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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

NILCELIA RODRIGUES BATISTA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I
EDUCAÇÃO INFANTIL - PED

Belo Horizonte
2020
NILCELIA RODRIGUES BATISTA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I
EDUCAÇÃO INFANTIL - PED

Relatório apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
Curricular Obrigatório – Educação Infantil do
Curso de Pedagogia.

Belo Horizonte
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS..................................................................................6
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).......................................................10
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC................................................................................................................12
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA...............................................................14
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS..........................................................................................................16
6 PLANOS DE AULA..............................................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................20
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 22
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INTRODUÇÃO

Neste relatório há informações referentes ao Estágio Curricular Obrigatório na


Educação Infantil que teve como objetivo, analisar os conteúdos disponibilizados
pela Universidade Pitágoras Unopar aos discentes do curso de Pedagogia, em
virtude do atual cenário mundial relacionado a pandemia do vírus - covid19.
Observou-se que, o Estágio Supervisionado na Educação Infantil na
concepção da instituição Pitágoras Unopar, trata-se de um momento de formação de
um professor reflexivo, investigador e pesquisador capaz de produzir conhecimento
a partir de sua prática educativa, superando, dessa forma, as ações tradicionais e/ou
conservadoras que impedem o desenvolvimento de uma prática significativa. Desta
forma, o Estágio Curricular Obrigatório constituiu-se uma etapa de suma importância
para a formação acadêmica e profissional dos futuros docentes, uma vez que essa
vivência permite o contato do discente com os processos em torno das ações do
professor na Educação Infantil.
Estudos em torno da educação da criança, como os de Ariés(1981), apontam
que na antiguidade a criança era vista como um adulto miniatura, ou seja, sendo
tratada como um adulto. Com o passar do tempo essa perspectiva toma outro viés,
pois observa-se que a criança apresenta suas especificidades, necessita de
cuidados, e de orientação pedagógica, no intuito de promover o desenvolvimento
educacional e global da criança. Dessa forma, a Educação Infantil no Brasil, passou
a ser assegurada por lei a partir da Constituição Federal de 1988, onde prevalece
segundo a Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional - LDBEN, nª. 9394/1996
como a primeira etapa da Educação Básica. A LDBEN nª 9394/96 aponta esse
direito à educação para as crianças de 0 a 6 anos de idades, observando a
obrigatoriedade da matrícula e a oferta desta etapa de ensino no sistema público
entre os 4 à 6 anos.
Para o desenvolvimento da criança na instituição de ensino, é necessário o
acompanhamento e orientação do profissional docente, e que esse tenha uma
formação sólida e qualificada, por isso, é imprescindível que o graduando (a)
construa na formação acadêmica os conhecimentos teóricos e saiba relacioná-los
com a prática, possibilitando desse modo, conhecer as especificidades dessa
modalidade como outras. No estudo realizado por Monteiro(2013) é apontado os
4

dizeres de Segundo Ibiapina (2006, p. 59), que expõe que, o professor precisa ter
conhecimentos especializados, saberes e competências específicas, adquiridos por
meio do processo de formação acadêmica.
Desse modo, ao realizar o estágio estamos continuamente em um processo
de flexibilidade dos aspectos observados e das práticas educativas estudadas, de
modo a ampliar a formação docente, pensar e reajustar o planejamento das práticas
pedagógicas.
Entende-se que a experiência de estágio na formação de professores
representa a aproximação de seu campo de atuação. Assim, tal experiência
possibilita a articulação entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na
universidade, com a prática educativa pensada numa mesma perspectiva.
Compreende-se que a articulação teoria e prática precisam fazer parte do
direcionamento dado em todo o processo de formação docente. Para atuar na
Educação Infantil é necessário não somente gostar de crianças, mas também uma
formação consistente e uma reflexão constante sobre nossas práticas, procurando
sempre inovar, além disso, precisamos está aberto a indagações, à curiosidade, às
perguntas das crianças, e estarmos sempre atualizados, estudando e pesquisando
variados assuntos.
A Educação Infantil, ao longo dos últimos anos, constituiu-se como um
espaço de militância, de pesquisa e de construção de novas práticas que possam
colocar as crianças pequenas como protagonistas de suas aprendizagens e de seu
desenvolvimento. Muitas conquistas temos alcançado neste campo. Mas, muito
ainda precisa ser feito para que as crianças brasileiras possam ser numérica e
qualitativamente atendidas em seus direitos ao binômio cuidado-educação nas
creches e pré-escolas.
Sabemos que, para atuar nesse nível de ensino, é preciso compreender como
as crianças se relacionam com o mundo e com as pessoas, consolidando, nesse
processo, uma forma própria de enxergarem a si mesmas. Temos aprendido que os
pequenos constituem sua identidade de acordo com o modo como são acolhidos
pelas pessoas de seu entorno e isso inclui, de maneira especial e mais direta, a
família e a escola, como apontou Pasqualini (2010) em seu estudo sobre esta
temática.
Nesse sentido, a formação de professores assume um papel fundamental no
desenvolvimento de seu fazer pedagógico, caracterizado pela observação atenta
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das crianças, pelo conhecimento a respeito das especificidades de sua


