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ATALANTA, SC
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
ATALANTA, SC
2023
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de NOME DO CURSO.
A INCLUSÃO ESCOLAR DO EDUCANDO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
Este estudo investiga o processo de Inclusão do aluno surdo na escola comum. Falar de inclusão
significa dizer que esse assunto nos traz muitas inquietações e essas inquietações aumentam quando o
assunto é incluir o indivíduo surdo na escola. A inclusão escolar de pessoas com deficiências tem sido
um grande desafio, isso nos remete à ideia de que a escola inclusiva deve se adequar a todos os alunos,
qualquer que seja sua condição: física, social, emocional, linguística ou de outro tipo. As questões da
educação inclusiva no Brasil têm levantado várias discussões sobre a inclusão de crianças com
deficiência auditiva, indicando a importância do uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), na inclusão
escolar do aluno surdo, destacando a necessidade da formação adequada para o professor e da
presença do professor/ intérprete na sala de aula comum. Atualmente a educação do aluno surdo tem
sido muito discutida, já que a educação especial assume a cada ano importância maior, dentro da
perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação.
1- INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta o tema “A inclusão escolar do educando com deficiência
auditiva” e tem como finalidade apontar a importância do processo de inclusão, bem
como entender como está sendo desenvolvido o trabalho escolar com alunos surdos. A
inclusão de alunos surdos nas escolas regulares da rede pública de educação ainda é
um grande desafio.
Várias são as polêmicas existentes acerca da inclusão da criança com
deficiência no ensino regular, sobretudo quando falamos da deficiência auditiva. Essa
1
Janypilar1@hotmail.com
dificuldade ou impossibilidade de perceber através da via auditiva os sons da fala
provocou e ainda provoca inúmeras discussões no campo educacional.
O objetivo é pesquisar o sentido da inclusão de alunos com necessidades
especiais (Deficiência Auditiva), tornando-o compreensível, aos que se interessam pela
educação como um direito de todos, sem discriminação e que precisa ser respeitado,
salientando a importância de uma inclusão de qualidade.
Tendo como objetivos específicos: a) Compreender o que é inclusão; b)
Identificar a importância de LIBRAS e do professor intérprete na escola regular. c)
Investigar as dificuldades encontradas pela escola no processo de inclusão dos alunos
com Deficiência Auditiva.
Justifica-se esse trabalho na busca de comprovação sobre inclusão de alunos
com necessidades especiais, os processos de produção e apropriação de
conhecimentos acontecem na troca de experiências compartilhadas e na socialização
do saber. Portanto, tornam-se relevante os estudos sobre os processos relacionados à
educação de indivíduos surdos, as formas de comunicação que utilizam para acessar
ao mundo que o cerca, sua identidade cultural e linguagem utilizada.
A questão da Educação Inclusiva exige uma proposta de mudanças de visão
institucional, essas mudanças não se restringem apenas a uma modificação da
acessibilidade e diminuição de barreiras e preconceitos, pois estes são o mais visíveis,
mas exige que se faça uma tentativa transformadora de construir um sistema que
respeite as diferenças sem, contudo promover ou desejar uma padronização (ou
normalização) dos alunos.
Até que ponto realmente acontece à inclusão nas escolas? Na inclusão do aluno
surdo, qual a importância de LIBRAS e do professor intérprete na escola regular? A
escola está preparada para trabalhar com alunos que necessitam de atenção especial?
Neste trabalho buscar-se-á responder a esses questionamentos.
Para discutir sobre esse tema, recorremos à pesquisa de referência bibliográfica,
buscando informações em obras de autores renomados como Ana Paula Santana,
Peter Mitter, Vygotsky e vários outros que serão citados ao longo da pesquisa.
O estudo será realizado em parágrafo único, iniciando com a introdução,
trazendo os objetivos, a justificativa, a situação problema e os questionamentos. Em
seguida a fundamentação teórica, com o conceito de Educação Inclusiva e Educação
Especial, e a sua importância na vida do educando surdo; identificando quem é o
portador de deficiência auditiva; destacando a importância do uso da Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS); levando em consideração a importância da formação docente dos
Professores que atuam com alunos surdos e identificando o papel da família na
educação das crianças com deficiência auditiva. Após a fundamentação teórica
descreve-se de forma clara as considerações finais, analisando e identificando os
fatores que influem no processo de inclusão de crianças com deficiência auditiva.
A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a
educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que
necessita para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus
direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios
constitucionais do nosso país. (Damázio, 2007).
