSOR

A avaliação perpassa pela observação permanente das crianças in loco, no

espaço pedagógico do qual fazem parte por meio do acompanhamento sistemático
do educador, em um processo de mediação, que significa "um estado de alerta
permanente do processor que acompanha e estuda a história da criança em seu
processo de desenvolvimento." (Hoffmann, 2015, p. 45). Avaliar é uma ação
pedagógica necessária e importante que deve estar presente em todas as etapas
educativas. Avaliar para promover o desenvolvimento e a aprendizagem infantil.
Métodos e instrumentos de avaliação estão fundamentados em valores
morais, concepções de educação, de sociedade, de sujeito. São essas as
concepções que regem o fazer avaliativo e que lhe dão sentido. É preciso, então,
pensar primeiro em como os educadores pensam a avaliação antes de mudar
metodologias, instrumentos de testagem e formas de registro. Reconstruir as
práticas avaliativas sem discutir o significado desse processo é como preparar as
malas sem saber o destino da viagem. A avaliação da aprendizagem, mais
especificamente, envolve e diz respeito diretamente a dois elementos do processo:
educador/avaliador e educando/avaliando. Alguém (avaliando) que é avaliado por
alguém (educador).
Todo o processo avaliativo tem por intenção: a) observar o aprendiz; b)
analisar e compreender suas estratégias de aprendizagem; e c) tomar decisões
pedagógicas favoráveis à continuidade do processo. Somente se constitui o
processo como tal, se ocorrerem os três tempos: observar, analisar e promover
melhores oportunidades de aprendizagem.
Não se pode dizer que se avaliou porque se observou algo do aluno. Ou
denominar por avaliação apenas a correção de sua tarefa ou teste e o registro das
notas, porque, nesse caso, não houve a mediação, ou seja, a intervenção
pedagógica, decorrente da interpretação das tarefas, uma ação pedagógica
desafiadora e favorecedora à superação intelectual dos alunos.
O resultado da avaliação do desenvolvimento do aluno é expresso por meio
de relatórios descritivos e portifólios de cada discente, no qual continham diversas
atividades feitas por eles, jogos, brincadeiras e provas semestrais. Na turma em que
foi realizado o estágio, a professora regente sempre mantém o contato com os pais
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e dialoga para entender o contexto familiar da criança. Prontamente a ficha de

avaliação era realizada durante o ano letivo, por meio de uma análise organizada
diariamente, no qual retratavam os avanços obtidos, os obstáculos de cada criança,
e os processos que acreditavam importantes para o processo de aprendizagem de
cada aluno, cujo resultado é apresentado, trimestralmente, aos responsáveis.
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8 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO

ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA

Educação de qualidade se faz com gestão eficiente e equipes completas – o

acompanhamento pedagógico tem a missão de detectar as necessidades do aluno e
trazer a solução necessária para superá-las. Com profissionais especializados em
educação, é possível aumentar a motivação e o interesse dos alunos, ajudando na
superação de dificuldades e a encontrar formas melhores de estudo. Assim, é
possível contribuir com uma elevação nas notas e até mesmo no aumento do
interesse por matérias que antes pareciam difíceis e distantes, aperfeiçoando o
desempenho dos alunos nas aulas.
A equipe pedagógica é composta pela coordenação e direção, assim cabe a
coordenação o papel de orientar o professor, conforme o PPP, à elaboração do
planejamento anual, semestral ou trimestral. É de competência da coordenadora
escolar, ações pedagógicas, didáticas que ocorre na escola. Trabalha com conexão
que envolve as habilidades de ensino aprendizagem dos educandos, fornecendo
uma ponte através da equipe diretiva, corpo docente, discentes e responsáveis,
desenvolvendo um laço, comunicável por dimensões comuns. A coordenação
pedagógica atua perante os professores e alunos, apoiado no Projeto Político
Pedagógico da Unidade Escolar (PPP), orientando e conduzindo os projetos e
processos pedagógicos e o Ensino regular dos conteúdos previamente definidos.
A união desses profissionais, um trabalho genuinamente comprometido e em
equipe, e muito, mas muito trabalho duro, fazem com que a Escola possa
proporcionar a melhor Educação aos seus alunos.
Uma das principais funções da equipe pedagógica é fazer planejamentos e
promover a inclusão dos alunos com autismo. Vale destacar que a inclusão é
garantir que o aluno se envolva nas atividades dentro da sala de aula e tenha uma
experiência de qualidade.
Além de desenvolver suas habilidades, participar da rotina da escola,
aprender e brincar com outras crianças. Uma vez que o aluno com autismo tem
necessidades especiais além dos acadêmicos, seu plano educacional é definido por
um Programa de Educação Individualizado (PEI). A equipe pedagógica também é
responsável pela criação de materiais didáticos adaptados. Isso é necessário porque
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muitos autistas sentem dificuldade de aprender da forma tradicional, outros