aprendizagem e, assim, pela intencionalidade e pela sistematicidade que permitem o
movimento de aproximação entre o ideal que temos para elas e a realidade que
efetivamente vivem.
O estágio é desse modo, além de permitir a aplicabilidade dos conhecimentos
teóricos consolidados na academia, une, teoria e prática, constitui-se como uma
oportunidade de construção de saberes sobre as crianças, concreta e historicamente
situadas, e de formas de mediação sobre seu desenvolvimento. O estágio torna-se
portanto um momento importante e diferenciado na formação do futuro professor.
A seguir, para efetivação deste estágio curricular obrigatório, realizado de
maneira diferenciada em virtude do atual cenário mundial relacionado a pandemia
da COVID-19, será apresentado as discussões sobre, as leituras obrigatórias
indicadas, as questões norteadoras postas pela instituição de ensino, e a elaboração
dos planos de aulas, solicitados para cumprimento do estágio na Educação Infantil.
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1. LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Atualmente, observa-se que as crianças estão frequentando a escola cada


vez mais cedo, isso é um movimento recente da sociedade, que está conhecendo os
modos como as crianças aprendem, e como recebê-las em espaços formais de
educação, como caminhar para uma educação compartilhada com as famílias e
como formar seus professores.
As pesquisas em torno da Educação Infantil, vem apresentando relevância à
questão da especificidade da Educação Infantil, que atualmente giram em torno de
dois eixos: o binômio cuidar-educar e a perspectiva antiescolar, como Pasqualini
(2010, p.162) expressa em seu trabalho.

No estudo de Pasqualini (2010) é apresentado questões postas por outros


estudiosos da educação infantil, como os de Cerisara (2004). Para esta autora o
foco, na Educação Infantil, não estaria nos processos de ensino-aprendizagem, mas
nas chamadas relações educativo-pedagógicas, com isso, entende-se que o ensino
não deve fazer parte do atendimento ofertado à criança até os 6 anos, pois, a
Educação Infantil “faz parte da educação básica, mas não tem como objetivo o
ensino e, sim, a educação das crianças pequenas” (CERISARA 2004 apud
PASQUALINI 2010).
No estudo de Pasqualini(2010) é feita a análise de alguns teóricos da
psicologia como Vigotski, Leontiev e Elkonin que dissertam sobre o desenvolvimento
infantil. Estes três autores citados por Pasqualini (2010), sustentam a defesa do
ensino como elemento gerador do trabalho do professor que atua junto à criança de
0 a 6 anos, eles refutam a compreensão do desenvolvimento como um processo
estereotipado de crescimento e maturação de potências internas previamente
dadas, eles apresentam que o desenvolvimento infantil constitui uma unidade
dialética entre duas linhas genéticas – o desenvolvimento biológico e o cultural.
Afirmam que, é a sociedade e não a natureza que deve figurar em primeiro plano
como fator determinante da conduta e do desenvolvimento humano. Nesse sentido,
um aspecto fundamental da perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin é a
historicidade.
Ainda no trabalho de Pasqualini (2010), os estudos de Leontiev evidenciam
que, não é a idade da criança, que determina o conteúdo de estágio do
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desenvolvimento; os próprios limites de idade de um estágio, alteram