CONCLUSÃO
Pode-se dizer que a importância desse artigo é nos fazer voltar no tempo e
perceber que os surdos não podem mais ser expostos a situações de exclusão, como
eram naquela época, quando o surdo era obrigado a ficar na sala de aula observando
só o movimento da boca de seus professores e colegas sem entender nada dos
conteúdos ensinados.
Há muito que ajustar para que a inclusão do aluno surdo aconteça de maneira
eficaz, fazendo-se necessário uma série de adaptações nos espaços escolares, para
que os mesmos possam ser atendidos em suas especificidades.
Por meio de nossas pesquisas podemos afirmar que ainda há muitos
questionamentos que permeiam a discussão da inclusão do aluno surdo na escola
comum. A aprendizagem de LIBRAS e a presença do professor intérprete pode iniciar
uma nova mentalidade nas escolas e nos seus profissionais, proporcionando a real
aprendizagem para o educando surdo.
A questão da inclusão implica em um compromisso que se assume de educar a
todas as crianças, valorizando a pedagogia da diversidade. Diante desse compromisso,
aparece no contexto da educação inclusiva para o surdo a presença do professor
intérprete, que como conhecedor da língua brasileira de sinais irá conduzir e inserir
esse indivíduo no contexto social promovendo sua real inclusão, mediando esse
processo. A presença de um mediador se faz necessária para que de fato ocorra à
aprendizagem, e nesse caso o professor intérprete é o indicado para atuar com o aluno
surdo sendo seu mediador.
Busca-se por um êxito na educação do indivíduo surdo e sua inclusão. Apesar
dos grandes desafios é possível se fazer a inclusão de crianças surdas em turmas
regulares com sucesso. A questão é de como essa inclusão precisa ser feita. Para
mudar a realidade e o histórico de fracasso na vida escolar do aluno surdo, não basta
só adaptar currículos, ou salas, mas é preciso acima de tudo, olhar para o sujeito surdo
e respeitá-lo com a sua diferença e não deficiência, sabendo que nesse processo de
ensino aprendizagem o sucesso depende também do respeito.
Mais do que mudar o currículo e adaptar os espaços físicos é preciso, acima de
tudo, ter afeto, cativar, pois a criança surda quando chega à escola, não tem segurança
e não sabe o que está fazendo ali. Os surdos, independentes de suas condições físicas
sensoriais, cognitivas ou emocionais, são crianças e têm as mesmas necessidades
básicas, como, afeto, proteção, e cuidado, possuindo os mesmos desejos e
sentimentos, como conviver, interagir, aprender, brincar, e se tornarem acima de tudo
felizes.
Os direitos de cada cidadão devem ser respeitados possuindo deficiência ou
não, na perspectiva da educação inclusiva é necessário fazer com que a escola esteja
aberta para todo e qualquer aluno, criando condições adequadas de aprendizagem.
Notamos que ao longo de toda a história da comunidade surda e de outras
deficiências eles têm lutado para que seus direitos sejam respeitados, mas como
muitos outros cidadãos, muitas vezes esses tão sonhados direitos não têm saído do
papel.
Podemos também afirmar que é através da educação que conseguiremos lutar
contra toda a discriminação e desigualdades, sabendo que a educação sempre será o
maior instrumento para enfrentar a exclusão. Entendemos que a sociedade tem na
educação um aliado para enfrentar esses processos de exclusão social, permitindo ao
indivíduo surdo, deficiente físico, idoso, pobre, criança ou rico, ampliar os seus valores
democráticos.
Percebemos após as análises desses estudos que as alternativas para que as
escolas possam promover a inclusão do aluno surdo nas escolas comuns são:
promover a capacitação de profissionais para atuarem como intérpretes e tradutores na
sala de aula; reconhecer como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados; preparar
currículos para contemplar o aluno surdo e adaptar as atividades e avaliações em
respeito a sua singularidade.
Portanto, inferimos que os estudos aqui analisados nos fazem entender que é de
extrema importância que os alunos surdos sejam incluídos na escola comum. Mas
ainda há muito que fazer para cumprir as leis que garantam meios para que esses
alunos tenham condições favoráveis para aprendizagem de sua língua, reconhecendo
que a comunicação é, sem dúvida, o elo da vida do indivíduo em todas as suas
manifestações como ser social. Incluir e garantir uma educação de qualidade para
todos os alunos é uma questão de justiça social.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos: Artigo 26. Brasília, acesso
em 29 de setembro de 2023. Disponível em: http://dre.pt/comum/html/legis/dudh.html.
BRASIL, MEC. Inclusão: Revista da Educação Especial, V.4 Nº1. Brasília, 2008.
Acesso em 30 de setembro de 2023. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5º Ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003.