conseguem acompanhar a turma, mas muitos não.
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9 RELATO DA OBSERVAÇÃO

A observação foi feita na série Pré-escolar, turma III, no turno matutino. De

início a receptividade dos alunos, após o portão da instituição fechar, com canções
típicas como “BOM DIA CÉU, BOM DIA SOL, BOM DIA MAR”, seguidamente uma
oração – ás vezes sendo solicitado que um aluno faça a oração com os coleguinhas,
se for da vontade do mesmo.
A educadora não demonstrou nenhuma dificuldade para cumprir as metas
diárias, sendo profissional e clara no seu campo de trabalho. Usando os matérias
didáticos oferecidos, ela proporcionou atividades adequadas, explicou de forma
delicada e segura, proporcionando conhecimento de forma prazerosa para os
alunos. A docente se apresentou bastante apta para a profissão e ciente com o uso
das metodologias ativas, uma vez que sempre busca inovar em suas aulas, seja
com conto de histórias, teatro, uso de música e uso de tecnologias – estimulando as
crianças.
A professora faz com que o discente desperte o interesse pelo
conhecimento, emitindo sua própria paixão, mas são todos que temesse amor para
com a profissão e compartilha. Como já dizia Paulo Freire, “eu nunca poderia pensar
em educação sem amor...”. Carece compreender que apenas a paixão não é
suficiente, o docente carece compreender e determinar uma amizade e assistência
na busca do saber.
A relação da turma no geral é de bastante harmonia, claro como são crianças
em desenvolvimento há momentos de desentendimentos, mas rapidamente são
resolvidos com diálogos. Foi notado também como todos os alunos presentes
demonstram uma delicadeza e carinho pelos alunos neuro atípicos e neuro típicos,
entendendo que eles carecem de uma atenção a mais.
No decorrer da observação eles mostraram bastantes animados para a
execução das tarefas em sala e principalmente para as brincadeiras lúdicas que
eram desenvolvidas – que é de extrema importância uma vez que o brincar auxilia
na formação, socialização, desenvolvendo habilidades psicomotoras, sociais, físicas,
afetivas, cognitivas e emocionais. Os mesmos estavam sempre dispostos a ajudar a
professora e auxiliares, mesmo quando não era solicitado.
Sempre que chegava o final do horário as crianças já estavam um pouco mais
agitadas comparado como chegaram, então a professora sempre oferecia alguma
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coisa como massinha ou peças de montar para eles se acalmarem onde ocorre uma
grande participação dos alunos.
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10 PLANOS DE AULA

Plano de aula para a pré-escola – crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11

meses
Tema Cores
Campo de Experiência Traços, sons, cores e formas
Habilidades Utilizar materiais variados com
possibilidades de manipulação (argila,
massa de modelar), explorando cores,
texturas, superfícies, planos, formas e
volumes ao criar objetos
tridimensionais.
Objetivos Identificar as cores Vermelho e Amarelo
e desenvolver a coordenação motora
fina.
Contéudo Vermelho e Amarelo.
Duração 40 minutos
Recursos didáticos 1.papel crepom azul 2. papel crepom
amarelo 3.massa de modelar vermelha
4. massa de modelar amarelo
Metodologia Aula dialogada: 1. conversar com as
crianças sobre as crianças e estimular
as crianças a identificarem objetos na
sala de aula que sejam da cor vermelha
e/ou amarela. 2. mostrar um cartaz com
alimentos das cores vermelho e/ou
amarela e conscientizar sobre o que é
ou não saudável. 3. Falar sobre a
importância de comer frutas e mostrar
as crianças frutas de verdade nessas
cores (exemplo: maçã, banana,
morango, melão) – permitir que as
crianças manuseiem, sintam o cheiro,
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textura, etc. de cada fruta. 4. reforçar