simultaneamente com a mudança das condições histórico-sociais, pois o vínculo
entre criança e sociedade, ou o lugar que a criança ocupa no sistema das relações
sociais em um determinado momento histórico, devem ser investigados.
Pasqualini (2010) também aponta que, segundo Leontiev, Elkonin e Vigotski,
a situação social de desenvolvimento, ou seja, a relação que se estabelece entre a
criança e o meio que a rodeiam, é o ponto de partida para todas as mudanças
dinâmicas durante uma determinada idade ou período, determinando.
Diante do exposto, observa-se que Vigotski, Leontiev e Elkonin destacam a
estreita relação entre o desenvolvimento da criança e a sociedade na qual ela se
insere, compreendendo as condições objetivas disponibilizadas à criança como um
fator determinante de seu desenvolvimento (PASQUALINI, 2010).
Ainda no trabalho de Pasqualini(2010), esta autora aponta que, para Vigotski
a gênese das funções psicológicas exclusivamente humanas não é biológica, mas
fundamentalmente cultural. Em linhas bem gerais, o termo cultura na teoria
vigotskiana refere-se a tudo aquilo que se contrapõe ao que é dado pela natureza,
que resulta da ação criadora e transformadora do homem sobre a natureza. Dessa
forma, ao longo de seu desenvolvimento, a criança assimila as formas sociais da
conduta e as transfere para si mesma, ou seja, a criança começa a aplicar a si
própria às mesmas formas de comportamento que a princípio outros aplicavam a
ela.
Nessa direção, Pasqualini(2010) disserta que Vigotski, postula sobre lei
genética geral do desenvolvimento cultural, expondo que a função no
desenvolvimento cultural da criança apresenta-se em duas vezes, no primeiro no
plano social e depois no psicológico. Essa lei aplica-se ao desenvolvimento da
atenção voluntária, da memória lógica, da formação de conceitos e do
desenvolvimento da vontade.
Assim, por estes estudos supracitados, a criança apropria-se, do patrimônio
cultural humano-genérico. O processo de apropriação, em sua análise, se dá
justamente por meio da atividade da criança: ela deve reproduzir a atividade
adequada aos objetos da cultura (PASQUALINI, 2010).
A análise dos autores acerca do desenvolvimento psicológico traz implicações
diretas para o trabalho pedagógico, pois evidencia a dependência do
desenvolvimento das funções psíquicas da criança em relação aos processos
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educativos, a criança é responsável por promover seu desenvolvimento.


Desde seu nascimento, a criança e inserida em um grupo familiar e social que
tem modos próprios de existir e de se organizar. Os comportamentos apresentados
por cada criança serão aceitos ou rejeitados pelas pessoas de seu grupo,
ensinando-lhe, lenta e progressivamente, as ações que devem ser modificadas.
Ao estudar Vigotski (2001b, p.115), Pasqualini(2010) afirma que, para este
teórico, a aprendizagem constitui um elemento necessário e universal no
desenvolvimento das características humanas formadas historicamente na criança:
A aprendizagem não é em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta
organização da aprendizagem conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um
grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se
sem a aprendizagem.
Dessa forma, os recursos e instrumentos de registro devem guiar o olhar dos
professores e educadores, servindo como uma lente de aumento que fornece uma
visão detalhada do desenvolvimento e da aprendizagem de cada criança, do mesmo
modo que funciona como um retrovisor da sua caminhada pedagógica.
É esperado que a criança seja protagonista de sua aprendizagem, mas, é
necessário que exista um mediador que partilhe com ela desde cedo, a
responsabilidade da análise, observação e registros dos processos pedagógicos
vivenciados.
Pasqualini (2010) em seu estudo, aponta que, desde o início de sua vida, a
atenção da criança está orientada, primeiramente aos adultos, mas à medida que a
criança vai dominando a linguagem, começa a dominar a mesma propriedade de
dirigir sua atenção em relação com os demais e depois em relação consigo mesma.
Ao abordar os estudos feitos por Vigotski (1995), Pasqualini(2010) evidencia
que para este importante autor, a imitação é apontada como um aspecto
fundamental nos processos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento, pois trata-
se, de uma das vias fundamentais de desenvolvimento cultural, pela qual a criança
avança nas suas potencialidades intelectuais. Isso se justifica para os autores
supracitados, porque a imitação não é uma simples transferência mecânica da
conduta de um ser a outro, mas implica uma determinada compreensão do
significado da ação do outro.
Referindo-se ao ensino escolar Pasqualini(2010), aponta que Vigotski que a
aprendizagem no meio escolar organiza-se com base na imitação, porque na escola
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a criança não aprende o que sabe fazer sozinha, mas o que ainda não sabe e lhe
vem a ser acessível em colaboração com o professor e sob sua orientação.
Tal constatação assume grande importância no atual contexto das teorias
pedagógicas, uma vez que a imitação tem sido indistintamente considerada
prejudicial ao desenvolvimento da autonomia da criança e recusada como
ferramenta do trabalho pedagógico.
Fica evidente que as funções psicológicas devem ser consideradas pelo
educador ao desenvolver o seu trabalho junto às crianças pequenas, e que isso não
significa submeter à criança a um treinamento mecânico, pois, as funções
psicológicas que o educador pretende desenvolver no aluno devem ser requeridas
por atividades em que esteja colocada, em alguma medida, a intencionalidade da
criança, e evidenciar que não basta expor a criança a estímulos diversos, ou seja,
não basta disponibilizar a ela os objetos da cultura, é preciso organizar sua
atividade.
Nesse sentido, Pasqualini(2010) ao estudar Leontiev (2001a, p.63) observa o
que este último autor enfatiza sobre a importância de, preconizar a necessidade da
análise do conteúdo da atividade da criança e de investigações que revelem como
essa atividade é constituída nas condições concretas de vida.
Desta forma, a leitura do trabalho de Pasqualini(2010), bem como os outros
estudos acadêmicos indicados para contextualização deste texto relacionado ao
estágio na Educação Infantil, sendo eles o artigo de Thiessen (2008) que aborda a
importância da interdisciplinaridade no processo de aprendizagem escolar, e o
trabalho de Alvarez e Rigo (2018), que discutem o papel do pedagogo e suas
diversidades de atuação, permitiu perceber a importância de aliarmos os estudos e
teorias em torno da criança e da Educação Infantil, às vivências e possibilidades de
experiências do docente, frente ao seu fazer pedagógico na primeira etapa da
Educação Básica.
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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

 O que é o Projeto Político Pedagógico e a sua importância para o ambiente


escolar.
Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento normativo de grande
relevância para a escola, pois se refere ao planejamento global da instituição,
entretanto, essa sistematização não é definitiva, mas sim, flexível e orgânica.
Segundo a legislação educacional brasileira, ele deve ser elaborado em uma
perspectiva democrática, a qual reconhece a necessidade de envolvimento de todos
os membros do contexto escolar (gestão escolar, professores, alunos e
comunidade). Cada Projeto Político Pedagógico é único, pois expressa as
finalidades e necessidades da realidade escolar que representa. O Projeto Político
Pedagógico (PPP) deverá ser repensado anualmente para que tudo esteja alinhado
com os princípios da BNCC.

 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se
apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem
organizar seu currículo a partir desse documento. Descreva como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o
Projeto Político Pedagógico.

As Aprendizagens Essenciais da Base Nacional Comum Curricular-BNCC


estão expressas em dez competências gerias, norteando os caminhos pedagógicos.
Segundo o Ministério da Educação-MEC, as competências gerais são mobilizações
de conhecimentos de acordo com os princípios éticos, estéticos e políticos, que
visam à formação humana em suas múltiplas dimensões. O objetivo é perpetuar no
ensino uma comunicação integral, a mobilização de conhecimentos, atitudes,
valores se habilidades para supri as demandas do cotidiano, a fim de garantir o
crescimento do aluno como cidadão e qualifica-lo para o futuro.

 A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino


e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e
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dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você
realizou do Projeto Político Pedagógico, descreva o modo como a escola
apresenta o processo de avaliação.
A avaliação da aprendizagem não pode ser separada de uma necessária
avaliação institucional mesmo que elas sejam de natureza diferente: enquanto está
diz a respeito à instituição, aquela se refere mais especificamente ao rendimento
escolar do aluno. O rendimento do aluno depende muito das condições institucionais
e do projeto político- pedagógico da escola. Em ambos os casos a avaliação, numa
perspectiva dialógica, destina-se à emancipação das pessoas e não sua punição, à
inclusão e não exclusão.
Avaliar é um ato que exercemos constantemente no nosso cotidiano. Toda
vez que precisamos tomar alguma decisão avaliarmos prós e contras. Quando
avaliamos processos, atos, coisas, pessoas, instituições, ou o rendimento de um
aluno, estamos atribuindo valores. No caso da avaliação da aprendizagem, a
avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões
suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de
aprendizagem.
O objetivo último da avaliação é o de identificar cada vez mais a escola com a
sociedade brasileira a fim de que a cultura e conhecimento de qualidade seja
adquirida por todos e para que momento de discussão do projeto político-
pedagógico da escola seja essencial. Um modelo comunicativo da escola a ser
construído como escopo da avaliação emancipatória, deve facilitar a função social
da escola como serviço público e como formador do cidadão e da cidadã.
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2 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA


BNCC

 Como podemos entender o termo Transversalidade


Transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias
modificadores das práticas pedagógicas, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica. O
conceito de transversalidade surgiu no contexto dos movimentos de renovação
pedagógica, quando os teóricos conceberam que é necessário redefinir o que se
entender por aprendizagem e repensar também os conteúdos que se ensinam aos
alunos. Essa metodologia contribui para a aplicação do conhecimento adquirido
pelos alunos, contribuindo para que assimilem o conteúdo de forma prática em
seus estudos. Portanto é um método de caráter avaliativo, que visa garantir a
eficácia do aluno, criando uma visão crítica e ampla da área de atuação escolhida.

 Descreva a importância de se trabalhar com os Temas


Contemporâneos Transversais na escola.
A partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBEN de 1996 os temas Contemporâneos Transversais (TCTs) são obrigatórios
nas escolas. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com
os temas contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante
o processo de relevância desses temas no seu desenvolvimento como cidadão. Os
temas transversais são importantes porque permitem que os alunos construam um
pensamento crítico, é consigam fazer uma reflexão sobre o meio social e os valores
na sociedade. O professor pode desenvolver um trabalho em sala de aula falando
sobre como usar o dinheiro, como cuidar do meio ambiente, como adotar a empatia
com os outros etc.
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 Dos Temas Contemporâneos Transversais listados, descrevam quais


podem ser trabalhados de forma transversal na educação infantil.
Considera-se que na educação infantil, os temas possíveis de serem
trabalhados são: são a ética, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e
consumo. Eles incluem o ensino a todas as crianças brasileiras de maneira
igualitária e gratuita, onde o papel do professor em sala de aula também é
imprescindível, para colaborar na formação dos alunos, aplicando, em sala de aula,
valores democráticos.

 O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento


dos Temas Contemporâneos Transversais, baseado em quatro pilares.
Descreva quais são estes pilares e comente sua perspectiva sobre essa
metodologia.
 Problematização da realidade das situações de aprendizagem
 Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma
visão sistêmica
 Integração das habilidades e competências curriculares à resolução de
problemas
 Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento
como uma construção coletiva.
Para que tais pilares sejam abordados, torna-se fundamental que os
currículos escolares sejam colocados de forma mais eficaz dentro de sala de aula
na medida em que possibilitar melhor aproveitamento por parte do professor. O
currículo hoje é a base do ensino e faz com que o professor tenha um
direcionamento melhor em sala.
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3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

 Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na


educação infantil, aponte três atividades que fazem parte da rotina de
trabalho do professor e explique como essas atividades devem ocorrer.

Acolhida: Esse é o primeiro momento do dia que a criança terá contato com a sala
de aula, o professor e os colegas e, importantes que ela se sinta animada para
toda a rotina. Uma sugestão é criar na sala um ambiente com jogos e brinquedos
que possam ser utilizados pelas crianças enquanto a professora recebe a cada um.
Elas também podem ser recebidas com música, com cumprimentos especiais e
serem convidadas a ocuparem um espaço específico.

Hora da roda: Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que
estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar
as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela
fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus
alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o
educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do
conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo,
marcação do dia no calendário, brincadeiras com crianças, jogos dos mais diversos
tipos.

Hora da brincadeira: Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante


delas. Acredita-se que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação
Infantil, onde a criança pode expressar suas ideias, sentimentos e conflitos,
mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia.
A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver
com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar ideias, regras, objetos e
brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de
solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar
papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade.
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 Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o


professor tendo como referência a utilização do Projeto Político
Pedagógico e da Proposta Curricular.

É preciso de organização e orientação com a equipe pedagógica, utilizando


como referência o PPP e a BNCC. Compreende-se que o professor deve se
encontrar em articulação com toda a equipe pedagógica para alcançar os objetivos
de aprendizagem do aluno. Utiliza-se a proposta curricular para estabelecer como
se ensina e quais a maneira de avaliação, bem como a organização do tempo e
espaço na sala de aula. A equipe pedagógica deve propor formação continuada
aos professores para compreender a maneira de como irá se organizar visando o
cumprimento das intenções da escola. Nesse sentido, a gestão deve estar presente
para viabilizar o que for necessário para funcionamento da instituição escolar.