que a maçã e morango são da cor
vermelha e banana e melão amarela.
Avaliação 1. entregar a cada criança um pedaço
de massinha amarela e um pedaço de
massinha azul e pedir que modelem as
frutas que manusearam em sala.
2.distribuir folhinhas de atividades com
imagens das frutas usadas em sala de
aula como exemplo e dar as crianças
pequenos pedaços de papel
Referências

Plano de aula para a pré-escola – crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11

meses
Tema Conceitos Matemático
Campo de Experiência Espaços, tempos, quantidades,
relações e transformações
Habilidades Relacionar números às suas
respectivas quantidades e identificar o
antes, o depois e o entre em uma
sequência.
Objetivos Adquirir noções de quantidade
Contéudo Números 1 ao 10.
Duração 40 minutos
Recursos didáticos 1.números de 1 a 10 em material
colorido (exemplo: EVA) 2.quadro 3.fita
4.caixa de som 5.folhinhas de
atividades
Metodologia Aula dialogada: 1. conversar com as
crianças sobre a importância dos
números: servem para nos ajudar a
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contar (utilizando os números coloridos

que foram colados no quadro, etc.),
para informarmos a nossa idade
(perguntar às crianças qual a idade
delas), etc. 2. escutar e cantar junto
com as crianças música infantil sobre os
números (exemplo: Mariana,
Indiozinhos, Os Números – Xuxa) 3.
depois de todos os números expostos,
fazer uma contagem sequencial com os
números que foram colados no quadro,
e pedir para as crianças repetirem o
nome de cada número dito
Avaliação 1. folhinha de atividades para as
crianças identificarem as quantidades
das imagens (atividade abaixo)
Referências
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11 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO

Eu, Heloísa Da Silva Barros, RA 3318153904, matriculada no 4° semestre do Curso de

Pedagogia – Licenciatura da modalidade a Distância da Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera, realizei as atividades de estágio Curricular Obrigatório I na escola Complexo
Educacional Doce Infância (CEDI), cumprindo as atividades e a carga horária previstas no
respectivo Plano de Trabalho.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude a experiência que obtive durante o estágio em Educação Infantil,

foi crucial e de extrema importância, me oportunizando a construção de
aprendizagem, bem como a aplicação do aprendizado teórico na prática da profissão
escolhida.
Neste relatório pude entender a necessidade do PPP nas instituições e como
é fundamental a Base Nacional Comum Curricular no seu planejamento curricular,
para em conjunto toda a equipe pedagógica tenha desfechos positivos ao ensino e
aprendizagem dos discentes.
É visível também como Educação Infantil é essencial tanto para a criança
como para a formação do licenciado, pois ele é responsável por proporcionar às
crianças experiências que auxiliam a desenvolver suas capacidades cognitivas,
como atenção, memória, raciocínio e o bem estar em um ambiente cheio de
pluralidade.
Foi possível concluir como metodologias ativas e formação contínua é a base
para um ensino de maior qualidade e a profissão de professor requer muita
paciência e respeito pelas crianças pois são seres em desenvolvimento e com
realidades diversas.
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REFERÊNCIAS

CAMPREGHER PASQUALINI, JULIANA. O PAPEL DO PROFESSOR E DO

ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A PERSPECTIVA DE VIGOTSKI, LEONTIEV
E ELKONIN. 1. MARTINS, LM., and DUARTE, N., orgs. Formação de professores:
limites contemporâneos e alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora
UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 191 p. ISBN 978-85-7983-103-4.
Available from SciELO Books.

BALARDIM, Graziela. BNCC na educação infantil: entenda como a base se

aplica a esse nível de ensino. Disponível em: https://www.clipescola.com/bncc-na-
educacao-infantil/.

POLIEDRO, Sistema de Ensino. A importância de ter um Projeto Político

Pedagógico (PPP) na sua escola. Disponível em:
https://www.sistemapoliedro.com.br/blog/projeto-politico-pedagogico.