 No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a


importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a
qualidade dos processos educativos no contexto escolar.

A Direção e parte pedagógica de uma escola para que apresentem eficiência


em seus trabalhos, requer um grande alinhamento entre as propostas, norteadas
pelo Projeto Político pedagógico. Diante disso, é fundamental que ambas as partes
estejam em conformidade, no sentido de gerar melhores experiências aos próprios
alunos, através de atividades pedagógicas mais significativas, levando a melhores
desempenhos.
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4 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

Buscando inserção das tecnologias em uma escola de educação infantil com


poucos recursos financeiros podemos averiguar se a instituição tem um
espaço destinado à sala de vídeo e também buscar alguma doação de aparelho de
televisão para assim poder proporcionar momentos em que a criança assista à
filmes, mesmo que seja um aparelho de DVD isso já ajudaria bastante.
O professor pode levar para a escola seu computar, tendo em vista que tudo
que é novo e diferente chama muita à atenção das crianças e eles ficam
encantados. Mesmo que a tela do computador seja pequena vamos aguçar a
curiosidade dele e ele vai querer ver e prestar atenção no filme ou vídeo. Podem os
colocar algum jogo com intuito pedagógico dando a oportunidade de que cada aluno,
na sua vez, jogue.
Para a introdução das tecnologias no ambiente escolar também podemos
utilizar músicas em um rádio, músicas animadas para que os alunos
dancem e cantem. Hoje as tecnologias fazem cada vez mais cedo, parte do
dia-a-dia da criança, e criando um ambiente na escola com essa
influência vai tornar as aulas mais atrativas e familiares para as
crianças. Usando a internet temos uma gama enorme de vídeos, filmes,
livros e atividades pedagógicas, que podem contribuir no desenvolvimento dos
alunos.
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5 PLANOS DE AULA

Plano de Aula
Disciplina -
Identificaçã Série Jardim Nível A
o Turma JNA1
Período Matutino
Conhecer os seus sentimentos.
Conteúdo
Falar sobre os sentimentos.
Objetivo geral.
Estimular o aluno a conhecer os sentimentos de tristeza, raiva, nojo,
medo e alegria por meio do filme e assim identificar como eles são e
manifesta-los.
Objetivos específicos.
Objetivos
Expressar suas ideias, emoções, sentimentos e pensamentos.
Criar com rosto formas diversificadas de expressar os sentimentos.
Identificar os sentimentos e as expressões de cada um.
Demonstrar qual sentimento que está vivenciando.

1. Os alunos irão olhar o filme - Divertidamente.


2. Após ver o filme será perguntada para os alunos qual parte do
filme e sentimentos eles mais gostaram
3. Após o relato, irão expressar com seus rostos os sentimentos
Metodologia descritos no filme, tristeza, raiva, nojo, medo e alegria.
4. Após se expressarem os alunos irão desenhar qual o
sentimento que estão vivenciando no momento.
5. Por fim os trabalhos dos alunos vão ser colados em cartaz e
exposto na sala de aula.
Filme divertidamente.
Televisão.
Folha de oficio.
Recursos Lápis de Cor.
Giz de Cera.
Papel Pardo.
Cola.
Observar o desenvolvimento dos alunos durante o debate sobre os
sentimentos e como irão desenvolver a atividade.
Atividades
Os alunos irão expressar com seus rostos os sentimentos, após irão
desenhar qual o sentimento que estão sentindo no momento.
Avaliação
Critérios
Estimular o aluno a conhecer os sentimentos de tristeza, raiva, nojo,
medo e alegria por meio do filme e assim identificar como eles são e
manifesta-los.
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Referências Youtube, Disney, Filme Divertidamente.

Plano de Aula
Disciplina -
Identificaçã Série Jardim Nível A
o Turma JNA1
Período Matutino
Conteúdo Entender os sentimentos e como expressa-los.
Objetivo geral
Conhecer os sentimentos que são tratados no livro dos sentimentos e na
música - Sinto o que sinto.

Objetivos específicos
Objetivos Expressar por meio de movimentos corporais os sentimentos e
emoções.
Vivenciar e coordenar os movimentos, por meio de dança, girando,
pulando, dançando, sacudindo, etc.
Expressar suas emoções, desejos e necessidades.

1. Os alunos vão ouvir a história do livro dos sentimentos de Todd


Parr.
2. Conversarão com colegas qual parte mais gostaram.
3. Em seguida irão escutar e aprender a música sinto o que sinto do
mundo Bita.
Metodologia 4. Irão cantar e dançar com os colegas a música.
5. Após cantar e dançar cada aluno vai escolher um dos sentimentos
retratados no livro e representar para tirar uma foto.
6. A foto de cada aluno será impressa e colocada na porta da sala.

Livro dos sentimentos.


Rádio.
Música sinto o que sinto.
Recursos
Aparelho Celular.
Impressora.

Avaliação Será realizada através da observação do desenvolvimento das


habilidades, competências e desenvoltura dos alunos.

Atividades
Ouvir a história.
Conversar.
Escutar e aprender a música.
Dançar.
Foto.
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Critérios
Entender os sentimentos e como expressa-los.

TODD, Parr. Livro Dos Sentimentos.


Referências
Mundo Bita - Sinto o que sinto.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que se pode considerar ao término desse trabalho, é que, a Educação


Infantil precisa ser entendida não como um tabuleiro em que todos os pedaços
são iguais, mas como uma colcha de retalhos, em que os pedaços são
diferentes, isto é, atuar na educação infantil é vislumbrar a beleza e diversidade
do ser criança e as múltiplas alternativas educativas.

Portanto, o Estágio Supervisionado na Educação Infantil é um processo de


formação relevante, uma vez que exige um aprofundamento dos conhecimentos
teóricos e um trabalho de colaboração com os atores do contexto educativo.
Logo, desenvolver um trabalho no estágio requer interesse, comprometimento e
colaboração, pois nesse percurso temos o ensejo de conhecer as múltiplas
relações presentes no âmbito educacional, os alunos nas suas especificidades,
os dilemas existentes no ambiente da sala de aula, e fora dela, oportunizando
refletir na e sobre nossas ações pedagógicas.

Um dos propósitos do Estágio Supervisionado na Educação Infantil é


possibilitar ao graduando conhecer e vivenciar na prática a experiência de ser
professor, momento enriquecedor, pois é nessa fase da formação acadêmica que
surge a oportunidade de interagir os conhecimentos teóricos com a prática.

A experiência de estágio na formação de professores representa a


aproximação de seu campo de atuação. Assim, tal experiência possibilita a
articulação entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na universidade, com
a prática educativa pensada em diversas perspectivas.

Desenvolver um trabalho na educação infantil, pode ser entendido como


desafiador, por ser um encontro de incertezas, medo, juntamente com a
associação dos conhecimentos teóricos previamente estudados, implicando
também, os prazeres do oficio, de autoconhecimento, de vim a ser e tornar-se
professor.

Entende-se que, para atuar na Educação Infantil é necessário não


somente gostar de crianças, mas também uma formação consistente e uma
reflexão constante sobre nossas práticas, procurando sempre inovar, além disso,
precisamos está aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas das crianças,
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e estarmos sempre atualizados, estudando e pesquisando variados assuntos.


Assim, tornou-se válido, todos os estudos e pesquisas realizados para a
elaboração deste relatório de estágio obrigatório do curso de Pedagogia, com
relação ao trabalho docente na Educação Infantil.
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REFERÊNCIAS

ALVAREZ, A; RIGO, M. PEDAGOGIA EM AÇÃO: O PAPEL DO PEDAGOGO


E SUAS DIVERSAS ATUAÇÕES. Revista B. Téc. Senac, Rio de Janeiro, v. 44, n.
2, maio/ago. 2018.

ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar


Editores, 1981.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional


Comum Curricular. Brasília, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional


Comum Curricular. Brasília, 2017.

MONTEIRO, Adriana. Estágio supervisionado na educação infantil: implicação


na formação inicial. XI Congresso Nacional de Educação - EDUCERE. Curitiba.
2013. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2013/7930_5005.pdf
Acesso em: 01 out, 2020.

PASQUALINI, Juliana Campregher. O papel do professor e do ensino na


educação infantil: a perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin. In: MARTINS,
LM; DUARTE, N. ( orgs) . Formação de professores: limites contemporâneos e
alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura
Acadêmica,2010. Disponível em:
https://www.dropbox.com/sh/79tj7zp9bsmyyyo/AABX2IeYOj_aGsQIvPlU9Z0Ca/Educ
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Acesso em: 8 set. 2020.

THIESEN, J. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no


processo ensino-aprendizagem Revista Brasileira de Educação v. 13 n. 39
set./dez. 2008.

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